UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PPG PROGRAMA DE PÓS-GRDUAÇÃO ZOOLOGIA APLICADA USO DE ÁREA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BOTOS-CINZA SOTALIA

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PPG PROGRAMA DE PÓS-GRDUAÇÃO ZOOLOGIA APLICADA USO DE ÁREA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BOTOS-CINZA SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA. RENATA LÚCIA GUEDES BATISTA ILHÉUS - BAHIA 2008

2 RENATA LÚCIA GUEDES BATISTA USO DE ÁREA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BOTOS-CINZA SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA. Dissertação apresentada ao curso de Pós Graduação em Zoologia, área de concentração Zoologia Aplicada da Universidade Estadual de Santa Cruz, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Zoologia. Orientador: Prof. Alexandre Schiavetti Co-Orientador: Prof. Martin R. Alvarez ILHÉUS - BAHIA

3 B333 Batista, Renata Lúcia Guedes. Uso de área e associação entre os botos-cinza Sotalia Guianensis (Van Benédén, 1864) do estuário do Rio Paraguaçu - BA / Renata Lúcia Guedes Batiista. Ilhéus, BA: UESC, f. : il. ; anexos. Orientador: Alexandre Schiavetti. Co-orientador: Martin R. Alvarez. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual de Santa Cruz. Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Inclui bibliografia. 1. Boto (Mamífero aquático) Identificação. 2. Áreas estuarinas Paraguaçu, Rio (BA). I. Título. CDD

4 RENATA LÚCIA GUEDES BATISTA USO DE ÁREA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BOTOS-CINZA SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA. Ilhéus BA, 31/03/2008 Alexandre Schiavetti Dr Universidade Estadual de Santa Cruz / DCAA (Orientador) Martin Roberto Alvarez Dr. Universidade Estadual de Santa Cruz / DCB (Co-Orientador) Marta Jussara Cremer Dr. Universidade da Região de Joinville Yvonnick Le Pendu Dr. Universidade Estadual de Santa Cruz 4

5 AGRADECIMENTOS Ao Prof Alexandre Schiavetti pela orientação e força nos momentos mais difíceis que passei no SAT, e por ter sido persistente para que eu continuasse a trabalhar com boto-cinza, mesmo quando tudo estava dando errado; enfim...por mostrar que apesar das dificuldades, foi melhor com boto-cinza do que se tivesse sido com lontra Ao Prof Martin Alvarez pela co-orientação e também por ter continuado trabalhando comigo depois do SAT; A Maria do Socorro pelo convite e apoio em trabalhar na Barra do Paraguaçú, e que apesar de todas as dificuldades e confusões, continuamos a ser o que sempre fomos... Ao Fábio Falcão pelo empréstimo da sua lente mm, pois sem ela nenhum dos nossos esforços teria adiantado. Agradeço também pelos ensinamentos, dicas e material bibliográficos sobre fotografias, e pelas inúmeras vezes na qual tive que incomoda-lo para usar o arcgis; A todos os estagiários do Instituto Mamíferos Aquáticos que ajudaram na coleta como Carol, Tiago, Pauliene, Priscila, Juliana, Jennifer, Lilia, Vânia e, aos que de uma forma ou de outra, também contribuíram com o trabalho: Aninha, Tati, Bily, Toni, Rodrigo,...; A comunidade da Barra do Paraguaçú em especial a Conceição, Patrícia, Eliete, Keno (irmão), Roberto, João, Dedé, Nádia...; A todos os barqueiros que ajudaram na coleta como Crispin, Carlinhos, Digo, Paulinho, Braço...; Ao Instituto Baleia Jubarte por terem me recebido, em especial ao Marcos-Rossi por me ensinar como fazer um catálogo de identificação através do programa Photoshop, pelas bibliografias, sugestões...; Ao Zeca Ortiz pelas inúmeras vezes em que usou do seu precioso tempo para ler os meus projetos, me ensinando como vender meu peixe; pelas conversas através do msn e pelos cafés enquanto eu reclamava e lamentava de como é difícil trabalhar com cetáceos; pelas dicas, sugestões e críticas... A Camilla e Urânia pelo uso indiscriminado do scaner; Ao Leonardo Wedekin pelas correções, criticas e sugestões na minha qualificação; 5

6 Aos professores Gil e Gilson pelas correções, criticas e sugestões na minha qualificação; A todos os outros professores que de uma forma ou de outra contribuíram com o meu crescimento como a Romare, Ana... Ao Alexandre Azevedo pelas sugestões e críticas no inicio do trabalho e as bibliografias cedidas; Ao Yvonnick pela paciência em me ensinar a usar o programa Socprog e por mostrar como usar as inúmeras ferramentas que o programa Excel oferece, além das criticas, correções e sugestões; A todos os meus amigos e colegas do mestrado que vem me acompanhando desde o SAT em especial a: Daniel, Rick, Fábio, Juan Martin, Willian, Dani, Ritinha, Nadson, Ana Teresa, Renato, Luciano, Tati, Gaston, Melissa, Camilla, Urânia, Pauli, Nayara, Cassia, Gabi, Carlos, Léo, Lílian, Marcos, Carla, Poli, Didac... Ao Joana de Angelis pelos longos empréstimos do computador, impressora... Ao Instituto Mamíferos Aquáticos e Projeto MANATI/PETROBRAS pela infraestrutura e apoio logístico a essa pesquisa; A FAPESB/CAPES pela concessão Bolsa A minha família por me fazer existir... 6

