Edmund Burke, Macpherson e o conservadorismo: buscando algumas pistas para pensar a educação.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Edmund Burke, Macpherson e o conservadorismo: buscando algumas pistas para pensar a educação."

Transcrição

1 Edmund Burke, Macpherson e o conservadorismo: buscando algumas pistas para pensar a educação. Neiva Afonso Oliveira (Universidade Federal de Pelotas UFPel) Sdnei Almeida Pestano (Universidade Federal de Pelotas UFPel) Apoio financeiro: CNPq (Bolsa de Iniciação Científica), FAPERGS (Auxílio financeiro) Resumo: O presente texto traz, inicialmente, uma breve discussão sobre os conceitos liberalismo e conservadorismo. Em segundo lugar, apresenta a teoria de Edmund Burke, um teórico conservador crítico dos acontecimentos da Revolução Francesa. Uma retomada, na contemporaneidade, do pensamento de Burke é trazida pelo enfoque da teoria do sociólogo canadense Crawford Brough Macpherson, que afirma haver uma questão Burke, o que significa dizer que o conservadorismo ainda encontra-se presente como condição que perpassa o liberalismo moderno. Tanto a posição de Burke enfatizada explicitamente no aspecto da manutenção da tradição e na defesa da conservação de um certo status quo, quanto a posição macphersoniana de pretender garantir aquilo que se tem (as liberdades individuais), em detrimento de uma posição mais avançada, por exemplo, em nível de pensar uma proposta mais coletivista, nos permitem olhar para a condição da educação hodierna que pensa a si própria e a cultura como aspectos transmitidos desde um contexto. Palavras-chave: Liberalismo Conservadorismo Burke Macpherson Instalando o debate: demarcação de possíveis fronteiras entre conservadorismo, liberalismo e educação Este texto traz informações que fazem parte de pesquisa intitulada A filosofia Social de C. B. Macpherson 1 e os Movimentos Sociais no Liberalismo Contemporâneo. A investigação aqui apresentada, de cunho essencialmente bibliográfico, surgiu da seguinte afirmação de Macpherson, em sua obra dedicada ao membro do parlamento inglês: That there is a Burke problem is a testimony to the continuing interest there has been in work in the two centuries since it was done. (p.1) O que pretendemos apresentar é a posição de Edmund Burke ( ) no que tange à Revolução Francesa em sua obra intitulada: Reflexões sobre a Revolução em França (1790). Enquanto comentador de Burke, Macpherson é, também, 1 C. B. Macpherson, autor Canadense, nascido em Dentre os conceitos trabalhados em sua teoria política, encontra-se a idéia de individualismo possessivo, uma espécie de assinatura teórica por ele utilizada para definir a sociedade liberal moderna, formada por homens apropriadores ao infinito. Democracia Liberal (1977), A teoria política do individualismo possessivo (1979) e Ascensão e Queda da Justiça Econômica (1991) são livros de sua autoria que estão traduzidos para o português.

2 trazido para o contexto do escrito, uma vez que, em sua obra Burke (1980) nos fornece pistas para reflexões e tematizações sobre o conservadorismo e o liberalismo. A educação é o tema que tangencia nossa argumentação e nossa hipótese está construída a partir da afirmação feita por Macpherson de que E. Burke é, ao mesmo tempo, conservador e liberal.. O ponto de vista do autor canadense encontra respaldo tanto na hesitação teórica que temos ao buscar definições para os dois conceitos, quanto na explicação do tipo de personalidade de Edmund Burke. Com relação à hesitação teórica quando mencionamos os conceitos conservador e liberal, podemos afirmar que se justifica. Em teoria política, alguns conceitos são movediços ou de difícil explicitação. Liberalismo e conservadorismo, certamente, encontram-se listados entre aqueles conceitos que exibem essa característica de não se deixar revelar conceitualmente de modo fácil. Também, por serem fenômenos históricos com diferentes nuances, dificilmente podem ser definidos Trata-se de conceitos cujas explicações e/ou definições deveriam, preferivelmente, acontecer pela via da descrição uma vez que a exposição minuciosa por meio da descrição possibilita que visualizemos os conceitos em suas próprias movimentações e produtividade. Nomear ou descrever, portanto, são modos convenientes para expressar a relação que se efetiva entre nomes e aquilo que é nomeado, ou entre uma descrição e o que é descrito. Afirmamos isso na esteira do que nos lembra Merquior (1991) com relação ao próprio liberalismo: É muito mais fácil e mais sensato descrever o liberalismo do que tentar defini-lo de maneira curta. (p.15) Em termos de uma localização temporal dos dois conceitos, é mais acertado afirmar que o conservadorismo é muito mais antigo do que o liberalismo. Dewey (1935), em seu escrito Liberalism and Social Action, afirma que o uso das palavras liberal e liberalismo indicado para significar uma particular filosofia social apareceu somente na primeira década do século XIX. Porém, a realidade a que as palavras se referem é bem mais velha, podendo-se chegar ao pensamento grego, com os poetas líricos, os céticos e os sofistas. Seu estudo, contudo, afirma o autor, consolida-se a partir do Iluminismo europeu. Nesta direção, é correto afirmar que uma gama de significados circunda o termo liberal: indo, por exemplo, desde uma vaga índole mental, por vezes denominada para frente, até um definido credo com propósitos e métodos de ação social. O primeiro significado caracteriza-se por ser vago em demasia, e a segunda acepção do termo é específica e fixa, o que limita, caso aceitemos esta condição, nossas chances de elencar a gama de feições que o termo liberal foi assumindo ao longo de sua trajetória. O conservadorismo, ao enfatizar a tradição, entendida como um conjunto de valores que perpassam a história e foram elaborados pela razão social, nos dá

