Trabalho e Subjetividade no Movimento Hip Hop: Uma Tentativa de Compreensão a partir dos Ethos de Bendassoli (2007)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Trabalho e Subjetividade no Movimento Hip Hop: Uma Tentativa de Compreensão a partir dos Ethos de Bendassoli (2007)"

Transcrição

1 Trabalho e Subjetividade no Movimento Hip Hop: Uma Tentativa de Compreensão a partir dos Ethos de Bendassoli (2007) Autoria: Danielle de Araújo Bispo, Débora Coutinho Paschoal Dourado, Mariana Fernandes da Cunha Loureiro Amorim Resumo: O Hip Hop surgiu em Nova York, na década de 70 do século XX, e logo se tornou um movimento mundial de resistência política e cultural da juventude da periferia nas grandes cidades. Apesar da proposta crítica do movimento, o Hip Hop tem se realizado para além da reivindicação. Na opinião de alguns de seus membros, está se tornando uma forma de ganhar a vida. Essa dimensão econômica agregada ao movimento pelos indivíduos que dele participam foi comentada por Barreto (2004, p.87) quando apresenta o depoimento de um integrante do Movimento, publicado no jornal Estação Hip Hop, de São Paulo: Os grupos estão se profissionalizando e encarando o hip hop como ele deve ser encarado, ou seja, como música, na parte do talento e como negócio também. Embora esse depoimento ilustre como a sociedade moderna tem utilizado o modelo empresarial como referência básica, é interessante salientar que para outras realidades de indivíduos, também envolvidos com o Movimento, tem se observado uma resistência que vai de encontro a esta lógica econômica, nomeadamente para alguns membros da Rede de Resistência Solidária (RRS) em Recife PE. Foi a partir dessa reflexão que se percebeu que o trabalho pode ter sentido fora do âmbito do capitalismo, imerso por uma lógica não econômica. Assim, no intuito de levantar questionamentos sobre outra possibilidade para o trabalho, para além da lógica econômica, esse artigo se propõe a responder à seguinte questão de pesquisa: Na medida em que o movimento Hip Hop possui em seus fundamentos o elemento de crítica e reivindicação, em que dimensão(ões) o trabalho que seus integrantes realizam se fundamenta(m)? Adotou-se a abordagem qualitativa com vistas a aprofundar o conhecimento sobre o assunto. Dentre os vários métodos permitidos por essa abordagem, optou-se pela história oral, um tipo de estudo biográfico. A escolha dos dois indivíduos entrevistados, Galo e Pixote, foi baseada no critério de informantes-chave, ou seja, aqueles indivíduos que por suas características podem ter mais a falar sobre o fenômeno, de forma rica e aprofundada. A análise dos dados se deu através da análise de conteúdo com o objetivo de fazer inferências acerca dos dados coletados. Compararam-se os dados obtidos na história oral com os ethos desenvolvidos por Bendassolli (2007) acerca do sentido do trabalho na sociedade contemporânea. Objetivou-se compreender a narrativa principal como forma de identificar a dimensão que esses indivíduos concedem ao seu trabalho. Para os sujeitos pesquisados o sentido do trabalho não está relacionado à lógica hegemônica, já que não se definem pelos ethos utilizados por indivíduos que estão imersos no mercado de trabalho formal: ethos instrumental, ethos consumista e ethos gerencialista. O ethos moral-disciplinar também não está na base das narrativas dos entrevistados, pois nelas não há separação entre trabalho e prazer. Os trabalhos de Galo e Pixote são vistos antes como algo que se justifica por si mesmo, baseados numa narrativa característica do ethos romântico-expressivo. 1

2 1. Introdução O Hip Hop surgiu em Nova York, na década de 70 do século XX, e logo se tornou um movimento mundial de resistência política e cultural da juventude da periferia nas grandes cidades. Jovens de origem afro-americana, afro-caribenhos e latinos interpretavam através da arte as condições socioeconômicas da época (MARTINS, 2005). No final da década de 70, o rap, abreviatura da expressão rhythm and poetry, era o discurso mais proferido do Hip Hop, sendo tocado em festas de vários lugares. O boca a boca e tecnologias como fitas cassete fizeram com que a nova cultura se expandisse para outras comunidades marginalizadas em outras cidades norte-americanas, não se restringindo mais somente a Nova York. Algumas gravadoras de disco começaram a se interessar pelas músicas que vinham da rua. Nos anos 80, o rap tinha lugar reconhecido na cultura popular norteamericana. Porém, foi com o break, com seu apelo visual, que ocorreu a internacionalização dessa cultura através de filmes e clipes de artistas da época. Um exemplo é o lançamento de Thriler, em 1983, de Michel Jackson, que ajudou a popularizar a dança mundialmente (BARRETO, 2004). No Brasil, a cultura Hip Hop chega por volta dos anos 80 através de vídeos. Barreto (2004) ressalta que esta capacidade expansiva evidencia a força mercadológica que vem arraigada junto ao movimento. Pode-se descrever o Hip Hop como uma cultura de rua, desenvolvida através de três modalidades expressivas: a plástica, representada pela pintura em muros realizada pelos grafiteiros; a cênica, representada pela dança de rua e pela mímica dos dançarinos de break, conhecidos como b-boys e b-girls; e a fonética, caracterizada pela poesia vocal dos mestres de cerimônia (MC s) e pela vertente musical dos DJ s (QUEIROZ, 2008). É notável a resistência presente nos quatro elementos do Hip Hop contra o sistema hegemônico. O MC utiliza a sua arte no tom de resistência e crítica à sociedade urbana contemporânea nas letras das músicas, que relatam a exclusão social, as experiências vividas pelo negro na cidade e o preconceito racial. É desta forma que tenta desestabilizar o discurso dominante através de uma interpretação contra-hegemônica da crítica. A dança break, por sua vez, é caracterizada por movimentos que tentavam, inicialmente, reproduzir o corpo debilitado dos soldados que voltavam da Guerra do Vietnã. Seus passos simulavam imagens como as hélices dos helicópteros utilizados na guerra e sugerem um corpo desconjunturado, transmitindo através da dança o descontentamento dos jovens. O DJ tem o papel de fazer a correta adaptação da música, procurando a batida certa dos sons para se harmonizar com as letras propostas, o que torna necessário conhecimento das raízes do Hip Hop e da música negra de um modo geral. Já o grafite nasce como uma forma de demarcar o território e reivindicar o espaço público como lugar de expressão de identidades (MARTINS, 2005). Apesar da proposta crítica do movimento, o Hip Hop tem se realizado para além da reivindicação. Na opinião de alguns de seus membros, está se tornando uma forma de ganhar a vida. Essa dimensão econômica agregada ao movimento pelos individuos que dele particiam foi comentada por Barreto (2004) quando apresenta o depoimento de um integrante do Movimento, publicado no jornal Estação Hip Hop, de São Paulo (BARRETO, 2004, p.87): Eu estou vendo de uma maneira positiva porque o movimento está crescendo. Os grupos estão se profissionalizando e encarando o hip hop como ele deve ser encarado, ou seja, como música, na parte do talento e como negócio também. Tipo a administração de uma empresa. Não me venha falar que o hip hop é apenas um movimento cultural que não é só isso. É um comércio também. As pessoas compram roupas, discos, shows etc. Então o dinheiro rola também. Alguns grupos estão começando a ter essa visão de empresa e de negócio. [...] 2