7 USO DE ÁREA E ASSOCIAÇÃO ENTRE OS BOTOS-CINZA SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDÉN, 1864) DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA. RESUMO O boto-cinza é um pequeno representante da família Delphinidae, que apresenta preferência por águas protegidas, como ambientes estuarinos e baías. Por estarem estas áreas próximas a atuais áreas urbanas, o boto-cinza sofre ameaças relacionadas a fatores antrópicos. No estuário do Rio Paraguaçú, localizado na Baía de Todos os Santos (Bahia), até o momento, há pouco conhecimento sobre os aspectos ecológicos e sociais da espécie. Sendo assim, este estudo tem como objetivo determinar a área mais utilizada pela população de Sotalia guianensis dentro do estuário do Rio Paraguaçú (BA), verificando a ocorrência de fidelidade de área, assim como estimar a área de vida e as associações entre os indivíduos que a utilizam. As amostragens foram feitas por transecções lineares, através de embarques com cinco a sete horas de duração, entre os anos de 2005 a Através das fotografias foi criado um catalogo de identificação. Para estimar a área de vida, utilizou-se o método mínimo polígono convexo e para a analise da co-ocorrência entre os botos-cinza, foi escolhido o índice de associação Half-Weight Index. Foram identificados 30 indivíduos com um aproveitamento de 19% das fotografias. Os indivíduos apresentaram uma freqüência que variou entre 1 a 18 avistamentos, com somente um indivíduo avistado apenas uma vez (3,33%). A maior concentração dos animais ocorreu em áreas com profundidades entre 20 a 30 m e fáceis sedimentares de argila siltosa e cascalho. O tamanho das áreas de vida variou de 0,97 a 8,76 Km 2, com uma área em comum entre eles de 0,05 Km 2. Os índices de associação foram moderadamente baixos, com uma alta proporção de possíveis pares de indivíduos a serem observados juntos. Neste estudo foi constatado o uso de uma pequena área de vida, na qual os indivíduos apresentam fidelidade e associações que não ocorrem ao acaso. Provavelmente estes indivíduos fazem parte de uma mesma unidade populacional, com grupamentos que possuem indivíduos que preferem ou evitam outros indivíduos. A criação de um catálogo de identificação tem se tornado útil não só para facilitar a comparação entre os indivíduos, mas também para auxiliar trabalhos de longo prazo tais como padrão de residência, intervalo entre nascimentos, estrutura e organização social. Palavras chaves: fotoidentificação, área de vida, fidelidade de área, associação, botocinza. 7

8 ABSTRACT The boto-cinza is a small member of the Delphinidae family that demonstrates preference for shallow protected estuarine waters and bay. Because these environments are near to actual urban area, the boto-cinza is threatened by antropics factors. In the estuary of the Paraguaçú River, situated at the Baía de Todos os Santos (Bahia), until now, there are a little knowledgement about ecological and social aspects of this species. Then, the purpose of this study is determine the area more utilized by Sotalia guianensis population in the Paraguaçú river estuary (BA), verifying the occurrence of the site fidelity and estimates the home hange and associations among the individuals that utilize it. The sample were made by linear transect, with boat surveys that had five or seven hours of duration, during 2005 to With the photographs were made a catalogue of identification. For estimates the home hange, utilized the Minimum Convex Polygon and the association index Half-Weight Index for the co-occurrence between botos-cinza. Were identification 30 individuals when photographs taken 19% with good quality. The individuals showed the frequency from 1 to 18 sightings, with only one individual sighted one time (3,33%). The animals occurrence in hange with depth among 20 or 30 m and substrate of the clay silts and crushed rock. The home hange was from 0,97 to 8,76 Km 2, with comum hange of the 0,05 Km 2. The association index was low moderate, with a high proportion the possible pairs was observed together. In the study was observed the small hange, where the individuals show fidelity and association were non-random. Is Likely the individual was the same unit population, and grouping with individual which prefer or avoid other individuals. The identification catalogue has utility for comparisons between individuals, but also helpful long-term study whit residence patterns, calvin intervals, social structure and organization. Key words: photo identification, home hange, site fidelity, association, boto-cinza. 8

9 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 5 RESUMO... 7 ABSTRACT INTRODUÇÃO GERAL REVISÃO DE LITERATURA Aspectos ecológicos e sociais Características gerais da espécie Sotalia guianensis OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos: MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo Coleta de dados RESULTADOS CAPÍTULO I CATÁLOGO DE IDENTIFICAÇÃO DE BOTOS-CINZA NO ESTUÁRIO DO RIO PRAGUAÇÚ-BA ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAS RESUMO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo Coleta de dados RESULTADOS DISCUSSÃO AGRADECIMENTOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO II ESTUDO SOBRE O USO DA ÁREA DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ- BAHIA PELO BOTO-CINZA SOTALIA GUIANENSIS RESUMO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo Coleta de dados Análise dos dados

10 RESULTADOS Fidelidade de área Área de vida DISCUSSÃO Fidelidade de área Área de Vida AGRADECIMENTOS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO III ESTUDO SOBRE AS ASSOCIAÇÕES ENTRE OS BOTOS-CINZA, SOTALIA GUIANENSIS (VAN BENÉDEN 1864) NO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA, BRASIL RESUMO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo Coleta de dados Análise dos dados RESULTADOS DISCUSSÃO AGRADECIMENTOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONCLUSÕES GERAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS

11 1. INTRODUÇÃO GERAL O boto-cinza (Sotalia guianensis) (Van Benédén, 1864) é, dentre as espécies da família Delphinidae, um pequeno representante que apresenta preferência por águas protegidas como ambientes estuarinos e baías (da SILVA; BEST, 1996). Sua distribuição vai desde Santa Catarina no Brasil (BOROBIA et al, 1991) até Honduras (da SILVA; BEST, 1996). Segundo o IBAMA (2001), devido ao hábitat em que o boto-cinza vive estar próximo a atuais áreas urbanas, suas principais ameaças estão relacionadas à destruição de hábitat, como poluição, construção de barragens; tráfego de embarcações; molestamentos intencionais por embarcações de turismo e capturas acidentais ou intencionais por embarcações de pesca. Esses fatores fazem com que Sotalia guianensis seja considerada uma das espécies que mais sofre pressão antrópica, mas que devido à falta de estudos populacionais, e aos dados serem coletados em áreas restritas, ainda se encontre na classificação de dados insuficientes pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, 2007). Por outro lado, seu hábito estuarino e costeiro facilita estudos, tanto em pontos estratégicos em terra, quanto através de saídas embarcadas, devido a uma maior facilidade de observação dos animais. Estudos com boto-cinza em algumas regiões brasileiras, como os de fidelidade de área e padrões de residência (FLORES, 1999; SIMÃO et al, 2000; SANTOS et al, 2001; AZEVEDO et al, 2004; HARDT, 2005; ANANIAS, 2006; ROSSI-SANTOS et al, 2007), área de vida (FLORES; BAZZALO, 2004; SANTOS, 2004; HARDT, 2005), padrões de associações (SANTOS, 2004; ANANIAS, 2006) e estimativa populacional (PIZZORNO, 1999), são fundamentais para elaboração e implementação de estratégias para conservação, sendo estes estudos recomendados pelo Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos no Brasil (IBAMA, 2001), No estuário do Rio Paraguaçú, localizado na Baía de Todos os Santos-BA, têm sido realizados estudos dos padrões comportamentais do boto-cinza, onde já foram descritas estratégias de forrageio, deslocamento e atividades aéreas (DIAS, 2003; SPÍNOLA, 2006). A partir de 2005, a PETROBRÁS passou a desenvolver atividades para exploração de gás natural na Baia de Todos os Santos, e assim, iniciou-se o monitoramento dos botos-cinza Sotalia guianensis que utiliza o estuário do Rio Paraguaçú. Através de observações em ponto fixo, pode-se observar a presença 11

