PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA LATO SENSU EM ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA LATO SENSU EM ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Especialização Fontes de Financiamento de Entidades do Terceiro Setor: Contribuição e Relevância das Isenções e/ou Imunidades Tributárias. Autora: Lucyany Minzé Batista Santos Orientador: Dr. José Luiz Barros Fernandes BRASÍLIA Lucyany Minzé Batista Santos 2010

2 2 LUCYANY MINZÉ BATISTA SANTOS FONTES DE FINANCIAMENTO DE ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR: CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DAS ISENÇÕES E/OU IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração Financeira da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista em Finanças. Orientador: Prof. Dr. José Luiz Barros Fernandes. Brasília DF 2010

3 3 FOLHA DE APROVAÇÃO FONTES DE FINANCIAMENTO DE ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR: CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DAS ISENÇÕES E/OU IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Trabalho de autoria de Lucyany Minzé Batista Santos, intitulado Fontes de financiamento de entidades do terceiro setor: contribuição e relevância das isenções e/ou imunidades tributárias, apresentado como requisito parcial para obtenção do Certificado de Especialista em Administração Financeira da Universidade Católica de Brasília, aprovado em / /, pela banca examinadora abaixo assinada: Professor Dr. José Luiz Barros Fernandes Orientador Professor Dr. Alberto S. Matsumoto Examinador Professor Dr. Abdelkader Bourahli Examinador Brasília DF 2010

4 4 AUTORIZAÇÃO FONTES DE FINANCIAMENTO DE ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR: CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DAS ISENÇÕES E/OU IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Lucyany Minzé Batista Santos A autora da pesquisa autoriza a Universidade Católica de Brasília UCB, por intermédio da Direção do Curso de Administração, a produzir cópias, emprestar ou mesmo submeter à pesquisa, a congressos, revistas ou qualquer outro meio de comunicação científica. Também fica autorizado que a pesquisa, a critério do Curso de Administração, seja submetida à análise e contribuição de outra(s) pessoa(s) e que essa(s) figure(m) como autora(s) da mesma. Não será, portanto, necessária qualquer autorização prévia por parte do autor para a execução dos atos de gestão a serem tomados pela Universidade Católica de Brasília. Águas Claras Taguatinga DF; 27 de agosto de 2010.

5 5 DEDICATÓRIA A Deus, que sempre ilumina a minha vida, e que acaba de me conceder mais uma dádiva: a de ser mãe! Ao meu filhinho querido que, apesar de ainda estar no meu ventre, não me deixa dúvidas de que abrilhantará ainda mais a minha existência. Ao meu esposo, aos meus pais, à minha irmã, pelo amor, dedicação e felicidade com que estão presentes em minha vida.

6 6 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por me guiar para percorrer no caminho correto, me concedendo o alcance de mais essa vitória. A Eudes, meu esposo, pelo amor, carinho, companheirismo, apoio e compreensão a mim dispensados. Aos meus pais, que mais de si não poderiam ter me doado, abdicando de tudo em nome das filhas. À minha irmã Tatyany, sempre companheira. Ao meu Professor Orientador, Dr. José Luiz, por toda dedicação e pelas suas valiosas orientações.

7 7 FONTES DE FINANCIAMENTO DE ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR: CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DAS ISENÇÕES E/OU IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 1 Lucyany Minzé Batista Santos 2 José Luiz Barros Fernandes 3 RESUMO O presente trabalho objetiva tratar das fontes de financiamento de entidades do terceiro setor, focando seu estudo primordialmente nas contribuições das isenções e/ou imunidades tributárias para essas entidades, visando demonstrar a importância dessas entidades no cenário atual das questões sociais. Tem-se que o terceiro setor corresponde ao cenário de instituições que possuem autonomia e administração própria, e que atuam voluntariamente junto à sociedade. Justamente por estarem diretamente ligadas ao bem-estar da sociedade, o Estado concede algumas regalias fiscais e tributárias às organizações do terceiro setor as imunidades e/ou isenções tributárias, quando aqui foi possível constatar e concluir que supracitadas vantagens fiscais e tributárias tratam-se, na grande maioria das vezes, de um fator decisivo na atuação e manutenção das entidades do terceiro setor, sendo vital à sua sobrevivência, posto que, não raras vezes, as entidades do terceiro setor somente conseguem a sua sustentabilidade em virtude de serem imunes e/ou isentas de certos tributos. Por fim, citese que para se atingir os objetivos propostos pelo presente estudo, a pesquisa em tela se constitui em uma pesquisa descritiva bibliográfica e documental. PALAVRAS-CHAVE: Terceiro Setor. Entidades sem Fins Lucrativos. Importância. Contribuição. Imunidade. Isenção. 1. INTRODUÇÃO 1 Artigo de Conclusão de Curso de Especialização em Administração Financeira pela Universidade Católica de Brasília. 2 Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Administração Financeira pela Universidade Católica de Brasília. 3 Professor Doutor e Orientador do presente Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Administração Financeira pela Universidade Católica de Brasília.

