Os não evangelizados
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- Thalita de Carvalho Olivares
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1 INTRODUÇÃO A tarefa suprema da igreja é a evangelização do mundo. Ninguém tem o direito de ouvir o evangelho duas vezes antes que todo mundo tenha tido a oportunidade de ouvi-lo pelo menos uma vez. Oswald Smith, do Canadá Os não evangelizados Jesus nos ordenou a pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Mais de um quarto da população do mundo pode ainda estar fora do alcance da pregação atual do evangelho. É importante sabermos quem são os não evangelizados e onde eles vivem, para que possamos tentar assegurar que todos tenham a oportunidade de ter um relacionamento pessoal com Deus por meio de Cristo. Esse é o tema principal deste capítulo. Começamos por analisar primeiro os países, depois os grupos étnicos por língua. Evangelizado: O estado de ter tido o evangelho apresentado e explicado de modo que o ouvinte se torna ciente das reivindicações de Cristo e da necessidade de obedecer a ele e de segui-lo. Af As Eu AL AN Pa Mundo 1900 Não evangelizados (WCD) Não cristãos evangelizados (WCD) Cristãos não evangélicos (OW) (OW) Fig..1 Continentes e evangelização em 1900 e, baseado em dados da WCD e da OW Medindo a evangelização Precisamos definir o que significa ser evangelizado. Em primeiro lugar, é importante reconhecer que uma pessoa pode ser evangelizada, mas não ser cristã. Evidentemente, o processo da evangelização deve continuar até que essa pessoa se torne um discípulo. O evangelista precisa apresentar as reivindicações de Cristo de tal modo que seus ouvintes compreendam o suficiente do evangelho para reagir de maneira significativa seja aceitando-as ou rejeitando-as. No entanto, não é possível fazer um censo de populações inteiras para determinar quantas pessoas podem ter sido evangelizadas, mesmo se conseguíssemos chegar a um acordo com relação aos critérios. David Barrett desenvolveu uma metodologia para obter números aproximados para a World Christian Encyclopedia em 1981, 1 mas eu usei seus resultados apenas raramente neste livro. Eles são úteis para comparar a exposição relativa de diferentes segmentos da população ao evangelho, mas menos úteis para derivar números concretos dos evangelizados. Os gráficos-pizza na figura.1 representam a situação de evangelização de cada continente em 1900 e, usando tanto dados da WCD quanto da Operation World. 2 Esta última fornece os números de evangélicos. Eles dão uma ideia do que tem sido alcançado pela evangelização no século 20, revelando claramente o declínio da fé na Europa e na América do Norte e também o aumento dos evangelizados nos outros quatro continentes. Mostram também que o número dos totalmente não evangelizados na África e na Ásia caiu dramaticamente ao longo do século e que o crescimento resultante da Igreja na AfAsAL tem sido um fenômeno em grande parte evangélico. Os gráficos-pizza à extrema direita revelam o progresso na evangelização global, a despeito do declínio na porcentagem de cristãos. A verdade preocupante é que ainda pode haver quase 2 bilhões de pessoas (de um total de 6 bilhões em ) que nunca tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho. O mandamento de Jesus em Marcos 16 ainda precisa ser cumprido. O último gráfico para na figura.1 é detalhado na figura.2 para demonstrar o desafio de medir os não evangelizados. Segundo a metodologia de Barrett, todo cristão de qualquer tipo é, por definição, evangelizado. 3 Suas estatísticas sobre a evangelização são fundamentais para as classificações muito usadas dos Mundos A, B e C, que examinaremos na página seguinte. De um ponto de vista evangélico, critérios de fé mais estritos reduziriam (mas não descartariam) a representação de outras tradições teológicas. Muitos cristãos e até mesmo evangélicos nominais podem não ter sido evangelizados no sentido que defini acima, como mostram as áreas hacheadas. Nas próximas páginas, desenvolvo um nominais Cristãos nominais/não evangelizados Cristãos marginalmente evangelizados Observação: as áreas hacheadas são indicativas da impressão nas estatísticas e definições. Fig..2 O desafio de contar os não evangelizados método mais transparente para fazer uma estimativa dos números dos evangelizados e não evangelizados. Batismo cristão no Norte da Índia (foto de T. Kwant) História, tendências e possibilidades 161