12 constante de agrupamentos no estuário (BATISTA obs. pess.). Porém até o momento há pouco conhecimento sobre os aspectos ecológicos e sociais da espécie Sotalia guianensis nesta região. Sendo assim este estudo tem como objetivo determinar a área mais utilizada pela população de Sotalia guianensis dentro do estuário do rio Paraguaçú (BA), verificando a ocorrência de fidelidade de área, assim como a área de vida e as associações entre os indivíduos que a utilizam. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Aspectos ecológicos e sociais O espaço onde um animal normalmente vive, ou mais especificamente, onde obtém recursos e condições necessárias para se estabelecer, pode ser denominada de "hábitat" e a utilização dos recursos (físicos e biológicos) de um hábitat como "uso do hábitat" (HALL et al 1997 apud GARSHELIS, 2000). Já os termos seleção e preferência geram certa confusão, devido ao antropomorfismo. Johnson (1980; apud GARSHELIS, 2000) faz uma distinção entre eles, onde "seleção" é o processo de escolha de recursos pelo animal, e "preferência" a probabilidade de um recurso ser escolhido em detrimento de outro quando oferecidos igualmente. Os hábitats são geralmente compostos por um mosaico de manchas que diferem entre si, tanto fisicamente como biologicamente. Algumas manchas oferecem aos animais proteção e alimento enquanto outras não, influenciando na sua distribuição e no uso do mesmo (BALLANCE, 1992). A interação entre um hábitat heterogêneo e os requerimentos biológicos influencia não somente os padrões de distribuição e uso do hábitat, como também o tamanho da área de vida de uma espécie (McNAB, 1963 apud BALLANCE, 1992). O termo "área de vida" foi proposto por Burt (1943 apud POWELL, 2000) como a área utilizada por uma determinada espécie durante suas atividades diárias. Existem modelos estatísticos, através do qual o estudo de fidelidade de área é utilizado para se estimar área de vida, ou até mesmo sugerir mudanças da localização ao longo do tempo (WHITE; GARROT, 1990). Porém, apesar de ser um bom método, onde muitas vezes é utilizado como um indicador se o indivíduo estabeleceu uma área de vida ou não, pode apresentar falha no caso de animais que exibem fidelidade a áreas restritas (POWELL, 2000). Segundo White e Garrot (1990), fidelidade de área é a tendência de o animal 12

13 ocupar uma área ou retornar a ela por um período de tempo, e pode ser testada através da porcentagem de reavistagens individual dentro e entre o período estudado em um determinado local, ou pode ser definida pela distância entre as localizações obtidas de cada indivíduo na área. Apesar de algumas espécies de cetáceos apresentarem fidelidade de área, a defesa de território não tem sido registrada, podendo assim explicar o motivo pelo qual duas populações de orcas (Orcinus orca) residentes em águas costeiras de British Columbia e do Estado de Washington, possuem sobreposição de suas áreas de vida, mas nunca foram observadas em contato (CONNOR, 2000). Casos assim podem ocorre pelo fato dessas duas populações não fazerem parte de uma mesma sociedade. Segundo Wilson (1975), entende-se como sociedade, o grupo de indivíduos de uma mesma espécie, organizados de modo cooperativo, na qual é delimitada de outra sociedade pela redução da comunicação entre os indivíduos. A dinâmica de uma população é fortemente influenciada pelo comportamento social e padrão de grupo entre indivíduos da mesma espécie (LOMNICKI, 1978). Medidas repetidas e direcionadas a um determinado grupo, como o coeficiente de associação, ou a proporção do tempo que os indivíduos gastam juntos, fornecem informações sobre a estrutura social (MANN, 2000), assim como a freqüência das associações entre os indivíduos que habitam áreas sobrepostas ou áreas adjacentes, podem ajudar a definir a extensão de uma unidade populacional (CONNOR et al, 2000). Para melhor compreender a estrutura e a dinâmica social, são necessárias informações detalhadas a respeito das interações entre os indivíduos de uma determinada população, por um período de tempo (HINDE, 1976; WHITEHEAD, 1997). GERO et al (2005) sugerem que a associação entre indivíduos é uma escolha para maximizar a eficiência ou benefícios, quando realizam comportamentos específicos, como a associação de indivíduos que executam atividades de forrageio similares. Para se estudar a estrutura social de uma população existe métodos como os de índice de associação (CAIRNS; SCHWAGER, 1987) e o quadro analítico (WHITEHEAD, 1997), ambos usados para estudar a sociabilidade dos cetáceos (BEJDER et al, 1998). Esses tipos de estudo são utilizados para a conservação, onde os padrões de associações e uso da área podem facilitar a delimitação da distribuição, tanto biologicamente quanto geograficamente, e a identificação de possível ocorrência de vulnerabilidade da população a ambientes alterados, podendo ser utilizadas como base para implementação de unidades de manejo (CONNOR et al, 2000). 13

14 2.2. Características gerais da espécie Sotalia guianensis Por alguns anos, o gênero Sotalia apresentou controvérsias quanto a sua taxonomia. A forma fluvial denominada por Gervais em 1853 como Sotalia fluviatilis, e a marinha como Sotalia guianensis por van Benédén em 1864, foi organizada por Rice em 1977, como uma única espécie denominada S. fluviatilis com duas subespécies: Sotalia fluviatilis fluviatilis para a forma fluvial e Sotalia fluviatilis guianensis para a marinha (da SILVA; BEST, 1994; 1996). Através de um estudo sobre a morfologia craniana (BOROBIA, 1989) o gênero foi reorganizado como monoespecífico (S. fluviatilis) com dois ecótipos ou duas populações: um marinho e outro fluvial (da SILVA; BEST, 1994). Baseado em diferenças morfométricas do crânio, verificada através de análises geométricas, Monteiro-Filho et al (2002) sugeriram a separação do gênero Sotalia em duas espécies: S. guianensis para o ecótipo marinho e S. fluviatilis para o fluvial, porém esta separação não foi totalmente aceita. Após um estudo que apresentou diferenças genéticas entre os dois ecótipos (CUNHA et al, 2005), foi confirmada a separação do gênero em duas espécies distintas. A espécie Sotalia guianensis é conhecida pelas comunidades ribeirinhas e comunidades de pescadores ao longo de sua distribuição como boto (SICILIANO, 1994; da SILVA; BEST, 1996; ALARCON, 2006), boto comum, boto-preto ou boto-cinza (da SILVA; BEST, 1994), e como boto-cinza por pesquisadores no Brasil. O boto-cinza não apresenta dimorfismo sexual aparente, com o comprimento máximo do corpo de 2,2 m e médio de 1,70 m, tendo o filhote ao nascer aproximadamente 1 m (HETZEL; LODI, 1993) Seu corpo é robusto e suas nadadeiras relativamente grandes, sendo a do dorso de forma triangular (HETZEL; LODI, 1993). A coloração na região dorsal e nadadeiras peitorais é cinza, apresentando-se na região ventral entre o cinza claro e rosa. Esta coloração rosada no ventre pode ser influenciada pela circulação sangüínea, relacionada a temperatura da água ou atividade comportamental realizada (da SILVA; BEST, 1996). S. guianensis possui uma ampla distribuição, que vai desde Santa Catarina no Brasil (27º35'S, 48º34'W) (SIMÕES-LOPES, 1988; BOROBIA et al, 1991) até Honduras (15º58'N, 85º42'W) (da SILVA; BEST, 1996). Segundo da Silva e Best (1994), a espécie apresenta uma preferência por águas rasas e protegidas, como ambientes estuarinos ou baías, porém há registro de ocorrência de boto-cinza no Parque 14

