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1 1 DIREITO PROCESSUAL PENAL PONTO 1: Incidente de insanidade mental continuação PONTO 2: Medidas assecuratórias 1. Incidente de insanidade mental continuação: - Procedimento: Verificando-se, a partir das características da pessoa que praticou o fato delituoso, bem como do fato delituoso em si, bem como requerida a instauração por alguma das partes ou de ofício pelo Juiz, será determinada a sua atuação em apartado, determinando-se a suspensão do processo enquanto durar a tramitação do incidente. Trata-se de uma questão prejudicial homogênea, não podendo o Juiz proferir sentença sem que o incidente esteja concluído. Uma vez determinada a sua instauração, deverá ser verificada a situação do réu tanto na data da prática do fato, como no momento atual. O prazo máximo para a sua conclusão é de 45 dias, salvo necessidade maior de prazo quando houver requerimento dos peritos (art. 150, 1º 1, CPP). Tempo da infração Momento atual Momento da sentença a) Capaz Capaz Condenatória ou absolutória própria b) Plenamente capaz Incapaz c) Incapaz Semi-imputável d) Incapaz Capaz Absolvição própria a) Verificado que o réu era capaz no momento da prática do fato, bem como capaz no momento atual, o Juiz vai determinar que o incidente seja apensado aos autos principais, dando vista as partes para que se manifestem, podendo homologar o laudo se não homologá-lo, irá determinar a realização de uma nova perícia, e dará prosseguimento normal ao processo, que até então estava parado. A sentença, neste caso, poderá ser condenatória ou absolutória própria. b) Nesta hipótese, preliminarmente, a lei não faz distinção quanto ao grau de incapacidade. Não interessa, portanto, se a incapacidade é total ou parcial. O juiz homologa o laudo, apensa 1 Art. 150, 1 o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo.

2 2 o incidente ao processo principal, determina vista as partes, bem como que o processo continue suspenso até que: 1) que o réu recupere a sua capacidade; 2) que haja a extinção da punibilidade, por exemplo, pela prescrição. O caso aqui narrado encontra previsão legal no art do CPP, devendo o feito seguir suspenso, mas a prescrição não. Caso o réu recupere a sua capacidade, o processo terá seguimento normal até o momento da sentença, que poderá ser condenatória ou absolutória. Obs: Nesse caso, o Juiz deverá submeter o réu a perícias periódicas (a lei não fixa a periodicidade). Pode ocorrer que o indivíduo esteja perigoso, bem como estejam presentes os requisitos para a decretação da prisão preventiva. Neste caso, o Juiz poderá decretá-la e determinar a sua conversão em internação. Caso o réu esteja preso, mas não mais subsistam os requisitos da prisão preventiva, e não mais seja caso de internação, porque o réu não está se submetendo a tratamento, entende o STJ que o Ministério Público pode buscar a sua internação para tratamento na esfera cível há uma corrente que entende que essa internação civil somente é possível quando presentes os requisitos da prisão preventiva. Poderá haver, não obstante a suspensão do processo, a produção de provas urgentes. Obs: as questões prejudiciais homogêneas não suspendem a prescrição. Apenas as questões prejudiciais heterogêneas que suspendem a prescrição. c) Réu ao tempo do fato incapaz: Os peritos, nesse caso, deverão, obrigatoriamente, explicar se o réu era inimputável, caso em que incide o art. 26 3, caput, do CP, ou se era semi-imputável, caso em que se aplica o 2 Art Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o 2 o do art. 149.

3 3 art. 26, parágrafo único 4 do CP. Se o réu era totalmente incapaz de entender o caráter ilícito ou de se determinar de acordo com esse entendimento, o Juiz determinará que o processo tenha prosseguimento, nomeando-lhe o curador (advogado), até sentença. Esta sentença poderá tanto ser absolutória própria, como absolutória imprópria. Caso o Juiz entenda que, além da ausência de culpabilidade, estiver ausente, por exemplo, prova da materialidade, autoria, tipicidade ou ilicitude, deverá absolvê-lo propriamente. Isso porque o réu tem direito de que o Juiz siga até o final, mesmo que inimputável, já que poderá ser absolvido propriamente. Esta a razão pela qual se prevê na parte final do inciso II do art do CPP a seguinte expressão o juiz deverá absolver desde logo, o acusado, desde que reconheça: causa que exclua a culpabilidade, salvo inimputabilidade. Essa a prova maior de que a absolvição imprópria é ruim para o réu, não podendo ser imposta se não ao final do processo. A corroborar esse entendimento, veja-se a Súmula do STF. A natureza jurídica da sentença absolutória imprópria, legalmente falando é simplesmente absolutória; para a doutrina é absolutória imprópria, pois pode implicar privação da liberdade e, para Boschi é constitutiva, pois cria-se um estado jurídico novo, até então inexistente ninguém pode ser considerado inimputável antes do trânsito em julgado desta sentença. Além disso, é imprescindível que haja contraditório para que o Juiz aplique essa medida somente sendo cabível em sentença. A exceção fica por conta do término da primeira fase do procedimento escalonado do Tribunal do Júri: desde que a inimputabilidade seja a única tese 3 Inimputáveis Art É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 4 Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 5 Art Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente 6 Súmula 422 do STF: A absolvição criminal não prejudica a medida de segurança, quando couber, ainda que importe privação da liberdade.

