SUMÁRIO. Christiane Bellorio Gennari Stevão, Danilo de Abreu e Silva, Mariana da Rocha C. Silva, Mônica Cristina Garbin e Vinicius Wagner

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4 SUMÁRIO Apresentação 2 Cultura digital e direitos autorais Christiane Bellorio Gennari Stevão, Danilo de Abreu e Silva, Mariana da Rocha C. Silva, Mônica Cristina Garbin e Vinicius Wagner 3 Hackerismo como resistência política Renata Lima Aspis 12 Rede como espaço livre e aberto Lialda Cavalcanti, Amarílis Valentim, Neusa Andrade e Clayton Messias 22 Ética e a educação são para todos? Márcia Figueiredo, Ronildo Aparecido Ferreira e Luciana Ferreira Baptista 31 A colaboração no ambiente educativo face às novas tecnologias e a ética hacker Sergio Varga e Elizabeth Veronica V. Diaz Autoria na web 2.0 no contexto da educação e a ética dos hackers Marcia Izabel Fugisawa Souza, Sergio Ferreira do Amaral, Luciana Oliveira Silva e Izabel Cristina Araújo O direito autoral na sociedade da informação Lilia Maria Reginato Gallana, Nadir Rodrigues Pereira, Raphael Silveira e Lana Paula Crivelaro Desmistificando a cultura hacker: será que também sou um deles? Bruno Gâmbaro, Marcelo Batalha e Sergio Ferreira do Amaral Hackers, redes sociais e a escola: perigos e potencialidades Henderson Tavares de Souza 78

5 2 APRESENTAÇÃO Este livro é fruto de uma produção colaborativa dos grupos de estudos do Prof. Dr. Nelson Pretto, da Faculdade de Educação da UFBA, e do Prof. Dr. Sergio Ferreira do Amaral, da Faculdade de Educação da UNICAMP, através das discussões e reflexões críticas dos alunos do programa de pós-graduação das duas universidades, buscando problematizar questões ligadas a Ética Hacker. Os artigos foram elaborados depois de várias discussões entre os alunos das duas universidades de forma que refletem as questões relacionadas à disciplina Ética Hacker e Educação, ministrada simultaneamente e com participação síncrona dos alunos em uma plataforma virtual de aprendizagem, conectada na Internet. A ausência de textos, artigos e material de livre circulação contextualizando a cultura Hacker foi um grande elemento motivador para os alunos produzirem os artigos. Dentro desta perspectiva, foi possível preparar, inicialmente, sete artigos envolvendo os alunos das duas Universidades, aos quais manifestamos o nosso agradecimento pela contribuição do tema para a Educação. A cada ano serão adicionados novos artigos ao livro, gerando uma produção colaborativa e atualizada, centrada em um dos princípios da Ética dos Hackers - o compartilhamento de conhecimento, de forma aberta e gratuita. Acreditamos que o resultado alcançado possa estimular a participação de outros grupos na construção de conteúdo para o entendimento e a necessidade da compreensão desta comunidade denominada Hacker e sua contribuição para a área da Educação. Nelson De Luca Pretto, em Salvador, Bahia Sergio Ferreira do Amaral, em Campinas, São Paulo Dezembro de 2010.

6 3 CULTURA DIGITAL E DIREITOS AUTORAIS Christiane Bellorio Gennari Stevão Danilo de Abreu e Silva Mariana da Rocha C. Silva Mônica Cristina Garbin Vinicius Wagner RESUMO Hoje, com o avanço da Internet, cresce vertiginosamente a disponibilização de informações e produtos por meio das tecnologias de comunicação e informação. E como reflexo disso, temos uma expansão cada vez maior do acesso, que é facilitado pela rede. Mas muito do conteúdo produzido hoje não é disponibilizado na rede para acesso livre e um dos problemas que afetam diretamente a questão dos direitos de propriedade é a pirataria, a partir da facilidade de compartilhamento de arquivos na Internet. Esse artigo faz uma revisão das leis de direitos autorais no Brasil e discute aspectos da cultura digital livre que podem contribuir para uma maior democratização cultural. PALAVRAS-CHAVE: direitos autorais, cultura digital, cultura livre, democratização, Creative Commons, copyright INTRODUÇÃO Com a Revolução Industrial, as bases produtivas da sociedade transformaram-se e como resultado têm-se as máquinas cada vez mais ocupando lugar central no sistema capitalista de produção. A evolução dos meios de comunicação e informação proporcionou a quebra das barreiras territoriais para a união do capital, uma vez que a interconexão de mercados cambiais pode ser realizada virtualmente. Tal revolução provocou mudanças profundas na sociedade, que hoje é chamada de Sociedade da Informação e do Conhecimento, assumindo então, como principal característica, a disponibilização de um grande fluxo de informações através das tecnologias da comunicação e informação. Como reflexo disso, temos uma expansão cada vez maior de acesso às informações. Com essa democratização da Internet, o acesso às informações está cada vez mais fácil. Um problema acarretado com isso é a divulgação de produtos que antes eram comprados em lojas e agora são distribuídos livremente pela rede. Tal prática gerou uma enorme discussão sobre o acesso a produções culturais e informacionais, pois seus autores não recebem retorno algum com a venda ilegal de seus produtos. Muito se fala sobre a necessidade de criação de uma cultura livre, na qual os produtos podem ser acessados livremente, sem impedimentos. Entretanto, uma cultura livre não é uma

