O grito silencioso de um louco infrator: estudo de caso sobre a medida de. segurança no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O grito silencioso de um louco infrator: estudo de caso sobre a medida de. segurança no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 1"

Transcrição

1 O grito silencioso de um louco infrator: estudo de caso sobre a medida de segurança no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios 1 Érica Quinaglia Silva (UnB/DF) Sthefânya Shabryny Cavalcante Regis Moreira (UnB/DF) Resumo: Este artigo é resultado de uma pesquisa desenvolvida na Seção Psicossocial de Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Trata-se de um estudo de caso de um sujeito considerado louco e infrator, punido com uma medida de segurança na modalidade de internação por 10 anos. O objetivo deste estudo é entender a trajetória de um sentenciado a cumprir medida de segurança, bem como as consequências que esta medida traz. Pode-se condenar alguém que é juridicamente irresponsável a uma sentença de prisão perpétua? O caso de K. serve como ensejo para se repensar a aliança entre tratamento e defesa social. Doente e perigoso, esse sujeito duplamente estigmatizado deve ter seus direitos resguardados. Resta inquirir quem vai (e se vão) ouvir esse grito silencioso. Palavras-chave: Saúde mental; Medida de Segurança; Residências Terapêuticas. 1 Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2014, Natal/RN. 1

2 Introdução O presente estudo de caso versa sobre um sujeito, K., que cumpre medida de segurança e é acompanhado pela Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A medida de segurança, segundo o Código Penal (Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), é aplicada a pessoas consideradas como inimputáveis e/ou semi-imputáveis. Inimputável é o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (Art. 26). Essa pessoa fica isenta de pena. Semi-imputável é o agente [que], em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (Art.26, Parágrafo único). Essa pessoa pode ter sua sanção reduzida de um a dois terços. Ainda de acordo com o Código Penal, há duas espécies de medida de segurança: I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado e II - sujeição a tratamento ambulatorial (Art. 96). O fato gerador da medida de segurança aplicada a K. foi uma tentativa de roubo, incidência penal contida no artigo 157 conjugada com o artigo 14 do Código Penal. Segundo o artigo 157 do Código Penal, que tipifica o crime de roubo, subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência implica pena de reclusão de quatro a 10 anos e multa. Como anteposto, o crime citado foi praticado na modalidade tentada. De acordo com o artigo 14 do Código Penal, a tentativa do crime ocorre quando, iniciada a execução, não se consuma por 2

3 circunstâncias alheias à vontade do agente. Nesse caso, aplica-se a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços (Art. 14, Parágrafo único). Por meio de perícia médica realizada pelo Instituto Médico Legal (IML), K. foi diagnosticado com esquizofrenia. Segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, em sua décima edição (CID-10), a esquizofrenia é caracterizada em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos inapropriados ou embotados. Esse diagnóstico permitiu gerar o caráter de inimputabilidade ao sujeito em questão, a quem foi imposta uma medida de segurança na forma de internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. No Distrito Federal, essa modalidade de medida é cumprida na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP), localizada na Penitenciária Feminina do Gama. Segundo também disposto no Código Penal, a internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade (Art. 97, 1º). É dado um prazo mínimo para o cumprimento da medida de um a três anos. O prazo mínimo é o tempo determinado pelo juiz para que haja uma reavaliação do sentenciado para uma possível desinternação condicional. Assim, este trabalho tem como objetivo entender a trajetória de um sentenciado, considerado louco e infrator, no cumprimento da medida de segurança e as consequências que esta medida traz. 3

4 Metodologia Trata-se de um estudo de caso de um sujeito acompanhado pela Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), com o objetivo de entender a trajetória de determinado sentenciado no cumprimento da medida de segurança, bem como as consequências que esta medida traz. O indivíduo do caso estudado está em fase de desinternação condicional por cumprimento de medida de segurança na modalidade de internação na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP), localizada na Penitenciária Feminina do Gama, no Distrito Federal. Para a aquisição de informações foi realizada uma análise documental do processo judicial e do prontuário do sentenciado entre os meses de outubro de 2013 e maio de Foram observados todos os aspectos éticos preconizados pela Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, que regulamenta pesquisas feitas com seres humanos no país. Todos os dados coletados são de interesse científico. Não houve a identificação pública ou a divulgação da identidade do sujeito ou de quaisquer informações que pudessem oferecer constrangimento ao sentenciado e à sua família. Este artigo é um dos resultados da pesquisa em saúde mental, direito e psicologia no âmbito da medida de segurança. Essa pesquisa, que faz parte do projeto Estudos em bioética, direitos humanos e gênero, vinculado à Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (FCE/UnB), foi avaliada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências Humanas (CEP/IH) dessa universidade. 4

5 Resultados - relato do caso K. tem 36 anos, é pardo, é solteiro, possui o ensino fundamental incompleto, não tem ocupação e é natural de Brasília DF. A mãe do sentenciado faleceu quando ele tinha 13 anos e, desde então, ele e sua irmã passaram aos cuidados da avó paterna. Posteriormente, o pai casou-se com outra mulher e tiveram uma filha. Começou a trabalhar na infância, vendendo jornal, engraxando sapato e vigiando carros. O sentenciado tem um histórico de internações psiquiátricas desde 1992, fugas de casa e comportamentos considerados bizarros. O pai de K. percebeu que havia algo de estranho quando o filho começou a ficar isolado, desenhar com fezes nas paredes e falar sozinho. Ainda segundo informações coletadas junto ao pai, o sentenciado sempre apresentou dificuldade na escola e era considerado diferente. Gostava de viver nas ruas, andava com bêbados, dormia no meio deles e bebia água de poças. Nos relatos de K., ele afirma já ter feito uso de maconha e merla. Atribui seu comportamento à falta que sente da mãe. Diz que ela o abandonou (morreu) quando ainda era pequeno e precisava muito dela. A ocorrência do delito foi em Deu início ao cumprimento de medida de segurança na modalidade de internação em 2002, com prazo mínimo de um ano. Como anteposto, a origem da medida de segurança é baseada na inimputabilidade do sujeito. O cumprimento dessa medida no Distrito Federal ocorre na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP), localizada na Penitenciária Feminina do Gama. Mediante perícia médica realizada pelo Instituto Médico Legal (IML), foi dado o diagnóstico de esquizofrenia a K., sendo esse sentenciado considerado como portador de doença mental grave e crônica, sem possibilidade de cura. Durante o cumprimento da medida de segurança foram realizadas quatro perícias médicas pelo Instituto Médico Legal (IML), sendo apontados os seguintes sintomas: embotamento afetivo, risos 5

