Acta nº2 da Assembleia-geral do Comité Nacional de Coordenação (CNC) 10/02/2011 ACTA N.º2

Transcrição

1 ACTA N.º2 Ao décimo dia do mês de Fevereiro de dois mil e onze, pelas catorze horas e trinta minutos reuniu, no Auditório Ícaro do Aeroporto de Lisboa, o Comité Nacional de Coordenação (CNC) com a seguinte ordem de trabalhos: 1 Aprovação das minutas da primeira reunião da Assembleia-geral. 2 Processo de monitorização em curso contradiz o Regulamento Europeu EU95/93. 3 Percentagem de votos na Assembleia-geral. 4 Desempenho das companhias aéreas, resultados da monitorização do verão Trabalhos em curso, melhorias de capacidade esperadas para os aeroportos de Lisboa e Faro. 6 Outros assuntos. Circulou uma folha de presenças, que se encontra anexa a esta acta, assinada pelos membros com direito a voto e observadores. Procedeu-se à contagem dos membros e o Presidente da Mesa, Filipe Raposo, agradeceu a presença de todos. Verificando que não existia quórum para dar início à reunião, foi convocada nova Assembleia-geral para as quinze horas, de acordo com o Regulamento Interno do CNC. 1 - Aprovação das minutas da primeira reunião da Assembleia-geral. O Presidente da Mesa, Filipe Raposo perguntou se havia alguma objecção em relação à Acta n.º1. Não havendo, a mesma foi aprovada por unanimidade. 2 Processo de monitorização em curso contradiz o Regulamento Europeu EU95/93. O representante da companhia aérea Lufthansa, Yanki Puersuen, propôs uma alteração a este ponto que passou a ter a seguinte redacção: Processo sancionário em curso contradiz o Regulamento Europeu EU95/93. António Portugal, também representante da mesma companhia, acrescentou que esta é da opinião que o regime de sanções em Portugal não está de acordo com o Regulamento Europeu 95/93. Mais informou que têm sido notificados em relação a alguns incumprimentos de slots relativos ao ano de As companhias aéreas já não possuem os planos de voos, pois são arquivados durante três anos e depois os mesmos são eliminados. Os operadores recebem directamente dos aeroportos as mensagens SITA de incumprimento e sugerem que este processo seja menos automático, envolvendo mais os operadores e a Coordenação Nacional de slots. A Lufthansa sugeriu ainda que a Coordenação Nacional de Slots faça uma filtragem de modo a identificar se é uma situação repetida e intencional. Caso seja, o processo 1

2 deverá ser encaminhado para o INAC para que este dê seguimento a uma sanção, bem como que seja criado um grupo de trabalho no Comité Executivo para discussão destes assuntos. A British Airways apoia a Lufthansa em todos os pontos até aqui discutidos, reforçando o facto da Coordenação Nacional de Slots fazer monitorização de acordo com o Regulamento Europeu 95/93 e manifestou interesse em o grupo de trabalho. O Presidente do Comité Executivo, Alexandre Coutinho, fez um resumo do que foi exposto pela Lufthansa e British Airways, confirmando que o assunto será levado a discussão no Comité Executivo. A representante do INAC, Helena Faleiro, afirmou que o INAC está disponível para promover a alteração do Decreto-Lei n.º 109/2008 para que a monitorização seja feita com base no Regulamento Europeu 95/93, estando de acordo com o que foi sido sugerido nesta reunião. A chefe da Coordenação Nacional de Slots, Isabel Cysneiros, informou que a ANA Aeroportos de Portugal, SA, já enviou um documento ao INAC que contém as divergências entre o Decreto-Lei n.º 109/2008 e o Regulamento EU95/93, com vista à harmonização entre os dois documentos. Manifestou ainda a importância de o seu trabalho de monitorização ser feito com base no Regulamento Europeu 95/93 e a ausência de queixas das companhias aéreas no inquérito realizado sobre a qualidade do trabalho desenvolvido pela Coordenação Nacional de Slots. O representante da ANA Aeroportos de Portugal SA, Altino Pinto, informou que a ANA apoia todas as preocupações por parte das companhias aéreas sobre este assunto e que está de acordo com as alterações propostas e a criação de procedimentos com base no Regulamento Europeu. Questionada pela Lufthansa a esclarecer a sua intervenção, Helena Faleiro, reiterou que o INAC está disponível para promover a harmonização do Decreto-Lei n.º 109/2008 com o Regulamento Europeu 95/93, para que a legislação nacional seja menos penalizadora para os operadores. Esta proposta vai ser apresentada ao governo que poderá ou não ser aprovada, já não dependendo do INAC. Francine Côrte-Real, representante do aeroporto de Lisboa, perguntou ao INAC se o aeroporto deveria suspender o envio das mensagens de incumprimento aos operadores, tendo Helena Faleiro respondido que deverão reger-se pelo Decreto-Lei n.º 109/2008 até haver uma alteração aprovada. Altino Pinto acrescenta que as normas legais em confronto não são compatíveis, porque no Decreto-Lei n.º 109/2008 se estabelece o princípio de uma sanção por cada ilícito verificado, enquanto que no Regulamento Europeu o princípio é da repetição e 2