2 MENSURANDO A EVANGELIZAÇÃO Mundos A, B e C A Janela 10/40 Populações dos mundos A e B Mundo A Mundo B Mundo C Designação de países e definições da World Christian Database: Mundo A = menos de 50 das pessoas são evangelizadas. Mundo B = pelo menos 50 de todas as pessoas são evangelizadas, mas os cristãos representam menos de 60 da população. Mundo C = pelo menos 60 da população alega ser cristãs. Fig..3 A situação global da evangelização por país/população em com base nos dados da WCE Os mapas nestas duas páginas opostas mostram modos alternativos de considerar o mundo não evangelizado. Os resultados finais apresentados nos mapas são parecidos, mas derivados de conjuntos de dados diferentes. Nesta página, apresento os números de Barrett para a evangelização por país e, em certa medida, pela população de cada país. Os mundos A, B e C são definidos na legenda do mapa. O mapa mostra países inteiros, mas teríamos uma imagem mais clara se usássemos dados para cada província ou Estado ou até mesmo distrito. No entanto, generalizações nacionais ainda produzem resultados úteis, mesmo que surpreendentes, em que há diferenças grandes dentro de um mesmo país. Estas podem ser de natureza J geográfica como na Etiópia e na Nigéria, onde há grandes contrastes entre leste e oeste em um caso e entre sul e norte no outro. 4 J étnica como no Suriname e na Guiana, que possuem grandes populações de imigrantes da Ásia, e na Indonésia com sua mistura de povos, cristãos, muçulmanos e hindus. O mapa mostra duas representações de blocos não evangelizados. A Janela 10/40 (retângulo vermelho) abarca uma área do hemisfério oriental do mundo, que se estende através da África e da Ásia entre as latitudes 10 o N e 40 o N. O termo foi cunhado por Luis Bush quando era líder do movimento AD and Beyond 5 e destaca países caracterizados por pobreza, poucos cristãos e acesso limitado a recursos cristãos e que são, portanto, os menos evangelizados. Foi amplamente usado pela publicidade depois de 1990 para retificar a negligência relativa pelas igrejas e missões com a intenção de concentrar a oração e o ministério nessas regiões do mundo. Sua simplicidade serviu bem aos propósitos publicitários, mas não foi tão boa para a estratégia de planejamento. Muitas áreas dentro da Janela já eram fortemente evangelizadas, como o sul do Chade, Podemos ter dúvidas em relação à contagem dos não evangelizados, mas essa é uma questão secundária. A imagem ampla que emerge é a de uma grande necessidade contínua de um investimento enorme em missões transculturais no século 21. Todos nós que cremos em Cristo temos a obrigação (Rm 1.14) de levar o evangelho aos não evangelizados. o nordeste da Índia, a China oriental, a Coreia do Sul e as Filipinas, enquanto outras que ficam fora dela (como a Mongólia, a Ásia central, a Somália, a costa da África Oriental, as Ilhas Comores e a Indonésia) encontravam-se, e ainda se encontram, entre as partes menos evangelizadas do mundo. Por essas razões, o termo tem sido menos usado desde, mas ainda é uma maneira útil de fornecer ao cristão comum uma visão simples das partes do mundo que mais precisam ser evangelizadas. As populações dos mundos A e B (linha laranja) reúnem, num bloco mais ou menos contíguo, as populações que podem ser consideradas pertencentes aos mundos A e B. Isso fornece uma aproximação mais precisa, mas também mais complexa, das partes menos evangelizadas do mundo, evitando algumas deficiências da Janela 10/40. Vários aspectos merecem a nossa atenção: J A linha atravessa os países na África que estão situados entre as áreas de floresta que são em grande parte cristianizados e as áreas do Sahel e do Saara que são predominantemente