6 imotivados, alucinações auditivas e visuais, relato de alucinações e delírios com figuras religiosas, agressividade, inquietação psicomotora e posterior excitação psicomotora. Como também já descrito, o ato ilícito praticado pelo sentenciado configurou no artigo 157 conjugado com o artigo 14 do Código Penal. O sentenciado agrediu uma mulher com uma pedra e tentou tomar a carteira que ela portava. Disse que os passos dela lembravam os de seu avô. A desinternação condicional foi determinada no ano de 2012, com prazo de um ano para a provável data de extinção. Portanto, o sentenciado ficou sob a medida de segurança na modalidade de internação por 10 anos. Nas avaliações realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML), a permanência na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) é justificada devido à vivência de rua do sentenciado, à dificuldade de realizar tratamento ambulatorial e às constantes fugas. Em 2005, ao serem propostas saídas aos domingos com o pai, K. fugiu e acabou sendo internado, com outro nome, em um sanatório em Anápolis, no estado de Goiás, por cerca de um ano e quatro meses. O pai descobriu o paradeiro do filho e o levou de volta à Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) em Em 2009, também fugiu, duas vezes, quando da proposição de saídas quinzenais e da realização de atividades no Instituto de Saúde Mental (ISM), no Riacho Fundo, no Distrito Federal. O prazo de um ano da desinternação condicional já foi cumprido pelo sentenciado. Embora a Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) tenha elaborado relatório favorável, ainda não houve a extinção da medida de segurança. O processo está atualmente no Instituto Médico Legal (IML) para novo exame a pedido do juiz responsável. 6

7 Discussão K. passou 10 anos de sua vida recluso em regime de internação. Sua entrada na Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) foi em 2002 e a concessão da desinternação condicional ocorreu somente em 2012, com prazo previsto de extinção de um ano. Embora esse prazo já tenha sido cumprido, a extinção ainda não foi concedida, totalizando, até o momento, 12 anos em cumprimento da medida. Se este caso for comparado a de um indivíduo que comete a mesma tipificação criminal, tentativa de roubo, e na pior das hipóteses sofre penalidade máxima abstratamente prevista no artigo 157 do Código Penal (10 anos) e redução mínima da pena (1/3), ainda assim o sentenciado não ficaria no presídio comum por tanto tempo como o sujeito do estudo de caso ficou sob a medida de segurança. Por que, então, tamanha discrepância? Ser considerado louco talvez seja a pior penalidade. Será que para um sujeito considerado como portador de doença mental grave e crônica, sem possibilidade de cura, a melhor forma de tratamento é a reclusão? Ao considerar que foi sua condição de doente mental que o fez ficar tanto tempo internado, mas sendo esta apontada como incurável, pode-se, então, concluir que esse indivíduo deve ficar preso pelo resto de sua vida? De acordo com o Censo realizado em 2011 sobre A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil, um em cada quatro indivíduos em medida de segurança não deveria estar internado e 21% da população encarcerada cumprem pena além do tempo previsto. São esses alguns dos questionamentos que permitem pensar em modificar a concepção de que alguém considerado como louco infrator tenha como sentença uma prisão perpétua. Sabe-se que, para ser determinada a desinternação condicional, o sujeito tem que apresentar cessação de periculosidade, condição subjetiva de ser analisada, já que a periculosidade está ligada ao estado de saúde mental. Pergunta-se: o 7

8 transtorno mental pode cessar ou apenas permanece sob controle? Ao contrário da culpabilidade, que pune uma ação realizada no passado, a noção de periculosidade lança um juízo para o futuro e condena a pessoa com transtorno mental em conflito com a lei a viver reclusa ad aeternum. Ademais, esse indivíduo pode sofrer consequências graves devido à longa permanência em regime de internação. Goffman, em seu livro Manicômios, Prisões e Conventos, traz o conceito de mortificação do eu para descrever essas consequências. Esse processo de mortificação, física e simbólica, começa pelas concessões de adaptação às novas regras da instituição total, uma instituição caracterizada pelo fechamento em relação à sociedade, como os hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico. O eu do sujeito passa por modificações drásticas do ponto de vista pessoal e do seu papel social. Essa condição suprime a concepção de si mesmo e a cultura aparente que traz consigo. A perda da identidade gera o que o autor conceitua como status proativo, que é quando o internado se vê em uma posição social diferente daquela anterior à internação e, por sua vez, distinta de quando sair da instituição. Esse processo gera também o desculturamento, que é quando o internado se vê diante da impossibilidade de adquirir os hábitos que a sociedade passa a exigir. No caso estudado, esse distanciamento da sociedade mais ampla foi de mais de 10 anos. O sentenciado necessita, ainda, de um apoio familiar, além do convívio social, o que se torna difícil após anos de reclusão e distanciamento da família e da sociedade. Qual é, então, a saída? Sabe-se que o ambiente de internação em hospitais-presídios não é propício para um efetivo tratamento. Nesse sentido, a Lei nº , de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, no artigo 4º, afirma que a internação só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. A lei 8

