ELABORAÇÃO DO MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ELABORAÇÃO DO MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Rovani Schunke Cantarelli Santa Maria, RS, Brasil 2017

2 ELABORAÇÃO DO MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Rovani Schunke Cantarelli Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS) como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. Dr. Joaquim C. Pizzutti dos Santos Santa Maria, RS, Brasil 2017

3 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia Departamento de Estruturas e Construção Civil A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso ELABORAÇÃO DO MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Elaborado por Rovani Schunke Cantarelli Como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil Comissão Examinadora

4 O Aprendizado é o significado mais límpido da vida, pois já mais se termina uma existência sem que se aprenda algo. (Maria Clara Fraga Lopes)

5 AGRADECIMENTOS Ao professor e orientador, Prof. Dr. Joaquim Pizzutti dos Santos, pelo esforço pessoal, pelo seu tempo, conhecimentos técnicos transmitidos durante o curso de graduação que levarei para toda a vida profissional. De mesmo modo agradeço à Universidade Federal de Santa Maria por toda a infraestrutura oferecida ao longo da vida acadêmica, e a todos os docentes que contribuíram para meu crescimento profissional e acadêmico. À minha família, com destaque para minha mãe Rosecler Cantarelli e meu pai Giovani Alves Cantarelli, por acreditarem no meu potencial, pelo apoio moral e financeiro durante toda minha vida acadêmica. À minha namorada Taís Storgatto que esteve sempre presente, dando apoio durante a elaboração deste trabalho. E a todos os outros que me acompanharam nessa jornada e que de alguma forma contribuíram para a realização desse momento importante na minha vida, a graduação em engenharia civil.

6 RESUMO Trabalho de conclusão de curso Departamento de Estruturas e Construção Civil Universidade Federal de Santa Maria ELABORAÇÃO DO MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES AUTOR: Rovani Schunke Cantarelli ORIENTADOR: Prof. Dr. Joaquim C. Pizzutti dos Santos DATA E LOCAL DA DEFESA: Santa Maria, 19 de Dezembro de 2017 O presente TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) se baseia na importância da elaboração correta do manual de uso, operação e manutenção de uma edificação, que além de fazer parte das garantias oferecidas pela empresa construtora ao adquirente do imóvel em decorrência da lei, também possui um importante papel para a preservação da vida útil de qualquer imóvel. Com base na revisão legal e normativa apresentada no trabalho, é explicitada a importância e a obrigatoriedade do fornecimento deste documento ao proprietário da edificação no momento da entrega das chaves por parte do responsável pelo empreendimento. Além dessa revisão legal e normativa, o presente trabalho aborda os principais conceitos envolvidos na elaboração do Manual da Edificação, fornecendo informações importantes de modo a orientar a elaboração deste documento desde a coleta de dados até a apresentação das informações constantes no mesmo. Dessa forma, comprovou-se a importância do fornecimento desse documento tanto para o proprietário do imóvel quanto para o construtor, de modo a evitar impasses judiciais e garantir o desempenho e a durabilidade da edificação. Palavras-chave: Manual; Uso; Operação; Manutenção; Edificação..

7 ABSTRACT Completiom of Course Work Undergraduate Course in Civil Engineering Federal University of Santa Maria BUILDING OPERATION & MAINTENANCE MANUALS' DEVELOPMENT AUTHOR: Rovani Schunke Cantarelli ADVISOR: Prof. Dr. Joaquim C. Pizzutti dos Santos Date and place of defense: Santa Maria, 19 de Dezembro de 2017 The present paper is based on the importance of the correct development of the Building Operation and Maintenance Manual, wich, besides being part of the guarantees offered by the contractor to the property s purchaser as a result of the law, it also plays an important role in the preservation of any building s lifespan. Based on a legal and normative review, the presente paper explicit the importance and obligation of providing this document to the building s owner at the practical completion certification. In adittion to this legal and normative review, this paper presentes the main concepts involved in the development of this document, from the collection of data to the layout of presentation of its contents. Therefore, it was proved the importance of providing this document both to the owner and to the builder in order ro avoid legal impasses and guarantee the performance and durability of the building. Keywords: Manual; Operation; Maintenance; Building.

8 LISTA DE FIGURAS Figura1 Diagrama dos fatores relacionados com a manutenção de um edifício...22 Figura 2 - Vida útil de projeto (VUP) segundo a NBR Figura 3 As fases do processo construtivo e documentação gerada Figura 4 Relação dos circuitos elétricos de um imóvel...50 Figura 5 - Influência da manutenção na vida útil da edificação...62

9 LISTA DE APÊNDICES APÊNDICE 1 Modelo de ilustrações incluídas em um Manual de Operação, Uso e Manutenção de um edifício residencial da cidade de Santa Maria RS...83

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Prazos para reclamação do proprietário pelos vícios...26 Tabela 2 Exemplo de relação de profissionais responsáveis pela edificação...39 Tabela 3 Exemplo de relação de fornecedores dos materiais componentes da edificação...39 Tabela 4 Sugestões de recomendações para manutenção das vedações de uma edificação...43 Tabela 5 - Sugestões de recomendações para manutenção dos revestimentos de uma edificação...45 Tabela 6 - Sugestões de recomendações para manutenção das instalações elétricas de uma edificação...50 Tabela 7 - Sugestões de recomendações para manutenção das instalações hidrossanitárias de uma edificação...52 Tabela 8 - Sugestões de recomendações para manutenção das instalações prediais de gás...53 Tabela 9 - Sugestões de recomendações para manutenção das esquadrias, janelas e portas da edificação Tabela 10- Sugestões de recomendações para manutenção das esquadrias, janelas e portas da edificação Tabela 11: Sugestões de recomendações para manutenção das instalações e equipamentos para combate a incêndios...57 Tabela 12 Sugestões de manutenções e verificações para um plano de manutenção predial...63 Tabela 13 Documentação técnica e legal...68

11 LISTA DE ANEXOS ANEXO A MODELO DE SOLICITAÇÃO DE ASSISTÊNCIA...66 ANEXO B MODELO DE LIVRO DE REGISTRO DE MANUTENÇÃO...67 ANEXO C MODELO DE TERMO DE VISTORIA DO IMÓVEL...68 ANEXO D MODELO DE TERMO DE RECEBIMENTO DO IMÓVEL...69

12 LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS ABNT CBIC CDC SINDUSCON VUP Associação Brasileira de Normas Técnicas Câmara Brasileira da Indústria da Construção Código de Defesa do consumidor Sindicato da Indústria da Construção Vida Útil de Projeto

13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos METODOLOGIA ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO EXIGÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS ABNT NBR 14037: MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES ABNT NBR 15575: DESEMPENHO DE EIFICAÇÕES HABITACIONAIS ABNT NBR 5674: MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR CONCEITOS BÁSICOS MANUTENÇÃO Manutenção rotineira Manutenção preventiva Manutenção corretiva Manutenibilidade da edificação DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DA EDIFICAÇÃO...,,,, Vida útil de projeto (VUP) VÍCIOS E DEFEITOS DESEMPENHO MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES MANUAL DO PROPRIETÁRIO MANUAL DAS ÁREAS COMUNS O DEVER DE INFORMAR E A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO ELABORAÇÃO DO MANUAL DA EDIFICAÇÃO Coleta dos dados e informações para a elaboração do documento Etapa de uso, operação e manutenção da edificação CONTEÚDOS A SEREM APRESENTADOS NO MANUAL DA EDIFICAÇÃO TERMOS DE GARANTIA DO IMÓVEL Garantia legal e contratual Perdas de garantias ASSISTÊNCIA TÉCNICA MEMORIAL DESCRITIVO PROJETOS AS BUILT FORNECEDORES E RESPONSÁVEIS PELA EDIFICAÇÃO CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DA EDIFICAÇÃO...41

14 5.6.1 Estrutura da edificação Vedações da edificação Revestimentos da edificação Instalações elétricas da edificação Instalações hidrossanitárias da edificação Instalações predial de gás Esquadrias, janelas e portas Impermeabilização Cuidados referentes às instalações para ar condicionado Áreas comuns do condomínio Instalações e equipamentos para combate a incêndios PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA RECOMENDAÇÕES GERAIS Uso racional da água, energia elétrica e coleta seletiva de lixo PEDIDOS DE LIGAÇÕES PÚBLICAS REFORMAS NA EDIFICAÇÃO ATUALIZAÇÃO DO MANUAL PLANO DE MANUTENÇÃO PREDIAL DA EDIFICAÇÃO DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E LEGAL ENTREGA DO EMPREENDIMENTO QULIDADE E GESTÃO DE ENTREGA DE EMPREENDIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL VISTORIA ENTREGA DO MANUAL DA EDIICAÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES...75