muçulmanas. J Ela se estende para o sul ao longo da costa oriental da África, onde muitos povos são muçulmanos. J Inclui a Ásia central. J Há concentrações extraordinárias de pessoas evangelizadas no Himalaia oriental da Índia, em Mianmar e no sudeste da China. J Há uma mistura complexa de povos evangelizados e não evangelizados nas ilhas da Indonésia. J Na Ásia Oriental há um grande contraste entre populações fortemente evangelizadas na Coreia do sul (onde há muitos cristãos) e o leste da China (onde hoje as pessoas reagem com entusiasmo ao evangelho) e o Japão, onde tem sido feito um grande esforço cristão, mas com pouca reação. J Como podemos permanecer insensíveis diante da tragédia, tanto atual quanto na eternidade, daqueles que não tiveram a oportunidade de ouvir a boa-nova sobre o Salvador? Os 2 bilhões de pessoas não evangelizadas aguardam nossa resposta. 162 O futuro da igreja global
3 MENSURANDO A EVANGELIZAÇÃO Cristãos, evangélicos e a evangelização do mundo de evangélicos em 0 0,2 0,2 2, de cristãos em 0 0,5 0, República Tcheca Bósnia Albânia Mauritânia Senegal Marrocos Gâmbia Guiné-Bissau Guiné 1 Israel 2 Palestina 3 Líbano 4 Síria 5 Jordânia 6 Azerbaijão Kuwait 8 Turcomenistão 9 Djibuti 10 Tailândia 11 Bangladesh 12 Camboja 13 Laos Cazaquistão Uzbequistão Mongólia 6 8 Quirguistão Turquia 1,2 3,4 Tadjiquistão China Tunísia Afeganistão Iraque Irã Nepal 5 Argélia Líbia Butão Egito Arábia Saudita 13 Omã Índia Emirados 11 Mali Níger Eritreia Árabes Unidos 10 9 Iêmen Vietnã 12 Maldivas Sri Lanka Somália Comores Mayotte Paquistão São mencionados os países cujas populações têm menos de 2 de evangélicos e cuja religião majoritária não é o cristianismo. Japão Fig..4 Evangelização do mundo com estatísticas para cristãos e evangélicos conhecidos Outro modo de avaliar os números dos evangelizados e não evangelizados consiste em usar os números de cristãos e evangélicos conhecidos, que são de fácil acesso e podem ser verificados. Os tamanhos das populações cristãs tradicionais e cristãs evangélicas indicam reações passadas ou atuais ao evangelho e foram usados para indicar a extensão da evangelização de um país no mapa acima. Nas décadas de 1980 e 1990, houve muita discussão sobre o que constituía os não alcançados. Foi então decidido adotar um meio-termo: qualquer segmento populacional que tivesse menos de 5 de cristãos e menos de 2 de evangélicos seria considerado não alcançado ou não evangelizado (termo que eu prefiro). Isso passou então a ser usado como critério para falar dos povos não alcançados o que deixou atônitos muitos envolvidos com povos menos evangelizados que não se qualificavam. Por isso, diferenciei um pouco mais dividindo as duas categorias de cristãos e evangélicos dividindo e multiplicando as duas por dez como valor limite. O mapa de duas camadas na figura.4 mostra quatro densidades de cristãos em cores sólidas e outras quatro de evangélicos em áreas hacheadas em amarelo. Essas categorias agrupam os países de modo mais útil e mostram claramente quais são os menos evangelizados. Diferenciam também entre as populações cristãs mais tradicionais (nas quais, muitas vezes, menos pessoas se empenham no testemunho ativo) e populações evangélicas (em que há mais pessoas testemunhando ativamente). J Cristãos <0,5, evangélicos <0,2: com uma presença cristã quase insignificante, a população é vista como não evangelizada. J Cristãos 0,5-5, evangélicos 0,2-2: há um testemunho cristão significativo, mas a maioria da população é não evangelizada. J Cristãos 5-50, evangélicos 2-20: 6 é provável que grande parte da população esteja ciente do evangelho. J Cristãos > 50, evangélicos > 20: os não cristãos são confrontados regularmente com o evangelho. Abaixo, há alguns comentários sobre esses diferentes grupos. Os países menos evangelizados (com cristãos <0,5 e evangélicos <0,2) estão em azul- -escuro. Os países pouco evangelizados estão representados em cor mais clara. Apesar de haver cristãos na população, eles constituem uma porcentagem pequena e muitas vezes são marginalizados. Recursos