3 intencionalidade, sublinhando a necessidade de até se concretizar a alteração do Decreto-Lei n.º 109/2008 se encontrarem soluções procedimentais de compromisso. António Portugal, referiu ser da opinião que o regime sancionário previsto no Decreto- Lei n.º 109/2008 deverá ser usado apenas para situações de violação repetida e intencional. O representante da TAP, Alexandre Coutinho, enfatizou o papel do coordenador de slots, que na sua opinião é quem tem a noção real se uma situação é repetida e intencional, sublinhando que essa é a prática adoptada nas outras coordenações europeias. A representante da APTTA (antiga APORTAR), Sónia Bigodes, afirmou que de acordo com o Decreto-Lei n.º 109/2008 o aeroporto deve informar directamente o INAC, sem necessidade de envolver o coordenador de slots. A coordenadora, Isabel Cysneiros, salientou que o INAC desde há alguns anos a esta parte solicita informações ao coordenador sobre os voos envolvidos em mensagens de non-compliance enviadas pelos aeroportos ao INAC. A resposta do coordenador é sempre enviada por escrito, não existindo, no entanto, confirmação de que as opiniões do coordenador são tidas em consideração nos processos. Sónia Bigodes referiu ser também da opinião de que o Comité Executivo deve produzir um documento de forma a encontrar um acordo entre o Decreto-Lei n.º 109/2008 e EU95/93 enquanto a lei não é alterada. Alexandre Coutinho propôs a realização de uma reunião entre ANA, INAC e Comité Executivo. O Presidente da Mesa, perguntou a todos os presentes se concordavam que o Comité Executivo, através de um grupo de trabalho, realizasse um documento para apresentar ao INAC sobre como proceder em casos de incumprimento enquanto o Decreto-Lei n.º 109/2008 não é alterado, tendo esta proposta sido aprovada por unanimidade. 3 Percentagem de votos na Assembleia-geral. O representante da Lufthansa, Yanki Puersuen, informou que estava a substituir a sua colega e que não conseguiu obter informação detalhada para expor este ponto, por este motivo, ficou de propô-lo na reunião do Comité Executivo. 3

4 4 Desempenho das companhias aéreas, resultados da monitorização do verão Isabel Cysneiros fez uma apresentação sobre o desempenho das companhias aéreas nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Ponta Delgada no verão de Apresentação em anexo I. 5 Trabalhos em curso, melhorias de capacidade esperadas para o aeroporto de Lisboa e Faro. Pedro Bettencourt, representante do aeroporto de Faro, fez uma apresentação sobre o plano de desenvolvimento de infra-estruturas para os próximos anos deste aeroporto. Apresentação em anexo II. Francine Côrte-Real, representante do aeroporto de Lisboa, fez uma apresentação através do site sobre o plano de expansão deste aeroporto. Apresentação em anexo III. 6 Outros assuntos. Não tendo sido suscitada qualquer questão adicional, a Assembleia Geral do Comité Nacional de Coordenação (CNC) foi encerrada às dezasseis horas e dezoito minutos. 4

5 Anexos 5