3 Embora o depoimento do integrante do Hip Hop ilustre como a sociedade moderna tem utilizado o modelo empresarial como referência básica, é interessante salientar que para outras realidades de indivíduos, também envolvidos com o Movimento, tem se observado uma resistência que vai de encontro a esta lógica econômica, nomeadamente para alguns membros da Rede de Resistência Solidária (RRS) em Recife PE. A RRS é formada por vários grupos de diferentes comunidades. Guimarães (2007, p. 109) afirma que a Rede está unindo forças de pessoas e coletivos já ativos socialmente que pensam outras formas de relações humanas e de trabalho. Assim, a própria forma como é feito o trabalho e seu significado já podem ser considerados como práticas resistentes ao processo de mercantilização destas atividades. Foi a partir desta reflexão que se percebeu que o trabalho pode ter sentido fora do âmbito do capitalismo, imerso por uma lógica não econômica. Com sua ênfase sempre na racionalidade e eficiência, o sistema capitalista possibilitou que os estudos sobre trabalho estivessem tradicionalmente voltados para essa lógica empresarial. Quanto a isto, Misoczky e Vecchio (2004, p.11) comentam que vivemos um tempo em que o gerencialismo de mercado é apresentado como uma utopia em realização que não permite pensar em alternativas. Entretanto, indivíduos de organizações alternativas ao modelo de empresa possuem práticas organizativas diferenciadas e que se refletem na forma como o trabalho é feito e valorizado. Independente da definição que venha a assumir é certo que o trabalho viabiliza a sustentabilidade dos indivíduos e ocupa posição central nas suas vidas. Portanto, o trabalho é considerado como algo que vai além da subsistência: é também pelo trabalho que os sujeitos se reconhecem como agentes sociais moralmente aceitáveis (ORGANISTA, 2006, p. 21). Assim, no intuito de levantar questionamentos sobre outra possibilidade para o trabalho, para além da lógica econômica, esse artigo se propõe a responder à seguinte questão de pesquisa: Na medida em que o movimento Hip Hop possui em seus fundamentos o elemento de crítica e reivindicação, em que dimensão(ões) o trabalho que seus integrantes realizam se fundamenta(m)? 2. Histórico e Definição de trabalho As explicações de estudiosos sobre a história do trabalho refletem a importância de estudá-lo em cada contexto histórico, mais precisamente, a partir dos modos de produção (OLIVEIRA, 1991). Isso ocorre devido ao trabalho não ter adotado uma postura única em relação a como foi entendido em épocas diversas, assumindo sentidos diferentes para os indivíduos. É preciso admitir o trabalho, portanto, como uma variável que muda em relação ao tempo e ao espaço, ressaltando que a sua evolução em relação a como foi entendido não ocorreu ao mesmo tempo para os diversos povos na história da humanidade. Alguns conceitos variam no decorrer da história, principalmente quando ligados às relações sociais, e defini-los pode ser arriscado ou mesmo incoerente, inclusive depois de um estudo mais aprofundado. Assim ocorre quando se fala em trabalho. Provavelmente, caso fosse questionado a alguém o que é trabalho nos dias atuais, a resposta seria associada a emprego assalariado. Apesar dessas ressalvas, não se pode negar que algumas definições genéricas em muito colaboram na compreensão do que é o trabalho. Oliveira (2001, p. 5) define trabalho como atividade desenvolvida pelo homem sob determinadas formas, para produzir a riqueza. Antunes (2003, p. 167), por sua vez, o considera como fonte originária, primária, de realização do ser social, protoforma da atividade humana, fundamento ontológico básico da omnilateralidade humana (grifos do autor). Apesar de a primeira definição ser mais simplista entendendo o trabalho como atividade destinada a produção de riqueza, na segunda definição já se percebe uma conceituação mais completa. Antunes (2003) ver o trabalho como 3

4 uma categoria fundante do ser social, ou seja, através do trabalho o homem estabelece relações sociais uns com os outros para satisfazer necessidades. Albornoz (2008) inicia seu livro O que é trabalho falando dos vários significados que a palavra trabalho tem na linguagem cotidiana. Afirma que em português a palavra trabalho carrega significações de labor, que estariam mais ligados ao cansaço e ao esforço, e de trabalho, entendido como realização de uma obra. Explica ainda que a palavra trabalho vem do latim tripalium, um instrumento feito de três paus aguçados com o qual os agricultores bateriam o trigo e as espigas de milhos para esfiapá-los. Esse instrumento também era usado como meio de tortura. Por isso a palavra significou por muito tempo, e ainda hoje, para alguns, algo semelhante a cativeiro. Para Albornoz (2008, p. 11) o trabalho supõe tendência para um fim e esforço. É possível concluir dessas definições que para satisfazer suas necessidades, o homem realiza o trabalho. A história do trabalho começa quando o homem buscou os meios de satisfazer suas necessidades a produção da vida material (OLIVEIRA, 1991, p. 5). Essas necessidades foram uma das causas para se estabelecer as relações sociais. Para os antigos gregos o trabalho não era associado a nenhum valor ou virtude moral, uma vez que, para eles, brutalizava a mente e tornava o homem inadequado para as práticas superiores, como a política ou filosofia. Entretanto, é importante destacar que o trabalho não era negado pelos gregos. Era antes uma atividade necessária desde que fosse um trabalho em estilo aristocrático, intelectual, contemplativo. O homem não poderia resumir sua vida a trabalho, devendo evitá-lo o máximo possível. (BENDASSOLLI, 2007). No início do cristianismo o trabalho era visto como punição para o pecado. Já no tempo de Agostinho, o trabalho devia ser obrigatório, mas alternado com orações. (ALBORNOZ, 2008). Os teólogos cristãos medievais possuíam a visão que só deve-se trabalhar o necessário, não perdendo de vista os reais valores que levam à graça de Deus. No período renascentista, o trabalho foi visto como oportunidade dos homens revelarem sua essência por meio de suas obras. O homem é visto aqui como um homo faber, realizando obras que refletem sua própria alma. Surge o ideal do ofício do artesão e não há motivo exterior ao trabalho, pois o importante é o produto que está sendo feito e sua criação (BENDASSOLLI, 2007). É interessante notar que tanto para os antigos quanto para os medievos, o trabalho possuía um sentido externo a ele próprio. Para os antigos o que importava era o cultivo das virtudes, para os medievos o louvor a Deus. Já para os renascentistas o que realmente importa é a expectativa e o prazer de realizar um bom trabalho, sendo o dinheiro, a reputação ou a salvação apenas consequências. O protestantismo irá trazer um novo valor para o trabalho, enfatizando a importância do trabalho individual e tornando possível pensar na construção da identidade através do trabalho. Lutero, Calvino e os puritanos consideravam o trabalho como uma forma importante de avaliar o estatuto moral do indivíduo. Portanto, o protestantismo foi responsável por moldar uma legião de trabalhadores que era cada vez mais necessária à industrialização através de incentivos ao trabalho e da punição a ociosidade, tornando o trabalhador mais disciplinado. (BENDASSOLI, 2007). Aqui, já se pode notar a centralidade que o trabalho passa a ter na definição do sujeito. Albornoz (2008) afirma que vivemos a época das organizações multinacionais e que cada vez mais o trabalho autônomo é abandonado em busca de um emprego nessas organizações ou ainda pelo desemprego. O trabalho nas cidades modernas traz como característica peculiar a separação entre lugar de trabalho e lugar de moradia. Além disso, no trabalho atual cada trabalhador entende uma parte do processo. Assim o trabalho é alienado do trabalhador porque o produtor não detém, não possui nem domina os meios da produção (ALBORNOZ, 2008, p. 34). Neste sistema, ocorre a separação do trabalhador dos meios de 4