9 também dispõe que são direitos das pessoas com transtornos mentais: I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. Portanto, é preciso que se atente para os recursos comunitários de saúde e sejam efetivamente implementados serviços que possam atender essas pessoas. O modelo psicossocial da política de saúde mental surge para oferecer esse atendimento ampliado. Esse modelo objetiva abordar a interação do sujeito com o ambiente por meio de serviços substitutivos e territoriais e da fortificação de redes sociais. Isso vai ao encontro do que preconiza a reforma psiquiátrica brasileira, que visa redirecionar o modelo assistencial em saúde mental com enfoque na utilização de serviços comunitários. O modelo hospitalocêntrico é insustentável, o que suscita uma ruptura para um dimensionamento de uma rede de serviços diversificada, qualificada e que explore os recursos da comunidade. É fundamental que a pessoa com transtorno mental em conflito com a lei seja reinserida na sociedade e empoderada para participar de uma rede social significativa. As redes sociais afetam a saúde do sujeito. Os vínculos interpessoais são importantes para a promoção do bem-estar. Sluski define a rede social como a soma de todas as relações que um indivíduo percebe como significativas ou define como diferenciadas da massa anônima da sociedade. Essa rede corresponde ao nicho interpessoal da pessoa e contribui substancialmente para seu próprio reconhecimento como indivíduo e para sua auto-imagem. As residências terapêuticas apresentam-se como uma possibilidade de atenção à saúde mental para pessoas que estão em condições semelhantes à de K. As residências 9

10 terapêuticas constituem-se como alternativas de moradia para um grande contingente de pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte adequado na comunidade. Além disso, essas residências podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental, que não contem com suporte familiar e social suficientes para garantir espaço adequado de moradia. Nesse sentido, portarias foram criadas para promover a desinstitucionalização e a humanização do tratamento dispensado a pessoas internadas em hospitais-presídios. Essa é, contudo e ainda, uma realidade longínqua, pois o Distrito Federal, por exemplo, não conta com nenhuma residência terapêutica. Considerações finais O caso de K. serve, destarte, como ensejo para se repensar a aliança entre tratamento e defesa social. Para tanto, é mister (re)formular e implementar políticas públicas que atentem para o louco infrator, como a já citada criação de serviços residenciais terapêuticos e a capacitação de profissionais das áreas da saúde e jurídica em atenção psicossocial. Doente e perigoso, esse sujeito duplamente estigmatizado deve ter seus direitos resguardados. Resta inquirir quem vai (e se vão) ouvir esse grito silencioso. Referências bibliográficas BRASIL. Código Penal (Decreto-Lei nº de 7 de dezembro de 1940). Diário Oficial da União 1940; 7 dez. 10

11 BRASIL. Lei nº de 6 de abril de Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União 2001; 6 abr. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Residências terapêuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde; BRASIL. Ministério Público Federal (MPF) e Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC). Parecer sobre medidas de segurança e Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico sob a perspectiva da Lei nº /2001. Brasília; BRASIL. Portaria nº 246 de 17 de fevereiro de Destina incentivo financeiro para implantação de serviços residenciais terapêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da União 2005; 17 fev. BRASIL. Portaria/GM nº de 7 de novembro de Dispõe sobre a criação do serviço residencial terapêutico em saúde mental, da atividade profissional de cuidador em saúde, do grupo de procedimentos de acompanhamento de pacientes e do subgrupo de acompanhamento de pacientes psiquiátricos, do procedimento de residência terapêutica em saúde mental, dentre outros. Diário Oficial da União 2000; 7 nov. BRASIL. Portaria/GM nº 106 de 11 de fevereiro de Institui os serviços residenciais terapêuticos. Diário Oficial da União 2000; 11 fev. BRASIL. Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Diário Oficial da União 2012; 12 dez. COSTA-ROSA A, LUZIO CA, YASUI S. As Conferências Nacionais de Saúde Mental e as Premissas do Modo Psicossocial. Saúde em Debate 2001; 25(58): DINIZ D. A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil: censo Brasília: LetrasLivres; Editora Universidade de Brasília; GOFFMAN E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva;

12 SLUZKI CE. A Rede Social na Prática Sistêmica: Alternativas Terapêuticas. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo; VIEIRA FILHO NG, NÓBREGA SM. A atenção psicossocial em saúde mental: contribuição teórica para o trabalho terapêutico em rede social. Estudos de Psicologia 2004; 9(2):

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança:

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança: Ponto 8 do plano de ensino Medidas de segurança: Conceito, natureza, sistemas, pressupostos, espécies, duração, locais de internação e tratamento, duração, exame de verificação de cessação de periculosidade,

Leia mais

Anais dos III Congresso Iberoamericano de Direito Sanitário / II Congresso Brasileiro de Direito Sanitário

Anais dos III Congresso Iberoamericano de Direito Sanitário / II Congresso Brasileiro de Direito Sanitário 3.12 Saúde mental, direito e psicologia no Judiciário: interlocuções na Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios Mental health, law and psychology

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Aplicação das medidas de segurança ao doente mental como forma de ressocialização no sistema penal brasileiro Lílian Pereira Miranda O presente estudo tem como objeto o modelo de

Leia mais

MORAR EM CASA 1. IDENTIFICAÇÃO

MORAR EM CASA 1. IDENTIFICAÇÃO MORAR EM CASA Fanny Helena Martins Salles 1 Lorena Pinheiro Furtat 2 Miriam Kloppenburg Ferreira 3 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Nome: Implementação ao projeto de moradias assistidas vinculadas ao Centro de Atendimento

Leia mais

SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL SAÚDE MENTAL NO SUS E OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Prof. João Gregório Neto 2013 REFORMA PSIQUIÁTRICA Ampla mudança do atendimento público em Saúde Mental, objetivando garantir o acesso da população

Leia mais

Aula Culpabilidade Imputabilidade

Aula Culpabilidade Imputabilidade Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 20 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 20 10 Culpabilidade Conceito de culpabilidade (segundo a teoria finalista): é o juízo

Leia mais

SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: REFLEXÃO CRÍTICA

SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: REFLEXÃO CRÍTICA SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: REFLEXÃO CRÍTICA Cíntia Nasi 1 Marcio Wagner Camatta 2 Jacó Fernando Schneider 3 INTRODUÇÃO: A atenção em saúde mental vem sofrendo transformações

Leia mais

PARECER DO CRP SP SOBRE O ENCARCERAMENTO DE PESSOAS EM MEDIDA DE SEGURANÇA

PARECER DO CRP SP SOBRE O ENCARCERAMENTO DE PESSOAS EM MEDIDA DE SEGURANÇA 1 PARECER DO CRP SP SOBRE O ENCARCERAMENTO DE PESSOAS EM MEDIDA DE SEGURANÇA O Conselho Regional de Psicologia 6ª Região, em resposta ao Ofício NESC nº 3658-220/2014 do Núcleo Especializado de Situação

Leia mais

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis;

b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis; DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 16 Descrição 1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente; b) as medidas de segurança

Leia mais

MANICÔMIO JUDICIÁRIO : paradoxo entre a saúde e a segurança pública.

