CPPG - CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO IONE BARBOSA DA CRUZ MIRIAM FRARE FONSECA BUJATO REGINALDO POSO PSICOPEDAGOGIA NAS EMPRESAS

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1 CPPG - CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO IONE BARBOSA DA CRUZ MIRIAM FRARE FONSECA BUJATO REGINALDO POSO PSICOPEDAGOGIA NAS EMPRESAS São Paulo

2 Sumário 1- Resumo Introdução Psicopedagogia nas Empresas O Papel do Psicopedagogo nas Organizações As contribuições do psicopedagogo nas Empresas Considerações Finais Referência Bibliográficas

3 Resumo O desenvolvimento humano é fundamental nos dias de hoje, para tal necessita de programas integrados e de investimento por parte dos gestores de uma Organização. Haja vista que, gerenciar eficazmente os Recursos Humanos consiste em compatibilizar o que a companhia tem com o que ela precisa. Nesta perspectiva, o objetivo central deste artigo é de pesquisar as formas de atuação, estratégias, métodos e técnicas, bem como, as prevenções e a interação do Psicopedagogo no âmbito empresarial. Concomitantemente entender como se dá está relação e quais os benefícios que a Empresa tem na contratação deste profissional. 3

4 2- Introdução O objetivo do presente estudo é investigar como é feita a atuação do Psicopedagogo nas organizações e a sua contribuição, uma vez que, cabe a ele criar condições para colaboração, compreensão mutua e a comunicação produtiva. Todavia, na dinâmica das organizações, há necessidade de se criar ações estratégicas, levando em conta as diferentes formas de transmissão dos conhecimentos, bem como a assimilação e aprendizagem de seus integrantes. São necessidades que requerem um especialista em aprendizagem humana nas empresas, que junto a uma equipe interdisciplinar, focaliza o processo de aprendizagem coletiva da organização e o desenvolvimento das capacitações dos profissionais, com um enfoque sistêmico. Outro fator importante que será abordado nesta pesquisa e que atualmente o mercado de trabalho tem direcionado o olhar para a capacitação profissional e para pessoas que tenham uma personalidade capaz de agregar valor as equipes, ou seja, pessoas que façam a diferença. Uma vez que, no inicio da carreira o funcionário demonstra boa vontade, disposição, motivação e habilidade para enfrentar as diversidades encontradas no campo do trabalho. Com o passar do tempo, surgem às dificuldades, quer seja pela pressão do mercado, quer seja pelas imposições internas, o sujeito transforma-se num ser incapaz de gerenciar seus próprios conflitos. Daí a necessidade da intervenção de um profissional que bem instrumentalizado terá condições de mudar este cenário. 4

5 3- PSICOPEDAGOGIA EMPRESARIAL O desenvolvimento das organizações vem sofrendo muitas mudanças, determinadas algumas vezes pelas imposições do mercado, outras pela necessidade de organização do ambiente interno organizacional. O conhecimento humano é a principal fonte de vantagem competitiva para as organizações e contudo necessita de mudanças organizacionais que possibilitem o compartilhamento do conhecimento por meio de adaptação do ambiente e, principalmente pela mudança de comportamento das pessoas. Um dos grandes desafios das empresas é o de saber usar o conhecimento de cada colaborador, saber adicioná-los e criar um ambiente que lhes garanta o sucesso. Desta forma, as organizações passam a ser espaços de processos de aprendizagem efetivos e, saber a forma individual como as pessoas constroem conhecimentos e como os utilizam para explicar a realidade e resolver problemas do cotidiano é muito importante. Segundo Stewart (1998) o processo de aprendizagem organizacional como uma continuação do processo individual, caracterizando-a como: "a capacidade de gerar novas ideias multiplicada pela capacidade de generalizá-las por toda a empresa. A aprendizagem organizacional corresponde, assim, à forma pela qual as organizações constroem, mantêm, melhoram e organizam o conhecimento e a rotina em torno de suas atividades e culturas, a fim de utilizar as aptidões e habilidades de sua força de trabalho de modo cada vez mais eficiente." É nesse cenário, acompanhando o aprender a aprender constante no ambiente organizacional, que o psicopedagogo assume papel significativo ao lado dos profissionais de recursos humanos. Sua ação se dá no sentido de facilitar a construção e o compartilhamento do conhecimento, incentivando novas formas de relacionamentos, criando sinergia entre o comportamento de gestores e colaboradores. A Psicopedagogia dentro da organização pode orientar ações avaliando a aprendizagem profissional, propondo e coordenando cursos de atualização que 5

