UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ ANDRÉA CARLA OLIVEIRA BORBA

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ ANDRÉA CARLA OLIVEIRA BORBA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INDUSTRIAS BENEFICIADORAS DE CACAU NO SUL DA BAHIA Ilhéus Bahia 2007

2 ANDRÉA CARLA OLIVEIRA BORBA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INDUSTRIAS BENEFICIADORAS DE CACAU NO SUL DA BAHIA Dissertação apresentada, para obtenção do título de mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, à Universidade Estadual de Santa Cruz. Área de concentração: Gestão Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Salvador Dal Pozzo Trevizan Co-orientador: Prof. Dr. Fermin Velasco Ilhéus Bahia 2007

3 ANDRÉA CARLA OLIVEIRA BORBA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INDUSTRIAS BENEFICIADORAS DE CACAU NO SUL DA BAHIA Dissertação apresentada, para obtenção do título de mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, à Universidade Estadual de Santa Cruz. Orientador: Prof. Dr. Salvador Dal Pozzo Trevizan Co-orientador: Prof. Dr. Fermin Velasco Ilhéus-BA, / / Salvador Dal Pozzo Trevizan PhD Orientador Fermin Garcia Velasco - PhD Co-Orientador

4 ANDRÉA CARLA OLIVEIRA BORBA AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INDUSTRIAS BENEFICIADORAS DE CACAU NO SUL DA BAHIA Ilhéus-BA, / / André Maia Gomes Lages Dr. UFAL/AL Sócrates J. M. Guzmán - Dr UESC/BA Salvador Dal Pozzo Trevizan PhD Orientador

5 DEDICATÓRIA De dedico este trabalho aos meus familiares que sempre torceram e incentivaram em todos os momentos da minha vida.

6 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelo amor em expansão a nós dado e confiado e a força e vigor concedido para superar e alcançar todos objetivos. Aos meus avós que foram sementes de minha formação. Aos meus pais Eduardo e Valdiner pelo incentivo aos meus irmãos Michelliny pela compreensão dispensada. Ao querido irmão Eduardo Júnior pelo amor, lealdade e disposição para nos ajudar em todos os enfrentamentos. Ao companheirismo de Joniel presente em muitos momentos importantes. Aos grandes incentivadores e verdadeiramente motivadores na busca do saber e pesquisar, Prof. Dra. Agnes e Prof. Dr. Fermin Velasco, que abraça cada aluno como tesouros em busca do conhecimento. Obrigada pelo apoio desde o início desse sonho em Ao Sr. Paulo Nogueira Torres, pelo apoio para alcance dessa pós-graduação. Ao Prof. Dr. Salvador Trevizan na constante acolhida, torcida e constante orientação. Muito obrigada. Aos colegas da Turma VIII do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela constante cooperação durante todo o período das disciplinas de tronco comum, em especial, Nilmací Santos e Ana Paula Matos, sem a ajuda de vocês essa realização não teria sido possível. Aos colegas que se tornaram amigos durante esse curso Ana Paula Mariano, Iderval Borges, Kaline Benevides, Lilia Marta e Luana Farias. Grande beijo e obrigada a todos.