3 mostras de seu perfil. O conservadorismo está estritamente vinculado à fé, porém nem sempre a uma fé divina, podendo, algumas vezes, estar ligado à crença em verdades... transmitidas pelo patrimônio humano (...) [em que] a razão individual está sujeita à tradição, isto é, à razão social que nos liga a essa revelação primordial. (NASCIMENTO, 2004, p.07). No que se refere a Macpherson, as definições apresentadas são suficientes para dar conta de uma igual indecisão presente em seu escrito. O conservadorismo que a ele atribuímos é do tipo liberalismo conservador termos confusos e que confundem, mas que podem bem expressar a posição do professor canadense, uma vez que em seu livro de 1978, A democracia liberal: origens e evolução, declara-se liberal e chega muito próximo de alguns ideais defendidos por Edmund Burke. Um exemplo dessa ocorrência verificamos no fato de Macpherson declarar-se partidário da idéia de que os princípios precisam adaptar-se às circunstâncias. Edmund Burke: Com a Revolução, inicia o conservadorismo Edmund Burke nasceu em Dublin em Filho de pai protestante e mãe católica, foi educado sob o modelo clássico de educação de sua época. Escreveu, ainda na Irlanda, contra a aristocracia irlandesa que imputava aos camponeses a miséria. Já na Inglaterra, após ter sido membro do parlamento, expôs em seu livro mais conhecido, a teoria que se tornaria o alicerce do conservadorismo moderno. Tendo sido sua obra cunhada em um grandioso período da história da civilização ocidental, é importante perceber seu impacto e o contraponto ao contexto em que estava inserida, a saber: Montesquieu escreveu O espírito das leis em 1748; em 1757, Rousseau compõe Do Contrato Social e Emílio ou Da Educação, ambos os escritos condenados em 1762; Voltaire entrega ao mundo iluminista seu Dictionnaire philosophique, em 1764; A riqueza das nações de Adam Smith é publicada em 1776; Jeremy Bentham, através de Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação, obra de 1780, aponta critérios teóricos e práticos para o desempenho do homem como ser moral e social. Acontecimentos como a Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789, e a instalação da Assembléia Nacional Constituinte Francesa fazem parte do cenário onde são construídos a argumentação teórica e os preceitos práticos de E. Burke. Nesse período de grande fomento intelectual, é que a obra analisada neste trabalho foi escrita, ou seja, em Em Reflections on the Revolution in France, o autor, além de expressar seu antagonismo com os princípios da Revolução Francesa, dá a conhecer as principais ideias de uma filosofia do conservadorismo. É possível ser contra os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade? Tais conceitos constituem o verniz que fornece o intenso brilho da Revolução

4 Francesa. Contemporâneo à Revolução, Edmund Burke, o primeiro contra-revolucionário, pensava que: Seguindo estas falsas luzes, a França pagou com evidentes calamidades e muito mais caro que qualquer outra nação tenha pago indiscutíveis bens. A França comprou miséria com crime! A França não sacrificou sua virtude pelo seu interesse, ela abandonou seu interesse para prostituir sua virtude! (BURKE, 1997, p.73). Favorável à Monarquia, à Igreja, à Nobreza e à Propriedade, Burke escreveu contra os princípios revolucionários, rechaçando a idéia de que tais princípios abstratos (BURKE, 1997, P.68) possuíssem precedentes ou fossem repetidos na Inglaterra. Creio não termos perdido a generosidade e a dignidade do modo de pensar do século XIV, e, até o presente, ainda não nos transformamos em selvagens. Não fomos convertidos por Rousseau; não somos discípulos de Voltaire; (...) e julgamos que não há descobertas a serem feitas no campo da moral, nem tão pouco no campo dos grandes princípios de governo e das idéias de liberdade... (BURKE, 1997, p.107) A crença, que tem Macpherson, de que as idéias de Edmund Burke continuam a existir está calcada no movimento conservador moderno e fornece subsídios para uma visão distinta do movimento liberal: A totalidade do poder obtido por essa revolução ficará nas cidades com os burgueses e com os donos do capital que os lideram. (BURKE, 1997, p.32) A democracia, o estado laico e a liberdade iluminista eram entendidos por Burke como princípios de uma revolução metafísica. Todo povo, de qualquer nação, recebe uma herança, um legado a ser preservado, que são leis e princípios instituídos por muitos de seus predecessores. A pergunta que inquieta o teórico anglo-irlandês é sobre a possibilidade de não se levar em consideração aquilo que foi arquitetado, pensado, construído pela experiência de séculos. Por isso, Burke é contra qualquer tipo de revolução ou progressismo que pretenda destruir completamente a organização social vigente e intencione o recomeço de uma sociedade nova ou moderna. O senhor poderá notar que da Carta Magna à Declaração de Direitos a política de nossa constituição foi sempre a de reclamar e reivindicar nossas liberdades como uma herança, um legado que nós recebemos de nossos antepassados e que devemos transmitir a nossa posteridade; como um bem que especificamente pertença ao povo deste reino, sem nenhuma espécie de menção a qualquer outro direito mais geral ou mais antigo (...) Está política parece ser o resultado de uma profunda reflexão, ou melhor, o efeito feliz de uma conduta que imitou a natureza, e que, assim, adquiriu uma sabedoria que a reflexão sozinha não ensina, pois está acima de seu alcance. (BURKE, 1997, p.69) Sua critica à Revolução Francesa está embasada, principalmente, na crença de que não havia vícios irrecuperáveis na França. O ataque ao espólio dos bens da igreja, a perseguição aos nobres trata-se, acima de tudo, de uma afronta ao direito de propriedade. Burke

