PATRÍCIA DE CÁSSIA BEZERRA FONSECA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PATRÍCIA DE CÁSSIA BEZERRA FONSECA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PATRÍCIA DE CÁSSIA BEZERRA FONSECA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDAGEM VESICAL NUMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NATAL/RN 2009

2 PATRÍCIA DE CÁSSIA BEZERRA FONSECA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDAGEM VESICAL NUMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de mestre. Orientador: Prof. Dr. Gilson de Vasconcelos Torres NATAL/RN 2009

3 Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN/ Biblioteca Setorial Especializada de Enfermagem Profª Bertha Cruz Enders F676i Fonseca, Patrícia de Cássia Bezerra. Infecção do trato urinário associada à sondagem vesical numa unidade de terapia intensiva / Patrícia de Cássia Bezerra Fonseca. Natal, f. : il. Orientador: Gilson de Vasconcelos Torres. Dissertação (mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Enfermagem. Programa de Pós- Graduação em Enfermagem. 1.Infecção urinária - Enfermagem - Dissertação. 2. Cateter vesical - Enfermagem - Dissertação. 3. Unidade de terapia intensiva - Dissertação. I. Torres, Gilson de Vasconcelos. II. Título. RN/UF/BS-Enf. CDU (043.3)

4 PATRÍCIA DE CÁSSIA BEZERRA FONSECA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDAGEM VESICAL NUMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre. Aprovada em 29 de setembro de 2009, pela banca examinadora: Professor Dr. Gilson de Vasconcelos Torres Orientador (Departamento de Enfermagem/UFRN) Professora Dr a Wilma Dias de Fontes - Titular (Departamento de Enfermagem/UFPB) Professora Dr a Raimunda de Medeiros Germano Titular (Departamento de Enfermagem/UFRN) Professora Dr a Bertha Cruz Enders Titular (Departamento de Enfermagem/UFRN)

5 A Deus por me dar sempre mais do que desejo. Aos meus pais Luiz e Francisca pelo amor incondicional, dedicação, confiança e muita força em todos os momentos de minha vida. Aos meus filhos Maria Clara e Luís Fernando por estarem sempre juntinho a mim, sempre demonstrando e dizendo que o amor deles por mim é bem maior que a vida deles. Obrigada mesmo pela compreensão fundamental em todas as fases da realização deste sonho. Ao meu amor, minha vida, meu tudo... Renato, meu marido, por ter me incentivado enormemente em todas as decisões de minha vida. À minha família, meus irmãos, sobrinhos, cunhados e cunhadas. Sem vocês eu não seria absolutamente nada. Aos meus sogros Dr. Antônio e D. Edna, pela demonstração de amor e carinho constantes.

6 AGRADECIMENTO ESPECIAL Ao professor Dr. Gilson de Vasconcelos Torres, por acreditar e apostar em meu potencial, pela paciência com que soube aguardar meu crescimento, pela liberdade conferida, permitindo que eu escolhesse meus próprios caminhos e pela orientação baseada em muito conhecimento e competência, tornando nosso convívio uma experiência muito gratificante. Meu mestre para toda vida.

7 AGRADECIMENTOS Aos professores do programa de pós-graduação em enfermagem, por me oferecerem ferramentas necessárias ao meu crescimento como pesquisadora. Aos Professores Doutores Raimunda de Medeiros Germano, Bertha Cruz Enders e Rejane Millions Viana Menezes pelas contribuições sugeridas para a qualificação do meu projeto de dissertação. À Coordenadora do curso de enfermagem da FARN, na pessoa de Juçara Machado Sucar, pela compreensão e motivação para a realização deste mestrado. A todos os meus amigos do mestrado, em especial a Walkíria e a Eurides. Agradeço imensamente a amizade, o convívio, a companhia e os conhecimentos compartilhados. As saudades são imensas, vocês moram no meu coração. À amiga Elisângela Franco de Oliveira Cavalcante, minha grande incentivadora. À Direção do HUOL, na pessoa do Dr. José Ricardo Lagreca, pela permissão que possibilitou a realização desta pesquisa em suas dependências. À Direção de Enfermagem do HUOL, na pessoa de Neuma Oliveira Medeiros, pela autorização e por acreditar na contribuição desta pesquisa para a enfermagem.

8 À equipe de enfermagem da UTI do HUOL, que tão gentilmente facilitou do princípio ao fim durante a fase de coleta de dados. Aos pacientes e aos familiares, objeto de estudo desta pesquisa, que mesmo diante de suas dificuldades de saúde, permitiram que fossem observados em si os procedimentos relacionados à sondagem vesical. À bolsista Isabelle, pela ajuda na construção do banco de dados e na finalização da dissertação. Às acadêmicas da graduação em enfermagem da FARN que contribuíram na coleta de dados: Arianne, Bárbara,Cecília, Deise, Laryssa, Lebian, Márcia, Mariza, Rafaella e Renata Ciara. Destacando a dedicação e força das queridas Maria Helena, Mariana e Valéria, o meu muito obrigado. Às pessoas que direta ou indiretamente torceram por mim nesta conquista.

9 RESUMO FONSECA, Patrícia de Cássia Bezerra. Infecção do trato urinário associada à sondagem vesical numa unidade de terapia intensiva. Natal, p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Estudo descritivo, de abordagem quantitativa e observacional não participante, que teve como objetivo geral analisar a associação do conhecimento e conduta de inserção e manutenção da sonda vesical de demora pelos profissionais de enfermagem na ocorrência de infecção do trato urinário, realizado na UTI do Hospital Universitário Onofre Lopes em Natal/RN. A amostra pesquisada foi composta por 42 profissionais da equipe de enfermagem, sendo cinco (5) enfermeiros e 37 técnicos de enfermagem, deles 27 eram terceirizados (FUNPEC e bolsistas do IEL) e 10 servidores da UFRN. A coleta de dados foi realizada através de dois instrumentos, o primeiro utilizado na observação procedimentos de inserção e de manipulação da Sonda Vesical de Demora (SVD) e o segundo, com a aplicação de um questionário que abordou dados de caracterização dos pesquisados, conhecimentos e conduta na inserção e manipulação da SVD. Os resultados foram tabulados no Excel e analisados através do programa estatístico SPSS, versão Encontramos a predominância de funcionários com vínculo institucional terceirizado IEL e FUNPEC - (64,3%), do sexo feminino (69,0%), na faixa etária de 21 a 35 anos (59,5%) e com nível médio de escolaridade (88,1%). Quanto aos conhecimentos, verificamos que os enfermeiros apresentaram nível de bom a ótimo e os técnicos de enfermagem, de regular a ruim. Os enfermeiros erraram mais na escolha da SVD (40,0%) e na lavagem das mãos (30,0%) e os técnicos, na lavagem das mãos (74,4%) e no conteúdo da bandeja (34,7%). Em relação às condutas de inserção da SVD, os enfermeiros erraram mais na escolha da SVD (66,7%) e na lavagem das mãos (57,1%). Em relação à manipulação da SVD/sistema de drenagem, os técnicos erraram mais ao lavar as mãos (56,0%). Ao analisarmos as condutas inadequadas com a categorização do conhecimento, vimos que os técnicos de enfermagem que erraram mais apresentaram conhecimentos inadequados (ρ = 0,001). Ao final, vimos que o risco de um paciente adquirir ITU está maior em duas vezes e meia quando ocorre um número grande de inadequações, paciente passa mais tempo usando a SVD e internado na UTI. Quanto às hipóteses do estudo, aceitamos a Hipótese alternativa e rejeitamos a hipótese nula proposta no início desta pesquisa, onde a quantidade de inadequações no conhecimento e conduta aumenta a ocorrência de infecção do trato urinário. Descritores: Infecção urinária; cateter vesical; assistência de enfermagem; UTI.

10 ABSTRACT FONSECA, Patricia de Cássia Bezerra. Urinary tract infection associated with urinary catheterization in the intensive care unit. Natal, p. Dissertation (Masters in Nursing) - Department of Nursing, Federal University of Rio Grande do Norte, A descriptive, quantitative approach and non-participant observation study, which was aimed at analyzing the association between knowledge and practice of inclusion and maintenance of urinary catheter by nursing professionals in the occurrence of urinary tract infection, performed in the ICU of Onofre Lopes University Hospital in Natal / RN. The original sample was composed of 42 nursing staff professional, five (5) nurses and 37 nursing technicians, 27 of them were outsourced (FUNPEC and IEL fellows) and 10 servers UFRN. Data collection was performed using two instruments, the first observation procedures used in the insertion and manipulation of indwelling urinary catheter (IUC) and the second with a questionnaire that addressed the characterization data of respondents, knowledge and conduct the insertion and manipulation of the IUC. The results were tabulated in Microsoft Excel and analyzed using SPSS software, version We found the prevalence of institutional staff members on outsourcing - IEL and FUNPEC - (64.3%) were female (69.0%), aged 21 to 35 years (59.5%) and with mid-level education (88.1%). As to knowledge, we found that the nurses had levels of good to excellent and the nursing technicians, to regulate the poor. The nurses made a mistake when choosing IUC (40.0%) and washing hands (30.0%) and technicians on hand washing (74.4%) and the contents of the tray (34.7%). In relation to the conduct of insertion of IUC, the nurses made a mistake when choosing SVD (66.7%) and washing hands (57.1%). Regarding the handling of IUC/drainage system, the technicians were wrong more about washing their hands (56.0%). Analyzing the misconduct to the categorization of knowledge, we saw that the nursing staff who had missed more had inadequate knowledge (ρ = 0.001). At the end we found the risk of a patient to acquire UTI is higher in two and a half times when there is a large number of mismatches, patient spends more time using the IUC and hospitalized in the ICU. As regards the study hypotheses, we accept the alternative hypothesis and reject the null hypothesis proposed at the start of this research, where the number of gaps in knowledge and behavior increases the incidence of urinary tract infection. Keywords: Urinary tract infection, urinary catheter, nursing care, ICU.

