Mitos e verdades sobre a maconha

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1 Mitos e verdades sobre a maconha Por Romina Miranda Cerchiaro Revista Anônimos Ela envolve polêmica. Para uns, uma droga inofensiva, que, inclusive, deve ser legalizada. Para outros, uma droga de inúmeros malefícios como qualquer outra e, com o uso contínuo, pode acarretar efeitos crônicos tanto no corpo como na mente. Mitos e verdades sobre a maconha construíram uma imagem que, muitas vezes, se distorce. É justamente nessa distorção que ela ganha espaço entre os jovens e vem, sorrateiramente, favorecendo a devastação em muitas famílias. Em 2008, o Relatório Mundial Sobre Drogas, emitido pela ONU, posicionou o Brasil como o país da América Latina com maior incremento no consumo de maconha: cerca de 3 milhões usam a Cannabis Sativa ou maconha. O consumo cresceu 160%, passando de 1% da população adulta em 2001 para 2,6% em Segundo o relatório, este aumento também está relacionado à disponibilidade dos derivados de cannabis (maconha e haxixe) vindos do Paraguai, maior produtor na América Latina (5,9 mil toneladas). Já no documento emitido em 2009, os dados apontam que a maconha continua sendo a droga mais cultivada e consumida em todo o mundo, ainda que as estimativas sobre essa droga sejam menos precisas. Os dados mostram também que ela é mais danosa à saúde do que o que se costuma acreditar. O índice médio de THC (o componente danoso da droga) observado na maconha na América do Norte quase dobrou na última década. Essa mudança traz grandes implicações à saúde, evidenciada por um aumento significante no número de pessoas em busca de tratamento. Segundo informações do o CEBRID - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, a planta Cannabis sativa produz mais de 400 substâncias químicas e uma delas é o THC tetrahidrocanabinol, que é a principal responsável pelos efeitos da maconha. As flores e folhas secas da maconha podem ser fumadas ou ingeridas, sendo que a forma mais comum é a fumada. Nesta forma, ela é absorvida por via pulmonar e atinge o Sistema Nervoso Central em apenas alguns segundos, apresentando como sintomas físicos os olhos ligeiramente avermelhados, a boca seca e o coração disparado os batimentos, de 60 a 80 por minuto, podem chegar a mais de 120. Nem todos sentem os efeitos da mesma forma, porém, a maioria dos usuários relata tranquilidade, sensação de calma e relaxamento. Ocorre diversão e descontração, a pessoa ri por qualquer motivo. Aumenta a sensibilidade visual, ao som e ao gosto, além da vontade de não fazer nada.

2 Alguns usuários sentem efeitos desagradáveis, como tremor, sudorese, sensação de angústia e medo de perder o controle mental. A percepção do tempo e do espaço ficam prejudicadas. O uso contínuo desencadeia efeitos físicos crônicos mais graves. No homem, pode provocar uma diminuição da testosterona na mulher, trazer alterações hormonais chegando até a inibição da ovulação. O uso contínuo pode afetar também os pulmões, acarretando problemas respiratórios, principalmente a bronquite. Já os efeitos crônicos psíquicos, que são provocados pelo uso continuado, interferem na capacidade de aprendizagem e de memorização, podendo induzir a um estado de diminuição da motivação. Há também provas científicas de que, se o usuário tem uma doença psíquica "sob controle", ou já se manifesta, mas está controlada por medicamento, a maconha piora o quadro, pois ela pode anular o efeito do medicamento ou ser o "estopim" que faria a doença se manifestar. Iniciando as polêmicas abordagens sobre a droga, perguntamos à psicóloga clínica, Especialista em Dependência Química e autora do livro Tratamento psicológico do usuário de maconha e seus familiares Um manual para terapeutas, Neide Zanelatto, se a maconha é a porta de entrada para outras drogas. Segundo a especialista, a maioria dos usuários de maconha jamais irá usar outra droga mais pesada. O que se sabe é que um sujeito que já usou maconha está mais propenso a experimentar drogas ditas mais pesadas do que o sujeito que nunca sequer experimentou maconha, e isto se deve não aos efeitos da maconha em si, isto é, à sua fisiologia, mas sim às circunstâncias, revela Neide. O indivíduo que usa maconha tem contato com pessoas que usam drogas e geralmente, que usam outras drogas, além de fazer programas onde o ato de consumir droga faz parte. Isso mostra que o ciclo de amizades e os locais que freqüenta, bem como os programas, podem influenciar o início do uso de outras drogas. A psicóloga revela que outro aspecto polêmico relacionado à nossa pergunta é se realmente se pode classificar as drogas entre leves (incluindo o álcool, o cigarro e a maconha) e pesadas (a cocaína e o crack). A resposta é: depende do referencial, pois para um dependente de qualquer uma dessas drogas, a sua droga de consumo será o seu maior problema. Como exemplo, ela cita: Para um alcoolista, a cocaína não é um risco, e as consequências do uso crônico do álcool são por demais severas para considerar esta droga como leve. Quando se fala nesta classificação, deve-se levar em consideração o poder de uma droga em gerar dependência no usuário. Neste sentido, o crack é a mais pesada das drogas, pois a grande maioria dos consumidores ficam dependentes em um curtíssimo espaço tempo desde a primeira fumada. Portanto, é preciso levar em conta os vários aspectos das situações: quem usa a droga, qual droga é usada, em que circunstância, quantidade e qualidade da droga, ficando muito difícil generalizar e categorizar as drogas entre leves e pesadas.