5 interpretava o motivo do ataque aos bens da igreja como uma conseqüência do déficit no orçamento francês. Neste sentido, a dívida provocou o confisco e transformou a terra em um bem entregue ao mercado. Segundo Burke, esta revolução (a francesa) não possui semelhança alguma com a Revolução Inglesa de 1688, pois está baseada em princípios desprendidos de toda história e realidade empírica. É a revolução de uma classe que almeja o poder político e que, com o confisco, se apoderaram de grande parcela da propriedade fundiária (BURKE, 1997, p.205). Burke acreditava que todas as mudanças devem ser realizadas observando o passado. Como assegurar uma educação que não seja um repasse de tudo aquilo que uma sociedade herdou? Que princípios seriam assegurados? Quanto à primeira questão, a resposta do autor é indicativa de uma impossibilidade, visto que as gerações vindouras assimilam e aprendem o que foi legado das anteriores; no que se refere à segunda questão, princípio algum pode ser assegurado, senão à base de sua transmissão. Criar ideais abstratos a partir do nada e fazê-los vigorar só pode acarretar a destruição da autoridade e fazer surgir um individualismo sem precedentes. E a primeira de toda ciência da jurisprudência, o orgulho do intelecto humano que, com todos os seus defeitos, redundâncias e erros, é a razão acumulada dos séculos, combinando os princípios da justiça original com infinita variedade de interesses humanos, como um monte de velhos erros explodidos, não seria mais estudada. A suficiência e a arrogância (atributos assegurados a todos que jamais conheceram sabedoria superior a sua) usurpariam os tribunais. Naturalmente, não haveria mais certas leis, estabelecidas segundo invariáveis fundamentos de esperança e de temor, para conservar uma direção segura às ações humanas, ou para dirigi-las a certos objetivos. Nada de estável em matéria de conservar a propriedade ou exercer uma função poderia constituir terreno sólido sobre o qual os pais pudessem contar para educar seus filhos ou para escolher para eles uma posição no mundo. Não seria mais possível fazer entrar os princípios nos hábitos. Assim que o mais capaz dos preceptores tivesse terminado a obra laboriosa de uma educação, em vez de pôr no mundo um aluno que formou-se segundo uma disciplina virtuosa, calcada em conseguir atenção e respeito no seu lugar na sociedade, ele perceberia que tudo foi alterado, e ele deixou ao desprezo e ao escárnio do mundo uma pobre criatura ignorante dos verdadeiros fundamentos da opinião pública. (BURKE, 1997, p ) A educação é um legado que deve preservar os valores que são a herança da sociedade. Neste ponto, a religião possui um papel preponderante. Burke afirma que toda educação realizada na Inglaterra do seu tempo estava sob o controle dos eclesiásticos: Acreditamos tão firmemente na certeza dos métodos eclesiásticos de educação que poucas mudanças foram introduzidas depois dos séculos XIV ou XV, bem de acordo com a nossa velha máxima de nunca destruir totalmente, ou de uma vez só, aquilo que é antigo. Chegamos à conclusão de que esses métodos de educação são favoráveis à moralidade e à disciplina e estamos certos de que podemos aperfeiçoálos sem destruí-los. Acreditamos que esses métodos são capazes de guardar, aperfeiçoar e sobretudo de conservar o patrimônio da ciência e da literatura, como

