Seminário Interdisciplinar. Traumas Faciais: Atuação Fonoaudiológica e Odontológica

Transcrição

1 Seminário Interdisciplinar Traumas Faciais: Atuação Fonoaudiológica e Odontológica Apresentadores: Dr. Paulo Zupelari Gonçalves (Cirurgião e Traumatologista Bucomaxilofacial) Franciele Fumagali (4º ano Fonoaudiologia) Priscila Bastos (4º ano Fonoaudiologia) Orientadora: Fga. Gabriele de Luccas

2 Trauma Facial O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras encontradas em centros de trauma devido às consequências emocionais e à possibilidade de deformidade e também ao impacto econômico que tais traumas causam em um sistema de saúde. Wulkan, M.; Parreira, J.G.; Botter, D.A.

3 Epidemiologia do trauma facial

4 Epidemiologia Menezes, 2007.

5 Etiologia do Trauma

6 Principais Fraturas Menezes, 2007.

7 Epidemiologia O sexo mais acometido é o masculino (78%). Wulkan, M.; Parreira, J.G.; Botter, D.A.

8 Fraturas Mandibulares Traumatismo Crânio Encefálico Tratamento Decorrentes da tensão muscular resultante do mau posicionamento mandibular; Às alterações na musculatura em relação à tração e direção da força muscular; Alterações de sensibilidade; Presença de dor e/ou edema; Limitação e alteração dos movimentos mandibulares Alterações dos órgãos e das funções estomatognáticas

9 Fraturas Faciais Traumatismo Crânio Encefálico Um campo de preocupação fonoaudiológica. Interferem no desempenho do Sistema Estomatognático. Na viabilidade das funções realizadas pelo mesmo. Bianchini et al., 2004

10 Anamnese Anamnese completa: histórico do trauma; cirurgias feitas; profissionais envolvidos. Queixa principal. Observar estado emocional do paciente. Uso de medicamentos. Queixas quanto a alimentação, fala. Outras queixas fonoaudiológicas.

11 Avaliação Postura Medidas de face e oclusais Simetria facial Dor a palpação Sensibilidade orofacial Mobilidade Tonicidade Tipo respiratório Funções orofaciais

12 Objetivo Geral Adequar/melhorar as condições miofuncionais orofaciais do paciente, visando promover maior equilíbrio no desempenho das funções do sistema estomatognático.

13 Terapia Fonoaudiológica Restabelecer/ Adequar mobilidade mandibular Evitando adaptações nocivas, limitações funcionais e promovendo a simetria do movimento e da face. Melhorar amplitude da abertura da boca Estimular a sensibilidade orofacial Diminuir a dor orofacial e cervical; *Reorganização das funções estomatognáticas. Bianchini et al., 2004

14 Terapia Fonoaudiológica Tratamento fonoaudiológico varia de 8 a 12 sessões. Com solicitação de repetição dos procedimentos diariamente ao menos duas vezes por período; tendo por objetivos: Bianchini et al., 2004

15 Terapia Fonoaudiológica Explicações sobre o problema e orientações: retirada de apoios de mão em mandíbula. não dormir de decúbito ventral. Bianchini et al., 2004

16 Terapia Fonoaudiológica Restabelecer mobilidade mandibular 1) Exercícios de abertura corrigida: Utilizando-se apoio de língua em região retroincisiva. *Não pode apresentar dor, desconforto ou ruídos. Bianchini et al., 2010.

17 Terapia Fonoaudiológica Restabelecer mobilidade mandibular 2)Exercícios de coordenação de abertura com apoio de acoplamento de língua no palato. Bianchini et al., 2010.

18 Terapia Fonoaudiológica Restabelecer mobilidade mandibular 3) Estimular o aumento da lateralidade (de 8 a 12 mm- valor de normalidade). Respeitando a simetria. Medir a lateralidade antes e após o exercício. Bianchini et al., 2010.

19 Terapia Fonoaudiológica Melhorar amplitude da abertura de boca 1) Exercício de abertura contra-resistência. Bianchini et al., 2010.

20 Terapia Fonoaudiológica Melhorar amplitude da abertura de boca 2) Embrulhar espátulas em gase e colocar na boca do paciente. Manter abertura de boca por 1min, descansar 1 min. Aumentar o tempo de acordo com a evolução, até 5min e a quantidade de espátulas.

21 Terapia Fonoaudiológica Melhorar amplitude da abertura de boca 3) Guia de língua 10 vezes e na sequência permanecer com a boca aberta por 10 segundos..

22 Terapia Fonoaudiológica Registro da amplitude dos movimentos mandibulares ao início e ao término de cada sessão. Anotado em todas as sessões para verificação da evolução clínica.

23 Terapia Fonoaudiológica Diminuir a dor em região orofacial e cervical 1) Termoterapia: Realizar compressa de água morna na região cervical e/ou nos músculos mastigatórios. 20 minutos. Paciente orientado a realizar em casa. 2) Crioterapia Em casos de dor na região da ATM Uso do gelo envolto em gaze. Bianchini et al., 2004

24 Terapia Fonoaudiológica Estimular sensibilidade orofacial Estímulos rápidos e alternados. Tátil: escova de dente/bucha e algodão/cotonete. Térmica: quente/frio utilizando cabo de colher, espelho laríngeo.

25 Terapia Fonoaudiológica * Trabalhar a mobilidade e tonicidade orofacial se necessário: língua, lábios, bochechas, mento. Trabalhar as funções orofaciais Respiração: tipo e modo se necessário. Mastigação -bilateral simultânea ou alternada dependendo das limitações. Deglutição - em alguns casos pode ser adaptada. Fala desvios de mandíbula na fala; articulação; velocidade.

26 Pré e Pós Tratamento Bianchini et al., 2004

27 Resultados do Tratamento Fono Mostra-se eficiente para a reabilitação de pacientes que apresentam fraturas faciais. Eliminando as queixas principais Viabilizando assim o funcionamento do sistema estomatognático Minimizando sinais clínicos observados e sequelas inerentes aos traumas Promovendo reabilitação miofuncional ou adaptações funcionais Bianchini et al., 2004

28 INTERDISCIPLINARIDADE Bucomaxilofacial Fonoaudiólogo Fisioterapeuta Dentista Psicólogo Nutricionista

29 Referências Bianchini, E.M.G. et al. Pacientes acometidos por trauma da face: Caracterização, aplicabilidade e resultados do tratamento fonoaudiológico específico. Rev CEFAC, São Paulo, v.6, n.4, , out-dez, Wulkan *, M.; Parreira, J.G.; Botter, D.A.Epidemiologia do trauma facial. Rev. Assoc. Med., São Paulo, vol.51, n.5, Sept./Oct

30