8 8 O presente artigo de conclusão de curso objetiva tratar das fontes de financiamento de entidades do terceiro setor, realizando uma breve abordagem acerca do tema, focando seu estudo primordialmente nas contribuições das isenções e/ou imunidades tributárias para essas entidades, tudo isso visando facilitar a compreensão da importância dessas entidades no cenário atual das questões sociais, demonstrando que as entidades do terceiro setor cada vez mais se firmam como uma alternativa para a solução dos problemas de desigualdades sociais, tentando suprir as necessidades sociais não atendidas pelas atividades dos setores governamental e privado. Nesse contexto, pode-se desde já depreender que o presente estudo se justifica especialmente em virtude da relevância das entidades do terceiro setor não somente no cenário sócio-financeiro nacional atual, mas sim também no cenário mundial, contribuindo bastante para a evolução social, o que, por sua vez, é mais que suficiente para justificar a escolha do tema em apreço como objeto do presente estudo. Sabe-se que a organização de uma sociedade é constituída por três setores: o primeiro setor, representado pelo governo e responsável pelas questões sociais; o segundo setor, o setor privado, responsável pelas questões lucrativas e individuais; e o terceiro setor, setor esse constituído por organizações sem fins lucrativos e não-governamentais, e que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. Sendo assim, desde já se pode compreender que o terceiro setor corresponde justamente ao cenário de organizações cujo objetivos principais são sociais, e não econômicos, instituições essas que possuem autonomia e administração própria, e que atuam voluntariamente junto à sociedade, quando se podem destacar as figuras das instituições de caridade, das organizações comunitárias, das associações profissionais, das organizações religiosas, bem como de outras organizações voluntárias que compõem o terceiro setor. Importante frisar que tratar do tema das imunidades e isenções tributárias concedidas às entidades do terceiro setor é se voltar a um tema muito discutido hoje em dia, quando se sabe que esses benefícios oferecidos pelo Código Tributário Nacional exigiram das entidades do terceiro setor o preenchimento de certos requisitos, como, por exemplo, aplicar recursos no desenvolvimento de seus objetivos; manter escrituração completa e não remunerar seus dirigentes por serviços prestados; dentre outros. Diante disso, e em virtude de o terceiro setor no Brasil vir crescendo cada dia mais, pode-se destacar como problema de pesquisa o seguinte questionamento: Qual a relevância e

9 9 a contribuição das isenções e/ou imunidades tributárias concedidas às entidades do terceiro setor para o financiamento, a administração e o funcionamento das mesmas? Tudo isso deixa clara a imperativa necessidade de estudo acerca dessas isenções e/ou imunidades concedidas ao terceiro setor, quando aqui se intenta demonstrar a relevância e a contribuição do estudo do tema em apreço, que se fundamenta especialmente no fato do terceiro setor ter adquirido um importante papel na sociedade nos últimos anos, tanto na prestação de serviços, quanto no controle e mobilização social. Cite-se, ainda, que o objetivo principal do presente estudo é justamente avaliar as fontes de financiamento das entidades do terceiro setor, focando nos efeitos que as imunidades e/ou isenções fiscais podem trazer para o financiamento, administração e funcionamento dessas entidades, quando se torna necessário, portanto, para se conseguir compreender melhor o assunto, estudar inicialmente certos aspectos conceituais e relevantes que dizem respeito ao terceiro setor, como, por exemplo, sua definição, sua organização, quais são as entidades que o compõem, o que se deve compreender por financiamento do terceiro setor, quais as fontes de financiamento do terceiro setor, o que é imunidade e isenção tributária. Por fim, cumpre esclarecer que o método científico utilizado para desenvolver o estudo em apreço foi a pesquisa descritiva, através do procedimento da pesquisa bibliográfica e documental, justamente por se tratarem dos tipos de pesquisa que mais efetivamente conduziram o trabalho aqui desenvolvido a atingir os seus objetivos. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Definindo Terceiro Setor Tem-se que várias são as definições encontradas na doutrina para se tentar conceituar o que vem a ser terceiro setor, quando aqui se pode destacar, consoante Fernandes (1994, p. 21), que o terceiro setor deve ser compreendido como sendo um conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam à produção de bens e serviços públicos. Este é o sentido positivo da expressão. Bens e serviços públicos, nesse caso, implicam uma dupla qualificação: não geram lucros e respondem a necessidades coletivas. No mesmo sentido, Cardoso & Lima (2003, p. 34) definem o terceiro setor como sendo o conjunto de:

10 10 (...) Todas as organizações privadas, sem fins lucrativos, recebedoras de recursos públicos ou não, que atendam a um grupo restrito ou à coletividade, visando o bem estar social, podendo cobrar por seus serviços ou produtos, desde que reinvistam seus resultados na própria entidade, sem perder suas características. Segundo Salamon (1998, p. 5), o terceiro setor é o setor composto por organizações bem estruturadas, organizações essas localizadas fora do aparato formal do Estado, que não distribuem lucros resultantes de suas atividades e que são autogovernadas e com significativo esforço voluntário. Ao tratar do assunto, Rifkin (1995, p. 263) afirma que: O Terceiro Setor, também conhecido como setor independente ou voluntário, é o domínio no qual padrões de referência dão lugar a relações comunitárias, em que doar do próprio tempo a outros toma o lugar de relações de mercado impostas artificialmente, baseadas em vender-se a si mesmo ou seus serviços a outros. Para Rothgiesser (2002, p. 2), o terceiro setor seriam iniciativas privadas inseridas na esfera pública que não são feitas pelo Estado e que não visam lucros, refletindo, assim, portanto, a participação de cidadãos de modo espontâneo e voluntário em ações que visam ao interesse e bem-estar comum da sociedade em geral. Já Hudson (2004, p. XI) conceitua o terceiro setor afirmando que o mesmo: Consiste em organizações cujos objetivos principais são sociais, em vez de econômicos. A essência do setor engloba instituições de caridade, organizações religiosas, entidades voltadas para as artes, organizações comunitárias, sindicatos, associações profissionais e outras organizações voluntárias. Por sua vez, Gonçalves (1999, p. 2), ao apresentar sua definição de terceiro setor, afirma ser o mesmo aquele setor que se trata de uma esfera de atuação pública, não-estatal, composta a partir de iniciativas voluntárias, sem fins lucrativos, e atuando no sentido comum. Nesse contexto, e diante dos conceitos acima apresentados, pode-se facilmente compreender que o terceiro setor é justamente o conjunto de todas as organizações privadas e sem fins lucrativos, recebedoras de recursos públicos ou não, que atuam prestando serviços públicos, produzindo e/ou comercializando bens e serviços, tudo isso visando ao bem-estar social, ao invés de ter fins econômicos, uma vez que as mesmas não visam ao lucro financeiro através dos empreendimentos efetivados, mas sim tendo como objetivo primordial prestar à sociedade serviços de caráter público tentando suprir a ineficiência e a deficiência estatais frente às questões sociais, tentando amenizar, assim, as diferenças sociais.