11 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária AVC Acidente Vascular Cerebral CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CDC Centro de Controle e Prevenção de Doenças CEP Comitê de Ética em Pesquisa COFEN Conselho Federal de Enfermagem DV Desvio Padrão EEN Escola de Enfermagem de Natal EUA Estados Unidos da América F French FUNPEC Fundação Norte Riograndense de Pesquisa e Cultura HUOL Hospital Universitário Onofre Lopes IEL Instituto Euvaldo Lodi IH Infecção Hospitalar IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira ITU Infecção do Trato Urinário ITUS Infecção do Trato Urinário Sintomático SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem SINAIS Sistema de Notificação de Infecções em Serviços de Saúde SPSS - Statistical Package for Social Science SUS Sistema Único de Saúde SRIS Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica SVD Sonda Vesical de Demora UFC Unidades Formadoras de Colônia UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte UTI Unidade de Terapia Intensiva

12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Figura 2 - Figura 3 - Figura 4 - Figura 5 - Figura 6 - Figura 7 - Pontos de entrada de bactérias causadoras de infecção do trato urinário associada ao uso da SVD Modelo de associação entre as variáveis independente e dependente Comparação de médias dos escores no conhecimento sobre SVD, segundo categoria profissional. UTI HUOL. Natal/RN, Classificação do conhecimento sobre SVD, segundo categoria profissional. UTI HUOL. Natal/RN, Escores de conhecimento sobre SVD, segundo categoria profissional. UTI HUOL. Natal/RN, Distribuição da ocorrência de pacientes que adquiriram ITU, segundo categoria de risco, tempo de permanência na UTI e tempo de permanência da SVD. UTI HUOL. Natal/RN, Comparação de médias de codutas inadequadas, segundo presença de ITU nos pacientes. UTI HUOL. Natal/RN,

13 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Fatores de risco de infecção associados com a duração da cateterização, segundo a sua possibilidade de alteração de acordo com Stamm (1998) Quadro 2 - Caracterização das condutas do procedimento de sondagem vesical de demora pela equipe de enfermagem, segundo categorias de verificação. UTI/HUOL. Natal/RN, Quadro 3 - Caracterização do conhecimento sobre o procedimento de sondagem vesical de demora, segundo sua definição teórica. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 4 - Conhecimento quanto ao conteúdo da bandeja e lavagem das mãos, segundo categorização e freqüência. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 5 - Classificação final das adequações de conhecimento do procedimento sobre sondagem vesical, segundo os escores obtidos na avaliação do conhecimento. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 6 - Critérios diagnósticos de infecção sintomática do trato urinário em adultos (ITUS), segundo classificação Quadro 7 - Critérios diagnósticos de bacteriúria assintomática do trato urinário em adultos, segundo classificação Quadro 8 - Critérios diagnósticos de outras infecções do trato urinário em adultos, segundo classificação Quadro 9 - Variáveis de caracterização da população da equipe de enfermagem, segundo categorias de verificação. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 10 - Distribuição das ações por categoria profissional, segundo conhecimento de inserção e manutenção da SVD. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 11 - Distribuição das ações dos enfermeiros na inserção da SVD, segundo condutas observadas. UTI HUOL. Natal/RN Quadro 12 - Distribuição das ações dos técnicos de enfermagem na manutenção da SVD, segundo as condutas observadas. UTI HUOL. Natal/RN, Quadro 13 - Média ponderada da categoria profissional, segundo condutas inadequadas e conhecimento da SVD. UTI HUOL. Natal/RN,

14 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Caracterização sócio-demográfica, segundo vínculo institucional. UTI HUOL. Natal/RN, Tabela 2 - Caracterização dos pesquisados, segundo categoria profissional. UTI HUOL. Natal/RN, Tabela 3 - Tabela 4 - Conhecimento do protocolo sobre SVD, segundo a freqüência de consulta pelos profissionais pesquisados. UTI- HUOL. Natal/RN, Categorização da lavagem das mãos, segundo grau de conhecimento dos técnicos de enfermagem durante a manipulação da SVD. UTI- HUOL. Natal/RN, Tabela 5 - Condutas inadequadas segundo a categorização do conhecimento dos profissionais pesquisados. UTI- HUOL. Natal/RN, Tabela 6 - Condutas inadequadas dos procedimentos pesquisados, segundo sentir-se informado sobre a SVD. UTI- HUOL. Natal/RN, Tabela 7 - Ocorrência de infecção do trato urinário, segundo categorização de condutas inadequadas nos pacientes em uso de SVD. UTI- HUOL. Natal/RN, Tabela 8 - Tabela 9 - Ocorrência de infecção do trato urinário nos pacientes observados, segundo tempo de permanência no setor. UTI- HUOL. Natal/RN, Condutas inadequadas pelo enfermeiro, segundo pacientes manipulados com ITU. UTI HUOL. Natal/RN, Tabela 10 - Condutas inadequadas pelo técnico de enfermagem, segundo pacientes manipulados com ITU. UTI HUOL. Natal/RN,

15 LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS Apêndice A - Instrumento de coleta de dados de ITU associada ao uso de SVD Apêndice B - Instrumento de coleta de dados relacionados ao conhecimento Apêndice C - Carta de anuência da Direção do HUOL Apêndice D - Carta de anuência da Direção de Enfermagem do HUOL Apêndice E - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Anexo A - Parecer consubstanciado do Projeto de Pesquisa nº 278/

16 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS HIPÓTESES REVISÃO DE LITERATURA INFECÇÃO HOSPITALAR Infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva Infecção hospitalar do trato urinário PROCEDIMENTO DE SONDAGEM VESICAL DE DEMORA: INSERÇÃO E MANUTENÇÃO Indicação da sondagem vesical de demora, baseado em Potter (1998) Procedimento para a inserção da SVD, segundo Constantino (1990), Homenko (2003) e Cruz (2005) Feminino (posição ginecológica) Masculino (decúbito dorsal, com os membros inferiores afastados) Principais cuidados relacionados ao procedimento de sondagem vesical, segundo Homenko (2003) Cuidados com a SVD e sistema coletor de urina ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM METODOLOGIA DELINEAMENTO METODOLÓGICO LOCAL DO ESTUDO POPULAÇÃO E AMOSTRA Critérios de inclusão dos profissionais de enfermagem Critérios de inclusão dos pacientes Critérios de exclusão dos profissionais... 38

17 5.3.4 Critérios de exclusão dos pacientes INSTRUMENTOS VARIÁVEIS DO ESTUDO Variáveis independentes Variáveis dependentes Variáveis de caracterização ASPECTOS ÉTICOS PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS Observação do procedimento Entrevista PROCEDIMENTOS PARA TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES DO ESTUDO (PACIENTES E PROFISSIONAIS) CONHECIMENTOS QUANTO À SONDAGEM VESICAL DE DEMORA CONDUTA DOS ENFERMEIROS PESQUISADOS FRENTE À INSERÇÃO DA SVD CONDUTAS DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM FRENTE À MANIPULAÇÃO DA SVD RISCO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXO... 97