4 4 da defesa, é possível que o Juiz absolva sumariamente de forma imprópria, ao contrário do que ocorre no já mencionado art. 397, II, parte final, do CPP. Nesse caso, o réu somente vai a Júri se houver tese também de absolvição própria art. 414, parágrafo único 7, do CPP. O réu inimputável jamais poderá ser condenado. Obs: art. 397, CPP é uma decisão interlocutória mista e não uma sentença, devido a expressão inimputabilidade. Prazo de duração da medida de segurança: Quando a medida tiver sido aplicada no processo de conhecimento, segundo a lei não há prazo máximo de duração. Este entendimento, no entanto, já está superado a tempo pela jurisprudência. O STJ, bem como o TJRS, entendem que o máximo é o da pena cominada em abstrato. O STF, ainda entende, com ressalvas, que a duração máxima deve ser de acordo com o art do CP, ou seja, o máximo de 30 anos. Esta última posição é criticada por trazer de volta o sistema duplo binário, ao confundir pena com medida de segurança. Caso o réu continue, mesmo após escoado o prazo máximo, dizem os Tribunais que o réu internado/interditado civilmente, ficando exatamente a onde está, caso persista a periculosidade. Em qualquer caso, a prescrição da medida de segurança é regida pela pena máxima cominada em abstrato, salientando-se que não cabe prescrição retroativa e prescrição intercorrente da medida de segurança. Além disso, a sentença absolutória imprópria não é marco interruptivo para a prescrição. Se o réu for absolvido propriamente, mas for perigoso, deverá ser encaminhado para uma internação civil. 7 Art Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. 8 Art O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.

5 5 Caso do semi-imputável: A perícia verifica que o réu ao tempo do fato, tinha capacidade ou incapacidade parcial para entender o caráter ilícito ou de se portar de acordo com esse entendimento. Para o semiimputável, as soluções são as seguintes: - Absolvição própria, conforme algum dos incisos do art do CPP. - poderá ser condenado e, dependendo do grau de periculosidade, ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3 (essa redução é obrigatória, conforme entendimento atual, pois se ingressa nos chamados direitos públicos de liberdade do réu). Nesse caso, apenas será possível o cumprimento da pena porque o réu não apresenta periculosidade acentuada. Caso o réu tenha periculosidade acentuada, a pena não será aplicada, devendo o réu cumprir medida de segurança. Como se trata de medida de segurança aplicada em processo de conhecimento, não há qualquer correspondência de tempo máximo em relação a pena que foi aplicada. Valem as mesmas observações feitas, quanto a duração, em relação ao inimputável, principalmente no tocante as três posições. O semi-imputável jamais poderá ser absolvido impropriamente, ou seja, ou é absolvido propriamente ou é condenado. d) Incapaz no momento do fato e capaz no momento atual: Nesse caso, como réu era incapaz no momento do fato e tornou-se plenamente capaz no momento atual, a sentença deverá ser absolutória própria. Isso porque no momento do fato era incapaz, logo não poderá ser imposta pena. No momento atual é capaz, não mais havendo periculosidade, que é o pressuposto para a imposição de medida de segurança. Em assim sendo, resta-lhe a aplicação da sentença absolutória própria. 9 Art O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal; IV estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; V não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; VI existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e 1 o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII não existir prova suficiente para a condenação.

