CONVERGÊNCIA DOS PREÇOS MAS NÃO DOS SALÁRIOS E DE RENDIMENTOS ENTRE PORTUGAL E A UNIÃO EUROPEIA

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1 Convergência de preços mas não dos salários e dos rendimentos entre Portugal e a U.E. Pág. 1 CONVERGÊNCIA DOS PREÇOS MAS NÃO DOS SALÁRIOS E DE RENDIMENTOS ENTRE E A UNIÃO EUROPEIA RESUMO DESTE ESTUDO Em Portugal tem-se falado muito nos últimos anos da divergência crescente do País em relação à U.E.. E com razão, pois no período compreendido entre 2003 e 2007, a economia da UE25 cresceu, em média, 2,3% ao ano, enquanto o crescimento da economia portuguesa foi apenas de 0,8% ao ano, ou seja, quase três vezes menos, consequência, em parte, da politica de obsessão do défice. Mas a divergência não se limitou apenas à área económica. Também no campo social se verificaram graves divergências, o que é confirmado pelo facto dos preços terem convergido para os preços comunitários, pois têm aumentado anualmente em Portugal mais do que a média na UE25, enquanto os salários e os outros rendimentos têm divergido, com o consequente aumento das desigualdades em Portugal. Em 2000, os preços médios na UE25 eram superiores aos portugueses em 26,6 pontos percentuais (+36,2%), enquanto, em 2006, essa diferença tinha-se reduzido para cerca de metade, já que era apenas de 13,5 pontos percentuais (+15,6%). E isto já para não falar dos preços da electricidade, do gás e dos combustíveis que, como mostramos em estudos anteriores, são em Portugal superiores aos de países mais desenvolvidos da União Europeia. Enquanto isto se verificou em relação aos preços, relativamente aos salários e outros rendimentos registou-se precisamente o contrário. Em 2000, o salário mínimo português representava 87,3% do espanhol; 35,4% do francês; 33,9% do belga; 39,3% do da Irlanda; 38,2% do inglês; 34% do holandês, e apenas 31,2% do salário mínimo que vigorava no Luxemburgo. E, entre 2000 e 2007, portanto em 7 anos, o salário mínimo aumentou em Portugal apenas 99,2 euros, enquanto na Espanha aumentou 240,7 euros; na França 205 euros; na Bélgica 163 euros; na Irlanda 458 euros; na Inglaterra 391 euros; na Holanda 2009; e no Luxemburgo 379,3 euros. Como consequência, o fosso entre Portugal e outros países da União Europeia, em relação aos trabalhadores com mais baixos salários, cresceu. Também em relação ao salário médio sucedeu o mesmo. Em 2000, o salário médio nominal português correspondia apenas a 43,8% do salário médio da Zona do Euro; e, em 2005, a 43,3%, ou seja, menos meio ponto percentual. Mas é a nível do salário real que a diminuição é maior, como consequência da taxa de inflação em Portugal ser sistematicamente superior à taxa média de inflação na União Europeia. Em 2000, o salário médio anual real em Portugal correspondia a 43,5% do salário médio anual real da Zona do Euro, enquanto em 2006 já correspondia a 40,9%, ou seja, tinha diminuído em 2,6 pontos percentuais. Portanto, a divergência aumentou em 6% nos últimos 5 anos. Mas não é só este indicador que mostra a divergência crescente em relação à União Europeia. De acordo com o Eurostat, em 2002, as remunerações correspondiam em Portugal a 50% do PIB que era, naquele ano, uma percentagem próxima da media da U.E.(50,2%), mas em 2006 essa percentagem já tinha diminuído para 47,4%, ou seja, menos 2,6 pontos percentuais (- 5,2%). E as previsões do Eurostat é que essa percentagem vai continuar a diminuir em 2007 e em Mas mesmo esta percentagem inclui as contribuições para a Segurança Social. Se deduzirmos as contribuições patronais e os descontos dos trabalhadores aquela percentagem desce para 35,7% do PIB em 2006, segundo o Banco de Portugal. A divergência crescente de Portugal em relação à média comunitária em áreas com graves consequências sociais também é confirmada por outros dados oficiais. Segundo o Eurostat, em 2005, em Portugal o rendimento dos 20% mais ricos era superior em 8,2 vezes aos rendimentos dos 20% da população com mais baixos rendimentos. Se se analisar a variação