a) Um modelo b) Riscos da pobreza e mercado de trabalho c) Os riscos de pobreza e a família d) Riscos de pobreza e o Estado-Providência

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1 a) Um modelo b) Riscos da pobreza e mercado de trabalho c) Os riscos de pobreza e a família d) Riscos de pobreza e o Estado-Providência a) Um modelo A pobreza é um escândalo. Todos os seres humanos têm o direito a uma vida decente, nomeadamente na habitação, vestuário, habitação, cuidados de saúde, descanso e serviços sociais. Consequentemente, em situações de doença, deficiência, velhice, desemprego, viuvez e qualquer outra situação de carência involuntária, todas as pessoas têm o direito a ser apoiadas. O direito, internacionalmente reconhecido, à segurança social, é essencial para garantir a dignidade humana de todas as pessoas que se encontrem privadas da capacidade de concretizar os seus direitos. A Caritas está a usar um modelo que permite analisar um sistema de bem-estar social em diversos países. Ao definir a pobreza com a ausência de bem-estar, o enfoque está no domínio do bem-estar social, como aspecto do bem-estar global de todos os cidadãos onde quer que se encontrem. Nesse sentido, bem-estar significa mais do que segurança e protecção social e até mais que bem-estar social. A protecção social baseada nos rendimentos e as transferências sociais respondendo a necessidades, abrangem aspectos do bem-estar. O bem estar também tem origem na inserção no mercado de trabalho, na família e noutros grupos, assim como na capacidade de beneficiar da segurança e protecção social. Inclui, ainda, todos os aspectos não materiais da vida. A pessoa que não consegue encontrar emprego ou ganhar o suficiente com o seu trabalho, que não beneficia do apoio da família ou de outras redes primárias, que não recebe a necessária ajuda do estado ou de outras organizações sociais, está condenada a viver na pobreza. O progresso social de um país pode ser medido pelo número de pessoas que, sendo forçadas a viver na pobreza, podem ultrapassar essa situação e vir a beneficiar, a longo prazo, de maior nível de bem-estar. 1 / 5

2 Sempre que, mais pessoas são forçadas a viver na pobreza, aumentam as desigualdades e as tensões sociais, esbate-se a importância do bem comum e o país fica sob ameaça de regressão social. Cresce o risco de violência, de criminalidade e de governantes incompetentes, logo, enfraquece a democracia e a prática dos direitos humanos. Condições estruturais para o desenvolvimento do bem-estar pessoal e social: Toda a gente ter capacidade de gerir a sua vida e das suas famílias. Isso inclui: despesas com alimentos, habitação saúde, mobilidade e participação social; Toda a gente poder proteger-se contra riscos sociais: desemprego, doença, acidentes, deficiência; Toda a gente poder garantir condições de vida na reforma, através de sistemas adequados e/ou poupando para a velhice. Três pontos principais garantem estas condições; i) o trabalho remunerado no mercado de trabalho; ii) a solidariedade dentro da família e redes primárias; iii) o apoio do Estado-Providência. Se as pessoas não conseguirem subsistir, nem garantir a subsistência da família com o fruto do seu trabalho; se o apoio familiar não estiver garantido e se o Estado não disponibilizar assistência suficiente, não resta outra opção que viver na pobreza. Assim, a situação concreta do bem-estar é sempre definida pela interacção do mercado de trabalho, da família e do Estado-Providência. b) Riscos da pobreza e mercado de trabalho O trabalho é fonte de bem-estar porque permite concretizar muitos outros direitos. Permite a sustentação pessoal e familiar e também é um meio de se ser reconhecido e participar na sociedade. O mercado de trabalho é um dos três pilares do bem-estar social, enquanto permite subsistir e financiar os padrões de vida desejados. Os salários diferem consoante as qualificações profissionais, os sectores, as regiões, o sexo, a idade e nacionalidade. O mercado de trabalho também encerra alguns riscos de pobreza, especialmente o desemprego. Se um jovem não encontra emprego, se uma pessoa fica desempregada, ou não tem protecção no desemprego, corre um risco acrescido de empobrecimento. Não só há falta de trabalho remunerado, como quem o procura, nem sempre tem as qualificações requeridas 2 / 5