15 15 1. INTRODUÇÃO A crescente concorrência no cenário nacional da indústria da construção civil vem aumentando a crescente procura pelas empresas em oferecer produtos finais que apresentem a qualidade como diferencial competitivo. Ademais, nos últimos anos entra em vigor no país a Norma de Desempenho de Edificações, a NBR (ABNT, 2013), estabelecendo exigências no quesito de conforto e qualidade em cada um dos sistemas que compõe uma edificação. Sendo essa, a primeira norma a tratar da qualidade dos produtos do setor da construção civil, bem como a sua utilização pelos consumidores. A norma citada atribui responsabilidades para todos os envolvidos na elaboração dos projetos, processo construtivo e na manutenção da edificação, bem como para os usuários, com a finalidade de manter o desempenho pretendido durante o prazo de vida útil do empreendimento (BALCONI, 2013, p. 1). Por meio do documento, é possível realizar a divisão correta de responsabilidades entre projetistas, construtores, usuários e fabricantes. Dentro dessas atribuições de responsabilidades, a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013) atribui ao incorporador ou construtor a responsabilidade de elaborar um Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação que norteio as intervenções do usuário. E, cabe a este, realizar uma manutenção periódica e preventiva de maneira eficiente de modo a garantir que o imóvel tenha condições de atender às expectativas de projetos durante sua vida útil. O Manual de Uso, Operação e Manutenção é considerado um dos documentos de maior importância fornecidos ao proprietário do empreendimento. O mesmo contém informações e diretrizes a respeito da utilização e manutenção do seu patrimônio, bem como a correta forma de manter a sua conservação durante o período de vida útil do imóvel (ANTONIAZZI, 2013). É nesse documento, norteado pela NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), que se encontram estabelecidos os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos no manual elaborado pelo construtor ou incorporador, conforme legislação vigente. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO A indústria da construção civil se apresenta como um dos setores de maior importância na formação do Produto Interno Bruto do Brasil, tendo um grande poder de alavancagem da economia devido a sua elevada participação na formação de investimentos,

16 16 sendo responsável por aproximadamente 70% da formação de capital da economia brasileira (GONDIN et al, 2004, p.1). As empresas do setor atuam em um mercado cada vez mais competitivo. Em que o avanço tecnológico e as transformações do ambiente contribuem para que as empresas procurem novas soluções para aperfeiçoar seus processos e obter vantagens sobre seus concorrentes. Além de ter grande importância na economia nacional, atualmente, o setor tem se mostrado mais do que um empreendimento leigo, mas, sobretudo um processo técnico de alta especialização, com clientes cada vez mais exigentes e informados sobre seus direitos legais, bem como sobre os deveres da empresa contratada. No atual cenário competitivo da construção civil no Brasil, diversas construtoras estão investindo em ações de melhoramento da gestão de entrega dos empreendimentos, de modo a garantir um bom e duradouro relacionamento com os seus clientes. Assegurando satisfação, e trazendo maior confiança ao consumidor (LIMA, 2016, p.1). Desse modo, é de suma importância a empresa oferecer diferenciais como um manual do proprietário bem elaborado, de modo a promover uma boa gestão de entrega do empreendimento, mantendo um bom relacionamento com o cliente, e garantindo a preferência deste para próximos negócios. Diante desse cenário, é muito importante a preocupação com a boa gestão de entrega de empreendimentos por parte das empresas construtoras, uma vez que esse momento marca a troca da responsabilidade da obra para o condomínio, e é regido por diversos aspectos legais e normativos, bem como por documentações importantes. 1.2 JUSTIFICATIVA O presente trabalho justifica-se na importância e na obrigatoriedade da elaboração do manual de operação, uso e manutenção das edificações, documento que constitui as garantias legais do empreendimento, bem como agrega detalhes construtivos e informações sobre o desempenho, uso e conservação do imóvel. Apesar da entrega desse documento ser obrigatória, o mesmo nem sempre é elaborado de forma adequada pela empresa construtora, porém, no atual cenário da construção civil, esse tem se mostrado de grande relevância para a gestão de entrega do empreendimento

17 17 uma vez que o mesmo é responsável por descrever todas as inter-relações entre a construtora e os proprietários da edificação, bem como as regras para se ter direito a garantias. 1.3 OBJETIVOS Objetivo geral O presente trabalho tem como objetivo principal estabelecer diretrizes e um roteiro para elaboração de um manual de uso, operação e manutenção para edificações conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e legislações vigentes Objetivos Específicos Abordar os principais conceitos, normativas e leis que se aplicam à elaboração do Manual de Operação, Uso e Manutenção das Edificações. Apresentar uma forma para coleta das informações relevantes e a apresentação dessas no documento em questão. Enfatizar a importância do Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações para o usuário e a empresa construtora. 1.4 METODOLOGIA O trabalho proposto consiste em uma revisão bibliográfica a cerca do tema Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações, e foi elaborado com base em artigos, livros, trabalhos e resenhas de diversos autores, bem como consultas a normas e leis. Além dessas fontes de pesquisas bibliográficas, o trabalho também contempla parte das atividades desenvolvidas pelo acadêmico durante seu período de Estágio Supervisionado, no qual esse participou da elaboração de manuais de edificações. 1.5 ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Primeiramente, o presente trabalho se propõe a realizar uma revisão legal e normativa para a elaboração do Manual da Edificação. Após, será realizado uma revisão bibliográfica acerca dos principais conceitos envolvidos na elaboração do documento, e os processos que

18 18 irão guiar a coleta de dados e o desenvolvimento desse documento de fundamental importância ao usuário do imóvel. Também será apresentado um roteiro para elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção de uma edificação, onde apresentadas a disposições gerais desse, comentando sobre cada item do documento, segundo as normas e legislações vigentes, bem como mostrando a forma, linguagem e composição da estrutura do material de modo a torna-lo didático e acessível ao usuário da edificação. Ao final será feita a apresentação dos resultados encontrados e as conclusões.

19 19 2 EXIGÊNCIAS LEGAIS E NORMATIVAS O manual de uso, operação e manutenção das edificações, tem como objetivo principal orientar o entendimento técnico dos direitos e obrigações aos proprietários da edificação, e orientar as construtoras nas suas obrigações. O mesmo deverá estar em consonância com a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉNICAS, 2011), a qual estabelece os requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem apresentados no documento que deverá ser entregue pelo construtor e/ou incorporador, conforme legislação vigente. Ademais, com a finalidade de atender ao consumidor, surgiram novas exigências em relação conforto, durabilidade da edificação e segurança estrutural, principalmente através da norma NBR15575 (ABNT, 2013) e do Código do Consumidor. Com esta situação os direitos e obrigações passam a exigir não somente da empresa responsável pela construção do empreendimento, mas também, dos proprietários das unidades, a forma correta de uso, operação e manutenção da edificação através das instruções e diretrizes contidas no Manual da Edificação. 2.1 ABNT NBR 14037: MANUAL DE OPERAÇÕES, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Estabelece o conteúdo a ser incluído no Manual de operação, uso e manutenção das edificações com recomendações para sua elaboração e apresentação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011). A norma apresenta recomendações e requisitos mínimos para elaboração e apresentação dos conteúdos a serem incluídos nos manuais das edificações, que devem ser elaborados e entregues pelo responsável pela edificação, conforme legislação vigente, de modo a: a) Informar aos proprietários das unidades autônomas e ao condomínio as características técnicas na edificação. b) Informar em linguagem adequada os procedimentos recomendáveis e obrigatórios para o uso, conservação e manutenção do edifício. c) Recomendar ações que contribuam para estender a vida útil do projeto. d) Recomendar ações para prevenir a ocorrência de falhas ou acidentes decorrentes de uso inadequado;

20 20 e) Fornecer Informações e procedimentos recomendáveis para um melhor aproveitamento da edificação As informações apresentadas no manual devem ser escritas em linguagem acessível, de modo a facilitar a compreensão por parte do usuário da edificação, contendo um nível de detalhamento compatível com a complexidade do empreendimento. De mesmo modo, a empresa responsável pela execução empreendimento deve certificar-se que os materiais e equipamentos empregados na obra atendam os requisitos especificados. Arquivar documentos importantes como os termos de garantias, notas fiscais, contratos, manuais dos fabricantes, de modo a entregar ao proprietário ou síndico, mantendo uma cópia dos mesmos no arquivo da empresa. 2.2 ABNT NBR 15575: DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS A norma contempla as obrigações profissionais em todas as etapas da construção de um empreendimento e durante a vida útil da edificação, com destaque para os deveres e obrigações dos usuários quanto à conservação do imóvel a fim da obtenção de sua garantia e vida útil (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013). Além disso, o documento estabelece as exigências mínimas de desempenho requeridas pelo usuário no que se referem à segurança, habitualidade e sustentabilidade, obrigando as empresas do setor da construção civil a conceberem e executarem as obras para que o nível de desempenho especificado em projeto seja mantido ao longo da vida útil da edificação. 2.3 ABNT NBR 5674: MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES Publicada em Julho de 2012, a norma descreve de forma objetiva a obrigatoriedade da elaboração de um programa de manutenção predial, de maneira a preservar e estender a vida útil das edificações em razão da degradação natural e do próprio desempenho dos sistemas, elementos e componentes da edificação. Seja essa rotina de atividades desenvolvidas por uma equipe de manutenção local ou empresa especializada. 2.4 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR O Código de Defesa do Consumidor estabelece exigências para as relações entre produtores e consumidores ao mesmo tempo em que impõe pesadas sanções aos responsáveis