18 17 1 INTRODUÇÃO As Infecções Hospitalares (IH), segundo Martins (2001), são todas as infecções adquiridas no hospital, podendo não se manifestar ou podem estar fora do período de incubação no ato da admissão, a não ser que possam ser relacionadas à internação prévia no mesmo hospital. No período medieval, foram criadas as instituições que serviam para alojar pessoas doentes, peregrinos, pobres e inválidos, constituindo, inclusive, locais de separação e de exclusão de seu convívio social. Naquele momento, ficava claro que a reunião indiscriminada dessas pessoas num ambiente confinado facilitava a transmissão de doenças contagiosas, originando assim, a IH (FOCAULT, 1985). Em 1847, Ignaz Semmelweis, preconizou a lavagem das mãos com água clorada para todo examinador, antes de tocar na parturiente. Esta medida contribuiu para reduzir drasticamente a mortalidade materna por febre puerperal, em apenas sete meses, de 12% a 3% (MARTINS, 2001). De acordo com a história, as IH existem desde o princípio dos hospitais. Este assunto só passou a ser valorizado e estudado pelos profissionais de saúde, a partir do trabalho de Florence Nightingale, enfermeira que atuava nos hospitais militares ingleses, em meados do século XIX. Ela transformou a instituição hospitalar e trouxe à tona uma nova concepção de doença, originando assim a enfermagem moderna. Foi através dela, que se iniciou o desenvolvimento de uma preparação formal e sistemática para a aquisição de um conhecimento e de uma maneira de trabalhar diferente do modo médico. A atuação de Florence Nightingale fez com que a percepção da doença como um esforço para restaurar a saúde se mostrasse como uma ideia fecunda, dando à Enfermagem uma dimensão original a de favorecer esse processo reparativo mediante o uso do ar puro, da luz, do calor, da limpeza, do repouso e da dieta. Com isso, surgia uma abordagem epidemiológica das doenças infecciosas (NIGHTINGALE, 1989; LACERDA, 1997). É importante sabermos que a infecção hospitalar pode ocorrer durante a hospitalização ou mesmo após a alta do paciente, desde que seja possível associarmos aos procedimentos realizados durante a internação (MARTINS, 2001). De todos os pacientes numa instituição hospitalar, mais de 10% (dez por cento) necessitam utilizar a sonda vesical (mesmo que temporariamente) ou realizar alguma manipulação no trato urinário, e principalmente os de unidade de terapia intensiva (UTI). Pela complexidade desse setor, um número elevado de procedimentos invasivos e múltiplas

19 18 terapias precisam ser realizados nos pacientes lá internados. Tais procedimentos são citados como um dos fatores de grande relevância para a aquisição de IH, sendo assim sempre destacado como o setor de maior incidência de infecções hospitalares (JÚNIOR, 2003; SOUZA, 2007; NETO, 2008). Em se tratando de infecções hospitalares, Luchetti (2005) e Fernandes (2006) citam as infecções do trato urinário (ITU) entre as quatro de maior ocorrência no ambiente hospitalar, chegando a ser a de maior freqüência, com aproximadamente 40% do total, ocasionando aumento considerado de custos hospitalares, além de seqüelas e danos imensuráveis ao paciente. Estudos mostram que as infecções urinárias são normalmente associadas ao uso de cateter ou sonda vesical de demora (SVD), e seu uso tem sido bastante discutido na comunidade médica por se tratar de um dispositivo invasivo e que, dependendo dos critérios de inserção e de manutenção em seu uso, quase sempre levam à infecção do trato urinário (FERNANDES, 2000; STAMM, 2006; PRATT, 2007). Após o manuseio do trato urinário, como a sonda vesical de demora (SVD), a bacteriúria (presença de bactérias na urina) é a complicação mais freqüente. Esta realidade faz com que exista a necessidade de haver capacitação contínua do profissional executor, pois a falha na técnica correta poderá levar o paciente a adquirir ITU (LIMA, 2007; SOUZA, 2007). Para Martins (2001) e Neto (2008), essa bacteriúria pode acontecer por volta dos 7 a 10 dias após a sondagem vesical, podendo ser sintomática ou não. Mas Navarrete (2007), num estudo realizado na Espanha, diz que a partir do quarto dia de sondado, pode-se desenvolver a bacteriúria em até 96% dos casos, e que essa ocorrência acontece mais rapidamente nos usuários do sexo feminino. E a partir dessa infecção, de 13 a 30% dos pacientes morrem, mostrando assim, a elevação significativa em até três vezes da taxa de mortalidade nos pacientes hospitalizados que adquirem ITU. No desenvolvimento desta pesquisa, consideraremos como procedimento de sondagem vesical tanto a técnica de inserção da SVD, quanto cuidados de manutenção enquanto seu uso. Sem dúvida, o enfermeiro é o profissional que mais realiza o procedimento de sondagem vesical e, portanto, o principal responsável pela manutenção adequada do sistema de drenagem urinária enquanto uso deste dispositivo (SOUZA, 2007). No entanto ainda encontramos instituições que esses procedimentos têm sido realizados pelos técnicos de enfermagem, com certa freqüência.

20 19 O procedimento de sondagem vesical de demora é atribuição do enfermeiro, estando legalmente regularizado no Art.11 da Lei do Exercício Profissional da categoria, nº 7.498/86 (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 1986, p.2), que cita como atividade privativa do enfermeiro: 11 Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida. 12 Cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. Indicadores de Infecção Hospitalar e do Trato Urinário foram solicitados, por diversas vezes, tanto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como às Vigilâncias Estadual e Municipal, dados de ITU do Brasil, não se obtendo resposta alguma. Porém, sabese que existem dificuldades em ter esses valores, devido à falta de dados uniformizados de todos os Hospitais do país, e de envio à esfera federal de Vigilância Sanitária. A ANVISA tem, em fase de aprimoramento e implantação, um sistema de notificação de Infecção Hospitalar (SINAIS), on-line, que obriga os hospitais a notificarem mensalmente esses agravos, bem como consolidarem os dados anualmente, enviando pela internet todos os indicadores relativos às Infecções Hospitalares em todo o Brasil. As infecções urinárias ao acometerem o usuário do sistema de saúde, quando curadas, podem deixar seqüelas, principalmente no tocante a traumas relacionados ao procedimento de inserção, bem como em decorrência do manuseio inadequado do sistema enquanto seu uso, como por exemplo, a perda da integridade do esfíncter (LIMA, 2007). Pode, em casos extremos, também levar ao óbito por septicemia, uma vez que a ascensão bacteriana acontece diretamente pela e para a corrente sanguínea. Para facilitar a compreensão, precisamos ter o conhecimento que o profissional de saúde tem a responsabilidade de quebrar o círculo agente infeccioso transmissão hospedeiro, que resulta na ocorrência de infecção hospitalar, na prática de medidas de controle que gira em torno de procedimentos básicos, como a lavagem das mãos entre outras. O procedimento de sondagem vesical de demora é consenso entre estudiosos na área, mas quanto às condições presentes no momento da inserção (se assépticas ou não), encontramos no Guideline do CDC que alguns experts no assunto não acham vantagem em usar técnica asséptica no momento de limpar o meato uretral, antes da inserção do cateter. Eles acham que é prioritário ter instrumentais estéreis e lubrificantes também estéreis e, em porções de uso único (PRATT, 2007). No entanto, esse ponto pode ser questionável, uma vez que seria inadequada a não utilização de técnica asséptica na limpeza do meato uretral e usarem instrumentais e lubrificantes assépticos antes da inserção da sonda, pois estaria

21 20 contaminando todo o processo, promovendo a ascensão bacteriana ocasionada na introdução da SVD. Durante muito tempo, após a grande descoberta da sondagem vesical de demora achou-se ter descoberto a melhor forma de tratar pacientes com bexiga neurogênica ou aqueles que tinham incontinência urinária. No entanto, seu uso tem sido realizado de maneira, muitas vezes, indiscriminado, onde podemos até encontrar motivos absurdos para seu uso, como diminuir o trabalho da equipe de enfermagem em profissionais sobrecarregados (HOMENKO, 2003). Baseada na minha experiência profissional na área, foi percebido que nem todos os enfermeiros se preocupam em obedecer a um procedimento padronizado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição, muitas vezes por desconhecerem quanto a sua real importância como profissional detentor do conhecimento que pode oferecer a segurança necessária, e garantir ao usuário a recuperação de sua saúde, o mais precoce possível, evitando complicações infecciosas ou não enquanto internado na UTI. Diante dos dados de ITU citados neste trabalho vimos que a responsabilidade da instalação de uma nova infecção e que, se essa prática for feita apenas nos casos bem avaliados, indicados e adequada, poderíamos prevenir novas ocorrências. A sondagem vesical de demora é considerada um procedimento complexo, que necessita da aplicação de conhecimentos de base científica ao executar, podendo também ser realizado em pacientes graves com risco de vida e que, muitas vezes, necessita de tomada de decisões imediatas por parte do enfermeiro. Não podemos esquecer que e a SVD está como um dos principais fatores de risco à aquisição de ITU em pacientes hospitalizados. Por esses motivos, o enfermeiro precisa assumir, de fato o que a legislação preconiza como atividade privativa da categoria, na execução desse procedimento, pois o que ainda ocorre freqüentemente é a execução desse procedimento pela equipe de enfermagem como um todo, não somente o enfermeiro. Dessa forma, acreditamos estar diminuindo a possibilidade de ocorrência de novas infecções. Partindo-se do pressuposto que o conhecimento sobre o procedimento da técnica e manutenção do sistema coletor de drenagem urinária tem sido ensinado nas universidades e cursos profissionalizantes e que ações inadequadas ao que é preconizado institucionalmente, acerca do procedimento, estão associadas à ocorrência de ITU, é necessário que o enfermeiro e técnicos de enfermagem se conscientizem quanto a sua importância nesse processo, através de estudo, pesquisas, práticas e supervisão como líder de equipe. Pois somente assim poderemos comprovar que existem deficiências quanto à referida prática e que pode estar