15 Nacional Marinho de Abrolhos a 70 km da costa da Bahia (BOROBIA et al, 1991). Segundo Borobia et al (1991), no limite sul de sua distribuição, a baixa temperatura da superfície da água, que varia de 15ºC no inverno e 22ºC no verão, influenciada pela presença da corrente das Malvinas na zona de convergência subtropical, provavelmente funcione como uma barreira biogeográfica para a espécie. Outros fatores também podem influenciar, de modo indireto ou direto, o uso de determinadas áreas ao longo de sua distribuição, como fatores físico-químicos, climatológicos, geomorfológicos, bióticos e antropogênicos, já descritos para outras espécies de cetáceos (DAVIS et al. 1998). No sentido de defender uma determinada área, não há indícios de territorialismo para o boto-cinza, sendo considerada também como uma espécie sedentária (da SILVA; BEST, 1994; 1996). Existem relatos de coexistência de populações de botos-cinza e toninhas (Pontoporia blainville) na baía da Babitonga-SC, estando esta diretamente relacionada a um conjunto de fatores que incluem a diferenciação de nichos promovida pelo hábito alimentar destas espécies, padrões comportamentais e características do hábitat (CREMER, 2007). Sua estrutura social é caracterizada por pequenos grupos de 2 a 10 indivíduos (BOROBIA, 1984; GEISE, 1989; OLIVEIRA et al, 1995) embora possa apresentar agregações de até 450 indivíduos (LODI; HETZEL, 1998). A população que reside em Cananéia (SP), apresenta uma sociedade fluida (instável), formada por grupos que vivem em constante fissão-fusão, ou seja, se unem e se separam por um determinado tempo (SANTOS, 2004). Segundo Monteiro-Filho (2000), em Cananéia-SP, os botoscinza são freqüentemente observados em associações que podem permanecer por 6 a 10 meses. Atualmente, estudos realizados em algumas regiões do Brasil confirmam que certos indivíduos são residentes, utilizando sempre as mesmas áreas para executar determinadas atividades (FLORES, 1999; SANTOS, 2002; HARDT, 2005) com áreas de vida que podem variar em tamanho. A menor área estimada foi de 1,66 Km 2 para a Baía de Babitonga-SC, através do método Mínimo Polígono Convexo (HARDT, 2005) e 3,69 Km 2 para a Baía Norte de Santa Catariana-SC, através do método de Kernel (95%) (WEDEKIN, 2003). Por outro lado a maior área estimada foi de 81,33 Km 2 para a Baía Norte de Santa Catariana-SC, determinado através do método Mínimo Polígono Convexo (WEDEKIN, 2003) e 91,53 Km 2 para a Baía de Babitonga-SC, através do método de Kernel (95%) (HARDT, 2005). 15

16 O boto-cinza geralmente utiliza áreas com diferentes profundidades, que podem variar conforme o tipo de hábitat. Segundo Wedekin (2007), as áreas relativamente rasas (até 15 m) e próximas da costa (até 12 km) foram as mais utilizadas ou preferidas pelo boto-cinza (EDWARDS; SCHNELL, 2001; DI BENEDITTO et al, 2001; LODI, 2003). Foi registrada a ocorrência do boto-cinza em profundidades maiores que 30 metros e afastadas até 70 km do continente (FERNANDES, 2005), sendo estes os valores máximos destas duas variáveis encontrados para a espécie. Esta espécie possui hábitos de captura de presas em diferentes profundidades, com preferência por peixes pelágicos e demersais (BOROBIA; BARROS, 1989; SIMÃO; POLETTO, 2002). Em sua dieta, além de uma variedade de espécies de peixes (44 espécies em 28 famílias), incluem-se também cefalópodes (5 espécies de lula em 2 famílias) e crustáceos (2 espécies da família Penaeidae) (BOROBIA; BARROS, 1989; DI BENEDITO; RAMOS, 2004; SANTOS et al, 2002; CREMER, 2007). Sendo assim, o boto-cinza não é seletivo, podendo ser considerado oportunista (LODI, 2002) e generalista (LODI, 2002; CREMER, 2007). Porém, o boto-cinza pode ser considerado seletivo por apresentar preferências em relação ao tamanho de algumas presas, e por não serem as principais delas as mais abundantes (CREMER, 2007). Poucos estudos sobre a ecologia populacional da espécie foram realizados. Na Baía de Guanabara-RJ, através do método de marcação e recaptura, a população foi estimada entre 69 a 75 botos-cinza, sendo considerada pequena e com grande fidelidade ao hábitat (PIZZORNO, 1999). Nesta mesma região, Geise (1989) estimou através de transectos lineares, que o tamanho da população estaria em torno de 278 ± 188 no período da tarde e 398 ± 297 no período da manhã, sendo similar ao encontrado na Baía de Babitonga-SC com valores entre 186 a 248 indivíduos (CREMER, 2007). Estes valores são bem superiores ao encontrado na Nicarágua com 49 indivíduos (EDWARDS; SCHNELL, 2001) e inferiores ao encontrado em Cananéia-SP com 704,8 ± 367,7 indivíduos (GEISE et al, 1999). Em Cananéia (SP) a população apresentou uma densidade populacional de 3,38 ± 1,76 indivíduos/km 2 (GEISE et al, 1999) e na Baía de Babitonga-SC entre 1,2 e 3,7 indivíduos/km 2 sendo também superior ao encontrado na Nicarágua (limite norte da sua distribuição) com 0,97 indivíduos/km 2 (EDWARDS; SCHNELL, 2001). Com relação a taxa de mortalidade e sobre seus predadores naturais, existem poucos conhecimentos, sendo a captura acidental em rede de pesca uma das principais causas de sua mortalidade (BARROS; TEIXEIRA, 1994; da SILVA; BEST, 1996). 16

