UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS DE PATOS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS DE PATOS HISTÓRIA NATURAL DE Leptodactylus macrosternum (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) EM ÁREAS DE CAATINGA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E RIO GRANDE DO NORTE, NORDESTE DO BRASIL FERNANDA DE FÁTIMA SOUTO ARAÚJO PATOS PB 2015

2 FERNANDA DE FÁTIMA SOUTO ARAÚJO HISTÓRIA NATURAL DE Leptodactylus macrosternum (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) EM ÁREAS DE CAATINGA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E RIO GRANDE DO NORTE, NORDESTE DO BRASIL Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Patos- PB, como requisito para obtenção do Grau de Licenciada em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum PATOS PARAÍBA 2015

3 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR A658h Araújo, Fernanda de Fátima Souto História natural de Leptodactylus macrosternum (Anura: Leptodactylidae) em áreas da caatinga nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil / Fernanda de Fátima Souto Araújo. Patos, f.: il. color. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Orientação: Prof. Dr. Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum Referências. 1. Cardumes de girinos. 2. Desovas. 3. Girinos. 4. Vocalização. I. Título. CDU 574

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5 Dedico à aquele que sempre viverá em meus pensamentos... Que com suor e mãos calejadas criou a todos... Que sempre me acolheu em seus braços e com seus apelidos me fazia sorrir. Sei que em breve irás brilhar no céu, mas a sua luz sempre me guiará. Ao senhor VÔ todo o meu esforço e dedicação. Para sempre te amarei!

6 Eu amo Tu-canos Ele-fante Nós humanos Vós animais É lição Cuidar da Natureza é sempre verbo de ligação. (Saulo Pessato)

7 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, meu Salvador por todas as bênçãos derramadas em minha vida e por seu amor incondicional. Por sempre me levantar quando minhas forças falham e por ter permitido vivenciar todos esses anos, adquirindo conhecimentos e amadurecendo a cada ano, a cada prova, a cada derrota e a cada vitória. Muito obrigada Senhor por tua fidelidade! Aos meus pais, por todo amor e carinho, pelo apoio dado ao longo dessa jornada e por sempre acreditarem em mim. Ao meu irmão Flávio Araújo por torcer pela minha felicidade, sempre me ajudando e me fazendo acreditar no meu potencial. Aos meus familiares pela confiança depositada em mim e por torcerem pelo meu sucesso. Ao meu amor Lazaro Pinheiro, por toda compreensão e amor, e pela ajuda fornecida em campo. As minhas amigas Maria Aparecida, Bianca Anny e Deuzení Maria por toda ajuda e conselhos acerca do meu trabalho e pela amizade ao longo desses anos. Aos meus colegas do LHUFCG pela ajuda em laboratório e em campo e pelos conhecimentos compartilhados. A Eduarda Araújo por todo esforço e ajuda com o desenho do girino. A UFCG/CSTR e a todos os professores com quem tive o prazer de dividir meus dias e aprender um pouco mais sobre as diversas áreas e temas da Biologia. Por fim, agradeço a todos que torceram por mim e que de forma direta ou indireta colaboraram para a realização deste sonho. A todos vocês muito OBRIGADA!

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Áreas de estudo Metodologia RESULTADOS Esforço amostral Ambiente de reprodução e postura de ovos Vocalização Amplexo Ninho de espuma e fecundidade Cardume Desenvolvimento de girinos em laboratório Descrição do girino Predação dos girinos Comportamento de defesa da fêmea a desova/cardume DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE...-- ANEXOS...--

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Áreas de coletas no Estado da Paraíba e seus respectivos cardumes (A-B município de Maturéia; C-D município de Princesa Isabel; E-F município de Patos, na Alça Sudeste - Poça 1) Figura 2. Áreas de coletas no Estado da Paraíba (A-B município de Patos, na Alça Sudeste - Poça 2) e do Rio Grande do Norte (C-D município de Antônio Martins) e seus respectivos cardumes e/ou desova de girinos Figura 3. Indivíduo adulto de Leptodactylus macrosternum encontrado no município de Tenente Laurentino Cruz, estado do Rio Grande do Norte Figura 4. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto de anúncio de Leptodactylus macrosternum gravado em Patos, Paraíba, na Alça Sudeste (tombo MNCK0440_Leptodactylusmacrosternum_Patos_PB) Figura 5. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto de territorial tipo 1 ( tremido ) de um macho de Leptodactylus macrosternum quando próximo de outro macho da mesma espécie (trecho 30-34s do canto tombo MNCK0441_Leptodactylus macrosternum_patos_pb) Figura 6. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto territorial tipo 2 de Leptodactylus macrosternum gravado de um macho no município de Antônio Martins, Rio Grande do Norte (trecho 85,7-86s do canto tombo MNCK0451_Leptodactylus macrosternum_antônio Martins_RN) Figura 7. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) dos cantos em antifonia de dois machos (A e B) de Leptodactylus macrosternum em Patos, Paraíba (tombo MNCK0441_Leptodactylusmacrosternum_Patos_PB) Figura 8. Girino de L. macrosternum no estágio 35. (GOSNER 1960). 1, Vista lateral; 2, disco oral Figura 9. Predação de um girino de L. macrosternum (estágio 41) por um girino de mesma espécie e possivelmente no mesmo estágio, observados em uma lagoa temporária próxima ao Casarão do Jabre, município de Matureia, Paraíba Figura 10. Número de comportamentos de defesa observados pela fêmea junto ao cardume e/ou desova, entre os meses de fevereiro a abril de 2014 e 2015 nas áreas de estudo... 32

10 LISTA DE TABELAS Tabela I. Comparação entre as variáveis morfométricas dos girinos de diversos cardumes (estágio 26), coletados nos municípios de Princesa Isabel e Patos, estado da Paraíba. Apenas valores significativos estão dispostos na tabela Tabela II. Média (x), desvio padrão (DP) e amplitude de oito características morfométricas (mm) analisadas para o girino de L. macrosternum, no município de Patos - Paraíba (Alça Sudeste) (n=5, estágio 35) Tabela III. Medida dos girinos coletados no município de Antônio Martins/RN, no estágio 26 do desenvolvimento Tabela IV. Medida dos girinos coletados no município de Maturéia/PB (em frente ao casarão do Pico do Jabre) e seus respectivos estágios de desenvolvimento Tabela V. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB - UFCG e seus respectivos estágios de desenvolvimento Tabela VI. Medida dos girinos coletados no município de Princesa Isabel/PB, contendo três cardumes (C1, C2 e C3) com girinos no estágio Tabela VII. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB, na Alça Sudeste contendo duas poças (Poça 1 e Poça 2, a qual contem três cardumes ( C1; C2 e C2) com girinos no estágio Tabela VIII. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB, na Alça Sudeste (Poça 3) e seus respectivos estágios de desenvolvimento....--

11 HISTÓRIA NATURAL DE Leptodactylus macrosternum (ANURA: LEPTODACTYLIDAE) EM ÁREAS DE CAATINGA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E RIO GRANDE DO NORTE, NORDESTE DO BRASIL Fernanda de Fátima Souto Araújo 1 & Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum 2 1 Acadêmica de Ciências Biológicas, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Av. dos Universitários, s/n, Santa Cecília, CEP , Patos, PB. fernandasoutobio@gmail.com 2 Professor da Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas, Laboratório de Herpetologia, e Programa de Pósgraduação em Ciências Florestais, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Av. dos Universitários, s/n, Santa Cecília, CEP , Patos, PB. mnckokubum@gmail.com ABSTRACT. Natural history of the Leptodactylus macrosternum (Anura: Leptodactylidae) in areas of Caatinga in states of the Paraíba and Rio Grande do Norte, Northeastern Brazil. The objective of this work was study reproductive aspects of Leptodactylus macrosternum, with emphasis on the behavior of parental care in areas of Caatinga in states of Paraíba and Rio Grande do Norte, Northeastern Brazil. These studies were surveyed in open areas with temporary ponds in the municipalities of Patos, Princesa Isabel and Maturéia (both in Paraíba) and Antonio Martins (Rio Grande do Norte), between the months of February to April of 2014 and We observed behavior of 10 males and 15 females, of which six of the females was in maternal care with the offspring. Adults were observed during the period of the day and night to acompanhar the reproductive behavior and collected the foam nests (spawning) and after to monitoring the development of the tadpoles (larvae) in the laboratory. The parental care was recorded in 40% of observed females and consisted of assistance to foam nests and after to the tadpoles being observed only in the early and intermediate stages of development, a fact also reported for other species of Leptodactylus latrans group. This paper contributes to the knowledge of aspects of the species, since present new records of vocalization, tadpole description of this species, and also presenting the second case of parental care for L. macrosternum in northeastern Brazil. KEYWORDS. Foam nests; tadpole; tadpole schools; vocalization.

12 RESUMO. O trabalho teve como objetivo estudar aspectos reprodutivos de Leptodactylus macrosternum, com ênfase no comportamento de cuidado à prole, em áreas de Caatinga no Estado da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Os estudos foram realizados em ambientes com corpos d água temporários, nos municípios de Patos, Princesa Isabel e Matureia (PB) e em Antônio Martins (RN), entre os meses de Fevereiro a Abril de 2014 e Foram observados 10 machos e 15 fêmeas, das quais apenas seis estavam em atividade de cuidado á prole. Adultos foram observados durante o período do dia e noite para acompanhamento do comportamento reprodutivo e desovas e cardumes foram coletados para acompanhamento do desenvolvimento em laboratório. O cuidado parental foi registrado em 40% das fêmeas observadas e consistiu na assistência à desova e assistência às larvas sendo observado apenas nos estágios iniciais e intermediários de desenvolvimento, fato também relatado para outras espécies do grupo latrans, ao qual a espécie em estudo faz parte. Este trabalho contribui para o conhecimento de aspectos da espécie, uma vez que trás relatos inéditos a cerca da vocalização, descrição do girino, apresentando também o segundo registro de cuidado parental para a espécie L. macrosternum no Nordeste do Brasil. PALAVRAS-CHAVE. Cardumes de girinos; desovas; girino; vocalização.

