UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ESCOLA PAULISTINHA DE EDUCAÇÃO
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ESCOLA PAULISTINHA DE EDUCAÇÃO PLANO DE TRABALHO DIREÇÃO Plano de trabalho apresentado por Luciana Alves, para participar da Consulta Pública do Núcleo de Educação Infantil - Escola Paulistinha de Educação para a função de diretora. 2018
2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO Candidata: Professora Mestra Luciana Alves Cargo: Técnica em Assuntos Educacionais Matrícula: Unidade: Reitoria APRESENTAÇÃO Luciana Alves é formada no magistério pelo Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério - CEFAM, Graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo USP e Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo - USP. Atualmente é doutoranda em educação pela Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Atua como Técnica em Assuntos Educacionais na Reitoria da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, desenvolvendo suas atividades junto à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, mais especificamente, atuando na coordenadoria de Direitos Humanos. Trabalhou na rede pública municipal de São Paulo por sete anos, entre 2004 e 2011, com a função de Professora de Educação Infantil. Já lecionou como professora efetiva de educação infantil e séries iniciais nos municípios de Diadema, Osasco e São Bernardo do Campo. Além da experiência com educação básica, desde 2011, leciona no curso de Pedagogia da Faculdade Sumaré. INTRODUÇÃO O presente Plano de Trabalho advém da exigência legal constante no Edital nº , de Consulta Pública do Núcleo de Educação Infantil - Escola Paulistinha de Educação, fundamentado no art. 10, X, e art. 17, do Regimento Educacional do NEI Paulistinha, que fixa as normas para o provimento da função pública de Diretor para o biênio 2018/2019. No intuito de participar da eleição para a função de diretora do Núcleo de Educação Infantil - Escola Paulistinha de Educação, este Plano de trabalho apresentará a
3 justificativa, os objetivos, as propostas de ação, a avaliação e as referências bibliográficas que sustentarão a prática. JUSTIFICATIVA A administração de uma escola vem ganhando destaque nos meios acadêmicos e políticos há algum tempo. Pensar na figura de um educador que realiza a administração da unidade escolar como mediação para a realização de fins (PARO, 2015, p. 18) é primordial para que possamos ter uma administração pensada e vivenciada como mediação. Vale destacar que a finalidade da escola; [...] à luz de uma concepção radicalmente democrática de mundo, admite-se que os homens nascem igualmente com o direito universal de acesso à herança cultural produzida historicamente, então a educação meio de formá-lo como humano-histórico não pode restringir-se a conhecimentos e informações, mas precisa, em igual medida, abarcar os valores, as técnicas, a ciência, a arte, o esporte, as crenças, o direito, a filosofia, enfim, tudo aquilo que compõe a cultura produzida historicamente e necessária para a formação do ser humanohistórico em seu sentido pleno (PARO, 2015, p ). Nessa concepção, não existe a dicotomia que costuma ser divulgada no censo comum, de atividades administrativas e pedagógicas. Como esclarece Paro (2015) [...] se o administrativo é a boa mediação para a realização do fim, e se o fim é o aluno educado, não há nada mais administrativo do que o próprio pedagógico, ou seja, o processo de educa-lo (p.25). Nesta perspectiva, se propõe uma gestão que pense sempre na sua atividade fim para realizar todas as suas ações no e para o ambiente escolar; É, portanto, o pedagógico que dá a razão de ser ao administrativo, senão este se reduz a mera burocratização, fazendo-se fim em si mesmo e negando os fins educativos a que deve servir (p. 25). O princípio constitucional de uma educação pública, laica, democrática, inclusiva, participativa e para todos é compartilhado e será respeitado e utilizado como base para todas as ações realizadas nessa gestão. Uma das formas de efetivação desses princípios basilares será com a viabilidade da participação efetiva de toda a comunidade escolar na tomada de decisões referentes às dimensões pedagógicas e administrativas da escola, sempre com a responsabilidade de se atingir a finalidade da Educação Básica em seus primeiros anos.