registada nos últimos 10 anos, conclui-se que, por exemplo, na UE15 a desigualdade diminuiu pois, entre 1995 e 2005, passou de 5,1 vezes para 4,8 vezes (-6%), enquanto em Portugal, a desigualdade que já era mais grave em 1995, cresceu de 7,4 vezes para 8,2 vezes (+ 10,8%). Mas foi no 1º ano de governo de Sócrates que se verificou um aumento acentuado na desigualdade da repartição dois rendimentos pois passou de 7,2 vezes para 8,2 vezes (+ 13,8%). Associada a esta grave repartição dos rendimentos está a generalização da pobreza em Portugal. De acordo com o Eurostat, em 2005, depois das transferências sociais (prestações da segurança social e outros apoios à pobreza), 21% da população total portuguesa viviam abaixo do limiar da pobreza. E segundo o governo de Sócrates o limiar da pobreza no nosso Pais situa-se nos 300 euros por mês, pois é precisamente este valor que o governo utiliza para conceder aos reformados o chamado complemento extraordinário para idosos que, até à data, foi atribuído apenas a reformados apesar das promessas eleitorais de acabar com os pensionistas nesta situação. Assim, cerca de portugueses (21% da população) vivem actualmente com menos de 300 euros por mês. A pergunta que se coloca é esta: - Quando terminará a indiferença e a passividade do

2 Convergência de preços mas não dos salários e dos rendimentos entre Portugal e a U.E. Pág. 2 governo perante esta gravíssima situação social que continua a existir no País? Quando é que se deixará de apenas se preocupar em reduzir o défice, e começará a se preocupar com as pessoas? Em Portugal, tem-se falado muito, quer a nível oficial quer nos media, da divergência do nosso País em relação à União Europeia. No entanto, quando se fala de divergência está-se a referir habitualmente apenas ao facto da taxa de crescimento económico ser no nosso País, desde 2003, significativamente inferior á taxa media de crescimento da União Europeia. Se analisarmos os cinco anos anteriores ao inicio da crise ( ) e os cinco anos posteriores ao inicio da crise ( ) chega-se à seguinte conclusão: entre 1998 e 2002, a taxa de crescimento económico anual em Portugal foi de 3,1%, enquanto na UE25 foi de 2,6%, ou seja, a taxa de crescimento anual da economia portuguesa foi, em média, superior em 19% à taxa de crescimento da União Europeia; e, entre 2003 e 2007, a taxa media de crescimento em Portugal foi de 0,8% enquanto a da UE25 atingiu 2,3%, ou seja, a taxa anual em Portugal correspondeu apenas a cerca de um terço da taxa média de crescimento da União Europeia. Esta divergência está a determinar o atraso crescente do País em relação à União Europeia, o que é uma consequência também da politica de obsessão do défice, imposta pela U.E. e aceite passivamente pelo governo, que não tem uma politica centrada no crescimento económico, como era absolutamente necessário. Mas a situação grave que o País enfrenta não se restringe apenas à economia. Também no campo social tem-se registado uma divergência crescente em relação à União Europeia. A provar isso, está o facto que os preços e salários, que determinam as condições de vida da maioria da população, tem variado da seguinte forma: os preços em Portugal têm convergido a um ritmo rápido para os preços médios da União Europeia, que é uma consequência da taxa de inflação portuguesa ser sistematicamente superior à taxa média de inflação da U.E., enquanto a nível de salários tem-se observado precisamente o contrário, ou seja, os salários em Portugal tem aumentado menos que os salários médios da União Europeia. E isto apesar dos salários médios dos trabalhadores portugueses corresponderem a menos de metade dos salários médios europeus. CONVERGÊNCIA RÁPIDA DOS PREÇOS EM COM OS PREÇOS MÉDIOS DA U.E. Como mostram os dados divulgados pelo Eurostat, que constam do quadro seguinte, verificou-se no período uma convergência muito rápida dos preços em Portugal para os preços médios na U.E..E isto mesmo depois de 2003, ou seja, após o País ter mergulhado numa grave crise, o que está a