17 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo geral O objetivo geral deste estudo é analisar o uso da área e as associações entre os botos-cinza da espécie Sotalia guianensis, no estuário do Rio Paraguaçú e assim poder contribuir para sua conservação, já que esta região faz parte da Área de Proteção Ambiental da Baía de Todos os Santos, na qual não possui plano de manejo e que atualmente vem sendo utilizada para transporte e exploração de gás natural Objetivos específicos: Montagem de um catálogo de identificação, através de fotografias, dos botoscinza que utilizam o estuário do Rio Paraguaçu (BA) (Capítulo I); Verificar a ocorrência de fidelidade de área (Capítulo II); Estimar o tamanho da área de vida dos indivíduos que utilizam o estuário do Rio Paraguaçú (Capítulo II); Analisar a associação entre os indivíduos que fazem parte de um mesmo agrupamento e entre os que utilizam o estuário do Rio Paraguaçú em um mesmo dia (Capítulo III). 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Área de estudo A Baía de Todos os Santos (BTS) localiza-se no estado da Bahia, nordeste do Brasil, e possui uma reentrância costeira com cerca de km2 de área (LESSA et al, 2001). Este estudo foi realizado no Estuário Lagunar do Rio Paraguaçú (12 46'-12 52'S e 38 52'-38 42'W) (Figura 1), que fica a aproximadamente 40 km de distância do oceano, e abrange uma área de aproximadamente 80 km 2, localizada no bordo ocidental da Baía de Todos os Santos, comunicando-se com esta através do canal de São Roque (RAMOS, 2003). 17

18 Figura. 1: Mapa da Baía de Todos os Santos (BA) com destaque para o estuário do rio Paraguaçú. O Estuário Lagunar do Rio Paraguaçu possui um largura de aproximadamente 12 km na sua foz na Barra do Paraguaçú (BRICHTA, 1997). Por ser um ambiente transicional, com grande potencial em matéria orgânica, está sujeito a intensas variações decorrentes dos componentes fluviais e marinhos e pelas transformações e intervenções antropogênicas (RAMOS, 2003). O rio Paraguaçú, dentre os afluentes da BTS, é o que possui a maior bacia de drenagem ( km 2 ), sendo assim o seu maior contribuinte na descarga de água doce (BRICHTA, 1997). A sedimentologia da área varia entre a areia fina a silte e por minerais detríticos, sendo o quartzo e os minerais argilosos, do grupo da caolinita, com um maior destaque, seguida por goethita. A dinâmica de marés e as vazões fluviais são reguladas pela barragem da Pedra do Cavalo. A salinidade e o ph variam conforme as flutuações de fluxo e refluxo da maré, podendo-se observar uma variação da salinidade entre 30 e 32 nas marés de sizígia e entre 32 e 34 nas marés de quadratura, e uma variação do ph de 7,1 a 8,2 nas marés de sizígia e de 7,8 a 8,14 nas marés de quadratura. A temperatura da água varia de acordo com a temperatura atmosférica. Assim as temperaturas mais baixas (27 e 27,5 C) ocorrem nos meses de junho e agosto que corresponderam aos meses mais frios, enquanto as mais altas (30,5 a 31,5 C), ocorrendo nos meses de setembro e outubro (RAMOS, 2003). 18

19 4.2 Coleta de dados As amostragens foram feitas embarcadas através de transecções lineares, com cinco a sete horas de duração e rotas pré-estabelecidas, dentro e fora do estuário do rio Paraguaçú com saída do porto da vila Barra do Paraguaçu (Figura. 2), de modo alternado (para o leste ou oeste). Os embarques foram feitos em uma canoa com motor de centro, modelo MNS 75, nos meses de setembro e outubro de 2005, outubro a dezembro de 2006 e julho e agosto de Foi considerado como avistagem o momento em que um agrupamento era visualizado. Cada avistagem era encerrada quando os botos-cinza submergiam por mais que 5 minutos ou se afastavam por mais de 100 metros. A partir daí o próximo agrupamento visualizado era considerado como outro agrupamento. Baseado em Bearzi et al (1997), foi considerado como agrupamento, o conjunto de indivíduos possíveis de serem fotografados, que se encontravam frequentemente, mas nem sempre engajados na mesma atividade comportamental ou se movimentando na mesma direção. Esses critérios foram utilizados para facilitar as fotografias dos animais, devido aos constantes eventos de botos-cinza que por alguns instantes se encontravam unidos e muitas vezes se separavam em unidades menores ou se uniam as outras unidades que se aproximavam. Figura 2: Mapa do estuário do Rio Paraguaçú-BA com destaque da área delimitada para os transcectos lineares 19

20 Ao avistar um agrupamento, a rota foi interrompida para aproximação aos animais, mantendo uma distância máxima de 50 m. Essa distância foi estipulada baseada em Bearzi et al (1997), a fim de diminuir o erro da posição, já que a coordenada geográfica tomada da embarcação, na qual corresponde a posição dos botos, possui um erro de até 50m (varia conforme o satélite). O acompanhamento dos animais foi realizado por um período máximo de 1 hora. Com a permanência deles em uma determinada área, o motor era desligado e após 1 hora a rota era retomada a procura de novos agrupamentos. Durante o acompanhamento do agrupamento foram registrados o horário inicial e final da avistagem, o número de indivíduos, a composição (adulto e filhote), e o número de identificação das fotografias feitas da nadadeira dorsal e dorso dos indivíduos. Foi utilizando uma máquina fotográfica CANON 300 D e CANON 350 D, com lente de zoom mm. Os mapas de ocorrência dos botos-cinza foram feitos através do programa ARC GIS 9.0, com dados batimétricos e fácies sedimentares cedidos pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia ao Instituto Mamíferos Aquáticos. 5. RESULTADOS Este estudo resultou em 3 capítulos: Capítulo 1 Catálogo de identificação de botos-cinza no estuário do Rio Praguaçú-BA através de fotografias Capítulo 2 Estudo sobre o uso da área do estuário do Rio Praguaçú-BA pelo boto-cinza Sotalia guianensis Capítulo 3 - Estudo sobre as associações entre os botos-cinza, Sotalia guianensis (van Benéden 1864) no estuário do Rio Praguaçú-BA, Brasil 20

21 * CAPÍTULO I CATÁLOGO DE IDENTIFICAÇÃO DE BOTOS-CINZA NO ESTUÁRIO DO RIO PRAGUAÇÚ-BA ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAS * Este capítulo segue as normas do periódico Atlântica. 21