locais para evangelizar toda a população costumam ser inadequados. Observe que no Oriente Médio uma grande parte dos cristãos é de trabalhadores migrantes expatriados; na Ásia central, por sua vez, os cristãos são encontrados em comunidades de minoria eslava. Os países nessas duas categorias são identificados no mapa. Muitos países com uma grande minoria cristã (azul-claro) têm também uma proporção maior de evangélicos, muitas vezes porque a igreja é mais jovem e costuma crescer por meio de conversões. Países como a Índia, a China, o Sudão, o Chade e a Indonésia entram nessa categoria. Países com uma população cristã grande e tradicional, mas poucos evangélicos estão em laranja e levemente hacheados. A Rússia, partes da Europa católica e protestante e a Groenlândia entram todas nessa categoria. Suas populações precisam ser reevangelizadas. No entanto, esses países não são identificados nesse mapa porque seu propósito é destacar os não evangelizados e os subevangelizados. Grande parte da discussão sobre identificar os não evangelizados tem girado em torno de questões externas: afiliação denominacional, frequência regular, crescimento, número de obreiros, o esforço e o custo do evangelismo. É relativamente fácil medir esses fatores, mas eles são superficiais. O Senhor Jesus ordenou que fizéssemos discípulos e discípulos não são feitos pela frequência nas reuniões na igreja ou nas grandes celebrações, mas por meio de intercessão e do acompanhamento de novos convertidos para que Cristo possa ser formado dentro deles e eles terem suas vidas transformadas. Esse processo não se completa em semanas, mas exige anos de acompanhamento dedicado. J Sua igreja discipula novos cristãos? Os não evangelizados 163
4 MENSURANDO A EVANGELIZAÇÃO Avanços no século 20 O avanço na situação de evangelização do mundo durante o século 20 foi notável. Um grande número de países até então jamais expostos ao evangelho recebeu missionários evangélicos. Os dois gráficos nesta página demonstram isso claramente. Eles usam as estatísticas para a porcentagem de evangélicos em cada país para fornecer uma estimativa da extensão do processo de fazer discípulos entre as nações. A figura.5 apresenta o número de países em cada uma das minhas quatro categorias relacionadas aos evangélicos. Observe o seguinte: J Em 1900, dois terços dos países de hoje eram menos do que 2 evangélicos e, do ponto de vista evangélico, não evangelizados. Por volta de, essa fração havia sido reduzida a um terço. J Em 1900, quase metade de todos os países (10) entrava na categoria de menos evangelizados, com menos de 0,2 de evangélicos. Se as tendências atuais continuarem, esse número pode ser reduzido a 1 ( de todos os países) por volta de J É improvável que as mudanças espetaculares do século 20 se repitam no século 21, mas é provável que a tendência na direção de uma cobertura mais completa das nações do mundo continue. J Durante a primeira metade do século 20, o número de países com mais de 20 de evangélicos caiu, mas desde então esse número tem aumentado. As mudanças no século 20 tornam-se mais claras quando somamos as populações desses países em 1900 e e as extrapolamos para Em 1900, menos de 15 da população do mundo vivia em países em que provavelmente teriam contato com algum cristão evangélico (i.e., em que os evangélicos constituíam mais de 2 da população). Em outras palavras, mais de 85 não tinham, muito provavelmente, um contato desse tipo (muitos destes, é claro, viviam no sul católico da Europa ou na América Latina). Por volta de, esse segundo número tinha caído para cerca de 25, enquanto pouco menos que (menos de 50 em 1900) viviam em países em que os evangélicos constituíam menos de 0,2 da população. No entanto, a não ser que haja uma intervenção sobrenatural do Espírito Santo, esses números não devem mudar muito por volta de A figura.6 apresenta essas informações num formato diferente e compara os anos de 1900 (a coluna roxa estreita) e (a coluna azul mais larga) para mostrar os avanços dramáticos feitos pelos evangélicos (áreas amarelas