7 4 cultura sem propriedades; não é uma cultura onde os artistas não são pagos. Ela é composta por regras de propriedade e contratos que são garantidos pelo Estado. AS LEIS BRASILEIRAS No Brasil, as leis de direitos autorais surgiram atreladas à Constituição Portuguesa de 1838, que naquela época garantia aos inventores a propriedade de suas descobertas e aos escritores a de seus escritos, pelo tempo e na forma que a lei determinasse. Com a independência brasileira e a partir das constituições de 1891, 1934, 1946, 1967 e 1969, os direitos autorais no Brasil passaram a ser reconhecidos. A Emenda Constitucional nº 1/69 determinava: Aos autores de obras literárias, artísticas e científicas pertence o direito exclusivo de utilizá-las. Esse direito é transmissível por herança, pelo tempo que a lei fixar (ECAD, 2007). Em relação à música, os próprios compositores lutaram para a criação de seus direitos autorais. Sociedades de defesa dos direitos autorais começaram a surgir no século XX. Eram sociedades civis sem fins lucrativos. Em 1917, foi fundada a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais SBAT, que teve seu início com autores de teatro, mas conforme foi ganhando força, os autores musicais se juntaram a eles. Chiquinha Gonzaga foi responsável pela criação do SBAT, e foi ela quem primeiro cobrou os direitos autorais de suas músicas utilizadas dentro das peças teatrais. Esse movimento foi aumentando e logo foram surgindo outras entidades, como: SOCINPRO União Brasileira de Compositores UBC 1946 Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Editores SBACEM 1956 Sociedade Arrecadadora de Direitos de Execuções Musicais no Brasil SADEMBRA 1960 Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais SICAM 1962 Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais Essas associações não conseguiam defender de forma satisfatória os direitos dos autores; muitas músicas e peças teatrais possuíam mais de um autor e isso dificultava o pagamento correto a todos eles. Em 1973 foi criado o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição ECAD ( que passou a controlar todos os direitos autorais do Brasil, fazendo a cobrança e a distribuição dos direitos dos autores. Com sede no Rio de janeiro, 23 unidades arrecadadoras, 600 funcionários, 84 advogados prestadores de serviço e, aproximadamente 240 agências autônomas instaladas em todos os Estados da Federação, a instituição possui ampla cobertura em todo o Brasil. O controle de informações é realizado por um sistema de dados totalmente informatizado e centralizado, que possui cadastrados em seu sistema mais de 214 mil titulares diferentes. Estão catalogadas 795 mil obras, além de 412 mil fonogramas, que contabilizam todas as versões registradas de cada musica. Os números envolvidos fazem com que 40 a 50 mil boletos bancários sejam enviados por mês, cobrando os direitos autorais daqueles que utilizam as obras musicais

8 5 publicamente, os chamados usuários de músicas, que somam mais de 225 mil no cadastro do ECAD (2007). O ECAD por sua vez ficou responsável por armazenar todas as informações das antigas entidades em um banco de dados, que seria atualizado sempre para o repasse destes valores. A fotografia possui histórias mais antigas, datadas do século XIX, quando as pessoas não se incomodavam com a exposição pública das suas fotos, pois isso significava status, sendo que todos viam que determinada família possuía as condições necessárias para ter suas imagens registradas em uma fotografia. Este tipo de exposição da imagem era, de certo modo, uma maneira de se mostrar para a sociedade. Mas tudo isso foi mudando quando se inventou uma maneira de reprodução em massa de fotografias, os chamados cartões postais da época. Grandes reproduções eram vistas, principalmente de figuras políticas, pornográficas e paisagens. Como a veiculação dessas imagens começou a ser muito grande, principalmente a pornográfica, houve a necessidade de se fazer alguma coisa para frear um pouco esses acontecimentos. Foi aí que em 1850, na Europa, criou-se uma lei que proibia a exposição destas fotos em lugares públicos. Estava tendo início a censura e, com ela, a pirataria, pois como as fotos foram proibidas em determinados lugares muitas pessoas faziam suas reproduções clandestinas. Em 1865, o Code Internationale de Propriété Industrielle, Artistique et Littéraire determinou que era permitida a imagem de uma praça ou qualquer outra foto de lugares, desde que essa imagem fotográfica fosse uma criação e não uma reprodução do real. Ao longo do século XIX, a questão de se a fotografia pertencia ao âmbito da arte ou ao âmbito da ciência era inseparável do processo de regulação e controle de uma pujante indústria fotográfica. Ali onde se apresentavam questões relacionadas aos direitos de reprodução, a lei via-se forçada a interceder entre uma defesa que argumentava que a fotografia não era uma obra de arte e que, portanto, não podia ser objeto de propriedade restringida, e uma acusação que argumentava o contrário (TAGG, 2005, p. 137). Criou-se então a estética fotográfica. O legislativo tinha o difícil processo de separar as fotos que continham traços estilísticos e as separava das que não passavam de uma realidade objetiva. Em 1895, foi inventado o cinema, que seguiu as regras da fotografia, aproveitando a linha de interpretação jurídica. Foi então que surgiu o problema: de quem era o capital e o lucro dos trabalhos realizados? Dos criadores, donos das máquinas e, conseqüentemente, de quem faz as tomadas e criações de todas as transformações de realidade em obra de arte ou das indústrias produtoras? No Brasil, o capital está nas mãos dos distribuidores, empresas, em sua grande maioria, multinacionais. Estas são as grandes responsáveis pelo combate à pirataria. A lei Nº 9.610, que regula os direitos autorais no Brasil, trata dos crimes contra a propriedade imaterial, em especial, da violação dos direitos do autor e os que lhe são conexos (BRASIL, 1998). Mas com tantas mudanças tecnológicas acontecendo e com a introdução da tecnologia digital, será necessária uma mudança na lei de arrecadação de direitos autorais, mas pelo visto mais uma vez