13 13 1. INTRODUÇÃO Os anfíbios constituem um grupo bastante susceptível às alterações ambientais e, isto ocorre devido às inúmeras combinações de características morfofisiológicas, ciclo de vida com estágios aquático (larvas) e terrestre (fim da metamorfose), além disto apresentam limitada capacidade de dispersão e distribuição geográfica e/ou área de vida restrita (DUELLMAN & TRUEB 1986; BORGES-MARTINS et al. 2007). Os anfíbios têm sido alvo de identificação (i.e. taxonomia) e isso se deve a sua capacidade de vocalizar. Os anuros fazem uso de vocalizações para diversos fins, como anúncio, corte, alerta e cantos agressivos, com funções distintas para atração sexual, estabelecimento de território, isolamento reprodutivo, entre outros (WELLS 1977a, 1988; CARDOSO 1986; DUELLMAN & TRUEB 1986; HADDAD 1987; MARTINS & HADDAD 1988). Diversas espécies de anuros apresentam adaptações a ambientes sazonais (p.e. se enterrar, deposição de ovos em ninhos de espuma, etc). O ninho de espuma, comum entre os Leptodactilidae e Leiuperidae (sensu Frost et al. 2007) é construído pelos parentais através do batimento dos membros posteriores dos machos em líquidos cloacais liberados pelas fêmeas no momento da postura. A deposição de ovos em ninhos de espuma consiste num importante passo evolutivo, tendo sido referido inicialmente como uma adaptação a ambientes secos e, a terrestrialidade das fases iniciais do desenvolvimento (HEYER 1969b, 1974; LYNCH 1971). A função do ninho de espuma tem sido relatada em outros trabalhos (DOWNIE 1990, 1993; MENIN & GIARETTA 2003; GIARETTA & KOKUBUM 2004) como tendo função inicial contra predação. Contudo, processos fisiológicos, tais como respiração e excreção (DOWNIE & SMITH 2003; KOKUBUM & GIARETTA 2005) bem como a regulação de água são mecanismos importantes em espécies em que os girinos permanecem por longos períodos no ninho (KOKUBUM & GIARETTA 2005; KOKUBUM & SOUSA 2008). O cuidado parental é uma estratégia usada por alguns grupos de animais para facilitar a chegada dos filhotes à vida adulta e pode ser definido como qualquer forma de comportamento realizado pelos pais, o que acarreta no aumento das chances de sobrevivência dos filhotes (VAZ-FERREIRA & GEHRAU 1971; ALCOCK 1993). Entre os anuros, cerca de sete porcento das espécies apresentam alguma forma de cuidado parental (WELLS 1981). O cuidado à prole envolve o fornecimento de recursos ou proteção aos filhotes (descendentes) até que estes atinjam a independência (SARGENT et al.

14 ; ALCOCK 1993), podendo ainda estarem relacionado a defesa contra predadores, podendo ser efetuado pelo macho, fêmea, ou raramente por ambos os parentais, (WELLS 1981; BECK 1998; SANTOS & AMORIM 2006;). Alguns relatos acerca do cuidado com a desova e/ou com girinos aquáticos (e.g., DOWNIE 1996), tem sido registrados para espécies brasileiras (e.g., MARTINS 2001; SANTOS & AMORIM 2006; RODRIGUES & GIARETTA SILVA & GIARETTA 2009), entretanto, mais estudos se fazem necessários para se ter uma melhor compreensão sobre tal comportamento. Entretanto, o cuidado à prole pode representar um problema para os parentais, pois ao mesmo tempo em que aumenta a taxa de sobrevivência dos descendentes, promove a queda de fecundidade, levando a perda de oportunidade de novos acasalamentos (MONTGOMERIE & WEATHERHEAD 1988; ALCOCK 1993), bem como redução de mobilidade e maior susceptibilidade á predação (CRUMP 1995). O gênero Leptodactylus Fitzinger, 1826 faz parte da família Leptodactylidae que é constituída de 201 espécies em 4 gêneros (FROST 2014). Os anfíbios pertencentes a este gênero formam 5 grupos, ocellatus, melanonotus, pentadactylus, fuscus e marmoratus (HEYER 1969). Dentre esse gênero, encontra-se a espécie Leptodactylus macrosternum Miranda- Ribeiro, 1926 inserida no grupo ocellatus e popularmente conhecida como rã-manteiga. É uma rã é de médio porte, onde os machos medem entre mm, enquanto que as fêmeas medem entre mm. Os indivíduos desta espécie vivem em uma ampla gama de hábitats, sendo encontrados tanto em ambientes de florestas tropicais úmidas e áreas abertas, como em ambientes de savana, campos e áreas secas (HEYER et al. 2008). Apresenta distribuição por grande parte da América do Sul, a leste dos Andes. Possui hábitos noturnos, e assim com a maior parte dos anuros, sua dieta é carnívora consumindo principalmente pequenos invertebrados, sobretudo insetos, porém suas larvas são geralmente herbívoras, alimentandose por filtração através das brânquias (STEBBINS & COHEN 1997; ZUG et al. 2001). O presente estudo teve como objetivo estudar aspectos da história natural de Leptodactylus macrosternum, com ênfase no comportamento reprodutivo, em ambientes aquáticos em áreas de Caatinga no Estado da Paraíba e do Rio Grande do Norte, buscando analisar os seguintes aspectos: 1) observar as táticas utilizadas pelo parental (fêmea) para a defesa da prole; 2) verificar como se dá a comunicação entre o parental e prole; 3) identificar o comportamento da fêmea em relação ao cardume e/ou desova; 4) analisar se há preferência dos girinos por determinados micro-habitats; 5) identificar quais fatores influenciam na

15 15 sobrevivência destes até a metamorfose, e 6) descrever o girino, bem como os tipos de vocalização da espécie. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Áreas de estudo O estudo foi realizado no período chuvoso entre os meses de Fevereiro a Abril de 2014 e de 2015, realizado em ambientes com corpos d água temporários, nos municípios de: 1) Patos, localizado na Mesorregião do Sertão Paraibano (07º01 28 Latitude Sul e 37º Longitude Oeste); 2) Maturéia, mais precisamente em frente ao casarão no Pico do Jabre (07º Latitude Sul e 37º Longitude Oeste) (corpo d água contendo 50 m de comprimento X 40 m de largura e 50 cm de profundidade); 3) Princesa Isabel (07º44 12 Latitude Sul e 37º59 36 Longitude Oeste) (corpo d água com 100 m de comprimento X 60 m de largura e 20 cm de profundidade), e 4) Antônio Martins, localizado no interior do estado do Rio Grande do Norte (06º Latitude Sul e 37º Longitude Oeste)(corpo d água com 50 m de comprimento X 10 m de largura e 50 cm de profundidade) (Figura 1e 2). No município de Patos, o estudo foi realizado em um corpo d água próximo a UFCG (15 m de comprimento X 10 m de largura e 40 cm de profundidade) e em duas poças encontradas na Alça Sudeste, próximos a linha férrea. A poça 1 estava com entulhos de construção, principalmente e apresentou 22,6 cm de comprimento X 20 cm de largura e 10 cm de profundidade); já a poça 2 apresentou um comprimento de 19, 6 m X 40 m de largura e 15 cm de profundidade).

16 16 A B C D E F Figura 1. Áreas de coletas no Estado da Paraíba e seus respectivos cardumes (A-B município de Matureia; C-D município de Princesa Isabel; E-F município de Patos, na Alça Sudeste - Poça 1). Fonte: ARAÚJO, F.F.S & KOKUBUM, M.N.C.; 2014 e 2015.

