Fórum Jurídico. Dezembro 2013 Direito do Desporto INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB. 1/6

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1 Dezembro 2013 Direito do Desporto A Livraria Almedina e o Instituto do Conhecimento da Abreu Advogados celebraram em 2012 um protocolo de colaboração para as áreas editorial e de formação. Esta cooperação visa a divulgação periódica de artigos breves e anotações nas plataformas electrónicas e digitais da Livraria Almedina. Para aceder, clique aqui. COMENTÁRIO AO ACÓRDÃO N.º 781/2013, DE 20 DE NOVEMBRO, DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 8º DA LEI N.º 74/2013, DE 6 DE SETEMBRO (CRIAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DO TRIBUNAL ARBITRAL DO DESPORTO) Cátia Cunha Reis, Advogada Júnior, Abreu Advogados O Tribunal Constitucional proferiu o Acórdão n.º 781/2013, de 20 de Novembro, que declarou a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, de preceitos da Lei n.º 74/2013, de 6 de Setembro, que criou e ordenou constituir o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD): por violação do direito de acesso aos tribunais, consagrado no n.º 1 do artigo 20.º, em articulação com o princípio da proporcionalidade, e por violação do princípio da tutela jurisdicional efectiva, previsto no n.º 4 do artigo 268.º da Constituição, das normas constantes do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 8.º, conjugadas com as normas dos artigos 4.º e 5.º, todas da Lei do Tribunal Arbitral do Desporto. A declarada inconstitucionalidade versou, assim, sobre a conjugação do artigo 8.º, n.os 1 e 2, com os artigos 4.º e 5.º, todos da Lei do Tribunal Arbitral do Desporto, aprovada em anexo àquela Lei n.º 74/2013 porquanto dali resultaria a coarctação do direito de acesso aos tribunais e a violação do princípio da tutela jurisdicional efectiva, previstos nos artigos 20.º, n.º 1, e 268.º, n.º 4 da Constituição da República Portuguesa (CRP), conforme desde logo requerido pelo Presidente da República. De facto, já em Comunicado da Presidência da República de 28 de Agosto de 2013, constava que, subsistindo dúvidas de constitucionalidade sobre as normas constantes do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 8.º do diploma, em face do direito de acesso aos tribunais e a uma tutela jurisdicional efetiva ( ), o Presidente da República irá solicitar a este Tribunal, nos termos da alínea a) do nº 2 do art.º 281º da Constituição, a fiscalização abstrata sucessiva da constitucionalidade daquelas normas. Assim sendo, o requerimento do Presidente da República propôs nova averiguação da violação do direito de acesso aos tribunais e do princípio da tutela jurisdicional efectiva, uma vez que essa violação já havia sido declarada pelo anterior Acórdão n.º 230/2013, de 24 de Abril, que versou sobre o Decreto n. 128/XII, em sede de fiscalização preventiva. Por conseguinte, desta vez, a fiscalização levada a cabo pelo Tribunal Constitucional (TC) recaiu sobre a suficiência dos recursos das decisões do TAD em arbitragem necessária para os tribunais estaduais previstos na Lei do Tribunal Arbitral do Desporto um, para a câmara de recurso do TAD; outro, dessas decisões para o Supremo Tribunal Administrativo (STA), tendo em conta a excepcionalidade exigida para a impugnação desenhada nesses preceitos do referido artigo 8.º [ 1 - São passíveis de recurso, para a câmara de recurso, as decisões dos colégios arbitrais que: a) Sancionem infrações disciplinares previstas pela lei ou pelos regulamentos disciplinares aplicáveis; b) Estejam em contradição com outra, já transitada em julgado, proferida por um colégio arbitral ou pela câmara de recurso, no domínio da mesma legislação ou regulamentação, sobre a mesma questão fundamental de direito, salvo se conformes com decisão subsequente entretanto já tomada sobre tal questão pela câmara de recurso. / 2 Das decisões proferidas pela câmara de recurso, pode haver recurso de revista para o Supremo Tribunal Administrativo quando esteja em causa a apreciação de uma questão que, pela sua relevância jurídica ou social, se revista de importância fundamental ou quando a admissão do recurso seja claramente necessária para uma melhor aplicação do direito, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto no Código de Processo nos Tribunais Administrativos quanto ao recurso de revista. ] (continuação na página seguinte) 1/6