5 produção, o qual é obrigado a vender sua força de trabalho como uma mercadoria para sobreviver (OLIVEIRA, 1991). Para alguns autores as várias mudanças ocorridas na forças produtivas e nas relações de produção levaram ou estão levando ao fim da centralidade do trabalho. Para estes, cada vez mais é evidente o crescimento do desemprego e a fragmentação do mercado, pois as pessoas objetivam construir suas vidas dentro do mercado formal e acabam não encontrando espaço (ORGANISTA, 2006). A formação profissional, muitas vezes, não está ligada ao domínio de um saber, de uma técnica, alcance ou satisfação de uma capacidade e sim para se conseguir um emprego. Paul Singer (apud ALBORNOZ, 2008) fala que o emprego não é entendido primeiramente como uma atividade peculiar, no sentido técnico de trabalho ou produção, mas como um recurso de acesso a uma parte da renda e ao consumo. As pessoas trabalham antes para consumir do que para produzir algo. Apesar da precarização do trabalho, este continua a ocupar uma posição central na vida dos indivíduos, seja como maneira de construir a identidade seja como meio de subsistência. A seguir serão vistas algumas discussões sobre o trabalho e a construção da subjetividade dos indivíduos na sociedade atual. 3. O trabalho e a construção da subjetividade na sociedade contemporânea: Os Ethos de Bendassoli No livro Trabalho e identidade em tempos sombrios, Bendassolli (2007) se propõe a explorar a situação do trabalho na atualidade, reconhecendo seu enfraquecimento na definição da identidade, mas insistindo que o trabalho não desapareceu por completo. O que há de característico na pós-modernidade, para o autor, é sua ambigüidade devido à pluralidade de sentidos que o trabalho adquiriu, tornando difícil estabelecer uma relação direta entre ele e a construção da identidade. Assim, a identidade dos indivíduos não é definida unicamente através do trabalho: é como se o trabalho deixasse de ser a única objetivação possível para o ser, sua única ou mais privilegiada forma de revelação (BENDASSOLLI, 2007, p.22). O autor se coloca, ao mesmo tempo, a favor e contra os adeptos da teoria da morte do trabalho. Coloca-se na posição de adepto justificando as mudanças no campo das instituições e suas consequências para o trabalho. Coloca-se contra a morte do trabalho ao afirmar que ele nunca deixou de ser importante quer seja como fonte para obtenção de renda e via de acesso ao consumo, quer seja em relação à construção da subjetividade dos indivíduos. O enfraquecimento do trabalho é explicado por dois aspectos: o enfraquecimento institucional e o enfraquecimento subjetivo. Em relação ao primeiro, o autor fala das consequências da sociedade pós-industrial: substituição do trabalho humano pelo trabalho realizado pelas máquinas, falência progressiva do Estado subsidiário, deslocando aos indivíduos a tarefa de cuidar da própria empregabilidade, entre outros. A natureza fraca do trabalho seria, portanto, consequência desses e de outros aspectos desinstitucionalizantes que ele sofreu na segunda metade do século XX. Quanto ao segundo aspecto, o enfraquecimento subjetivo, o autor explica que o elo que ligava o trabalho ao sentido que o indivíduo dava a sua existência na modernidade também é enfraquecido. Assim o trabalho é fraco porque é sensível às forças desestruturantes da pós-modernidade (BENDASSOLLI, 2007). Bendassolli (2007) afirma que para melhor entender o enfraquecimento da relação trabalho-identidade, torna-se necessário uma discussão acerca do significado de identidade no contexto pós-moderno. É interessante ressaltar que, para o autor, a identidade é definida como uma narrativa que o indivíduo constrói ao longo da vida tendo por finalidade fornecer uma linguagem coerente a partir da qual ele possa construir e organizar o sentido de sua existência no tempo-espaço. 5

6 A noção de identidade foi desenvolvida mais intensamente pela psicologia e sociologia. Essas ciências construíram o conceito baseando-se nos princípios do sujeito moderno, como continuidade e permanência, mostrando a necessidade de basear a identidade em referenciais sólidos. Assim, na Modernidade o sentido do trabalho era apresentado por meio de uma metanarrativa social fazendo com que as narrativas dos indivíduos dependessem fortemente daquela. Essa metanarrativa encontrava apoio na sociedade industrial, que salientava para os jovens como era importante o trabalho e pregava a centralidade econômica, moral, filosófica, ideológica e contratual do trabalho. Dessa forma, o autor explica que: Em um dado momento da história do ocidente o trabalho foi escolhido como sujeito. Nessa posição ele oferecia uma metanarrativa social sobre seu valor e sentido, seja para os indivíduos quanto para as instituições. Como sujeito, nesse sentido filosófico, o trabalho era a instância pela qual os indivíduos se tornavam quem eles eram (BENDASSOLLI, 2007, p. 226, grifos do autor). Na segunda metade do século XX, esse sujeito, o trabalho, vai sendo pouco a pouco desmontado. Para analisar seu enfraquecimento pós-moderno como sujeito, Bendassolli (2007) afirma que essa desmontagem acontece em duas dimensões: objetiva, quando os modelos de trabalho instituídos são revistos; e subjetiva, quando ocorre a crítica à filosofia do sujeito e ao seu modelo de subjetividade. A consequência dessa desmontagem é que a identidade torna-se plural, ou seja, não existe apenas uma identidade ligada a um único sujeito dominante. A crença de que a época das certezas chegou ao fim com a transição para a pósmodernidade refere-se, pois, a uma constatação filosófica: a crença no enfraquecimento da metafísica do sujeito (BENDASSOLLI, 2007, p. 226). Bendassolli (2007) apresenta cinco narrativas públicas que chama de ethos, sobre o sentido e o valor do trabalho para os indivíduos na atualidade. Os ethos tratam-se de narrativas identitárias, ou seja, os indivíduos tendem a explicar e construir suas identidades tomando como base uma dessas narrativas ou mesmo mais de uma. A Figura 1 resume as características principais de cada ethos: Tipo de Ethos Características do Trabalho Moral-Disciplinar Trabalho como dever Romântico-Expressivo Trabalho como um fim em si mesmo Instrumental Trabalho como emprego. Consumista Trabalho como meio de obter prazer. Gerencialista Trabalho como projeto pessoal. Figura 1 Tipos de Narrativas sobre o Sentido do Trabalho Fonte: Baseado em BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Trabalho e identidade em tempos sombrios: insegurança ontológica na experiência atual com o trabalho. Aparecida: Idéias & Letras, Em relação ao ethos moral-disciplinar, este seria composto pelos resíduos da antiga ética protestante e por doutrinas moralistas tradicionais que defendem o dever de trabalhar. O trabalho tem haver, neste caso, com responsabilidade e com a realização de tarefas, independentemente de trazerem ou não prazer. Já o ethos romântico-expressivo possui como característica principal o trabalho como um fim em si mesmo, ou seja, o trabalho é reconhecido pela forma como foi realizado, pelo produto final e não pelo salário ou prestígio. [...] nesse ethos o trabalho é importante para a definição da identidade na medida em que ele é, por assim dizer, a identidade-em-construção, em plena atividade. O problema é que, na atualidade, isso pode ser dificultado, 6