22 21 diretamente relacionada ao número crescente de ITU associadas ao uso de SVD. Essa deficiência pode estar atribuída muitas vezes, às políticas de gestão hospitalar existente no sistema de saúde, que muitas vezes, coloca atribuições outras para o enfermeiro, de maneira que ele acaba deixando de priorizar esse cuidado. Dessa forma, o profissional enfermeiro deixa de fazer ciência para simplesmente, fazer técnica. Ao escolhermos para esta pesquisa um hospital com característica de ensino, torna-se necessário estudar os conhecimentos e condutas da equipe de enfermagem no tocante ao procedimento de sondagem vesical de demora, de como a SVD é inserida e como é manuseada durante seu uso. Pois o que se vê, na prática, não contempla totalmente a um padrão que deveria estar estabelecido universalmente na referida instituição. Podemos afirmar que a infecção hospitalar de um modo geral pode aumentar os custos relacionados à internação hospitalar, tendo em vista a grande possibilidade de complicações infecciosas secundárias como septicemia, podendo levar até óbito, relacionando-se tanto com o retardo do tratamento do paciente como em sua alta. Dessa forma, também pode acontecer uma diminuição no índice de giro de leito (número de pacientes internados / número de leitos hospitalares), aumentando também as taxas de IH que, por sua vez, têm que ser divulgadas a toda comunidade médica. Esses fatores justificam a enorme preocupação dos administradores e gestores hospitalares ligados aos custos diretos e indiretos da assistência à saúde. Sendo a infecção do trato urinário a principal infecção hospitalar no Brasil e no mundo, e sabendo que o enfermeiro é o executor deste procedimento e o responsável pela sua manutenção, embora ainda seja realizado pelos demais membros da equipe de enfermagem, foi escolhido como objeto de estudo o desenvolvimento da ITU associado ao procedimento de sondagem vesical de demora realizado pela equipe de enfermagem. Por esse motivo, torna-se importante estudarmos nesta pesquisa, o procedimento de sondagem vesical de demora realizado pelo enfermeiro e pelo técnico de enfermagem e sua possível associação aos valores de ITU na população em estudo. Com base na problemática descrita, citaremos abaixo alguns questionamentos que tentamos responder por meio desta pesquisa. - Como a equipe de enfermagem desenvolve o procedimento de sondagem vesical de demora? - Qual o grau de conhecimento que o profissional de enfermagem tem sobre o procedimento de sondagem vesical de demora? - A adequação do conhecimento e procedimento de sondagem vesical de demora influencia no índice de ITU?

23 22 A relevância desta pesquisa se pauta nas frequentes necessidades dos usuários do sistema de saúde, de intervenções hospitalares, devendo assim receber a assistência pelas quais as instituições se propõem e direcionada à sua necessidade. Entretanto, muitas vezes esses procedimentos não oferecem a segurança adequada visando sua melhora clínica, aumentando sua exposição aos riscos de complicações e/ou seqüelas. Destacam-se assim, a frequente ocorrência da utilização, pelos usuários, da Sonda Vesical de Demora (SVD) proposta para esta pesquisa. As instituições, por sua vez, tem a responsabilidade enquanto prestadoras de serviços de saúde, de oferecer condições de infra-estrutura adequada para que seja prestada assistência ao paciente no tocante à recuperação de sua saúde, bem como na prevenção de Infecções Hospitalares, complicação tão comum na atualidade. Torna-se necessário também a realização urgente da realização de produção científica a respeito da temática, o que pode contribuir para o Controle das Infecções Hospitalares no Brasil. Aos profissionais de enfermagem recai a responsabilidade do cuidado integral durante a internação do usuário, devendo prestar assistência com competência científica e técnica, realidade essa que pode ser facilitada pela capacitação contínua deste profissional no tocante ao cuidado em saúde. Destacando a necessidade do envolvimento na realização de pesquisas científicas relacionadas à prevenção de ITU associada ao uso de SVD, procedimento inerente à prática diária da equipe de enfermagem.

24 23 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar a associação do conhecimento e condutas de inserção e manutenção da sonda vesical de demora pelos profissionais de enfermagem na ocorrência de infecção do trato urinário. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar o grau de conhecimentos relacionados aos procedimentos de sondagem vesical de demora executado pela equipe de enfermagem; Identificar a adequação de condutas relacionadas aos procedimentos de sondagem vesical de demora executado pela equipe de enfermagem; Identificar a associação entre a ocorrência de infecção do trato urinário em pacientes submetidos ao procedimento de sondagem vesical de demora com o conhecimento da equipe de enfermagem.

25 24 3 HIPÓTESES Pautado no pressuposto de que a infecção do trato urinário pode ser causada pelo procedimento de inserção da sonda vesical de demora bem como em decorrência de sua manipulação, ao final do estudo, tentaremos responder às seguintes hipóteses: - Hipótese Nula (H 0 ): A inadequação do conhecimento e/ou procedimento de sondagem vesical de demora realizado pela equipe de enfermagem não influencia na ocorrência de ITU. - Hipótese Alternativa (H 1 ): A inadequação do conhecimento e/ou procedimento de sondagem vesical de demora realizado pela equipe de enfermagem influencia na ocorrência de ITU. Para verificação das hipóteses do estudo, utilizamos as seguintes hipóteses estatísticas: H 0 = µcon Inad e/ou COND Inad f ITU (Teste Mann-Whitney U, ρ < 0,05) fcon Inad e/ou COND Inad f ITU (Teste x², ρ < 0,05, correlação de Spearman) H 1 = µcon Inad e/ou COND Inad > f ITU (Teste Mann-Whitney U, ρ < 0,05) fcon Inad e/ou COND Inad > f ITU (Teste χ2, ρ < 0,05, correlação de Spearman) Onde, H 0 = hipótese nula. H 1 = Hipótese alternativa. CON Inad = Conhecimento inadequado do procedimento de SVD. COND Inad = Conduta inadequada do procedimento de SVD. µcon Inad = Média de conhecimentos inadequados do procedimento de SVD. fcon Inad = Frequência de conhecimentos inadequados do procedimento de SVD. f ITU = Frequência da ocorrência de infecção do trato urinário Teste Mann-Whitney = Para amostras independentes, com ρ < 0,05, comparando as médias de condutas inadequadas do procedimento de SVD. Correlação de Spearman = Na analise da associação entre as variáveis de conhecimento e conduta do procedimento de SVD com ocorrência de infecção do trato urinário.

26 25 4 REVISÃO DA LITERATURA Neste capítulo contemplamos os seguintes tópicos: Infecção Hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Infecção Hospitalar do Trato Urinário, Procedimento do Cateterismo Vesical: Inserção e Manutenção e Assistência de Enfermagem. 4.1 INFECÇÃO HOSPITALAR Infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor onde os pacientes necessitam passar por múltiplos procedimentos invasivos, devido suas condições críticas de manutenção de sua própria vida. O suporte de vida que são necessários para esses pacientes, enquanto internado em UTI, levam à quebra da integridade dos sistemas orgânicos, aumentando assim o risco de aquisição de infecção hospitalar (IH) (JUNIOR, 2008). Segundo Pittet (1998), mais que um terço dos pacientes internados em UTI acaba adquirindo infecções inesperadas, sendo assim considerada a complicação mais comum nesses pacientes. Podemos encontrar neste setor a associação de fatores propícios ao surgimento de IH, como a existência de pacientes graves e a necessidade de intervenções que são realizadas. Baseados em, Pittet (1998), Stamm (1999) e Júnior (2003), citaremos abaixo os principais fatores de risco à aquisição de IH em pacientes e UTI: a) Dispositivos vasculares: A maioria dos pacientes que necessitam de UTI terá que utilizar alguns desses dispositivos para diagnósticos e/ou terapêuticas. Eles levam à quebra da barreira de proteção da pele, facilitando o acesso dos microrganismos entre o ambiente e a corrente sanguínea. b) Administração de antiácidos e de antagonistas H 2 : Com o intuito de proteger a mucosa gástrica do paciente, acabam sendo muito utilizados, favorecendo a neutralização da acidez natural do estômago, mudando assim, a flora entérica. c) Cânulas endotraqueais: sua instrumentação, utilizada na intenção de ventilar o paciente, acaba possibilitando a infecção pulmonar pela duração de uso e manuseio do sistema. d) Cateteres urinários: Muito utilizados em pacientes que necessitam de cuidados intensivos, que pode levar à Infecção do Trato urinário principalmente pela contaminação na técnica, bem como nos cuidados durante seu uso.