2 I A LEI N.º 74/2013, DE 6 DE SETEMBRO A Lei n.º 74/2013, de 6 de Setembro, na sequência da Proposta de Lei n.º 84/XII do Governo, datada de 5 de Julho de 2012, veio criar de uma forma inédita no ordenamento jurídico português o TAD. Em anexo, aprovou a lei responsável pelo estabelecimento da natureza, organização e serviços do TAD, além das regras dos processos de arbitragem e mediação. Visando suprir a carência de uma via alternativa para resolução de litígios célere e especializada, a criação deste tribunal iria ao encontro das necessidades cada vez mais atuais da realidade desportiva. O novo tribunal, além de se propor como uma entidade jurisdicional autónoma e administrativo-financeiramente independente, detém jurisdição plena em matéria de facto e de direito e abrange a totalidade do território nacional. De acordo com o diploma legislativo que entra em vigor no prazo de noventa dias a contar da instalação do tribunal, passará o TAD a dispor de competência para administrar a justiça mediante arbitragem necessária (artigos 4.º e 5.º) e arbitragem voluntária (artigos 6.º e 7.º), bem como mediação (artigos 63.º e ss), relativamente a litígios relacionados com as actividades e práticas desportivas. Acresce a competência para o decretamento de providências cautelares, cujo requerimento deverá acompanhar o requerimento inicial de arbitragem ou a posterior defesa. Todos os litígios relacionados com a prática do desporto suscetíveis de decisão arbitral (susceptibilidade determinada nos termos da lei da arbitragem voluntária), incluindo os litígios emergentes de contratos de trabalho desportivo, passam a poder ser submetidos à arbitragem voluntária do TAD, solução, aliás, conforme à Proposta de Lei n.º 84/XII, que acabou por ser a adotada com base na inexistência de razões capazes de sustentar a exclusão do recurso à arbitragem no domínio do contrato de trabalho desportivo. A submissão ao TAD nesta sede opera-se mediante convenção de arbitragem ou, relativamente a litígios decorrentes da correspondente relação associativa, mediante cláusula estatutária de uma federação ou outro organismo desportivo. No âmbito da jurisdição arbitral necessária, o TAD terá competência para conhecer dos litígios emergentes dos actos e omissões das federações e outras entidades desportivas e ligas profissionais, no âmbito do exercício dos correspondentes poderes de regulamentação, organização, direção e disciplina, e dos recursos das deliberações tomadas por órgãos disciplinares das federações desportivas ou pela Autoridade Antidopagem de Portugal em matéria de violação das normas antidopagem, nos termos da Lei n.º 38/2012, de 28 de Agosto. A mediação terá lugar quando as partes acordem nesse sentido, tendo por objeto um litígio atual ou futuro neste caso, através de cláusula contratual ou sob a forma de documento autónomo. Cabe às partes definir as regras de acordo com as quais decorreria a mediação, devendo, na falta de acordo, ser o mediador a decidir. Tendo em vista a regulação do litígio, e respeitando as regras da equidade e da boa-fé, este deveria selecionar as questões de mérito a resolver, agilizar a discussão e fazer sugestões ou apresentar propostas de solução, não podendo coagir as partes a aceitar qualquer solução de litígio. A Lei n.º 74/2013 institui como elementos centrais de composição e organização interna do TAD o Conselho de Arbitragem Desportiva, o Presidente, o Vice-presidente, os Árbitros, o Conselho Diretivo, o Secretariado e a Câmara de Recurso. (continuação na página seguinte) 2/6

3 Em especial: - o Conselho de Arbitragem Desportiva, constituído por 11 membros, é responsável, entre outros poderes, por estabelecer a lista de árbitros que farão parte do TAD, aprovar a lista de mediadores e de consultores e adotar todas as medidas apropriadas para assegurar a proteção dos direitos das partes e a independência dos árbitros; - a representação do TAD nas relações externas cabe ao Presidente (um dos árbitros), a quem compete ainda a coordenação da atividade do Tribunal e a convocação e a direcção das reuniões do conselho directivo; - o Conselho Diretivo, constituído pelo Presidente e Vice-Presidente, dois vogais e secretário-geral, possui uma vasta gama de competências, como a superintendência na gestão e administração, elaboração dos regulamentos de processo e de custas aplicáveis no domínio da jurisdição arbitral voluntária, entre outras. A Lei n.