PROJETO MÃOS QUE FALAM DE LIBRAS: PELA ACESSIBILIDADE NA COMUNICAÇÃO

Transcrição

1 Seminário de Avaliação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência UFGD/UEMS/PIBID PROJETO MÃOS QUE FALAM DE LIBRAS: PELA ACESSIBILIDADE NA COMUNICAÇÃO Juliana Kmzcik Lidiane de Jesus Borges Vargas Jose Sergio Rodrigues Souza Rosana de Fátima Janio Constancio Resumo: A produção de materiais adaptados em Libras dentro do projeto do PIBID Letras/Libras foi uma ação desenvolvida durante os últimos quatro anos pensando na acessibilidade para uma educação de qualidade e sobretudo no empoderamento da cultura e da língua materna surda. Entendendo que o ensino do português é subsequente a aquisição da língua de sinais brasileira a língua da criança surda. E que a língua de sinais apresenta um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem do português e que é preciso ensinar primeiramente para aluna sua língua materna, não somente sinais isolados, vocabulários e palavras desconectadas. Mas atividades e exercícios com contextualização, significados e situações do cotidiano. Desenvolvemos jogos e adaptamos tantos outros pensando na importância e na necessidade do material frente ao processo de aquisição de linguagem da aluna e também no quanto este pode auxiliar no desempenho e contribuir na proposta referente ao processo de ensino aprendizagem na sala se aula e não somente na sala de recursos. PALAVRAS-CHAVE: Produção, Acessibilidade, Lúdico, Libras, Jogos

2 1. Introdução Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos FENEIS A Língua Brasileira de Sinais (Libras) como a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta comunidade. A língua de sinais dos surdos é natural, pois evolui como parte de um grupo cultural do povo surdo. Possui gramática onde, por exemplo, a orientação e a configuração da mão podem mudar o significado do sinal, assim como apenas uma letra pode diferenciar significativamente uma palavra nas línguas orais. Dito isto ressaltamos que todo projeto do Pibid de Rio Brilhante foi desenvolvido no Centro Educacional Municipal Criança Esperança IV que apoiou e contribuiu inúmeras vezes para o sucesso do Projeto. Nosso aporte teórico é com base em Abramowicz e Wajskop (1995) que diz que todo espaço físico é um território cultural: a ser ocupado, construído, bagunçado, marcado por experiências, sentimentos e ações das pessoas. Nesse sentido, criar um ambiente estimulante permite que a criança desenvolva suas potencialidades de forma prazerosa e significativa. Por que sabemos que os jogos contribuem nas trocas sociais, culturais e individuais, pois durante a realização destes há uma imensurável aquisição de saberes por meio das brincadeiras e do lúdico e pedagógico que proporciona uma rica contribuição no conhecimento enciclopédico do indivíduo, impulsionando este ao crescimento pessoal e aquisição de conhecimentos. Durante a realização do projeto e a produção de materiais descobrimos e reafirmamos que o jogar, brincar e fazer o lúdico é se permitir e permitir a construção do conhecimento por caminhos diferentes dos convencionais e do tradicional que em nada cativa os educandos. Antes de confeccionar os jogos realizávamos pesquisas direcionadas pela necessidade da sala de aula e também da sala de recurso para atender verdadeiramente as necessidades educacionais das aluna. E depois de muitas reflexões comparávamos nossas ideias quanto a viabilidade, custo, aplicação e uso para somente após isto confeccionarmos. Muitas vezes tivemos que abandonar ideias ou deixamos de confeccionar jogos por conta de problemas técnicos como: sinais que não encontavamos imagens dos mesmos e as fotos fugiam ou ficavam muito desconectadas da proposta, ou sinais que ficava difícil de adaptar para o jogo por que era composto por elementos complexos. Sem contar a dificuldade de adaptar os sinais e imagens. Mas todo projeto por menor que seja, pode ser impactante desde que seja estruturado na pratica e na real

3 necessidade do educando e todos envolvidos no processo de ensino aprendizagem do mesmo. Nosso projeto será concluído este ano mas não fechamos esta porta, muito pelo contrário deixamos pelo caminho muitas sementes que abrem um leque muito amplo de possibilidades e por mais que tudo o que o produzimos de jogos seja apenas uma gota de esperança frente ao oceano de desafios que a educação especial e a inclusão dos surdos representa concluímos nosso projeto com a grata satisfação de termos nos doado ao máximo e propiciado alguma mudança por menor que seja durante o percurso.

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5 2. Agradecimentos Agradecemos à Capes pelo apoio financeiro no Programa de Iniciação à do Curso de Letras/Libras, a concessão de bolsas PIBID aos duas licenciandas deste curso, ao professor supervisor da escola e ao coordenador do Projeto na UFGD. E também Centro Educacional Municipal Criança Esperança IV no município de Rio Brilhante e a sua comunidade escolar. 3. Referências BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Gráfica do Senado, Lei n , de 24 de Abril de Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS. Brasília: MEC/SEESP, Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. MEC-SEESP, Brasília: Disponível em Acesso em: 12 de mar. de SKILIAR, Carlos. A Forma Visual de entender o mundo. In Educação para Todos. Revista Especial SEED/DEE Curitiba, Ed.Expediente, 1998.