17 17 A B C D Figura 2. Áreas de coletas no Estado da Paraíba (A-B município de Patos, na Alça Sudeste - Poça 2) e do Rio Grande do Norte (C-D município de Antônio Martins) e seus respectivos cardumes e/ou desova de girinos. Fonte: ARAÚJO, F.F.S & KOKUBUM, M.N.C.; 2014 e Metodologia Os corpos d água utilizados no referido trabalho foram divididos em áreas menores aleatoriamente para análise do comportamento dos girinos no cardume. Também foram feitas medições de alguns corpos d água para verificar o comprimento e a profundidade em que os cardumes se encontravam. Espécimes de girinos foram coletados com o auxilio de peneira de malha fina, os quais foram previamente contados e em seguida inseridos em potes contendo água. As observações consistiram em idas ao campo entre os meses de Fevereiro a Abril dos anos de 2014 e 2015, iniciando as observações por volta das 9h30min às 11h30min, estendendo-se pela tarde (13h30min às 17h00min) e noite (18h00min às 20h30min). As

18 18 visitas ao campo no período diurno foram realizadas a procura de girinos, desovas e para verificação do comportamento do parental para com a prole. Foram utilizados o método de animal focal (ALTMANN 1974; MARTIN & BATESON 1986; KLEBER DEL-CLARO 2004) para verificação do comportamento das fêmeas no cuidado a prole, como também do comportamento dos girinos no cardume. As observações do comportamento desenvolvido pelos adultos tiveram duração de 1 hora, já para os girinos em cardumes as observações foram feitas a cada 15 minutos. Os espécimes adultos (Figura 3) foram capturados manualmente e depositados em sacos plásticos, enumerados contendo as informações de captura como o local de coleta, número do indivíduo e como estes se comportavam no momento da coleta. O material foi levado ao laboratório de Zoologia da Universidade Federal de Campina Grande (CSTR), onde alguns adultos foram fixados em álcool e posteriormente tombados na coleção de herpetologia (LHUFCG). As gravações do autor (coleção particular MNCK) foram feitas com gravador Tascam Dr-100, acoplado a um microfone unidirecional Senheiser ME-66. Dados físicos, como temperatura, foram registrados no final de cada gravação. Os cantos foram digitalizados e analisados através do programa Soundruler (Gridi-Papp 2007). A partir daí, espectrogramas foram preparados, a fim de se comparar os cantos de cada localidade. A taxa de amostragem foi de Hz, com 16 bits de resolução. Para a análise, foi utilizada a transformação de Fourier (FFT) a 2048 pontos. Para alguns cantos foi utilizada amplitudes acima de 100% para melhorar a visualização dos cantos. A descrição dos cantos foi feita com base nos seguintes parâmetros: freqüência fundamental (KHz-quilohertz), freqüência dominante (KHz-quilohertz), comprimento do canto (ms- milisegundos), intervalo entre cantos (ms- milisegundos), comprimento das notas (ms- milisegundos), intervalo entre notas (ms- milisegundos) e número de notas por canto.

19 19 Figura 3. Indivíduo adulto de Leptodactylus macrosternum encontrado no município de Tenente Laurentino Cruz, estado do Rio Grande do Norte. Fonte: KOKUBUM, M.N.C., Arquivo pessoal As desovas foram medidas quanto ao seu diâmetro total, diâmetro da abertura central e altura, bem como a profundidade das desovas no local da oviposição. Descrição acerca da morfologia da desova e do local onde estavam inseridas foram feitas para uma melhor analise da reprodução da espécie. Os ovos e/ou girinos foram contados manualmente e medidos em lupa com ocular micrométrica. Os estágios de desenvolvimento dos girinos foram determinados segundo a Tabela de Gosner (1960). A medição dos adultos foi feita com o auxílio de paquímetro de precisão de 0,01 mm, sendo medido apenas o comprimento rostrocloacal (CRC). Duas fêmeas foram abertas para análise e contagem do número de ovos. O desenvolvimento dos girinos foi acompanhado em aquários, que foram preenchidos com água do habitat natural e/ou água sem cloro, sendo estes marcados numericamente de acordo com a área no qual foram coletados. Os girinos em aquário foram alimentados com ração para peixes ornamentais. Foram feitas coletas diárias de alguns girinos, os quais foram fixados em formol (5%) e etiquetados, contendo informações do local de coleta, o número do aquário e a data do dia em que a coleta foi feita. Todos os dados foram registrados em fichas e caderneta de campo. Também foram feitas descrições a respeito da morfologia da larva (girino) e do adulto.

20 20 Para verificar o comportamento da fêmea frente à possíveis predadores, foram feitas perturbações na superfície da água que consistira em movimentos feitos com a mão na água próximo (ca. de 30 cm) do cardume e/ou desova. Foram feitas anotações em campo acerca do ataque de predadores (Larvas e/ou ninfas de insetos/artrópodes) junto ao cardume, bem como do comportamento dos girinos no momento do ataque. As medições dos girinos (em milímetros) foram feitas a partir das principais marcações e medidas do girino como: COMPCOR (comprimento do corpo), DIN (distância internarial), DIOR (distância interorbital), MAXCOMCAU (altura máxima da cauda), COMPCAU (comprimento da cauda), COMPTOTAL (comprimento total), ALTMUSCCAU (altura do músculo da cauda) e a LARGMUSCCAU (largura do músculo da cauda). Foram feitas analises estatísticas para comparar os diferentes cardumes no mesmo estágio da mesma poça e em poças diferentes utilizando o teste não-paramétrico de Kruskal- Wallis (com significância de 0,95) e teste A Posteriori de Dunn. Testes descritivos também foram utilizados para verificar a Média, Desvio-Padrão, mínimo-máximo e Amplitude das medidas morfométricas dos girinos. 3. RESULTADOS 3.1 Esforço amostral As observações foram feitas ao longo dos meses de Fevereiro à Abril, nos anos de 2014 e de 2015 compreendendo um total de 44 horas em campo. Em laboratório foram feitas a contagem do número de óvulos contidos nas fêmeas (LHUFCG 0970 LHUFCG 0971) e dos ovos contidos nas desovas; medição do CRC dos adultos e acompanhamento do desenvolvimento dos girinos em aquário, que consistiu na coleta diária dos girinos e a medição dos mesmos.

21 Ambiente de reprodução e postura de ovos O período reprodutivo para L. macrosternum foi determinado pela presença de fêmeas maduras, machos em atividade de vocalização, bem como a presença de desovas (n= 6) e ou/ cardumes (n= 13). Foram observadas 15 fêmeas, das quais: seis estavam em atividade de cuidado à prole; quatro estavam inseridas à vegetação, próximo ao cardume e cinco foram encontradas na margem da poça. Os machos foram avistados na margem da poça temporária (n= 4), na vegetação (n= 2) e/ou em troncos de árvores e destroços que encontravam-se no local (n= 4). 3.3 Vocalização Foram vistos machos vocalizando durante todo o período do dia e noite (09h30min ás 19h40min) no dia 25 de Março de Em uma ocasião (Alça Sudeste município de Patos) foram vistos machos (n= 4) vocalizando no interior de uma desova (por volta das 11h00min). Nos horários mais quentes do dia (12h00 á 15h30min) os machos estiveram vocalizando em meio à vegetação e/ou escondidos em troncos, isolados ou em grupos de 2-5 indivíduos aproximadamente. Fêmeas também emitiram chiados (não gravados) quando machos tentaram adentrar no ninho. Foi verificada a presença de quatros cantos, sendo estes o canto de anúncio (n=1), territorial (n=2) e em antifonia (n=1). Os cantos descritos estão dispostos em mínimo-máximo; média±desvio padrão e número de cantos. 1. Canto de anúncio (Figura 4): canto de um macho vocalizando dentro no ninho da espuma recentemente construído. O canto foi gravado no dia 25 de março de 2015 na Alça Sudeste, município de Patos, Paraíba às 12:17h, com a temperatura do ar de 36,2º C e Umidade Relativa do ar de 57%. O canto consiste em uma sequência entre 20 e 25 notas. A frequência fundamental foi entre 215,33-301,46 KHz (253,61±45,39; n=9) e frequência dominante entre 430,66-602,92 KHz (507,22±90,78; n=9). O comprimento do canto foi entre 222,15-323,15ms (273,17±27,11; n=14) e o comprimento das notas entre 6,59-10,27ms (8,84±1,12; n=10). O intervalo entre os cantos foi entre 473,24-870,83ms (673,35±145.02; n=6) e o intervalo entre as notas entre 3,49-5,73ms (4,34±0,65; n=21) e, o número de notas por canto foi entre (21,72±1,34; n=11).

22 22 2. Canto territorial tipo 1 (Figura 5): Um macho emitindo este canto a uma distância de mais ou menos 2,0m do outro macho. A frequência fundamental foi de 129,19-215,33KHz (172,26±60,91; n=2) e a frequência dominante entre 259,39-430,66KHz (345,02±121,10; n=2). O comprimento do canto variou entre 182,29-210,56ms (196,42±19,90; n=2) e o comprimento das notas entre 17,32-24,42ms (21,31±2,27; n=10). O intervalo entre cantos foi entre ,21 (17,51±5,66; n=8) e as notas entre cantos entre 5-15 (8,66±5,50; n=3). 3. Canto territorial tipo 2 (Figura 6): Um macho emitindo este canto a uma distância de mais ou menos 50cm do outro macho. A frequência fundamental foi de 301,46 KHz (n=1) e a dominante de 602,92 KHz (n=1). O comprimento do canto variou foi de 398,23ms (n=1) e o comprimento das notas entre 16,34 23,96ms (20.01±2,72; n=8). O intervalo entre notas foi entre 6,00-10,90ms (8,58±1,97; n=6) e 14 notas por canto. 4. Canto em antifonia (Figura 7): Dois machos gravados vocalizando em antifonia (um respondendo ao outro) apresentaram os seguintes parâmetros: macho A: a Frequência fundamental foi entre 301,46-387,59KHz (344,52±60,90; n=2) e a frequência dominante entre 609,92-775,19KHz (689,05±121,83, n=2). O comprimento do canto foi entre 311,61-328,07ms (319,84±11,63; n=2) e comprimento das notas entre 11,179-14,37ms (12,86±0,955; n=13). O intervalo entre cantos foi entre 2,65-4,62ms (3,61±0,62; n=13) e o número de notas por canto foi de 18. O macho B: Frequência fundamental foi de 559,86KHz (n=1) e a frequência dominante foi de 1119,72KHz (n=1). O comprimento do canto foi de 311,67ms (n=1) e o comprimento das notas entre ,19ms (12,39±10,63; n=6). O intervalo entre cantos entre 4,19-5,28ms (4,82±0,404; n=6) e o número de notas por canto foi de 17 (n=1)

23 23 Figura 4. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto de anúncio de Leptodactylus macrosternum gravado em Patos, Paraíba, na Alça Sudeste (tombo MNCK0440_Leptodactylusmacrosternum_Patos_PB). Notar as 25 notas compreendidas no canto. Figura 5. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto de territorial tipo 1 ( tremido ) de um macho de Leptodactylus macrosternum quando próximo de outro macho da mesma espécie (trecho 30-34s do canto tombo MNCK0441_Leptodactylus macrosternum_patos_pb). A linha contínua no espectrograma corresponde ao trecho do canto analisado.