º 74/2013 prevê princípios fundamentais que regem o processo arbitral. Este pauta-se pelo tratamento igualitário das partes, citação do demandado para se defender, garantia do princípio do contraditório, audição das partes antes de ser proferida a decisão final e publicitação das decisões, devendo, em contrapartida, a conduta das partes reger-se pelos ditames da boa-fé e observar deveres de cooperação. A lei ocupou-se, igualmente, da regulação do estatuto dos árbitros e do modo da sua designação. Sendo pessoas singulares e plenamente capazes, juristas de reconhecida idoneidade, competência e personalidades de comprovada qualificação na área do desporto, num número máximo de 40, os árbitros devem ser independentes e imparciais, não podendo ser responsabilizados por danos decorrentes das decisões por si proferidas. II O ARTIGO 8.º E A DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE O artigo 8.º da Lei do TAD regula o recurso das decisões arbitrais: 1 São passíveis de recurso, para a câmara de recurso, as decisões dos colégios arbitrais que: a) Sancionem infrações disciplinares previstas pela lei ou pelos regulamentos disciplinares aplicáveis; b) Estejam em contradição com outra, já transitada em julgado, proferida por um colégio arbitral ou pela câmara de recurso, no domínio da mesma legislação ou regulamentação, sobre a mesma questão fundamental de direito, salvo se conformes com decisão subsequente entretanto já tomada sobre tal questão pela câmara de recurso. 2 Das decisões proferidas pela câmara de recurso, pode haver recurso de revista para o Supremo Tribunal Administrativo quando esteja em causa a apreciação de uma questão que, pela sua relevância jurídica ou social, se revista de importância fundamental ou quando a admissão do recurso seja claramente necessária para uma melhor aplicação do direito, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto no Código de Processo nos Tribunais Administrativos quanto ao recurso de revista. 3 No caso de arbitragem voluntária, a submissão do litígio ao TAD implica a renúncia aos recursos referidos nos números anteriores. 4 Fica salvaguardada, em todos os casos, a possibilidade de recurso para o Tribunal Constitucional e de impugnação da decisão com os fundamentos e nos termos previstos na LAV. 5 São competentes para conhecer da impugnação referida no número anterior o Tribunal Central Administrativo do lugar do domicílio da pessoa contra quem se pretende fazer valer a sentença, no tocante a decisões proferidas no exercício da jurisdição arbitral necessária, ou o Tribunal da Relação do lugar do domicílio da pessoa contra quem se pretende fazer valer a sentença, no tocante a decisões proferidas no exercício da jurisdição arbitral voluntária, previstas nesta lei. 6 O recurso para o Tribunal Constitucional, o recurso de revista para o Supremo Tribunal Administrativo, bem como a ação de impugnação da decisão arbitral, não afetam os efeitos desportivos validamente produzidos pela mesma decisão. (cotinuação na página seguinte) 3/6

4 Assim, o artigo 8.º da Lei do TAD prevê um tríplice mecanismo de acesso à justiça estadual. O primeiro passaria pelo recurso de revista para o Supremo Tribunal Administrativo, o segundo pelo recurso para o TC e o terceiro pela acção de impugnação da decisão arbitral com os fundamentos e nos termos previstos na LAV (Lei da Arbitragem Voluntária: Lei n.º 63/2011, de 14 de Dezembro) para o Tribunal Central Administrativo (arbitragem necessária) ou para o Tribunal da Relação (arbitragem voluntária). Não obstante, entendeu o TC que, na senda daquilo que já havido sido proferido no Acórdão n.º 230/2013, de 24 de Abril, nenhum daqueles mecanismos de acesso à justiça estadual lograriam oferecer-se como um efetivo instrumento de reexame estadual da decisão arbitral. Em primeiro lugar, apenas poderia haver recurso de revista para o STA das decisões proferidas pela câmara de recurso caso a questão sob apreciação, pela sua relevância jurídica ou social, se revestisse de importância fundamental, ou nos casos em que a admissão do recurso se revelasse claramente necessária para uma melhor aplicação do direito. Em segundo lugar, o recurso para o TC não versaria sobre o mérito da decisão arbitral, mas antes sobre uma norma ou sobre a sua interpretação normativa. Em terceiro lugar, a acção de impugnação da decisão arbitral não admitiria a pronúncia do tribunal estadual sobre o mérito da decisão arbitral, porquanto o pedido apenas podia configurar uma anulação da decisão arbitral, sendo certo, de acordo com o disposto no artigo 46.