11 11 Portanto, pode-se afirmar que o terceiro setor não é público e nem privado, sendo justamente um espaço institucional que acolhe entidades privadas sem fins lucrativos com finalidade pública, que atuam investindo na área social, e, através da parceria com a sociedade, geram, em virtude de sua atuação, uma complementação e auxílio na resolução de problemas sociais não solucionados e atendidos pelo Estado, permitindo e possibilitando, assim, a formação de uma sociedade melhor Entidades que Compõem o Terceiro Setor Tem-se que, de uma maneira geral, as entidades que compõem o terceiro setor são comumente chamadas de organizações não-governamentais sem fins lucrativos, podendo as mesmas ter, dependendo do ramo em que atuam, finalidade com foco social, ambiental, cultural, dentre outros. Quanto à constituição dessas entidades, importante destacar que a Carta Magna de 1988 assegura, em seu artigo 5º, inciso XVII, a plena liberdade de associação para fins lícitos (com exceção da associação de caráter paramilitar), sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, quando se pode afirmar, ainda, e também do ponto de vista da participação cidadã (objetivo primeiro do terceiro setor), que não pode a legislação pátria criar mecanismos de controle que favoreçam a ingerência estatal nas associações, o arbítrio e o autoritarismo, a cooptação, a perda de independência e o atendimento dos interesses de grupos ou classes dominantes. Ainda no tocante à constituição das entidades do terceiro setor, cite-se que, de acordo com o artigo 174, 2º, também da Constituição Federal de 1988, a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo, sendo aqui mais uma vez relevante frisar que no terceiro setor se enquadram as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, diferenciando-se as mesmas das entidades do primeiro setor (União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autarquias, empresas públicas etc.) e do segundo setor (empresários, empresas industriais, comerciais e de serviços etc.), especialmente quando a questão é lucro. Observando-se o artigo 44, incisos I e III, do Código Civil de 2002, especialmente no tocante à constituição e registro das organizações não-governamentais que compõem o terceiro setor, pode-se depreender que referidas organizações são caracterizadas basicamente como entidades civis que são constituídas como associações e como fundações.

12 12 Nesse contexto, cumpre esclarecer que uma associação civil é uma pessoa jurídica de direito privado, criada com base na união de pessoas em torno de uma finalidade nãolucrativa (AFINCO et al., 2003, p. 17). Já a fundação é uma entidade civil que pode ser caracterizada, consoante Szazi apud Araújo (2005, p. 17), como sendo um patrimônio destinado a servir, sem intuito de lucro, a uma causa de interesse público determinada, que adquire personificação jurídica por seu instituidor, sendo de se destacar que o artigo 62, parágrafo único, do Código Civil de 2002 esclarece que as fundações somente podem ser constituídas para fins morais, culturais, religiosos ou de assistência. Assim sendo, tem-se que para conseguir atingir as finalidades a que se propõem, as entidades que compõem o terceiro setor adotam uma das formas jurídicas previstas pelo Código Civil de 2002, estando, portanto, as instituições que compõem o terceiro setor basicamente formalmente instituídas sob as formas de associações e fundações. Nesse sentido, pode-se facilmente perceber que o terceiro setor é composto por Organizações Sociais (OS); Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP s); Fundações Privadas; Organizações Não-Governamentais (ONG s); Cooperativas, Institutos e Organizações Filantrópicas, Beneficentes e de Caridade; Entidades de Assistência Social; e outras formas de Associações Civis sem fins lucrativos, todas estando classificadas como entidades de interesse social, compartilhando a característica da ausência de lucro financeiro e a finalidade de atendimento a fins públicos e sociais. Cite-se que um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2004), estudo esse que teve como ponto de partida o CEMPRE (Cadastro Central de Empresas, que é ligado ao Ministério da Fazenda), constatou a existência de 276 mil Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) no ano de 2002 no Brasil, organizações essas que empregavam 1,5 milhões de pessoas, pagando salários e outras remunerações no valor de R$ 17,5 bilhões. Destaque-se que a maior parte dessas entidades (77%) são associações. Destaque-se que o número dessas espécies de entidades era, em 1996, bem inferior ao número registrado em 2002, quando se verificavam apenas 107 mil entidades, sendo relevante esclarecer que os dados do IBGE (2004) afirmam que esse crescimento em número das entidades que compõem o terceiro setor indicam que aproximadamente 62% destas entidades surgiram a partir dos anos 90, certamente por conta de redemocratização do país. Acerca das entidades do terceiro setor, observe-se o gráfico 1 abaixo:

13 13 29% 19% 29% 23% Associações Beneficentes e Assistenciais Associações Recreativas e Esportivas Associações Culturais, Científicas e Educacionais Associações de Outras Naturezas Gráfico 1 - Tipos de Associações. Fonte: Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos (IBGE, 2006). Observando-se o gráfico acima, pode-se verificar que dentre as associações que compõem o terceiro setor, as em maior número são as Beneficentes e Assistenciais (29%), seguidas pelas Recreativas e Esportivas (23%) e pelas Culturais, Científicas e Educacionais (19%), demonstrando, assim, em porcentagem os tipos de associações no Brasil, segundo pesquisa do IBGE realizada no ano de Por fim, e diante dos números apresentados acima, tem-se que se pode ter uma idéia da dimensão da atuação das entidades do terceiro setor no Brasil. Entretanto, importante destacar mais uma vez que os índices apresentados acima datam do ano de 2002, coletados através de uma pesquisa do IBGE realizada em 2004, o que significa que atualmente esses números são expressivamente bem maiores, dados a constante evolução e o crescimento acelerado dessas organizações no país e no mundo Fontes de Financiamento do Terceiro Setor Conforme adiantado acima, tem-se que as entidades do terceiro setor, justamente por serem entidades sem fins lucrativos, para efeito de enquadramento legal, podem constituir-se quer como associações, quer como fundações. Entretanto, apesar de as mesmas serem caracterizadas como entidades sem finalidade econômico-financeira, lhes é permitida a atividade econômico-financeira, desde que exista, contudo, circulação de bens e serviços de forma onerosa, não gerando ou distribuindo lucro. Sabe-se que as finanças das entidades do terceiro setor se constituem justamente em uma responsabilidade compartilhada desde o momento em que as organizações se lançam na busca de recursos, ou seja, desde a captação de recursos, passando pela mobilização dos recursos captados, até a hora de relatar a aplicação desses mesmos recursos.

14 14 Importante frisar que os recursos e o patrimônio das entidades do terceiro setor são destinados a servir, sem intuito ou com finalidade de lucros, a uma causa de interesse social determinada, ou seja, ao interesse público, se tornando, portanto, o financiamento do terceiro setor um fator vital para a consecução das atividades das entidades que o compõem. Nesse contexto, relevante destacar quais são as formas de apoio e as fontes de financiamento das atividades do terceiro setor com recursos do orçamento público, muito bem elencadas por Szazi apud Albuquerque (2006, pp ), quando o mencionado autor as classifica da seguinte forma: ESPÉCIE Auxílios Contribuições Subvenções Convênios, Acordos ou Ajustes Contratos PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Derivam da Lei do Orçamento e se destinam a entidades de direito público ou privado sem finalidade lucrativa. São concedidas em virtude de lei especial e se destinam a atender o ônus ou encargos assumidos pela União. Destinam-se a cobrir despesas de custeio de entidades públicas ou privadas e podem ser: A) ECONÔMICAS: concedidas a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante autorização expressa em lei especial. B) SOCIAIS: concedidas, independentemente de legislação especial, a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem finalidade lucrativa que visem à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional. O valor da subvenção, sempre que possível, é calculado com base em unidade de serviço efetivamente prestado ou posto à disposição dos interessados. Meios jurídicos para execução de serviços de interesse recíproco dos órgãos e entidades da administração federal e de outras entidades públicas ou particulares, sempre em regime de cooperação. Portanto, há aporte de recursos de ambas as partes não é exigido apenas recurso financeiro. O convênio autoriza a aquisição de equipamentos e matérias permanentes, mas sua destinação deve estar predeterminada. Pressupõem, de um lado, o interesse do poder público na aquisição de bem ou serviço e, de outro, o recebimento de uma importância em

15 15 dinheiro. Devem respeitar as regras das licitações. No caso das organizações do terceiro setor, alguns entendem que é possível adotar uma das modalidades da licitação, a de convite, para evitar restrições ao destino dos recursos na entidade contratada. Termo de Parceria (para OSCIP somente) Contratos de Gestão (para organizações sociais somente) Criado para atender às entidades que desenvolvem projetos conjuntos com o Estado e sofriam com a burocracia e as restrições dos convênios no tocante à sua duração limitada, impossibilidade de contratação de mão-de-obra adicional e relatórios formalistas. Essa nova modalidade traz inovações: pode ter período superior ao exercício fiscal, estipula metas e resultados a ser atingidos, fixa critérios de avaliação, estabelece obrigatoriedade de auditoria independente para valores superiores a R$ 600 mil e elaboração de cronograma físico-financeiro, entre outras. Embora chamados de contratos, aproximam-se dos convênios, já que prevêem a destinação de recursos para entidades sem fins lucrativos controlada pelo Estado sem que haja processo licitatório, além de pressupor cooperação mútua e interesse recíproco. Como as organizações sociais são originárias da transformação de fundações públicas, esta modalidade criada em 1998 é um meio de flexibilizar o fluxo de recursos dentro do Estado, não sendo acessível às organizações do terceiro setor. Quadro 1 - Formas de Apoio e as Fontes de Financiamento das Atividades do Terceiro Setor com Recursos do Orçamento Público. Fonte: Adaptado de Szazi apud Albuquerque (2006, pp ). Já em se tratando do financiamento do terceiro setor com recursos privados, merecem ser destacadas as figuras das doações de pessoas físicas e os sorteios (ALBUQUERQUE, 2006, pp ). Tem-se que as doações de pessoas físicas para entidades, mesmo as entidades de utilidade pública, mas sem qualquer vantagem fiscal, é, desde 1996, permitida, sendo ainda relevante esclarecer que a entidade recebedora da doação deverá aplicar integralmente os recursos recebidos através da doação na concretização de seus objetivos sociais, e não distribuir lucros, bonificações ou vantagens a seus dirigentes, mantenedores ou associados, conforme informa Albuquerque (2006, pp ).