24 24 Figura 6. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) do canto territorial tipo 2 de Leptodactylus macrosternum gravado de um macho no município de Antônio Martins, Rio Grande do Norte (trecho 85,7-86s do canto tombo MNCK0451_Leptodactylus macrosternum_antônio Martins_RN). A linha contínua no espectrograma corresponde ao trecho do canto analisado. Figura 7. Sonograma (acima), espectrograma (meio) e espectro de força (abaixo) dos cantos em antifonia de dois machos (A e B) de Leptodactylus macrosternum em Patos, Paraíba (tombo MNCK0441_Leptodactylusmacrosternum_Patos_PB).

25 Amplexo Foram observados casais de L. macrosternum em amplexo no mesmo local de oviposição (n= 4). Tal comportamento foi observado no município de Princesa Isabel/PB. O amplexo é do tipo axilar e ocorreu no período da noite consistindo na formação de um ninho de espuma, o qual foi feito pelos batimentos dos membros posteriores dos machos na cloaca das fêmeas, resultando na formação de uma espuma, na qual a fêmea deposita seus ovos. Após o amplexo apenas a fêmea permaneceu no interior da desova, ou próximo (ca. de meio metro) na vegetação (n= 4). 3.5 Ninho de espuma e fecundidade Foram vistas seis desovas, das quais apenas duas apresentaram algum tipo de cuidado pelos parentais. As desovas observadas na região de Patos (n = 4) apresentaram formato circular, com diâmetro médio de 22,25 cm, altura média de 2, 25 cm e abertura central com um diâmetro médio de 6,25 cm de comprimento e 3 cm de largura. Duas desovas não apresentaram abertura central. As desovas estavam inseridas na vegetação, o que confere maior proteção contra predadores e dessecação do sol. Foram coletadas quatro desovas, destas, duas foram coletadas na região de Antônio Martins (RN), e apresentaram um total de e ovos, respectivamente; e duas desovas foram coletadas na Alça Sudeste na região de Patos (PB), e apresentaram um total de e ovos, respectivamente. O tamanho médio dos ovos foi de 0,4205 mm de comprimento e 0,2487 mm de largura. Após a eclosão dos ovos, os girinos agrupam-se formando um cardume, o qual passa a ser cuidado pela fêmea (n= 6). Foram avistados machos (n= 4) próximos a desova/cardume, porem não desempenharam qualquer função no cuidado à prole. As fêmeas dessecadas para contagem do número de ovos apresentaram respectivamente e óvulos.

26 Cardume Foram observados cardumes densos de girinos localizados ao longo do corpo d água (n= 7) e também aderidos à vegetação e/ou entulhos presentes na poça (n= 6). Os cardumes (n=13) aproximavam-se da vegetação sempre nos horários mais quentes do dia (11h00min ás 15h50min). Os cardumes estavam sempre em movimento, podendo ocorrer separados ou agrupados, formando um só que após um período curto de tempo (5 a 10 minutos), voltavam a separar-se, tornando a formar cardumes isolados. Em algumas ocasiões (n= 6) foram vistos cardumes de fêmeas diferentes se fundirem e permanecerem em um único aglomerado, formando um cardume misto (fusão intraespecífica). No entanto, não foi observada variação quanto ao tamanho dos girinos dentro dos cardumes, nem a presença de ninhadas interespecíficas. Não houve a presença de fêmeas cuidando de cardumes mistos. Os girinos em seu cardume realizaram movimentos de subida e descida, que variou conforme as condições da água (por ex: turbidez) e do tamanho dos mesmos. Foi observada a formação de bolhas de ar na superfície da água, produzidos em decorrência desses movimentos. Girinos em estágio de desenvolvimento avançado (estágios 40-46) realizaram tais movimentos em intervalos curtos de tempo (ca. de 45 segundos) (n=4). Já os girinos menores (estágio 26), os fazem em intervalos maiores (cerca de 1 minuto) (n=9). Cardumes de girinos locomoveram-se mais rapidamente durante o período da noite, não ficando estes, muito tempo num mesmo local. A presença de possíveis predadores (ninfas de libélulas e baratas d água) ou de perturbações na água feitas experimentalmente levou ao(s) cardume(s) moverem-se com maior frequência. Os girinos se mantiveram em cardume, mesmo sem a presença da fêmea (estágio 31-46). 3.7 Desenvolvimento de girinos em laboratório Os estágios dos girinos acompanhados em laboratório foram determinados pelo surgimento e desaparecimento de estruturas corporais. Girinos capturados em estágios foram determinadas pela presença do botão dos membros superiores. Nos estágios que se segue (31-37) houve o surgimento do "pé" em forma de remo, seguido dos dedos do pé individuais. Alterações proporcionais no comprimento de dedos individuais e no aparecimento de metatarso e tubérculos subarticulares foram observadas em girinos entre os estagio

27 27 As mudanças mais drásticas de metamorfose começam por volta do estagio 40, no qual o comprimento total começa a diminuir, havendo a reabsorção da cauda. Nos estágios finais (41-45) há o surgimento de membros anteriores, metamorfose da cabeça, indicada por alterações na boca, e o desaparecimento do "pedaço da cauda cloacal" restante. No estágio 46 a metamorfose é essencialmente completa. Um cardume que estava sendo acompanhado em laboratório morreu devido a condições impróprias para o seu desenvolvimento. Desse modo, não foi possível acompanhar o desenvolvimento completo destes. Os girinos desta espécie apresentaram diferenças quanto ao comprimento em relação aos locais amostrados (Ver APÊNDICE A). Girinos no mesmo estágio (26) do mesmo corpo d água temporário para Princesa Isabel (3 cardumes) e Patos (ASP2 = 3 cardumes) apresentaram diferenças significativas na maioria das variáveis (Tabela I). Tabela I. Comparação entre as variáveis morfométricas dos girinos de diversos cardumes (estágio 26), coletados nos municípios de Princesa Isabel e Patos, estado da Paraíba. Apenas valores significativos estão dispostos na tabela. MEDIDAS PRINCESA ISABEL PATOS ALÇA SUDESTE COMPCOR - (H= 46,503; p < 0,0001) DIN (H= 22,124; p < 0,0001) - DIOR (H= 15,995; p < 0,0001) (H= 25,764; p < 0,0001) MAXCOMCAU (H= 71,849; p < 0,0001) (H= 25,895; p < 0,0001) COMPCAU - (H= 27,812; p < 0,0001) COMPTOTAL (H= 21,642; p < 0,0001) (H= 35, 940; p < 0,0001) ALTMUSCCAU (H= 58,806; p < 0,0001) (H= 32,583; p < 0,0001) LARGMUSCCAU - (H= 21,061; p < 0,0001)

28 Descrição do girino O girino no estágio 35 (GOSNER 1960) (Figura 8) apresentou: corpo ovóide; focinho arredondado; comprimento da cauda correspondente a aproximadamente duas vezes o comprimento do corpo; narinas pequenas, dorsais, e levemente mais próximas dos olhos que do focinho. A região ventral é transparente sendo possível visualizar o intestino espiralado. (Tabela II). A coloração dos girinos também variou em alguns locais de coleta. Girinos encontrados na região de Patos (próximo a UFCG e na Alça Sudeste) e na região de Princesa Isabel apresentaram coloração preta, enquanto os girinos encontrados na região do Pico do Jabre apresentaram coloração castanho-escuro, com a presença de pequenas manchas por todo o corpo. Tabela II. Média (x ), desvio padrão (DP) e amplitude de oito características morfométricas (mm) analisadas para o girino de L. macrosternum, no município de Patos - Paraíba (Alça Sudeste) (n=5, estágio 35). MEDIDAS ESTÁGIO 35 (n=5) COMPCOR 9,4±2,302 (7-12) DIN 0,37±0,185 (0,10-0,50) DIOR 0,28±0,027 (0,25-0,30) MAXCOMCAU 0,51±0,065 (0,45-0,60) COMPCAU 17,80±2,588 (15-20) COMPTOTAL 27,20±4,868 (22-32) ALTMUSCCAU 0,31±0,022 (0,30-0,35) LARGMUSCCAU 0,59±0,054 (0,50-0,65)

29 mm 2 0,1 mm mm Figura 8. Girino de Leptodactylus macrosternum no estágio 35 (GOSNER 1960). 1, Vista lateral; 2, disco oral 3.9 Predação dos girinos Foram observados casos de predação de girinos de L. macrosternum por baratas d água (Insecta, Heteroptera) (n= 1) e por ninfas de libélula (Insecta, Odonata) (n= 3). Não foi registrado comportamento de defesa da fêmea em nenhum desses casos. No dia 27 de fevereiro de 2015 às 10h50min foi observado um ataque de ninfas de libélulas (>10) a um cardume (estágio 30). As ninfas eram de tamanho médio (aprox. 2 cm) e estavam sempre próximas umas das outras, agindo sozinhas em alguns momentos, as quais