7 primeiro, pela dificuldade de alguém dedicar-se a um dom, a um talento e a uma perícia (é preciso, hoje, fazer tudo ao mesmo tempo); segundo, pela voracidade consumista que atinge em cheio o núcleo deste ethos, redescrevendo o sentido e o valor do prazer e da satisfação dele decorrentes com a finalidade de pôr a roda do consumo e da economia de mercado em pleno funcionamento (BENDASSOLLI, 2007, p. 237). No ethos intrumental, por sua vez, o trabalho é visto em sua dimensão liberal, ou seja, como emprego, como troca, submetido à lógica do sistema capitalista. Possui três características: (i) a dimensão meritocrática do trabalho, sendo a meritocracia um sistema no qual a justiça advém do mérito, das qualidades dos indivíduos; (ii) o trabalho como obtenção de renda, ou seja, deposita-se no trabalho uma centralidade capaz de proporcionar o consumo; (iii) o trabalho como status, sendo o valor do indivíduo determinado por quanto ele ganha e pelo cargo que ocupa. Nesse ethos, o indivíduo não escolhe seu trabalho movido pela autorealização, mas sim pelo desejo de status (Bendassolli, 2007). Em relação ao ethos consumista, o trabalho é visto como meio para obtenção de satisfação: [...] nesse ethos o prazer está em realizar alguma coisa por si mesmo, e não para o outro: alguém trabalha por si mesmo e por seus ideais, e não por uma ética coletiva ou ideal coletivo. No extremo, a preocupação é com o nível de renda e poder aquisitivo para permitir o acesso ao mercado de bens de consumo ou então ao mercado de sensações. Quer dizer, o trabalho, neste ethos, é apenas um meio para a obtenção de prazer e da satisfação que ele traz (BENDASSOLLI, 2007, p ). Por fim, o ethos gerencialista está ligado aos discursos do management ou gestão empresarial difundidos pelos empreendedores e gurus da administração. Uma crença disseminada por esse ethos é a de que os indivíduos não devem mais buscar empregos, pois o trabalho não existe mais da forma como era antes, ou seja, com estabilidade. O conceito de emprego é substituído pelo de projeto. Trabalhar é ter um projeto pessoal. Indivíduo Você S.a. é outra crença desse ethos e afirma que o trabalho, a carreira, o sucesso bem como o fracasso, tudo depende do próprio indivíduo, que tem de se ver como uma empresa, como um empreendedor de si mesmo (BENDASSOLLI, 2007, p ). Portanto, esses cinco ethos são vocabulários nos quais as narrativas identitárias podem se basear. Bendassolli (2007) também afirma que nenhum dos ethos precisa ou seria capaz de dizer a verdade última sobre os indivíduos. Eles apenas funcionam como narrativas, oferecendo uma rede de crenças e desejos mais ou menos coerentes com a imagem que o indivíduo faz de si mesmo. Também é importante ressaltar que os indivíduos, na construção da identidade no trabalho, circulam em mais de um desses ethos ou são a eles expostos. Essa situação de exposição a vários ethos pode levar o indivíduo a um estado de insegurança ontológica. Insegurança ontológica para o autor é uma situação em que o indivíduo não consegue justificar suas ações; não sabe porque as faz, e, mesmo quando sabe, não consegue reconhecer nisso um sentido, uma coerência (BENDASSOLLI, 2007, p. 265). Uma das causas para insegurança ontológica está relacionada à divisão do trabalho, pois esta pode levar a um trabalho desprovido de significado. Fromm (apud BENDASSOLLI, 2007) afirma que a vida perde o sentido e o resultado é uma sociedade insana. O principal conceito que Fromm obtém do marxismo é o de alienação: sempre que o indivíduo sinta que algo não está acontecendo como deveria. Sendo assim, pode-se inferir que as patologias relacionadas ao trabalho na sociedade atual são produtos da construção ideológica que o elegeu como referência de subjetividade. As pessoas tendem a querer construir suas 7

8 identidades tomando como referência o trabalho tal como existia na modernidade. Quando não conseguem, o não-trabalho pode ser associado a desequilíbrios psíquicos, como por exemplo, a depressão (BENDASSOLLI, 2007). As idéias de Bendassoli (2007) apresentadas nesta parte do referencial serviram como categorias teóricas que viabilizaram o olhar sobre o fenômeno trabalho para integrantes do movimento Hip Hop e inspiraram sua discussão. Os procedimentos de campo, levantamento, análise e intepretação dos dados são explicados na seção que segue. 4. Procedimentos metodológicos Adotou-se a abordagem qualitativa com vistas a aprofundar o conhecimento sobre o assunto, obtendo informações detalhadas. Dentre os vários métodos permitidos por essa abordagem, optou-se pela história oral, um tipo de estudo biográfico. O método biográfico parte da premissa que a compreensão da individualidade de uma vida é uma forma de observar sua realidade social. Para Goldenberg (2000, p. 36), cada indivíduo é uma síntese individualizada e ativa de uma sociedade. A história oral como método de pesquisa pode ser considerada um tipo de história de vida. Difere-se desta última em função da maior objetividade adotada pelo pesquisador e pelo falante. O pesquisador vai apresentar um fato, ou uma questão específica, e vai colher o depoimento de várias pessoas para buscar o entendimento do problema (DOURADO, HOLANDA, SILVA, & BISPO, 2009, p. 10). Investigaram-se através desse método, dois indivíduos da Rede de Resistência Solidária: Galo, integrante do Coletivo Êxito de Rua; e Pixote, integrante do Coletivo Nova Geração. A análise dos dados se deu através da análise de conteúdo com o objetivo de fazer inferências acerca dos dados coletados. A produção de inferências em análise de conteúdo tem um significado bastante explícito e pressupõe a comparação dos dados, obtidos mediante discursos e símbolos, com os pressupostos teóricos de diferentes concepções de mundo, de indivíduo e de sociedade (FRANCO, 2007, p. 31). Assim, a análise de conteúdo se destina a inferir de maneira lógica informações que vão além do que foi manifestado na mensagem pelo seu produtor. Compararam-se os dados obtidos na história oral com os ethos desenvolvidos por Bendassolli (2007) sobre o sentido do trabalho na sociedade contemporânea. Objetivou-se compreender a narrativa principal, como forma a identificar a dimensão que estes individuos concedem ao seu trabalho. A escolha dos dois indivíduos foi baseada no critério de informantes-chave, ou seja, aqueles indivíduos que por suas características podem ter mais a falar sobre o fenômeno, de forma rica e aprofundada. Assim, ambos são sujeitos que trabalham com o Hip Hop, desempenham papéis de liderança na comunidade em que estão inseridos e também em outras e, principalmente, parecem estar comprometidos com o ideário reinvindicatório do Movimento. Comparou-se cada ethos desenvolvido por Bendassolli com a narrativa apresentada por cada indivíduo. Posteriormente foi realizada uma avaliação a fim de saber se ambos utilizam o mesmo ethos, a mesma narrativa, para dar sentido ao seu trabalho. 8