21 21 técnicos quando o produto apresentar falhas em uso ou vícios de construção, vedando a colocação no mercado de qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas técnicas brasileiras elaboradas pela ABNT. Empresas do ramo da construção civil estão explicitamente citados no Código de Defesa do Consumidor. No cenário atual, é de suma importância para as empresas atuantes nesse setor da indústria a manter características como: tradição, longevidade e seriedade. E de modo a manter essas características é importante que as empresas desse setor respeitem os direitos dos consumidores (LASTE, 2012). O Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990, p. 2), através de seu artigo 6., Parágrafo 1., informa que é direito básico do consumidor gozar proteção à vida, saúde e segurança contra os ricos provocados por práticas do fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. No parágrafo 2. do mesmo artigo é exigido que o consumidor seja educado e informado sobre o uso e o consumo adequado dos produtos e serviços. Portanto, é dever da empresa construtora, ao colocar seu produto no mercado, fornecer através do Manual de Uso, Operação e Manutenção da edificação informações que garantam a integridade do usuário e do imóvel de forma que ele possa utilizar plenamente a edificação sem nenhum risco à integridade de ambos. De mesmo modo, o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 50., exige que qualquer produto colocado no mercado deve ser entregue acompanhado de manual de utilização e/ou instalação, elaborado em linguagem didática, com ilustrações explicativas, informações corretas e precisas.

22 22 3 CONCEITOS BÁSICOS 3.1 MANUTENÇÃO Manutenção é definida como o conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou recuperar a sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender às necessidades e segurança dos usuários (NBR , 2013). A mesma norma esclarece que a manutenção é economicamente relevante no custo global do empreendimento, não podendo ser realizada de modo improvisado, sendo entendida com um serviço técnico especializado. A manutenção predial abrange questões muito além de manter a edificação em bom estado, como questões legais, sociais, econômicas e ambientais sendo algumas variáveis que estão envolvidas no processo de manutenção. Ao mesmo tempo em que o procedimento de manutenção predial contribui para a garantia da vida útil de um imóvel, o mesmo é importante para a preservação das fontes de recursos naturais, à media que esse processo evita a necessidade de construção de um novo empreendimento (FERREIRA, 2010, p.13) Com base no diagrama apresentado na figura 1, é percebido que a manutenção predial não se aplica apenas na fase de pós-ocupação do empreendimento, mas deve ser entendida como um conceito que abrange todas as fases do empreendimento. Uma vez que, as decisões tomadas nas etapas anteriores ao pós-ocupação irão influenciar na manutenibilidade da edificação. Figura1: Diagrama dos fatores relacionados com a manutenção de um edifício Fonte: (FERREIRA, 2010).

23 23 Além disso, como sugere a figura 1, a empresa e os profissionais responsáveis pelo edifício podem se aproveitar da situação de modo a aprender com o que já foi realizado. Ou seja, após a entrega do imóvel pode ser realizada uma retroalimentação das etapas anteriores o que tange à aplicabilidade ou não de uma determinada solução anteriormente adotada em outros empreendimentos (FERREIRA, 2010, p.25) Manutenção rotineira Segundo a NBR 5674 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012), esse tipo de manutenção se baseia em serviços de menor complexidade e padrão definido, com fluxo constante de serviços, podendo ser executados por uma equipe de manutenção permanente da edificação Manutenção preventiva Tipo de manutenção caracterizada por exigir um planejamento prévio para execução dos serviços, os quais podem ser solicitados pelos usuários ou pelo programa de manutenção da edificação. Esse tipo de serviço tem por finalidade tratar das condições de durabilidade dos componentes em questão (NBR 5674, 2012) Manutenção corretiva De acordo com a NBR 5674 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012), a manutenção corretiva é definida como o conjunto de serviços emergenciais ou essenciais que necessitam intervenção imediata para que o imóvel continue atendendo os requisitos mínimos de desempenho e segurança ao usuário Manutenibilidade da edificação De modo geral, uma edificação apresenta uma característica que a diferencia dos demais bens, uma vez que a mesma apresenta uma vida útil consideravelmente grande, e para que esse prazo seja realmente alcançado com um bom funcionamento dos sistemas que a compõe, é fundamental a prática da manutenção (FERREIRA, 2010, p.20).

24 24 A etapa de manutenção sempre foi entendida como um processo que se inicia apenas após a entrega do empreendimento aos proprietários, durante a etapa de pós-ocupação. Porém, mesmo essa etapa concentrando um maior esforço com o processo de manutenção, é importante levar em conta o processo de manutenção predial desde o momento da concepção da edificação, pois são nas etapas anteriores à entrega da edificação que importantes decisões, que podem influenciar na manutenibilidade da edificação, são tomadas. Deste modo, todos os projetos que compõe o empreendimento devem ser desenvolvidos já levando em conta facilitar as manutenções ao longo da vida útil da obra. A manutenção da edificação, conforme a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), consiste no conjunto de atividades a serem realizadas à fim de conservar ou recuperar a capacidade funcional do edifício, bem como de seus componentes e sistemas, de modo a manter um bom desempenho durante a utilização e atender às necessidades de segurança dos usuários. A mantenabilidade segundo Zanotto et al (2015, p. 284), é a medida da facilidade de manutenção, que deve receber devida importância na fase de concepção do empreendimento à partir da crescente demanda dos usuários por imóveis mais duráveis e a preocupação com a redução dos custos de manutenção ao longo da vida útil da edificação. Ademais, a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013) estabelece como critérios de manutenibilidade o favorecimento das condições de acesso para inspeção e manutenção predial. Condição que se define pela elaboração de um sistema de manutenção organizado e adequado às operações de usos da edificação e a correta informação ao proprietário do imóvel através do Manual de Uso, Operação e Manutenção. 3.2 DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DA EDIFICAÇÃO Durante a década de 1990, houve um forte movimento para introdução e caracterização do conceito de vida útil das edificações, a definição desse conceito foi motivada pela necessidade de avaliação do desempenho econômico, bem como do planejamento da manutenção do empreendimento (ROQUE. MORENO JÚNIOR, 2005). Segundo Isaia (2011), o termo durabilidade está ligado a capacidade do produto em manter seu desempenho e suas características as quais o mesmo foi projetado, durante um período de tempo. Ou seja, durabilidade significa que determinada edificação terá um desempenho contínuo satisfatório para as finalidades as quais ela foi concebida e projetada,

25 25 mantendo sua resistência e condições normais de serviço durante a vida útil especificada ou esperada. A vida útil de uma edificação depende da vida útil adotada em projeto e, principalmente, da periodicidade e efetividade das manutenções realizadas no imóvel (ROQUE. MORENO JÚNIOR, 2005, p. 4). Assim, fica evidente a importância da elaboração de um manual da edificação contemplando a etapa de manutenção predial a fim de estender a vida útil e a durabilidade do edifício e de todos os seus componentes e sistemas Vida útil de projeto (VUP) É o período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos na norma de desempenho, NBR 15575, considerando os requisitos das normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no Manual da Edificação. A Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece, através da NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013), os requisitos mínimos de desempenho a serem atendidos pela edificação quanto a segurança, habitabilidade e sustentabilidade. Além disso, o documento expõe que a vida útil de uma edificação é variável individualmente para cada sistema que compõe a mesma, conforme a figura 1. Figura 2 Vida útil de projeto (VUP) segundo a NBR Fonte: (KELCH, 2016).

26 Vícios e defeitos Toda empresa atuante na indústria da construção civil tem, como primeiro dever legal, assegurar e responder pela perfeição da edificação executada. Tanto o responsável técnico pelo projeto e execução do empreendimento, quanto o incorporador e o construtor respondem pela imperfeição da obra, pois lhes é dever de edificar em consonância com as boas técnicas e metodologias construtivas. Assim como na aquisição de um produto de qualquer natureza, ao comprar um imóvel, são necessárias garantias de que o mesmo é entregue em perfeitas condições de uso, e de acordo com o memorial descritivo do empreendimento e as normas técnicas vigentes. Segundo o Código de Defesa do Consumidor (Brasil, 1990), o produto é considerado defeituoso quando o mesmo não oferece a segurança esperada, de maneira que possa apresentar riscos à integridade de quem possa estar usufruindo o mesmo. Ou seja, o defeito se define como falhas no produto que podem afetar a saúde e a segurança do consumidor. O vício está intimamente ligado à qualidade ou quantidade do produto, de modo que o mesmo se torne inadequado ao consumo ou diminuindo-lhe o valor. Segundo a NBR (ABNT, 1996), vícios são anomalias, decorrentes de falha de projeto ou execução, ou da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção, que afetam o desempenho do produto, tornando-o inadequado ao fim a que se destina, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. De acordo com Grandiski (2013), os vícios podem ser classificados como aparentes ou ocultos, sendo o primeiro caracterizado pela apresentação de falhas construtivas facilmente detectáveis pelo consumidor, e o segundo caracterizado por falhas inexistentes no ato de entrega, mas que se apresentam futuramente durante a fase de utilização do produto. Tabela 1 - Prazos para reclamação do proprietário pelos vícios Fonte: (AMBROSIO, 2017, p. 34).