6 tendo evoluído segundo ditames da vontade divina. E antes de tudo, em decorrência dessa educação gótica e monástica (ela realmente o é em seus fundamentos), podemos fazer valer os nossos direitos, muito mais do que qualquer outra nação européia, a uma parte considerável dos progressos da ciência, da arte e da literatura iluminou e ornamentou o mundo moderno. Acreditamos que uma das causas principais desse progresso tenha sido o fato de que nunca menosprezamos o patrimônio de conhecimentos que a nós foi legado por nossos antepassados. (BURKE, 1997, p.119) Seguindo o mesmo raciocínio, para Burke, o preconceito é algo necessário à sociedade. E quanto a isso, afirma: Graças ao preconceito a virtude se torna hábito e não uma série de atos desconexos e o dever, uma parte da nossa natureza (BURKE, 1997, p.108). Preconceitos são ideias herdadas por uma sociedade, que carregam consigo ensinamentos que perpassam os séculos. Edmund Burke não é um escritor que trabalha de forma rigorosa com os conceitos que utiliza; sua intenção não é teórica. É um político e escreve de forma retórica. Seu grande temor era o de que a sociedade fosse alicerçada em conceitos metafísicos, e que fosse possível a qualquer mente fugaz modificá-la. A escola não deve, neste sentido, permitir que o povo crie suas parcelas de razão na sociedade. Essas representam a arrogância e a abstração que possuem como resultado o individualismo. Segundo Burke, é possível modificar os defeitos de uma sociedade, com cautela e respeito. A escola deve, sim, preparar o estudante para a sociedade de forma tal que ele não queira modificá-la em seus pontos vitais: o direito à propriedade, a obediência à igreja, a manutenção da monarquia, e a preservação da ideia de uma sociedade dividida em classes. Esses são os legados que devem ser preservados não só pela escola, mas por toda a sociedade. C. B. Macpherson e o problema Burke Em sua obra de 1980, Macpherson expõe como problema central em Burke, a confusão aparentemente existente em sua posição. A dúvida é: E. Burke é um liberal ou um conservador? Em suma, o autor canadense defenderá que na obra de 1790 Burke defendeu as duas posições. De certa forma, pensamos que Macpherson concordaria com a afirmação de Irving Kristol de que um conservador não passa de um liberal assaltado pela realidade. (Apud MERQUIOR, 1987, p.33) Burke era considerado por seus contemporâneos um liberal, isto antes de escrever Reflexões sobre Revolução em França. É lícito afirmar, segundo o estudo de Macpherson, que Burke foi

7 (...) vigoroso enemigo del partido de la Corte, del gobierno autocrático y del tipo de imperialismo británico por entonces prevaleciente en América, Irlanda y La India; amigo de los intereses comerciales, crítico informado de las políticas económicas y abogado de uma economía de mercado autorregulada; amigo de la tolerancia religiosa; y, por supuesto, defensor de la Revolucíon Whig. Era un digno sucesor de John Locke, el padre fundador de la teoría whig, cuya obra ahora estaba anticuada em un siglo. (MACPHERSON, 1984, p.16) Esta posição apresentada vai, aparentemente, ao encontro da exposição feita sobre Burke na primeira parte do presente texto. Burke Fue aceptado y considerado com un buen conservador por Goldsmith, Reynolds, Garrick, Johnson y Sheridan, y cinco años más tarde fue sócio fundador de el Club, que agrupaba a éstos y a otras notabilidades, como Adam Smith. (MACPHERSON, 1984, p.26). Seria o caso de Burke ter mudado sua posição ao longo do tempo? Mas, então, como Macpherson pode afirmar que o autor irlandês defendeu as duas posições na sua obra mais aclamada? Para resolver este problema, Macpherson afirma que a ordem tradicionalista defendida por E. Burke já era uma ordem capitalista. (...) Burke era al mismo tiempo un defensor de un ordem social y político jerárquico tradicional y un creyente en la necesidad y equidad de un orden económico capitalista puro. Podía adoptar coherentemente ambas posiciones em la necesidad y equidad de un orden social tradicional y había modificado el contenido pero no la forma de este orden. (...) Pero lo que no es dudoso es su firme convicción de que el orden capitalista sólo puede ser mantenido si la clase obrera sigue aceptando su posición subordinada tradicional. (MACPHERSON, 1984, p ) Em verdade, Macpherson defende que existem pontos em comum entre as teorias liberais e conservadoras, a saber: o império das leis, o governo constitucional contra o governo arbitrário, o respeito a propriedade; assim como a ideia de uma aristocracia natural que interpretasse e fizesse valer a vontade do povo. (...) aunque tal vez no estén dispuestos a reconocerlo, no está denasiado lejos de la idea de meritocracia a la que todos ellos se adhieren em cierta medida. La dificultad real parece residir en la Idea de Burke de la justicia distributiva: la distribución justa del producto nacional es la que el mercado libre asigna a los que entran em el mercado desde posiciones de dominación y subordinación de clases. Este concepto de justicia no puede ser aceptado o reconocido por conservadores o liberais... (MACPHERSON, 1984, p.106) Segundo Burke, era evidente que o rico vivia do trabalho do pobre, mas a redistribuição da riqueza forneceria uma parte insignificante a cada pobre e assolaria as fontes de riqueza. Por tais razões, não seria lícita uma redistribuição. Na visão de E. Burke, o trabalho é uma mercadoria como outra qualquer que deve ser regida pelas leis do mercado. Se os pobres são numerosos, certamente seu trabalho, valerá pouco. Resta a este ponto de vista a