MANICÔMIO JUDICIÁRIO : paradoxo entre a saúde e a segurança pública. MANICÔMIO JUDICIÁRIO : paradoxo entre a saúde e a segurança pública. Verônica Gomes Anacleto 1 FSM - vganacleto@gmail.com Lucas Andrade de Morais 2 UFCG lucasmorais7@gmail.com Renata de Sousa Rolim 3 FSM-

Leia mais

RAPS. Saúde Mental 26/08/2016. Prof.: Beto Cruz PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*)

RAPS. Saúde Mental 26/08/2016. Prof.: Beto Cruz PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*) Saúde Mental Prof.: Beto Cruz betocais2@gmail.com PORTARIA Nº 3.088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011(*) Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades

Leia mais

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal

1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de Execução Penal 1.2 Pena 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA. Rosa UFPI-DSS

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA. Rosa UFPI-DSS POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL BRASILEIRA Profª Drª Lucia Cristina dos Santos Rosa UFPI-DSS MODELO HOSPITALOCENTRICO NA ASSISTENCIA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA MARCO: Hospício Pedro II 1852 Rio de Janeiro; CONCEPÇÃO:

Leia mais

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica

1.1.4 Execução penal: conceito, pressuposto fundamental e natureza jurídica SUMÁRIO 1. OBJETO E APLICAÇÃO DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL 1.1 Direito de execução penal 1.1.1 Direito de Execução Penal e Direito Penitenciário 1.1.2 Autonomia do Direito de Execução Penal 1.1.3 Antecedentes

Leia mais

COMISSÃO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ PARANÁ: AÇÕES NO ANO DE 2009

COMISSÃO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ PARANÁ: AÇÕES NO ANO DE 2009 COMISSÃO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ PARANÁ: AÇÕES NO ANO DE 2009 Robsmeire Calvo Melo Zurita 1 ; Alessandra Massi Puziol Alves 2 Neide Barboza Lopes 3 INTRODUÇÃO: No Brasil ainda

Leia mais

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de )

PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de ) PRINCIPAIS PRAZOS NO CÓDIGO PENAL (Decreto-Lei nº 2.848, de 7-12-1940) Contagem Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Imposição

Leia mais

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal LEGALE Sanção Penal Sanção Penal É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal Sanção Penal No Brasil, o atual sistema de sanções é o SISTEMA VICARIANTE Por esse sistema, ou o agente

Leia mais

entrelinhas sistema penal e reforma psiquiátrica Segurança Pública Acompanhamento Terapêutico Dicas culturais População Trans

entrelinhas sistema penal e reforma psiquiátrica Segurança Pública Acompanhamento Terapêutico Dicas culturais População Trans entrelinhas Devolução Física ano XVII n o 75 jan/fev/mar/abr 2017 Mala Direta Postal Básica 9912323789/2013-DR/RS CRPRS sistema penal e reforma psiquiátrica Segurança Pública Acompanhamento Terapêutico

Leia mais

A implantação de CAPS no estado do Paraná: situação atual e perspectivas. Coordenação Estadual de Saúde Mental Agosto 2013

A implantação de CAPS no estado do Paraná: situação atual e perspectivas. Coordenação Estadual de Saúde Mental Agosto 2013 A implantação de CAPS no estado do Paraná: situação atual e perspectivas Coordenação Estadual de Saúde Mental Agosto 2013 Situação Atual - Portaria 336/2002 - CAPS - Portaria 245/2005 incentivo implantação

Leia mais

MEDIDA DE SEGURANÇA MACAPÁ 2011 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO MATERIAL DIDÁTICO

MEDIDA DE SEGURANÇA MACAPÁ 2011 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO MATERIAL DIDÁTICO MEDIDA DE SEGURANÇA DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO. MACAPÁ 2011 1 MEDIDA DE SEGURANÇA 1. Conceito: sanção penal imposta pelo Estado, na execução

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Das penas restritivas de direito As penas restritivas de direito são sanções autônomas, que substituem as penas privativas de liberdade por certas restrições ou obrigações, quando preenchidas as condições

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL

LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL Arts. 83 a 90 do CP e 131 e s. da LEP. Consagrado no CP de 1890, mas com efetiva aplicação pelo Decreto 16.665 de 1924. É mais uma tentativa de diminuir os efeitos negativos da prisão.

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR Nº 465, DE 28 DE MAIO DE 2012.

LEI COMPLEMENTAR Nº 465, DE 28 DE MAIO DE 2012. LEI COMPLEMENTAR Nº 465, DE 28 DE MAIO DE 2012. Autores: Deputado Romoaldo Júnior e Deputado Sebastião Rezende Dispõe sobre a criação da Lei estadual de Atenção Integral à Saúde Mental e dá outras providências.