16 16 Os sorteios, por sua vez, consistem em uma das maneiras mais comuns de as entidades do terceiro setor obter receitas, sendo necessária autorização federal para a sua realização, sendo de se destacar, ainda, que o pedido somente poderá ser feito caso a entidade seja de utilidade pública ou filantrópica, e caso os recursos sejam utilizados na manutenção da obra social a que as mesmas se dedicam (ALBUQUERQUE, 2006, p. 53). Portanto, pode-se verificar que além dos recursos do orçamento público, as entidades do terceiro setor recebem também doações e contribuições de particulares e/ou empresas, ou seja, recebem também recursos oriundos de orçamentos privados, fato esse que contribui diretamente para gerar uma necessidade ainda maior de as organizações do terceiro setor apresentar uma adequada e transparente prestação de contas, isso tanto aos particulares financiadores, quanto ao fisco e à própria sociedade, uma vez que as entidades do terceiro setor são criadas para oferecer serviços sociais e que são financiadas e patrocinadas por outras instituições ou por particulares, tornando-se, portanto, necessário que estas entidades apresentem de forma clara os recursos captados e investidos pelas mesmas, pois prestar contas aos que apostam e acreditam nas suas atividades e atuação, além de ser uma obrigação, é, também, uma forma de respeito. Tudo isso deixa claro que a captação de recursos por parte das entidades do terceiro setor é considerada uma necessidade crucial para o início e manutenção da realização de suas atividades e objetivos sociais, sendo de se destacar que tanto o processo de captação quanto o processo de mobilização de recursos das entidades do terceiro setor são relativamente complexos, demandando tempo e organização por parte das entidades que compõem o terceiro setor, trazendo certas vantagens além dos recursos captados e mobilizados, como, por exemplo, a ampliação do número de voluntários; o aumento da base social e/ou do número de pessoas envolvidas; o aumento de credibilidade e a alavancagem de projetos; e uma maior conscientização acerca da relevância e do valor desses projetos e programas e da vital importância das doações, criando, assim, mais oportunidades e meios para que os potenciais e efetivos doadores compreendam e valorizem ainda mais o trabalho que a sua contribuição ajudou ou ajudará a tornar realidade através da atuação das entidades do terceiro setor (ALBUQUERQUE, 2006, pp ). Diante do todo aqui exposto, pode-se, então, afirmar que as fontes de recursos das entidades do terceiro setor são bastante diversificadas, podendo ser os recursos financeiros captados pelas entidades do terceiro setor provenientes de interações/parcerias realizadas com agências de cooperação internacionais, organismos privados internacionais, fundações internacionais, empresas internacionais; ou provenientes de sua interação com o Estado

17 17 brasileiro, oriundos de organismos oficiais, de fundações nacionais, de empresas nacionais dos diversos segmentos da economia; bem como também através de doações, que, por sua vez, podem abranger tanto recursos monetários quanto outros tipos de recursos obtidos pelas entidades do terceiro setor. Contudo, cumpre destacar que os recursos financeiros captados pelas entidades do terceiro setor, de uma maneira geral, chegam às referidas organizações principalmente sob a forma de contribuições, doações e subvenções, que se constituem nas principais fontes de recursos dessas entidades, pode-se assim dizer. Importante ainda esclarecer que como não existe na Constituição Federal de 1988 e tão pouco no Código Tributário Nacional qualquer restrição à origem dos recursos que compõem o patrimônio das organizações do terceiro setor, para angariar recursos para a sua própria manutenção, a grande maioria das entidades do terceiro setor adota programas diversos de geração de renda, tais como a venda de mercadorias, a prestação de serviços (como cursos e consultorias) e a locação de bens, sendo de se destacar que desde que os rendimentos desses recursos sejam incorporados ao patrimônio da entidade e revertidos para a consecução de seus fins e objetivos sociais, não há que se falar em desvirtuamento de suas finalidades. É justamente a auto-sustentabilidade, desafio esse trazido à tona em virtude da importância cada vez maior das entidades do terceiro setor para a sociedade, e que implica justamente em manter atividades que atendam à sua missão, evidenciando suas operações através de demonstrações, da origem e da destinação dos recursos captados pelas mesmas (OLAK & NASCIMENTO, 2006, p. 33). Relevante destacar o resultado da pesquisa do Centro de Estudos do Terceiro Setor da Fundação Getúlio Vargas, realizada com mais de três mil ONG s, que demonstra a variedade de origem dos recursos que sustentam as ações desenvolvidas pelas organizações do terceiro setor:

18 18 ORIGEM DOS RECURSOS DE ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR Como as organizações se mantêm Recursos próprios, públicos e privados 30% Somente recursos próprios 18% Recursos próprios e privados 16% Somente recursos privados 11% Recursos públicos e privados 11% Recursos próprios e públicos 10% Somente recursos públicos 4% Quadro 2 - Origem dos Recursos de Entidades do Terceiro Setor. Fonte: Adaptado do O Estado de São Paulo (29 ago. 2004) apud Oliveira & Romão (2006, p. 38). Cite-se que uma outra pesquisa, pesquisa essa realizada em 2005, pelo Mapa do 3 Setor (que é justamente um cadastramento espontâneo das organizações não-governamentais brasileiras, cujo objetivo é reunir o maior número possível de organizações sociais, visando facilitar o acesso e a interação entre a sociedade e as organizações sociais), fornece informações preciosas a respeito do terceiro setor: dados demonstram que das ONG s brasileiras cadastradas, 95% recebem recursos nacionais, e somente 0,8% recebem apenas investimentos internacionais, sendo de se destacar que quanto às fontes de financiamento dos recursos de origem nacional, apenas 21% dessas organizações recebem recursos públicos; ao passo que 46% das organizações do terceiro setor pesquisadas trabalham com a geração de recursos próprios; e 33% contam com investimentos privados (MAPA DO TERCEIRO SETOR apud CAMELO, CAMELO & PAULINO, 2006, p. 48) Vantagens Tributárias e Fiscais para as Organizações do Terceiro Setor: Imunidade Tributária versus Isenção Tributária Tem-se que as atuais vantagens tributárias e fiscais concedidas às entidades do terceiro setor são justamente a imunidade tributária e a isenção tributária. Segundo Martins (2006, p. 30), a imunidade tributária consiste na limitação constitucional ao Poder de Tributar do Estado, em face de certas pessoas, atos e fatos, conforme especificados na Constituição Federal, e, nesse caso, se justifica por meio da renúncia do Estado à parte de sua arrecadação como meio de reconhecimento da sua impossibilidade em prestar determinados serviços que são, em princípio, de sua alçada.