8 lei da oferta e da procura que são reguladas por leis naturais nas quais o Estado não pode intervir. Eram las reglas del comercio las que constituíam los principios de la justicia. É inevitável concordar com Macpherson, quando afirma que o grande mérito de Burke foi ter acrescentado à economia de mercado capitalista preceitos do direito natural cristão. (...) Burke necesitaba el derecho natural y el divino porque no sólo tenía que demostrar que el orden capitalista era justo, sino también que era naturalmente aceptable para la clase obrera. Toda la estructura de la sociedad, insistia Burke, depende de la sumisión de esa clase (...) Burke fue más astuto que la mayoría de sus contemporâneos al darse cuenta de que la resurrección del derecho natural cristiano era justamente lo que se necesitaba. (MACPHERSON, 1984, p.94) É extremamente interessante mostrar que as ideias econômicas de Burke possuem semelhanças com posições aparentemente contraditórias: No liberalismo que decorre do Direito natural (...), chega-se à liberdade econômica através de um raciocínio dedutivo. Segundo essa doutrina, o homem tem um direito natural sobre os objetos que produziu com seu trabalho; tem, portanto, o direito de consumi-los. Já que tem o direito de consumi-los, segue-se que tem o direito de dálos de presente; já que tem o direito de dá-los de presente, decorre que dois homens têm o direito de trocar objetos que eles produziram (cada um dá de presente ao outro o objeto sobre o qual tem direito de propriedade); segue-se também que eles têm o direito de trocar objetos que não produziram, mas foram adquiridos através de trocas legítimas. Assim, de dedução em dedução, o Direito natural chega à liberdade econômica total como direito natural inviolável. (VERGARA, 1995, p.41) Na teoria de Burke, o Estado não pode intervir, de forma alguma, nos salários dos trabalhadores, como frisamos anteriormente. Além da comparação com os economistas do direito natural, Macpherson coteja a teoria de E. Burke com a de John Rawls ( ): Rawls acepta la distribuição del Estado Benefactor hasta cierto límite, pero este límite descansa precisamente em el mismo principio que el límite cerco do de Burke. Rawls sostiene que la interferencia del Estado em el mercado, que se pretende realizar em interes de los pobres, debe detenerse antes del punto em el cual hace empeorar la situación de todos, incluidos los pobres; y que se llega a este punto cuando el grado de interferencia desalienta a los empresarios de seguir su labor de maximizar la producción eficiente. La única diferencia es que Burke argüía que toda interferencia tendría este efecto, miendras que los liberales del siglo XX han aprendido por experiencia que la empresa capitalista es aún muy activa cuando tiene que hacer frente a la actual elevada interferencia del Estado. La diferencia no ES de principio, sino de juicio empírico. (MACPHERSON, 1984, p.107) O fato de que as palavras liberalismo e conservadorismo servem hoje para cobrir diferentes comportamentos e pensamentos políticos, o que indica maleabilidade dos termos e produtividade dos conceitos, é que nos permite, por exemplo, não julgar anômala a posição macphersoniana com relação às de Burke e Rawls. Burke, em sua época, não possuía as condições materiais que temos hoje para pensar a realidade econômica. Talvez por isso não

9 estivesse tão preocupado em teorizar sobre a justiça (econômica). Aos olhos dos liberais da época, foi eleito e essa denominação mantém-se ainda hoje, o pai do conservadorismo. A ênfase no tradicionalismo ratifica e legitima esta designação. Rawls, por seu turno, pensa e teoriza sobre a justiça, inclusive econômica, assaltado que é pelas emergentes e urgentes condições da realidade material. Entretanto, aos olhos de testemunhos hegemônicos liberais e contemporâneos, é aclamado um liberal, quiçá de esquerda, se considerados aspectos positivos libertários de sua obra Um teoria da justiça (1971). Entretanto, ante a perspectiva de avaliação de setores de filão socialista e de esquerda, Rawls é um conservador. Macpherson estaria entre os autores que assim avaliam a teoria rawlsiana, dada sua filiação inicial incontestável a uma filosofia marxiana. À guisa de conclusão... O fato de Macpherson ter afirmado que, hodiernamente, existe um problema Burke suscita reflexões que, de certo modo, têm sido, pelo menos em termos de teorias políticas mais atuais, relegadas ou preteridas. Esta minorização com relações às análises sobre o conservadorismo, entre outros motivos, ocorre devido, certamente, em primeiro lugar, a uma sensação geral de que o liberalismo triunfa como escola ou filosofia política e deixa de lado sua posição de defensiva que desempenhava outrora, antes da chamada derrocada do socialismo; em segundo lugar, devido ao próprio desempenho do conceito, que não atingiu o status rendoso (sic) e fértil das teorizações sobre o liberalismo. Esta opulência se torna inegável, tendo em vista que o new look do liberalismo nos permite falar de liberalismos, de filosofias liberais e não de um único modelo liberal. Edmund Burke e Crawford Brough Macpherson, por serem figuras da teoria filosófico-política clássica e moderna encontram-se, acompanhados de suas tematizações, inseridos no que poderíamos denominar uma certa confusão teórica, no que diz respeito aos conceitos liberalismo e conservadorismo. Edmund Burke, como um bom conservador que é, encontra-se, como afirma Irving Kristol, assaltado pela realidade, no caso os acontecimentos da Revolução Francesa. Por sua vez, Macpherson levanta, em seu texto sobre Burke, suspeitas de que o conservadorismo sobrevive, inclusive através de várias publicações sobre a temática. Esta afirmação, por si só, obviamente, não sustentaria a tese de que a teoria macphersoniana padece, também, do que poderíamos denominar resquícios de um conservadorismo. Afirmamos isto ante a sua resoluta determinação de se dizer um liberal, porque credita no