9 6 apenas as corporações sairão lucrando, enquanto que o autor, esse terá de esperar para ver o que vai acontecer. Em 1976, foi inventado o VHS (Vídeo Home System) e, com ele, o primeiro suporte de cópias ilegais de filmes em grande escala, que se transferiu para o campo virtual época em que a Internet dava seus primeiros passos em Quando a rede atingiu seu espaço de circulação global, a polêmica se popularizou e a briga de foice começou, pois as novas e generosas larguras de banda permitem baixar todo tipo de produto audiovisual num tempo inferior a um passeio de carro até a locadora. Na era das redes, os modelos de exploração econômica desses produtos já mudaram. O governo percebe que lutar contra a pirataria é um trabalho sem fim. O cidadão comum não sabe a diferença entre o direito autoral e o direito patrimonial (ou comercial) de um filme. Ao confundir essas duas, escondem-se os interesses econômicos de maior montante sobre o autor que está sendo roubado. Essa operação funciona há séculos no mundo dos livros, da música, da fotografia, do cinema e do audiovisual. Em 2003, houve um grande movimento nas salas de cinema, começando por Salvador, quando o ECAD fechou inúmeras salas de projeção em todo o Brasil, para regulamentar o pagamento de direitos autorais das músicas que estão nas trilhas sonoras dos filmes exibidos. São exigidos 2,5% do total da bilheteria, embora não se saiba ao certo de onde veio esse número e como o ECAD chegou a esse cálculo. Os proprietários de cinema, indignados, foram aos tribunais; apenas um deles fez um acordo com o ECAD e pagou suas dívidas, mas os demais continuam lutando. Assim, a atual legislação brasileira determina que será considerado autor da obra audiovisual: o autor do argumento literário, o autor do argumento musical/literomusical e o diretor, este último sendo o responsável por conferir identidade artística à obra cinematográfica (AMADEU, 2007, p. 50). Sabemos que esta é uma grande guerra de poderes e vence quem tem mais força, ou seja, posição política privilegiada. No final do governo de Fernando Henrique Cardoso houve uma reflexão sobre as práticas do direito e da justiça no Brasil, visando à regulamentação do setor audiovisual (cinema, TV, e novas tecnologias digitais). Nesse período, nasceu a ANCINE (Agência Nacional do Cinema). No governo Lula, voltou-se a discutir sobre a criação de um novo órgão que regulamentasse o cinema e a TV. Foi feita a proposta da ANCINAV, que pretendia mudar a arrecadação dos direitos autorais para 1% para cada co-autor previsto em lei, num total de 3%, e não 7,5% como propunha o ECAD. Não resolveria todos os problemas, mas já seria um começo de trabalho e poderia ser um futuro para a regulamentação geral do setor de comunicação, incluindo aí a indústria de telecomunicações, celular e Internet. DEMOCRATIZAÇÃO DA CULTURA X COPYRIGHT No momento em que surge a Internet, barateando os meios de produção e oferecendo tecnologias como o peer-to-peer e o MP3, o acesso aos bens é, de certa forma, facilitado. Na era das

10 7 redes a circulação das obras se dá em dois planos: (I) o oficial, no qual o espectador paga para assistir a um determinado espetáculo; (II) o alternativo, mais conhecido como pirataria, no qual é possível baixar conteúdos disponíveis na Internet, ou comprando uma cópia clandestina com um vendedor ambulante. Tal prática gerou uma enorme discussão sobre o acesso a produções culturais e informacionais, pois seus autores e empresas não recebem retorno algum com a venda ilegal de seus produtos. O copyright garante os direitos autorais baseado nas leis federais, mas, ao mesmo tempo, restringe o acesso da população aos meios de produção cultural e submete o produto principalmente aos interesses de empresas, ferindo a principal intenção do artista que é alcançar o público, passando a criar uma cultura antidemocrática. Nesse contexto, muito se fala sobre a necessidade de criação de uma cultura livre, na qual os produtos possam ser acessados livremente, sem impedimentos. Em outras palavras, a sociedade deve aprender a preservar a autoria das produções culturais, garantindo o reconhecimento do artista no caso de uso de produtos disponíveis na Internet. Até mesmo porque, várias obras e artistas jamais teriam sido descobertos se não fosse pela livre circulação de arquivos na Internet. Esses fatos são encarados como um problema para as grandes gravadoras, por exemplo, pois elas passam a ter lucros cada vez menores na venda de discos. Com isso, muitos artistas passaram a lançar seus álbuns de maneira mais acessível, com preços mais populares, ou ainda, em versões que podem ser baixadas na rede. CREATIVE COMMONS Um dos problemas que afetam diretamente a questão dos direitos de propriedade é a pirataria e a facilidade de compartilhamento de arquivos na internet, como em redes peer-to-peer, a exemplo do The Pirate Bay, recentemente autuado pela justiça. Com a digitalização dos arquivos, há a superação de muitas dificuldades de reprodução material, pois os arquivos podem ser copiados infinitas vezes sem sofrer nenhum desgaste, mantendo-se em uma qualidade igual ao original. Segundo Silveira (2009), quando se copia um MP3 não se rouba nada, aquele que permitiu a cópia continua com seu arquivo. ( ) Mas essas características do digital tornam obsoletas as velhas indústrias de intermediação que, em vez de explorar o potencial das redes imateriais, buscam criminalizar e tentar bloquear o compartilhamento. Dentre as medidas que buscam criminalizar essas ações no Brasil está o projeto do senador Eduardo Azeredo, batizado pelos contrários a ele de AI-5 Digital. Segundo a Cornils (2009), este projeto pretende tipificar crimes cometidos pela internet e, em nome disso, restringe a liberdade de uso e fere o direito ao anonimato dos usuários da rede. O projeto cria 13 novos crimes, dentre eles o de estelionato eletrônico, de maneira inconsistente e redação ampla, que atinge a privacidade e a

11 8 liberdade das pessoas em vários aspectos, pois abrange os dispositivos de comunicação de uma maneira generalizada e vaga. O copyright é um termo mundialmente conhecido, representado por este símbolo, o C, que significa all rights reserved, todos os direitos reservados. Ele surgiu com uma função, digamos, de marcação de território, pois havia uma preocupação em manter os direitos autorais sobre as obras que, quando não eram regulamentadas, acabavam por cair em domínio público. Ele teve e tem sua utilidade, porém necessita de uma complementação. O grande problema do copyright é que ele acabou por marcar uma presença excessiva ao redor do planeta. Todo tipo de produção intelectual acabava sendo marcada pelo grande C, dificultando muitas ações que envolvessem tais produções. Algumas vezes, uma simples produção audiovisual sem fins lucrativos, por exemplo, que quisesse usar uma música de uma determinada banda como trilha sonora, encontrava vários obstáculos para conseguir contato e liberação de uso junto ao detentor dos respectivos direitos autorais daquela música. Muitas vezes até se deixava de utilizar uma determinada música por não ter conseguido fazer um simples contato com o autor. O curioso é que nem sempre o autor desejava restringir totalmente o uso de sua obra, mas as pessoas não se poderiam dar ao luxo de arriscar, pois sempre havia o risco de serem processadas, multadas, etc. Assim, o problema do C não é o fato de restringir ou não, mas o de não refletir todos os intuitos do autor em relação à sua obra. Fica claro que a grande dificuldade é a necessidade de um intermédio entre as partes. A dinamicidade da internet ajudou a complicar um pouco mais essa situação. O surgimento e a expansão da rede mundial de computadores provocaram um incrível aceleramento na disseminação de todo tipo de informação. Áudio e vídeo transformaram-se em conteúdo digital de fácil propagação. Isso trouxe muitos problemas para o bom funcionamento do copyright, evidenciando que um novo modo de gestão e licenciamento de produção intelectual era necessário. Com isso em vista, surge, em 2001, a Creative Commons (criação comum), que, fisicamente, é uma organização sem fins lucrativos com dois escritórios, um em Berlim, na Alemanha e, o outro, em São Francisco, nos Estados Unidos (CREATIVE COMMONS, 2009). Existem instituições que a representam em outros países, como a Fundação Getúlio Vargas, no Brasil. A ideia desse movimento é uma mudança no conceito de copyright, fazendo com que ele migre do all rights reserved para some rights reserved, alguns direitos reservados. Basicamente, estamos falando de um modo diferente de se registrar propriedade intelectual, sendo que o autor pode escolher, dentre uma gama de possibilidades, como vai proteger sua obra. No site creativecommons.org, a pessoa que deseja publicar sua obra na internet pode seguir uma série de passos que ajudam a determinar a licença correta de acordo com as suas reais vontades. Assim, esse processo guia a pessoa desde a escolha da licença até a publicação em um site próprio ou em um dos inúmeros serviços de hospedagem gratuita que já incorporaram o Creative Commons.