3 Maconha e adolescência De acordo do com Neide Zavelatto, os adolescentes que começam a fumar maconha muito cedo têm mais chance de progredir para um uso crônico de maconha, caindo numa dependência, e também maior risco de usar outras drogas mais pesadas. Também há evidência que os indivíduos que começam a fumar maconha mais cedo - enquanto o cérebro ainda está se desenvolvendo - apresentem maiores déficits cognitivos do que os indivíduos que começam o uso da droga quando adultos. Neide explica que outros estudos mais recentes indicam que usuários de maconha adolescentes, quando comparados a adolescentes não usuários, apresentam maiores problemas de atenção e concentração. Recentes estudos longitudinais realizados na Europa e na Nova Zelândia, demonstraram uma associação positiva, numa curva de dose-efeito, entre o uso de maconha durante a adolescência e um risco aumentado do diagnóstico de esquizofrenia no futuro, afirma. Isso nos alerta para o fato de que o uso inocente de drogas durante a adolescência pode estar associado a importantes efeitos adversos em longo prazo. Outras pesquisas apontam também para o fato de que o uso de maconha na adolescência, período em que o cérebro ainda está em franco desenvolvimento e, portanto, com maior vulnerabilidade, aumenta, em muito, a chance do aparecimento de quadros de depressão e risco de suicídio. No livro Juventude & Drogas: Anjos caídos, Içami Tiba, o autor, ressalta outros prejuízos causados pela maconha entre os adolescentes. Segundo a Teoria Integração Relacional, cinco são os pilares de sustentação das relações familiares: disciplina, gratidão, religiosidade, ética e cidadania. Içami Tiba explica, na obra, que a mentira é um dos maiores prejuízos relacionais provocados pelo uso da maconha. O primeiro dos cinco pilares foi quebrado: a ética. E mais. Cita que os prejuízos éticos se instalam antes mesmo de aparecerem os males psicológicos e físicos provocados pelo uso da maconha. De acordo com o psiquiatra, com o uso da maconha a disciplina se desorganiza, a gratidão se esvai, a religiosidade é menosprezada e desaparece a cidadania. Família e tratamento Pelo seu caráter polêmico e pelas informações que a ela se relacionam, a maconha confunde os pais, a família, quando é descoberta como droga de uso de seus filhos. Se os pais já não sabem o que fazer quando descobrem que o filho usa drogas, no caso da maconha, fica ainda mais difícil e tomada de atitude.