27 Desempenho A degradação da edificação ou de seus componentes, e a consequente redução de desempenho é um problema frequente, que ocorre pincipalmente devido ao envelhecimento precoce dos mesmos desencadeado por problemas de projeto e execução e a falta de manutenção (POSSAN; DEMOLINER, 2013, p.2). Desempenho de uma edificação pode ser definido como o comportamento da mesma durante a fase de utilização. Comportamento que abrange as questões mínimas de habitabilidade necessárias para que o usuário possa utilizá-la com segurança e conforto. A NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010) define desempenho como sendo o comportamento que a edificação e seus sistemas apresentam durante a utilização dos mesmos. Para possuírem um desempenho adequado, os sistemas que compõe uma edificação devem ser capazes de cumprir e manter todos os requisitos e especificações durante a vida útil do imóvel.

28 28 4 MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES: O Código de Defesa do Consumidor exige do consumidor ou fabricante o fornecimento de informações adequadas a respeito do uso, manutenção e riscos dos produtos comercializados. Desse modo, todas as empresas do ramo da construção civil, ao colocar um imóvel à venda no mercado, tem por obrigação o fornecimento de um manual para o proprietário dessa edificação. O manual da edificação tem por função principal orientar o proprietário no uso correto do imóvel para melhor aproveitamento do mesmo, e da mesma forma, conter instruções para lidar com situações de reforma e manutenções, prevenir ocorrência de falhas e acidentes decorrentes do mau uso do imóvel, orientar sobre os materiais que podem ser utilizados para reparos, o que pode ser nocivo à estrutura da edificação e a quem o usuário deve recorrer para buscar suporte técnico. Outras informações importantes que devem ser contempladas pelo documento são, preferencialmente, cópias dos projetos as built da edificação, informações sobre o padrão de materiais utilizados em área comum, como batentes ou esquadrias, e determinar restrições para reformas que possam comprometer a coerência da fachada da edificação. O Manual de Operação, Uso e Manutenção é um dos mais importantes documentos fornecidos ao proprietário de um imóvel. É nele que estão descritas as inter-relações dos incorporadores e condomínios, e as regras para se ter direito a garantias. O mesmo contém informações que se referem à utilização e a manutenção da edificação, bem como à forma correta de manter as sua conservação (ANTONIAZZI, 2012, p. 12). Apesar de no contexto atual as empresas construtoras não darem a devida importância a esse documento, o mesmo é de fundamental importância para a gestão da entrega de empreendimentos da empresa, uma vez que esclarece as responsabilidades dos construtores no que diz respeito à garantia de atendimento da vida útil da edificação, bem como garante o máximo de informações aos proprietários e ao condomínio sobre a edificação. Também esclarece as diretrizes fundamentais para a correta forma de manutenção do edifício, de modo a prevenir danos decorrentes do mau uso, assegurando a durabilidade, vida útil, e possibilitando maior economia no caso da necessidade de futuras intervenções. Desse modo, a entrega desse manual, é sem dúvidas, importante para ambas as partes. Uma vez que que o proprietário tem em mãos um documento que o auxiliará na manutenção de se imóvel, garantindo o seu funcionamento, valorização no mercado imobiliário e uma extensão de sua vida útil. De outro lado, o construtor pode se isentar de certas

29 29 responsabilidades quando comprovado que o usuário não seguiu as orientações contidas no documento. 4.1 MANUAL DO PROPRIETÁRIO Deve ser elaborado o Manual do Proprietário específico para a unidade autônoma, abrangendo os itens e componentes utilizados na construção do imóvel, contendo suas respectivas descrições, bem como as operações necessárias para o correto uso desses, e informações a respeito das atividades necessárias para manutenção dos mesmos. Além disso, os clientes devem ser informados da importância da manutenção de sua unidade, bem como de sua responsabilidade proporcional à sua condição de condômino na manutenção das áreas comuns do condomínio (CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2014, p. 31). 4.2 MANUAL DAS ÁREAS COMUNS Da mesma forma, as áreas comuns do condomínio, também requerem cuidados específicos para o seu uso, operação e manutenção. A fim de orientar o síndico a respeito das informações relevantes para utilização e conservação do patrimônio de uso comum da edificação, é recomendado que o manual do síndico também faça parte integrante da documentação do condomínio, com o mesmo servindo de guia para uma melhor administração do condomínio. O documento é elaborado com a finalidade de transmitir as informações referentes ás áreas de uso comum da edificação, estabelecendo condições de uso, operação, manutenção para as mesmas. Além disso, o manual deve contemplar as condições de garantias, e orientar, de forma genérica sobre a conservação e manutenção da edificação. Durante a entrega da edificação, é aconselhável a entrega de um documento que contemple as características da edificação e aconselhe o síndico na implantação de uma gestão de manutenção. É de responsabilidade da construtora ou incorporadora elaborar um manual definitivo em linguagem apropriada e com as especificidades da edificação as built, para as áreas de uso comum do imóvel, conforme a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011). A abordagem e extensão das informações devem ser de acordo com a complexidade do produto e de seus equipamentos. O síndico ao se eleger, recebe a incumbência de zelar

30 30 pelo condomínio, conforme a legislação vigente. A negligência perante os serviços de manutenção rotineira e preventiva pode significar a desvalorização do patrimônio coletivo, além de acarretar em risco de comprometer a vida útil dos sistemas construtivos. 4.3 O DEVER DE INFORMAR E A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO O dever de transmitir a informação baseia-se no reconhecimento de um déficit informacional do consumidor perante o fornecedor, uma vez que este último detém o conhecimento especializado acerca do processo de produção e fornecimento dos produtos e serviços no mercado (SOARES, 2011, p.1). Segundo o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990), em seu artigo 4º, é garantido ao consumidor, nas relações de consumo, os princípios do atendimento de suas necessidades, respeito à sua dignidade, segurança, bem como a transparência e harmonia nessas relações. É esse princípio da transparência que garante ao consumidor o direito à informação clara e correta sobre o produto adquirido e o contrato a ser firmado. O relacionamento entre a empresa construtora e o cliente é um fator crucial para o desenvolvimento e o êxito de um empreendimento. Fornecer instruções de utilização, informações técnicas, procedimentos de manutenção, informações legais e um suporte de atendimento pós-venda são formas importantes de aproximação do fabricante com o seu cliente (AMBRÓSIO, 2017, p. 12). E de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, CBIC, empresas do ramo da construção civil que adotaram esse procedimento demonstram grande melhoria na gestão de entrega dos empreendimentos, bem como no processo de pós-venda e assistência técnica, melhorando a imagem da empresa frente ao cliente. 4.4 Elaboração do Manual da Edificação A elaboração do manual é de obrigação do responsável pela produção da edificação e pela entrega formal do mesmo ao primeiro proprietário da edificação. O documento deve ser entendido como um serviço técnico e executado por profissionais qualificados para tal. A elaboração do Manual de Operação, Uso e Manutenção da edificação demanda uma ampla coleta de dados que se inicia ainda na fase de planejamento do empreendimento, somente se encerrando ao final da execução do mesmo (ANTONIAZZI, 2012, p ).

31 31 A figura 3 apresenta as fases do processo construtivo de uma edificação e a documentação gerada durante esse período. Figura 3 As fases do processo construtivo e documentação gerada Fonte: SANTOS (2003, p.19) Coleta dos dados e informações para a elaboração do documento Na indústria da construção civil, um dos fatores cruciais para o sucesso de um empreendimento é o planejamento, uma vez que essa é uma tarefa complexa que envolve todos os aspectos e fases da obra. A elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção da Edificação, de mesmo modo, é um processo que se estende durante todas as fases do empreendimento. A manutenção de um edifício ocorre, evidentemente, durante a etapa de uso e operação do mesmo, porém, tanto a demanda de serviços quanto a manutenibilidade dos sistemas que compõe a edificação começam a ser determinados já nas primeiras etapas de um empreendimento, se estendendo por todas as etapas desse. (SANCHES, 2010, p. 57). A qualidade de desempenho da etapa de operação, uso e manutenção de uma edificação é resultado de todas as etapas anteriores (planejamento, projeto e execução), pois são essas que determinarão as medidas preventivas e corretivas desempenhadas pelos usuários do imóvel.