9 5. Análise dos dados 5.1 Os sujeitos pesquisados A vida de Galo, do Coletivo Êxito de Rua Galo começou a pichar com oito anos de idade e alguns anos mais tarde se dedicou ao grafite. Hoje tem trinta e um anos. De origem humilde, enfrentou desde cedo as dificuldades de uma família pobre e os preconceitos com o estilo de vida que escolheu. Eu cresci num lugar extremamente pobre de dinheiro, mas ao mesmo tempo eu não tinha essa pobreza que era se sentir pobre. Eu acho que eu era rico porque eu não sentia essa pobreza [...]. Tem um filho. Estudou somente até o primeiro ano do ensino médio. Freqüentou bailes funk, conheceu gangues e entrou em vários grupos envolvidos com Hip Hop antes de criar o Coletivo Êxito de Rua. Trabalhou como entregador de remédios, vendedor de jornal, de picolé. Nunca teve carteira assinada. O ano de 1997 é o ano que ele considera sua independência: Eu comecei a viver do que eu fazia: vender camisas, pintar camisas pra loja de skate, camisa de rock, camisa de banda e comecei a tirar uns trocados com isso. Ministrou oficinas de grafite em várias ONGs durante anos. Posteriormente deixou de dar oficinas, pois, na sua concepção, tava virando só um professor, tava deixando de tá na rua pintando também, tava deixando de me dedicar a muitas coisas e estava preso as ONGs também. Afirma que através do Hip Hop conseguiu encontrar seu lugar no mundo: Essa coisa do rap, essa coisa do hip hop que eu comecei a entender foi deixar um lugar assim no mundo pra mim também. Não que eu não tivesse um lugar, não que eu não pudesse continuar pichando, só que eu precisava de alguma coisa que eu não precisasse ficar escondido, que eu pudesse crescer com isso. E...o grafite me impulsionou isso, o rap me impulsionou a isso. Seu primeiro trabalho com o grafite foi pintando muro para um vereador. Hoje o Coletivo tem um estúdio caseiro, que é umas das fontes de renda de Galo. Mas seu trabalho, de onde ele tira seu sustento, é o grafite. Já viajou para o exterior e pelo Brasil levando sua arte Agora, Pixote do Coletivo Nova Geração Pixote nasceu e vive na comunidade da Várzea, bairro da periferia do Recife. Tem vinte e nove anos e conheceu a pichação aos doze. Por volta dos dezesseis anos teve contato com a pichação de rua e com outros pichadores. Parou de pichar quando conheceu sua atual esposa. Casou-se e seu primeiro filho nasceu quando tinha dezessete anos. Tem dois filhos. Foi evangélico por influência de sua esposa durante algum tempo. Só conheceu o grafite depois de casado, através de Galo e Bonny, grafiteiros da comunidade da Várzea na época. Trabalha e se mantém com a arte há 10 anos, desde Na sua adolescência se envolveu com crimes e depredou escolas com sua pichação. Sua vida mudou quando o diretor da escola perguntou como ele gostaria de pintar a escola. 9

10 Eu pichava a escola, eu sujava, quebrava a banca. [...] Aí o diretor, não sei se ele quis se render ou se ele quis me ajudar. [...] ele queria realmente me ajudar a sair daquela história. [...] Porque ele chegou perto de mim e perguntou como eu queria pintar a escola. Aí eu disse que queria fazer grafite, mas não sabia nem desenhar. Na verdade nessa época eu não sabia nem desenhar meu nome, pode parecer mentira. [...] Por causa dessa atitude do diretor, desse diretor, eu convidei esses meus amigos que faziam grafite pra vir pintar comigo, mas na verdade eles vinham pintar e eu ia prestar atenção. Fez grafite por hobby nos anos seguintes, de 99 até Paralelo a isso, ingressou no mercado de trabalho formal, exercendo a função de zelador e funcionário em uma empresa de confecções onde pintava camisas. Como autônomo, trabalhou em casa pintando camisas graças a um curso de serigrafia que havia feito antes de conhecer o grafite e ao aprendizado que havia adquirido na empresa. Em 2002, uma professora perguntou se ele já havia trabalhado ministrando aulas de grafite. E aí ela me iniciou [...] e aí eu passei a trabalhar com aquilo. Foi quando eu botei na minha cabeça, foi quando, na verdade, eu vi que era possível trabalhar com o que gosta. Porque lá eu era um estagiário, mas eu estava sendo pago para trabalhar com o grafite, pra ensinar o grafite aos meninos. [...] E aí eu vi que era possível você se auto-sustentar com o que gostava. E eu ainda estava sendo pago. Encontrou na arte-educação uma forma de garantir sua sustentabilidade: eu gostei da idéia arte-educação porque poderia trazer a minha auto-sustentabilidade e era uma coisa que eu gostava, eu sentia prazer [...]. Conheceu a Rede de Resistência Solidária em Abril de Conforme eu fui andando com a Rede [...] eu fui entendendo qual era o propósito, o que cada coletivo tinha pra fazer mesmo dentro da comunidade, entender o que era possível de fazer. Em 2007, nasceu o Coletivo Nova Geração. Sua sustentabilidade vem do estúdio do Coletivo e das atividades com arte-educação. 5.2 O trabalho e o seu sentido para Galo Atualmente o trabalho de Galo se resume ao grafite e ao Coletivo Êxito de Rua, mas outras ações caminham em paralelo: oficinas, shows e mutirões organizados pela Rede. O Coletivo Êxito de Rua nasceu em 2000 e encontrou no rap uma forma de se expressar. Galo também foi o idealizador da Rede de Resistência Solidária. A Rede nasceu em Janeiro de 2005 através do Mutirão de Grafite, ação onde vários grupos saem pra pintar a cidade. Com o grande número de grupos e comunidades do Recife (mais de sessenta) que começaram a participar da Rede foi necessária uma maior formalização das atividades. A consequente perda da espontaneidade foi um dos motivos que levou a Rede a diminuir a frequência de algumas atividades mais burocráticas, como reuniões e encontros de planejamento. Mas o mutirão continua acontecendo uma vez por mês em várias localidades do Recife. A princípio, a intenção da Rede era, segundo o entrevistado, criar um diálogo revolucionário dentro das comunidades. Mesmo com essas dificuldades, Galo afirma que a Rede continua existindo: A rede não é só as organizações e não é só as pessoas, a Rede é uma pessoa só que se organiza em rede, conhece muita gente, se comunica em rede. Sobre seu trabalho, Galo afirma que é algo para a vida toda: Não é uma coisa que eu vou fazer e daqui a um ano subir no pódio assim. É a minha vida que eu tou fazendo. Há, 10