4 Isso acontece porque as informações se dividem. Baseado em história real, adaptado do romance ''Canto dos Malditos'', de Austregésilo Carrano, o filme Bicho de Sete Cabeças conta o drama do adolescente que é internado em um hospício pelo pai autoritário quando descoberto fumando maconha. Produção superpremiada em todos os principais festivais nacionais e internacionais, o filme mostra como a falta de informação sobre a droga, sobre a dependência pode levar um familiar a atitudes extremas que poderão comprometer de forma irreversível o futuro do filho. Por outro lado, existem aqueles que, muitas vezes já fizeram uso da droga, tão difundida na geração Paz e amor nos anos 70, que acham que não haverá problema que o filho experimente, que quando ele quiser poderá parar de usar. O que muitos não sabem é que a maconha de hoje não é a mesma de anos atrás. Maconha híbrida, maconha sintética,spice, zirrê. Nomes associados à maconha da atualidade. Segundo Neide Zanellato, o termo "maconha sintética" tem sido usado para referir-se à uma substância comercializada com o nome de "spice", que no ano passado teve sua comercialização proibida na Europa, por eliciar quadros psicóticos em seus usuários. Mesmo informando em sua embalagem que possuía em sua composição uma erva de nome "maconha brava", pacientes relatavam efeitos similares quando usavam a substância. Hoje se fala muito em maconha híbrida - obtida em laboratório, a partir do cruzamento de espécies variadas, utilizando-se técnicas de engenharia genética, explica a especialista. Estas são para uso recreacional e tem um potencial de THC bem mais elevado que a maconha obtida naturalmente, entre 25 e 20% contra 5%. Já o zirrê é uma mistura de maconha e crack, também conhecida como mesclado. O crack causa mais euforia quando fumado junto com a maconha do que inalado. Ele entra em contato como sangue rapidamente e o usuário logo sente os primeiros efeitos. Entre os sintomas dos usuários estão: aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, baixa a temperatura, aumento da pupila, face avermelhada e diminuição do apetite. Essas e tantas outras informações são fundamentais para os pais de adolescentes, seja na prevenção ou na busca de recuperação para seus filhos. De acordo com a psicóloga, independentemente de saber sobre a maconha ou qualquer outra substância, seria importante que os pais procurassem ajuda profissional para saber do nível de gravidade do uso de drogas do filho. Dependendo da gravidade do caso, se indica o tipo de tratamento mais adequado, declara. Quando a dependência está nos seus estágios iniciais, e principalmente no caso do uso de maconha, o tratamento tem bons resultados, quando realizado em nível ambulatorial -consultas semanais com psicólogo, atendimentos psiquiátricos, se houver comorbidades, e suporte familiar. Para a família, a especialista indica o treinamento de habilidades sociais, pilar sobre o qual se apóia o modelo de tratamento apresentado em seu livro, que pode ser utilizado para o acolhimento de famílias, cujos familiares sejam dependentes de maconha ou de outras drogas.

5 O modelo preconiza que a partir da aprendizagem vicariante - a partir da observação - o filho pode desenvolver estratégias comportamentais mais adequadas, modelando estes comportamentos nos comportamentos apresentados pelos pais (quando treinados) e facilitando a reflexão e conscientização do problema, e em conseqüência a adesão ao tratamento ou no caso da prevenção, protegendo o filho do envolvimento com o uso de substâncias, explica. Ainda sobre o tratamento para o dependente de maconha, Neide inclui a psicoeducação -informação científica sobre a substância de abuso, na maior amplitude possível, prevenção de recaída -treinamento na identificação de situações de alto risco para o consumo, desenvolvimento de estratégias de enfrentamento destas situações, e modificação do estilo de vida. O treinamento de habilidades sociais deve ser implementado para auxiliar a manutenção desta abstinência, tornando o individuo mais assertivo, de modo de consiga atingir os objetivos e metas propostos, no tratamento e em sua vida pessoal, e mantendo e melhorando suas relações interpessoais, declara. Um ponto importante no Treinamento de Habilidades Sociais é a construção de um sentimento de auto-eficácia que auxiliará o paciente a manter-se abstinente, conseguindo enxergar que a vida sem a substância tem mais vantagens do que prejuízos. Neide explica também que a terapia cognitivo-comportamental busca, através de um modelo estruturado de atendimentos, permitir que o indivíduo faça mudanças de comportamento através da reestruturação de seus pensamentos e crenças. As técnicas cognitivas e comportamentais auxiliam o paciente a identificar as situações de risco para a recaída, a lidar com a premência de usar maconha, a manejar a raiva, a ansiedade e a impulsividade, bem como a resolver problemas persistentes, a planejar-se para emergências e a aumentar atividades prazerosas, visando a manutenção da abstinência. O paciente é treinado e instrumentalizado para tornar-se seu próprio terapeuta. O conhecimento do tipo de transtorno que possui, e o desenvolvimento de estratégias para seu manejo, permite que o paciente conviva com esta situação, sem prejuízo de sua qualidade de vida. Mitos e verdades Mito: A maconha pode deixar o usuário louco, isto é, psicótico ou esquizofrênico. Verdade: Existem evidências suficientes de que a maconha possa produzir uma psicose aguda (desorganização mental grave) com os seguintes sintomas: confusão mental, perda da memória, delírio, alucinações, ansiedade, agitação. Estudos recentes evidenciam que o surgimento deste quadro é mais provável em poliusuários, usuários pesados e usuários que iniciaram o uso da maconha precocemente (quanto mais jovem, maior o risco). Mito: A maconha queima os neurônios.

6 Verdade: Não está provado que a maconha cause danos cerebrais irreversíveis em humanos. Porém o seu uso crônico traz conseqüências mais sutis à atividade cerebral como a diminuição nas habilidades mentais, especialmente na atenção e concentração e na capacidade de memória recente. Ainda é questionável se a redução destas habilidades persiste enquanto o usuário mantiver-se cronicamente intoxicado ou se pode reverter após o uso ser descontinuado e a pessoa tornar-se abstinente por um tempo prolongado. Mas o que se sabe é que quanto mais maconha e por mais tempo ela for usada, mais afetadas estarão suas habilidades mentais. Este tipo de efeito é especialmente importante entre os adolescentes que ainda estão em fase de desenvolvimento.um fator que afeta muito o grau de comprometimento pelo uso é a idade de início do uso. Quanto mais cedo começar a fumar, maiores os danos. Mito: A maconha não gera dependência Verdade: A maconha pode sim, gerar dependência. A maioria das pessoas que experimenta maconha não se torna usuário regular e destes, poucos se tornam dependentes. Um estudo recentemente publicado na revista Lancet, indica que uma entre nove pessoas que experimentam fica dependente. Mito: A maconha tem efeitos terapêuticos. Verdade: Este é outro ponto polêmico em relação à maconha. O seu uso terapêutico remonta a milhares de anos atrás. No século XIX, alguns derivados da cannabis eram recomendados pelo Dispensário Americano, para tratar gota, reumatismo, tétano, convulsões, depressões e delirium tremens. Existem evidências que algumas das substâncias presentes na maconha possam agir de forma terapêutica em alguns casos, por exemplo: - diminui a náusea, em pacientes que estão fazendo quimioterapia; - estimula o apetite em aidéticos. No entanto, o fato de existir evidências que a maconha também diminui a resposta imunológica, faz com que o uso em pacientes já debilitados e com risco maior de infecção não seja recomendado; - no tratamento de glaucoma; Seu potencial como analgésico, antiasmático, antiespasmódico, anticonvulsivante e antidepressivo ainda está em estudo, mas com poucas evidências. O grande problema está no fato de que o THC, o componente da cannabis de maior potencial terapêutico, é também aquele que gera os efeitos psicoativos nos usuários recreacionais. E as tentativas de separar os efeitos colaterais indesejáveis da droga dos seus efeitos terapêuticos, têm se mostrado difíceis e pouco promissoras. Além disto, não existem evidências suficientes de que o uso da maconha como medicamento seja mais útil ou seguro, quando comparada com os medicamentos já existentes. Mito: Todos fumam maconha pelo mesmo motivo.

7 Verdade: Diferentes pessoas têm razões diferentes para consumir a droga: muitas a experimentam por curiosidade ou por pressão do grupo de amigos. As que continuam usando, geralmente buscam, ao usar, uma forma de intensificar o nível de prazer. Outras, por se sentirem relaxadas, sob os efeitos da maconha, buscam nesta, uma forma de tornar o convívio social mais fácil. E há ainda aqueles que fumam para fugir da realidade, isto é, das responsabilidades e dos problemas. Mas é muito importante entender os motivos de cada um para usar a droga, isto é, o lugar que a maconha ocupa na vida de cada pessoa, para ajudá-la a perceber que sempre existem caminhos e alternativas diferentes para lidar com estas questões sejam elas, busca de prazer, fuga de problemas, timidez, etc. Mito: Nenhum exame clínico pode determinar se a pessoa fumou ou não maconha. Verdade: É possível determinar se maconha foi usada, mas não quão recentemente. No caso de consumidores crônicos e diários, o organismo fica limpo do THC mais rápido. A dificuldade de estabelecer data de consumo existe porque se sabe que esta substância se liga a gorduras do organismo demorando até um mês para liberá-la do organismo. Hoje em dia, além da urina (em até 30 dias) e do sangue, é possível detectar uso de maconha pelos fios de cabelo e mais recentemente até pela pele! Mito: Se eu fumo um baseado, isto significa que sou um viciado. Verdade: Não se fica viciado fumando um cigarro de maconha. Porém, uma vez constatando este uso, é importante pensar sobre a experiência, que pode, muitas vezes, ter muito impacto na sua vida. Deve-se ter em mente esta experiência para evitar que o consumo se torne regular e comece a afetar outras atividades na sua vida. É importante que você busque diálogo sobre o assunto com a família, amigos ou até um profissional especializado. É importante compartilhar os sentimentos associados ao uso e mesmo se informar sobre esta droga que você usou ou está usando. Mito: A concentração de maconha é sempre igual nas suas preparações. Verdade: A concentração da substância ativa da maconha (THC) varia bastante dependendo do clima, solo, plantação, tipo e parte da planta. Existem evidências que nos últimos anos a concentração de THC vem aumentando: nos anos 60, a concentração encontrada na maconha apreendida era ao redor de 1.5%, hoje em dia chega a 4%, podendo em algumas situações chegar até superar a marca de 20%. A concentração do THC também pode ser alterada através de processos de produção artificial : o skank, por exemplo, é uma maconha produzida artificialmente com potência bem mais alta que as naturais. Mito: Fumar maconha faz menos mal que fumar cigarro.

8 Verdade: É sempre difícil comparar duas drogas. Não é pelo cigarro ser uma droga considerada legal que faça menos mal que a maconha. O cigarro da maconha possui também o alcatrão, entre outras substâncias, que é um dos mais nocivos de todos os componentes que o cigarro de tabaco possui. Ambas produzem efeitos adversos e distintos em seus consumidores. Mas a maconha e o cigarro também compartilham de alguns efeitos agudos e crônicos, dentre eles os efeitos irritativos nos pulmões e os efeitos estimulantes tanto da nicotina como do THC no coração, principalmente para pessoas com algum problema prévio neste órgão. No que se refere aos efeitos crônicos, tanto o cigarro como a maconha geram distúrbios respiratórios crônicos, tipo bronquite, e provavelmente câncer do pulmão, boca, esôfago e estômago. O alto risco de câncer é conseqüência do fato que a fumaça irrita essas áreas. O fato do usuário de maconha reter a fumaça por maior tempo nos pulmões do que o fumante de cigarro comum, facilita ainda mais o aparecimento de irritação e câncer, além disso a maconha é geralmente fumada sem filtro e como a sua fumaça tem cerca de 50% mais substâncias cancerígenas. Para um maior risco de desenvolvimento de câncer. As pessoas que associam o uso do cigarro com o da maconha estão especialmente com risco de desenvolver problemas pulmonares graves. Dependendo do tamanho do baseado fumado, existem estudos de que o tipo de dano que este cigarro causa, equivale a fumar quase um maço de cigarros de tabaco. Um estudo conduzido na Nova Zelândia aponta que o uso de maconha pode ser responsável por um em cada 20 casos de câncer de pulmão diagnosticados. Mito: Maconha faz menos mal que álcool. Verdade: O uso agudo da maconha traz pelo menos os mesmos riscos do que a intoxicação pelo álcool. Em primeiro lugar, as duas drogas produzem alteração da coordenação motora e comprometimento mental (com relação à memória e à capacidade de planejamento intelectual). Esse tipo de comprometimento aumenta os riscos de vários tipos de acidentes e no envolvimento de comportamentos de risco como dirigir perigosamente, sexo desprotegido, comportamentos anti-sociais, etc. Com relação ao uso crônico, tanto a maconha quanto o álcool produzem: - Dependência: caracterizada pela dificuldade de interromper o uso, dificuldade em controlar o uso e desconforto após a interrupção do uso; - Alterações mentais significativas: a maconha pode produzir um quadro de psicose (desorganização mental grave), precipitar doenças mentais em indivíduos predispostos, ou exacerbar sintomas mentais em indivíduos com transtornos mentais já instalados como depressão e esquizofrenia; - Comprometimento do desempenho profissional: tanto o álcool quanto a maconha diminuem a capacidade mental de concentração e portanto alteram o desempenho tanto no estudo quanto no trabalho;

9 - Aumento da mortalidade por acidentes, suicídio e violência: as pesquisas têm sugerido que essas duas drogas aumentam a probabilidade deste tipo de morte. Mito: A legalização da maconha aumenta o consumo da droga. Verdade: Embora não tenhamos os dados para discutir esta questão (como seria isto em nosso país) sabemos que quando uma droga é considerada legal, seu consumo tende a aumentar (haja vista o consumo de álcool e tabaco drogas legais como os maiores dentre todas as substâncias). Se facilitarmos a experimentação da maconha (como droga legal) aumentamos a chance da ocorrência de um maior número de dependentes no futuro. Neide Zanelatto é psicóloga clínica, atuando com Terapia Cognitivo Comportamental, Especialista em Dependência Química pela UNIAD-UNIFESP, Mestre em Psicologia da Saúde pela UMESP- Universidade Metodista de São Paulo e autora do livro Tratamento psicológico do usuário de maconha e seus familiares Um manual para terapeutas. A matéria é parte integrante da revista Anônimos nº 11.

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