determinar o agravamento das condições de vida nomeadamente dos trabalhadores activos assim dos que já se reformaram, ou seja, da maioria da população. QUADRO I Nível de preços comparados entre a União Europeia e Portugal ANOS UE25 (base) ,0 100,0 0,0% UE ,8 103,8-0,2% Zona Euro 99, ,9 102,8 2,9% (% UE25) 73,4 74,6 76,2 85,7 86,1 86,0 86,5 17,8% PT- UE25 (p.p.) -26,6-25,4-23,8-14,3-13, ,5-49,2% UE25 /PT +36,2% +34,0% +31,2% +16,7% +16,1% +16,3% +15,6% -56,9% FONTE: Eurostat ; p.p. : pontos percentuais Em 2000 os preços médios na UE25 eram superiores aos portugueses em 26,6 pontos percentuais, enquanto, em 2006, essa diferença tinha-se reduzido para cerca de metade, já que era apenas de 13,5 pontos percentuais. Em percentagem, em 2000, os preços médios na UE25 eram superiores aos portugueses em 36,2%, enquanto em 2006 eram apenas em 15,6%. E isto é um consequência da taxa de inflação em Portugal ser sistematicamente superior à taxa de inflação média da União Europeia. No período , os preços subiram, em média, em Portugal 3,1% ao ano, enquanto na União Europeia a taxa média de inflação anual foi de 2,1%, ou seja, a taxa média de inflação no nosso País foi superior em 49% à taxa média da União Europeia. E isto já para não falar dos preços da electricidade, do gás e dos combustíveis que, como mostramos em estudos anteriores, são em Portugal superiores aos preços de muitos países da União Europeia, mesmo de muitos dos mais desenvolvidos, o que resulta da total falta de controlo, pela autoridade da concorrência e pelo governo, do aumento dos preços nosso País. Como é evidente, este crescimento mais rápido dos preços em Portugal tem contribuído para o agravamento das condições de vida da população, nomeadamente dos trabalhadores e dos reformados portugueses. SALARIOS MINIMOS EM VÁRIOS PAISES DA UNIÃO EUROPEIA AUMENTAM MAIS DO QUE EM Como rapidamente se conclui do quadro seguinte, que foi construído com dados divulgados pelo Eurostat, o salário mínimo em vários países da União Europeia são, por um lado, superiores ao

3 Convergência de preços mas não dos salários e dos rendimentos entre Portugal e a U.E. Pág. 3 português e, por outro lado, têm aumentado mais do que em Portugal, o que está a determinar que mesmo em relação ao grupo de trabalhadores que recebem os salários mais baixos, o fosso entre Portugal e esses países tenha aumentado. QUADRO II Variação do salário mínimo nacional em Portugal e em vários países da União Europeia entre 2000 e Em euros PAISES (PT) 371,0 390,0 406,0 416,0 426,0 437,0 450,0 470,2 99,2 Espanha 425,0 433,0 516,0 526,0 537,0 598,5 631,0 665,7 240,7 França 1.049, , , , , , , ,0 205,0 Belgica 1.096, , , , , , , ,0 163,0 Irlanda 945,0 945, , , , , , ,0 458,0 Inglaterra 970, , , , , , , ,4 391,4 Holanda 1.092, , , , , , , ,0 209,0 Luxemburgo 1.191, , , , , , , ,3 379,3 PT/Espanha 87,3% 90,1% 78,7% 79,1% 79,3% 73,0% 71,3% 70,6% -16,7% PT/França 35,4% 36,0% 36,1% 36,0% 36,3% 36,5% 36,9% 37,5% 2,1% PT/Belgica 33,9% 34,9% 34,9% 35,8% 35,9% 36,1% 36,5% 37,3% 3,5% PT/Irlanda 39,3% 41,3% 40,2% 38,8% 39,7% 36,9% 34,8% 33,5% -5,7% PT/UK 38,2% 34,5% 36,3% 37,6% 39,3% 36,5% 35,5% 34,5% -3,7% PT/Holanda 34,0% 33,8% 33,6% 33,3% 33,7% 34,5% 35,3% 36,1% 2,2% PT/Luxemburgo 31,2% 31,0% 31,5% 30,4% 30,4% 29,8% 29,9% 29,9% -1,2% FONTE: Salários 3mínimos Eurostat ; O valor de Portugal obteve-se multiplicando o SMN mensal por 14 e dividindo por 12 Para os valores entre os diferentes países poderem ser comparáveis, relativamente aos países como Portugal em que são pagos anualmente 14 salários mínimos, teve-se de multiplicar o valor mensal por 14 e depois dividir por 12. É por essa razão, que aparece para Portugal, no ano de 2007, o valor de 470,2 euros, e não o valor de 403 euros, que é o salário mínimo nacional actual. Em 2000, o salário mínimo português representava 87,3% do espanhol; 35,4% do francês; 33,9% do belga; 39,3% do da Irlanda; 38,2% do inglês; 34% do holandês, e apenas 31,2% do salário mínimo que vigorava no Luxemburgo. E, entre 2000 e 