hacheadas). Apenas poucos países adicionais eram mais do que 20 evangélicos em em relação a 1900, mas a localização deles havia mudado. Em 1900, eles se encontravam na América do Norte, no norte da Europa, no Caribe e no Pacífico, mas por volta de os Estados Unidos e as Ilhas Faroé eram os únicos países ocidentais na lista, que agora era dominada pela África e a América Central. Por volta de 2050, a maioria dos países maiores com uma grande população evangélica se encontrarão na África ou na América Latina, como Uganda, Burundi, Etiópia, Zimbábue, Guatemala e Brasil. Uma grande mudança em apenas um século e meio. O movimento mais notável pode ser visto no número de países que tinham uma presença evangélica mínima e praticamente nenhum evangelizado e no número de países que se qualificavam como evangelizados com 2-20 de evangélicos uma inversão quase que total entre 1900 e. O sucesso do empreendimento missionário no século 20 é evidente. É interessante comparar os números populacionais e as porcentagens citadas acima com aqueles usados na página 161. Os menos evangelizados representavam 54 da população global em 1900 segundo os dados da WCD, comparados com 89 aqui, e 29 (WCD) ou 25 (Operation World/FGC) em. O número alto aqui para os não evangelizados em 1900 deve-se em grande parte Número de países Número de países de evangélicos > ,2 2 <0, Fig..5 A evangelização no século 20 por países e evangélicos > ,2 2 <0,2 da população Não evangélicos 1900 Fig..6 Comparação da evangelização em 1900 e por evangélicos e não evangélicos Questão para reflexão A despeito da profunda herança espiritual e um ministério eficiente de conquistar pessoas para a fé pessoal em Cristo, é possível que, depois de uma geração ou duas, se os pais não viverem para Cristo e não discipularem seus filhos e se não houver uma nova obra reavivadora do Espírito Santo, o nominalismo, o tradicionalismo e o falso ensino criem raízes. O nominalismo não é reservado às igrejas mais tradicionais é cada vez mais um problema dos evangélicos da terceira e da quarta geração. Em muitos países com igrejas evangélicas crescentes, pouco é feito para discipular as crianças. Se elas não chegarem a ter uma fé viva, a igreja não tem futuro. J Na sua igreja as crianças são uma distração para os adultos ou elas são vistas como a próxima geração de cristãos? ao impacto limitado dos evangélicos longe de suas pátrias no norte da Europa e na América do Norte em países tradicionalmente católicos ou ortodoxos o que já não é mais o caso. Hoje, muitos países tradicionalmente católicos têm mais congregações, pastores e frequentadores evangélicos do que católicos. Assim, mesmo que as metodologias sejam diferentes, os resultados são razoavelmente comparáveis. A vantagem do banco de dados da OW é que os números são derivados de estatísticas que podem ser verificadas com relativa facilidade e não são baseadas em suposições sobre a presença de possíveis mecanismos e ministérios de evangelização. 164 O futuro da igreja global
5 OS MENOS EVANGELIZADOS É útil considerar os países menos evangelizados das duas perspectivas. As tabelas abaixo mostram respectivamente: J Os 3 países aos quais se aplicam ambos os critérios (os cristãos constituem menos de 5 da população e os evangélicos menos de 2). País <2 evangélicos mas >5 cristãos Cristãos Religião principal Tunísia 0,00 0,21 Muçulmana Somália 0,01 0,05 Muçulmana Iêmen 0,01 0,08 Muçulmana Marrocos 0,02 0,11 Muçulmana Turcomenistão 0,02 2,41 Muçulmana Mauritânia 0,03 0,14 Muçulmana Maldivas 0,03 0,12 Muçulmana Afeganistão 0,03 0,04 Muçulmana Irã 0,03 0,36 Muçulmana Turquia 0,04 0,36 Muçulmana Síria 0,06 4,62 Muçulmana Tadjiquistão 0,0 1,23 Muçulmana Iraque 0,08 1,4 Muçulmana Mayotte 0,11 3,00 Muçulmana Senegal 0,11 4,68 Muçulmana Comores 0,15 0,86 Muçulmana Argélia 0,16 0,36 Muçulmana Israel 0,19 2,23 Judaica Djibuti 0,19 4,19 Muçulmana Palestina 0,20 1,68 Muçulmana Azerbaijão 0,21 4,3 Muçulmana Níger 0,21 0,48 Muçulmana Líbia 0,30 2,56 Muçulmana Uzbequistão 0,33 1,23 Muçulmana Omã 0,35 2,52 Muçulmana Jordânia 