19 19 Estando estabelecida pelo artigo 150, inciso VI, alínea c, da Carta Magna de 1988, a imunidade tributária veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. No mesmo sentido dispõe o artigo 9º, inciso IV, alínea c, do Código Tributário Nacional em vigor. Sendo assim, pode-se afirmar que a imunidade tributária para as entidades do terceiro setor corresponde justamente à imunidade tributária de impostos para as instituições de educação e de assistência social e à imunidade tributária de impostos para as entidades sindicais dos trabalhadores (ARAÚJO, 2005, pp ). Esclareça-se ainda que apesar de o artigo 195, 7º, também da Carta Magna de 1988, falar em isenção, importante destacar que as entidades beneficentes de assistência social do terceiro setor que atendam às exigências estabelecidas em lei são também imunes de contribuição para a seguridade social (Araújo, 2005, pp ), uma vez que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que, por ser tratada na Constituição Federal, o caso retratado pelo artigo 195, 7º, se trata de imunidade e não de isenção. Importante destacar que os impostos abrangidos pela imunidade tributária, no caso das entidades do terceiro setor, são justamente aqueles relativos ao patrimônio, renda e serviços dessas entidades que se enquadram nas regras estabelecidas em lei. Assim sendo, observe-se abaixo a relação dos impostos passíveis de serem alcançados pela imunidade tributária, de acordo com a competência para tributar de cada ente federativo, segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2003, p. 39): - Federal: 1- Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza (IR); 2- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 3- Imposto Territorial Rural (ITR); 4- Imposto sobre Importação (II); 5- Imposto sobre Exportação (IE). - Estadual: 1- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); 2- Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); 3- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos (ITCD). - Municipal: 1- Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

20 20 2- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS); 3- Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI). Já no caso de isenção tributária, tem-se que se dispensa a entidade do terceiro setor do pagamento do tributo devido, à expressa disposição de lei, podendo a mesma ocorrer no âmbito da União, dos Estados e dos Municípios, consoante informa Albuquerque (2006, p. 47). Nessa esteira de idéias, Martins (2006, p. 32), em relação à isenção tributária, expõe que: Podemos definir como um favor legal do Estado, o qual abre mão de receber determinado tributo em relação a algum fato ou ato específico, por questões de política tributária. Da mesma forma como é concedida, pode ser revogada pelo Estado caso assim o deseje, o que não ocorre nas imunidades, que, por se encontrarem no texto constitucional, são imutáveis. Assim sendo, tem-se que as isenções concedidas às entidades do terceiro setor podem abarcar todos os tipos de tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais), cada esfera do governo legislando acerca da isenção dos tributos de sua competência. Destaque-se que as exigências estabelecidas em lei para que uma entidade do terceiro setor goze de imunidade ou isenção tributária vêm expressamente determinadas pelo artigo 14 do Código Tributário Nacional, que possui a seguinte redação: Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Portanto, tem-se que para se beneficiar com a isenção tributária, as entidades do terceiro setor deverão, além de possuírem o título/declaração de utilidade pública ou o certificado de entidade beneficente ou filantrópica, preencher os requisitos acima citados, ou seja, aplicar seus recursos integralmente no desenvolvimento de seus objetivos, manter escrituração completa de suas receitas e despesas, e não distribuir lucros (MARTINS, 2006, p. 32). Por sua vez, a imunidade tributária gozada pela entidade do terceiro setor, para ser reconhecida, não necessita de outros atos a serem praticados por parte do Poder Público, tais

21 21 como a concessão do título de utilidade pública ou do certificado de entidade beneficente ou filantrópica, bastando somente a comprovação do preenchimento dos requisitos acima elencados (MARTINS, 2006, p. 30). Cumpre esclarecer, ainda, que remuneração de dirigentes não deve ser confundida com distribuição de lucros, o que foi clara e formalmente reconhecido pela Lei nº /99, quando se reconheceu que a possibilidade de remunerar dirigentes possibilita às entidades do terceiro setor ter um quadro de dirigentes profissionalizado e mais qualificado, sem, contudo, desvirtuar os fins e objetivos da organização. Portanto, a exigência de as entidades do terceiro setor não distribuírem lucros não significa que as supracitadas organizações estejam impedidas de remunerar os profissionais que nas mesmas trabalham, profissionais esses que devem possuir vínculo empregatício com a instituição e que não sejam apenas prestadores de serviços, sendo de se destacar que a Lei das OSCIP s prevê a possibilidade de remuneração de seus dirigentes (podendo as OSCIP s que optarem por remunerar seus dirigentes ter isenção do Imposto de Renda, bem como receber doações dedutíveis das empresas doadoras) e que a Lei nº /2002 autorizou, por sua vez, a remuneração de dirigentes das Organizações Sociais, sem perda da isenção ou imunidade tributária ao imposto de renda, isso desde que seja com vínculo empregatício e que o salário dos dirigentes não ultrapassem o limite prefixado para os servidores federais (ALBUQUERQUE, 2006, p. 48). Em virtude da confusão conceitual que comumente envolve os conceitos de imunidade e isenção tributária, relevante aqui traçar uma distinção essencial entre isenção e imunidade, oferecida por Araújo (2005, p. 40) e visualizada no quadro 3. IMUNIDADE É estabelecida quando ao setor público é vedado cobrar tributos de certa pessoa ou em determinada situação. As imunidades estão descritas na Constituição Federal, não estando sujeitas a mudanças nos Estados, DF ou Municípios, somente sendo alteradas mediante alteração na Constituição. Quadro 3 Imunidade Tributária X Isenção Tributária Fonte: Adaptado de Araújo (2005, p. 40). ISENÇÃO É concedida quando o governo decide incentivar uma atividade, deixando de exercer seu direito de tributar alguém ou alguma situação, por meio de Lei Ordinária. Essa vontade do Estado torna vulneráveis os casos de isenções de tributação a mudanças políticas ou administrativas, pela simples mudança da lei que instituiu a isenção.