12 9 Quando estiver navegando e vir, ao invés de um C, CC, saiba que você tem direito a, no mínimo, copiar, distribuir, exibir e executar a obra, respeitando algumas condições, como, por exemplo, dar os devidos créditos ao autor original. Isso facilita operacional e financeiramente o uso da obra de terceiros. As licenças são traduzidas e devidamente adequadas à legislação de cada país. O site do Creative Commons ( destinado à comunidade brasileira traz explicações detalhadas sobre cada uma das possíveis licenças CC, que surgiram para facilitar o compartilhamento intelectual. COPYLEFT ALL RIGHTS REVERSED Foi com base nesse trocadilho alusivo a Copyright all rights reserved que foi criado o conceito de Copyleft, que faz com que uma obra tenha proteção contra restrições, isto é, ela não é simplesmente posta em domínio público (WIKIPEDIA, 2009). Quando um trabalho está licenciado sob Copyleft, quer dizer que é proibido proibi-lo. A obra deve permanecer livre de restrições. As pessoas podem usá-la, modificá-la e redistribui-la, mas não podem restringi-la. Consequentemente, uma obra que tem origem livre, não poderá se transformar em privada. Esse conceito nasceu com Richard Stallman e os primórdios do software livre com sua GNU GPL (General Public License). Stallman disse que o trocadilho é proveniente de Don Hopkins, artista e programador, que escreveu a frase pela primeira vez em uma carta que enviara a ele. Daí em diante, papai GNU popularizou o Copyleft ao associá-lo à GPL do projeto GNU (FREE SOFTWARE FOUNDATION, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS No mundo contemporâneo, vivemos um processo de intensa culturalização. Isto se dá por múltiplos motivos: a globalização, que possibilitou trocas interculturais entre regiões e países; a defesa da diversidade cultural; o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação. Nesse cenário, temos novos atores que reivindicam possibilidades e oportunidades culturais como estimuladores de integração e criação de novos modos de vida: jovens, movimentos socioculturais, redes de todo o tipo passam a se constituir como atores culturais e requerem novos instrumentos de acesso na participação democrática. Um dos sentidos de democratizar a cultura é ampliar o acesso aos bens culturais já existentes, permitindo que as pessoas construam o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade. Ampliar a distribuição e a compreensão da produção cultural permite também que nos apropriemos de instrumentos de expressão e possamos construir uma consciência crítica diante do mundo em que vivemos. O digital trás possibilidades novas e radicais para uma mistura e reapropriação dos produtos culturais e desenvolvimento de mais cultura.

13 10 O desafio é inventar novos modelos, gerando formas de sustentabilidade econômica mais eficientes e democráticas para a criação intelectual, mais adequados à nova realidade digital. Trata-se de um desafio para toda a sociedade. REFERÊNCIAS AMADEU, Alessandro de Oliveira. O diretor e a autoria da obra cinematográfica. Revista de Cinema, São Paulo, v. 8, n. 79, BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências Disponível em: < Acesso em 1º dez CORNILS, Patrícia. Contra o AI-5 Digital. ARede, n. 48, jun Disponível em: < 5-digital> Acesso em: 15 set CREATIVE COMMONS. Creative Commons BR. Disponível em: < Acesso em: 1º dez ECAD. O que é direito autoral? [2007] Disponível em: Acesso em: 15 nov. /2009. FREE SOFTWARE FOUNDATION. What is copyleft GNU Project Disponível em: < Acesso em: 1º dez SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Traficantes do atacam o Pirate Bay. ARede, jun Disponível em: < Acesso em: 15 nov TAGG, John. El peso de la representación. Barcelona: Editora Gustavo Gili, WIKIPEDIA. Copyleft Disponível em: < Acesso em: 1º dez Christiane Bellorio Gennari Stevão Doutoranda em Educação Faculdade de Educação/UNICAMP Campinas, São Paulo, Brasil chrisbellorio@uol.com.br Danilo de Abreu e Silva Graduado em Comunicação Social daniloabreu@mpc.com.br Mariana da Rocha C. Silva Doutoranda em Educação Faculdade de Educação/UNICAMP Campinas, São Paulo, Brasil marianadarocha@gmail.com

14 11 Mônica Cristina Garbin Doutoranda em Educação Faculdade de Educação/UNICAMP Campinas, São Paulo, Brasil Vinicius Wagner Bacharel em Comunicação Social: Jornalismo