º da LAV, que essa só pode ser anulada (na síntese do TC) por nulidade de sentença ou com fundamento em violação de lei processual ou outras questões formais. Se os dois últimos mecanismos não permitiriam a discussão do mérito da causa, a questão residiu em saber se o recurso de revista para o STA seria um mecanismo de reexame suficiente, dando cumprimento ao direito de acesso aos tribunais e ao princípio da tutela jurisdicional. Em última análise, seria este mecanismo que consentiria uma reanálise do mérito da causa e correspondente decisão arbitral. Não obstante, conforme já mencionado, a possibilidade de recurso para o STA encontrava-se dependente, por um lado, de a decisão ter sido proferida pela câmara de recurso, afastando desde logo as decisões proferidas pelos colégios arbitrais, e por outro lado de se revelar uma questão que, pela sua relevância jurídica ou social, se revestisse de importância fundamental ou de o recurso ser claramente necessário para uma melhor aplicação do direito. Acrescia que nem todas as decisões proferidas pelos colégios arbitrais seriam passíveis de recurso para a câmara de recurso. O que, por sua vez, obstava ao recurso daquelas decisões para o STA, dado que só as decisões da câmara de recurso podiam ser submetidas à jurisdição daquele tribunal. Na verdade, só seriam passíveis de recurso para a câmara de recurso as decisões que (i) sancionassem infrações disciplinares, ou (ii) que estivessem em contradição com outra também proferida por um colégio arbitral ou pela câmara de recurso e já transitada em julgado, desde que no domínio da mesma legislação ou regulamentação e sobre a mesma questão fundamental de direito. Só assim não seria se essas decisões em contradição fossem, ainda assim, conformes com uma decisão subsequente entretanto tomada, nos mesmos termos, pela câmara de recurso. (cotinuação na página seguinte) 4/6

5 Em suma, de acordo com o TC, uma vasta gama de decisões tomadas pelo TAD as dos colégios arbitrais não passíveis de recurso nem para a câmara de recurso, nem para o STA ficariam excluídas da jurisdição estadual. Destarte, pode sumariar-se, na visão do TC, a violação do direito de acesso aos tribunais e do princípio da tutela jurisdicional, patentes naquela lei, numa dupla vertente. Primeiro: das várias decisões proferidas pelos colégios arbitrais somente algumas poderiam ser alvo de recurso para a câmara de recurso do TAD. Segundo: mesmo daquelas de que podia recorrer-se para esta instância, nem todas poderiam ser submetidas ao STA, uma vez que só haveria lugar a recurso de revista quando em causa estivesse a apreciação de uma questão que, pela sua relevância jurídica ou social, se revestisse de importância fundamental ou quando a admissão do recurso fosse claramente necessária para uma melhor aplicação do direito. A. A restrição do recurso: excepcionalidade relativa a matérias de assinalável relevância e complexidade Esta última asserção decorre já do previsto no artigo 150.º do Código de Processo nos Tribunais Administrativos (CPTA). Do confronto do disposto no n.º 2 do artigo 8.º com o disposto no n.º 1 daquele artigo 150.º do CPTA, resulta que os requisitos de admissão do recurso de revista para o STA das decisões proferidas pela câmara de recurso do TAD, no âmbito da jurisdição arbitral necessária, são iguais aos requisitos de admissão do recurso de revista para o STA de decisões proferidas em segunda instância pelo Tribunal Central Administrativo. Acresce que ao recurso de revista das decisões proferidas pela câmara de recurso do TAD se aplica, com as necessárias adaptações, o disposto no CPTA quanto ao recurso de revista, ou seja, o referido artigo 150.º. O cerne da questão residia no caracter de excepcionalidade que, tanto doutrinal quanto jurisprudencialmente, se reconhece ao recurso previsto naquele artigo. De acordo com a jurisprudência do STA (referida pelo TC), enquanto o conceito de relevância jurídica fundamental se preenche perante uma questão jurídica de elevada complexidade, o conceito de relevância social fundamental corresponde à repercussão de grande impacto na comunidade. Por fim, o requisito da melhor aplicação do direito relaciona-se com matérias importantes tratadas pelas instâncias de forma pouco consistente ou contraditória. Decorre, portanto, desta jurisprudência que o recurso de revista para o STA se caracteriza pela excepcionalidade, só tendo lugar a intervenção daquele Tribunal em matérias de assinalável relevância e complexidade, o que implicaria que as decisões finais dos litígios submetidos à jurisdição arbitral necessária não cabem aos tribunais estaduais. Donde se conclui que se mantêm insuficientes os mecanismos de acesso à justiça estadual. Neste contexto, as normas impugnadas representam uma violação do direito de acesso aos tribunais, consagrado no n.º 1 do artigo 20.º da CRP, quer pelas limitações impostas quanto às decisões recorríveis, quer pela excecionalidade dos requisitos de admissão do recurso de revista. Tendo para o TC bastado os argumentos até agora deduzidos para pugnar pela inconstitucionalidade da lei, a verdade é que os fundamentos que suportaram aquela decisão não se ficaram por aqui. (cotinuação na página seguinte) 5/6