0,39 2,55 Muçulmana Gâmbia 0,40 4,35 Muçulmana Japão 0,46 1,63 Budismo Butão 0,48 0,6 Budismo Paquistão 0,51 2,43 Muçulmana Bangladesh 0,53 0,2 Muçulmana Camboja 0,9 1,3 Budismo Arábia Saudita 0,82 4,83 Muçulmana Mali 0,91 2,02 Muçulmana Tailândia 0,92 1,69 Budismo Mongólia 1,14 1,33 Budismo Laos 1,55 2,41 Budismo J Os 38 países (com a omissão de vários miniestados como Mônaco) em que menos de 2 são evangélicos, mas mais de 5 são cristãos. Dos países listados à esquerda, 30 são de maioria muçulmana; seis, de maioria budista, País <2 evangélicos mas >5 cristãos Fig.. Os países menos evangelizados do mundo em 2010 Cristãos e um é de maioria judaica. São os países de maioria muçulmana que representam, de longe, o maior desafio no entanto, 18 deles foram predominantemente cristãos no passado. Os cristãos incluídos nas porcentagens para alguns países do mundo árabe são primariamente trabalhadores migrantes não permanentes. Na Ásia central Religião principal San Marino 0,01 90,30 Católica Bósnia 0,12 32,62 Muçulmana Eslovênia 0,16 81,60 Católica Polônia 0,20 89,19 Católica Andorra 0,22 91,19 Católica Macedônia 0,23 65,45 Ortodoxa Luxemburgo 0,34 91,38 Católica St. Pierre e 0,36 96,00 Católica Miquelon Chipre 0,38 3,49 Ortodoxa Áustria 0,39 85,52 Católica Albânia 0,41 40,50 Mista Espanha 0,45 59,40 Católica Kuwait 0,45 9,22 Muçulmana Líbano 0,4 26,5 Muçulmana Liechtenstein 0,49 84,85 Católica Grécia 0,50 92,46 Ortodoxa Croácia 0,65 93,95 Católica Emirados 0,2 9,52 Muçulmana Árabes Unidos Quirguistão 0,81,93 Muçulmana Rússia 0,82 53,00 Ortodoxa França 0,90 62,39 Católica Ilhas Wallis e 0,94 9,30 Católica Futuna Cazaquistão 0,95 24,80 Muçulmana Itália 0,9 3,34 Católica Rep. Tcheca 1,05 29,11 Não religiosos Guiné 1,14 5,50 Muçulmana Mônaco 1,15 85,19 Católica Bélgica 1,16 63,41 Católica Guiné-Bissau 1,20 14,6 Ethnic Gibraltar 1,35 8,40 Católica Geórgia 1,5 66,31 Ortodoxa Eslováquia 1,60 80,83 Católica Groenlândia 1,64 95,85 Protestante Sérvia 1,65 66,98 Ortodoxa Sri Lanka 1,0 8,12 Budismo Malta 1,2 93,91 Católica Vietnã 1,5 8,83 Budismo Eritreia 1,95 4,30 Mista (i.e., partes da antiga União Soviética) em, a maioria dos cristãos era de russos, coreanos, etc. não nativos, mas isso está mudando à medida que mais pessoas nativas estão se tornando cristãs e à medida que os eslavos predominantemente ortodoxos nominais emigram. Em 2010, o número de cristãos no Irã e na Mongólia havia aumentado por meio de conversões, mas no Iraque e na Palestina houve uma queda no número em razão da fuga de cristãos nativos da perseguição. A lista à direita é muito diferente. A maioria desses países tem grande populações cristãs. Há 18 que são, pelo menos nominalmente, católicos; seis são ortodoxos e um é protestante, mas suas populações são menos do que 2 evangélicas e precisam de movimentos que estabeleçam igrejas. Dos sete países de maioria muçulmana nessa lista, três têm grandes números de cristãos expatriados, embora a presença deles exerça pouco impacto sobre a população mais ampla. A Bósnia, o Líbano e a Guiné têm minorias cristãs nativas significativas. Muitos evangélicos veem esses países como não evangelizados e preocupam-se profundamente com eles. As regiões que representam os maiores desafios são o sul e o centro da Europa, o centro da Ásia e a Rússia. Há apenas três países africanos nessa lista. Oração pelas nações é o foco da Operation World. A queda dramática no número de países ainda não evangelizados é uma resposta às orações, no entanto a tarefa ainda não está completa. Essas listas deveriam nos inspirar a interceder por esses países até eles estiverem evangelizados e tiverem comunidades nativas significativas de cristãos dedicados a pregar o evangelho aos seus compatriotas. Poucos desses países têm os recursos para alcançar essa meta sem ajuda externa mas um número grande demais de congregações no mundo evangelizado regionalizou sua visão e se esqueceu de países como esses. J Você tem uma visão para os não evangelizados? Os não evangelizados 165
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