32 32 A coleta de dados para elaboração do manual da edificação deve ter início ainda na fase de planejamento do empreendimento, pois, segundo Antoniazzi (2012, p. 23) é nessa etapa que o mesmo começa a adquirir suas características, uma vez que são definidos os sistemas construtivos e materiais que serão empregados, definições de requisitos mínimos de habitabilidade até a parte de gestão e controle do empreendimento. Durante a fase de projeto ocorrem as especificações de todos os elementos e componentes do empreendimento. As decisões e especificações resultantes da etapa de projeto influenciam diretamente no desempenho e manutenibilidade da edificação, pois são essas, que definem a demanda do tipo da manutenção necessária, a frequência da realização da mesma e os custos desses procedimentos (SANCHES, 2010). A fase de execução tem se mostrado como a etapa mais importante para a elaboração do Manual da Edificação, pois segundo SANTOS (2013, p ), é essa que demanda uma maior atenção a fim de buscar o melhor desempenho da edificação tanto em termos de gerenciamento, quanto relativo às técnicas construtivas. Além disso, as decisões tomadas nessa etapa tem grande capacidade de influenciar o resultado final do empreendimento. Diante disso, é evidente a necessidade de garantir uma efetiva coleta e registro das informações durante todas as etapas do processo construtivo, principalmente quanto as alterações ocorridas durante a faze de execução, que deverão ser registradas e mantidas atualizadas. Desta maneira, ao elaborar o Manual da Edificação, as informações que serão apresentadas no mesmo estarão sistematizadas de tal modo a facilitar a elaboração do documento Etapa de uso, operação e manutenção da edificação Ao término das etapas do processo construtivo apresentadas acima, tem-se a fase de uso, operação e manutenção, que se inicia logo após a entrega do empreendimento. Segundo Souza et al. (1995, p.200), essa etapa é de fundamental importância, uma vez que é de interesse da empresa responsável pela obra garantir a satisfação de seus clientes. Desse modo, é necessário que a empresa forneça informações corretas e detalhadas sobre os procedimentos adequados a fim de proporcionar um melhor aproveitamento do imóvel a fim de prolongar a vida útil da edificação e minimizar os gastos com manutenção. Diante disso, o manual do proprietário se apresenta como uma importante ferramenta de comunicação entre a construtora e o proprietário.

33 33 5 CONTEÚDOS A SEREM APRESENTADOS NO MANUAL DA EDIFICAÇÃO No documento, o usuário da edificação deverá encontrar informações precisas sobre prazos e termos de garantia, materiais utilizados na edificação, responsáveis técnicos pela elaboração dos projetos, características das instalações, fornecedores dos componentes da edificação, responsáveis pela assistência técnica, localização e especificações de equipamentos. Como, muitas vezes, desenhos esquemáticos e termos técnicos podem não ser devidamente entendidos pelo usuário leigo, a norma NBR (ABNT, 2014) recomenda a utilização de linguagem simples e direta, e recursos gráficos como ilustrações, de modo a facilitar o entendimento por parte do usuário da edificação. De mesmo modo, os itens devem ser divididos em capítulos, de forma a facilitar a busca por informação. O documento deve ser elaborado em linguagem simplificada, utilizando material gráfico adequado para facilitar a leitura e entendimento do material por parte dos usuários. 5.1 TERMOS DE GARANTIA DO IMÓVEL Segundo o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990), garantia é o direito básico do consumidor de receber um produto de qualidade, próprio e adequado para o consumo. De mesmo modo que o produto deve possuir uma vida útil, definida pelo período de tempo no qual o produto deve manter condições satisfatórias para sua utilização, sem apresentar vícios ou defeitos, desde que realizados adequadamente os programas de manutenção necessários (DEL MAR, 2007, p. 196). Os prazos e condições de garantia dos componentes empregados no imóvel deverão estar de acordo com aqueles estipulados pelos produtores, fabricantes e/ou fornecedores, através de suas respectivas Associações de Fabricantes, as quais chancelam este documento. Exceto quando houver definição expressa diferentemente apresentada pela própria garantia, os prazos contam a partir da data de expedição do Auto de conclusão (habite-se) emitido pelo órgão competente responsável, e para outros componentes, a partir da emissão da respectiva nota fiscal (SINDICATO DA INDÚSRTIA DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DO PARÁ, 2010, p. 29). Os prazos constantes no documento devem ser estabelecidos com as normas técnicas e leis vigentes, contemplando os principais itens das unidades autônimas e de áreas comuns.

34 34 A entrega do Termo de Garantias do imóvel, além de ser requisito legal, traz maior segurança na relação de ambas as partes, deixando claro desde o momento da entrega do imóvel os direitos e obrigações dos clientes e incorporadores e construtores (CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2013, p. 3). Além disso, notas fiscais, contratos, manuais dos fabricantes de materiais e equipamentos e dos prestadores de serviços, e todos os demais documentos relevantes citados na norma ABNT NBR devem ser guardados e entregue ao proprietário do imóvel Garantia legal e contratual As condições e prazos de garantia normalmente não são previstos nos contratos e, muitas vezes, a empresa responsável pela construção pode assumir a premissa de que suas obrigações com a obra estão encerradas uma vez que o empreendimento foi entregue. Porém, o construtor deve prever em contrato essas condições de garantias e assistência técnica, de modo a criar um contrato claro e transparente. (ROCHA; FERREIRA; SILVA, 2012, p.39). A garantia legal existe independentemente de termo escrito, pois a mesma decorre da lei, sendo obrigatória, incondicional, irrestringível e inegociável. Desse modo, a lei assegura o direito de chamar à responsabilidade a empresa construtora independentemente da prova de sua culpa (LASTE, 2012, p. 43). Ademais, segundo o Código de Defesa do Consumidor (Brasil, 1990), a garantia legal, por decorrer da lei, não pode ser suprimida total ou parcialmente, pela vontade das partes. Em contrapartida, a garantia contratual tem livre conteúdo e se manifesta em termos escritos de um contrato (MELLO, 2010, p. 31). Sendo a mesma um complemento da garantia legal, facultada pelo fornecedor, através de termo escrito, padronizado, de modo a esclarecer em eu consiste a garantia, contemplando um prazo compatível com o prazo estabelecido de desempenho do produto. Deste modo, observa-se que a garantia legal e contratual são sistemas diferentes de modo que a garantia legal é obrigatória e obriga o fornecedor a resolver as patologias apresentadas no produto, quando o mesmo não apresentar com funcionalidade adequada, assim como indenizar o consumidor por perdas ou danos. Já a garantia contratual se manifesta de maneira voluntária e visa complementar a garantia legal, obrigando o fornecedor a manter o produto em bom estado o objeto da garantia durante o prazo fixado em contrato.

35 Perdas de garantias Em uma edificação são empregados diversos tipos de materiais que, a fim de terem uma durabilidade prolongada, dependem do uso adequado e da boa conservação. Ao receber o empreendimento, a responsabilidade pela conservação e manutenção de todos os sistemas que compõe a edificação passa a ser de todos os condôminos, independente das garantias legais que lhes são asseguradas. Com base no que define a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), o usuário da edificação tem por obrigação proceder com todas as manutenções preventivas do imóvel conforme as orientações do manual de uso, operação e manutenção. De mesmo modo, o condomínio possui a obrigação de realizar a manutenção periódica das áreas comuns conforme determina a NBR 5674 a qual estabelece os requisitos para a gestão do sistema de manutenção predial, sob pena de perca de garantias sobre o imóvel. São alguns exemplos de situações nas quais o usuário perderá o direito à garantia dos componentes do imóvel: Se durante o prazo de vigência da garantia não for observado o que dispõe o Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações e a NBR 5674 Manutenção da Edificação, no que diz respeito à manutenção preventiva correta, para imóveis habitados ou não; Se, nos termos do artigo 393 do Código Civil, ocorrer qualquer caso fortuito, ou de força maior, que impossibilite a manutenção da garantia concedida; Se for executada reforma ou descaracterização dos sistemas na unidade autônoma, unidades vozinhas (com repercussão na unidade em pauta) ou áreas comuns, com fornecimento de materiais e serviços pelos próprios usuários; Se houver danos por mau uso, ou não respeitando os limites admissíveis de sobrecarga nas instalações e estruturas; Se os proprietários ocupantes não permitirem o acesso do profissional destacado pela Construtora e/ou Incorporadora, nas dependências de unidade e nas áreas comuns, para proceder à vistoria técnica ou serviços de assistência técnica; Se forem identificadas irregularidades na vistoria técnica e devidas providências sugeridas não forem tomadas por parte do proprietário ou do condomínio;