4 Na Educação Básica, torna-se necessário considerar [...] as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência humana (BRASIL, 2010, p.02). Considerando a educação como prática de liberdade, a escola enquanto espaço de diálogo, comunicação, reflexão, questionamentos e de transformação e a criança enquanto sujeito histórico e de direitos, o presente plano apresentará a seguir os objetivos e algumas propostas de ação para o Núcleo de Educação Infantil - Escola Paulistinha de Educação: OBJETIVOS E PROPOSTAS DE AÇÃO Considerando a função, competências e atribuições da direção, constantes no Regimento Educacional do NEI EPE (2015) apresento a seguir propostas de ações para o biênio Cabe destacar, que as propostas poderão ser alteradas, tendo em vista que as ações efetivadas pela gestão escolar deverão ser decididas e executadas de forma coletiva e democrática. OBJETIVOS Garantir a formação continuada dos educadores PROPOSTAS DE AÇÃO Regulamentação da participação das educadoras em cursos, congressos e programas de pósgraduação; Viabilização e apoio para a realização de cursos de extensão, especialização e colóquios em parceria com as professoras EBTT e docentes de nível superior de outras unidades da UNIFESP; Incentivo e apoio para a realização bianual de um Colóquio; Viabilização de local, materiais e equipamentos para os educadores estudarem e planejarem; Reorganização da entrada das crianças; Registro e identificação das pessoas externas ao
5 Melhorar a segurança das crianças Reorganizar espaços coletivos Consolidar uma Proposta Pedagógica, democrática, inclusiva e coerente com a legislação vigente Garantir o atendimento de qualidade a todas as crianças adentrar a escola; Reforma dos banheiros das crianças, a depender da disponibilidade orçamentária; Manutenção constante do elevador; Formação e criação de procedimentos, preestabelecidos e conhecidos por todos, que devem ser tomados em caso de acidentes. Reorganização do refeitório, utensílios e formas de distribuição da merenda; Revitalização das áreas externas (parque, quadra, solário, biblioteca, brinquedoteca); Criação de ateliês de arte e horta; Garantir a escuta das ideias e necessidades das crianças; Viabilizar e acompanhar encontros para estudo e discussão das temáticas com os funcionários e familiares; Garantir a elaboração de um currículo integrador educação infantil e ensino fundamental Garantia de espaços, materiais e formação dos educadores para o atendimento das crianças; Valorização das diferenças e combate da discriminação entre brancos, negros e indígenas, homens e mulheres e pessoas com deficiência; Viabilização das atividades extra-escolares; Garantir o contato e brincadeiras das crianças com animais e com elementos da natureza; Promoção de oportunidades de interação entre crianças de faixas etárias diferentes; Viabilização de projetos de reforço escolar; Acompanhamento e garantia da qualidade da
6 Garantir um bom atendimento, acolhimento e respeito às famílias Efetivar a gestão democrática merenda; Repensar tempos e espaços; Adequação dos banheiros e demais espaços que garantam a autonomia das crianças; Disponibilização de brinquedos, livros, materiais pedagógicos e audiovisuais que incentivam o conhecimento e o respeito às diferenças; Garantia do direito das famílias de acompanhar as vivências e produções das crianças; Valorização dos saberes das famílias; Criação de formas de escuta e diálogo constante com as famílias; Melhorias na organização e atendimento na recepção e secretaria; Garantia de espaços especialmente planejados para a recepção e acolhimento das famílias; Garantia de espaços de escuta das crianças; Garantia de participação das crianças nas decisões coletivas; Garantia de transparência e decisão coletiva na utilização de todo o dinheiro que a escola arrecada; Busca de parcerias para melhorias na escola; Fortalecimento dos colegiados (APM e Conselho de escola); Garantia de escuta e comunicação com a toda a comunidade escolar; Ampliação os espaços de participação das famílias; Criação de procedimentos administrativos internos;
7 Garantir boas condições de trabalho aos educadores e funcionários Valorizar o trabalho realizado no âmbito da escola Garantir atendimento educacional especializado às crianças com necessidades especiais Garantia de materiais solicitados pelas educadoras e demais funcionários; Garantia de escuta e comunicação interna com a toda a equipe; Organização de um local para repouso dos funcionários; Organização de uma sala para todos os professores, com mobiliário, materiais e equipamentos necessários; Implementação de procedimentos que visam prevenir problemas de saúde das professoras e demais profissionais; Viabilização da continuidade do boletim de práticas pedagógicas; Acompanhamento e apoio aos projetos pedagógicos e práticas educativas; Viabilizar espaços, materiais e formação dos educadores para o atendimento das crianças com necessidades especiais; Garantir a limpeza, higiene e práticas que visem a sustentabilidade Garantia da retirada constante dos lixos da escola; Acompanhamento diário da limpeza; Garantia da limpeza constante de banheiros e salas; Viabilização de projetos para a coleta seletiva; Garantia de materiais de limpeza e higiene em quantidade suficiente; Garantir manutenção frequente Garantia de manutenções no período de férias e recesso; Acompanhamento constante das necessidades de manutenção e encaminhamento ao setor;
8 Repensar o papel da escola de educação básica no contexto da universidade Divulgação das manutenções solicitadas e realizadas; Exposição em local visível das trocas de filtro, limpeza de caixa d água, dedetização, desratização, manutenção nos extintores; Estímulo ao estreitamento de relações entre cursos superiores de formação de professores e a Escola Paulistinha Criação de estratégias de institucionalização que permitam à Paulistinha contribuir com a construção de conhecimentos sobre a infância e sobre a Educação Básica Elaboração de um plano de formação que inclua diálogos entre docentes do Ensino Superior e docentes EBTT; Criação de grupo de pesquisa sobre infância e educação, com participação da comunidade escolar e de docentes da UNIFESP.
9 AVALIAÇÃO O plano de trabalho e as ações realizadas pela diretora de escola deverão ser avaliadas constantemente, por meio do diálogo diário com a comunidade escolar. Anualmente deverão ser realizadas avaliações institucionais que contemplem a gestão democrática como dimensão a ser considerada. Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político pedagógico e detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em consideração as orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o conjunto de objetivos e metas a serem concretizados, mediante ação dos diversos segmentos da comunidade educativa, o que pressupõe delimitação de indicadores compatíveis com a missão da escola, além de clareza quanto ao que seja qualidade social da aprendizagem e da escola (BRASIL, 2010). Os colegiados de pais, funcionários e professores também terão papel de destaque na avaliação da gestão, uma vez que constituem instâncias não apenas deliberativas, mas propositivas para o funcionamento da instituição. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Promulgada em 05 de outubro de Disponível em: < Acesso em: jan, BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de BRASIL. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica Brasília: MEC/SEB, BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica, 2010.
10 BRASIL. Plano Nacional de Educação Lei nº , de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, PARO, Vitor H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, PARO, Vitor H. Diretor Escolar: educador ou gerente?. São Paulo: Cortez Editora, 2015.
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