10 princípio maior do liberalismo, a garantia das liberdades individuais a expectativa de que aconteça nas sociedades liberais a justiça. Também sua ingênua confiança de que podemos avançar, inclusive, em direção a uma justiça econômica, caso o liberalismo ou a democracia liberal transborde do que denomina invólucro capitalista. Quando afirma, então, uma certa confiança nas regras do mercado que, por si só, acomodariam um certo grau de liberdade para todos, Macpherson parece estar preso à tradição filosófica do liberalismo que defende o livre desenvolvimento das potencialidades/liberdades individuais (a qual Rawls pertence). Em termos de uma filosofia da educação, os dois autores parecem oferecer pistas teóricas para pensarmos os processos pedagógicos em nosso contexto. Tanto a posição de Burke enfatizada explicitamente no aspecto da manutenção da tradição e na defesa da conservação de um certo status quo, quanto a posição macphersoniana de pretender garantir aquilo que se tem (as liberdades individuais), em detrimento de uma posição mais avançada, por exemplo, em nível de pensar uma proposta mais coletivista, nos permitem olhar para a condição da educação hodierna que pensa a si própria e a cultura como aspectos transmitidos desde um contexto. Obviamente, olhando para nossas realidades educacionais, ainda podemos afirmar que a educação é tanto um fenômeno inovador, quanto um acontecimento conservador. O que não nos impede de arriscar e dizer que há, também, na educação, um problema Burke.

11 Referências bibliográficas BURKE, Edmund. Reflexões sobre a revolução em França. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997, 247p. DEWEY, John. Liberalism and Social Action. Carbondale Illinois, Southern Illinois University Press, CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas: de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, MACPHERSON, Crawford Brough. Burke. Madrid: Alianza editorial, 1984, 118p. Rawls s Models of Man and Society». Philosophy of the Social Sciences, p , 1973a MAINWARING Scott; MENEGUELLO Rachel; POWER, Timothy. Partidos conservadores no Brasil contemporâneo: quais são, o que defendem, quais são suas bases. São Paulo: Paz e Terra, 2000, 108 p. MERQUIOR, José Guilherme. Renascença dos liberalismos: a paisagem teórica. Lua Nov: cultura e politica. Vol. 4, Nº1, Julho-Setembro/87- Nº 13. NASCIMENTO, Silvio Firmo do. Teses morais do tradicionalismo do século XIX. Londrina: Edições Humanidades, p. OLIVEIRA, Neiva Afonso. Propriedade e democracia liberal: um estudo estribado em Crawford Brough Macpherson. P. Alegre: EDIPUCRS, 2004, 312p. VERGARA, Francisco. Introdução aos fundamentos filosóficos do liberalismo. São Paulo: Nobel, 1995, 132p.

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE Prof. Pablo Antonio Lago Hegel é um dos filósofos mais difíceis de estudar, sendo conhecido pela complexidade de seu pensamento

Leia mais

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS 1 1. CONCEITO BÁSICO DE DIREITO Somente podemos compreender o Direito, em função da sociedade. Se fosse possível ao indivíduo

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA ESPÍRITA E ESPIRITISMO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA ESPÍRITA E ESPIRITISMO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA 1 ESPÍRITA E ESPIRITISMO Para designar coisas novas, são necessárias palavras novas. A clareza de uma língua assim exige, a fim de evitar que uma mesma palavra

Leia mais

THOMAS HOBBES LEVIATÃ MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL

THOMAS HOBBES LEVIATÃ MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL THOMAS HOBBES LEVIATÃ ou MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL Thomas Hobbes é um contratualista teoria do contrato social; O homem natural / em estado de natureza para Hobbes não é

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Roteiro: Locke: contexto histórico, metodologia, natureza humana e estado de natureza

Roteiro: Locke: contexto histórico, metodologia, natureza humana e estado de natureza Gustavo Noronha Silva José Nailton Silveira de Pinho Juliana Gusmão Veloso Kátia Geralda Pascoal Fonseca Walison Vasconcelos Pascoal Roteiro: Locke: contexto histórico, metodologia, natureza humana e estado

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

1. INTRODUÇÃO CONCEITUAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO E O CRESCIMENTO ECONÔMICO

1. INTRODUÇÃO CONCEITUAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO E O CRESCIMENTO ECONÔMICO 1. INTRODUÇÃO CONCEITUAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO E O CRESCIMENTO ECONÔMICO A análise da evolução temporal (ou dinâmica) da economia constitui o objeto de atenção fundamental do desenvolvimento econômico,

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL Educador: Luciola Santos C. Curricular: História Data: / /2013 Estudante: 7 Ano Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL 7º Ano Cap 1e 2 Feudalismo e Francos Cap 6 Mudanças no feudalismo Cap 7 Fortalecimento

Leia mais

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL. Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu.

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL. Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu. SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu. O homem faz a sociedade ou a sociedade faz o homem? A culpa é da sociedade que o transformou Quem sabe faz a hora,

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL [SLIDE 1] CAPA [SLIDE 2] UM ASSUNTO ATUAL APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 Os conceitos de liberdade de consciência e de expressão têm recebido

Leia mais

IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA

IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA MÓDULO I - O NOVO TESTAMENTO Aula IV - Introdução ao Novo Testamento e o caráter Literário dos evangelhos A ORIGEM DO NOME A expressão traduzida

Leia mais

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Eixo temático 2: Formação de Professores e Cultura Digital Vicentina Oliveira Santos Lima 1 A grande importância do pensamento de Rousseau na

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão.

dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. dóxa e epistéme. sensível e inteligível. fé e razaão. Senso comum... aranha caranguejeira ou aranha-marrom? Epistemologia Moderna e Contemporânea EPISTEMOLOGIA investiga o conhecimento. limites. possibilidades.