27 26 e) Doenças de base: Portadores de patologias malignas apresentam respostas imunes anormais, resultantes da própria doença e dos tratamentos quimioterápicos, que levam à diminuição significante no número de células fagocitárias. f) Extremos de idade: devido à deficiência natural do sistema imunológico. g) Pacientes com deficiência nutricional: Levam à injúria tecidual, déficit na perfusão e modificação no consumo de oxigênio. A infecção se deve à taquicardia que é causada a partir de mediadores hormonais (citoquinas) e produtos de bactérias, como as endotoxinas. h) Traumas: As alterações na função das células T e B que ocorrem devido ao trauma, diminuem a resistência às infecções em pacientes politraumatizados. Os sítios de infecção mais comuns em pacientes de UTI são: pneumonia, infecção da corrente sanguínea, infecção urinária e infecção da ferida cirúrgica. A pneumonia é associada à alta mortalidade, principalmente quando se utiliza ventilação mecânica. Pode ser adquirida tanto pelo procedimento de entubação, quanto no manuseio e cuidados com a cânula enquanto sendo usada. Outro tipo de abordagem das vias respiratórias, como a nebulização, também deve ser citado como causadores dessas infecções através de água e/ou medicamentos contaminados, apesar de não tão comum (PITTET, 1998). Outras infecções de vias respiratórias também podem ocorrer como traqueobronquites, sinusites, síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) (PITTET, 1998). A infecção de corrente sanguínea se relaciona principalmente à utilização de dispositivos intravenosos e arteriais (FERNANDES, 2000). A infecção urinária é Considerada como a mais freqüente associada a procedimentos invasivos na maioria das instituições, é a mais prevenível, com atitudes relacionadas à educação e treinamento dos profissionais que os executam (GAGLIARDI, 2000). A infecção de ferida é a temida complicação decorrente de um ato operatório, associada principalmente à manipulação de tecidos durante o ato operatório (RABHAE, 2000).

28 Infecção hospitalar do trato urinário Segundo Stamm (1999) a infecção do trato urinário (ITU) é responsável por aproximadamente 35 a 45% de todas as infecções adquiridas no hospital. Dos internados num hospital, mais de 10% são expostos a sondagem vesical de demora (SVD). E somente de 20 a 30% dessas infecções são sintomáticas, sendo as assintomáticas as de maior freqüência, tornando-se o motivo de inquietações na comunidade médica. Rosenthal (2004) cita em seu trabalho que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) define como infecção do trato urinário, aquela que o paciente desenvolve ao menos um dos seguintes sinais e sintomas sem outra causa conhecida: febre (a partir de 38 C), urgência, freqüência, disúria, ou dor/desconforto supra-púbico, além de cultura positiva de urina tendo a partir de 10 5 unidades formadoras de colônia (UFC) e não mais que duas espécies de microrganismos identificadas na cultura. Stamm (1998) e Almeida (2007) afirmam que a ITU ocorre na maioria das vezes nas mulheres devido a alguns fatores inerentes ao aparelho feminino (como tamanho pequeno da uretra e proximidade ao ânus) quando comparado ao masculino (como extensão da uretra e colonização da região periuretral). Existem três tipos de infecções urinárias (linfáticas, hemática ou descendente e urógena ou ascendente), mas somente a ascendente pode ser relacionada ao aspecto preventivo no hospital. No entanto, também se pode considerar o uso de antibióticos como fator de risco importante, devido à interferência entre a droga e o organismo, bem como irritante à cavidade vesical. Porém, sabe-se que a interferência entre os demais fatores de risco e o organismo é dita sistêmica, e não direta, como é o caso da sonda vesical de demora (LIMA, 2007). Em se tratando da interferência direta, a introdução da SVD em um sistema orgânico estéril facilita a entrada de microrganismos da sonda na uretra, e promove a remoção dos mecanismos de defesa intrínsecos do hospedeiro, como a micção e o esvaziamento da bexiga, sendo considerado assim, como risco potencial de ITU (HOMENKO, 2003; LIMA, 2007). Para minimizar essa ocorrência, o sistema coletor fechado de drenagem urinária tem aperfeiçoado com o passar dos tempos, retardando, mas não eliminando o risco de ITU. Neste sistema, a sonda de Foley é introduzida pelo meato urinário, de forma asséptica, e conectada a uma bolsa coletora (STAMM, 1999). Stamm (1998) defende ainda quanto aos fatores de risco de ITU, os fatores alteráveis (variáveis) e inalteráveis (invariáveis). Os primeiros são os que podemos modificar com

29 28 medidas inerentes ao profissional de saúde e o segundo, são os que dependem exclusivamente do paciente e que o profissional não pode mudar com sua prática. O quadro a seguir, mostra esses fatores. FATORES DE RISCO ALTERÁVEIS Indicação da cateterização Tempo de cateterização Técnicas de cuidado com o cateter Tipo de drenagem do sistema Utilização de antimicrobianos Fonte: Stamm (1998). FATORES DE RISCO INALTERÁVEIS Sexo feminino Idade avançada Doença subjacente grave Colonização do meato uretral Quadro 1: Fatores de risco de infecção associados com a duração da cateterização, segundo a sua possibilidade de alteração de acordo com Stamm (1998). Existem várias vias para os microrganismos infectarem o trato urinário, vai depender do agente causador, do tamanho de seu inóculo e do mecanismo de defesa de seu hospedeiro, muitas vezes comprometido pela quantidade de procedimentos invasivos inerentes, como a cateterização vesical (GAGLIARDI, 2000). A Figura 1 mostra sinteticamente como pode ocorrer essa contaminação através da cateterização vesical. As vias de acesso nos pacientes que fazem uso de SVD à penetração de microrganismos no trato uretral são: contaminação durante a introdução, por via ascendente periuretral (espaço extraluminal entre o cateter e a luz da uretra) e contaminação do sistema de drenagem (intraluminal), como apresentado na figura a seguir (STAMM, 1998; FERNANDES, 2000; HOMENKO, 2003).

30 29 Fonte: Stamm (1998); Fernandes (2000) e Homenko (2003). Figura 1: Pontos de entrada de bactérias causadoras de infecção do trato urinário associada ao uso da SVD. Não podemos deixar de ressaltar a importância da existência do biofilme (restos de proteínas e toxinas de alguns microrganismos que ficam aderidos na luz do cateter) como importante para a ocorrência de ITU relacionada à SVD, e servem como meio de cultura para a proliferação bacteriana (MAKI, 2001). As complicações e seqüelas que ocorrem com mais freqüência nos pacientes que usam SVD por longo tempo (>10 dias), são elas: infecções recorrentes, prostatites, epididimite, vesiculite seminal e infecção renal. Mas a complicação de maior gravidade são as infecções de corrente sanguínea secundária ao uso de SVD. Essas complicações podem ser evitadas, minimizadas e controladas com a implementação de um programa de vigilância infecções hospitalares, pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (JUNIOR, 2008). 4.2 PROCEDIMENTO DE SONDAGEM VESICAL DE DEMORA: INSERÇÃO E MANUTENÇÃO A Sondagem Vesical de Demora é um dos procedimentos mais comuns no ambiente de terapia intensiva, que podem ter algumas indicações como: drenagem urinária, mensuração do débito urinário, irrigação vesical em pacientes que apresentam obstrução (coágulos, cálculos ou tumores) ou em pós-operatório de cirurgias urológicas, instilação de

31 30 medicamentos em pacientes portadores de cistite intersticial (dimetilsulfóxido DMSO) ou ONCO-BCG como imunoterapia no câncer de bexiga (HOMENKO, 2003). Potter (1998) e Cruz (2005) definem como sondagem ou cateterismo vesical, a introdução de um dispositivo plástico ou de borracha (sonda vesical) estéril pelo meato uretral até a bexiga para drenagem da urina, com o objetivo de promover o completo esvaziamento da urina e de maneira contínua. Porém recomenda-se recorrer a outros métodos de esvaziamento da bexiga, por representar um risco de aquisição de infecção do trato urinário Indicação da sondagem vesical de demora, baseado em Potter (1998): - Presença de algum obstáculo à eliminação da urina, como estenose uretral e aumento de volume da próstata. - Pacientes submetidos à cirurgia envolvendo a uretra e/ou as estruturas vizinhas. - Prevenção de obstrução da uretra por coágulos sanguíneos, como tumores de bexiga. - Controle rigoroso de diurese em pacientes inconscientes. - Evitar lesões de pele em pacientes inconscientes ou seriamente desorientados. - Favorecer irrigação contínua ou intermitente da bexiga Procedimento para a inserção da SVD, segundo e Homenko (2003) e Cruz (2005): - Verificar a indicação e a finalidade do procedimento; - Escolher a sonda de acordo com o objetivo e sexo do paciente: sexo feminino, do nº 10F ao 14F, e para o sexo masculino, pode-se chegar até ao nº 16F. - Lavar as mãos e preparar o material numa bandeja: pacote de cateterismo vesical esterilizado, contendo cuba-rim, cuba redonda (cúpula), gazes estéreis, luvas estéreis (2 pares), luvas de procedimento não estéril (01 par), solução antisséptica, ampola de água destilada (10 ml), seringa de 10 ml e agulha de 40x12, lubrificante (xylocaína gel), coletor de urina sistema fechado, fita adesiva para fixação da sonda. - Explicar o procedimento para o paciente. - Isolar o ambiente com biombos. - Realizar higiene íntima, com luvas de procedimento não estéril. - Lavar as mãos novamente. - Posicionar o paciente de acordo com o sexo.