22 22 Esclarecida a questão conceitual e de caracterização das vantagens (imunidades/isenções) que podem ser concedidas às entidades do terceiro setor, interessante agora observar os resultados de uma pesquisa realizada pelo IBGE (2006) com entidades do terceiro setor: Entidades de assistência social privadas sem fins lucrativos Características dos financiamentos e parcerias Possuem isenção e/ou imunidade tributária Em norma municipal Em norma estadual Em norma federal Sim Não Sim Não Sim Não Tabela 1 - Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos, por Isenção e/ou Imunidade Tributária Fonte: Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos (IBGE, 2006). Observando-se os dados acima, pode-se constatar que muitas entidades do terceiro setor dentre as entidades pesquisadas possuem isenções e/ou imunidades em abrangência municipal, estadual e até mesmo em abrangência federal, o que se constitui em uma realidade bastante proveitosa para o Brasil. Ainda tratando-se da questão da imunidade e/ou isenção das entidades pesquisadas, a tabela 2 abaixo demonstra sobre quais impostos incidem a imunidade/isenção concedidas às entidades do terceiro setor pesquisadas: Entidades de assistência social privadas sem fins lucrativos Características dos financiamentos e parcerias Sobre quais impostos incidem a principal isenção ou imunidade Cota patronal Imposto de importação Taxas Outros impostos Não se aplicam Tabela 2 - Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos, Sobre quais Impostos Incidem a Principal Isenção ou Imunidade Fonte: Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos (IBGE, 2006). Pode-se observar que a maioria das isenções e/ou imunidades concedidas às entidades pesquisadas incidem justamente sobre outros impostos, que podem ser, dentre outros, o ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), sendo de se destacar que o número de entidades que recebem as mencionadas vantagens incidentes sobre o imposto de importação é pouco substancial, para não se falar em mínima, ao passo que o número das entidades que recebem a isenção/imunidade incidindo sobre a cota patronal e sobre as taxas é bem mais relevante e considerável.

23 Regras de Suspensão da Imunidade ou Isenção Tributária De acordo com o artigo 32 da Lei nº /96, pode ser determinada a suspensão da imunidade tributária ou da isenção tributária concedida às entidades do terceiro setor caso não sejam observados os seguintes requisitos, isso de acordo com o Código Tributário Nacional, artigo 9º, 1º, e artigo 14: Cumprimento das regras tributárias relativas à retenção de tributos na fonte e seu recolhimento; Não distribuição de qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; Aplicação integral, no País, de seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; Mantença de escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. Cite-se que também é considerada infração a dispositivo da legislação tributária o pagamento, pela instituição do terceiro setor imune ou isenta, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por qualquer forma, de despesas consideradas idedutíveis para efeito de apuração do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Por fim, destaque-se que uma vez verificada pela autoridade fiscalizadora a violação a um ou mais dos requisitos mencionados, é determinada a suspensão da imunidade ou da isenção por completo, ou seja, relativamente a todas as receitas das entidades antes abrigadas pelo benefício, suspensão essa que se estende por todos os anos-calendários em que tiverem sido constatadas as irregularidades Contribuição e Importância das Vantagens Tributárias e Fiscais (Isenções e Imunidades Tributárias) Concedidas às Entidades do Terceiro Setor Inicialmente, cumpre destacar que a questão quanto à tributação das atividades das entidades do terceiro setor é tema polêmico entre os especialistas da área. Em que pesem as controvérsias na seara do Direito, âmbito esse que não é sede de debate do presente artigo, cumpre frisar que, conforme já visto anteriormente, para entidades

24 24 sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais atendam a interesses coletivos e, por vezes, públicos, o Estado assegura um tratamento tributário e fiscal diferenciado. Assim sendo, e por estarem diretamente ligadas ao bem-estar da sociedade, o Estado concede algumas regalias e vantagens tributárias e fiscais às organizações do terceiro setor; nesse contexto, tem-se que, em geral, as entidades do terceiro setor têm acesso a algumas facilidades, o que por muitos é denominado como financiamento indireto, que é justamente uma forma de financiamento público feito por meio de algumas imunidades e/ou isenções tributárias, em relação ao setor privado, tudo isso especialmente em virtude da importância das entidades do terceiro setor, posto que do sucesso de suas atuações e ações dependem o atendimento de milhões de pessoas que não tiverem suas necessidades sociais atendidas pela atuação e ações estatais. Nesse contexto, qual a importância e contribuição das vantagens tributárias e fiscais concedidas a uma entidade do terceiro setor? A resposta a tal questionamento é bastante simples e direta: tais vantagens tratam-se, na grande maioria das vezes, de um fator decisivo em sua atuação e manutenção, sendo vital à sua sobrevivência, na medida em que, na maioria dos casos, as entidades do terceiro setor somente conseguem a sua sustentabilidade em virtude de serem imunes e/ou isentas dos tributos, o que leva a se poder afirmar que as isenções e imunidades tributárias concedidas às entidades do terceiro setor são também extremamente eficazes para a sociedade, uma vez que o terceiro setor no Brasil é de suma relevância, posto referido setor vir se mostrando, ao longo dos anos, como uma excelente alternativa para a resolução de problemas sociais, tudo isso na tentativa de suprir as necessidades dos cidadãos brasileiros não atendidas pelas atividades do primeiro setor (governo) e do segundo setor (setor privado), buscando, assim, formas de viabilizar sua ação e de cumprir os objetivos e propósitos para os quais o referido setor foi criado. Deve-se de uma vez por todas compreender que nenhuma entidade sem fins lucrativos que componha o terceiro setor deve ser passível de, sobre seus bens, serviços ou rendas, incidir ou serem instituídos quaisquer tipos de tributos por parte do Poder Público, uma vez que infundado e sem qualquer sentido se torna querer tributar essas entidades que cuidam, sem possuir finalidade econômica, de questões públicas de assistência social, saúde, meio ambiente, educação, dentre outras questões que são deveres de prestação do Estado e direito de todos os cidadãos brasileiros, conforme declara a Carta Política de 1988, prestações estatais essas que deveriam ser supridas e atendidas com recursos provenientes dos impostos.