36 36 Se não for executado o Programa de Manutenção Preventiva de acordo com a NBR 5674 Manutenção da Edificação Os demais fatores que possam acarretar a perda da garantia devem estar descritos nas orientações de uso e manutenção do imóvel para os sistemas específicos. 5.2 ASSISTÊNCIA TÉCNICA Segundo a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 6), o Manual de Uso, Operação e Manutenção da Edificação deve apresentar o procedimento no qual o construtor se obriga a prestar o serviço de pós venda ao cliente, para orientações e esclarecimentos de possíveis dúvidas referentes à manutenção e assistência técnica. Neste capítulo deverão constar informações referentes ao direito do proprietário em requerer substituição de equipamentos ou componentes defeituosos, bem como reparos em sua edificação. De mesmo modo, neste capítulo do Manual de Uso, Operação e Manutenção da Edificação deverão ser apresentadas informações de como a empresa responsável pela construção do empreendimento deverá se portar ao ser solicitada pelo contratante. Ao ser solicitada pelo cliente, a construtora deverá saber como proceder, é importante adotar um procedimento padrão para análise da solicitação para, no menor tempo possível, contatar o cliente a fim de realizar uma vistoria para avaliação da reclamação, e se mesma se mostrar procedente, programar a realização do serviço a fim de sanar o problema. Ao realizar a vistoria, é importante atentar para as garantias e responsabilidades sobre o problema comunicado, a fim de avaliar se os mesmos são resultados de mau uso da edificação, nesse caso, se comprovado, a empresa se exime da responsabilidade de reparar o problema. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, durante o atendimento, quando a solicitação de assistência técnica for julgada pertinente e dentro do prazo de garantia do imóvel, a empresa construtora deverá sanar o vício em um prazo de 30 dias contados à partir da comunicação do mesmo ao fornecedor. Não sendo resolvidas as irregularidades, o consumidor reclamante terá o direito de exigir a substituição do produto por outro, da mesma espécie e nas mesmas condições ou a restituição imediata do valor atualizado mediante a devolução do imóvel ou, ainda, o abatimento do valor proporcional ao defeito. Também poderá ser incluída no documento a informação de que constatando-se na visita de avaliação dos serviços solicitados à empresa construtora, que os mesmos não se enquadram nas condições de garantia, será cobrada uma taxa de visita e não caberá ao

37 37 construtor a execução desses (SINDUSCON MG). Neste caso, quando a solicitação não se apresentar dentro do prazo de garantia ou for resultado do mau uso da edificação, é importante para a empresa fornecer um bom atendimento, procurando orientar o cliente, prestando um auxílio técnico, prezando pela boa imagem da empresa. É recomendável que as solicitações de assistência técnica sejam realizadas pelos clientes por meio escrito, através de documentos padronizados e objetivos, preferencialmente com modelo fornecido pela própria empresa construtora. Segundo Souza et al. (1995, p. 209), ao término dos reparos, é importante coletar o termo de recebimento dos serviços, no qual o cliente se demonstra satisfeito com o serviço prestado pela empresa e garante que a falha foi corrigida. 5.3 MEMORIAL DESCRITIVO No memorial descritivo da edificação, encontram-se as especificações técnicas de todos os componentes empregados do edifício. O mesmo tem como papel auxiliar na comunicação entre o construtor e o proprietário do imóvel quanto a condições do mesmo, protegendo a empresa contra eventuais problemas. Como por exemplo, características não previstas no projeto que possam a vir ser exigidas pelo cliente. Segundo a NBR (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), neste capítulo, deve ser apresentado uma descrição escrita e ilustrativa da edificação conforme construída, ou seja, os projetos as built. Deverá conter informações sobre as cargas estruturais, cargas elétricas e descrição dos sistemas e equipamentos que compõe a edificação. Além disso, o mesmo deve contemplar aspectos relevantes ao usuário da edificação como a relação dos componentes utilizados para acabamentos e suas especificações. 5.4 PROJETOS AS BUILT A construção de um imóvel ainda é um processo artesanal, e durante sua execução, o projeto está sujeito a sofrer alterações, a revisão As Built, indica que é a revisão final. Encontrado na NBR , a expressão de origem inglesa As Built, na área da arquitetura ou engenharia significa como construído. É importante para a elaboração do manual da edificação, que seja feito o levantamento e a verificação de todas as medidas existentes na mesma, transformando as informações coletadas e aferidas em desenhos técnicos de modo a

38 38 representar a real situação da edificação quanto ao trajeto de instalações elétricas, hidrossanitárias, telecomunicações, etc. O As Built devidamente elaborado e atualizado é uma confiável fonte de informação para o início de uma reforma, minimizando o risco de acidentes ou eventuais transtornos que possam ocorrer da ausência de um projeto atualizado da edificação (SILVA, 2013 p.33). Para se obter corretamente as informações necessárias para elaborar o projeto as built é recomendando a verificação dos projetos executivos, diários de obra e, sobretudo, a verificação in loco do que realmente foi executado. Caso não seja possível definir com precisão a localização dos componentes da edificação, quando as tubulações e eletrodutos embutidos na alvenaria já estão executadas, recomenda-se garantir uma margem de segurança em relação a esses sistemas embutidos quando repassados os projetos aos usuários. Deste modo, para facilitar a compreensão do proprietário do imóvel, é recomendado o fornecimento de projetos e desenhos esquemáticos com nível de detalhamento de acordo com a complexidade do sistema em questão, de modo a representar a posição das instalações da edificação, orientando o usuário sobre perfurações, indicando os locais aonde poderá ter algum risco de atingir alguma tubulação, eletrodutos, ou qualquer outro componente da edificação. O apêndice 1, incluído ao final do presente trabalho apresenta alguns exemplos de projetos e ilustrações desenvolvidos de modo a facilitar ao máximo o entendimento do usuário leigo, e de acordo com a complexidade de cada sistema, conforme a norma NBR (ABNT, 2014). Os mesmos foram desenvolvidos pelo autor deste trabalho para um Manual de Uso, Operação e Manutenção de um edifício residencial multifamiliar. 5.5 FORNECEDORES E RESPONSÁVEIS PELA EDIFICAÇÃO Este capítulo do manual deverá informar ao usuário dados para contatos de todos os fornecedores envolvidos no empreendimento, bem como projetistas, técnicos, entre outros dados relevantes. É de extrema importância para o proprietário estar ciente de quem se deve contatar em caso de certo equipamento ou sistema apresentar falha. A tabela 2 apresenta um modelo para apresentação da relação dos profissionais responsáveis pela edificação, enquanto a tabela 3 apresenta um exemplo para apresentação dos fornecedores dos materiais que compõe a edificação.

39 39 Tabela 2 Exemplo de relação de profissionais responsáveis pela edificação. Serviço Projeto arquitetônico Projeto elétrico e SPDA Projeto estrutural Projeto Hidrossanitário e Proteção de combate a incêndio (PPCI) Execução da obra Projeto/execução das fundações Profissional responsável Resp. Técnico: Registro CAU: Eng. Eletricista: CREA: Eng. Civil: CREA: Eng. Civil: CREA Eng. Civil: CREA Eng. Civil/Empresa responsável: CREA Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Contato Fonte: Elaborado pelo autor. Tabela 3 Exemplo de relação de fornecedores dos materiais componentes da edificação. Material Empresa Contato Acabamento de superfície sobre o reboco interno Automatização de portões e interfones Telefone: Telefone: (continua) Chaminés, calhas, capamuros, algeroz e elementos em aluzinco Telefone:

40 40 Disjuntores Elevadores Esquadrias em alumínio Execução inst. elétricas, telefônicas, SPDA Execução instalações hidrossanitárias Fios e cabos elétricos Forro em gesso acartonado Impermeabilizações Instalações de gás GLP Impermeabilizações no poço do elevador Louças sanitárias Metais sanitários / Registros hidráulicos Pedras e granitos Argamassa colante e rejuntes Piso porcelanato (fabricante) Piso porcelanato (instalação) Piso laminado (fabricante) Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone:

41 41 Portas de madeira Portas (instalação) Tinta, massa corrida e textura Serralheria Telhados Tomadas e interruptores Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: Fonte: Elaborado pelo autor. 5.6 CUIDADOS E RECOMENDAÇÕES PARA O USO ADEQUADO DA EDIFICAÇÃO Para um melhor aproveitamento da edificação por parte do usuário, o manual deve apresentar um capítulo no qual sejam apresentadas informações a respeito do correto uso do imóvel, bem como procedimentos para manutenção do mesmo, contemplando todos os sistemas que constituem a edificação Estrutura da edificação A estrutura se caracteriza por ser a parte mais resistente de uma construção, são os elementos estruturais que absorvem e transmitem os esforços, desempenhando um papel essencial para a manutenção da segurança e da solidez da edificação. Desta forma, a estrutura tem por função garantir a forma espacial idealizada garantindo integridade à edificação por ta Desse modo, o usuário da edificação deve ser orientado sobre as peças estruturais (pilares, lajes e vigas) da edificação, de modo a estar informado de que as mesas não podem ser removidas total ou parcialmente, não devem ser sobrecarregadas além dos limites previstos em projeto, e se danificadas como, por exemplo, tiverem suas armaduras expostas-, precisam ser reparadas imediatamente. Também é importante frisar que a alteração de quaisquer dessas peças estruturais pode acarretar em danos graves a segurança estrutural do edifício, bem como para a colocação de