32 Feminino (posição ginecológica) - Abrir o pacote de cateterismo. - Colocar o antisséptico na cúpula estéril. - Abrir o material descartável e colocá-lo sobre o campo (sonda, gaze, coletor de urina sistema fechado). - Colocar o lubrificante sobre a gaze. - Preparar a seringa com água destilada na quantidade indicada na sonda de Foley. - Calçar luvas estéreis e aproximar o material do cateterismo até a região vulvar. - Testar o balonete da sonda. - Conectar o coletor de urina à sonda de Foley. - Lubrificar a ponta da sonda, mantendo-a protegida com gaze. - Fazer a antissepsia da vulva com o auxílio de uma pinça e da gaze embebida em antisséptico. - Separar os grandes lábios com os dedos indicador e polegar até visualizar o meato urinário, mantendo essa posição até a introdução completa da sonda. - Iniciar a limpeza pelo meato urinário; utilizando uma gaze diferente para cada movimento. - Fazer movimentos de cima para baixo, no sentido púbis-ânus. - Introduzir a sonda no meato sem forçar, até observar a drenagem da urina. - Insuflar o balonete com a seringa e água destilada, tracionando delicadamente a sonda em seguida. - Fixar a sonda com adesivo e prender a bolsa coletora em nível abaixo do corpo (na cama, por exemplo). - Recolher o material, lavar as mãos e anotar no prontuário o procedimento realizado, bem como suas intercorrências Masculino (decúbito dorsal, com os membros inferiores afastados) - Abrir o pacote de cateterismo. - Colocar o antisséptico na cúpula. - Abrir o material descartável (sonda, gaze, coletor sistema fechado). - Preparar a seringa com água destilada na quantidade indicada pela sonda de Foley. - Calçar as luvas estéreis. - Conectar o coletor de urina sistema fechado à sonda.

33 32 - Fazer a antissepsia, erguendo o pênis com indicador e o polegar em posição perpendicular ao abdome e exponha a glande; fazendo limpeza em movimentos circulares, partindo sempre do meato urinário. - Lubrificar a sonda com xylocaína gel. - Introduzir a sonda no meato, sem forçá-la, até observar a drenagem da urina. - Insuflar o balonete com água destilada, tracionando delicadamente a sonda, fixando-a na região supra-púbica, mantendo o pênis elevado, prendendo o coletor de urina em nível baixo. - Recolher o material. - Lavar as mãos. - Registrar no prontuário o procedimento, anotando todas as observações e intercorrências Principais cuidados relacionados ao procedimento de sondagem vesical, segundo Constantino (1990), Homenko (2003) e Getliffe (2006) - Na escolha do diâmetro do cateter, vimos que quanto maior o diâmetro, melhor a drenagem. Porém, os cateteres de maior calibre podem levar à oclusão das glândulas parauretrais, levando a formação de abscessos e estenose, bem como erosão do esfíncter externo e do ângulo penoescrotal. Por esse motivo, deve-se escolher um diâmetro que, seguramente, não cause nenhum desses traumas, ou seja, um de menor calibre que também favoreça a uma boa drenagem (HOMENKO, 2003). A indicação dos cateteres mais calibrosos somente deve estar restrito a procedimentos urológicos passíveis da formação de coágulos (CONSTANTINO, 1990; GETLIFFE, 2006). - Quanto ao uso de lubrificantes para a introdução da sonda, é preferível o uso de substâncias hidrossolúveis, como a lidocaína geléia a 2%, pois têm sido relatados alguns casos de embolia gordurosa devido à absorção de substâncias oleosas, como a vaselina estéril (HOMENKO, 2003). - A drenagem da urina pode ser verificada da posição intravesical até a extremidade distal da sonda. Porém, em pacientes do sexo masculino, recomenda-se introduzir o cateter até a extremidade distal para que possamos confirmar que o balão de retenção está dentro da bexiga, inviabilizando sua insuflação na uretra. Em casos de imperícia, a extremidade distal do cateter não atingir o oco vesical, permanecendo na luz da uretra posterior, ao insuflar o balão, poderemos causar traumatismo uretral, causando graves seqüelas.

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU M Pr02 1 de 5 Histórico de Revisão / Versões Data Versão/Revisões Descrição Autor 1.00 Proposta inicial EB, MS RESUMO A infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde (ITU-RAS) no adulto

Leia mais

SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA

SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA SONDAGEM VESICAL SONDAGEM VESICAL DEMORA FEMININA MATERIAL: Bandeja com pacote de cateterismo vesical; Sonda vesical duas vias(foley) de calibre adequado (em geral n. 14); Xylocaína gel, gazes, luvas estéreis;

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA IRAS As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) consistem em eventos adversos ainda persistentes nos

Leia mais

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003

FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ. N 0 Recomendação REC - 003 Página 1/6 1- INTRODUÇÃO: O trato urinário é um dos sítios mais comuns de infecção hospitalar, contribuindo com cerca de 40% do total das infecções referidas por hospitais gerais. Além das condições de

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010 Assunto: Desobstrução de sonda vesical de demora. 1. Do fato Profissional de enfermagem questiona se enfermeiros e técnicos de enfermagem podem realizar desobstrução

Leia mais

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI Débora Onuma Médica Infectologista INTRODUÇÃO O que são Indicadores? 1. Indicador é uma medida quantitativa que pode

Leia mais

Cateterismo Vesical KAREN CRISTINA KADES ANDRIGUE 02/2014

Cateterismo Vesical KAREN CRISTINA KADES ANDRIGUE 02/2014 Cateterismo Vesical KAREN CRISTINA KADES ANDRIGUE 02/2014 Cateterismo Vesical Termo correto = CATETERIZAÇÃO VESICAL Cateter: dispositivo tubular com luz, mais utilizados para drenagem de líquidos ou infusão

Leia mais

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA A CATETERISMO VESICAL Definição: Infecção urinária sintomática associada ao cateter: Febre > 38 o C ou sensibilidade suprapúbica e cultura positiva

Leia mais

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA

CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA CUIDADOS NO DOMICILIO COM CATETER VESICAL DE DEMORA Mateus Antonio de Oliveira Calori 1 Paula de Cássia Pelatieri 2 RESUMO Sondagem vesical de demora é um procedimento invasivo que tem por objetivo o esvaziamento

Leia mais

Limpeza hospitalar *

Limpeza hospitalar * CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO São Paulo, março de 2009. Limpeza hospitalar * Limpeza hospitalar é o processo de remoção de sujidades de superfícies do ambiente, materiais e equipamentos,

Leia mais

Cateterismo Vesical. APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho

Cateterismo Vesical. APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho Cateterismo Vesical APRIMORE- BH Professora: Enfª. Darlene Carvalho Cateterização intermitente Alivio do desconforto da distensão da bexiga, provisão da descompressão Obtenção de amostra de urina estéril

Leia mais

Sondagens Gastro Gastro-intestinal Vesical Retal Priscilla Roberta Rocha Enfermeira - Especialista em Clínica Médica DEFINIÇÕES SONDA - Tubo que se introduz no organismo em canal natural ou não, para reconhecer-

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese.

Consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese. PÁG:1 CONCEITO Consiste na introdução de um cateter estéril via uretral até a bexiga para esvaziamento e controle da diurese. FINALIDADE - Promover a drenagem urinária. -Realizar o controle rigoroso do

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical

Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO HOSPITAL DE CLÍNICAS DIVISÃO DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM Prevenção de Infecções relacionadas ao Cateter Vesical Instrutora: Enf, Dra.Thaís

Leia mais

III Simpósio de Pesquisa e de Práticas Pedagógicas dos Docentes do UGB ANAIS - 2015 EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UNIDADE HOSPITALAR

III Simpósio de Pesquisa e de Práticas Pedagógicas dos Docentes do UGB ANAIS - 2015 EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UNIDADE HOSPITALAR EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UNIDADE HOSPITALAR Andreza de Jesus Dutra Silva Mestre em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - UniFOA; Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva - USS; MBA em Administração

Leia mais

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL HEMOCENTRO DE BELO HORIZONTE 2015 TRANFUSÃO SANGUÍNEA BREVE RELATO Atualmente a transfusão de sangue é parte importante da assistência à saúde. A terapia transfusional

Leia mais

Reportagem Gestão de Resíduos

Reportagem Gestão de Resíduos 22 Reportagem Gestão de Resíduos Conexão 32 Setembro/Outubro 2010 23 Enfermagem na gestão de resíduos Uma das etapas mais complexas da segurança e da limpeza hospitalar está relacionada à gestão dos Resíduos

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual Diadema Prêmio Amigo do Meio Ambiente 2013 PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA Hospital Estadual de Diadema Responsáveis: João Paulo

Leia mais

Prezados Associados,

Prezados Associados, Prezados Associados, Para facilitar a comunicação e dirimir as principais dúvidas sobre a utilização dos nossos serviços, o FISCO SAÚDE traz agora guias de procedimentos por assunto. O conteúdo está distribuído

Leia mais

DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Elaine Pina

DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Elaine Pina DA IH À IACS: A NOMENCLATURA MUDOU ALGUMA COISA? Hospitais Públicos P e Privados Elaine Pina O NOME DAS COISAS What s s there in a name? A rose by any other name would smell as sweet William Shakespeare