7 v AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS INDUSTRIAS BENEFICIADORAS DE CACAU NO SUL DA BAHIA RESUMO A modificação dos padrões de utilização do meio ambiente tem levado diversos setores da indústria a uma mudança de postura e adoção de meios, por exemplo, os Sistemas de Gestão Ambiental, para a preservação ambiental e disputa de mercados. A evolução quanto ao surgimento de normas voltadas para a preservação do meio ambiente faz com que as empresas tenham que se preocupar com aspectos ambientais relacionados as suas atividades. Com o intuito de avaliar a postura das empresas, esta pesquisa propõe-se a estudar de forma específica o Sistema de Gestão Ambiental nas empresas que realizam o beneficiamento de grãos de cacau localizadas no eixo Ilhéus-Itabuna, Bahia, Brasil. Investiga-se em que medida as empresas se aproximam ou se distanciam de sistemas de gestão ambiental proposto pela ISO , ou se apresentam outros tipos de Gestão, e os fatores que influenciam no perfil ambiental de cada empresa. Os dados para análise foram obtidos através de questionários, entrevistas e observações in loco realizadas junto à gerencia e as áreas responsáveis. Como principais resultados obtidos foi possível destacar que a responsabilidade empresarial em relação as variáveis ambientais é respondida pelas exigências legais e tendências de mercado. Ao longo dos últimos 15 anos as empresas do ramo de beneficiamento de sementes de cacau mantiveram uma postura direcionada, limitada e reativa ao requerido em lei e pelos seus clientes, mas com conseqüências positivas para o meio ambiente e reflexos vantajosos para a vida humana. A transformação desta postura em atitudes voluntárias ainda não é observada no ramo de moagem de cacau. A compreensão dessa expressão é justificada pela indústria que encontra limitações locais para a execução de suas atividades em conformidade com a lei, embora não deixe de atender todas as demandas de seus clientes, vital para sua competitividade. É visto que o modo de administração das variáveis ambientais frente ao empresariado quanto à adoção de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), Sistema de Gestão Integrados (SGI), responsabilidade social ou suas ferramentas é observado até o ponto que convergem para imposições legais caso não exista a procura do mercado. Com a caracterização do perfil de gestão das industrias é possível oferecer relevantes subsídios para se programar e implementar ações de melhoria de gestão ambiental nas empresas, visando ampliar sua competitividade, garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, melhorar as condições de vida das comunidades no entorno e a satisfação dos consumidores. Palavras- Chave: Sistema de Gestão Ambiental, Sistemas de Gestão Integrados, competitividade.

8 vi EVALUATION OF ENVIROMENTAL MANAGEMENT SYSTEMS IN INDUSTRIES OF COCOA GRINDING NO SUL DA BAHIA ABSTRACT The modification in standards of use of the environment has taken overall sectors of the industries to change the position and adopt of ways, for example, the adoption of Environment Management Systems to environment preservation and markets dispute. The evolution relate to the apperance of norms toward environment preservation makes with the companies have got that to be worried about environmental aspects relate to its activities. With intention to evaluate the position of companies this research refers to study the specific form the Environment Management Systems in companies of Cocoa Grinding Companies located in Ilhéus and Itabuna, Bahia, Brazil. Investigate and measure the approach or distance of Environment Management Systems propose by ISO 14000, or if this companies have other types of Management, looking for to find the factors that influence in the environment profile for each company. The data for analysis had been gotten through questionnaires, interviews and observations in each place with the manages and responsible by areas of these companies. The mains results was possible distinguished that business community responsibility in relation the environment variable is answered by the legal requirements and trends of market. In the last 15 years the cocoa grinding companies had kept a directed position, limited and reactive to the required one in law and for its customers, but with positive consequences for the environment with advantageous consequences for the human life. The transformation of this position in voluntary attitudes is still not observed in these companies. The understanding of this expression is justified by the companies that finds local limitations for the execution of its activities in compliance with the law, therefore does not leave to take care of to all the demands of its customers vital for its competitiveness. It concludes that the way of administration about the environment variables front the business community with relate the adoption Environment Management Systems, Integrate Management System or social responsibility and its tools it is observed until the point that converge to laws impositions in case that the search of the market does not exist. With the characterization the management profile in industries is possible offer relevant subsidy to program and implement actions to improvement de management s in the companies system, looking for up the competitiveness and assurance the natural recourses, and improvement life condition of the around communities and the consumer satisfaction. Palavras- Chave: Enviromental Management System, Integated Management System, competitive advantages.

9 vii LISTA DE FIGURAS 1 Participação das empresas moageiras de cacau no 8 Brasil... 2 Empresas com certificação ISO instaladas no Estado da 46 Bahia... 3 Aspectos Ambientais relacionados com a produção em ordem decrescente de prioridade Alternativas adotadas visando a melhoria de desempenho ambiental Procedimentos de gestão ambiental utilizados nas empresas Meios de divulgação da política ambiental Base da política ambiental das empresas Áreas de interesse das empresas para capacitação de técnicos Limitações essa(s) capacitação(ões) resolveria(m) Forma que são efetuadas as análises críticas e periódicas do SGA nas empresas Metas ambientais definidas Freqüência de avaliação das metas estabelecidas Aspectos que representam risco para as empresas se manterem competitivas no mercado Operações nas empresas com sistema de gestão integrada Licenças/autorizações demandadas na atividade produtiva das empresas Dificuldades para realizar o licenciamento ambiental Forma que as empresas implementam seus projetos ambientais A empresa acredita na capacidade das instituições atuais em supervisionar e punir o não cumprimento de normas / leis