Leia mais

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE DO CP Pena privativa de liberdade Art. 33 CP Reclusão CP Detenção CP Prisão Simples Dec. Lei 3688/41 Sanções penais Penas Art. 32

Leia mais

Ponto 12 do plano de ensino

Ponto 12 do plano de ensino Ponto 12 do plano de ensino Livramento condicional: conceito e natureza jurídica, requisitos (objetivos e subjetivos), concessão, condições, revogação obrigatória e revogação facultativa, prorrogação,

Leia mais

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG CURSO DE ÉTICA MÉDICA - 2016 Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Sigilo Profissional Demanda Judicial Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Princípio

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO Salomão Rodrigues Filho Médico psiquiatra Conselheiro por Goiás do CFM DIMENSÃO

Leia mais

Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental

Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental Atuação da Fonoaudiologia na Saúde Mental Dia: 04/05 Local: Anf. da Biblioteca Horário: 13 às 14h Apresentadoras: Caroline Pascon 4º ano Chrishinau Silva 2º ano Orientadora: Drª Fgaª Ariadnes Nobrega de

Leia mais

HISTÓRIA DO SRT DE CAXIAS DO SUL: CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO

HISTÓRIA DO SRT DE CAXIAS DO SUL: CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO HISTÓRIA DO SRT DE CAXIAS DO SUL: CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO Sonia Rossetti 1 Tatiana Minoia Almada 2 INTRODUÇÃO Por um longo período no município de Caxias do Sul os únicos recursos para atendimento das pessoas

Leia mais

Essa medida de segurança é infinita ou tem prazo de vencimento? : interlocuções e desafios entre o direito e a psicologia na Seção Psicossocial da

Essa medida de segurança é infinita ou tem prazo de vencimento? : interlocuções e desafios entre o direito e a psicologia na Seção Psicossocial da Essa medida de segurança é infinita ou tem prazo de vencimento? : interlocuções e desafios entre o direito e a psicologia na Seção Psicossocial da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito

Leia mais

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL

O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL O ENSINO DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NO DISTRITO FEDERAL Acadêmica :Amanda da Silva Alves Orientador: Alexsandro Barreto Almeida Águas Claras - DF 2016 Alexsandro Barreto

Leia mais

Caros amigos, trago hoje a resolução da prova de Direito Penal aplicada pela Fundação Carlos Chagas no último domingo, dia 4 de março de 2007.

Caros amigos, trago hoje a resolução da prova de Direito Penal aplicada pela Fundação Carlos Chagas no último domingo, dia 4 de março de 2007. Caros amigos, trago hoje a resolução da prova de Direito Penal aplicada pela Fundação Carlos Chagas no último domingo, dia 4 de março de 2007. Nesta prova, a FCC elaborou questões um pouco mais difíceis

Leia mais

Nº 4791/ ASJCRIM/SAJ/PGR. Execução Penal n. 1 Relator: Ministro Roberto Barroso Autor: Ministério Público Federal Sentenciado: José Genoíno Neto

Nº 4791/ ASJCRIM/SAJ/PGR. Execução Penal n. 1 Relator: Ministro Roberto Barroso Autor: Ministério Público Federal Sentenciado: José Genoíno Neto Nº 4791/2014 - ASJCRIM/SAJ/PGR Execução Penal n. 1 Relator: Ministro Roberto Barroso Autor: Ministério Público Federal Sentenciado: José Genoíno Neto PENAL. PROCESSO PENAL. EXECUÇÃO PENAL. PROGRES- SÃO

Leia mais

II CONGRESSO JURÍDICO VILA RICA UNIVERISDADE FEDERAL DE OURO PRETO DIREITOS DA PERSONALIDADE, BIODIREITO E A CAPACIDADE DOS INCAPAZES Maria de Fátima Freire de Sá Diogo Luna Moureira IMAGEM, CULTURA E

Leia mais

TÍTULO: A INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DE INIMPUTÁVEIS E SEMI-IMPUTÁVEIS COMO MEDIDA CAUTELAR

TÍTULO: A INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DE INIMPUTÁVEIS E SEMI-IMPUTÁVEIS COMO MEDIDA CAUTELAR Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: A INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DE INIMPUTÁVEIS E SEMI-IMPUTÁVEIS COMO MEDIDA CAUTELAR CATEGORIA: CONCLUÍDO

Leia mais

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PARTE 1 Noções introdutórias 1 PARTE 2 Noções introdutórias 2 PARTE 3 Noções introdutórias 3 CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS

Leia mais

PORTARIA VEP 001 DE 14 DE MARÇO DE 2017

PORTARIA VEP 001 DE 14 DE MARÇO DE 2017 PORTARIA 001 DE 14 DE MARÇO DE 2017 Dispõe sobre o calendário e os requisitos para o gozo das Saídas Temporárias no ano de 2017, no âmbito do sistema penitenciário do Distrito Federal. A Doutora LEILA

Leia mais

SUMÁRIO. Parte I Código de PROCESSO PENAL Comentado DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL

SUMÁRIO. Parte I Código de PROCESSO PENAL Comentado DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL Parte I Código de PROCESSO PENAL Comentado DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 LIVRO I DO PROCESSO EM GERAL Título I Disposições preliminares (Arts. 1º a 3º)... 3 Título II Do inquérito policial

Leia mais

Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária

Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária O Projeto Amparando Filhos Transformando Realidades com a Comunidade Solidária tem como objetivo principal proteger e amparar

Leia mais

REGULAMENTO REG VISITAS 25/06/2013. Enquadramento

REGULAMENTO REG VISITAS 25/06/2013. Enquadramento Enquadramento As visitas constituem, por regra, um forte contributo para a humanização no período de internamento dos utentes, pois permitem garantir o elo entre o utente e a sua rede social. O Hospital

Leia mais

Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL. NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL. NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL

Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL. NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL. NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL Profª : ANA BRAZ EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL NOÇÕES de POLÍTICA de SAÚDE MENTAL no BRASIL NÚCLEOS de APOIO à SAÚDE da FAMÍLIA e MENTAL REFORMA PSIQUIÁTRICA Reforma Psiquiátrica Brasileira Em 1978,

Leia mais

III SEMINÁRIO POLÍTICAS SOCIAIS E CIDADANIA. Reorientação dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico

III SEMINÁRIO POLÍTICAS SOCIAIS E CIDADANIA. Reorientação dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico III SEMINÁRIO POLÍTICAS SOCIAIS E CIDADANIA AUTOR DO TEXTO: Rita Cristina Souza de oliveira Reorientação dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico RESUMO: Este artigo tem o propósito de iniciar