6 atendam as necessidades específicas desse espaço, além de estabelecer princípios técnicos e metodológicos que permitam o tratamento didático. É importante salientar que a Psicopedagogia é uma área multidisciplinar que não atua sozinha, dependendo e enriquecendo outras áreas de atuação e trabalhando em parceria com os diversos profissionais da organização. 4- Papel do Psicopedagogo O Psicopedagogo é membro que compõe a equipe da Administração de Recursos Humanos de uma empresa, ele possui importante função nesse setor. É o grande responsável pelo trabalho com a aprendizagem individual e organizacional, e seus problemas, dentro de uma empresa. Segundo Trevisan & Lameira (2003), ele afirma que assim como o pedagogo, o psicopedagogo na empresa precisa desenvolver a qualidade social e humana das pessoas em serviço. É um profissional horizontal, voltado ao desenvolvimento humano como um todo, percebendo a Organização como um espaço real de aprendizagem permanente, de crescimento profissional, de realização das capacidades humanas, ou seja, de cidadania plena. De acordo com Souza (1996) o psicopedagogo atuará em três etapas sendo que a primeira refere-se a formação profissional, que corresponde a capacitação do sujeito com a profissão. Na segunda etapa corresponde ao desenvolvimento profissional, neste momento proporciona o aperfeiçoamento da carreira. Já a terceira é relacionada ao treinamento, a qual prepara o funcionário para um cargo específico. Neste último, pode-se caracterizar a formação da gestão do conhecimento, enfocando competências, habilidades e atitudes especializadas correspondente com a necessidade da área. Com relação ao último enfoque segundo Barroso & Gomes (2007), existe a necessidade de identificação e o mapeamento dos ativos intelectuais ligados à organização, para que o treinamento e desenvolvimento seja efetivo, gerando novos conhecimentos e, assim, oferecendo vantagens para empresa. Outrossim, cabe ao psicopedagogo construir coletivamente uma cultura de 6

7 gestão do conhecimento, definindo o conteúdo específico, objetivando o continuo desenvolvimento pessoal e profissional. De acordo com a autora, a atuação do psicopedagogo pode também ocorrer na Educação a distância, Pesquisa de Clima Organizacional, Avaliação de Desempenho, Plano de Carreira, Planejamento estratégico e Prevenção de Acidentes, entre outros. Vale ressaltar que do ponto de vista de Souza (2001) o psicopedagogo, antes de elaborar suas estratégias, precisará conhecer e atuar nos seguintes aspectos da Organização: Clima Organizacional, Cultura Organizacional, Aprendizagem organizacional, até chegar a uma proposta de gestão do conhecimento. Ou seja, aqui o enfoque é dado na construção e produção do conhecimento como processo. Essa concepção fundamenta-se ainda no principio educacional que busca a formação de um novo homem capaz de mudança de valores e comportamento no dia a dia. Por outro lado, o ponto central do psicopedagogo nas empresas ainda de acordo com a autora é a pessoa e o processo de aprendizagem. Sabe-se que não é possível pensar em soluções idênticas para cada pessoa, embora muitas dificuldades encontradas no âmbito empresarial não se diferem das demais. Todavia, o comportamento humano é resultante de complexo enredo de fatores e este cria condições diferentes de resposta ao mesmo estimulo. Desta maneira, Gomes (1997) reforça que o Psicopedagogo tem que estar atento a essas diferenças. 5- As contribuições do Psicopedagogo nas Organizações Quando se trabalha com formação de liderança, desenvolvimento humano e capacitação profissional têm se como objetivo resgatar ou interferir nas relações sociais de cidadania de modo geral. É então função do Psicopedagogo dar suporte aqueles que participam do universo empresarial, 7