10 viii ambientais existentes Tipos de pressão sofrida para a melhoria do desempenho ambiental Forma que as empresas percebem as pressões Mercados para os quais são destinados os produtos ou serviços das empresas Investimentos na área ambiental nos últimos três anos A empresa considera que há risco de sofrer perdas ou danos de qualquer natureza, mantendo o sistema de produção e gestão atual da empresa, sem introduzir novas mudanças nos próximos três anos... 89

11 ix LISTA DE QUADROS 1 Moagem de Cacau no mundo Evolução dos Conceitos relacionado ao meio ambiente frente às industrias... 12

12 x LISTA DE TABELAS 1 Selos ambientais de Produtos Relação entre Municípios e nº de empresas consultadas... 49

13 xi LISTA DE ABREVIATURAS CO 2 monóxido de carbono CFC. cloro flúor carbono etc. Fem. kw/h m 3 M.A. Mas. S.S. e tem continuidade Feminino quilo watt hora metros cúbicos meio ambiente Masculino saúde e segurança

14 xii LISTA DE SIGLAS SIGLAS SIGNIFICADO ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas BNDES - BS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Bristish Standards BSI - Bristish Standards Institution CARE - Programa de responsabilidade CARE Reclamação, auditoria, recursos humanos e meio ambiente - Complaints, Audit, Human Resouses and Environmental. CCPA - Canadian Chemical Producers Association CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável CEPLAC CONAMA - - Comissão executiva do plano da lavoura cacaueira. Conselho Nacional do Meio Ambiente CRA - CTGA - Centro de Recursos Ambientais Comissão Técnica de Garantia Ambiental EMAS - Norma Européia para Sistemas de Gestão Ambiental - Eco- Management and Audit Scheme EPI - Equipamento de proteção individual ETE - Estação de tratamento de efluentes

15 xiii FIEB - GLP - GN - IAP - Federação das Indústrias do estado da Bahia Gás liquefeito de petróleo Gás natural Instituto Ambiental do Paraná IAF - International Accreditation Forum IBAMA - Instituto Brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis ICCO - Organização Internacional do cacau - Internacional Cocoa Organization ISO - Organização Internacional de Normalização - International Standard Organization NBR - Norma brasileira OHSAS - Avaliação de saúde e segurança ocupacional - Occupacional Health and Safety Assessment ONG - Organização não-governamental PDCA - Planejar, Fazer, Checar e Agir, constitui um método para prática de controles de processo - Ciclo PDCA - Plan, Do, Check, Act PNEA - Programa nacional de educação ambiental RTGA - SA - Relatório Técnico de Garantia Ambiental Responsabilidade Social - Social Accountability SAI - Responsabilidade Social Internacional - Social Accountability International SEIA - Sistema Estadual de informações ambientais SGA - Sistema de gestão ambiental UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz

16 xiv SUMÁRIO RESUMO...V ABSTRACT...VI LISTA DE FIGURAS...VII LISTA DE QUADROS...IX LISTA DE TABELAS...X LISTA DE ABREVIATURAS...XI LISTA DE SIGLAS...XII 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA REVISÃO DE LITERATURA EVOLUÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL O MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL CONFORME A NBR ISO POLÍTICA AMBIENTAL PLANEJAMENTO Aspectos ambientais Requisitos legais Objetivos e metas Programas de gestão ambiental IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO... 29

