Conferência Reabilitação Urbana Competitividade e dinâmica das cidades

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Arthur Brandt Barroso
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Assembleia da República Grupo Parlamentar

1 Conferência Reabilitação Urbana Competitividade e dinâmica das cidades Reabilitação, arrendamento e sustentabilidade social Helena Roseta Assembleia da República Grupo Parlamentar do PSD A globalização financeira fez mudar a escala das cidades 1

O solo urbano é disputado por interesses cada vez mais

exponencialmente nos últimos 30 anos Evolução histórica do

40 33 45 20 9 21 0 Século XII Século XVI Século XIX Século

2 O solo urbano é disputado por interesses cada vez mais fortes Em Portugal, o número de cidades cresceu exponencialmente nos últimos 30 anos Evolução histórica do número de cidades em Portugal Século XII Século XVI Século XIX Século XX - até 1979 Século XX - até 1989 Século XX - até 2001 Dados de

demográfica dos grandes centros urbanos e a morte das aldeias são duas faces do mesmo declínio, embora por razões diferentes:

3 Muitas das nossas grandes cidades têm estado em declínio demográfico Variação demográfica das maiores cidades portuguesas ( ) Braga Gaia Coimbra Amadora Almada Funchal Porto Lisboa Dados de 2001 A perda demográfica dos grandes centros urbanos e a morte das aldeias são duas faces do mesmo declínio, embora por razões diferentes: nas aldeias não há emprego, nas cidades o mercado de habitação está cheio de desequilíbrios. O que tem crescido são as periferias. 3

Quando a cidade cresce, o solo no centro fica mais caro. Muitas actividades são expulsas para mais longe.

Reabilitação urbana e mercado de arrendamento Há uma grande conexão entre mercado de arrendamento e

Quando o mercado de arrendamento não funciona correctamente, os edifícios entram em ruína e as cidades em

4 Quando a cidade cresce, o solo no centro fica mais caro. Muitas actividades são expulsas para mais longe. O subúrbio é a cidade sem referências. Reabilitação urbana e mercado de arrendamento Há uma grande conexão entre mercado de arrendamento e reabilitação urbana. Quando o mercado de arrendamento não funciona correctamente, os edifícios entram em ruína e as cidades em declínio demográfico. A procura de casa própria mascarou este fenómeno, mas a crise financeira e de acesso ao crédito está a conduzir-nos a um impasse há casas a mais em Portugal, mas nem todas estão onde são precisas e a maioria não está no mercado de arrendamento. 4

5 Fogos vagos para arrendar em 2011 Zona Geográfica Alojamentos familiares clássicos Vagos Total Total Para arrendar Portugal Lisboa AML Lisboa cidade Fonte Censo 2011 A percentagem de fogos vagos diminuiu no país mas cresceu nas cidades e nas suas periferias. Em Lisboa, quase duplicou em 20 anos. Evolução de fogos vagos entre 1991 e 2011, em percentagem do total 20,0% 15,0% 11,0% 11,0% 12,5% 12,0% 12,5% 14,0% 15,6% 10,0% 9,0% 9,0% 5,0% 0,0% Portugal Lisboa AML Lisboa cidade

6 Os titulares com menos de 40 anos são menos que os titulares idosos. Em Lisboa, os titulares com mais de 60 anos são quase metade de total Titulares jovens e idosos em 2011 em percentagem do total de arrendamentos 60,0% 40,0% 29,2% 36,8% 27,0% 42,3% 23,5% 49,3% 20,0% 0% 0,0% Portugal Lisboa AML Lisboa cidade Titular com menos de 40 anos titular com mais de 60 anos Há um elevado número de fogos com uma só pessoa. Em Lisboa são 35%. Percentagem de fogos com uma pessoa 40,0% 35,5% 30,0% 26,5% 29,9% 20,0% 10,0% 0,0% Portugal Lisboa AML Lisboa cidade 6

23,6% Índice de envelhecimento entre 1991

0 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

LVT Lisboa Idade dos Edifícios 1991 2001

7 Concentração de Idosos Residentes com mais de 64 anos -Cidade 1991: 18,7% 2001: 23,6% Índice de envelhecimento entre 1991 e A população de Lisboa é quase duas vezes mais envelhecida que a da região e do país Portugal LVT Lisboa Idade dos Edifícios Idade Média Idade Média Portugal 36,2 33,9 Lisboa (NUT II - Lis. + Set.) 32,0 32,3 Lisboa (Concelho) 50,9 53,8 Fonte Censos de 1991 e