Leia mais

R. C. M. IMPETRANTE F. L. F. IMPETRANTE M. S. S.. L. P. PACIENTE A C Ó R D Ã O

R. C. M. IMPETRANTE F. L. F. IMPETRANTE M. S. S.. L. P. PACIENTE A C Ó R D Ã O HABEAS CORPUS. FAVORECIMENTO PESSOAL. ART. 348 DO CP. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. ATIPICIDADE. A atipicidade penal da conduta está evidenciada pelo dever legal

Leia mais

VIVER BEM DONA LURDES E O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR ATENÇÃO DOMICILIAR

VIVER BEM DONA LURDES E O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR ATENÇÃO DOMICILIAR 1 VIVER BEM DONA LURDES E O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR ATENÇÃO DOMICILIAR 2 3 Dona Lurdes tem uma família muito unida, com alguns filhos, muitos netos e dois bisnetos. Eles estão ao seu lado sempre

Leia mais

Saúde Mental Reforma Psiquiátrica

Saúde Mental Reforma Psiquiátrica Reforma Psiquiátrica Prof.: Beto Cruz betocais2@gmail.com Verificando que a assistência psiquiátrica convencional não permitia alcançar objetivos compatíveis com o desejado, e considerando que o Atendimento

Leia mais

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012 ADVERTÊNCIA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012 O Secretário de Atenção à Saúde, no

Leia mais

Valdir Vieira Rezende, 4º Promotor de Justiça das Execuções Criminais

Valdir Vieira Rezende, 4º Promotor de Justiça das Execuções Criminais Valdir Vieira Rezende, 4º Promotor de Justiça das Execuções Criminais Criando vagas no sistema prisional - Decretos de Indulto/Comutação - Perdão total ou parcial de penas Benefício para condenados - Quando

Leia mais

SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: o vínculo e o diálogo necessários

SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: o vínculo e o diálogo necessários SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: o vínculo e o diálogo necessários II Mostra Nacional de Saúde Família 01º a 03 de junho de 2004 Diretrizes da política de saúde mental do MS Redução Progressiva dos Leitos

Leia mais

RECLAMADO(A): Estado do Amazonas/Secretaria de Estado de Saúde. Promoção de Arquivamento nº

RECLAMADO(A): Estado do Amazonas/Secretaria de Estado de Saúde. Promoção de Arquivamento nº Inquérito Civil nº 4091/2013 PROMOTORIA: 54ª PRODHSP ASSUNTO: Apurar a necessidade de construção ou adequação de Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, destinado às pessoas do sexo feminino inimputáveis

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal DAS PENAS FINALIDADES DA PENA Por que punir? O que é pena? O que se entende por pena justa? Teorias sobre as finalidades da pena: 1) Absolutas: a finalidade da pena é eminentemente retributiva. A pena

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO n /1-00, da Comarca de SÃO. MANOEL, em que é agravante NILDA TERESINHA PARAÍSO FURUKAWA

AGRAVO DE INSTRUMENTO n /1-00, da Comarca de SÃO. MANOEL, em que é agravante NILDA TERESINHA PARAÍSO FURUKAWA TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TRIRUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA ACÓRDÃO REGISTRADO(A) SOB N Vistos, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE INSTRUMENTO n 524.319-4/1-00,

Leia mais

MAPEAMENTO DA SAÚDE MENTAL DE TAQUARA/RS

MAPEAMENTO DA SAÚDE MENTAL DE TAQUARA/RS RELATÓRIO FINAL MAPEAMENTO DA SAÚDE MENTAL DE TAQUARA/RS Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) Grupo de pesquisa em Psicologia Comunitária Prof. Responsável Dra. Laíssa Eschiletti

Leia mais

Revista de Criminologia e Ciências Penitenciárias p r u d e n t i a b o n i t a t i s o p e r a i u s t i t i a

Revista de Criminologia e Ciências Penitenciárias p r u d e n t i a b o n i t a t i s o p e r a i u s t i t i a Revista de Criminologia e Ciências Penitenciárias p r u d e n t i a b o n i t a t i s o p e r a i u s t i t i a C O N S E L H O P E N I T E N C I Á R I O D O E S T A D O S Ã O P A U L O C O P E N S P Ligado

Leia mais

MEDIDAS DE SEGURANÇA OU PRISÃO PERPÉTUA

MEDIDAS DE SEGURANÇA OU PRISÃO PERPÉTUA MEDIDAS DE SEGURANÇA OU PRISÃO PERPÉTUA Carlos Augusto Passos dos SANTOS 1 Resumo: Apesar da doutrina caracterizar a medida de segurança como espécie de pena, tal natureza pode ser discutida, pois conforme

Leia mais

MATRIZ DIAGNÓSTICA DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

MATRIZ DIAGNÓSTICA DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL MATRIZ DIAGNÓSTICA DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL REGIÃO: RRAS 2 MUNICÍPIOS: ARUJÁ, BIRITIBA MIRIM, FERRAZ DE VASCONCELOS, GUARAREMA, GUARULHOS, ITAQUAQUECETUBA, MOGI DAS CRUZES, POÁ, SALESÓPOLIS, SANTA

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Anterioridade da lei TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém

Leia mais

Educação no Sistema Prisional

Educação no Sistema Prisional Educação no Sistema Prisional Pacto Federativo Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece.

Leia mais

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO.