11 portanto, uma certa indistinção entre trabalho e vida. Aliás, para Galo seu trabalho é parte central de sua vida. Pode-se ver nessa passagem que o trabalho é algo que se confunde e se constrói concomitantemente com a vida do entrevistado. Não há mudanças, nem adoção de valores como ocorre com trabalhadores de organizações formais. É notável que Galo não tem pressa em desenvolver seu trabalho, pois não tem por objetivo conquistar uma posição no mercado formal. A sua experiência com o trabalho, como se pôde perceber no seu discurso, começou desde muito jovem. Quando criança ele vendeu jornal por conta própria. Na passagem abaixo, ele faz uma breve descrição dos lugares por onde passou antes de viver do Hip Hop: Minha experiência de trabalho foi assim: eu nunca trabalhei numa empresa. Trabalhei numa época...passei uns três meses trabalhando numa oficina de refrigeração. O meu primeiro trabalho que eu tive, trabalho mesmo, foi numa farmácia entregando remédio. Eu entregava remédio de bicicleta. Eu comecei a trabalhar lá panfletando e aí depois um cara da farmácia entrou de férias e eu entrei no lugar dele pra entregar de bicicleta. Pra mim foi a melhor coisa do mundo. Adorava entregar remédio. A farmácia era lá em Jardim Piedade. Eu achava legal, saía de bicicleta, entregava o remédio, voltava. Era criança, era meu trabalho. Meu primeiro trabalho, antes disso, foi vender jornal. Mas eu vendia jornal pra mim mesmo, não vendia pra ninguém. De alguma forma, ele reconhece que o trabalho formal não é o que ele deseja, porque possui traços que ele não quer para si. Contudo, fala da dificuldade de acesso ao mesmo. Assim, a sua opção pela atividade, principalmente de grafitagem, ora aparece como propósito de vida, ora como resignação a sua dificuldade de mobilidade social, conforme mostra seu depoimento a seguir: Muita gente procura trabalho, não existe trabalho. Muitas poucas vagas de trabalho, o mercado é muito pequeno, o mercado é muito fechado, muito competitivo, muito desleal, injusto, um monte de coisa que quase todo mundo sabe assim. Em outros trechos, é possível perceber que o entrevistado não se imagina fazendo parte do mercado formal. Afirma que não se imagina levando um currículo para procurar um emprego. Mesmo quando ele coloca como hipótese futura a necessidade de um outro trabalho, afirma que faria, mas colocando o filho como justificativa para o sacrifício pessoal. Se eu precisar, se chegar uma ocasião muito necessária assim, eu vou pintar muro de político, vou fazer qualquer coisa, vou vender picolé na praia. Se for pra meu filho, eu vou fazer qualquer coisa. Agora graças a Deus, não preciso. Eu sempre fui um vagabundo promissor. Auto-entitula-se como um vagabundo promissor, e esta condição diz ser a alternativa que ele encontra para enfrentar a necessidade. A expressão também mostra resistência à procura do mercado formal de trabalho. Pode-se inferir que mesmo que ele precisasse de outro trabalho para se manter, não se afastaria da sua arte, assim como não buscaria o mercado de trabalho formal, mas apenas pintaria para quem pudesse pagá-lo melhor por isso. É possível perceber a realização de seu trabalho sem se preocupar com o resultado, com o desempenho, quando o entrevistado conta que, em geral, escreve coisas sem pensar no que está escrevendo, mas que um sentido naquilo que foi escrito surge depois. Este fato 11

12 lembra características do período renascentista, onde o homem realizava um trabalho que refletia sua alma: Eu fiz um grafite, acho que em 98, aí eu escrevi lá nesse grafite uma frase [...] mais ou menos assim: não vou morrer sufocado por um sistema capitalista, me libertarei. Escrevi isso lá...essa frase aí. Na hora que vc escreve, que eu escrevi, eu não pensei tanto pra escrever. [...] Mas tem coisas, eu vejo assim, que faz sentido.[...]eu precisava me libertar, mas do que o povo, mas do que as outras pessoas. Eu precisava pintar. Eu precisava fazer o que eu queria fazer. Sobre o dinheiro, foi possível perceber que é algo exterior ao seu trabalho, uma consequência e não a causa primeira, o inverso do que se percebe hoje em dia. Sua fala, a seguir, expressa esta condição: [...] Isso não tem dinheiro que pague. Se eu morrer hoje, eu acho que a minha missão ta feita. Tou fazendo o que eu preciso fazer. Tem pessoas que precisam ser pagar pra fazer alguma coisa. Eu preciso fazer o que eu preciso fazer. Se eu não fazer o que eu preciso fazer, eu acho que pra mim é mais problema do que eu fazer alguma coisa que alguém pagou pra fazer. Galo afirma que gosta de trabalhar fazendo a sua arte e quando alguém consegue gostar do seu trabalho é que ele consegue trabalhar. Afirma não faltar oportunidades de trabalho, pois conhece muitas pessoas. No seu discurso se nota certa reflexão: Eu ainda fico...não sei ainda o que vou fazer da minha vida. Pelo menos eu sou um pintor, né? Isso é a única coisa que eu tenho. [...] Eu escrevo, tô fazendo um livro, tenho vários projetos de disco [...]. Essas coisas não dá dinheiro. Não é por dinheiro também. No seu discurso, não se percebe características de insegurança ontológica apontadas por Bendassolli (2007): depressão, falta de continuidade. Trata-se muito mais de uma reflexão. Galo já trabalhou para algumas empresas, o que ele chama de "trabalho comercial". Ele não parece ter o mesmo orgulho desses trabalhos como tem dos que são realizados na rua, sem receber dinheiro: já fiz trabalho pra várias empresas, mas eu não tenho nada desses trabalhos [...] eu não guardo esse material. Eu nunca me interessei em guardar. Porém não é da rua que galo tira seu sustento. Na rua eu não ganho dinheiro nenhum. Eu ganho dinheiro quando eu faço trabalho. Por exemplo: eu vou pintar em algum lugar, aí eu cobro pra pintar quando alguém quer que eu pinte. Mas tem pessoas que me chama e não tem dinheiro, aí eu faço de graça. Tem vezes que eu faço o trabalho e digo assim: você me pagaria quanto? Aí a pessoa diz. Eu faço. A maioria das pessoas vive com um salário mínimo, com dois salários mínimos. Se eu consigo mil reais por mês, eu já tou satisfeito. Sobre seu sustento afirma que ter dinheiro é necessário, mas que ele tenta não se preocupar com isso: tenho tanta coisa pra fazer que eu prefiro esperar um dia após o outro do que me aterrorizar com o que vai vir muito lá na frente. Sobre o horário de trabalho, afirma que, algumas vezes, quando está preocupado, não consegue pintar, principalmente trabalho comercial. Mas não é sempre que se sente assim. 12

