Uma perspetiva acerca do dualismo no mercado de trabalho

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1 Uma perspetiva acerca do dualismo no mercado de trabalho Mário Centeno Ordem dos Economistas Lisboa, 20 de Outubro 2011

2 Um lento processo de reformas Uma boa análise económica é um pré-requisito para boas decisões de política económica, mas este processo é lento. Há, no geral, pouco suporte para boas decisões de política económica. O impacto marginal das novas políticas sobre os agentes que mais diretamente as influenciam é muitas vezes negativo. Estes agentes recebem rendas associadas ao ineficiente funcionamento dos mercados que se pretende reformar. Mário Centeno Banco de Portugal 2/23

3 Conteúdo 1 As reformas parciais 2 O votante mediano e a tomada de decisões 3 Qual o suporte para a actual legislação laboral? 4 A dualidade como norma legislativa 5 Conclusão Mário Centeno Banco de Portugal 3/23

4 1 As reformas parciais Mário Centeno Banco de Portugal 4/23

5 Em Portugal os processos reformistas assumem uma perspectiva parcial sobre o conjunto do mercado de trabalho. Reformas parciais são indesejáveis. É comum a criação de novas distorções para contornar as distorções pré-existentes, sem que estas sejam eliminadas. O resultado é um mercado segmentado, em que as oportunidades no mercado de trabalho não estão disponíveis para todos os trabalhadores e que gera níveis elevados de desemprego e desigualdade salarial e de rendimento. Mário Centeno Banco de Portugal 5/23

6 2 O votante mediano e a tomada de decisões Mário Centeno Banco de Portugal 6/23

7 As reformas refletem a vontade do votante mediano. Quem é o vontante mediano? Desempregado (12,5% da população activa). [Entre 1998 e 2010 a percentagem de famílias com indivíduos activos e pelo menos um desempregado passou de 8 para 18%] Contratado a prazo (14%). [14% em 1998 para 22% em 2010] Independente (15%). [28% em 1998 para 23% em 2010] E quem são os parceiros sociais com que temos que negociar? Mário Centeno Banco de Portugal 7/23

8 3 Qual o suporte para a actual legislação laboral? 1. Uma análise económica inapropriada, que analisa os fenómenos laborais sem admitir a existência de um mercado de trabalho. 2. Um ambiente negocial pouco concorrencial Mário Centeno Banco de Portugal 8/23

9 Uma análise económica inapropriada. O paradoxo da segurança. Uma legislação de protecção ao emprego de tal maneira intrusiva que gera incerteza e insegurança nas relações laborais. O paradoxo da distribuição de rendimento. A desigualdade de rendimento resulta do funcionamento dos mecanismos de mercado. Mário Centeno Banco de Portugal 9/23

10 Um ambiente negocial pouco concorrencial. Os mesmos intervenientes ao longo de demasiado tempo. Preocupados em proteger as rendas existentes. Setores menos expostos à concorrência estão mais representados nas negociações. Portugal encontra-se no pior de dois mundos: uma flexibilidade (Continental) imposta pelo sistema dual de proteção ao emprego; um grau de desigualdade (Anglo-saxónico) que resulta do racionamento de oportunidades no mercado de trabalho, do baixo nível de escolaridade e da exposição a um progresso tecnológico que privilegia as qualificações. Mário Centeno Banco de Portugal 10/23

11 4 A dualidade como norma legislativa Mário Centeno Banco de Portugal 11/23

12 A dualidade surge como resultado natural de uma sucessão de reformas que introduzem flexibilidade no mercado de trabalho sem alterarem o status quo inicial Introduz flexibilidade externa para as empresas. Protege os insiders: trabalhadores e empresas. Penaliza o crescimento económico. Aumenta o desemprego. Mário Centeno Banco de Portugal 12/23