8 criar ações que identifiquem as potencialidades e despertar o interesse para a formação continuada. Sendo assim, a principal contribuição do Psicopedagogo nas organizações a desenvolver estratégias através de técnicas adequadas, que habilitem o sujeito a encontrar a melhor solução para seus problemas e recursos que viabilizem processo de aprendizagem. De acordo com Fontana (2005) o psicopedagogo também pode ajudar a definir os traços gerais do ser e do funcionamento futuro da organização, bem como, as áreas funcionais, as relações hierárquicas e os sistemas de informação e decisão. Concomitantemente realizar análise organizativa possibilitando o estudo da descrição de postos de trabalho, juntamente com o planejamento estratégico e de ações preventivas. Outro fator apontado por Fontana (2005) é que o Psicopedagogo pode colaborar no processo seletivo de candidatos. Nesse aspecto é necessário conhecer a pessoa interessado na vaga pretendida em relação ao seu conhecimento ou formação, as questões de relacionamento e a capacidade de trabalhar em equipe. Além de ter condições de informar sobre as habilidades e potencialidades do futuro colaborar. A participação do psicopedagogo na seleção facilita os aspectos da escolha dos sistemas de avaliação/testes mais pertinentes do mercado. Sua contribuição no planejamento, gestão, controle e avaliação de aprendizagens, pode favorecer a qualidade dos processos de recrutamento, seleção e organização de pessoal, bem como os de diagnóstico organizacional, dando subsídios significativos e perfis específicos aos treinamentos que se efetivam no interior da organização. Enfim, de acordo com Fontana (2005) o psicopedagogo deve planejar situações educativas, através de oficinas e dinâmicas que promovam a aprendizagem coletiva, aquelas que requeiram elaboração ativa e facilitem a apropriação, aplicação e reestruturação do saber. Por outro lado, ainda é escassa a inserção deste profissional nas organizações, porém, inegável as vantagens deste na atuação do diagnóstico de aprendizagem e nos vários segmentos na área de Gestão de Pessoas. 8

9 6- Considerações Finais É notável o quanto faz à diferença em um ambiente profissional a intervenção do psicopedagogo. Essa importante profissão possui como caráter de saúde e ao mesmo tempo das relações pessoais seja em qual for o ambiente. Todavia, uma de suas finalidades é promover o bom convívio para bem se administrar não só as relações pessoais de uma equipe na área de recursos humanos de uma empresa como também organizar e criar um campo profissional com ética, respeito e conhecimento com os envolvidos no setor de gestão ou não. Requer ao psicopedagogo enquanto instituição avaliar, aprimorar e inovar sempre a aprendizagem profissional, com o intuito do ganho quiçá a conquista da autonomia enquanto diversos profissionais de múltiplas culturas e históricos a conviver de forma saudável e enriquecedora para com o outro. O psicopedagogo ainda é um profissional multidisciplinar que mostra aos outros profissionais como lidar com as suas dificuldades em processos de aprendizagem, ou seja, em empresas como realizar eficazes treinamentos, criando assim um processo de aprendizagem menos trabalhoso. Enfim, o papel do psicopedagogo é sempre gerar além de confiança, organização, harmonia, entendimento entre os profissionais também é ser acolhedor as diversas dificuldades pessoais e profissionais que cada um possui, desse modo o psicopedagogo não é só mais um membro que compõe a equipe administrativa de Recursos Humanos e sim um elemento para fazer a diferença, proporcionando o desenvolvimento de forma integral. 7- Bibliografia e Webgrafia BEYER, Marlei Adriana, Psicopedagogia: ação e parceria 9

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