15 12 HACKERISMO COMO RESISTÊNCIA POLÍTICA Renata Lima Aspis Hackers make things, crackers only know how to brake them (Eric Steven Raymond) HACKERS E CRACKERS O termo hacker geralmente é usado pelo senso comum para designar pessoas peritas em programação de computadores, que entram sem permissão e ilegalmente em sistemas alheios para roubar informações e, muitas vezes, dinheiro. No entanto, segundo alguns hackers assumidos, especificamente Himanen (2001), autor de A ética dos hackers e o espírito da era da informação, a definição de alguém que invade sistemas de outrem para fazer uso ilícito de seus conteúdos se aplicaria mais ao que podemos chamar de cracker, o que em português seria quebrador. Para aqueles que se autodenominam hackers e se orgulham disto a atividade de quebrar sigilos e cometer delitos digitais nada tem a ver com eles. Poderíamos afirmar que o que fundamentalmente diferencia hackers de crackers é a ética na qual está baseada a atividade de cada um desses grupos e é justamente este que, a nosso ver, é o problema: as possíveis ameaças da ética de trabalho hacker ao capitalismo financeiro. Problema este ao qual queremos nos dedicar neste artigo. A palavra hacker surge juntamente com a primeira geração de hackers nos EUA no final da década dos anos 50 do século XX advinda de hack, que em inglês significa talhar, talhar detalhes em madeira, com preciosismo. Quando alguém produz um trabalho criativo, inovador, com estilo e excelência técnica, diz-se que esse trabalho foi executado com talento de hacking. Ou seja, percebemos que já na raiz do uso do vocábulo para determinar a atividade encontramos as ideias de criação e excelência e não de esperteza e intrusão. De fato, todo o problema de invasão de sistemas e apropriação ilícita de informações, com seus casos veementemente divulgados pela mídia, passa a ocorrer a partir da década dos anos 80 do século XX, bem depois da criação da Internet e do sistema operacional Unix no final da década dos anos 60. Não podemos esquecer que naquela época o mundo ocidental estava sendo regido por Ronald Reagan nos EUA e Margareth Thatcher no Reino Unido, operando conjuntamente para o final do Estado de Bem-Estar Social, rumando para o final da Guerra Fria e consequente triunfo do capitalismo como conhecemos hoje: financeiro, microcomputadorizado, de controle. Há, a partir daí e até hoje uma insistência crônica dos Estados, muito divulgada através da imprensa, em criminalizar os hackers. A distinção que estes propõem entre seu grupo e os crackers não é respeitada, vigorando sempre o uso do termo hacker para aqueles que invadem ilicitamente sistemas alheios para vantagem pessoal. Há um emblemático filme sobre esta questão, da Discovery, que se chama Hackers: outlaws and angels que coloca literalmente que há um problema que está dividido entre heróis e vilões. Este problema ocorre no ciberespaço e refere-se, segundo o filme documentário, à propriedade privada. Eis aí, no nosso ponto de vista, o problema. Há

16 13 uma cerrada insistência em colocar todos como crackers (chamando-os de hackers) como criminosos, todos, indistintamente. A pseudodistinção que é feita no filme diz respeito unicamente ao lado em que o perito se encontra: ou a favor ou contra as empresas e Estados capitalistas. Só há diferença entre os chamados anjos e criminosos no que diz respeito à sua concordância em trabalhar para o sistema capitalista ou contra ele. Sempre a ação dos ali chamados hackers (tanto os do bem quanto os do mal) diz respeito à invasão de propriedade: como peritos em programação de computadores ou invadem sistemas (os do mal) ou estudam formas de prevenção contra invasões (os do bem), estes trabalhando para as empresas e Estados, muitas vezes aparecendo como ex-hackers do mal regenerados. Mas, em momento algum é feita qualquer distinção entre essa ação de invadir ou prevenir-se contra invasões, baseadas em interesses privados e a ação, esta sim, própria e original dos autodenominados hackers que é a de criar, baseados em interesses coletivos. Podemos nos perguntar por que há tamanha insistência na criminalização do hacker. Sempre que encontrarmos uma reportagem ou mesmo um livro que trate de hackerismo na Rede constataremos que, em geral, são verdadeiros tratados sobre segurança. Segurança das empresas capitalistas, segurança da propriedade privada contra o furto. Ora, está claro que existe esse tipo de ação, o que aqui estamos chamando de crackerismo. No entanto, qual é o interesse em não distinguir a ação de um craker da de um hacker? A ÉTICA HACKER O hackerismo é, desde o começo, definido por uma luta pela liberdade. Trata-se de uma nova maneira, bastante não-capitalista, de se colocar no mundo, trata-se de uma ética distinta. E é justamente esta ética que incomoda. Poderíamos afirmar que há uma tendência em criminalizar qualquer ação que busca liberdade na Rede, resumindo todas elas ao ato de invadir sistemas alheios ou prevenir-se contra estas invasões, como se não houvesse um movimento de busca de outro modo de encarar o trabalho, outro modo de encarar a sociedade e seus valores que está por trás da ação dos autênticos hackers. Há essa tendência à criminalização, pois ao se criminalizar qualquer movimento de resistência aos valores e práticas capitalistas tende-se a esvaziá-los de seu sentido político, desautorizando-os. Como se o fato de discordar da ética mercantil do salve-se-quem-puder do capitalismo financeiro nos tornasse a todos bandidos. Vejamos isto. A ética hacker está baseada em princípios que se chocam com os dos interesses dos Estados e das empresas capitalistas, trata-se justamente de um movimento de resistência contra a implantação dos critérios capitalistas no ciberespaço. Como diz John Perry Barlow, da Electronic Frontier Foundation, no filme Hackers: outlaws and angels, da Discovery Queremos o ciberespaço totalmente aberto a todo tipo de comunicação (...) criaremos a civilização da mente no ciberespaço. Que ela seja mais humana e justa que o mundo que os governos construíram.