22 CATÁLOGO DE IDENTIFICAÇÃO DE BOTOS-CINZA NO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BA ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAS RENATA LÚCIA GUEDES BATISTA*; Alexandre Schiavetti & Martin Roberto Alvarez Universidade Estadual de Santa Cruz, Rodovia Ilhéus-Itabuna, Km17, Bahia. * para correspondência: reprojmama@yahoo.com.br RESUMO O uso de marcas naturais para identificação dos animais, através de padrões de coloração e cicatrizes é utilizado com resultados satisfatórios. A técnica de fotoidentificação é um método eficiente, onde os distúrbios causados aos animais são mínimos. O objetivo deste estudo foi criar um catálogo de identificação a fim de auxiliar trabalhos futuros no estuário do Rio Paraguaçú-BA. As amostragens foram feitas embarcadas através de transecções lineares, com cinco a sete horas de duração, entre os anos de 2005 a Para a montagem do catalogo de identificação, foram utilizados critério que possibilitaram a identificação dos indivíduos. Cada indivíduo foi classificado de acordo com o número e localização de marcas. Para cada foto do indivíduo foi feito um croqui com informações da data, hora, posição geográfica, número de indivíduos por agrupamento e código da fotografia. Foram identificados 30 indivíduos com aproveitamento de 19% das fotografias. A criação do catálogo de identificação foi importante para facilitar a comparação entre os indivíduos e evitar falsos positivos, assim como auxiliará em trabalhos a longo prazo como padrão de residência, intervalo entre nascimento, estrutura e organização social. Palavras chaves: boto-cinza, fotoidentificação, catálogo. 22

23 INTRODUÇÃO O uso de marcas naturais para identificação dos animais, através de padrões de coloração e cicatrizes, é utilizado segundo Wursig & Jefferson (1990), com resultados satisfatórios para diversos animais de grande porte, como zebras (Equus sp.) (Klingel 1965), rinocerontes-preto (Diceros bicornis) (Mukinya 1973), girafas (Giraffa camelopardalis) (Foster 1966), chimpanzés (Pan troglodytes) (Goodall 1986) entre outros. A técnica de fotoidentificação, na qual são utilizadas marcas naturais para identificação dos indivíduos através de fotografias, é um método eficiente, onde os distúrbios causados aos animais são mínimos (Wursig & Jefferson 1990), e vem contribuindo em estudos ecológicos e sociais de cetáceos, tais como estimativa da área de vida e uso do habitat (Ballance 1992), estrutura e relações sociais (Wells 1991, Whitehead 1997, Connor et al 2000) entre outros. Os cetáceos apresentam marcas de cicatrizes em suas nadadeiras dorsais, que por se constituírem de tecido que aparentemente não se regenera, vem sendo utilizado como uma marcação natural ao longo dos anos (Wursig & Wursig 1977). Essas marcas geralmente são produzidas pelo contato do corpo com o substrato, colisões com embarcações ou emalhamento em rede de pesca, infecções e ulcerações (Lockeyer & Morris 1990), por mordidas decorrentes de interações interespecíficas, como mordidas por tubarões ou por outras espécies de mamíferos aquáticos (Lockeyer & Morris 1990, Wursig & Jefferson 1990), ou intraespecíficas decorrentes de mordidas por indivíduos da mesma espécie (Wursig & Wursig 1977, Lockeyer & Morris, 1990). Apesar de eficiente, esta técnica apresenta desvantagens em relação ao tipo e o tempo de duração das marcas utilizadas para identificação. Novas marcas em um indivíduo já identificado podem ser confundidas como um novo indivíduo, sendo chamado de "falsos positivos" (Gunnlaugsson & Sigurjónsson 1990). Sendo assim, não é recomendável o uso de marcas superficiais, como arranhões que possuem tempo de duração entre 20 a 280 dias (Hardt 2005). A técnica de fotoidentificação vem sendo utilizada para cetáceos no Brasil com diversas finalidades, tais como o estudo de fidelidade de área (Simão et al. 2000, Azevedo et al. 2004, Rossi-Santos et al. 2007), padrão de residência (Simões-Lopes & Fabian 1999, Flores & Bazzalo 2004, Hardt 2005, Ananias 2006, Rossi-Santos et al. 2007), área de vida (Hardt 2005), estimativa populacional (Pizzorno 1999), tempo de 23

24 permanência de marcas (Hardt 2005), organização social (Wells 1991, Whitehead 1997, Connor et al. 2000, Santos 2004, Ananias 2006), entre outros. O Objetivo da criação do catálogo de identificação foi facilitar a comparação dos indivíduos e evitar possíveis falsos positivos, visando auxiliar futuros estudos no estuário do Rio Paraguaçú-BA. MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo A Baía de Todos os Santos (BTS) localiza-se no estado da Bahia, nordeste do Brasil, e possui uma reentrância costeira com cerca de km2 de área (Lessa et al. 2001). Este estudo foi realizado no Estuário Lagunar do Rio Paraguaçú (12 46'-12 52'S e 38 52'-38 42'W) (Figura 1), que fica a aproximadamente 40 km de distância do oceano, e abrange uma área de aproximadamente 80km 2, localizada no bordo ocidental da Baía de Todos os Santos, comunicando-se com esta através do canal de São Roque (Ramos 2003). Figura. 1: Mapa da Baía de Todos os Santos (BA) com destaque para o estuário do rio Paraguaçú. 24

25 Coleta de dados As amostragens foram feitas embarcadas através de transecções lineares, com cinco a sete horas de duração em uma canoa com motor de centro, modelo MNS 75, nos meses de setembro e outubro de 2005, outubro a dezembro de 2006 e julho e agosto de Ao avistar um agrupamento, a rota era interrompida para aproximação aos animais, mantendo uma distância de aproximadamente de 50m. As fotografias foram feitas da nadadeira dorsal e dorso dos indivíduos pertencentes a cada agrupamento, utilizando uma máquina fotográfica CANON 300 D e CANON 350 D e lente com zoom mm. As velocidades de abertura do obturador variaram entre 1/350 a 1/2000 e o ISO entre 200 a 800 de acordo com as condições de luminosidade. As imagens digitais foram tratadas e analisadas através do programa Adobe Photoshop 8.0. Para a montagem do catalogo de identificação, foram utilizadas como critério de seleção, as que apresentaram melhor condição de foco, luz e nitidez e que possibilitaram a identificação dos indivíduos. As fotografias de papel foram analisadas através de uma lupa e com a ocorrência de novos indivíduos, as fotos eram transferidas para o computador através de um scanner HP Image Zone Express, para compor o catálogo de identificação. O registro de cada indivíduo foi feito com base no método de Defran et al (1990), onde cada indivíduo era classificado de acordo com o número e localização das marcas, considerando a região anterior da nadadeira dorsal como bordo de ataque, e posterior como bordo de fuga. A construção do catálogo de identificação dos indivíduos que utilizam o estuário do rio Paraguaçu, foi feito através do programa Adobe Photoshop 8.0. Para cada foto do indivíduo foi feito um croqui (Rossi-Santos et al. 2007) sendo depois colocado no programa Excel Microsoft, onde cada indivíduo ocupa uma planilha com informações da data, hora e local (posição geográfica) de avistagem, número de indivíduos por agrupamento, número de adultos e filhotes e código da fotografia (Hardt 2005). O catálogo de identificação foi feito em planilha eletrônica, com a foto, o croqui da foto, e todas as informações coletadas durante cada embarque. 25