13 Perguntou-se no final da entrevista qual o significado do trabalho dele e como ele definia seu trabalho. A resposta foi: Na real mesmo, às vezes eu sei o que é, às vezes eu não sei. Eu queria fazer um trabalho pra ajudar. Eu queria fazer um trabalho pra mudar. Eu não quero fazer um trabalho só por fazer um trabalho. Não me interesso em pintar só pra ganhar um trocado. Não me interesso em ocupar um espaço só pra sobreviver assim. Eu quero fazer uma coisa que mude [...] que possa fazer alguma diferença. Eu quero que meu trabalho faça alguma diferença. Talvez Galo tenha entendido a pergunta tomando como referência o trabalho no sentido de emprego. Assim, a expressão às vezes eu sei o que é indica um trabalho que ele percebe enquanto trabalho porque está recebendo pela atividade. Já a expressão às vezes eu não sei o que é aponta que há uma confusão na sua forma de entender o trabalho, pois que ele realiza uma mesma atividade ora sendo remunerada, ora não sendo, como no caso de uma pintura em um muro da cidade. Percebe-se que o entrevistado não consegue definir claramente seu trabalho, pois apesar deste ser uma forma alternativa ao trabalho realizado no mercado formal, não consegue ser livre da relação com este mesmo mercado, uma vez que ele precisa ganhar algum dinheiro para realizá-lo às vezes, a título de sustento. Entretanto querer que seu trabalho faça a diferença e contribua de alguma forma com a comunidade, colocando este objetivo acima do próprio retorno financeiro, faz de Galo um sujeito que coloca seu trabalho como sua missão de vida. Assim, pode-se perceber que seu trabalho é cheio de sentido, pois que se confunde com sua própria vida. 5.3 O trabalho e o seu sentido para Pixote Pixote trabalha com oficinas de arte-educação, com pintura e no estúdio do Coletivo Nova Geração. O estúdio, chamado Barraco Estúdio, desenvolve atividades de produção de áudio e vídeos. Sobre suas atividades no estúdio afirma: a gente faz cobertura de eventos, a gente faz cobertura de aniversários. Esse tipo de trabalho é a nossa sustentabilidade. O seu primeiro emprego com carteira assinada foi de zelador de um condomínio, durante mais de um ano. Saiu do emprego porque disse que eram muitos patrões: cada um que mande uma coisa diferente e aí pra mim foi complicado. Posteriormente trabalhou numa empresa de confecções, graças a um curso de serigrafia que havia feito antes, mas por um mal entendido, na verdade, rescindiram meu contrato lá. Pixote continuou em busca de outros empregos formais: Quando eu saí dessa empresa, eu comecei a procurar outras empresas e vi que não era assim tão fácil. Sobre suas experiências de trabalho anteriores, as considera um trabalho forçado, feito para se manter, para manter sua família. Nota-se que há o dever de trabalhar, mesmo que este seja movido por uma necessidade. Esse dever pode ser caracterizado como herança da antiga ética protestante, sendo que esta pregava o dever de trabalhar como forma do indivíduo conseguir a salvação. Eu mesmo já fui forçado a trabalhar em outras coisas. Eu terminei só o ensino médio, não fiz faculdade. Mas aí eu já trabalhei de zelador, de estampador de camisa. Já trabalhei como vendedor, várias coisas assim. Agora esses outros trabalhos, sinceramente, pra mim, era trabalho forçado porque era um trabalho que eu estava trabalhando simplesmente pra me manter. Mas não era o que eu gostava de fazer. 13

14 Na época que Pixote estava desempregado, já conhecia o grafite e a serigrafia. Decidiu então que ia trabalhar por conta própria, pintando suas camisas. Com ajuda da sogra, que lhe cedeu um quarto na sua casa, ele iniciou seu próprio trabalho. Passei a trabalhar nesse quarto e com o tempo eu tomei conta da casa toda. As demandas de trabalho foi muita, de camisa e tal. Agora tinha um lado negativo também. Eu tava me sentido um pouco realizado porque não tava dependendo de ninguém. Eu dependia de mim, da minha correria, do meu trabalho. Mas tinha um lado negativo pra mim, eu trabalhava, eu acordava pra pintar e dormia pra pintar. Eu passava o dia todo pintando e ficava até de madrugada. Eu só parava mesmo quando não agüentava. Percebe-se que mesmo realizando um trabalho através da sua arte e recebendo por isso, Pixote não estava satisfeito. A lógica de produção em massa, com o objetivo de produzir sempre mais, sugava suas forças, mesmo ele sendo seu próprio patrão e trabalhando com algo que gostava. Abandonou esse trabalho assim que percebeu que daria pra se manter com as oficinas que ministrava nas ONGs. Junto com a Rede realizou trabalho em diversas comunidades e também teve a idéia de criar o Coletivo Nova Geração, já em 2007: o Nova Geração foi pensado para ser um estúdio de grafiteiros, mas depois a gente conheceu a música caseira através do Coletivo Êxito de Rua, o formato de música que o Êxito de Rua produzia. O estúdio foi montado em uma parte da casa que o pai de Pixote deixou de herança para ele e seus irmãos. Pixote acabou se afastando das ações da Rede pra se dedicar à própria comunidade. Afirma que a gente ainda é a Rede, mas é porque a demanda fica tão grande que cada um também tem que fazer a sua própria correria. Considera que o dinheiro que recebe pelos seus trabalhos é um dinheiro fácil: Todo trabalho que é prazeroso, que é porque você gosta, ele se torna um dinheiro fácil porque você não sente que está trabalhando ali. Também fala dos planejamentos em relação ao dinheiro, pois nem sempre é garantia que ele irá ter o dinheiro do próximo mês: Quando a gente tem uma grana legal, a gente tem que pensar em dois ou três meses. Uma alternativa pra esses meses difíceis é o que ele chama, assim como Galo, de "trabalho comercial": Aparece uma escola, aí eu vou lá e pinto a escola. Essas situações deixam Pixote angustiado, mas mesmo com essa dificuldade, mostra-se satisfeito com o seu trabalho. Eu vi que a melhor coisa não é a correria pelo dinheiro, mas sim por aquilo que você ama fazer [...] O dinheiro facilita muita coisa, ajuda muito, mas não é tudo. O dinheiro não pode comprar felicidade, não pode comprar um amor de um amigo, de um ente querido. E por que eu vou ta me matando pelo dinheiro. Com certeza, eu vou ta correndo atrás dele porque ele á única maneira de sobreviver. Se existisse realmente de fato uma coisa concreta que pudesse nos sustentar que não fosse o dinheiro, com certeza eu ia correr pra esse lado. Mas hoje, não existe. Eu trabalho pelo dinheiro, mas não que ele seja o meu objetivo. O meu objetivo é realmente atingir, digamos que a minha felicidade e a minha felicidade é tentar pelo menos transformar a juventude, tentar trazer novas possibilidades. Pixote acredita que a melhor maneira de você ganhar o dinheiro da sua sobrevivência é tentar trabalhar com aquilo que gosta. Ele realiza o seu trabalho com o objetivo de torná-lo acessível a outras pessoas. Durante a entrevista, afirma que muitas pessoas têm preconceito com o rap, sem mesmo saber do que se trata. Quando os CDs são vendidos a um preço de R$ 10,00 ou R$ 15,00, as pessoas não vão querer comprar, segundo o entrevistado. Mas ele acredita que a 14