30 30 foram vistas atacando girinos que procuravam o cardume. Em outra observação foram vistas duas ninfas atacando o mesmo girino. O ataque ao cardume fez os girinos se movimentarem mais rapidamente, buscando sempre a vegetação. O ataque consistiu em levar o girino para o fundo, numa tentativa de afogá-lo, uma vez que a ninfa agarrava o girino pela cauda, impedindo-o de subir à superfície, assim o girino não consegue pegar ar, impossibilitando, desse modo, a sua fuga. As ninfas de libélulas deslocavam-se rapidamente, atacando primeiramente a cauda do girino, cortando-a, e em seguida atacando sua região ventral, levando-o a morte, e abandonando-o logo em seguida. Não foram vistas ninfas de libélulas no período da noite e os cardumes estavam sob os cuidados da fêmea, que ora estava cerca de meio metro de distância, ora junto ao cardume. Foram registrados besouros hidrofilídeos (Hydrophilidae) adultos em uma desova na região de Patos (Alça Sudeste). Nesse caso a fêmea estava junto à desova, porém não reagiu a presença destes. Em uma ocasião, dia 26 de fevereiro de 2014 no corpo d água temporário em frente ao Casarão do Jabre foi observado um girino (estágio 41) de L. macrosternum se alimentando de um girino da mesma espécie já morto (Figura 9). Figura 9. Predação de um girino de L. macrosternum (estágio 41) por um girino de mesma espécie e possivelmente no mesmo estágio, observados em uma lagoa temporária próxima ao Casarão do Jabre, município de Matureia, Paraíba. Fonte: ARAÚJO, F.F.S., 2014

31 Comportamento de defesa da fêmea a desova e/ou cardume O cuidado á prole foi observado apenas pela fêmea (n=3) nos estágios iniciais de desenvolvimento dos girinos (26-30) e nos estágios intermediários (31-40). Nos estágios finais (41-46) não foi observado a presença de fêmea junto ou próximo ao cardume. A defesa ao cardume foi registrada apenas no período noturno. No período diurno, as fêmeas foram vistas escondidas entre a vegetação, sempre na margem da poça ou dentro d água. Não foi registrado cuidado á prole fora d água. O cuidado maternal foi registrado em 40% das desovas/cardumes encontradas em campo. Os registros do comportamento de defesa realizado pela fêmea junto ao cardume e/ou desovas foram descritas em oito categorias (Figura 10): (1) Arquear o corpo: levantar os membros anteriores e posteriores; (2) Esconder-se: geralmente na vegetação ou destroços presente no corpo d água; (3) Vocalizar: emissão de sons semelhantes a gemidos, que ocorria quando alguma fonte de perturbação, e/ou presença de adultos, se aproximavam do cardume/desova; (4) Deslocar-se: pulando na água ou da água para o solo; (5) Aproximar-se do cardume: aproximação da fêmea em relação ao cardume; (6) Aproximar-se da fonte de perturbação: deslocamento da fêmea em direção a uma fonte de perturbação; (7) Fuga da fonte de perturbação: a fêmea se distancia do cardume ocultando-se na vegetação e (8) Ataque: através de saltos e focinhadas em uma fonte de perturbação. Foram feitas perturbações na água (n= 8), o qual consistiu em fazer movimentos na água com a mão ou galho de plantas, próximo (ca. de 30 cm) do cardume/desova. Em uma ocasião foi observada uma fêmea junto ao cardume, a qual reagiu às perturbações com saltos e focinhadas (ca. de 1 minuto). A maioria das fêmeas (n= 5) reagiram as perturbações saltando para vegetação, ficando sempre próximo a desova/cardume. Uma fêmea foi observada com o corpo arqueado frente a uma desova, que saltou para a vegetação quando foram feitas perturbações próximas a ela. Também foi vista uma fêmea defendendo a desova de machos que tentavam adentrar no interior da mesma. A fêmea protegia a desova com focinhadas e gritos de aviso (ca. de 2 minutos).

32 número de observações ,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Figura 10. Número de comportamentos de defesa da fêmea observados junto ao cardume e/ou desova, entre os meses de fevereiro a abril de 2014 e 2015 nas áreas de estudo. 4. DISCUSSÃO A descrição do canto de L. macrosternum apresentada neste trabalho é inédita na literatura e assim como observado para a espécie-irmã presente no Cerrado (Leptodactylus chaquensis), mais de um tipo de canto foi observado sugerindo as possíveis funções do canto, como anúncio e territorialidade (HEYER & GIARETTA 2009). Além do canto, este trabalho traz a descrição do girino, apresentando também o segundo registro de cuidado parental para a espécie L. macrosternum. Os anuros apresentam cantos com funções específicas, como atrair a fêmea, afastar competidores e possíveis predadores (PADIAL et al. 2006; PRADO et al. 2007; HEYER & GIARETTA 2009; SILVA et al. 2008). O canto de anúncio desta espécie é inédito podendo ser refletido por duas situações: cantos das espécies deste grupo são difíceis de serem

33 33 observados, em função dos machos serem ariscos (HEYER & GIARETTA 2009) ou pelo pouco tempo dispendido em observar estes comportamentos (com. pess.). Neste trabalho foram observados diversos cantos, enfatizando os cantos territoriais (dois tipos) que consistiram na emissão de cantos por um macho em resposta a outro macho. Estes cantos foram emitidos em situações semelhantes, embora em uma delas (Canto territorial tipo 1), o macho estava a uma distância maior que 2m do outro macho. Na outra situação, onde foi emitido o canto territorial tipo 2, os machos estavam próximos um ao outro, a uma distância menor que 50cm. Estes cantos refletem o repertório vocal destes animais, uma vez que, dependendo da situação, os mesmos podem emitir sinais sonoros diferenciados.a atividade de vocalização é influenciada pela densidade e pelo comportamento de vocalização dos vizinhos próximos (GIVEN 1987). Sendo assim, para evitar interferências acústicas, ou seja, sobreposição de cantos com seus vizinhos, os machos de várias espécies de anuros fazem uso de cantos alternados (SCHWARTZ 1987). Tal ação auxilia a localização do macho pela fêmea e, também, ajuda na manutenção do espaçamento entre machos (WELLS 1977a, b; PASSMORE & TELFORD 1981; SCHWARTZ 1987). Mais de um macho de L. macrosternum foi visto vocalizando no interior de uma desova. Tal comportamento não é comum, uma vez que machos desta espécie apresenta comportamento de canibalismo, passando a se alimentar dos ovos postos pela fêmea. Relato de machos vocalizando no interior de uma desova também foi relatado para L. latrans para o Nordeste do Uruguai (LAUFER et al. 2014). Os anuros são especialmente dependentes da água ou umidade atmosférica para a reprodução. Isso se deve ao fato de serem vulneráveis a dessecação, pelo menos em uma fase de sua vida (DUELLMAN & TRUEB 1994; BEEBEE 1996; PRADO et al. 2005). O período reprodutivo de L. macrosternum na região de estudo correspondeu aos meses mais quentes e chuvosos assim como descrito para populações de L. ocellatus da Argentina (GALLARDO 1964) e do Uruguai (VAZ-FERREIRA & GEHRAU 1975). A reprodução nos meses mais chuvosos e nos horários mais quentes do dia também é comum em outras espécies deste gênero, como L. mystacinus, L. furnarius e L. troglodytes (DE- CARVALHO et al. 2008; GIARETTA & KOKUBUM 2004; KOKUBUM et al. 2009). A maioria dos anfíbios apresenta período reprodutivo curto associado à estação chuvosa (VASCONCELOS & ROSSA-FERES 2005; VIEIRA et al. 2007), principalmente em áreas com estação seca rigorosa, como a caatinga, onde não há conhecimento de espécies que se reproduzem continuamente (ARZABE 1999). A distribuição de chuvas é um dos principais fatores que afetam a reprodução de anuros (AICHINGER 1987).

34 34 Ninho de espuma ocorre em pelo menos seis famílias de anuros: Hylidae, Hyperoliidae, Leptodactylidae, Microhylidae, Myobatrachidae, e Rhacophoridae (ANDREONE et al. 2005; HADDAD et al. 1990; HADDAD & PRADO 2005). O ninho de espuma construído por algumas espécies, como é o caso do L. macrosternum, está diretamente relacionado à defesa de sua prole contra as alterações ambientais. Desse modo, a permanência dos ovos e girinos no ninho de espuma aumenta a probabilidade de sobrevivência no caso de dessecação de corpos d água, por causa do efeito isolante do ninho (CEI 1958; DOWNIE 1984; HEYER 1969). Muitas funções são atribuídas a ninhos de espuma feitos por várias espécies de anuros: (1) um refúgio protetor para ovos e embriões contra predadores (KLUGE 1981; RYAN 1985; DOWNIE 1988; 1990; 1993); (2) um dispositivo que permite um fornecimento adequado de oxigênio para os ovos (SEYMOUR & LOVERIDGE 1994); (3) um dispositivo que fornece as temperaturas adequadas para o desenvolvimento dos ovos e embriões (DOBKIN & GETTINGER 1985; DOWNIE 1988); (4) proteção contra a dessecação (RYAN 1985; DOWNIE 1988), (5) um inibidor de crescimento para ovos e embriões (PISANO & DEL RIO 1968); (6) aceleração da taxa de crescimento (PRADO et al. 2005); e (7) uma fonte de alimento para os filhotes (VINTON 1951; TANAKA & NISHIHIRA 1987). A deposição dos ninhos de espuma geralmente em locais rasos e junto à vegetação observadas neste trabalho é similar as descritas para outras espécies do gênero na Argentina (FERNANDEZ & FERNANDEZ 1921; GALLARDO 1964) e Uruguai (VAZ-FERREIRA & GEHRAU 1975). A ocorrência de desovas, principalmente em locais rasos e próximos a margens, em meio à vegetação densa, deve dificultar o acesso de predadores aquáticos, e visualmente orientados (MENIN & GIARETTA 2003). O comportamento de cuidado à prole, tanto para os ovos em ninho de espuma, quanto para as larvas (girinos), também foram relatados para outras espécies de Leptodactylidae, como L. ocellatus e L. chaquensis (VAZ- FERREIRA & GEHRAU 1975; RODRIGUES 2008; PRADO et al. 2000; HEYER & GIARETTA 2009), bem como em L. podicipinus (MARTINS 2001), onde os parentais podem acompanhar e/ou orientar os girinos ao longo de seu desenvolvimento (PRADO et al e 2002). Dado o grande número de ovos presentes nas fêmeas dissecadas (n=2), sugere-se que fêmeas de L. macrosternum ajustam o número de ovos que elas ovipositam em cada ninho de espuma, podendo realizar mais de uma postura em mais de um ninho de espuma, aumentado, desta forma, o sucesso reprodutivo assim como observado por Giaretta & Kokubum (2004) para Leptodactylus furnarius.