8 O coração das cidades está envelhecido (edifícios e população) e o mercado de arrendamento bloqueado é preciso actuar ao mesmo tempo na RU e no arrendamento. A situação é mais crítica nos centros urbanos. Não há alternativa para os jovens. Rendas baixas e rendas altas em 2011 Percentagem de rendas inferiores a 50 e superiores a ,0% 20,0% 21,3% 20,0% 19,7% 18,3% 23,1% 10,0% 10,2% 0,0% Portugal Lisboa AML Lisboa cidade <50 >500 8

9 Portugal - Distribuição dos alojamentos arrendados por data do contrato 19% Lisboa - AML - Alojamentos arrendados por data do contrato 23% 47% 11% 45% 12% 3% 12% 8% 10% 3% 7% Antes de 1975 Lisboa cidade - Distribuição dos alojamentos arrendados por Entre 1975 e 1986 Entre 1987 e 1990 Entre 1991 e 2000 Entre 2001 e 2005 data do contrato Entre 2006 e 2011 Antes de 1975 Entre 1975 e 1986 Entre 1987 e 1990 Entre 1991 e 2000 Entre 2001 e 2005 Entre 2006 e % 27% 13% 11% 10% 3% Antes de 1975 Entre 1975 e 1986 Entre 1987 e 1990 Entre 1991 e 2000 Entre 2001 e 2005 Entre 2006 e 2011 A percentagem de fogos de propriedade pública é baixa e sobe em Lisboa e Porto, explicando parte do valor das rendas baixas. Percentagem de fogos públicos e privados 120,0% 100,0% 80,0% 60,0% 86,3% 85,4% 75,6% 40,0% 20,0% 0% 0,0% 13,7% 14,6% 24,4% Portugal Lisboa AML Lisboa cidade Fogos públicos Fogos privados 9

10 Áreas de consenso Flexibilizar o regime jurídico da reabilitação urbana reforma legislativa em curso Mudar a lei do arrendamento - reforma legislativa em curso Financiar a reabilitação urbana não há medidas conhecidas Regime fiscal para arrendamento igual a outros investimentos não há medidas conhecidas Áreas em falta Alternativas para arrendamento acessível, incluindo arrendamento jovem não se conhecem as iniciativas previstas NRAU social não se conhecem propostas Combate mais efectivo ao fenómeno dos fogos devolutos a penalização do IMI não está a dar resultados 10

11 Iniciativas da CML Programa Local de Habitação PLH Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária BIP/ZIP Estratégia de Reabilitação Urbana 2011/ ERU Programa de Valorização do Património PVP Propostas da Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa 1 Delimitação de ARU e das Áreas de Reabilitação Sistemática 2 Novos Planos de Reabilitação e Salvaguarda 3 Inspecção Técnica Ficheiro do Estado de Conservação 4 Incentivos à reabilitação de obras particulares. Créditos de Construção 5 Via Verde no Licenciamento 6 Programa Comparticipado p de Apoio aos Condomínios 7 Programa de Obras Convencionadas 8 Volante de Fogos para Realojamento Temporário 9 Dinamização do mercado de arrendamento acessível 11

12 Programas de Intervenção do PVP Programas de Venda Directa Venda Directa a Moradores - RAIM Venda Directa a Terceiros (modelo A) Hasta pública ou leilão Venda Directa a Jovens (modelo A) Sorteio com preço fixo Programa Reabilita Primeiro Paga Depois (modelo B) Programa Reabilita Arrenda Devolve (modelo D) Programa de Venda Faseada a moradores; RAIM alterado Programas de Renda Convencionada Renda Convencionada mercado intermédio, rendas abaixo do valor de mercado Renda Convencionada Jovem (modelo E) idem, associado a Porta 65 Jovem Programa de Arrendamento Estudante (modelo E) Projectos complementares do PVP Casas para quem precisa Verificação da ocupação dos fogos municipais e da condição de recurso dos agregados familiares ITE municipal Verificação do estado de conservação dos fogos municipais e respectivos edifícios Site Re-Habitar Lisboa Bolsa dinâmica de venda/arrendamento de património municipal 12

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