6 B. A restrição do recurso: poderes de cognição do STA Ainda de acordo com o previsto no mesmo artigo 150.º do CPTA, o STA apenas tem competência para conhecer questões de direito, pelo que ficam excluídos do seu poder de cognição os recursos com base em erro de julgamento quanto à matéria de facto. Logo, mesmo que nas situações em que dificilmente haja lugar a recurso para o STA das decisões da câmara de recurso do TAD, não pode ser novamente discutido o mérito da decisão da matéria de facto. Também nesta medida, de acordo com o TC, o previsto no n.º 2 do artigo 8.º não supriu a insuficiência de mecanismos de acesso à justiça estadual. Do Acórdão n.º 781/2013 consta, assim, que a criação do Tribunal Arbitral do Desporto foi justificada pela «necessidade de o desporto possuir um mecanismo alternativo de resolução de litígios que se coadune com as suas especificidades de justiça célere e especializada», sendo, contudo, questionável que o princípio da necessidade justifique a restrição do direito de acesso aos tribunais conforme se constatou existir na lei em causa. E acrescenta: haverá assim que concluir, como no Acórdão n.º 230/2013, de 24 de Abril, que as normas impugnadas, na medida em que permitem o recurso para um tribunal estadual apenas em casos excecionais, violam o direito de acesso aos tribunais, quando entendido em articulação com o princípio da proporcionalidade, nas referidas vertentes de necessidade e justa medida. Deste modo, a decisão do TC pugnou pela inconstitucionalidade, que declarou com força obrigatória geral, do artigo 8º, n.os 1 e 2, da Lei do Tribunal Arbitral do Desporto. O que implica uma novo desenho legal para a impugnação das deliberações tomadas pelo TAD em sede de arbitragem necessária. III VOTO DE VENCIDO Interessante é dar conta da argumentação exarada no Voto de Vencido da Senhora Juiz Conselheira Maria de Fátima Mata-Mouros, de acordo com a qual se dissentiu do decidido essencialmente por não acompanhar a tese da reserva de jurisdição estadual em matéria de justiça desportiva [ ]. Nesta perspectiva, na nova lei não podem ser encontrados os mesmos fundamentos que levaram à declaração da inconstitucionalidade no anterior Acórdão n.º 230/2013, de 24 de Abril, relativo ao Decreto n.º 128/XII. Enquanto naquele considerava que delas [normas] resultava a total irrecorribilidade para os tribunais do Estado das decisões do Tribunal Arbitral do Desporto no âmbito da sua jurisdição arbitral necessária, referindo-se agora à nova Lei do Tribunal Arbitral do Desporto, defende que o mesmo fundamento não se verifica. Alega, em especial, que o recurso para o Supremo Tribunal Administrativo das decisões proferidas pela câmara de recurso, ainda que limitado, não deixa de assegurar um elo de ligação à justiça exercida pelos tribunais do Estado, cabendo, outrossim, a um tribunal estadual, o STA, a decisão da admissão do recurso. Por isso, entende que a deliberação do TC é afectada por um entendimento demasiadamente restritivo, ao ignorar que os tribunais arbitrais também exercem a função jurisdicional e que, de acordo com o artigo 209.º da CRP, o direito à tutela jurisdicional efectiva não se reconduz somente a uma tutela assegurada por tribunais estaduais. 6/6 Este Fórum Jurídico contém informação e opiniões de carácter geral, não substituindo o recurso a aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos. Para mais informações, por favor contacte-nos através do apdd@abreuadvogados.com ABREU ADVOGADOS DEZEMBRO 2013 Lisboa Porto Funchal LISBOA PORTO MADEIRA Av. das Forças Armadas, º Lisboa, Portugal Tel.: (+351) Fax.: (+351) lisboa@abreuadvogados.com Rua S. João de Brito, 605 E - 4º Porto Tel.: (+351) Fax.: (+351) porto@abreuadvogados.com Rua Dr. Brito da Câmara, Funchal Tel.: (+351) Fax.: (+351) madeira@abreuadvogados.com ANGOLA (EM PARCERIA) BRASIL (EM PARCERIA) CHINA (EM PARCERIA) MOÇAMBIQUE (EM PARCERIA) TIMOR-LESTE (JOINT OFFICE)

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