2007, portanto em 7 anos, o salário mínimo aumentou em Portugal apenas 99,2 euros, enquanto na Espanha aumentou 240,7 euros; na França 205 euros; na Bélgica 163 euros; na Irlanda 458 euros; na Inglaterra 391 euros; na Holanda 2009; e no Luxemburgo 379,3 euros. Como consequência, o fosso entre Portugal e outros países da União Europeia, em relação aos trabalhadores com mais baixos salários, cresceu. OS SALÁRIOS EM NÃO TÊM CONVERGIDO PARA OS SALÁRIOS MÉDIOS DA U.E. Enquanto os preços em Portugal convergem rapidamente para os preços médios na União Europeia, o mesmo não tem sucedido em relação aos salários que até têm diminuído, quando comparamos os salários portugueses com os salários médios da U.E., como mostram os dados do Eurostat constantes do quadro seguinte. QUADRO III Variação do salário médio nominal e real em e na ZONA EURO entre 2000 e 2005 ZONA DO EURO Salário bruto anual Salário bruto anual % em relação ZONA EURO ANOS - nominais - reais - nominais - reais - nominais - reais , , , ,9 43,8% 43,5% , , , ,5 45,3% 44,0% , , , ,6 43,9% 42,1% , , , ,3 44,6% 42,3% , , , ,3 42,7% 40,3% , , , ,3 43,3% 40,9% ,1% 6,0% 16,6% -0,4% - 0,5 pp - 2,6 pp FONTE: Salário bruto anual Indústria e Serviços; Taxa de inflação harmonizada EUROSTAT Em 2000, o salário médio anual nominal português correspondia apenas a 43,8% do salário médio anual da Zona do Euro; e, em 2005, já correspondia a 43,3%. Mas é a nível do salário real que a diminuição é maior, como consequência da taxa de inflação em Portugal ser sistematicamente superior à taxa média de inflação na União Europeia. Em 2000, o salário médio anual real em Portugal correspondia a 43,5% do salário médio anual real da Zona do Euro, ou seja, menos 0,5

4 Convergência de preços mas não dos salários e dos rendimentos entre Portugal e a U.E. Pág. 4 pontos percentuais (-0,7%), enquanto em 2006 já correspondia a 40,9%, ou seja, tinha diminuído em 2,6 pontos percentuais (- 6%). Portanto, a divergência era clara e cada vez mais acentuada. 20% DOS TRABALHADORES POR CONTA DE OUTRÉM RECEBEM MENOS DE 58% DO SALARIO MÉDIO MENSAL Os dados divulgados pelo INE nas Estatísticas do Emprego relativas ao 2º semestre de 2007, que constam do quadro seguinte, revelam salários médios mensais líquidos dos Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) significativamente inferiores aos divulgados pelo Eurostat, por um lado, e, por outro lado, mostram que o salário médio mensal de 20% dos TCO, ou seja, de cerca trabalhadores eram inferiores a 58% do salário médio mensal de todos os trabalhadores. ANOS QUADRO IV Variação do Salário médio mensal e do salário de 20% dos Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) Salário Médio Mensal SALÁRIO MENSAL Euros Salário Médio Anual 20% TCO recebe por mês menos de % que o salário dos 20% TCO representa do Salário Médio ,9% ,7% ,8% ,2% ,7% ,8% ,7% ,2% ,2% FONTE: Estatistica do Emprego - 2º Trimestre de 2007 INE Os valores do salário médio anual do quadro anterior revelam que cerca de Trabalhadores por Conta de Outrem receberam, no período , um salário inferior, em média, a 58% do salário médio mensal. E entre 2004 e 2006, ou seja, com o actual governo, os salários médios de Trabalhadores por Conta de Outrem, em percentagem do salário médio mensal, passou de 59,7% para 56,2%, ou seja diminuiu 3,5 pontos percentuais (-5,9%). Portanto, a situação divulgada pelo Banco de Portugal parece ser ainda pior do que a revelada pelos dados do Eurostat. DESDE 2002 A PERCENTAGEM QUE AS REMUNERAÇÕES REPRESENTAM NO PIB TEM DIMINUIDO EM Os salários são reduzidos em Portugal quando os comparamos com os salários médios europeus, não só porque a taxa de crescimento da economia portuguesa tem sido significativamente inferior à taxa média de crescimento da União Europeia, mas também porque a percentagem da riqueza criada anualmente no País (PIB) que reverte para os trabalhadores, sobre a forma de remunerações, tem diminuído em Portugal como revelam os dados divulgados pelo Eurostat constantes do quadro