17 xv Estrutura e responsabilidade Treinamento Comunicação Documentos do SGA Controle operacional Preparação e atendimento de emergências VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA Monitoramento e medições Não conformidades e ações corretivas e preventivas Registros Auditorias de SGA ANÁLISE CRÍTICA OS SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL RESPONSABILIDADE SOCIAL: SA SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS A LEGISLAÇÃO E A GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL CASOS DE AVALIAÇÃO DO SGA NO BRASIL E NO ESTADO DA BAHIA METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO MÉTODO DE PESQUISA ADOTADO UNIVERSO DA PESQUISA PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS A PESQUISA DE CAMPO FERRAMENTA PARA AVALIAÇÃO LIMITAÇÕES DO MÉTODO DE PESQUISA ANALISE DOS DADOS AS INDÚSTRIAS E A ISO ASPECTOS AMBIENTAIS (NBR ISO ) E MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL PROCEDIMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA (NBR ISO ÁREA DE CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ANÁLISE CRÍTICA (NBR ISO ) LEVANTAMENTO SÓCIOAMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL INSTITUIÇÕES DE ENSINO E ONG S ÓRGÃOS AMBIENTAIS DEMANDA DE CLIENTES E INVESTIMENTOS AMBIENTAIS DISCUSSÕES CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

18 xvi 7 APÊNDICE APÊNDICE A QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS EMPRESAS AOS SEUS DIRIGENTES APÊNDICE B ROTEIRO DE ENTREVISTAS NAS EMPRESAS APÊNDICE C TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO

19 1 1 INTRODUÇÃO Uma das transformações mais expressivas, em relação ao meio ambiente, que podemos observar nos últimos trinta anos foi a mudança de postura empresarial frente às pressões de todos os setores da sociedade pelo temor da extinção da vida no planeta fomentando importantes mudanças na situação econômica mundial, na natureza das organizações, no referencial da natureza dos negócios, uma abordagem inovadora à maneira de pensar para poder compreender e tratar as novas realidades voltadas para o impacto de suas operações sobre o meio ambiente e sobre a competitividade dos países e de suas empresas. Em decorrência da degradação ambiental marcada pelos grandes acidentes ambientais o mundo vem despertando para a crise da civilização resultante do modelo de modernidade onde predomina a racionalidade econômica e tecnológica em detrimento da organização sustentável da natureza e assim, absorvendo e envolvendo a atenção de grupos, indivíduos partes interessadas, quanto à postura e atuação ecologicamente responsável das organizações.

20 2 Desse modo a problemática ambiental surge nas últimas décadas do século XX como um sinal mais eloqüente da crise da racionalidade econômica que conduziu o processo de modernização (LEFF, 2000). Bogo (1998, apud CAGNIN, 2000) afirma que os temas ambientais transformaram-se em um ponto crítico para as indústrias. Operar em conformidade com os regulamentos ambientais, arcar com a responsabilidade financeira por danos ambientais, melhorar a imagem e ganhar mercados em associação com uma nova ética social exigida pelos consumidores, minimizar barreiras comerciais não-tarifárias no mercado internacional, são algumas das questões ambientais enfrentadas pelas indústrias, com implicações no projeto de produtos, nas tecnologias dos processos e nos procedimentos gerenciais. Nesse contexto globalizado e altamente competitivo da atualidade, torna-se imperativa a necessidade de inovar, levando-se também em consideração os aspectos ambientais envolvidos. Para isso vêm sendo adotados modelos de avaliação de impactos ambientais com a abordagem sistêmica e de melhoria contínua através do sistema de gestão ambiental, deslocando assim as práticas tradicionais de produção. De fato, tais inovações interferem nos objetivos econômicos das organizações, mas se tais expectativas são importantes para a sociedade e para o mundo moderno, as instituições não têm outra escolha senão prover recursos para atender a essas reivindicações. Entretanto, é sabido que a adoção de parâmetros de controle, metas e princípios e práticas ambientais pode implicar na redução de custos, minimização nas gerações de resíduos sólidos e líquidos e maior aceitação da sociedade quanto à utilização aos seus produtos.