35 35 A formação de cardumes densos de girinos também foi observada para o grupo L. melanonotus e L. latrans, os quais formam agregados de alta densidade até a conclusão da metamorfose (DOWNIE 1996). Este comportamento de agrupamento (formação de cardumes) em girinos pode ter sido a causa determinante para o aparecimento de cuidado parental (VAZ-FERREIRA E GEHRAU 1975). As agregações de girinos podem fornecer uma maior proteção contra os predadores aquáticos, atuando assim como uma forma de defesa (KEHR 1994). A proteção dos cardumes mistos, contra predadores, aumenta as chances dos girinos completarem a metamorfose. A fusão de cardumes deve ocorrer em função da postura de ovos por indivíduos de mesma e/ou diferentes espécies no mesmo ambiente, e a grande capacidade de movimentação dos cardumes, fator este que as fêmeas, mesmo presentes, não podem evitar (RODRIGUES 2008; SILVA 2009). A evidência de ninhada intraespecífica (fusão de cardumes), também foi relatada em L. ocellatus (FERNANDEZ & FERNANDEZ 1921; RODRIGUES 2008) e L. insularum (SEXTON 1962). Nestas espécies, os cardumes apresentavam girinos de tamanhos muito diferentes entre si, assim como observado no presente estudo para os cardumes no município de Patos (Alça Sudeste Poça 2) e Princesa Isabel. A ninhada interespecífica, embora não observada para L. macrosternum neste trabalho, tem sido relatada para outras espécies, como é o caso de L. aff. latrans e L. podicipinus (HADDAD & PRADO 2005). Essa mistura tem sido relatada entre peixes ciclídeos e pode ser considerado em certos casos como acidental e inevitável pela mãe, especialmente em condições de superlotação (KEENLEYSIDE 1991). É provável que em espécies de Leptodactylus, as fêmeas não possuem a capacidade de reconhecer e diferenciar sua prole de larvas coespecíficas e heteroespecíficas. Os movimentos de subida e descida feitos pelos girinos de L. macrosternum, resultaram na formação de partículas em suspensão (bolhas de ar), o que deve ser resultado do revolvimento do sedimento do fundo pelos girinos. Este comportamento também pode ser observado em L. ocellatus, nos quais os girinos se alternavam em posição na coluna de água e frequentemente alguns indivíduos subiam irrompendo o focinho na superfície (RODRIGUES 2008). É possível que os girinos nos quais esse comportamento é comum, realizem esses movimentos em decorrência das condições da água onde se encontram, uma vez que foi possível observar que na espécie em estudo este comportamento se manteve, principalmente em casos de turbidez e poluição da água. A produção de bolhas de ar na superfície da água

36 36 pode ser uma indicação de que os girinos destas espécies realizem a re-oxigenação da água, no entanto, estudos a cerca deste evento ainda são escassos. Em L. macrosternum a presença de predadores estimulou a formação de cardumes, fato também observado em L. insularum (PONSSA 2001). Outros fatores também têm sido propostos para explicar as funções e as causas da formação de cardumes. Os estímulos ambientais, como luz, temperatura, alimento, atuariam estimulando a formação de cardumes (WASSERSUG & HESSLER 1971; DUELLMAN & LESCURE 1973; BEISWENGER 1975; O HARA & BLAUSTEIN 1981; CALDWELL 1989). Em algumas espécies de grande porte que apresentam comportamentos agressivos, como é o caso de L. ocellatus (CRC 9 cm), L. bolivianus (CRC 11 cm), e da espécie em estudo L. macrosternum, onde o tamanho dos machos é semelhante ou maior do que o das fêmeas, o maior tamanho dos machos tem sido explicado como uma adaptação às lutas que frequentemente ocorrem na defesa de um território e também contra predadores (WELLS 1978; RICKLEFS 2003; PRADO et al. 2000; WELLS & BARD 1988; DOWNIE 1996). Estratégias de defesa como exibições agonísticas, arquear o corpo, vocalizar e deslocar-se para locais mais seguros, são comportamentos desenvolvidos por espécies de pequeno porte, como L. validus Garman, 1888 e L. podicipinus Cope 1862 (CRC = 4,5 e 3,5 cm, respectivamente). Entretanto, apesar de ser uma rã de porte médio, L. macrosternum apresentou um repertorio de comportamentos de defesa semelhantes aos descritos para estas espécies. O sucesso reprodutivo de um macho pode depender de vários fatores: tempo de chegada ao sítio reprodutivo, permanência no sítio, comportamento territorial, comportamento agressivo em relação a outros machos, eficiência das exibições visuais para atrair fêmeas e afugentar machos, escolha do sítio de vocalização e qualidade do canto do macho (DUELLMAN & TRUEB 1994). Os custos do cuidado parental dependem da fecundidade futura do parental, que para as fêmeas, está diretamente ligada à alimentação. Para as fêmeas, a reprodução é limitada pela taxa de produção de ovos, tendo como maior custo o decréscimo de oportunidades de forrageamento e conseqüente alocação de energia para produção de novas desovas (CRUMP 1995; TRIVERS 1972; WILLIAMS 1975). As observações contidas no presente estudo sugerem que o desenvolvimento prémetamórfico de L. macrosternum é dependente das condições do meio, onde as desovas e cardumes estão inseridos. Isso se deve ao fato de que girinos inseridos em locais com condições ambientais propícia para seu desenvolvimento, e disponibilidade de alimento (por

37 37 ex., temperatura, níveis de oxigênio, disponibilidade de alimentos) tiveram um período de desenvolvimento maior que aqueles inseridos em ambientes com condições adversas. A eclosão dos ovos e o desenvolvimento rápido dos girinos de L. macrosternum são característicos de espécies que se reproduzem em ambientes temporários, assim como sugerido para L. fuscus (SAZIMA 1975; SOLANO 1987). A predação pode ter sido um importante fator de seleção na evolução do comportamento de cuidado à prole nas espécies de Leptodactylus com cuidado maternal a prole. Morin (1983) e Borges-Junior & Rocha (2013), consideraram a predação como um dos principais fatores que controla o tamanho das populações naturais, especialmente em a região Neotropical, podendo regular a riqueza e abundância das espécies. O canibalismo é generalizado entre anuros, e parece desempenhar um papel importante na biologia de muitas espécies (POLIS & MYERS 1985). O canibalismo entre girinos pode ser comum em espécies que se reproduzem em corpos d'água temporários, em que esse comportamento lhes permite obter recursos de alta proteína e acelerar a metamorfose, diminuindo o risco de morte por dessecação (CRUMP 1983; CALDWELL & ARAÚJO 1998). Os girinos de algumas espécies se alimentam de ovos ou girinos coespecíficos (MUEDEKING & HEYER 1976; HERO & GALATTI 1990; SILVA et al. 2005), e outros depredam girinos heteroespecíficos (HEYER et al. 1975; CARDOSO & SAZIMA 1977). Rodrigues (2008) observou comportamento de canibalismo em L. ocellatus, o que indica que algumas espécies do gênero Leptodactylus são canibais na fase adulta, como L. latrans (referidas como L. ocellatus por KOKUBUM & RODRIGUES 2005). O fato de girinos de L. macrosternum terem sido vistos se alimentando de outro girino morto, pode ser um forte indicativo de que o canibalismo também ocorra nesta espécie. O elenco principal de predadores de girinos em ambientes onde não ocorre a presença de peixes são libélulas (por exemplo, GASCON 1992; GONZALEZ et al. 2011). Não foi observada reação dos parentais à presença de ninfas de Odonata (Libellulidae) no presente estudo, o que também não foi visto para L. ocellatus (RODRIGUES 2008). Confrontos corporais e até mesmo vocais foram observados entre os indivíduos no referente estudo, o que demonstra uma estratégia de defesa eficiente para anuros de grande porte contra predadores de tamanho equivalente (WELLS & BARD 1988), o que pode explicar a reação agressiva da fêmea de L. macrosternum a um macho, da mesma espécie, que tentava adentrar no ninho.