25 25 Portanto, verdadeiro absurdo se torna querer impor às entidades do terceiro setor (desde que preenchidos os requisitos legais para a concessão das vantagens tributárias e fiscais) qualquer tipo de tributação, restando, assim, demonstrado que o Estado, de um modo geral, reconhece o importante trabalho das entidades do terceiro setor, e, justamente por isso, o Poder Público tem procurado conceder alguns benefícios e vantagens para incentivar a criação de novas entidades sem fins lucrativos que integrem o terceiro setor e também para propiciar a sobrevivência das entidades que já existem, uma vez que mencionadas entidades estão promovendo atividades de interesse da sociedade como um todo, de toda a coletividade, suprindo, assim, de maneira complementar, a ineficiência da atuação estatal (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2003, p. 37). 3. METODOLOGIA Inicialmente, cumpre destacar que, consoante afirma Gonsalves (2001, p. 61), o percurso metodológico se refere ao caminho trilhado para que você atinja os objetivos que você definiu ; nesse sentido, aqui está destacada a metodologia utilizada para se desenvolver o estudo em apreço, explicitando quais as espécies de pesquisa científica e procedimentos utilizados para se atingir os objetivos propostos. Sendo assim, cumpre primeiramente esclarecer que, quanto aos objetivos, foi utilizado o método da pesquisa descritiva, que, segundo Oliveira (2004, p. 114), é o tipo de pesquisa que possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação, sendo ainda de se destacar que os estudos descritivos dão margem também à explicação das relações de causa e efeito dos fenômenos, ou seja, analisar o papel das variáveis que, de certa maneira, influenciam ou causam o aparecimento dos fenômenos. No mesmo sentido, Barros & Lehfeld (2007, p. 84) afirmam ser relevante esclarecer que na pesquisa descritiva não há a interferência do pesquisador, isto é, ele descreve o objeto de pesquisa. Procura descobrir a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua natureza, características, causas, relações e conexões com outros fenômenos, destacando também que a pesquisa descritiva engloba dois tipos: a pesquisa documental e/ou bibliográfica e a pesquisa de campo. Nessa esteira de idéias, e quanto ao procedimento técnico, tem-se que foram efetuadas pesquisa bibliográfica e documental: pesquisa bibliográfica justamente porque consistiu na seleção, coleta, análise e utilização de estudos anteriores realizados por especialistas que

26 26 tratam dos assuntos pertinentes ao tema escolhido, estudos esses publicados em livros, revistas, artigos científicos, periódicos e em meios eletrônicos; e pesquisa documental justamente em virtude de o presente trabalho ter se utilizado de documentos elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo Jornal O Estado de São Paulo e pelo Mapa do Terceiro Setor para dar suporte ao levantamento de determinadas informações necessárias ao presente estudo. Importante frisar que, de acordo com o que leciona Gil (2009, p. 47), a pesquisa bibliográfica é a espécie de pesquisa científica desenvolvida com base em material já elaborado e publicado, constituído especialmente de livros e artigos científicos, e que tem por preocupação primordial identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, constituindo-se a pesquisa bibliográfica no tipo de pesquisa científica que mais aprofunda o conhecimento da realidade, justamente porque explica a razão, o porquê das coisas, sendo, por isso mesmo, considerada o tipo mais complexo e delicado de pesquisa. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho objetivou tratar do tema das fontes de financiamento das entidades do terceiro setor e da contribuição e importância das isenções e imunidades tributárias concedidas a essas entidades, de forma que fosse possível fornecer uma visão mais ampla e mais aprofundada do assunto em tela, especialmente em virtude da carência de artigos científicos/acadêmicos abordando o assunto que pode ser verificada. Com a tendência notória de expansão e aumento das entidades do terceiro setor, assim como a demasiada movimentação de recursos financeiros realizada pelas mesmas, recursos esses oriundos de cooperações nacionais e internacionais, bem como também de recursos materiais e humanos para o desenvolvimento de suas atividades, pode-se afirmar que o terceiro setor tem despertado o interesse de pesquisadores das mais diversificadas áreas de atuação e conhecimento humano, a exemplo dos pesquisadores do ramo da Administração e da área de Finanças. Incontestável é o fato de que se deve ter em mente que o terceiro setor se constitui em uma ponte para a formação de uma sociedade melhor, contribuindo, assim, diretamente para o desenvolvimento do país. Pôde-se verificar através da realização do presente estudo que o terceiro setor é, por muitas vezes, erroneamente interpretado pelos críticos como sendo um setor homogêneo, com

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