42 42 cargas concentradas sobre as lajes, tais como equipamentos ou móveis de grande porte, recomenda-se consultar o profissional responsável pela obra ou um profissional especializado Vedações da edificação As vedações constituem um subsistema da edificação formados pelos elementos que definem e limitam verticalmente o edifício e seus ambientes internos e controla a passagem e agentes indesejáveis. Esse sistema está associado ao cumprimento e alguns requisitos de desempenhos como: segurança estrutural, isolação térmica, isolação acústica, estanqueidade, segurança ao fogo, durabilidade e economia (OLIVEIRA, 2013, p.16). Para a manutenção do desempenho e das características as quais esse sistema foi concebido, algumas orientações são importantes de serem seguidas. No sentido de preservar e garantir a vida útil das vedações da edificação, o Manual da Edificação deve orientar sobre a função das paredes de alvenaria que são concebidas para suportar o seu peso próprio e cargas de ocupação como armários e prateleiras, desde que corretamente instalados. Além disso, qualquer reforma que venha a ser feita no imóvel deve ser executada levando em consideração aspectos técnicos de estabilidade, segurança, conforto térmico, acústico e estanqueidade. Antes de perfurar paredes para a fixação de móveis ou quaisquer objetos, é necessário a certificação de que a alvenaria resiste ao peso do elemento a ser fixado, assegurando que não haverá agressão alguma às instalações embutidas na mesma. De modo a evitar acidentes, é essencial evitar abrir furos perto do quadro de distribuição de energia, de tomadas, interruptores, válvulas e torneiras. De mesmo movo, o cuidado deve ser maior ao perfurar paredes de banheiros, áreas de serviço ou cozinhas, devido à presença de instalações hidrossanitárias ou de gás, nestes casos, verificar os esquemas em anexos que mostram os detalhes das paredes críticas. No caso de sistemas de vedações menos convencionais, como o Drywall, é ainda mais importante a necessidade de informar sobre a forma de manutenção do sistema, como por exemplo, a maneira mais adequada para limpeza e fixação de objetos ou móveis nas paredes, sempre seguindo as orientações dos fabricantes ou instaladores à fim de garantir o bom desempenho e evitar perdas de garantias.

43 43 A tabela 4 exemplifica um modelo de recomendações para um sistema de vedação de uma edificação apresentado em um Manual de Uso, Operação e Manutenção de um empreendimento. Tabela 4: Sugestões de recomendações para manutenção das vedações de uma edificação DESCRIÇÃO: VEDAÇÕES Têm a finalidade de vedar a edificação. São as paredes internas e externas, onde estão contidas esquadrias e pelas quais passam as instalações elétricas, hidrossanitárias, etc, constituídas basicamente na combinação dos elementos de argamassa de assentamento e tijolos ou blocos cerâmicos ou de concreto. As paredes da caixa de escada e poço dos elevadores serão resistentes a 2 horas de fogo atendendo a NBR 9077; Nas unidades autônomas, as paredes externas foram executadas exclusivamente com blocos cerâmicos vazados, entretanto, as paredes internas foram executadas com blocos cerâmicos vazados e gesso acartonado, conforme o projeto da edificação. As paredes de tijolos cerâmicos são executadas com camadas de tijolos unidas por argamassa de assentamento e tem a função de suportar seu próprio peso (e cargas de ocupação como armários e prateleiras, desde que corretamente instalados) e oferecer estanqueidade e conforto térmico e acústico no interior da edificação. Paredes em gesso acartonado são placas formadas por gesso e papel cartão sustentadas por perfis estruturais geralmente de aço galvanizado RECOMENDAÇÕES: Qualquer reforma que venha a ser feita no imóvel deve ser executada levando em consideração aspectos técnicos de estabilidade, segurança e conforto térmico, acústico e estanqueidade; Antes de perfurar paredes para fixação de quadros, armários, prateleiras ou outros objetos, certifique-se de que a alvenaria resiste ao peso do elemento a ser sustentado, assegurando que não haverá agressão alguma às instalações embutidas nas paredes e à própria alvenaria. Para tal, recomenda-se utilizar parafusos e bucha, evitando pregos e martelo; Visando a prevenção de acidentes, evite abrir os furos perto do quadro de distribuição de energia, de tomadas, interruptores, válvulas e torneiras; Deve ser tomado um cuidado ainda maior ao instalar espelho e acessórios nos banheiros, áreas de serviço e cozinha, por causa das instalações hidrossanitárias e elétricas

44 44 (ver esquemas anexos que mostram detalhes das paredes mais críticas destas peças); Com o tempo é normal que surjam fissuras na parede e nas lajes, tendo em vista que, por conta da variação térmica do ambiente, os materiais (concreto, alvenaria, aço, etc) sofrem dilatação ou retração. Por haver diferença na dilatação dos materiais, trincas horizontais provavelmente surgirão em sua parede. Isso não compromete a segurança do seu imóvel. Durante o inverno e períodos úmidos, procure ventilar os cômodos do apartamento, evitando o surgimento de mofo. Caso surja mofo em algum local do imóvel, recomenda-se lavar com detergente a área exceto sobre estruturas de ferro ou alumínio; Evite encostar o fundo dos armários nas paredes para que seja evitada a umidade proveniente da condensação. Aconselhamos a colocação de um isolante como, por exemplo, chapa de isopor, entre o fundo do armário e a parede, ou similares; Para as paredes de gesso acartonado: Retirar o pó durante a limpeza semanal para evitar o acúmulo de sujeira e a descoloração do gesso; Para limpar áreas revestidas com gesso, utilize um pincel, espanador ou flanela que esteja limpa e seca, evitando impactos e batidas sobre o mesmo para que não haja surgimento de trincas; Evite o uso de panos úmidos ou mesmo água, uma vez que o gesso é um material poroso e sua estrutura não resiste muito à umidade; Manter as áreas ventiladas pode evitar o surgimento de manchas, mofo, etc; Para fixação de móveis, acessórios ou equipamentos, utilizar parafusos e buchas apropriadas e evitar impacto nos revestimentos que possam causar danos ou prejuízo ao desempenho do sistema. Fonte: Elaborado pelo autor Revestimentos da edificação O desempenho dos revestimentos em uma edificação não depende somente da relação dos materiais empregados e suas técnicas de aplicação, mas é fundamental a manutenção após a aplicação de acordo com o uso a que se destina. A manutenção desse sistema está associada a uma série de atividades programadas que devem prolongar sua vida útil de minimizar os custos desse processo (REBELO, 2010 p. 10). A negligência do processo de manutenção nesse sistema pode acarretar no surgimento de manifestações patológicas que poderão causar grandes prejuízos financeiros aos usuários

45 45 da edificação. Sendo assim, é imprescindível orientar o usuário sobre o a forma correta de manutenção desse sistema. O conjunto dessas operações serve para manter a perfeita funcionalidade dos revestimentos da edificação. Essas operações devem ter caráter periódico, e a frequência conforme o tipo de material e o uso para o qual o material é destinado. Na tabela 5 são apresentadas sugestões de recomendações para a correta manutenção dos revestimentos de uma edificação. Tabela 5: Sugestões de recomendações para manutenção dos revestimentos de uma edificação REVESTIMENTOS DE PAREDES PINTURA ACRÍLICA SOBRE GESSO ACARTONADO: São utilizados para regularizar e uniformizar a superfície e auxiliar na proteção contra a ação direta de agentes agressivos dos elementos de vedação e estruturais, servindo de base para receber outros acabamentos ou pintura. As paredes em alvenaria de tijolos cerâmicos foram revestidas com chapisco, seguido por duas camadas de argamassa niveladora média interna e uma camada de argamassa niveladora de acabamento, cujo fabricante consta na lista de fornecedores deste manual. É executada após a aplicação de massa corrida sobre as placas de gesso acartonado, feita para consertar pequenos defeitos nas mesmas. Para limpeza da superfície pintada, esponja macia umedecida com água e detergente líquido neutro. A limpeza deverá ser efetuada de forma suave e homogênea, em toda a superfície pintada. Enxaguar com água limpa. Evitar o uso de produtos abrasivos; Não limpar a pintura com pano seco, pois poderá ocorrer o polimento da superfície (manchas brilhantes); Não se recomenda o uso de equipamentos que utilizem água quente ou vapor, pois podem gerar manchas indesejáveis; Caso necessário efetuar reparos e/ou retoques de pintura, pintar a parede por inteiro até uma descontinuidade (como um canto), pois a tinta sofre um envelhecimento natural e quando retocada somente em uma parte da parede, pode ocorrer diferença de aspecto, textura e cor PINTURA ACRÍLICA SOBRE ARGAMASSA NIVELADORA DE SUPERFÍCIE: Em caso de necessidade de limpeza, jamais utilizar esponjas ásperas, buchas, palha de aço, lixas e máquinas com jato de pressão; Nas áreas internas com pintura, evitar a exposição prolongada ao sol, utilizando cortinas nas