3 para o desempenho. A Carta Internacional dos Direitos Humanos determina que todos os trabalhadores devem beneficiar de condições de trabalho justas, decentes, seguras e saudáveis, incluindo uma remuneração suficiente para garantir um padrão de vida aceitável para eles e suas famílias. Contudo, de facto, ter um emprego não é suficiente para evitar a pobreza. Situações há em que os salários são baixos, as condições de trabalho são atípicas, a legislação não é respeitada e as pessoas continuam a viver na pobreza, apesar de trabalharem. É por isso que em muitos países o estado adopta um salário mínimo, embora muitas vezes insuficiente. Há que prestar especial atenção ao trabalho ilegal e sem direitos. Nalguns países, esta é a única possibilidade que muitos têm de auferir um rendimento. Mas esta forma de emprego continua a não ser suficiente para evitar a pobreza, proteger contra riscos sociais ou garantir mais tarde uma reforma. A migração laboral é uma manifestação da procura, por parte de muitas pessoas, de um salário que lhes permita subsistir, escapar á pobreza, ou melhorar as condições de vida da família. A migração internacional afecta o mercado de trabalho de maneira especial: o país de origem perde trabalhadores essenciais e no país de destino ocorre um efeito de subestratificação social. Os migrante são forçados a aceitar trabalho mal remunerado porque as suas qualificações ou são insuficientes ou não são reconhecidas. Arriscam-se a perder muitas das suas competências e esse desperdício de cérebros tem consequências negativas para a economia. É por isso que a migração pode resultar num risco adicional de pobreza no mercado de trabalho. A situação do mercado de trabalho pode conduzir pessoas à pobreza. As famílias e o Estado-Providência ficam,então, sob pressão. A solidariedade familiar e as redes primárias, nem sempre conseguem absorver a pobreza relacionada com o mercado de trabalho. c) Os riscos de pobreza e a família A família é o grupo onde as capacidades são desenvolvidas e onde se erguem os alicerces do bem-estar. A família tem direito a receber da sociedade e do Estado a devida protecção social, económica e jurídica. 3 / 5

4 Neste sentido, a família é outro pilar fundamental do bem-estar social, ao satisfazer as necessidades materiais dos seus membros e ao lidar com as suas dificuldades. Numa família pode haver mais que uma pessoa com salário e receber recursos adicionais como: abonos para as crianças e outros. Em muitos países, as famílias pobres sobrevivem apenas graças à economia de subsistência, como seja cultivar os seus próprios terrenos para a alimentação. As famílias enfrentam, cada vez mais, alguns riscos de pobreza. Se os salários forem baixos e houver muitos elementos que não trabalham, o rendimento familiar pode ficar abaixo do limiar da pobreza. A possibilidade de os pais exercerem trabalho remunerado, também está condicionada à necessidade de cuidar dos filhos. Muitas vezes outros familiares assumem essas funções. O sistema de providência social pode promover o emprego de homens e mulheres disponibilizando serviços adequados de apoio à infância como complemento da ajuda familiar. A situação dos agregados familiares pode conduzir as pessoas, especialmente as crianças e jovens a situações de pobreza. Mais emprego e as transferências sociais nem sempre permitem evitar a pobreza relacionada com a família. O bem-estar oferecido pela família também tem de ser pensado em termos de sociabilidade e qualidade das relações. d) Riscos de pobreza e o Estado-Providência O bem-estar, numa perspectiva social e cultural, está enraizado num contexto político onde a justiça, a igualdade e a solidariedade são consideradas a base da coabitação humana. O Estado-providência ajuda, ou deveria ajudar através de infraestruturas sociais concretas. Nesse sentido, o Estado é a terceira fonte mais importante de bem-estar. O Estado providência pode organizar-se de várias maneiras, consoante as culturas, os princípios constitucionais, os níveis de civismo e o capital social. Em matéria de benefícios: segurança contra o risco de desemprego, doença, deficiência, reformas na velhice e acção social como última rede que evite cair na pobreza. O financiamento é garantido pelos impostos e/ou descontos dos trabalhadores. 4 / 5

5 Não é possível desenvolver níveis de bem-estar quando se corre o risco de ficar pobre. É por isso que evitar e proteger contra os riscos de pobreza é tarefa específica do Estado-Providência, que tem de proteger quem não pode garantir a sua subsistência através do seu salário ou da solidariedade familiar. 5 / 5

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