21 3 Nesse caminho de mudanças e inovações voltadas ao crescimento econômico e melhor desempenho ambiental é que surgem, a partir de meados da década de 90, uma proliferação de códigos voluntários de condutas que tratam de temas relacionados de algum modo com o meio ambiente e que se enquadram na categoria de acordos voluntários, como a BS 7750 e a série ISO De modo a estabelecer uma nova estrutura para gestão ambiental, o British Standards Institution (BSI), em 1992, lança a BS 7750, um ano antes da Eco- Management and Audit Scheme (EMAS). Em 1992 a International Organization for Stardadization (ISO) seguindo recomendações do Grupo Estratégico Consultivo sobre o meio ambiente (Stategic Advisory Grop Environment - Sage) decidiu dar forma a um comitê técnico internacional novo, ISO/TC 207 e, em 1996 é lançada a ISO 14001: 1996 e a ISO 14004: 1996, como um sistema voltado para o gerenciamento e viabilidade de modos sustentáveis de produção, bens e serviços. Assim, o trabalho analisa o sistema de gestão ambiental em empresas beneficiadoras de cacau localizadas no eixo Ilhéus-Itabuna, Bahia, Brasil, tendo como base referencial as normas da série ISO Parte-se da premissa de que o Sistema de Gestão Ambiental constitui um sistema voluntário, que agrega vantagens competitivas, caracterizando também a ocorrência de ações que mais se aproximem de modos de sistemas de gestão normatizados.

22 4 1.1 Objetivos específicos. Os objetivos desse trabalho estão subdivididos em objetivo geral e objetivos Geral Avaliar a implementação, gerenciamento e funcionabilidade do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas unidades industriais de cacau no eixo Ilhéus-Itabuna Específicos Avaliar a implementação e funcionabilidade do SGA nas unidades de moagem de cacau no eixo Ilhéus-Itabuna;

23 5 Avaliar as práticas de gestão ambiental nas atividades de moagem de cacau dentro da ótica da NBR ISO 14000; Identificar o nível de atuação quanto às práticas da gestão ambiental integrada nas empresas moageiras de cacau; Verificar se há influência mercadológica na adoção de sistemas de gestão ambiental nas indústrias de cacau. 1.2 Justificativa A modificação dos padrões de utilização do meio ambiente tem levado diversos setores da indústria a uma mudança de postura e adoção de meios para preservação ambiental. Além disso, as empresas podem lucrar com a prática da reciclagem, aproveitamento de matérias primas e energia. O meio utilizado por muitas empresas para atingir objetivos como, por exemplo, o melhor relacionamento com o mercado e maior competitividade, são as adesões voluntárias, como em questão, ao pacote ISO Essas normas, por serem reconhecidas em nível internacional propiciam aos que as aderem um envolvimento num processo contínuo de melhoria das condições operacionais e conscientização ambiental para seus funcionários, declarando e apresentando a importância e respectiva responsabilidade de cada agente da cadeia do processo produtivo.

24 6 Inúmeras conseqüências decorrem da não adoção de práticas de gestão ou gestão deficiente podem acarretar, como: Redução dos recursos naturais disponíveis (como água, energia); Aumento de incidência de doenças infecto contagiosas e respiratórias tendo como vetor resíduos sólidos (geração de pragas), água contaminada, emissões atmosféricas; Entorno de centros industriais que não possuem gestão ambiental local altamente passível de contaminações causando discriminação/ pobreza. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 1998), as punições ocorridas nas empresas se devem em grande parte a denúncias da vizinhança e fiscalização devido aos acidentes ambientais, mais destacados na região Nordeste. A importância desse trabalho está na análise do quadro de implementação do SGA no setor moageiro de cacau, empresas de expressão e representatividade no cenário econômico regional, visto que possuem como principal matéria prima o cultivo que tem sido a sustentação da região, o cacau. Para Gomes, Pires e Freire (2006?) aparentemente, a essência do sistema agrário regional pouco se alterou, com dependência econômica nesta cultura, mesmo após a crise 1 do cacau, estando pautada principalmente na monocultura do cacau, muito embora tenha havido aumento na diversificação produtiva na região como o café connilon, a apicultura, a fruticultura, além da criação de gado bovino. 1 Referência à crise no final da década de 80 no setor da atividade cacaueira baiana em decorrência da incidência da doença vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa) em 90 municípios produtores de cacau na Bahia, a expansão da cultura nos países africanos e asiáticos, somado aos altos estoques em poder dos países consumidores dando o poder de ditar os preços e tendências para o setor.