Leia mais

CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE

CATETERISMO VESICAL INTERMITENTE Revisão: PÁG: 1 CONCEITO É a introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina. FINALIDADE Esvaziamento da bexiga em pacientes com comprometimento ou ausência

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2014. Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente 2014. Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2014 Ensino Técnico Etec Etec: PAULINO BOTELHO Código: 091 Município: São Carlos Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde Habilitação Profissional: : Técnico em Enfermagem Qualificação:

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

Relatório de Gestão da CCIH

Relatório de Gestão da CCIH Relatório de Gestão da CCIH 1 - Apresentação A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH é formada por membros executores -01 enfermeira, 01 farmacêutica e 01 infectologista e consultoresrepresentantes

Leia mais

O desafio é A Segurança do Paciente

O desafio é A Segurança do Paciente O desafio é A Segurança do Paciente CAISM - Fevereiro de 2011: Implantação do Segundo Desafio Global Cirurgias Seguras Salvam Vidas Profª Drª Roseli Calil Enfº Adilton Dorival Leite Conhecendo um pouco

Leia mais

Norma - Algaliação. Terapêutica Permitir a permeabilidade das vias urinárias. Diagnóstica Determinar por exemplo o volume residual

Norma - Algaliação. Terapêutica Permitir a permeabilidade das vias urinárias. Diagnóstica Determinar por exemplo o volume residual Norma - Algaliação DEFINIÇÃO Consiste na introdução de um cateter da uretra até á bexiga. É uma técnica asséptica e invasiva. Sendo uma intervenção interdependente, isto é, depende da prescrição de outros

Leia mais

Gráfico 01: Número de EAS que notificaram mensalmente dados de IRAS no SONIH em 2013:

Gráfico 01: Número de EAS que notificaram mensalmente dados de IRAS no SONIH em 2013: BOLETIM INFORMATIVO DENSIDADES DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO ESTADO DO PARANÁ, NOTIFICADAS ATRAVÉS DO SISTEMA ONLINE DE NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR (SONIH) Os

Leia mais

METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO

METODOLOGIA RESULTADOS E DISCUSSÃO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM A SAÚDE DO HOMEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Ingrid Mikaela Moreira de Oliveira Enfermeira Mestranda em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri-URCA ingrid_lattes@hotmail.com

Leia mais

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde CURSO DE ATUALIZAÇÃO Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde Promoção da Saúde do Trabalhador da Saúde: conscientização acerca do uso de luvas e higienização das mãos pelos

Leia mais

GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR

GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR GERENCIANDO O HOME CARE Utilizando os indicadores de desempenho para a melhor tomada de decisão. CONTROLE DE INFECÇÃO DOMICILIAR Dra Carla Guerra Médica Infectologista Pronep-SP Patrocínio: Realização:

Leia mais

O CUIDADO PRESTADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

O CUIDADO PRESTADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 O CUIDADO PRESTADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Aline Paula

Leia mais

ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO

ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO Thatianny Tanferri de Brito PARANAGUÁ; Ana Lúcia Queiroz BEZERRA. Faculdade de Enfermagem Universidade Federal de Goiás ttb.paranagua@gmail.com;

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde

O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde O papel da CCIH no Processamento de Roupas de Serviços de Saúde A Portaria MS nº 2616/98 define a Infecção Hospitalar (IH) como sendo aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante

Leia mais

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE Elaborado por: Ana Paula de Menezes Assistente Social da CASSIND APRESENTAÇÃO A internação domiciliar ou home care é compreendida como a instalação de uma estrutura

Leia mais

1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 1. CONCEITOS E OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SEGUNDO A LEI 8.080, DE 1990, QUE INSTITUIU O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), PODE SER DEFINIDA COMO: O CONJUNTO DE AÇÕES

Leia mais

Uma área em expansão. Radiologia

Uma área em expansão. Radiologia Uma área em expansão Conhecimento especializado e treinamento em novas tecnologias abrem caminho para equipes de Enfermagem nos serviços de diagnóstico por imagem e radiologia A atuação da Enfermagem em

Leia mais

ATUALIZAÇÃO EM FERIDAS CUTÂNEAS E CURATIVOS

ATUALIZAÇÃO EM FERIDAS CUTÂNEAS E CURATIVOS ATUALIZAÇÃO EM FERIDAS CUTÂNEAS E CURATIVOS Taís Lopes Saranholi Universidade do Sagrado Coração, Bauru/SP E-mail: tais_saranholi@hotmail.com Cássia Marques da Rocha Hoelz E-mail: cassiarocha@bauru.sp.gov.br

Leia mais

Identificar o conhecimento dos portadores de. administração da insulina no domicílio.

Identificar o conhecimento dos portadores de. administração da insulina no domicílio. INSULINA NO DOMICÍLIO: AVALIAÇÃO DO USO DOS INSULINO-DEPENDENTES DE UMA UBSF DE CAMPINA GRANDE-PB. ELISÂNGELA BRAGA DE AZEVEDO* FLÁVIA ALVES AGUIAR SIQUEIRA ELAINE BRAGA FAUSTINO INTRODUÇÃO Escolha do

Leia mais

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação.

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação. Academia Snooker Clube Sorocaba - SP Paulo Dirceu Dias www.snookerclube.com.br paulodias@pdias.com.br

Leia mais

DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar

DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar DoctorClean Controle de Infecção Hospitalar Aspectos Técnicos - Especificação Funcional InfoMed Systems Cetarius A solução InfoMed Systems-Cetarius para Serviços de Controle de Infecção Hospitalar promove

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO CONCURSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEMA 04: ATIVIDADES DO ENFERMEIRO ATIVIDADES DO ENFERMEIRO SUPERVISÃO GERENCIAMENTO AVALIAÇÃO AUDITORIA

Leia mais

Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar. Enfª. Viviane Silvestre

Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar. Enfª. Viviane Silvestre Prevenção e Controle de Infecção em Situações Especiais: Pacientes em atendimento domiciliar Enfª. Viviane Silvestre O que é Home Care? Metas Internacionais de Segurança do Paciente Metas Internacionais

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção. Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia

Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção. Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia Qualidade e Segurança do Paciente: A perspectiva do Controle de Infecção Paula Marques Vidal APECIH Hospital São Camilo Unidade Pompéia Tópicos 1. CCIH no Brasil 2. CCIH e a Segurança do Paciente: Qual

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais

FISCO. Saúde. Programa de Atenção. Domiciliar GUIA DE PROCEDIMENTOS ANS 41.766-1

FISCO. Saúde. Programa de Atenção. Domiciliar GUIA DE PROCEDIMENTOS ANS 41.766-1 FISCO Saúde ANS 41.766-1 Programa de Atenção Domiciliar GUIA DE PROCEDIMENTOS Prezados Associados, Para facilitar a comunicação e dirimir as principais dúvidas sobre a utilização dos nossos serviços, o

Leia mais

VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO CONCEITUANDO... Vigilância Social : Produção e sistematização de informações territorializadas sobre

Leia mais

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR

DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR DECLARAÇÕES EUROPEIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR As páginas que se seguem constituem as Declarações Europeias da Farmácia Hospitalar. As declarações expressam os objetivos comuns definidos para cada sistema

Leia mais

NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS SOBRE A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS-PB.

NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS SOBRE A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS-PB. NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS ENFERMEIROS SOBRE A SAÚDE DO HOMEM NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS-PB. Antonio José Barbosa Neto (ajbneto_@hotmail.com) 1 Ceciliana Araújo Leite (cecidemais@hotmail.com)

Leia mais

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior 5.1 Nome da iniciativa ou Projeto Academia Popular da Pessoa idosa 5.2 Caracterização da Situação Anterior O envelhecimento é uma realidade da maioria das sociedades. No Brasil, estima-se que exista, atualmente,

Leia mais

CURSO: ENFERMAGEM. Objetivos Específicos 1- Estudar a evolução histórica do cuidado e a inserção da Enfermagem quanto às

CURSO: ENFERMAGEM. Objetivos Específicos 1- Estudar a evolução histórica do cuidado e a inserção da Enfermagem quanto às CURSO: ENFERMAGEM Missão Formar para atuar em Enfermeiros qualificados todos os níveis de complexidade da assistência ao ser humano em sua integralidade, no contexto do Sistema Único de Saúde e do sistema

Leia mais

REVISÃO VACINAS 15/02/2013

REVISÃO VACINAS 15/02/2013 REVISÃO VACINAS 1. Conforme a Lei Federal n o 7.498/86, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, são atividades privativas do enfermeiro: a) administrar medicamentos e prestar consultoria de b) observar

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

Relatório de Gestão da CCIH

Relatório de Gestão da CCIH Relatório de Gestão da CCIH 1 - Apresentação A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH é formada por membros executores -01 Enfermeira, 01 Farmacêutica e 01 Medico Infectologista e consultores-representantes

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL...

Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. HOSPITAL... Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro Cortantes. Baseado na NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria N 1.748 de 30 de Agosto de 2011. HOSPITAL... Validade

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GEFIS Nº 29 / 2010 Abordagem Sindrômica. Participação Legal do Enfermeiro. Programa de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Programa de Atenção Integral em Doenças Prevalentes

Leia mais

Seminário: "TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO"

Seminário: TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO Seminário: "TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL: MERCADO EM ASCENSÃO" FLEURY LINHA DO TEMPO Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso Uma história de sucesso

Leia mais

PARECER COREN-SP 042/2014 CT PRCI nº 5441/2014 Tickets nºs 374.222, 374.252 e 374.523

PARECER COREN-SP 042/2014 CT PRCI nº 5441/2014 Tickets nºs 374.222, 374.252 e 374.523 PARECER COREN-SP 042/2014 CT PRCI nº 5441/2014 Tickets nºs 374.222, 374.252 e 374.523 Ementa: Utilização de luvas de procedimentos para aplicação de vacina. 1. Do fato Profissionais de Enfermagem solicitam

Leia mais

PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital?

PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital? Cartilha de Segurança do PACIENTE Como você pode contribuir para que a sua saúde e segurança não sejam colocadas em risco no hospital? CARO PACIENTE, Esta Cartilha foi desenvolvida para orientá-lo sobre

Leia mais

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA SANTA CASA: SAÚDE PÚBLICA COMPROMETIDA COM A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Responsável pelo trabalho: Bruna Vallandro Trolli Vieira - Analista

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR

BANCO DE QUESTÕES. CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR BANCO DE QUESTÕES CURSO: Terapia intravenosa: práticas de enfermagem para uma assistência de qualidade NÍVEL: SUPERIOR NT1: A importância do conhecimento de anatomia e fisiologia no UE1: Uma abordagem

Leia mais

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. Marianna Salgado Cavalcante de Vasconcelos mary_mscv16@hotmail.com Jadiel Djone Alves da Silva jadieldjone@hotmail.com

Leia mais

Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC)

Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC) Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC) Instruções Esta pesquisa solicita sua opinião sobre segurança do, erros associados ao cuidado de saúde e notificação de eventos em seu hospital

Leia mais

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal.

Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. Agent s Stamp FINETECH - BRINDLEY Controle da bexiga e do intestino após dano na medula espinhal. www.finetech-medical.co.uk Phone: +44 (0)1707 330942 Fax: +44 (0)1707 334143 Especialistas na produção

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O (A) paciente, ou seu responsável, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização

Leia mais

Cirurgia Segura: O que muda após a RDC n 36/2013? Adriana Oliveira Abril - 2014

Cirurgia Segura: O que muda após a RDC n 36/2013? Adriana Oliveira Abril - 2014 Cirurgia Segura: O que muda após a RDC n 36/2013? Adriana Oliveira Abril - 2014 Aspectos a serem abordados: Reflexões sobre: O contexto da Aliança Mundial para Segurança do Paciente. Panorama da Regulamentação

Leia mais

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências Decreto Nº 94.406 / 1987 (Regulamentação da Lei nº 7.498 / 1986) Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências O Presidente da

Leia mais

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão DRENOS CONCEITO É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou podem estar ali presentes. OBJETIVOS DOS DRENOS Permitem

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Experiências educativas no gerenciamento de resíduos gerados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre Tainá Flôres da Rosa contato: tfrosa@hcpa.ufrgs.br telefone:(51)81414438

Leia mais

RESOLUÇÃO CRMV-PA Nº008, de 11 de março de 2015

RESOLUÇÃO CRMV-PA Nº008, de 11 de março de 2015 RESOLUÇÃO CRMV-PA Nº008, de 11 de março de 2015 Normatiza os Procedimentos de Contracepção de Animais de companhia (Cães e Gatos, machos e fêmeas) em Programas de Educação em Saúde, Guarda Responsável

Leia mais

Ilmo Senhor. Vereador Cesar Paulo Mossini. M.D Presidente da Câmara de Vereadores

Ilmo Senhor. Vereador Cesar Paulo Mossini. M.D Presidente da Câmara de Vereadores Ilmo Senhor Vereador Cesar Paulo Mossini M.D Presidente da Câmara de Vereadores O Vereador Jose Carlos Patricio, integrante da bancada do Partido da Social Democracia Brasileira, com assento nesta casa,

Leia mais

ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ANEXO I TERMO DE COMPROMISSO DE APOIO À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR Pelo presente termo de compromisso, de um lado a Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Rio de Janeiro/ Fundo Estadual de Saúde, com endereço

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Alexandre Leite) Reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins incidentes sobre os serviços de administração de dietas enteral e parenteral.

Leia mais

Prezado colega, você sabia:

Prezado colega, você sabia: Prezado colega, você sabia: 1) Que, de maneira geral, as Normas Regulamentadoras (NRs), do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, estabelecem requisitos mínimos legais e condições com objetivo de implementar

Leia mais

Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor

Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor Apresentação Diferente das operadoras que seguem o modelo assistencial predominante no mercado de planos de saúde e focam a assistência

Leia mais

Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002.

Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002. Portaria nº 339 de 08 de Maio de 2002. O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições legais, Considerando a Portaria GM/MS nº 866, de 09 de maio de 2002, que cria os mecanismos para organização

Leia mais

DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES

DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES DIFICULDADES PARA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DE ENFERMAGEM NAS ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES Julianny de Vasconcelos Coutinho Universidade Federal da Paraíba; email: juliannyvc@hotmail.com Zirleide

Leia mais

especialidade Psic. Raquel Pusch pusch11@terra.com.br www.psicosaude.com.br

especialidade Psic. Raquel Pusch pusch11@terra.com.br www.psicosaude.com.br Psicologia Intensiva uma especialidade Psic. Raquel Pusch pusch11@terra.com.br www.psicosaude.com.br PSICOLOGIA INTENSIVA O intensivismo é uma especialidade que apresenta um caráter interdisciplinar voltado

Leia mais

Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86.

Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86. Regulamento da Terapia Nutricional 1. DEFINIÇÕES: Terapia Nutricional (TN): Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do usuário por meio da Nutrição Parenteral

Leia mais

PARECER COREN-DF Nº 004/2011

PARECER COREN-DF Nº 004/2011 PARECER COREN-DF Nº 004/2011 SOLICITANTE: Dr. Obedes de Souza Vasco, Coren-DF nº 191085-ENF, Sra. Margarida de Souza Queiroz, Dra. Luciana Simionatto e Silva, Coren-DF nº 58827-ENF, e Dra. Christiane Gigante,

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ UECE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ UECE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ UECE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM AUTORES: Roberta Meneses Oliveira, Ilse Maria Tigre de Arruda Leitão, Marina Castro Sobral, Sarah de Sá Leite, Ariane Alves Barros,

Leia mais

OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL. Resultados Quantitativos

OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL. Resultados Quantitativos OS CUIDADOS PALIATIVOS EM PORTUGAL Resultados Quantitativos Outubro 2008 1 METODOLOGIA FICHA TÉCNICA Total da Amostra: 606 Entrevistas telefónicas, realizadas por CATI (computer assisted telephone interview).

Leia mais

OS 10 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PARA O SUPERVISOR/ FACILITADOR

OS 10 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PARA O SUPERVISOR/ FACILITADOR 225 Pratique os 10 instrumentos; e você verá os resultados! OS 10 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PARA O SUPERVISOR/ FACILITADOR Lição 4.3 Uma vez definido e assimilado

Leia mais

Entrevista n.º 5. 2. Quais são as suas responsabilidades em termos de higiene e segurança?

Entrevista n.º 5. 2. Quais são as suas responsabilidades em termos de higiene e segurança? Entrevista n.º 5 Empresa: Aurélios Sobreiros Lda. Encarregado 1. A segurança e a higiene do trabalho, bem como a protecção da saúde fazem parte integrante dos princípios que regem a empresa? Quais são

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

PARECER TÉCNICO I ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO:

PARECER TÉCNICO I ANÁLISE E FUNDAMENTAÇÃO: PARECER TÉCNICO ASSUNTO: Solicitação de parecer acerca de Técnico de Enfermagem lotado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de transtorno mental acompanhar paciente internado em outra instituição,

Leia mais

2. Contra indicações relativas: Pacientes hemodinamicamente instáveis e cirurgias urológicas.

2. Contra indicações relativas: Pacientes hemodinamicamente instáveis e cirurgias urológicas. Revisão: 10/07/2013 PÁG: 1 CONCEITO Prática de higiene destinada a identificar pacientes em risco de desenvolver infecção da genitália, do trato urinário ou do trato reprodutivo e assegurar conforto físico.

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

REDE NACIONAL DE MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA EM SERVIÇOS DE SAÚDE REDE RM NOVO TERMO DE ADESÃO

REDE NACIONAL DE MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA EM SERVIÇOS DE SAÚDE REDE RM NOVO TERMO DE ADESÃO REDE NACIONAL DE MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA EM SERVIÇOS DE SAÚDE REDE RM NOVO TERMO DE ADESÃO Atribuições dos participantes da Rede RM 1) Gestor dos Hospitais Colaboradores da Rede RM Indicar

Leia mais