6 6 - Incidente instaurado no Inquérito Policial: O incidente de insanidade mental instaurado na fase do IP jamais acarreta a sua suspensão, somente a do processo. Se o IP for concluído antes de acabado o incidente, o MP, se for o caso, ofereça a denúncia normalmente. O Juiz, ao recebê-la, determinará a suspensão do processo até que o incidente esteja concluído. Se, ao contrário, o incidente estiver finalizado antes do término do IP, ele ficará aguardando na respectiva vara, até que esteja concluído o IP. Nesse caso, o incidente será apensado ao IP e, após remetido ao MP para, se for o caso, oferecer denúncia. O Juiz, ao recebê-la, deverá determinar o prosseguimento do processo, ou não, conforme a conclusão do laudo. Exemplo: se o réu era capaz ao tempo do fato e tornou-se incapaz no momento atual, deverá o Juiz suspender o processo, de acordo com o disposto no art do CPP. - Incapacidade na execução da pena (superveniência de doença mental): Ao contrário do que foi visto em relação a imposição de medida de segurança na fase do processo de conhecimento, o tratamento aqui é diverso. Em assim sendo, deve se observar se a cura é provável ou improvável. Se a cura for provável, aplica-se o art do CP, devendo o réu ser internado e, assim que curado, retornar para cumprir o restante da pena privativa de liberdade imposta. Cura improvável: nesse caso, aplica-se o art da LEP, que trata de um incidente da LEP, que transforma a pena em medida de segurança. O correto é sempre que o Juiz 10 Art Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o 2 o do art Superveniência de doença mental Art O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. 12 Art Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança.

7 7 primeiro interne e, somente após, proceda a conversão, a fim de que tenha certeza sobre o estado real de saúde psíquica do acusado. Tudo porque o alegado pode não passar de uma burla ao tempo de pena que lhe fora imposto. Com relação ao prazo de duração desta medida superveniente, a jurisprudência é uníssona: é o prazo da pena que falta. Se a cura for provável o prazo de internação é descontado do tempo de pena. 2. Medidas assecuratórias - arts. 125 a 144 do CPP: Estas medidas assim tratadas irão se transformar em cautelares reais no novo Código de Processo Penal. São medidas cautelares regulamentadas dentro do CPP que tem por objetivo dar efetividade a alguns efeitos extrapenais e automáticos da sentença penal condenatória, principalmente para garantir a reparação do dano causado pela prática da infração penal, bem como para que se efetive a perda dos objetos ilícitos havidos em razão da prática da infração penal. O art. 91, I 13, do CP, diz que a sentença penal condenatória transitada em julgado torna certa a obrigação de reparar o dano causado. Havendo condenação do crime, existe, de certa forma, dependência no cível, conforme art do CPP. Nesses casos, a partir da reforma ocorrida em 2008, a sentença penal condenatória transitada em julgado passou a ser título executivo judicial, devendo ser executado imediatamente na esfera cível, conforme art. 63, parágrafo único 15, do CPP. Até o valor mínimo, executa-se. O valor que se entende cabível a mais, deverá ser objeto de liquidação. 13 Art São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. 14 Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. 15 Art. 63. Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.

8 8 Obs: há uma corrente que entende que o valor mínimo deve ser postulado na inicial (denúncia ou queixa), sob pena de se ferir o princípio da correlação. Enquanto não houver trânsito em julgado da sentença penal condenatória, assecuratórias do CPC não socorrem a vítima, pois se exigiria que a ação principal fosse intentada no prazo de 30 dias. Além disso, mesmo que a vítima já possa ingressar imediatamente com uma ação civil de reparação do dano, poderá o Juiz suspendê-la até que haja sentença penal condenatória transitada em julgado (art do CPP). Enquanto não transitar em julgado a sentença penal condenatória não corre a prescrição da ação civil. - Sequestro de bens imóveis art do CPP: Destina-se a bens imóveis adquiridos com produto da infração de forma ilícita. Não interessa em nome de quem esteja. Assim, podem estar em nome do investigado (na fase do IP), em nome do réu, ou em nome de terceiro, ainda que aparentemente de boa-fé (art. 125, CPP). Obs: parte da doutrina sustenta que o terceiro de boa-fé não pode ter o bem sequestrado, exatamente porque está de boa-fé. Na verdade, neste caso, cabe a quem requereu a medida provar que o terceiro está de má-fé. Ou seja, o terceiro apenas alega a boa-fé, não precisando prová-la. Se o bem estiver em nome do réu, há inversão do ônus da prova, cabendo ao réu provar a origem lícita do bem. Pressuposto da medida: É que haja indícios veementes de que o bem adquirido tem origem ilícita divórcio entre o patrimônio do indiciado e a realidade dos seus rendimentos. 16Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. 17 Art Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.