38 38 As observações obtidas no presente estudo são concordantes com os resultados de Vaz- Ferreira & Gehrau (1975) no que diz respeito à reação agressiva da fêmea de L. latrans contra predadores, que envolve saltos, focinhadas e assobios. Essas observações também são semelhantes às encontradas por Rodrigues (2008). Nas espécies de anfíbios, onde ocorre o cuidado parental, a principal função dos pais é a defesa de sua prole contra predadores. Nessas espécies, o cuidado parental pode se apresentar sob diferentes estratégias comportamentais, como exibições agonísticas, camuflagem e deslocamentos da prole para locais mais seguros (VAZ-FERREIRA & GEHRAU 1975; WELLS & BARD 1988). Em Pyxicephalus adspersus a proteção do parental diminui a taxa de predação, levando a um aumento no numero de girinos que alcançam a metamorfose, quando comparados com proles sem a proteção do parental (COOK et al. 2001). No grupo latrans, ao qual a espécie em estudo faz parte, o cuidado parental já foi registrado para algumas espécies como é o caso de L. ocellatus (VAZ-FERREIRA & GEHRAU 1975), L. chaquensis (PRADO et al. 2000) e L. bolivianus (WELLS & BARD 1988). Em L. macrosternum o cuidado parental consistiu na assistência à desova e assistência às larvas, comportamento também relatado para outras espécies como L. ocellatus e L. chaquensis (VAZ- FERREIRA & GEHRAU 1975; RODRIGUES 2008; PRADO et al. 2000; HEYER & GIARETTA 2009) e L. fallax (LESCURE 1979; DAVIS et al. 2000). A assistência às larvas para L. macrosternum foi observado apenas nos estágios iniciais e intermediários de desenvolvimento, fato também registrado por Santos e Amorim (2006) para L. natalensis. O fato de o cuidado parental ter sido observado apenas no período noturno corrobora com os relatos para L. ocellatus e L. cf. leptodactyloides, onde a atividade de defesa foi maior nesse período, o que pode ser uma vantagem contra predadores diurnos (WELLS & BARD 1988). O comportamento de defesa realizado pela fêmea de L. macrosternum, neste trabalho são semelhantes ao descrito por Santos e Amorim (2006) para L. natalensis. As reações agressivas das fêmeas de L. macrosternum (focinhadas e gritos de aviso) são semelhantes às descritas para outras espécies do grupo L. latrans, como L. ocellatus (RODRIGUES 2008; SILVA 2009) e L. chaquensis (HEYER & GIARETTA 2009). Em algumas espécies, os girinos podem manter contato físico com a fêmea, o que é chamado de comportamento etepimelético, e que pode ser relatado como uma forma de

39 39 comunicação entre a fêmea e girinos (GALLARDO 1964; SANTOS & AMORIM 2006; HOFFMAN 2006). Embora não observado neste trabalho, o comportamento etepimelético foi registrado por Castro et al. (2013) para L. macrosternum, no Estado do Ceará. Wells & Bard (1988) relataram o comportamento de bombeamento de fêmeas de L. bolivianus, pertencentes ao grupo latrans, o qual consiste na produção de movimentos na água usando suas patas traseiras, resultando na formação de ondas sobre a superfície da água. Tal comportamento permite as fêmeas guiarem seus cardumes para locais mais seguros. O bombeamento, embora não observado no presente estudo, já foi relatado para outras espécies de Leptodactylus (WELLS & BARD 1988; DOWNIE 1996; PRADO et al. 2000; MARTINS 2001; SANTOS & AMORIM 2006; SILVA 2009; DE SÁ et al. 2007; RODRIGUES 2008) e para L. macrosternum por Castro et al. (2013). De acordo com Downie (1996), a presença de girinos gregários e cuidado maternal são padrões que podem ser remetidos a uma herança filogenética comum. A análise de características ecológico-comportamentais (por ex. cuidado parental, canibalismo, territorialismo, modo reprodutivo) de L. macrosternum neste trabalho coincidem com os descritos para L. latrans, o que deve estar relacionado à filogenia do grupo, uma vez que são espécies irmãs. Segundo Cei (1970), informações sobre a ecologia, história de vida, fisiologia ou vocalizações de L. macrosternum são escassas e, por isso, se espera que as observações contidas no presente trabalho corroborem para a compreensão de aspectos reprodutivos e comportamentais de L. macrosternum no Nordeste do Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Aichinger, M Annual activity patterns of anurans in a seasonal Neotropical environment. Oecologia 71: Alcock, J Animal behavior: an Evolutionary Approach.. 5 th edition. Sinauer Associates.

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49 49 Shwartz, J. J The function of call alternation in anuran amphibians: a test of three hypotheses. Evolution 41 (3): Silva, W. R., Giaretta, A. A. & Facure, K. G On the natural history of the South American pepper frog, Leptodactylus labyrinthicus (Spix,1824) (Anura: Leptodactylidae). J. Nat. Hist 39: Silva, W. R., Giaretta, A. A. Facure, K. G Vocal repertory of two species of the Leptodactylus pentadactylus group (Anura, Leptodactylidae). Contemporary Herpetology 2008(1): 1-6. Silva, D. R. & Giaretta, A. A Cuidado parental em quatro espécies simpátricas de leptodactylus (anura; leptodactylidae). Dissertação. Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Biologia. Solano, H Algunos aspectos de la biología reproductiva del sapito silbador Leptodactylus fuscus (Amphibia, Leptodactylidae). Amphibia-Reptilia 8: Stebbins, R. C. E Cohen, N. W A Natural history of amphibians. Princeton University Press, New Jersey. Tanaka, S. & Nishihira, M Foam nest as a potential food source for anuran larvae: a preliminary experiment. Journal of Ethology 5: Trivers, R. L Parental investiment and sexual selection. In Sexual Selection and the Descent of man (CAMPBELL, B. G.) Chicago, Aldine p. Vasconcelos TS & Rossa-Feres DC Diversidade, distribuição espacial e temporal de anfíbios anuros (Amphibia, Anura) na região noroeste do estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 5 (2): Vaz-ferreira, R. & Gehrau, A Agrupaciones y comportamiento social de renacuajos de L. ocellatus (L.). Resúm. V Congresso Latino americano de Zoologia

50 50 Vaz-Ferreira, R. & Gehrau, A Comportaminento epimeletico de la Rana comum, Leptodactylus ocellatus (L.) (Amphibia, Leptodactylidae) I. atencion de la cria y actividades alimentarias y agresivas relacionadas. Phycis (34): Vieira, W. L. S.; Arzabe, C. & Santana, G. G Composição espaço-temporal de anuros no cariri paraibano. Oecol Bras 11 (3): Vinton, K. W Observations on the life history of Leptodactylus pentadactylus. Herpetologica 7: Zug, G. R., Vitt, L. J. & Caldwell, J. P., Herpetology an Introductory biology of Amphibians and Reptiles. Academic Press, Florida. Wassersug, R. J. & Hessler, C. M Tadpoles behaviour: aggregation in larval xenopus laevis. Anim.Behav 19: Wells, K. D. 1977a. The social behaviour of anuran amphibians. Animal Behaviour 25: Wells, K. D. 1977b. The courtship of frogs. In: The Reproductive Biology of Amphibians. In Taylor, D. H. & Guttman, S. I. (eds.). Plenum Press, New York, p Wells, K.O Territoriality in the green frog (Rana clamitans): vocalizations and agonistic behaviour. Anim. Behav 26: Wells, K. D Parental Behaviour of male and female frogs. In Natural Selection and Social Behaviour: Recent Research and New Theory (ALEXANDER, R. D. & TINKLE, D. W.). Chiron Press, New York. Wells, K. D. & Bard, K. M Parental behavior of an aquatic-breeding tropical frog, Leptodactylus bolivianus. Journal of Herpetology 22: Williams, G. C Sex and Evolution. Princeton University Press, Princeton, New Jersey, USA.

51 APÊNDICE APÊNDICE. Morfometria dos girinos contendo as principais medidas (mm): COMPCOR (Comprimento do corpo), DISTIN (Distância internarial), DISIOR (Distância interorbital), MAXCOMCAU (Altura máxima da cauda), COMPCAUDA (Comprimento da cauda), COMPTOTAL (Comprimento total), ALTMUSCAU (Altura músculo da cauda) e LARGMUSCAU (Largura do músculo da cauda); os estágios de desenvolvimento e os respectivos locais onde foram coletados. Tabela III. Medida dos girinos coletados no município de Antônio Martins/RN, no estágio 26 do desenvolvimento. MEDIDAS Estágio 26 COMPCORPO 3-3 (3±0; n=20) DISTIN 0,10-0,15 (0,115±0,023; n=20) DISIOR 0,18-0,35 (0,249±0,056; n=20) MAXCOMCAU 0,25-0,45 (0,355±0,051; n=20) COMPCAUDA 4-6 (5,050±0,394; n=20) COMPTOTAL 7-9 (8,050±0,394; n=20) ALTMUSCAU 0,15-0,25 (0,178±0,033; n=20) LARGMUSCAU 0,25-0,45 (0,360±0,066; n=20)