25 7 Conforme relatório 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região nordeste contempla 66,6% da produção de amêndoas de cacau do Brasil, sendo toda ela representada pela Bahia (sul da Bahia), seguido da região norte com 28,62 % especificamente nos estados de Rondônia, Amazonas e Pará. As regiões Sudeste (Espírito Santo) e Centro-Oeste (Mato Grosso) contribuem com 4,64% e 0,13%, respectivamente. Os principais países moageiros de cacau, segundo relatório do Internacional Cocoa Organization (ICCO, 2005/2006), são os Países Baixos com 470 mil toneladas, cerca de 14% das moagens mundiais, os Estados Unidos com 426 mil toneladas, Costa do Marfim com 360 mil toneladas, Malásia e Indonésia juntas com 147 mil toneladas, Alemanha com 302 mil toneladas e Brasil com 223 mil toneladas, este ocupando a 8ª posição com 6 % da moagem mundial por ano. Tais dados mostram que a Comunidade Européia participa com 42% das moagens, seguida pela América 25 %, Ásia e Oceania com 19 % e África com 15 %, (Quadro 1).

26 8 Quadro 1 Moagem do cacau no mundo Moagem de cacau no mundo PAÍSES 2005/2006 (mil ton/ano) 2005/2006 (%) Europa % Alemanha 302 9% Países Baixos % Outros % África % Costa do Marfim % Outros 147 4% América % Brasil 223 6% Estados Unidos % Outros 207 6% Asia e Oceania % Indonésia 120 3% Malásia 250 7% Outros 281 8% Total no mundo 3476 Fonte: Adaptado - ICCO, 2006 O maior parque moageiro do país encontra-se em funcionamento na Bahia. A Figura 1 apresenta as quatro principais empresas moageiras instaladas no sul da Bahia representando 80 % das empresas alocadas no Brasil, e suas respectivas participações no mercado nacional. São: a Cargill Agrícola S.A. com 33%, a Joanes ou ADM Cocoa com 23%, a Barry Callebaut com 22%, a Delfi Cacau com 13%. No estado de São Paulo, está instalada a Indeca com 9% de participação nacional (RIBEIRO, 2006).

27 9 INDECA DELFI 9% 13% CARGILL 33% BARRY 22% JOANES 23% CARGILL JOANES BARRY DELFI INDECA Figura 1 - Participação das empresas moageiras de cacau no Brasil Fonte: CEPLAC, Portanto, avaliar o comprometimento do empresariado, as mudanças comportamentais do setor e as possíveis restrições regionais frente a essas empresas quanto às questões ambientais e sua proximidade às normas ISO constitui um subsídio para que o poder público, empresas privadas e sociedade civil possam atuar de forma contínua para melhoria e preservação das condições ambientais para o setor produtivo regional.

28 10 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Evolução da questão ambiental Quando se fala do setor industrial, o crescimento desse ramo nas décadas de 40, 50 e 60 não considerava os aspectos relacionados à degradação do meio ambiente, visto que as questões ambientais não faziam parte da estratégia do negócio. Na década de 60, um grupo de cientistas, reunidos no chamado Clube de Roma, utilizando-se de modelos matemáticos, preveniu o mundo dos riscos de um crescimento econômico contínuo baseado em recursos naturais esgotáveis. Nessa

29 11 década também ocorre o surgimento dos primeiros movimentos ambientalistas, especialmente pelas questões de poluição do ar e da água. Fatos como o lançamento do livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962, que abordava perigos advindos do mau uso de agrotóxicos e conseqüências na cadeia alimentar e meio ambiente, suas 44 edições sucessivas despertam assim os movimentos internacionais sobre a perda da qualidade de vida presentes nessa década. A década de 70 é marcada pela realização da Conferência sobre Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia, em 1972, que colocou a questão ambiental nas agendas oficiais e nos programas das organizações intragovernamentais. Nessa convenção, a postura do Brasil foi em prol do desenvolvimento, demonstrando ser um país aberto sem restrições a instalação de empresas com potencial poluidor. Com o intuito de rotular produtos ambientalmente corretos surge na Alemanha, em 1978, o I selo ecológico, o Anjo Azul. Na Tabela 1 estão os selos de produtos e seus respectivos ano de surgimento e país de origem. São selos que atestam o consumo de produtos fabricados em condições que não degradam o meio ambiente.