26 RESULTADOS Foi possível realizar 30 embarques no estuário do rio Paraguaçú (BA) entre os anos de 2005 e 2007, com esforço amostral de 146h e 31 min. Foram utilizadas fotografias digitais nos anos de 2005 e 2007 e fotografias de papel em Aproximadamente 3700 fotografias foram tiradas com um aproveitamento de 19%. Foi identificado um total de 30 indivíduos, com marcas que variaram no número e posição na nadadeira. A classificação dos indivíduos quanto ao número de cortes variou entre apenas 1 marca na nadadeira dorsal(a) a deformações(d) (Tabela I) Tabela I: Classificação dos indivíduos quanto ao número de marcas Código Característica Número de indivíduos A Apenas 1 corte na dorsal 6 B 2 cortes na dorsal 3 C 3 ou mais cortes na dorsal 20 D Deformações 1 No catálogo de identificação, cada indivíduo ocupou uma planilha contendo uma foto, o croqui, a data, hora e local (posição geográfica) de avistagem, número de indivíduos por agrupamento, número de adultos e filhotes e código da fotografia (Figura 2). As fotos e croquis de todos os indivíduos identificados estão representados nas Tabelas II a VI. DATA Inic. Embarq Fim Embarq Inic. Avist Fim Avist Latitude Longitude Grupo N. Indiv Rg do Indv OBSV Figura 2: Ilustração do catálogo de identificação em planilha do programa Excel Microsoft 26

27 Tabela II: Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram somente 1 marca (A) no bordo de fuga (BF). 27

28 Tabela III: Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 2 marcas (B) no bordo de fuga (BF). 28

29 Tabela IV: Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 3 ou mais marcas (C) no bordo de fuga (BF). 29

30 Tabela IV (continuação): Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 3 ou mais marcas (C) no bordo de fuga (BF). 30

31 Tabela IV (continuação): Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 3 ou mais marcas (C) no bordo de fuga (BF). 31

32 Tabela IV (continuação): Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 3 ou mais marcas (C) no bordo de fuga (BF). Tabela V: Catalogo de identificação do boto-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentou deformação (D) no bordo de fuga (BF). 32

33 Tabela VI: Catalogo de identificação dos botos-cinza do estuário do Rio Paraguaçú que apresentaram 1 marca (A) no bordo de ataque (BA). DISCUSSÃO O aproveitamento das fotografias no estuário do rio Paraguaçu (19%) não difere dos descritos para outras regiões, como na Baía Norte de Santa Catarina-SC, onde Flores (1999) obteve um aproveitamento de 30% das fotografias tiradas, com 29 indivíduos identificados, na Baía de Sepetiba-RJ com 14% de aproveitamento e 80 indivíduos (Simão et al. 2000) e Baía de Babitonga-PR, com 13,5% com 50 indivíduos identificados (Hardt 2005). As máquinas digitais têm se mostrado bastante eficiente nos trabalhos de fotoidentificação, tanto em relação ao aproveitamento das fotografias, quanto durante as análises, pois ocorre uma perda na qualidade da imagem ao escanear um filme (Mizroch 2003). Outra técnica que vem sendo utilizada é a videoidentificação, onde já foram aplicadas no Brasil em Cananéia-SP (Oliveira 2002) e Baía de Babitonga-PR (Hardt 2005). Segundo Hardt (2005), o menor número de indivíduos identificados através de vídeos pode ser tanto reflexo da deficiência da técnica quanto a qualidade das imagens, 33

34 ou pela metodologia de captura e processamento de imagens, visto que para Oliveira (2002) a técnica se mostrou eficiente, embora comparada com as imagens fotográficas, a qualidade não seja a mesma. A criação do catálogo de identificação se mostrou importante para facilitar a comparação entre os indivíduos e evitar falsos positivos em trabalhos a longo prazo tais como análises do padrão de residência, intervalo entre nascimento, estrutura e organização social. AGRADECIMENTOS Ao Instituto Mamíferos Aquáticos juntamente com o projeto Manati/PETROBRÁS pela infra-estrutura e apoio logístico, a Maria do Socorro S. Reis pelo convite para coletar os dados na Barra do Paraguaçú, ao Programa de Pós-Graduação em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz, a Fundação de Amparo a Pesquisa da Bahia (FAPESB) pela concessão da bolsa de estudos, a Ana Carolina M de Jesus, Ana Pala Alencar, Fabio Falcão e Marcos Rossi-Santos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANANIAS, M. A Fidelidade de área e Padrão de Associação em Sotalia guianensis, baseado na técnica de foto-idntificação. In Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal (RN). AZEVEDO, A. F.; LAILSON-BRITO, J.; CUNHA, H.A. & SLUYS, M. V A note on site fidelity of marine tucuxis (Sotalia fuviatilis) in Guanabara Bay, southeastern Brazil. J. Cetacean Res. Manage. 6(3): BALLANCE, L. T Habitat use patterns and ranges of the bottlenose dolphin in the Gulf of California, Mexico. Mar. Mamm. Sci., 8, CONNOR, R. C., WELLS, R. S., MANN, J., & READ, A. J The bottlenose dolphin social relationships in fission-fusion society. In J. Mann, R. C. Connor, P. L. Tyack, & H. Whitehead (Eds.), Cetacean societies: Field studies of dolphins and whales (pp ). Chicago: The University of Chicago Press. 433 pp. DEFRAN, R. H.; SCHULTZ, G. M., & WELLER, D. W A technique for the photographic identification and cataloging of dorsal fins of the bottlenose dolphin, Tursiops truncatus. Reports of the Intrnational Whaling Commision, 12,

35 FLORES, P. A. C Preliminary results of a photoidentification study of the marine tucuxi, Sotalia fluviatilis, in Southern Brazil. Mar. Mamm. Sci., 15: FLORES, P. A. C. & BAZZALO, M Home ranges and movement patterns of the marine tucuxi dolphin, Sotalia fluviatilis, in Baía Norte, southern Brazil. The Latin American Journal of Aquatic Mammals, 3(1), FOSTER, J. B The giraffe of Nairobi National Park: Home hange, sex ratios, the herd, and food. E. Afr. Wildl. J. 4: GOODALL, J The Chimpanzees off Gombe: Patterns of Behavior. The Belknop Press of Harvard University Press. 673pp. GUNNLAUGSSON, T., & SIGURJÓNSSON, J A note on the problem of false positives in the use of natural marking date for abundance estimation. Reports of the International Whaling Commision, 12, HARDT, F. A. S Padrões de residência do golfinho Sotalia guianensis (CETACEA, DELPHINIDAE) na Baía da Babitonga, litoral norte de Santa Catarina, Brasil. In Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. KLINGEL, H Notes on the biology of the plains zebra. Equus quagga boehmi. Matschine. E. Afr. Wildl. J. 3:86-8. LESSA, G. C., DOMINGUEZ, J. M. L., BITTENCOURT, A.C.S.P. & BRICHTA, A The tides and tidal circulation of Todos os Santos Bay, Northeast Brazil: a general characterization. An. Acad. Bras. Ciênc., June 2001, vol.73, no.2, p LOCKYER, C. H.& MORRIS, R. J Some observations on wound healing and persistence of scars in Tursiops truncatus. Reports of the International Whaling Commision, 12, MIZROCH, S. A Digital photography improves efficiency of individual dolphin identification: A reply to Markowitz et al. Mar. Mamm. Sci., V 19, n3, MUKINYA, J. G Density, distribution, population structure and social organization of the black rhinoceros in Masai Mara Game Reserve. E. Afr. Wildl. J. 11: DE OLIVEIRA, L.V Videoidentificação na investigação dos movimentos dos botos-cinza (Sotalia guianensis) (Cetacea, Delphinidae) entre as populações presentes nas regiões de Cananéia (SP) e Ilha das Peças (PR): In Dissertação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 35

36 PIZZORNO, J. L. A Estimativa populacional do boto-cinza, Sotalia fluviatilis, na Baía de Guanabara, por meio de catálogo de fotoidentificação. In : Dissertação de mestrado. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. 47 pp. RAMOS, M. A. B Estudos geoquímicos relativamente à dinâmica de marés no estuário lagunar do Rio Paraguaçu Bahia Brasil: In Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual da Bahia. ROSSI-SANTOS, M. R., WEDEKIN, L. L. & MONTEIRO-FILHO, E. L. A Residence and fidelity of Sotalia guianensis in Caravelas River Estuary, eastern Brazil. J. Mar. Biol. Ass. U.K. 87, SANTOS, M.C.O Uso de área e organização social do boto-tucuxi marinho, Sotalia fuviatilis (Cetacea, Delphinidae), no estuário de Cananéia, SP. PhD thesis, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brazil. SIMÃO, S. M., PIZZORNO, J. L. A., PERRY, V. N. & SICILIANO, S Aplicação da técnica de fotoidentificação do boto-cinza Sotalia fluviatilis, (Cetacea, Delphinidae) da Baía de Sepetiba. Floresta e Ambiente. V7, n1, p , jan/dez. SIMÕES-LOPES, P. C. & FABIAN, M. E Residence patterns and site fidelity in bottlenose dlphin, Tursiops truncatus (Montagu) (Cetacea, Delphinidae) off Southern Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 16(4), WELLS, R. S The role of long-term study in understanding the social structure of a bottlenose dolphin community. In K. Pryor ; K. S. Norris (eds.), Dolphin societies: Discoveries and puzzles (pp ). University of California Press. WHITEHEAD, H Analysing animal social structure. Animal Behaviour, 53, WÜRSIG, B. & WURSIG, M The photographic determination of group size, composition and stability of coastal porpoises (Tursiops truncatus). Science 198:755. WÜRSIG, B. & JEFFERSON, P. A Methods of photo-identification for small cetaceans. Reports of the International Whaling Commision, 12,

37 CAPÍTULO II ESTUDO SOBRE O USO DA ÁREA DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚBAHIA PELO BOTO-CINZA SOTALIA GUIANENSIS Este capítulo será submetido ao periódico Journal of the History Natural 37

38 ESTUDO SOBRE O USO DA ÁREA DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇÚ-BAHIA PELO BOTO-CINZA SOTALIA GUIANENSIS RENATA L. G. BATISTA 1* ; ALEXANDRE SCHIAVETTI 1,2 ; MARTIN R. ALVAREZ 1,3 1 PPG em Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz, Rodovia Ilhéus-Itabuna, Km17, Ilhéus, Bahia, Brasil, 2 Dep. de Ciências Agrárias, 3 Dep. de Ciências Biológicas. * Endereço para correspondência: reprojmama@yahoo.com.br RESUMO A técnica de fotoidentificação vem contribuindo para estudos sobre uso do hábitat, relacionados a comparações do tempo em que o animal gasta em cada tipo de hábitat e comparações demográficas, através de marcas naturais nos animais, que são utilizadas para identificação. No Brasil, essa técnica vem sendo bastante utilizada para estudar Sotalia guianensis. Este estudo tem como objetivo determinar as áreas que a espécie Sotalia guianensis utiliza, verificando a ocorrência de fidelidade ao estuário do rio Paraguaçú, estado da Bahia, Brasil. Para isso foram feitos 30 embarques entre 2005 a 2007, através de transecções lineares com rotas pré-estabelecidas, onde foi possível identificar um total de 30 indivíduos. A freqüência de avistagens variou entre 1 a 18 para cada embarque com uma média de 8,46. Dos 30 indivíduos identificados, somente um indivíduo foi avistado apenas uma vez no estuário (3,33%), sendo que o mais freqüente apresentou 60% das avistagens. Em relação a presença anual dos botos-cinza, 17 indivíduos estiveram presente em todos os anos amostrado (100%). Ocorreu uma maior concentração dos animais em áreas onde a profundidade possui uma variação entre 20 a 30 m, com fáceis sedimentares de argila siltosa e cascalho. No tamanho da área de vida dos indivíduos houve uma variação entre 0,97 Km 2 a 8,76 Km 2. A área de vida total foi de 16,71 Km 2, com sobreposições e um área de uso comum de aproximadamente 0,50 Km 2. A relação entre o pequeno tamanho da área de vida dos botos-cinza no estuário Paraguaçú e a alta freqüência dos indivíduos, pode provavelmente estar relacionada à grande oferta de alimento no local. Com o deslocamento dos indivíduos para áreas mais distantes da estudada, diminuiria a freqüência destes no estuário. Palavras chaves: fidelidade de área, área de vida, boto-cinza. 38

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