13 O mercado de trabalho dual é um sistema dinâmico, especialmente quando enfrenta choques económicos significativos. As empresas promovem uma rotação intensa dos seus trabalhadores? O emprego de longa duração é comum? Os períodos de desemprego implicam perdas salariais permanentes? Os salários são suficientemente flexíveis? A resposta curta a todas estas questões é: Sim. Mário Centeno Banco de Portugal 13/23

14 Mas os resultados observados no mercado de trabalho português são ineficientes (sem serem equitativos): Rotação de trabalhadores A protecção no não-emprego Comportamento dos salários O desemprego estrutural Mário Centeno Banco de Portugal 14/23

15 A rotação excessiva de trabalhadores é causada pelo hiato de proteção entre contratos a prazo e contratos permanentes. Mas o tipo de contrato não é uma característica produtiva dos empregos! Mário Centeno Banco de Portugal 15/23

16 A percentagem de novos empregos com contrato com termo certo: 90%. 95% Percentagem de contratos com termo certo nos novos empregos Em percentagem de tod dos os novos emoregos do trimestre 90% 85% 80% 75% 70% 65% Mário Centeno Banco de Portugal 16/23

17 Se considerarmos o universo de trabalhadores por conta de outrem em Portugal em 2002 e os seguirmos ao longo dos seis anos seguintes: 1. Em 2003, 70% dos trabalhadores ainda estão na mesma empresa, mas para os contratados com termo certo esta percentagem é de apenas 41% 2. Após seis anos, 40% dos trabalhadores ainda estão na mesma empresa. Esta percentagem é próxima da observada para os Estados Unidos. 3. Os trabalhadores com contratos com termo certo em 2002 têm uma menor probabilidade 25% de permanecerem na mesma empresa em Mário Centeno Banco de Portugal 17/23

18 Os trabalhadores mais novos têm um maior número de empregos. Número de Idade Idade Número de empregos distintos mediana média indíviduos (1) (2) (3) (4) ,478, ,205, , , ,066 6 ou ,578 Fonte: Seguranca Social, Ao longo destes 8 anos, 2 milhões e meio de trabalhadores tiveram apenas um emprego. 2. Os trabalhadores com dois empregos são mais novos, mas muito numerosos. 3. A idade mediana é menor quanto maior é o número de empregos. Quase 250 mil trabalhadores tiveram 6 ou mais empregos. Mário Centeno Banco de Portugal 18/23

19 O sistema de subsídio de desemprego é generoso mas não cobre uma fracção importante dos trabalhadores que perdem o emprego. Dos trabalhadores com contribuições para a Segurança Social num dado mês, não estão a trabalhar três meses depois (4.2%). Destes: 1. Apenas recebem subsídio de desemprego (22%). 2. E não recebem nenhuma forma de apoio público registado na Segurança Social. Mário Centeno Banco de Portugal 19/23

20 Das interferências no processo de determinação dos salários, o salário mínimo é das mais relevantes (esc. dir.) Em percentagem Em percentagem Percentis 2.0 Mário Centeno Banco de Portugal 20/23

21 O desemprego estrutural está a aumentar. Taxa de desemprego e NAIRU 14,0 Taxa de desemprego NAIRU 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0, Mário Centeno Banco de Portugal 21/23

22 5 Conclusão 1. A legislação portuguesa do mercado de trabalho gera equílibrios pobres. 2. Os indicadores do mercado de trabalho revelam as deficiências no seu funcionamento. 3. O Programa de Assistência Económica e Financeira propõe uma abordagem global, mas tem riscos significativos de implementação. Mário Centeno Banco de Portugal 22/23

23 Exemplos: A criação do Fundo de Compensação do Trabalho: Aumento dos custos do trabalho A abordagem parcelar e satisfação de públicos específicos (demasiados grupos de trabalho): sistema de compensação. Na ausência de movimentos de Pareto, a aparente incapacidade de ordenar as diferentes soluções gera resultados ineficientes. Mário Centeno Banco de Portugal 23/23

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