30 12 Tabela 1 Selos ambientais de produtos SELOS AMBIENTAIS DE PRODUTOS Pais Nome do Programa Data de criação Alemanha Blue Angel 1978 Canadá Environmental Choice 1988 Japão Eco Mark 1989 Estados Unidos Green Seal 1989 Países Nórdicos White Swan 1989 Suécia Good Environmental Choice 1990 Nova Zelândia Environmental Choice 1990 Áustria Austrian Eco-Label 1991 Austrália Environmental Choice 1991 França NF Environmental 1992 European Union European Flower (Eco-Label) 1992 Fonte : Promanagement Analysis Assesoria LTDA, São Paulo, Entre as décadas de 70 e 80, grandes acidentes ambientais marcaram o mundo, levando a constatação do progressivo caminho de destruição que o homem havia trilhado. No Quadro 2, mostra-se a evolução dos conceitos relacionados aos temas ambientais por parte das indústrias no que diz respeito a princípios de controle em uma linha de produção, as preocupações ambientais em foco aliadas aos fatos marcantes como aos grandes acidentes ambientais, os profissionais envolvidos nas questões ambientais levando até a multi-disciplinaridade nas mais diversas áreas de formação, as ferramentas ambientais utilizadas no decorrer das décadas de 70, 80, e 90, até chegarmos ao emprego da filosofia da gestão ambiental e a publicação da ISO

31 13 Quadro 2 Evolução dos conceitos relacionado ao meio ambiente frente às indústrias. EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DOS TEMAS AMBIENTAIS FRENTE AS INDÚSTRIAS Década de 70 Década de 80 Década de 90 Filosofia Controle Planejamento Gestão Princípios de Controle Fim de Linha Reciclagem Recuperação Redução Prevenção da poluição Preocupações Poluição do ar, águas Recursos não renováveis Contaminação de solos Acidentes Camada de Ozônio Aquecimento Global Biodiversidade Desenvolvimento Sustentável Produtos Profissionais Envolvidos Engenheiros Técnicos de ciências ambientais (biólogos, Geógrafos, etc) Políticos Advogados Economistas Administradores Ferramentas - EIA RIMA Auditorias Análise de riscos Atuação responsável SGA Selos Ecológicos Avaliação do Ciclo de Vida Fatos Marcantes Conferencia de Estocolmo (72) Bhopal (84) Chernobyl (86) Exxon Valdz (89) petróleo Conferência Rio de Janeiro (92) ISO (96) Fonte: Promanagement Analysis Assesoria LTDA, São Paulo, 2004.

32 14 A publicação da ISO na década de 90, respondeu a uma seqüência de acontecimentos no decorrer da década de 80. Especificamente em 1984, a pedido do Secretário-geral das Nações Unidas, foi criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento para avaliar os avanços do processo de degradação ambiental e a eficácia de políticas ambientais para enfrentá-los. Depois de três anos de estudos, deliberações e audiências públicas, a Comissão publicou suas conclusões num documento intitulado Nosso Futuro Comum ou Relatório de Bruntland. O relatório trata de preocupações, desafios e esforços comuns como: a busca do desenvolvimento sustentável, o papel da economia internacional, população, segurança alimentar, energia, indústria, desafio urbano e mudança institucional. Assim, começou a figurar-se uma estratégia política para sustentabilidade ecológica do processo de globalização e como condição para sobrevivência do gênero humano, através do esforço compartilhado de todas as nações do orbe. Surge aí o termo desenvolvimento sustentável que foi definido como um desenvolvimento que permite satisfazer as necessidades da população atual sem comprometer a capacidade de atender as gerações futuras (LEFF, 2001). O Relatório de Bruntland oferecia uma perspectiva renovada à discussão da problemática ambiental e do desenvolvimento. Com base nisso foram convidados todos os chefes de Estado do planeta à Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, celebrada no Rio de Janeiro, em 1992, chamada Rio 92. Nesta Conferência foi elaborado e aprovado um programa global, conhecido

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