seguinte. QUADRO V Percentagem que as remunerações representam do PIB (inclui contribuições patronais para a Segurança Social) ANOS UE (25 países) 50,2 49,9 49,4 49,2 48,9 (f) 48,7 (f) 48,5 (f) UE (15 países) 50,6 50,3 49,8 49,7 49,4 (f) 49,2 (f) 48,9 (f) 50,0 47,9 47,3 (f) 47,4 (f) 47,4 (f) 47,3 (f) 47,0 (f) FONTE: Eurostat/JP: Economic and Social Research Institute (f) Estimativa Em 2002, as remunerações correspondiam a 50% do PIB, que era uma percentagem próxima da media da União Europeia (50,2%), mas em 2006 essa percentagem já tinha diminuído para 47,4%, ou seja, menos 2,6 pontos percentuais (- 5,2%). E as previsões do Eurostat é que essa percentagem vai continuar a diminuir em 2007 e em Mas mesmo esta percentagem inclui as contribuições para a Segurança Social. Se deduzirmos as contribuições patronais e os descontos dos trabalhadores para a Segurança Social, o recebido pelos trabalhadores reduz-se significativamente como mostram os dados do Banco de Portugal constantes do quadro seguinte. QUADRO VI- Percentagem que as remunerações sem as contribuições para a Segurança

5 Convergência de preços mas não dos salários e dos rendimentos entre Portugal e a U.E. Pág. 5 Social representam em relação ao PIB no período em Portugal Em milhões de euros ANOS PIB Remunerações brutas Contribuições sociais (CS) Remunerações- Contribuições (2-3) % que (4) representa do PIB (1) 35,6% 35,4% 35,4% 35,2% 35,1% 35,6% 35,7% FONTE : Relatório e Contas do Banco de Portugal 2006 Se deduzirmos às remunerações as contribuições patronais e os descontos dos trabalhadores para a Segurança Social ficam as remunerações liquidas dos trabalhadores antes de pagarem os impostos. E como revelam os dados do Banco de Portugal essas remunerações liquidas corresponderam no período , em média, apenas a 35,4% do PIB. O AGRAVAMENTO DAS DESIGUALDADES EM E PORTUGUESES TÊM PARA VIVER UM RENDIMENTO INFERIOR A 300 EUROS POR MÊS Associado também a uma reduzida parcela da riqueza criada anualmente que reverte para os trabalhadores sob a forma de remunerações, estão as grandes desigualdades na repartição dos rendimentos que não param de crescer em Portugal como revelam os dados do Eurostat que constam do quadro seguinte. QUADRO VII Número de vezes que o rendimento dos 20% da população com mais elevados rendimentos é superior ao rendimento dos 20% da população com menores rendimentos PAISES UE25 (i) (i) (i) 4,6 (s) 4,6 (s) 4,5 (s) 4,5 (s) ( i ) 4,6 (s) 4,8 (s) 4,9 (s) UE15 5,1 (s) 4,8 (s) 4,7 (s) 4,6 (s) 4,6 (s) 4,5 (s) 4,5 (s) ( i ) ) 4,6 (s) 4,8 (s) 4,8 7,4 6,7 6,7 6,8 6,4 6,4 6,5 7,3 (p) 7,4 (p) 7,2 8,2 FONTE: Eurostat ; (s) Estimativa do Eurostat ; (p) Valor provisório ; (i) Não determinado Em 2005, em Portugal o rendimento dos 20% mais ricos era superior em 8,2 vezes ao rendimento dos 20% da população com mais baixos rendimentos. Se se analisar a variação registada nos últimos 10 anos, conclui-se que, por exemplo, na UE15 a desigualdade diminuiu pois, entre 1995 e 2005, passou de 5,1 vezes para 4,8 vezes (-6%), enquanto em Portugal, que já era mais grave em 1995 cresceu de 7,4 vezes para 8,2 vezes (+ 10,8%) durante o mesmo período. Mas foi no 1º ano de governo de Sócrates que se verificou um aumento acentuado na desigualdade da repartição do rendimentos pois passou de 7,2 vezes para 8,2 vezes (+ 13,8%). Associada a esta grave repartição dos rendimentos estão os portugueses que vivem abaixo do limiar de pobreza. Segundo o Eurostat, em 2005, depois das transferências sociais (prestações da segurança social e outros apoios à pobreza), 21% da população total portuguesa, ou seja, cerca de portugueses viviam abaixo do limiar da pobreza. E segundo o governo de Sócrates o limiar da pobreza em Portugal situa-se nos 300 euros por mês, pois é precisamente este valor que o governo utiliza para conceder aos reformados o chamado complemento extraordinário para idosos que, até à data, atribuído a apenas reformados. Eugénio Rosa Economista edr@mail.telepac.pt

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