PONTO 1: REVISÃO. PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME FORMAL PRÓPRIO + C. CONTINUADO REQUISITO SUBJETIVO. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: REVISÃO PONTO 2: a) CRIME CONTINUADO PONTO 3: b) CRIMES DE MESMA ESPÉCIE CRIME CONTINUADO ART. 71 CP 1 é aquele no qual o agente mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

Leia mais

Marcos S. Lapa Médico Geriatra II SIMPÓSIO GESEN. Londrina, 15 de setembro 2012

Marcos S. Lapa Médico Geriatra II SIMPÓSIO GESEN. Londrina, 15 de setembro 2012 Marcos S. Lapa Médico Geriatra II SIMPÓSIO GESEN Londrina, 15 de setembro 2012 TRÊS MODALIDADE 1. CONSULTA DOMICILIAR: paciente prefere ser atendido no domicílio, não necessariamente apresenta alguma limitação

Leia mais

RESPONSABILI- DADE CONCEITO. Centralizado. Centralizado

RESPONSABILI- DADE CONCEITO. Centralizado. Centralizado PORTARIA Nº 857, DE 22 DE AGOSTO DE 2012 O Secretário de Atenção à Saúde, no uso de suas atribuições, Considerando a Portaria nº 3.088/GM/MS, de 23 de dezembro de 2011, que institui a Rede de Atenção Psicossocial

Leia mais

Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/ *****

Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/ ***** Recusa em permitir transfusão de sangue - Resolução CFM 1021 de 26/9/1980 - ***** Ementa: Adota os fundamentos do parecer no processo CFM n.º 21/80, como interpretação autêntica dos dispositivos deontológicos

Leia mais

19 - (FCC TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE

19 - (FCC TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE 19 - (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) O juiz A) só poderá atribuir definição jurídica diversa, mesmo sem modificar a descrição do fato contido na denúncia, se implicar

Leia mais

Reforma Psiquiátrica e os Direitos das Pessoas com Transtornos Mentais no Brasil

Reforma Psiquiátrica e os Direitos das Pessoas com Transtornos Mentais no Brasil Reforma Psiquiátrica e os Direitos das Pessoas com Transtornos Mentais no Brasil LEI N o 10.216 DE 6 DE ABRIL DE 2001. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Dispõe sobre

Leia mais

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança.

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. DIREITO PENAL Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. I N F R A Ç Ã O P E N A L INFRAÇÃO PENAL Existe diferença entre

Leia mais

Circular 577/2012 São Paulo, 04 de dezembro de 2012.

Circular 577/2012 São Paulo, 04 de dezembro de 2012. Circular 577/2012 São Paulo, 04 de dezembro de 2012. PROVEDOR(A) ADMINISTRADOR(A) TERMO DE REFERÊNCIA PARA ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - RAPS/SUS Diário Oficial do Estado nº 226 Seção

Leia mais

ATRIBUIÇÃO. Investiga no âmbito da Capital: A) Saúde do Trabalhador

ATRIBUIÇÃO. Investiga no âmbito da Capital: A) Saúde do Trabalhador DECRISA O DECRISA é uma Delegacia de Polícia que tem por atribuição operacionalizar as atividades inerentes à Polícia Judiciária na investigação de crimes praticados contra saúde pública e saúde do trabalhador.

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas ABDALLA-FILHO, Elias; BERTOLOTE, José Manoel. Sistemas de psiquiatria forense no mundo. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 28, 2006. Disponível em: .

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo TRIBUNAL DE JUSTIÇA São Paulo fls. 1 Registro: 2013.0000071982 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº 0243217-95.2012.8.26.0000, da Comarca de São José dos Campos, em que

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL DECISÃO A investigada OAS S.A. - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL e OAS EMPREENDIMENTOS S.A.- EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL requereram "o desbloqueio de suas contas bancárias assim como de todo o seu patrimônio afeto

Leia mais

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Profa. Luanna Tomaz SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA Profa. Luanna Tomaz INTRODUÇÃO Origem: Surge na França em 1884. Medida judicial que determina o sobrestamento da pena, preenchidos determinados requisitos. Natureza Jurídica:

Leia mais

Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção

Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção Dificuldades no atendimento aos casos de violência e estratégias de prevenção Gilka Jorge Figaro Gattás Professora Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Departamento de Medicina

Leia mais

VIVÊNCIA DE UM GRUPO DE SENTIMENTOS NO CAPS PRADO VEPPO- SM-RS.

VIVÊNCIA DE UM GRUPO DE SENTIMENTOS NO CAPS PRADO VEPPO- SM-RS. VIVÊNCIA DE UM GRUPO DE SENTIMENTOS NO CAPS PRADO VEPPO- SM-RS. Niara Cabral Iserhard 1 Annie Jeanninne Bisso Lacchini 2 Na década de 80, o movimento brasileiro pela reforma psiquiátrica teve uma iniciativa

Leia mais

Oficina 5: Os desafios para sustentabilidade da RAPS - Rede de Atenção Psicossocial

Oficina 5: Os desafios para sustentabilidade da RAPS - Rede de Atenção Psicossocial Oficina 5: Os desafios para sustentabilidade da RAPS - Rede de Atenção Psicossocial Loiva dos Santos Leite Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre Julho/2016 SUStentabilidade da RAPS sob os aspectos

Leia mais

RECOMENDAÇÃO CNDH Nº 06, DE 24 DE MAIO DE 2017.

RECOMENDAÇÃO CNDH Nº 06, DE 24 DE MAIO DE 2017. RECOMENDAÇÃO CNDH Nº 06, DE 24 DE MAIO DE 2017. O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS CNDH, no uso de suas atribuições previstas na Lei nº 12.986, de 02 de junho de 2014, e tendo em vista especialmente

Leia mais

Código Penal ª Edição Reimpressão. Atualização nº 6

Código Penal ª Edição Reimpressão. Atualização nº 6 Código Penal 2017 6ª Edição Reimpressão Atualização nº 6 1 UNIVERSITÁRIO Atualização nº 6 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás nºs 76, 78, 80 3000-167

Leia mais

Atendimento Pré-hospitalar ao Paciente com Agravo Mental. Enf. Adriana Monteiro

Atendimento Pré-hospitalar ao Paciente com Agravo Mental. Enf. Adriana Monteiro Atendimento Pré-hospitalar ao Paciente com Agravo Mental Enf. Adriana Monteiro Quando me falam de psiquiatria, eu imagino... A psiquiatria no Brasil 1543: Primeiras Santas Casas; 1841: Os primeiros Hospitais;

Leia mais

RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1. Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3.

RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1. Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3. RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1 Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3. 1 Trabalho de Extensão Departamento de Humanidades e Educação, Curso de Graduação em Psicologia 2 Acadêmico do 8ºsemestre

Leia mais

NOTA TÉCNICA SOBRE A ESCUTA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS OU TESTEMUNHAS DE VIOLÊNCIA

NOTA TÉCNICA SOBRE A ESCUTA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS OU TESTEMUNHAS DE VIOLÊNCIA NOTA TÉCNICA SOBRE A ESCUTA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS OU TESTEMUNHAS DE VIOLÊNCIA O Conselho Regional de Psicologia 8ª Região, diante de sua atribuição de orientar o exercício profissional de

Leia mais

DIREITO AO TRABALHO ASSOCIADO

DIREITO AO TRABALHO ASSOCIADO Leonardo Pinho leo_pinho79@yahoo.com.br DIREITO AO TRABALHO ASSOCIADO E AUTOGERIDO GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA COMO DISPOSITIVO DA SAÚDE INTRODUÇÃO: O Direito ao Trabalho e Renda é parte dos chamados direitos

Leia mais

Financiamento. Consultório na Rua PORTARIA Nº 123, DE 25 DE JANEIRO DE Sem portaria convivência e cultura. Estabelece, no âmbito Especializada/

Financiamento. Consultório na Rua PORTARIA Nº 123, DE 25 DE JANEIRO DE Sem portaria convivência e cultura. Estabelece, no âmbito Especializada/ Rede De (RAPS) Componentes da RAPS Pontos da RAPS Nº da Portaria de Financiamento Caracterização da portaria Atenção Básica Unidade Básica de PORTARIA 2488/11 Institui a Política Saúde Nacional de Atenção

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

I RELATÓRIO. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, proposta pelo Procurador-Geral da República,

I RELATÓRIO. Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, proposta pelo Procurador-Geral da República, N o 155.389/2016-AsJConst/SAJ/PGR Relatora: Ministra Cármen Lúcia Requerente: Procurador-Geral da República Interessado: Congresso Nacional CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITU- CIONALIDADE. LEI 10.001/2000.

Leia mais

CONHECENDO AS MENINAS DA JUSTIÇA A PARTIR DA EXTENSÃO POPULAR

CONHECENDO AS MENINAS DA JUSTIÇA A PARTIR DA EXTENSÃO POPULAR CONHECENDO AS MENINAS DA JUSTIÇA A PARTIR DA EXTENSÃO POPULAR CERQUEIRA CORREIA [1], Ludmila 1 Centro de Ciências Jurídicas / Departamento de Ciências Jurídicas/ PROBEX 2012 GOMES FRANCO [2], Murilo 2

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº. 117 DE 28 DE JULHO DE 2016.

RESOLUÇÃO Nº. 117 DE 28 DE JULHO DE 2016. RESOLUÇÃO Nº. 117 DE 28 DE JULHO DE 2016. O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS, no uso de suas atribuições legais e considerando o Parecer nº 008/2016 da Comissão Permanente

Leia mais

%%%%%%%%%%%Rede%de%Atenção%Psicossocial%%

%%%%%%%%%%%Rede%de%Atenção%Psicossocial%% NOTA%TÉCNICA%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%58% %2011% % %%%%%%%%%%%Rede%de%Atenção%Psicossocial%% Minuta% de% portaria% que% institui% a% Unidade% de% Acolhimento%da%Rede%de%Atenção%Psicossocial

Leia mais

Marco Legal e Institucional sobre Substâncias Psicoativas no Brasil. Patricia Maia von Flach

Marco Legal e Institucional sobre Substâncias Psicoativas no Brasil. Patricia Maia von Flach Marco Legal e Institucional sobre Substâncias Psicoativas no Brasil Patricia Maia von Flach A Lei 10.216/01 Marco legal da Reforma Psiquiátrica Brasileira Dispõe sobre a proteção e os direitos dos usuários

Leia mais

<CABBCBBCCADACABAADBCAADCBAACDBBAACDAA DDADAAAD> A C Ó R D Ã O

<CABBCBBCCADACABAADBCAADCBAACDBBAACDAA DDADAAAD> A C Ó R D Ã O EMENTA: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL CONDENAÇÃO SUPERVENIENTE HOMOLOGAÇÃO DO ATESTADO DE PENA REGIME ABERTO INCONFORMISMO MINISTERIAL IMPOSIÇÃO DO REGIME SEMIABERTO

Leia mais

PORTARIA No- 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016

PORTARIA No- 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 PORTARIA No- 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território

Leia mais

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes

Direito Penal. Concurso de Crimes Direito Penal Concurso de Crimes Distinções Preliminares Concurso de crimes ou delitos X Concurso de pessoas ou agentes X Concurso de normas ou conflito aparente de normas penais - Concurso de crimes ou

Leia mais

A Lei 10.216/2001 e o Código Penal análise.

A Lei 10.216/2001 e o Código Penal análise. A Lei 10.216/2001 e o Código Penal análise. Luciana C. Paiotti Figueredo Juíza de Direito Responsável pelo julgamento das execuções das Medidas de Segurança e pelas visitas correicionais dos Hospitais

Leia mais

NOTA TÉCNICA Estratégia para apoio e acompanhamento da atenção ao paciente judiciário

NOTA TÉCNICA Estratégia para apoio e acompanhamento da atenção ao paciente judiciário NOTA TÉCNICA 36 2013 Estratégia para apoio e acompanhamento da atenção ao paciente judiciário Brasília, 26 de agosto de 2013 INTRODUÇÃO Nesta Nota Técnica será analisada a proposta do Ministério da Saúde

Leia mais

26/08/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal IV

26/08/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal IV DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 8ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 1 INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Atualização e Capacitação Sobre Formulação e Gestão de Políticas Públicas Módulo III Políticas Públicas e Direitos Humanos Aula 7 Gestão em Segurança

Leia mais

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS Objetivo Fazer um resgate histórico do funcionamento da DEPCA como era e como

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Direito Penal II Código da Disciplina: JUR 213 Curso: Direito Faculdade responsável: Direito Programa em vigência a partir de: Número de créditos: 04 Carga Horária total:

Leia mais

A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA.

A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA. A PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NO HOSPITAL DE EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA. SUZANNA GALVÃO SOARES MUNIZ ASSISTENTE SOCIAL ESPECIALISTA EM SAÚDE

Leia mais