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) -

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) - EXERCICÍOS DE FILOSOFIA I O QUE É FILOSOFIA, ETIMOLOGIA, ONDE SURGIU, QUANDO, PARA QUE SERVE.( 1º ASSUNTO ) Questão (1) - Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA em relação ao significado

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO

QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO QUESTÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEAS: HEIDEGGER E O HUMANISMO Bernardo Goytacazes de Araújo Professor Docente de Filosofia da Universidade Castelo Branco Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea

Leia mais

Lógica Indutiva. Aula 4. Prof. André Martins

Lógica Indutiva. Aula 4. Prof. André Martins Lógica Indutiva Aula 4 Prof. André Martins É uma bruxa? Lógica Clássica (Dedutiva) Na Lógica Clássica, determinamos a veracidade de proposições a partir de outras proposições que julgamos verdadeiras.

Leia mais

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB,

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, 2009. p. 24-29. CAPITALISMO Sistema econômico e social

Leia mais

Weber e o estudo da sociedade

Weber e o estudo da sociedade Max Weber o homem Maximilian Karl Emil Weber; Nasceu em Erfurt, 1864; Iniciou seus estudos na cidade de Heidelberg Alemanha; Intelectual alemão, jurista, economista e sociólogo; Casado com Marianne Weber,

Leia mais

Ser humano, sociedade e cultura

Ser humano, sociedade e cultura Ser humano, sociedade e cultura O ser humano somente vive em sociedade! Isolado nenhuma pessoa é capaz de sobreviver. Somos dependentes uns dos outros,e por isso, o ser humano se organiza em sociedade

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA

A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA A FILOSOFIA HELENÍSTICA A FILOSOFIA APÓS A CONQUISTA DA GRÉCIA PELA MACEDÔNIA O IMPÉRIO ALEXANDRINO A FILOSOFIA ESTOICA PARTE DA SEGUINTE PERGUNTA: COMO DEVO AGIR PARA VIVER BEM? COMO POSSO VIVER BEM E,

Leia mais

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO 5.11.05 O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO Luiz Carlos Bresser-Pereira Primeira versão, 5.11.2005; segunda, 27.2.2008. No século dezessete, Hobbes fundou uma nova teoria do Estado que

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

IIIDomingo Tempo Pascal- ANO A «..Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite

IIIDomingo Tempo Pascal- ANO A «..Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite Ambiente: Os comentadores destacaram, muitas vezes, a intenção teológica deste relato. Que é que isto significa? Significa que não estamos diante de uma reportagem jornalística de uma viagem geográfica,

Leia mais

TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL TEORIA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Prof. MSc. Wilson Alberto Zappa Hoog i Resumo: Apresentamos uma breve análise sobre a teoria do estabelecimento empresarial, considerando o seu teorema e axiomas,

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo

O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo O Determinismo na Educação hoje Lino de Macedo 2010 Parece, a muitos de nós, que apenas, ou principalmente, o construtivismo seja a ideia dominante na Educação Básica, hoje. Penso, ao contrário, que, sempre

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA DEPUTADO MARCELO SERAFIM

Leia mais

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com E-book prático AJUSTE SEU FOCO Viabilize seus projetos de vida CONTEÚDO À QUEM SE DESTINA ESSE E-BOOK:... 3 COMO USAR ESSE E-BOOK:... 4 COMO ESTÁ DIVIDIDO ESSE E-BOOK:... 5 O QUE É COACHING?... 6 O SEU

Leia mais

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Max Weber. Sociologia Compreensiva

Max Weber. Sociologia Compreensiva Max Weber Sociologia Compreensiva Índice Max Weber: Vida e obra Uma teia de sentidos 1. O conceito de ação social 1.1 Ação tradicional 1.2 Ação afetiva 1.3 Ação racional com relação a valores 1.4 Ação

Leia mais

Avaliação em filosofia: conteúdos e competências

Avaliação em filosofia: conteúdos e competências Avaliação em filosofia: conteúdos e competências Desidério Murcho Universidade Federal de Ouro Preto desiderio@ifac.ufop.br 1 Immanuel Kant O jovem que completou a sua instrução escolar habituou- se a

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL AULA SOCIOLOGIA. Conteúdo: Conflitos religiosos no mundo

CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL AULA SOCIOLOGIA. Conteúdo: Conflitos religiosos no mundo Conteúdo: Conflitos religiosos no mundo Habilidades: Reconhecer que a religião muitas vezes esconde razões políticas, econômicas e sociais de inúmeros conflitos no mundo contemporâneo; Reconhecer que a

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville CAPÍTULO I Globalização e solidariedade Jean Louis Laville Cadernos Flem V - Economia Solidária 14 Devemos lembrar, para entender a economia solidária, que no final do século XIX, houve uma polêmica sobre

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Kant Uma Filosofia de Educação Atual?