9 9 Legitimidade e momento para a postulação da medida: A medida tanto pode ser requerida na fase do IP ou antes dele IP, Comissão parlamentar de Inquérito (CPI), investigação do MP, investigação do TCU. Não é preciso que haja IP instaurado, podendo ser em qualquer outro procedimento investigatório. Legitimados: - Juiz de oficio ou a requerimento; - MP; - ofendido; - Delegado. Se a medida ocorrer, por exemplo, no curso de uma CPI, deve haver representação ao Delegado ou ao MP, que deverão representar ao Juiz. O sequestro é uma medida que admite defesas previstas em lei e também admitidas certas impugnações pela jurisprudência. Pela lei são cabíveis embargos, de cognição plenária ou plena e previstos nos artigos e do CPP. A jurisprudência admite duas outras formas de impugnação: apelação (art. 593, II 20, CPP) e o mandado de segurança. No mandando de segurança, o presidente de CPI pede ao Juiz diretamente o seqüestro do bem imóvel. Trata-se de flagrante ilegalidade, sendo atacável pela via do mandado de segurança. - Embargos (arts. 129 e 130 do CPP): O art. 130 do CPP diz que os embargos somente poderão ser julgados após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Isso porque a prova produzida pode ser importante para o processo. 18 Art O seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro. 19 Art O seqüestro poderá ainda ser embargado: I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da infração; II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé. 20 Art Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior.

10 10 Em relação ao terceiro, não se aplica esta regra, incidindo o art. 129 do CPP, não necessitando aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Inclusive, o terceiro poderá levantar o seqüestro antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, desde que preste caução (art. 131, II 21, CPP). Obs: na lei de drogas o réu é intimado e prova, imediatamente (5 dias), a origem lícita do bem, devendo o juiz restituir o réu (imediatamente). Então, se na lei de drogas, cujos crimes são de natureza mais grave não há previsão da dificuldade estabelecida no CPP que exige o trânsito em julgado. Fica demonstrado que não há parâmetro entre os institutos. O sequestro do bem o torna somente indisponível, não privando do uso ou dos frutos. Além disso, a medida incide sobre quaisquer bens, não incidindo as restrições sobre a impenhorabilidade, cuja lei 8009, no art. 3º 22, excepciona com relação a bens adquiridos da prática de infração penal. Levantamento da medida: 1) Quando a ação penal não for intentada no prazo de 60 dias, a partir da data da inscrição no registro imobiliário. 2) Quando terceiro que comprou imóvel prestar caução idônea. 3) Quando a sentença for absolutória ou extintiva da punibilidade. 4) Quando os embargos forem julgados procedentes. 21 Art O seqüestro será levantado: II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que assegure a aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal. 22 Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III - pelo credor de pensão alimentícia; IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.

11 11 O sequestro é uma medida que se inicia e acaba no juízo criminal, pois quem faz a sua venda é o Juiz do crime. Não se aplica, portanto, a regra do artigo do CPP, que incide somente a hipoteca legal. - Seqüestro de bens móveis art do CPP: É idêntico ao seqüestro de bens imóveis em tudo. Trata-se, na verdade, de medida residual a busca e apreensão. Ou seja, o seqüestro de bem móvel somente será cabível quando não o for a busca e apreensão prevista no art do CPP. Assim, o seqüestro destina-se ao produto indireto da infração penal, ao passo que a busca e apreensão destina-se ao produto direto dela. Ex: A furta um veículo, para que se busque o veiculo - busca e apreensão. Ex2: A furta m veiculo, vende-o e fica com o dinheiro seqüestro. Porém, se sabe a nota do veículo - busca e apreensão (produto direto da infração). Procedimento: A lei não prevê que o individuo será avisado do sequestro. Aqui, a doutrina diverge sobre a natureza da comunicação: a) alguns falam em citação; b) alguns falam em intimação. O certo é que a partir desta notificação o réu poderá apresentar embargos, cuja lei não fixou prazo. Para os que entendem que se trata de intimação esse prazo é até o dia anterior ao do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Essa posição era dominante. No entanto, com advento da lei de drogas existe prazo para que o réu se manifeste, entendendo-se que ele será citado e que o prazo é de 5 dias, também em analogia ao art do CPC. 23 Art Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível (art. 63). 24 Art Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro. 25 Art A busca será domiciliar ou pessoal. 26 Art O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir.

12 12 Oferecidos os embargos, o processo ficará suspenso até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Se a sentença for absolutória, haverá levantamento da medida e se for condenatória, o Juiz julgará os embargos. Se procedentes, levanta-se a medida. Se improcedentes, determina-se a avaliação e venda judicial dos bens, se imóvel hasta publica e se móvel leilão e com o dinheiro arrecadado deve-se ressarcir a vítima e, se sobrar dinheiro ao terceiro de boa-fé e a União, conforme art. 133, parágrafo único 27, do CPP. 27 Art Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.

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