17 14 A ética dos hackers, segundo Himanen (2001), se opõe ao que ele chama de ética protestante do trabalho, que advém do famoso ensaio de Max Weber, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo ( ), que impera ainda hoje e se mostra bastante poderosa. O trabalhador, segundo Weber, seguindo a ética social da cultura capitalista deve sentir o trabalho, fundamentalmente, como uma obrigação. O trabalho, seja ele qual for, não importando se seja feito por vocação ou apenas por interesse financeiro, deve, segundo essa lógica, ser realizado, como se ele próprio fosse seu objetivo, como um fim em si mesmo. O trabalho é, assim, um dever e deve ser feito em obediência às ordens de Deus, como se Ele mesmo o tivesse ordenado, deve ser feito porque deve ser feito, nos cabe obedecer. Segundo Weber, salienta Himanen, o único precursor histórico da ética dos protestantes está no mosteiro. Em um mosteiro, na Idade Média, ao monge não cabia questionar a natureza do trabalho que lhe fosse impingido, devendo apenas obedecer. Ali a natureza do trabalho não importa, tendo as regras monásticas, muitas vezes, o propósito de humilhar a alma do operário, forçando-o a fazer qualquer coisa que lhe fosse ordenada, o que, ainda segundo Himanen, persiste em muitas firmas hoje em dia. Somente a partir da Reforma Protestante essa visão sobre o trabalho ultrapassa os muros do mosteiro e se espalha pelo mundo, mundo este que se tornava rapidamente industrial, onde esta glorificação do trabalho por si mesmo se encaixa como uma luva nos interesses capitalistas. O trabalho é elevado ao status de coisa mais importante da vida das pessoas. É comum o sonho de que o desenvolvimento tecnológico seja inversamente proporcional à dedicação dos homens ao trabalho. Muitas vezes o marketing capitalista abusa desta ideia, vemos na propaganda de TV a mulher que põe a roupa na máquina de lavar roupas e sai, arrumada, para passear: máquina tal, mais tempo para você! Himanen, no entanto, comenta que em The Information Age, de Castells, o autor enfatiza que, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico acelerado atual, o trabalho, no sentido físico, não está para acabar. A sociedade virtual não questiona a ética protestante. Abandonada à própria sorte, a centralização no trabalho continua a predominar. E eis o ponto no qual queríamos chegar: a ética hacker, em absoluto, encara o trabalho como obrigação, para o hacker aquele que faz resistência ao avanço dos valores e práticas capitalistas no ciberespaço o fundamento de seu trabalho é a paixão. Isto não significa que não trabalhem duro e que não haja tarefas enfadonhas a serem feitas, significa basicamente que, para eles, o trabalho, em primeiro lugar não é uma punição, não é uma obediência cega a uma necessidade alheia aos interesses de quem a realiza e não é um fim em si mesmo e não representa necessariamente uma atividade com computadores mas deve ser compreendida como um desafio social na medida em que vai contra a ideia e a prática do trabalho na sociedade capitalista como vivemos hoje. Do ponto de vista geral, a natureza radical do hackerismo, em geral, consiste em propor uma postura alternativa para a sociedade de Rede um padrão que questiona a ética protestante predominante. Nesse contexto, encontra-se o único sentido no qual os hackers são de fato crackers: eles tentam quebrar o cadeado da gaiola de ferro (HIMANEN, 2001, p. 26).

18 15 Um segundo aspecto característico da ética hacker que se opõe à nossa ideia corrente de trabalho é a relação do trabalhador com o tempo. O Linux, a Internet e o PC não foram desenvolvidos num escritório durante o horário comercial, nos lembra Himanen. A relação de liberdade com o tempo é característica dos hackers, que apreciam esse ritmo individual de vida. Trata-se de seguir o ritmo da criatividade e não do relógio, o da indústria, da máquina, da produção, do lucro de outrem, do sistema. Trata-se de respeitar o ritmo individual de cada um, que pode dedicar-se exageradamente ao trabalho em determinados períodos, seguindo seu entusiasmo, seu interesse e vontade e abandonar as tarefas para dedicar-se a outras coisas da vida quando bem entender. Para o pensamento hacker a máxima tempo é dinheiro, que traduz a essência do capitalismo, não é válida, sendo mais apropriado tempo é minha vida, afirmando a necessidade de uma assumida e autodeterminada flexibilidade do tempo, ou seja, de liberdade. Nesse sentido, esta relação trabalho-tempo que prioriza o ritmo individual na realização de um determinado objetivo está mais próxima do modo da Idade Média pré-protestante, para os ocidentais, de agir em relação ao trabalho, e que foi justamente o que os fez serem resistentes ao enquadramento ao ritmo da indústria. Ora, a nova tecnologia da informação pode proporcionar uma oportunidade de voltarmos a orientar o trabalho para tarefas. Munidos de computadores portáteis podendo ser conectados à Rede sem a necessidade de cabos, usando telefones celulares e outros aparatos eletrônicos hoje já popularizados, poderíamos imaginar o mundo do trabalho pautado pela liberdade individual. No entanto, isto não acontece. O que vemos é, estranhamente, que mais para o controle do que para a liberdade usamos essas invenções. Essa tecnologia é utilizada mais para a supervisão intensa do tempo do trabalhador do que para sua libertação dele, é usada mais para maximizar a sua submissão em relação à obediência no cumprimento de tarefas, sempre urgentes e que reclamam por imediatismo, do que possibilita sua autonomia de decisão e sua criatividade. Vamos trabalhar no Google, resume o convite desta gigante da tecnologia da informação, divulgado amplamente pela Internet, e que pode ser conferido em Google (2007), proliferando-se por s de milhares de pessoas que o enviaram deliberadamente, mensagem encantadora que invadiu a imaginação dos jovens futuros trabalhadores, apontando para a possibilidade de realização de um verdadeiro sonho. Pode ser que em seu íntimo, nervosos, sofriam pensando: será que eu posso ser considerado um dos mais interessantes seres humanos do planeta? Independentemente, aqui, de discutir a veracidade das informações que o texto traz e focando nos efeitos que causou no imaginário das pessoas, podemos nos perguntar: quê sonho é esse que se vê realizado no trabalho nessa empresa? Seria liberdade isso que eles oferecem? Seria autonomia? Privacidade? Seria incentivo à criatividade? Criar para que? Para quem? Seria viver a vida? O premiado romancista português José Saramago escreveu o romance A Caverna, publicado em Há ali claramente uma relação direta da história que se conta com o conhecidíssimo mito da caverna, alegoria criada por Platão no livro VII de sua A República. Não vamos nos deter nesta relação aqui. O que nos interessa simplesmente é dizer que se trata da história de um sexagenário que sempre

19 16 ganhou a vida como oleiro, fabricando com as próprias mãos utensílios domésticos em sua oficina em sua casa na zona rural. Aos poucos ele se vê centrifugado do mundo do trabalho tendo suas mercadorias rejeitadas pelo Centro, enigmático lugar para onde se direciona toda a produção, comércio e a vida das pessoas em geral, inclusive seu lazer, moradia, assim como seus desejos, considerado O MELHOR LUGAR PARA SE TRABALHAR!! Ou seria melhor dizer, O MELHOR LUGAR PARA SE VIVER? É como se as pessoas tivessem passado a viver dentro de um enorme Condomínio Shopping Center. Cipriano Algor, o personagem principal do romance, é colocado à margem, está velho, seus pratos são substituídos por pratos de plástico, seus bonecos de barro estão fora de moda e não vendem. Ele, assim como a grande maioria das pessoas, está fora do mundo, o mundo do Centro. Aquele lugar está reservado para os mais interessantes seres humanos do planeta. Ele está fadado a aceitar a condição de dependente da filha e do genro. Cipriano vai morar com o jovem casal no Centro e acaba conhecendo o segredo daquele lugar: alguns esqueletos humanos acorrentados em um banco, virados de frente para o fundo de uma caverna, encontrados nas escavações para a construção de mais um pavimento subterrâneo de estacionamento. As autoridades não sabem o que fazer com aquilo, até que resolvem transformar o estranho achado em atração, cobrando pelo ingresso da multidão curiosa. Cipriano percebe que não pode viver ali. A nova sociedade em rede na qual vivemos possibilita tanto uma nova sociedade baseada na liberdade individual, no compartilhamento e na criatividade quanto uma sociedade ainda mais diretiva, autoritária e de controle do que a industrial. Cabe a nós decidirmos o que queremos fazer. O desenvolvimento tecnológico sozinho não garante nem uma coisa nem outra, ele depende do posicionamento e uso de cada um de nós. Esta afirmação pode parecer óbvia, mas, olhando mais de perto, ela diz respeito a pequenas escolhas do cotidiano que estão totalmente sob o poder de cada um: basta lembrar que cada pequena escolha tem sua consequência direta e que esta pode não ser tão pequena assim. Outro aspecto bastante emblemático da ética hacker é o de colaboração no trabalho, o que demonstra, mais uma vez, a sua oposição à ideologia capitalista. Toda vez que um hacker faz uma descoberta ele a disponibiliza para que outros possam usá-la e aprimorá-la. Não a patenteia para vender. Foi assim que Linus Torvalds criou e disponibilizou seu sistema operacional, Linux. Vemos que há, tomando os significados originais dos conceitos de hacker e de capitalismo, uma oposição fundamental, agora ainda acirrada pela relação dos hackers com o dinheiro, que não é a mesma pregada e praticada pelo capitalismo como vivemos hoje. A ideia que está por trás da defesa da abertura do conhecimento tecnológico é a mesma que rege a comunidade científica. O modelo fechado não permite iniciativa e crítica, atos que poderiam tornar uma atividade mais criativa e autocorretiva (HIMANEN, 2001, p. 72). Defende-se a ausência de hierarquia, mas não se trata de defender uma anarquia, pois na comunidade há árbitros, porém sua autoridade é constantemente legitimada pela comunidade, seriam mais como chefes de tribo do que como presidentes. Ninguém assume um cargo no qual o trabalho não possa ser revisto por um companheiro, como as criações de

20 17 terceiros. Um conhecido hacker da velha guarda, Richard Stallman, é o mentor de uma tentativa dos hackers de tentar conciliar sua ética com o capitalismo, defendendo uma nova forma de economia, baseada na chamada empresa de fonte aberta, que desenvolve software de modelo aberto. Segundo Himanen, Eric Raymond em seu conhecido artigo The Cathedral and the Bazaar salienta que a grande inovação de Torvalds na criação do sistema operacional Linux não foi de cunho técnico, mas social, haja vista a forma totalmente aberta e compartilhada sob a qual foi desenvolvido. Basicamente o modelo fonte aberta funciona a partir da resolução de um determinado problema ou desafio considerado significativo que é compartilhado na Rede. Aquele que recebe esta versão da solução pode usá-la livremente, testá-la, desenvolvê-la e isto é possível quando as informações que levaram à solução (a fonte) são passadas junto com ela. Aquele que a recebe só tem duas obrigações em relação à obtenção desses direitos, que são a transferência desses mesmos direitos quando a solução original ou uma versão desenvolvida forem compartilhadas e, além disso, deve-se sempre dar os créditos para aqueles que trabalharem nas versões compartilhadas. A ideia é a de compartilhar uma solução em sua fase inicial acreditando nos benefícios da multiplicidade de pontos de vista. Mais do que isso, em seu livro sobre a ética hacker Himanen apregoa um trabalho conjunto, comunitário e próximo do conceito original de academia. Aqui nos aproximamos um pouco mais do problema deste artigo. Aquilo que Himanen vai desenvolver como a ideia do que ele chama de Academia Virtual é algo que se opõe diametralmente ao modelo de escola e universidade que usamos até hoje e à indústria editorial que transforma conhecimento em mercadoria, problema este que diz respeito também a toda a questão dos direitos autorais, direitos comerciais e financeiros sobre produtos do conhecimento tornados mercadorias de consumo. Segundo Himanen, se seguirmos a ética hacker de forma radical, tomando o conceito de comunidade científica e de academia em sua origem, podemos pensar uma nova forma de produzir conhecimento. Ele pensa na criação de uma Academia Virtual generalizada, na qual todo o material de estudo poderia ser livremente utilizado, criticado e desenvolvido por todos. Contra o nosso modelo atual de universidade, hierarquizado no qual o aluno deve calar-se e aprender com os mais experientes e muitas vezes, senão na maioria delas, deve limitar-se ao que aprende, sendo vetada a crítica e a contribuição, Himanen prega um modelo no qual o aluno fosse colocado como pesquisador desde o começo, discutindo os assuntos com outros pesquisadores, experientes e principiantes também, com o tempo o aluno poderia acrescentar sua colaboração ao estudo desenvolvido. Certamente esta ideia é um desafio para o futuro e depende do posicionamento de cada um de nós em relação às formas como disponibilizaremos nossas produções e como as usaremos. Perigoso concordar com ela tão rápido: não são poucas as transformações sociais necessárias para a mudança de um modelo a outro. A forma como John Perry Barlow da Electronic Frontier Foundation, coloca a questão no filme da Discovery, nos faz sentir sua gravidade: Estamos lidando com uma luta entre o futuro e o passado. Entre as forças que já eram e as que ainda virão. Governos do mundo industrial: eu sou do ciberespaço, o