Kant Uma Filosofia de Educação Atual? juliana_bel@hotmail.com O presente trabalho retoma as principais ideias sobre a pedagogia do filósofo Immanuel Kant dentro de sua Filosofia da Educação, através dos olhos de Robert B. Louden, professor

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

Para onde vou Senhor?

Para onde vou Senhor? Para onde vou Senhor? Ex 40:33-38 "Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim, Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação,

Leia mais

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre 01-O homo sapiens moderno espécie que pertencemos se constitui por meio do grupo, ou seja, sociedade. Qual das características abaixo é essencial para

Leia mais

Selecionando e Desenvolvendo Líderes

Selecionando e Desenvolvendo Líderes DISCIPULADO PARTE III Pr. Mano Selecionando e Desenvolvendo Líderes A seleção de líderes é essencial. Uma boa seleção de pessoas para a organização da célula matriz facilitará em 60% o processo de implantação

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A ÉTICA NA POLÍTICA Palestrante: Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A origem da palavra ÉTICA Ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram

Leia mais

material dado com autoridade. Com isso, coloca-se, sobretudo, a questão, como essas valorações podem ser fundamentadas racionalmente.

material dado com autoridade. Com isso, coloca-se, sobretudo, a questão, como essas valorações podem ser fundamentadas racionalmente. Laudatio Robert Alexy nasceu em Oldenburg em 1945. Nesta cidade também realizou os seus estudos até o ensino secundário. No semestre de verão de 1968 ele iniciou o estudo da ciência do direito e da filosofia.

Leia mais

A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996)

A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996) A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (1963) THOMAS KUHN (1922-1996) Embora a atividade científica possa ter um espírito aberto (...) o cientista individual muito frequentemente não o tem. Quer

Leia mais

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS Os Direitos Humanos surgiram na Revolução Francesa? Olympe de Gouges (1748-1793) foi uma revolucionária e escritora francesa. Abraçou com destemor

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund*

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1 Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1. Suporte para lideranças Discuta que ajuda os líderes podem necessitar para efetuar o seu papel efetivamente. Os seguintes podem fornecer lhe algumas idéias:

Leia mais

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID BARROS, Raquel Pirangi. SANTOS, Ana Maria Felipe. SOUZA, Edilene Marinho de. MATA, Luana da Mata.. VALE, Elisabete Carlos do.

Leia mais

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13 A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO Romanos 15:13 - Ora o Deus de esperança vos encha de toda a alegria e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. Só Deus pode nos dar uma

Leia mais

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER RESUMO. do homem em sociedade. Origem de tal Capitalismo que faz do homem um ser virtual e alienador

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER RESUMO. do homem em sociedade. Origem de tal Capitalismo que faz do homem um ser virtual e alienador O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER Tamires Albernaz Souto 1 Flávio Augusto Silva 2 Hewerton Luiz Pereira Santiago 3 RESUMO Max Weber mostra suas ideias fundamentais sobre o Capitalismo e a racionalização

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

Orientação a Objetos

Orientação a Objetos 1. Domínio e Aplicação Orientação a Objetos Um domínio é composto pelas entidades, informações e processos relacionados a um determinado contexto. Uma aplicação pode ser desenvolvida para automatizar ou

Leia mais

PLANO ESTRATÉGICO (REVISTO) 2014-2016 VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, ATRAVÉS DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL

PLANO ESTRATÉGICO (REVISTO) 2014-2016 VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, ATRAVÉS DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL PLANO ESTRATÉGICO (REVISTO) 2014-2016 VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, ATRAVÉS DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL 1 PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 REUNIÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA ABIDJAN 2014 2 PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016

Leia mais

Trabalho e Educação. Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA

Trabalho e Educação. Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA Trabalho e Educação Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA Samara Marino Mestranda em Ciências Sociais, pela Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Graduada

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2.

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. TRADIÇÃO JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. A TRANSMISSÃO DO TESTEMUNHO APOSTÓLICO 3. TRADIÇÃO, A ESCRITURA NA IGREJA Revelação TRADIÇÃO Fé Teologia

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Concepções, classificações e características A teoria das gerações de DDHH Fundamento dos DDHH e a dignidade Humana

DIREITOS HUMANOS. Concepções, classificações e características A teoria das gerações de DDHH Fundamento dos DDHH e a dignidade Humana DIREITOS HUMANOS Noções Gerais Evolução Histórica i Concepções, classificações e características A teoria das gerações de DDHH Fundamento dos DDHH e a dignidade Humana Positivismo e Jusnaturalismo Universalismo

Leia mais

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: bortoletomatheus@yahoo.com.br Escola: Dr. José Ferreira

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: bortoletomatheus@yahoo.com.br Escola: Dr. José Ferreira Sociologia Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: bortoletomatheus@yahoo.com.br Escola: Dr. José Ferreira [...] tudo o que é real tem uma natureza definida que se impõe, com a qual é preciso contar,

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Democracia, liberalismo ou socialismo: o que é melhor?

Democracia, liberalismo ou socialismo: o que é melhor? http://www.administradores.com.br/artigos/ Democracia, liberalismo ou socialismo: o que é melhor? DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores.

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. 2. Como acontecia a aprendizagem nas escolas no período medieval? Quem era apto

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais