Governança em AAE: O que é, Como se aborda

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1 Governança em AAE: O que é, Como se aborda Margarida B. Monteiro, CEG-IST, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, margarida.monteiro@tecnico.ulisboa.pt Maria Rosário Partidário, CEG-IST, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, mariapartidario@tecnico.ulisboa.pt Resumo: A literatura em Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) centra-se muito no âmbito de aplicação e de avaliação, na abordagem metodológica, na participação do público, ou mesmo na eficiência e eficácia da AAE enquanto instrumento. Poucos são os autores que tratam o contexto em que se realiza a AAE em relação às condições de governança. Este tema tem vindo a ganhar terreno nas discussões académicas e conferências internacionais. Esta investigação pretende analisar de que forma a governança é abordada nas AAE elaboradas em Portugal, considerando dois níveis de análise distintos: onde e como é tratada, se é tratada de forma explícita e se é tida como um fator relevante na avaliação. Conclui-se sobre a necessidade de considerar a governança na compreensão do contexto de decisão estratégica face à relevância que o exercício de poder desempenha no desenvolvimento estratégico. A metodologia adotada olha para um conjunto de relatórios ambientais selecionados atendendo a como a governança é abordada e qual o seu papel na avaliação. Introdução Tem sido possível observar uma evolução na literatura da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) ao longo dos anos: desde a necessidade de entender o contexto de desenvolvimento das decisões (Hilding-Ryedvik e Bjarnadóttir, 2007), o papel da comunicação e interação entre atores para uma avaliação de sucesso (Vicente e Partidário, 2006), à importância de considerar o contexto institucional e as dimensões políticas da AAE (Jilliberto, 2012; Partidário, 2015). Mesmo com esta evolução teórica, a AAE mantém as suas características originais associadas à Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) apresentando-se com abordagens reativas e marginais, e com a dimensão estratégica a ser muitas vezes ignorada. Apesar do que o próprio nome do instrumento indica, a prática da avaliação ambiental estratégica ainda não se encontra suficientemente maturada para reconhecer a importância estratégica, para a qualidade ambiental, de instituir responsabilidade, legitimidade, transparência e abertura nos processos de decisão. Por AAE entende-se um instrumento de natureza estratégica que ajuda a criar um contexto de desenvolvimento para a sustentabilidade, integrando as questões ambientais e de sustentabilidade na decisão e avaliando opções de desenvolvimento face às condições de contexto (Partidário, 2012). É nosso entender que a governança, neste contexto, ganha especial função na responsabilização e na legitimação das decisões. Para isso, contudo, não se deve entender governança no seu sentido lato enquanto ato e ação de governar. Governança deve sim ter por base as relações entre sociedade, administração pública e entidades privadas que legitimam o exercido de poder, ou seja, à capacidade de intervir, ser ouvido e produzir alguma mudança com os recursos disponíveis. Em AAE pode ser entendida como um aspeto estratégico que ajuda a atingir os objetivos pretendidos visto, na sua

2 essência, moldar determinados padrões de funcionamento do sistema subjacentes à construção de aspetos regulamentares. Como a AAE é promovida, numa ótica regulamentar, é diretamente dependente dos processos (e estilos) de governança existentes (Monteiro et al., 2014); como a AAE é praticada, numa ótica procedimental, reflete as características do sistema (e.g. comportamentos e costumes). Esta comunicação foca-se no último ponto. A associação de ambas as temáticas é cada vez mais focada na literatura: Enquanto instrumento processual, a AAE contribuí para um processo de decisão atualizado, transparente e de qualidade (abordagem orientada para a governança) (van Buuren e Nooteboom, 2009) Os problemas típicos da AAE podem ser relacionados com as típicas fraquezas associadas à governança ( ) faz sentido pensar seriamente em governança na elaboração de uma avaliação ambiental, visto as características dos sistemas de governança serem tanto potenciadoras de oportunidades como servirem de constrangimento ao processo de Avaliação Ambiental (Meuleman, 2015) Curiosamente, os problemas tipicamente associados à AAE (sejam o âmbito e alcance da avaliação, a consideração e avaliação de alternativas, a informação contida no relatório ambiental no que toca à previsibilidade e incerteza, a participação do público, a monitorização e seguimento) são também os problemas típicos associados à AIA. Tais problemas, tal como o autor refere, podem ser relacionados com as debilidades caracteristicamente relacionadas com governança: questões burocráticas, compartimentalização da administração, centralização de poder e conhecimento, focagem política ou ainda cultura participativa. As principais razões de bloqueio para uma eficaz implementação da AAE são, na maioria dos casos, questões relacionadas com a cultura política e contexto institucional (Wang et al., 2012) Com base no referido por Meuleman (2015), verificamos o reconhecimento de que não são as questões técnicas que determinam o sucesso da AAE em influenciar a decisão. A cultura política do contexto de desenvolvimento em que estamos inseridos e todo o panorama institucional são, esses sim, as principais razões pelas quais a AAE pode não desempenhar o papel esperado enquanto instrumento de políticas públicas. Relativamente aos diplomas legais, em 2001 é publicada a Diretiva Europeia de AAE (2001/42/CE) que refere que a avaliação ambiental (AA) de planos e programas é a elaboração de um relatório ambiental, a realização de consultas, a tomada em consideração do relatório ambiental e dos resultados das consultas na tomada de decisões e o fornecimento de informação sobre a decisão e que este instrumento deve contribuir para a integração das considerações ambientais na preparação e aprovação de planos e programas. Em 2007 Portugal transpôs a Diretiva AAE para o seu regime jurídico interno (Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de junho - DL) que define AAE como sendo a identificação, descrição e avaliação dos eventuais efeitos significativos no ambiente resultantes de um plano ou programa e que deve ser entendida como um processo integrado no procedimento de tomada de decisão, que se destina a incorporar uma série de valores ambientais nessa mesma decisão. Ambos os diplomas apresentam uma perspetiva unilateral no que toca à relação entre ambiente e o contexto de governança: verificar a qualidade do ambiente e as principais características deste para integrá-las no plano ou programa sem verificar o contexto de desenvolvimento em que estamos, se este está apto para as mudanças que qualquer processo acarreta e adaptar a avaliação ao próprio contexto de governança. São quatro os aspetos regulamentares definidos no DL que, no nosso entendimento, focam explicitamente questões de governança e que salientamos:

3 Âmbito e alcance da AA sujeito a consulta institucional (art. 5º, n.º 3) em sede de âmbito e alcance apenas é legalmente exigida consulta institucional (não estando prevista consulta do público); Relações com as orientações definidas por outros planos e programas (art. 6º, n.º 1, a) e d)); Relatório ambiental sujeito a consulta institucional e consulta pública (art. 7º) em sede de relatório ambiental, e antes da aprovação do plano ou programa, é prevista uma consulta institucional e uma consulta pública com vista à recolha de observações ou sugestões ; Avaliação e controlo (art. 11º) em sede de fase de monitorização e seguimento é dada ao proponente a responsabilidade de avaliarem e controlarem os efeitos significativos no ambiente. Apesar das questões de governança serem pouco exploradas em sede de legislação, estas são um dos pilares base da abordagem definida no Guia de AAE da Agência Portuguesa do Ambiente publicado em Já na primeira versão do Guia, publicado em 2007, estavam assentes os pressupostos de compreender o contexto de avaliação e facilitar, apoiar e encorajar decisões sustentáveis, desenvolvidos na nova versão. As questões de governança, na abordagem do Guia de 2012, são consideradas componentes essenciais para uma AAE de pensamento estratégico, enquanto técnica (análise de contexto, elaboração de diretrizes e recomendações), processual (diálogo entre equipas, processos institucionais), institucional (capacidade de influência, lacunas e sobreposição de responsabilidades), e de comunicação e envolvimento (envolvimento de agentes e participação pública, aprendizagem). Governança, enquanto componente técnica da AAE, pode ser integrada no processo de avaliação pelos seguintes elementos (Partidário, 2012): Fase de contexto e focagem: i) definição do quadro institucional com a identificação dos principais agentes, níveis de responsabilidade e competências (sejam formais ou informais), e correlação destas com os objetivos estratégicos do plano ou programa para a identificação de lacunas e/ou sobreposição nas respetivas responsabilidades institucionais; ii) definição do quadro de referência estratégico para verificação da compatibilização de orientações das macropolíticas relevantes para o processo de planeamento ou programação; iii) enquanto fator crítico do quadro de avaliação com foco para as questões de governança do ambiente institucional do contexto de desenvolvimento em avaliação; iv) definição de estratégia de envolvimento e comunicação que assegure um envolvimento ativo dos vários agentes da sociedade no processo de planeamento ou programação e processo de avaliação; Fase de avaliação: i) análise do contexto de desenvolvimento (na ótica da governança) nas suas dimensões estruturais, funcionais e substantivas; ii) definição de opções estratégicas de desenvolvimento fortemente enquadradas nos objetivos estratégicos do plano ou programa; iii) definição de diretrizes de planeamento e gestão para um acompanhamento interno pelo proponente do seguimento do plano; Fase de monitorização e seguimento; i) definição de diretrizes de governança para assegurar a concretização das diretrizes propostas em sede de AAE (planeamento, gestão e monitorização) com explicita indicação dos vários níveis de responsabilidade institucional na fase de seguimento; ii) estratégia de envolvimento e comunicação para envolvimento de toda a sociedade no acompanhamento do processo de implementação do plano ou programa. A partir de estudos anteriormente realizados (Partidário et al., 2010; Partidário e Monteiro, 2013) verificou-se uma grande adesão às orientações contantes no Guia de AAE da APA, enquanto documento promovido pela entidade pública com responsabilidade na AA. Assim, o presente estudo irá centrar-se nos elementos acima identificados, que serão o referencial de análise.

4 A presente comunicação insere-se no âmbito da investigação do doutoramento da primeira autora sobre governança e AAE. Não se pretendeu aqui centrar a discussão numa lógica abstrata e teórica propondo uma abordagem à governança em AAE com aspetos metodológicos, mas sim averiguar o panorama Português fazendo um apanhado da realidade nacional e mostrar como é que este tema tem sido abordado nas avaliações ambientais de Planos e Programas. Metodologia Como referido, esta comunicação tem como objetivo analisar de que forma as AAE elaboradas em Portugal abordam a Governança e de que forma tratam o contexto em que se realiza a AAE em relação às condições de governança. A questão de investigação é: de que forma é a governança abordada em AAE, onde é tratada, e se é um fator relevante na avaliação? Para tal são recolhidos e analisados 60 relatórios ambientais publicados entre 2014 e 2016 (nem todos com a declaração ambiental publicada mas todos com o processo de consulta institucional e do público incorporados). Os casos abrangem todo o território português e são de âmbito alargado (desde planos nacionais estratégicos a planos de pormenor), abrangendo os mais diversos setores de atividade (Figura 1). Figura 1: Setores de atividade dos relatórios ambientais analisados 1 Para responder ao objetivo proposto, é criado um quadro de análise que responde à abordagem de AAE definida no Guia da APA de 2012 (Tabela 1). Para além destas questões, no decorrer da análise, são identificados alguns pontos substantivos no que toca à relação entre objetivos estratégicos do plano ou programa e desenvolvimento da avaliação. Tabela 1: Quadro de análise da investigação Elementos Critérios Questão a responder Explícita Está a palavra governança explicitamente expressa no relatório Expressão Implícita e/ou está esta considerada de forma implícita? Fator de avaliação Onde é considerada a governança nos Ponto de entrada relatórios: É definida enquanto fator de 1 PP: Plano de Pormenor; PU: Plano de Urbanização; PDM: Plano Diretor Municipal

5 Quadro institucional avaliação? É definido quadro institucional? É definida estratégia de Análise de contexto envolvimento e comunicação para a avaliação? É definido programa de Envolvimento e comunicação para monitorização e seguimento? a avaliação Monitorização e seguimento Fator de avaliação Quadro institucional Monitorização e seguimento Critério de avaliação Indicador Capítulo exclusivo dedicado Atores Responsabilidade explícitas Relações entre atores Relações entre políticas Diretrizes / recomendações Indicadores para seguimento Responsabilidades Envolvimento e comunicação para o seguimento Enquanto fator de avaliação, é definido critério de avaliação e indicadores específicos? É dedicado um capítulo exclusivo para a governança? Caso não tenha sido definida enquanto fator de avaliação, são definidos critérios de avaliação e indicadores específicos no contexto de outros fatores? São identificados os atores relevantes para o processo e as suas responsabilidades explícitas? São identificadas relações institucionais, entre atores e entre políticas? São definidas diretrizes e recomendações de planeamento, gestão e governança? São definidos indicadores de governança? São indicadas as responsabilidades para a implementação do plano ou programa? É definida uma estratégia de envolvimento e comunicação para a fase de seguimento? Resultados Observa-se uma boa prática na consideração da governança nos relatórios ambientais, com uma expressão explícita da palavra em 75% dos casos. Destes, para além da menção da palavra governança, 25% também consideram governança de forma implícita (sejam pelos agentes existentes, o modelo funcional do sistema, a participação e envolvimento da sociedade). 5% da totalidade dos casos apenas faz menção implícita às questões de governança, enquanto 20% dos casos não faz qualquer menção a esta temática (estes casos cingem a sua análise às questões meramente biofísicas e, por vezes, sociais). Curioso verificar que, a maioria dos relatórios que não faz qualquer menção à governança são os casos mais recentes. Por fim não existe nenhum padrão que demonstre a preferência de determinada equipa de AAE em considerar ou não governança na avaliação. Relativamente ao ponto de entrada, em 31,7% dos casos é definido um fator de avaliação de governança (ou com objetivo e âmbito similar); nenhum caso elabora o quadro institucional (e com isto nenhum caso identifica os agentes relevantes para o processo de desenvolvimento, suas

6 responsabilidades institucionais, e relações (formais e informais)); em 30% dos casos é desenvolvida uma análise de contexto fortemente ancorada nas questões de participação e questões financeiras; em apenas 6,7% dos casos é elaborada uma estratégia para envolvimento de agentes e comunicação para o período correspondente a ambos os processos, planeamento ou programação e avaliação (esta em fase de âmbito, definição e avaliação de opções alternativas, e relatório ambiental); em 40% dos casos o programa de monitorização e seguimento foca questões de governança nos elementos de diretrizes, indicadores e responsabilidades explícitas (ver exemplos na Tabela 2) Enquanto fator de avaliação, como já referido, 31,7% dos casos aborda a governança (os aspetos similares). Ainda, cerca de 32% dos casos define critérios de avaliação que focam esta temática e aproximadamente 43% indicadores (maioritariamente quantitativos) (ver Figura 2 e exemplos na Tabela 2). Ainda, cerca de 28% dos casos dedica um capítulo exclusivo às questões de governança (nomeadamente análise de tendências e de evolução sem a concretização do plano). Figura 2: Governança enquanto fator de avaliação - resultados da análise Tabela 2: Exemplos de fatores de avaliação, critérios de avaliação, indicadores e elementos de monitorização e seguimento Elementos e critérios de análise Fator de avaliação Fator de avaliação Exemplos Organização e gestão municipal; Governança; Modelo de governança; Agentes de desenvolvimento; Planeamento e governança; Gestão territorial; Conhecimento, inovação e governança. Critérios Abertura, transparência, participação, responsabilização, eficácia e eficiência, coerência; Cultura e participação dos cidadãos; Gestão financeira e promoção de dinamismo económico; Gestão adaptativa e colaboração público-privado; Conhecimento e capacitação; Mecanismos de operacionalização e responsabilização; Eficiência das estruturas de decisão. Indicadores Sustentabilidade financeira; Participação eleitoral dos cidadãos;

7 Monitorização e seguimento Diretrizes / recomendações Indicadores seguimento para Sessões públicas de discussão promovidas pelo município; Iniciativas e mecanismos de planeamento e gestão municipais de adaptação às AC; Nº de balções únicos (serviços de atendimento); Mecanismos de corresponsabilização; Número de entidades envolvidas no processo de consulta; Número de planos setoriais, especiais e municipais com integração de medidas. Promover a transparência da programação e os mecanismos de intervenção público-privada; Apostar em cedências para ativar mecanismos de coresponsabilização; Reforçar a eficácia da fiscalização e melhorar a aplicação da legislação existente; Garantir a realização de programas Promoção da Participação Cívica; Apostar na criação de orçamentos participativos; Garantir a proximidade dos serviços municipais e atividades económicas de acordo com o novo modelo de ocupação e gestão territorial; Estabelecimento de ações de informação, sensibilização e esclarecimento face às diferentes temáticas a atender. Sustentabilidade financeira; Participação eleitoral dos cidadãos; Sessões públicas de discussão promovidas pelo município; Grau de concretização do Plano; Sistematização e justificação das situações de inconformidade ou desadequação; Variação da despesa orçamental em projetos de I&D e por classificação funcional; Projetos de execução de partilha e disseminação de conhecimento a nível interdepartamental; Número Serviços Certificados; Grau de disponibilização da informação existente de forma transparente Graus de influência dos agentes na decisão e sua evolução. A maioria dos indicadores identificados para a governança centram-se em questões de sustentabilidade financeira do plano ou programa (ao nível do orçamento municipal, por exemplo) ou mesmo, num elevado número de casos, na participação eleitoral dos cidadãos (curiosamente observam-se exemplos de foco na participação eleitoral para o parlamento europeu em AA de planos de pormenor). Verifica-se que em muitos casos não há concordância e coerência entre o quadro de avaliação da AAE e o objeto de avaliação (traduzido nos eixos estratégicos, linhas de orientação estratégica, objetivos estratégicos e questões estratégicas): i) quando o objeto de avaliação apresenta orientações de governança (por exemplo ao nível da modernização e simplificação administrativa, no

8 envolvimento da população, capacitação dos recursos humanos existentes, ou harmonização institucional) a AAE não define no seu quadro de avaliação um fator de governança (ou similar); ii) quando o objeto de avaliação não apresenta orientações de governança a AAE define no seu quadro de avaliação um fator de governança (ou similar). Isto sugere que existe pouca consciência e conhecimento sobre o papel da governança em AAE, e que o seu uso não é deliberado enquanto fator governança. Para a monitorização e seguimento (ver Error! Reference source not found. e exemplos de indicadores e critérios na Tabela 2), a análise é feita a dois níveis diferentes: a) ao nível de definição de indicadores e diretrizes de planeamento, gestão e monitorização para questões de governança; e b) ao nível da identificação de responsabilidades em sede de implementação e definição de estratégias de envolvimento de agentes com interesse. Sobre o ponto b), verifica-se que apenas dois casos apresentam uma estratégica de envolvimento para a fase de seguimento com metodologia concreta de envolvimento de entidades e público. Figura 3: Monitorização e seguimento - resultados da análise Cerca de 41% dos casos define indicadores de seguimento de governança. Nesta situação verifica-se que a maioria define os indicadores para monitorização e seguimento com base nos indicadores definidos no quadro de avaliação. Ainda, 58% define quais as responsabilidades especificas dos agentes para a fase de implementação do plano ou programa e 66% diretrizes e/ou recomendações (de planeamento, gestão, e monitorização) focadas em questões de governança. Em aproximadamente 30% dos casos: São definidas diretrizes de governança e explicitadas as responsabilidades explícitas para a fase de implementação mesmo sem a definição de um fator de avaliação de governança ou similar, demonstrativo do peso da fase de monitorização e seguimento; ou É definido um fator de avaliação sem tradução final para a monitorização no que toca a diretrizes e responsabilidades institucionais. Discussão e Conclusão Pretendia-se com esta comunicação descrever o panorama português relativo à consideração de questões de governança na prática da AAE. Para tal foram analisados 60 relatórios ambientais de AAE, referencial esse que nos permite responder às perguntas de investigação propostas:

9 1. Onde é tratada a governança na prática de AAE? Como fator de avaliação e em sede de diretrizes de governança para a implementação do plano ou programa. 2. É a governança tratada como um fator relevante na avaliação? Não. Na generalidade, a governança é considerada nas AAE, nas suas diferentes fase. Embora 75% dos casos mencione governança na avaliação, apenas 31,7% a usam como fator de avaliação. A fase em que a sua expressão tem mais peso é em sede de monitorização e seguimento, com 58% e 66% dos casos a definirem as responsabilidades explícitas dos agentes com interessa na implementação do plano ou programa e diretrizes de planeamento, gestão e monitorização com foco na governança, respetivamente. Estes valores são indicativos da perceção da importância da análise deste tema em fase de seguimento em detrimento da sua relevância em fase de avaliação. Como referido anteriormente, existe pouca consciência sobre o papel da governança em AAE, principalmente o seu valor enquanto componente do quadro de avaliação. Realça-se a total ausência de estabelecimento de um quadro institucional para a governança com a identificação dos atores relevantes para o processo de planeamento / programação e avaliação e esclarecimento das respetivas responsabilidades formais e informais. Mais, não se verifica qualquer análise sobre as relações entre esses atores ou mesmo uma análise de concordância entre diferentes orientações políticas de diferentes escalas. Ainda, consideração de questões relacionadas com envolvimento de agentes ou comunicação são diminutas. Apenas 6% dos casos define uma estratégia de envolvimento e comunicação para o processo de avaliação e 3% para a fase de seguimento após implementação do plano ou programa. Com isto, destacam-se os seguintes pontos conclusivos: Enquanto fator de avaliação, verifica-se que a governança é incluída no quadro de avaliação como boa prática e não por ser considerada como relevante (como mais-valia para a avaliação). Conclui-se que, tal qual como é tratada, não cria quaisquer tipos de reais consequências para a avaliação visto não ser efetuada uma análise de contexto concreta sobre questões a ela relacionadas (para entendimento do sistema) ou mesmo por não ser promovido qualquer envolvimento de agentes ao longo do processo; Observa-se um insuficiente uso da governança enquanto fator promotor de entendimento sobre o contexto de desenvolvimento do processo de planeamento ou programação as condições de governança não são devidamente analisadas para entendimento do funcionamento do sistema em causa apesar da crescente atenção dada a esta temática. Mesmo quando considerada pilar estratégico do plano ou programa a forma como é abordada (apenas em fase de seguimento) não ajuda a entender o contexto de decisão estratégica e como este pode lidar com as mudanças e alterações com a implementação do plano ou programa; Verifica-se uma total ausência de componentes estruturais (agentes e políticas) e de componentes funcionais (relações e papel do conhecimento) de governança em AAE nenhum caso define quadro institucional, identifica agentes com interesse no processo de planeamento ou programação e respetivas responsabilidades institucionais; Existe uma diminuta atenção às estratégias de envolvimento e comunicação, observando-se sim a prática de blueprint thinking, ou seja, abordar esta componente com base nas práticas mais comumente partilhadas (consulta pública legalmente exigida). Com isto perde-se uma oportunidade de avaliação colaborativa, de criação de visão conjunta, de criação de confiança e sentido de pertença para com o plano ou programa; Considera-se que, com base no panorama da prática nacional, abordar a governança em AAE é neste momento uma questão de moda, porventura porque é sugerido no Guia, sem que haja real

10 conhecimento do que governança em AAE significa. A profundidade da sua consideração é baixa, não é vista como mais-valia e não é considerada fator relevante na avaliação. Referências van Buuren A. Nooteboom S. The success of SEA in the Dutch planning practice; how formal assessements can contribute to collaborative governance. Environmental Impact Assessment Review. 2010; 30: Hilding-Ryedvik, T., Bjarnadóttir, H Context awareness and sensitivity in SEA implementation. Environmental Impact assessment Review, 27, Jilliberto R Recognizing the institutional dimension of strategic environmental assessment. Impact Assessment and Project Appraisal, 29 (2): Meuleman L. Owl meets beehive: how impact assessment and governance relate. Impact Assessment and Project Appraisal. 2015; (30) 1: Monteiro M. Partidário MR. Meuleman L Governance systems may influence the success of SEA. Paper presented at the 34 rd Annual Conference of the International Association for Impact Assessment: Impact Assessment for Socio and Economic Development. Viña del Mar. Chile. Partidário MR Guia de melhores práticas para avaliação ambiental estratégica orientações metodológicas para um pensamento estratégico. Agência Portuguesa do Ambiente e Redes Energéticas Nacionais. Lisboa. Partidário MR A strategic advocacy role in SEA for sustainability. Journal of Environmental Assessment Policy and Management, 17 (1). Partidário MR. Nunes D. Lima J Definição de critérios e avaliação de relatórios ambientais. Agência Portuguesa do Ambiente ( Partidário MR. Monteiro M Five years of experience with SEA in Portugal. Paper presented at the 33 rd Annual Conference of the International Association for Impact Assessment: Impact Assessment the Next Generation. Calgary. Canada. Vicente, G., Partidário, MR SEA: enhancing communication for better environmental decisions. Environmental Impact assessment Review, 26 (8), Wang H. Bai H. Liu J. Xu H. Measurement indicators and an evaluation approach for assessing strategic environmental assessment effectiveness. Ecological Indicators. 2012; 23:

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