21 18 novo lar da mente. Em nome do futuro, peço que vocês, do passado, nos deixem em paz. Vocês não são bem vindos, não têm o direito de reinar aqui. Não conhecem a nós nem ao nosso mundo. O ciberespaço não pertence a vocês. Seus conceitos legais de propriedade, expressão, identidade, movimento e contexto, não se aplicam a nós. Eles se baseiam na matéria e aqui ela não existe. Vamos nos espalhar pelo planeta para que ninguém prenda nossos pensamentos. Podemos perceber que o problema que está sendo colocado pela posição dos hackers em relação ao trabalho é muito mais amplo do que a esfera da alta tecnologia. É uma postura política. Mais especificamente é uma postura de resistência política ao modo como hoje, no mundo ocidental, normalmente encaramos as questões de trabalho, dinheiro, tempo, propriedade, prazer, vida social. Neste sentido a postura política do hacker não se restringe aos especialistas em linguagem de computadores. Esta mesma posição pode (e deve) ser incentivada em qualquer esfera da sociedade. Na primeira Conferência dos Hackers realizada em San Francisco em 1984, Burrell Smith, o hacker que está por trás do Macintosh, da Apple, define o termo [hacker] da seguinte maneira: É possível fazer quase tudo e ser um hacker. Há hackers carpinteiros. Não está necessariamente ligado à alta tecnologia. É preciso ter habilidade e gostar do que faz. (HIMANEM, 2001, p. 22). E poderíamos acrescentar: é preciso também saber que ao assumir essa postura de priorizar o prazer, a flexibilidade do tempo e a colaboração, estaremos não só assumindo uma nova postura pessoal em relação ao trabalho, mas também, e talvez principalmente, uma postura política e social, propondo (na ação efetiva, o que é melhor) uma nova sociedade. HACKERISMO E EDUCAÇÃO Ora, se, de maneira geral, podemos dizer que qualquer um pode adotar a postura de um hacker, podemos perguntar: como nós, profissionais da educação, nos posicionamos? Não é muito incomum os professores ficarem encantados com o crescente desenvolvimento do ciberespaço, com a constante apresentação de novos recursos tecnológicos no mercado e passarem a acreditar que têm que aderir ao mundo digital e o fazem sem reservas. O fazem sem estarem informados sobre o viés político que há nessa atitude. Há hoje uma nova possibilidade de luta por liberdade que a Rede nos propicia e que tradicionalmente tem sido travada pelos hackers. Tomarmos consciência disso nos leva a diminuirmos os riscos de sermos meros agentes da introdução dos alunos no mundo digital, colaborando para a reprodução, neste mundo, do mundo capitalista com todos os seus engodos e malogros. Pode ser que muitas vezes haja certa pressa desatenta dos educadores em adotar as tecnologias existentes como parte de seus processos pedagógicos, pois além do encantamento com estas tecnologias há também o temor dos adultos hoje, que não são nativos desse mundo, em ficar fora dele. Há o temor de ficarem apartados das novas gerações, em mundo separados, usando linguagens distintas, caso não corram na imigração para a sociedade da Rede. E neste afã de participação podemos estar embarcando ingenuamente em esquemas que têm um teor político que pode não ser aquele com o qual concordamos. Ou seja, no mundo analógico sabemos bem nos posicionar, porém,

22 19 muitas vezes, esquecemos que também no mundo virtual temos que atentar para isso. O fato é que também os jovens nativos do mundo virtual, que têm uma enorme habilidade para entender seu funcionamento prático e para navegar nele, também estão pouco informados sobre os jogos de poder neste mundo. Por exemplo, quantos de nós sabemos que o Google guarda todas as informações sobre as buscas que fazemos e pode, através disso, desenhar um perfil do usuário de determinado computador? Quantos desconfiam que talvez esses dados possam ser usados comercialmente contra nós, ou seja, que possam ser vendidos para empresas que podem nos bombardear com propagandas de produtos específicos do nosso universo de consumo? Em uma das cenas do filme futurista Minority Report, de Steven Spielberg, de 2002, veem-se os indivíduos passarem, sem perceber, por leitores de íris que rapidamente acionam a mudança das propagandas nos outdoors de forma que essas se adaptam imediatamente ao perfil do passante. Estamos quase lá. Talvez a maioria dos usuários da Internet não saiba o que é rastro eletrônico e desavisadamente oferecem dados seus a não se sabe quem. Quanto mais eletrônica torna-se nossa era mais e mais vestígios são deixados em diversos bancos de dados. Os Estados autoritários podem se valer disto. Mas, em maior número, nos países desenvolvidos, nos quais o uso de aparatos eletrônicos pessoais como cartões de crédito, telefones móveis, computadores e até TV digital, entre outros, é muito intenso, o perigo está nas empresas contra os indivíduos. Imagine que o perfil detalhado de uma pessoa, rastreado por todo o aparato eletrônico que usa, possibilita a pesquisa de seus padrões de vida. E isto diz respeito a qualquer um, por exemplo, como trabalhador visto pela empresa onde está empregado, ou como candidato a um emprego, ou como pai que pleiteia uma vaga em uma escola para seu filho, etc. Sabemos através das notícias de jornais, de casos de demissão de funcionários ocorridos após a análise e reprovação de seu comportamento eletrônico, quer seja por suas mensagens de ou por visitas a sites considerados impróprios pela empresa, ou por algo que comentaram sobre a empresa em sites de relacionamento. Não se trata aqui de incitar uma sensação de perseguição no leitor, mas levantar a discussão da necessidade crescente de proteção consciente e defesa da privacidade. Esta é uma luta fundamental por liberdade que tanto prezamos no mundo analógico e da qual esquecemos no mundo virtual. Em relação a isto os hackers também estão atentos e há uma história de defesa da privacidade que é tão longa e importante quanto a luta por liberdade de expressão. Eles trabalham para encontrar soluções técnicas para tornar possível a privacidade na era da Eletrônica na qual vivemos cada vez mais intensamente. Um conhecido grupo é o Cypherpunks, importante no desenvolvimento de tecnologias de criptografia, métodos que os governos desaprovam, já que estes, quando sólidos, garantem uma privacidade autêntica. Um de seus membros, John Gilmore, em 1991, em seu manisfesto Privacy, Technology and the Open Society imagina uma sociedade na qual não fosse necessário se identificar a cada momento até mesmo para os pequenos trâmites do cotidiano. Quanto mais os educadores, hoje, se envolvem e defendem o uso das novas tecnologias de rede nos processos educacionais mais eles também devem estar atentos para a questão da defesa da liberdade e da privacidade dos usuários desses novos meios, ou seja, eles mesmos e seus alunos, com os quais estão colaborando na formação.

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