46 46 janelas; Para limpeza e remoção de poeira, manchas ou sujeiras, utilizar espanadores, flanelas secas ou levemente umedecidas com água e sabão neutro. Tomar cuidado para não exercer pressão demais na superfície; Em caso de contato com substâncias que provoquem manchas, limpar imediatamente com água e sabão neutro; Evitar atrito, riscos ou pancadas nas superfícies pintadas, pois podem acarretar remoção da tinta, manchas ou trincas; Manter os ambientes bem ventilados, evitando assim o surgimento de bolor ou mofo. Utilizar somente componentes originais ou com desempenho de características comprovadamente equivalente; Em caso de necessidade de retoque, deve-se repintar todo o pano da parede (trecho de quina a quina ou de friso a friso), para evitar diferenças de tonalidade entre a tinta velha e a nova numa mesma parede; Repintar áreas e trechos com as mesmas especificações da pintura original; REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE PAREDE: Evite o uso de produtos de limpeza com teor ácido, como soda cáustica, e também de objetos de limpeza abrasivos, como esponjas de aço. O uso desses produtos pode danificar o esmalte das peças cerâmicas e o rejuntamento das mesmas; Para a limpeza dessas áreas, utilize um pano umedecido em sabão neutro ou em outro produto indicado para esse fim; Caso seja necessário perfurar as paredes de banheiro, cozinha e área de serviço, fazê-lo nas juntas dos azulejos, não esquecendo de evitar os locais onde possa haver passagem de instalações elétricas ou hidrossanitárias; Para fixação de móveis, acessórios ou equipamentos, utilizar parafusos e buchas apropriadas e evitar impacto nos revestimentos que possam causar danos ou prejuízo ao desempenho do sistema; Não utilizar máquina de alta pressão de água, vassouras de piaçava, escovas com cerdas duras, peças pontiagudas, esponjas ou palhas de aço, espátulas metálicas, objetos cortantes ou perfurantes na limpeza, pois podem danificar o sistema de revestimento. REVESTIMENTOS DE PISOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS DE PISO: Para todos os pisos, evite a queda de objetos pesados para que não surjam trincas ou

47 47 rachaduras nos pisos; Não arrastar móveis, equipamentos ou materiais pesados, para que não haja desgaste excessivo ou provoque danos à superfície do revestimento; Não esfregar com muita frequência para evitar danos ao rejunte. Um pano úmido pode ser utilizado para limpezas mais frequentes; Para a limpeza dos pisos cerâmicos, utilizar esponja macia ou pano umedecido em sabão neutro ou em produtos específicos para esse uso, evitando o uso de álcool, ácidos ou semelhantes; Evitar o uso de detergentes corrosivos, sapólios ou similares, produtos que contém flúor ou ácidos, que atacam a superfície do material, acarretando em perda de brilho e também prejudicando seu rejuntamento. Evite também sabão em pó e produtos para realçar o brilho, soda cáustica e escovas abrasivas; Em caso de derramamento de algum líquido sobre o mesmo, como suco de frutas, vinho, vinagre ou refrigerante, limpar o mais rápido possível para evitar o surgimento de manchas no piso; LAMINADOS: Recomenda-se o uso de feltros em pés de mesas, cadeiras e outros móveis para evitar riscos no piso. Também é recomendado o uso de capachos nas portas de entrada para recolher a sujeira, fragmentos de pedra e areia, provenientes das solas dos sapatos; Recomenda-se também o uso de cadeiras com rolantes de poliuretano, evitando riscos e danos ao piso; Evitar arrastar móveis sobre o piso. Caso necessário, coloque o móvel sobre o cobertor e arraste; Esse piso não deve entrar em contato com água. Caso algum líquido seja derramado, seque rapidamente para evitar infiltrações e danos ao piso; Para a limpeza, usar aspirador de pó sem raspar no piso, ou vassoura de cerdas macias; Caso seja necessário, usar um pano levemente umedecido, mas nunca adotar materiais saponáceos, ácidos, abrasivos, ceras e semelhantes, evitando a degradação do piso, riscos, surgimento de manchas, etc. Optar sempre por detergente ou sabão neutros; Caso o piso entre em contato com algum material gorduroso, use um pano levemente umedecido em água e detergente ou sabão neutro, apenas. Repetir o processo caso tenha ainda resquícios de gordura no piso; Os fabricantes de pisos laminados não recomendam a instalação de armários embutidos sobre pisos laminados, pois o peso dos armários impedirá a livre dilatação do piso. Recomenda-se a instalação dos armários antes do piso ou o recorte do mesmo após a instalação dos armários.

48 48 FORROS DE GESSO Não fixar suportes para pendurar vasos, televisores ou qualquer outro objeto, pois não estão dimensionados para suportar peso. Para fixação de luminárias, verificar recomendações e restrições quanto a peso; Evitar impacto no forro de gesso que possa danificá-lo; Para limpar áreas revestidas com gesso, utilize um pincel, espanador ou flanela que esteja limpa e seca, evitando impactos e batidas sobre o mesmo para evitar surgimento de trincas; Evite o uso de panos úmidos ou mesmo água, uma vez que o gesso é um material poroso e sua estrutura não resiste muito à umidade; Manter as áreas ventiladas pode evitar o surgimento de manchas, mofo, etc.; Para mais informações sobre instalação de equipamentos no forro de gesso, contate o profissional indicado no Manual da Edificação. Fonte: Elaborado pelo autor Instalações elétricas da edificação São os componentes do sistema destinado a distribuir a energia elétrica de forma segura e controlada em uma edificação, conforme projeto específico elaborado dentro dos padrões descritos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e analisado pela concessionária local. Deve-se adotar alguns cuidados importantes para a manutenção e preservação desse sistema, sendo assim, a tabela 6 exemplifica as recomendações sugeridas pelo autor durante a elaboração de um manual para uma edificação. Tabela 6: Sugestões de recomendações para manutenção das instalações elétricas de uma edificação RECOMENDAÇÕES: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Não devem serem feitas alterações nas instalações elétricas sem que haja o respaldo de um profissional qualificado; Evitar a ligação de vários aparelhos em uma mesma tomada, isso pode acarretar em sobrecarga da mesma e curto-circuito, causando danos aos seus aparelhos. Verifique a potência dos aparelhos a serem conectados em uma mesma tomada, evitando que o somatório dessas potências seja maior ou igual a 100 Watts;

49 49 Evitar também a conexão de vários aparelhos em uma mesma tomada quando um desses aparelhos tenha a função de aquecer ou resfriar pois esses aparelhos consomem grande quantidade de energia elétrica - para evitar uma sobrecarga no circuito daquela tomada; Verifique se a voltagem de todos os seus aparelhos eletrônicos é 220V e se o plug do aparelho corresponde à tomada disponível no local de utilização; Sempre que for instalar ou fazer manutenção de aparelhos ou instalações elétricas, desligue o disjuntor correspondente ao circuito ou, por precaução, o disjuntor geral; Em caso de incêndio, desligue o disjuntor geral antes de utilizar o extintor; Ao desconectar um aparelho da tomada, puxe-o pelo conector e nunca pelo cabo. Caso não vá utilizar um equipamento por um longo período de tempo, desconecte-o da tomada; Em caso de curto-circuito em aparelhos ou no circuito, o disjuntor respectivo ao mesmo desligar-se-á automaticamente, evitando um problema maior. Não o religue antes de verificar onde ocorreu o problema. Caso não reconheça a origem do mesmo, solicite os serviços de um profissional habilitado; Não substitua o disjuntor, principalmente por um de maior amperagem, sem a aprovação de um profissional especializado; Não obstrua o quadro de distribuição e não pendure objetos nas instalações aparentes; Não colocar líquidos ao contato dos componentes elétricos do sistema; Tenha sempre cuidado ao lidar com instalações elétricas; Fonte: Elaborado pelo autor. De mesmo modo, é interessante também o fornecimento de uma relação dos circuitos elétricos do imóvel relacionando-os com o respectivo disjuntor no quadro de disjuntos, a fim de facilitar uma possível manutenção ou procedimento que necessite o desligamento de um circuito específico, conforme o exemplo da figura 4.

50 50 Figura 4 Relação dos circuitos elétricos de um imóvel Fonte: Elaborado pelo Autor Instalações hidrossanitárias da edificação As instalações hidrossanitárias têm como finalidade a distribuição da água potável com qualidade e quantidade suficiente para abastecer à população do edifício, e promover o afastamento adequado das águas servidas, criando desta forma, condições favoráveis ao conforto e segurança dos usuários. Esse sistema está diretamente ligado às questões de saúde e higiene do projeto de uma habitação, além de apoiarem as funções humanas nele desenvolvidas, as instalações devem manter sua capacidade funcional durante toda vida útil projetada, sendo submetidas `as intervenções periódicas de manutenção e conservação. Na tabela 7 são apresentadas sugestões de orientações e recomendações para o bom uso e a correta manutenção desse sistema predial.

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