52 Tabela IV. Medida dos girinos coletados no município de Maturéia/PB (em frente ao casarão do Pico do Jabre) e seus respectivos estágios de desenvolvimento. ESTÁGIOS MEDIDAS COMPCOR (13,25 ±0,50; n= 4) (13,857±0,690; n= 7) (13,222±1,641; n=9) (15,750±4,991; n=4) (13,750±0,866; n=12) (16±0,816; n=7) DISTIN 0,25-0,35 (0,29 ±0,04;n= 4) 0,30-0,45 (0,367±0,047; n=7) 0,10-0,50 (0,294±0,118; n=9) 0,10-0,35 (0,205±0,125; n=4) 0,10-0,30 (0,056±1,393; n=12) 0,20-0,30 (0,271±0,048; n=7) DISIOR 0,30-0,90 (0,78 ±0,07; n= 4) 0,70-1 (0,900±0,095; n=7) 0,30-1 (0,666±0,246; n=9) 0,30-1 (0,575±0,340; n=4) 0,30-0,90 (0,528±0,201; n=7) 0,65-0,75 (0,714±0,037; n=7) MAXCOMCAU 17-0,43 (0,39 ±0,06; n= 4) 0,30-0,50 (0,432±0,074; n=7) 0,10-0,40 (0,253±0,097; n=9) 0,15-0,27 (0,185±0,057; n=4) 0,10-0,21 (0,153±0,055; n=3) - COMPCAUDA (22,75 ±5,67; n= 4) (14,285±2,563; n=7) 0,20-15 (7,431±5,736; n=9) 0,20-2,50 (0,975±1,038; n=4) 0,20-1,5 (0,625±0,596; n=4) - COMPTOTAL (36 ±5,88; n=4) (28,142±2,794; n=7) 10,20-29 (20,653±7,215; n=9) 12,20-25,50 (16,725±6,001; n=4) 12,30-15,50 (13,958±0,874; n=12) (16±0,816; n=7) ALTMUSCAU LARGMUSCAU 0,35-0,50 (0,42±0,06; n= 4) 0,33-0,55 (0,448±0,085 0,10-0,42 (0,265±0,114; n=9) 0,10-0,33 (0,207±0,094; n=4) 0,10-0,25 (0,166 ±0,076; n=3) -

53 Tabela V. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB - UFCG e seus respectivos estágios de desenvolvimento. ESTÁGIOS MEDIDAS COMPCOR (18,75±2,5; n=4) (18±2,828; n=2) (17±0; n=2) (19,50±3,535; n=2) (19±0,707; n=5) DISTIN 0,20-0,50 (0,350± 0,147; n=4) 0,20-0,20 (0,20±0; n=2) ,25 0,22-0,35 (0,285±0,091; n=2) 0,35-0,40 (0,375±0,035; n=2) 0,30-0,35 (0,34±0,022; n=5) DISIOR 0,45-1,14 (0,747±0,312; n=4) 0,55-0,55 (0,55±0; n=2) 0.5 0,65 0,60-0,70 (0,65±0,070; n=2) 0,90-1,1 (1±0,141; n=2) 0,90-1 (1,040±0,089; n=5) MAXCOMCAU 0,90-1,5 (1,175±0,275; n=4) 1-1,2 (1,1±0,141; n=2) 1.2 0,75 0,50-0,56 (0,53±0,042; n=2) 0,35-0,45 (0,40±0,070; n=2) - COMPCAUDA (38,50±5,066; n=4) (41± 5, 656; n=2) (9±11,313; n=2) 0,65-0,90 (0,775±0,176; n=2) - COMPTOTAL (57,25±7,544; n=4) (59±8,485; n=2) (26±11,313; n=2) 17,65-22,90 (20,275±3,712; n=2) - ALTMUSCAU 0,45-0,70 (0,55±0,122; n=4) 0,40-0,50 (0,45±0,707; n=2) 0,45 0, LARGMUSCAU 0,65-1,4 (0,95±0,318; n=4) 0,70-0,70 (0,70±0; n=2) 0,5 0,45 0,50-0,50 (0,50±0; n=2) 0,30-0,45 (0,375±0,106; n=2) -

54 Tabela VI. Medida dos girinos coletados no município de Princesa Isabel/PB, contendo três cardumes (C1, C2 e C3) com girinos no estágio 26. C1 C2 C3 MEDIDAS Estágio 26 Estágio 26 Estágio 26 COMPCOR 0,65-1 (0,911±0,599; n=57) DISTIN 0,10-0,80 (0,209±0,141; n= 57) DISIOR 0,12-1,15 (0,275±0,153; n=57) MAXCOMCAU 0,30-0,90 (0,625±0,111; n=57) COMPCAUDA 0,75-5 (1,248±0,735; n=57) COMPTOTAL 1,2-9 (2,243±1,335; n=57) ALTMUSCAU 0,1-0,43 (0,286±0,060; =57) LARGMUSCAU 0,28-0,80 (0,556±0,108; n=57) 0,55-0,94 (0,796±0,078; n=42) 0,10-0,20 (0,146±0,019; n=42) 0,16-0,30 (0,231±0,032; n=42) 0,20-0,80 (0,516±0,159; n=42) 0,45-1,3 (1,060±0,180; n=42) 1,2-2,18 (1,852±0,231; n=42) 0,15-0,30 (0,234±0,055; n=42) 0,28-0,75 (0,476±0,137; n=42) 0,45-1,03 (0,784±0,149; n=56) 0,10-0,50 (0,170±0,106; n=56) 0,10-0,30 (0,210±0,036; n=56) 0,22-0,60 (0,363±0,084; n=56) 0,30-1 (1,145±0,525; n=56) 0,95-4,9 (1,741±0,606; n=56) 0,10-0,35 (0,191±0,044; n=56) 0-0,5 (0,354±0,096; n=56)

55 Tabela VII. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB, na Alça Sudeste contendo duas poças (Poça 1 e Poça 2, a qual contem três cardumes ( C1; C2 e C2) com girinos no estágio 26. P1 P2C1 P2C2 P2C3 MEDIDAS Estágio 26 Estágio 26 Estágio 26 Estágio 26 COMPCORPO 3-4 (3,653±0,480; n=49) 3-4 (3,1±0,307; n=20) 4-4 (4±0; n=20) 3-4 (3,95±0,223; n=20) DISTIN 0,10-0,15 (0,134±0,023; n=49) 0,10-0,15 (0,147±0,011; n=20) 0,15-0,15 (0,15±0; n=20) 0,15-0,15 (0,15±0; n=20) DISIOR 0,15-0,30 (0,208±0,038; n=49) 0,20-0,30 (0,236±0,027; n=20) 0,25-0,30 (0,284±0,022; n=20) 0,25-0,30 (0,276±0,023; n=20) MAXCOMCAU 0,20-0,45 (0,244±0,053; n=49) 0,35-0,55 (0,422±0,052; n=20) 0,40-0,50 (0,440±0,038; n=20) 0,25-0,65 (0,522±0,080; n=20) COMPCAUDA 3-5 (4,755±0,480; n=49) 5-6 (5,150±0,366; n=20) 6-7 (6,1±0,307; n=20) 3-7 (6,150±1,089; n=20) COMPTOTAL 6-9 (8,408± 0,704; n=49) 8-9 (8,250±0,444; n=20) (10,1 ±0,307; n=20) 7-11 (10,1±1,119; n=20) ALTMUSCAU 0,10-0,25 (0,181±0,037; n=49) 0,18-0,30 (0,224±0,035; n=20) 0,20-0,30 (0,252±0,034; n=20) 0,25-0,35 (0,30±0,016; n=20) LARGMUSCAU 0,15-0,45 (0,313±0,075; n=49) 0,40-0,70 (0,502±0,088; n=20) 0,50-0,75 (0,605±0,068; n=20) 0,50-0,80 (0,64±0,080; n=20)

56 Tabela VIII. Medida dos girinos coletados no município de Patos/PB, na Alça Sudeste (Poça 3) e seus respectivos estágios de desenvolvimento. ESTÁGIOS MEDIDAS COMPCORPO 0,65-0,80 (0,69±0,065; n=5) 4-7 (6±1,549; n=6) 7-12 (8,222±1,715; n=9) 7-13 (9,833±2,316; n=6) 7-12 (9,4±2,302; n=5) DISTIN 0,10-0,15 (0,14±0,022; n=5) 0,20-0,30 (0,25±0,044; n=6) 0,10-0,15 (0,116±0,025; n=9) 0,10-0,10 (0,10±0; n=6) 0,10-0,50 (0,37±0,185; n=5) DISIOR 0,20-0,25 (0,21±0,022; n=5) 0,10-0,15 (0,126±0,019; n=6) 0,25-0,30 (0,283±0,025; n=9) 0,25-0,30 (0,283±0,025; n=6) 0,25-0,30 (0,28±0,027; n=5) MAXCOMCAU 0,35-0,45 (0,404±0,036; n=5) 0,40-0,50 (0,45±0,031; n=6) 0,25-0,60 (0,472±0,106; n=9) (27,833±4,875; n=6) 0,45-0,60 (0,51±0,065; n=5) COMPCAUDA 0,75-1,25 (0,98±0,198; n=5) 7-13 (9,833±2,483; n=6) (13,555±1,424; n=9) (18±2,828; n=6) (17,80±2,588; n=5) COMPTOTAL 1,4-1,9 (1,67±0,228; n=5) (16,666±4,589; n=6) (21,777±1,922; n=9) 0,25-0,35 (0,308±0,037; n=6) (27,20±4,868; n=5) ALTMUSCAU 0,15-0,30 (0,23±0,057; n=5) 0,20-0,30 (0,25±0,044; n=6) 0,250,40 (0,30±0,043; n=9) 0,50-0,55 (0,508±0,020; n=6) 0,30-0,35 (0,31±0,022; n=5) LARGMUSCAU 0,20-0,60 (0,49±0,167; n=5) 0,45-0,65 (0,566±0,075; n=6) 0,40-0,80 (0,605±0,121; n=9) 0,60-0,65 (0,625±0,0274; n=6) 0,50-0,65 (0,59±0,054; n=5)

57 ANEXOS ANEXO A. Licença permanente para coleta de material zoológico.

58

59 ANEXO B. Comprovante de envio do trabalho ao Comitê de Ética.

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