15 produção de CDs a um preço acessível, como os que ele produz, permite que as pessoas tenham acesso à comunicação e a cultura. Assim, infelizmente não temos como fugir do capitalismo, precisamos de dinheiro pra sobreviver. A gente não pensa em ser rico, não pensamos em esbanjar o dinheiro, mas a gente quer o necessário pra poder sobreviver, pelo menos, com dignidade. Por isso que a gente tenta trabalhar nessa linha independente também, porque a gente trabalha com o que gosta e não pelo que é forçado. A entrevista termina com o seguinte comentário de Pixote sobre o mercado de trabalho formal: O que é um grande escravizador? Escravizador é o empresário que ganha muito em cima de trabalho escravo dos outros. Para o entrevistado seu trabalho é o caminho da livre escolha, se chama ser livre [...] você poder escolher de onde você vai tirar o seu dia-a-dia, você escolher o que você quer fazer, você escolher pra onde você quer ir. 5.4 Os ethos utilizados pelos sujeitos Como discutido na fundamentação teórica, na modernidade o sentido do trabalho e o valor que ele tinha na sociedade eram apresentados por meio de uma metanarrativa social que permitia ao indivíduo formar sua identidade e atribuir sentido ao seu trabalho. Entretanto, a pós-modernidade e suas várias incoerências teriam enfraquecido a metanarrativa. A consequência foi a procura pelos indivíduos de outras narrativas a fim de construir a identidade e dar sentido ao trabalho. Bendassolli (2007) elaborou cinco narrativas públicas, os ethos, que os indivíduos usam para atribuir sentido ao trabalho na atualidade. O cruzamento dos vários ethos com os dados obtidos na pesquisa permitiu encontrar em que dimensão, mais precisamente, qual narrativa, os trabalhos realizados por Galo e Pixote se fundamentam. Percebe-se que ambos resistem às narrativas dos ethos instrumental, consumista e gerencialista. Tais narrativas são mais utilizadas pelos indivíduos atualmente, como reflexo do sistema hegemônico e da lógica do mainstream. Apesar de encararem o trabalho com responsabilidade, ambos o associam ao prazer. Nas suas narrativas não há separação entre trabalho e prazer. Com isso, pode-se perceber que o ethos moral-disciplinar também não está na base de suas narrativas. Tipos de Ethos Pressupostos Galo Pixote ethos moraldisciplinar ethos românticoexpressivo O trabalho é visto com responsabilidade, independente de trazer prazer ou não. O indivíduo que o realiza aparece aos olhos dos demais como uma boa pessoa que está fazendo apenas sua obrigação. A identidade íntima não está associada ao trabalho, ficando a cargo de outras áreas da vida. O trabalho é visto como um fim em si mesmo, sendo importante para a definição da identidade, pois é a identidade-em-construção O indivíduo dedica-se a um dom. O trabalho é associado ao prazer. Galo não se imagina realizando um trabalho que não seja com sua arte. Sua identidade, sua maneira de se vestir, seus contatos, sua vida é definida pelo trabalho. Dedica-se a sua arte e seu dom, vistos como uma maneira de se realizar. Não coloca o dinheiro como causa primeira. Trabalha com o que ama fazer. É a minha vida que eu tou fazendo. Trabalhar sem exercer sua arte é visto por Pixote como trabalho forçado. Considera o prazer necessário para que desempenhe suas atividades, pois é preciso ter amor para trabalhar com arte. O trabalho com a arte é visto como causa primeira e necessária para atingir a felicidade, mas reconhece a importância do dinheiro para sobreviver. O meu objetivo é realmente atingir [...] a minha felicidade.. 15

16 Tipos de Ethos Pressupostos Galo Pixote ethos instrumental ethos consumista ethos gerencialista O trabalho não é uma certeza e sim um vínculo instável, visto como emprego. Não há associação com a identidade, a menos que essa associação redunde em geração de valor econômico, como quando um vendedor empresta sua personalidade para seduzir o cliente, se necessário for, quanto à qualidade do produto em questão (BENDASSOLLI, 2007, p. 238). O trabalho é apenas um meio para obter prazer. A identidade é pensada num contexto de consumo e depende de quanto ela agrega de visibilidade e de coerência com os ideais de consumo do sujeito. A preocupação é com o poder aquisitivo para permitir o acesso ao mercado de bens de consumo. O trabalho não é estável. O conceito de emprego é substituído por projeto. O indivíduo deve se considerar uma empresa de si mesmo, não dependendo de instituições. Nunca trabalhou de carteira assinada e não se ver procurando emprego para ter que dar sentido ao seu trabalho. O trabalho que realiza para organizações formais é antes por necessidade de obter dinheiro. Teve vários empregos com carteira assinada, mesmo quando trabalhou em ONGs. Não trabalhar com arte é visto como trabalhar forçado. O objetivo do seu Apesar de considerar o trabalho não é primeiro dinheiro importante, obter acesso ao afirma se existisse (...) consumo. Sempre uma coisa concreta que andei sujo de tinta e pudesse nos sustentar maltrapilho. Viu que não fosse o vários amigos morrer dinheiro, com certeza por causa de roupas e tênis da moda, mas eu ia correr pra esse lado. Não demonstra o nunca se motivou por perfil do consumista consumi-los. desse ethos. Não apresentam nas suas narrativa os discursos difundidos pelo management, nem a preocupação com um projeto profissional de construir carreira como se vê no mundo dos negócios. São empreendedores de si mesmo, mas porque sabem que o trabalho depende deles, da arte que desenvolvem. Figura 2 Pressupostos Teóricos x Sentido do trabalho nas vidas de Galo e Pixote Fonte: Baseado em BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Trabalho e identidade em tempos sombrios: insegurança ontológica na experiência atual com o trabalho. Aparecida: Idéias & Letras, Neste sentido, os indivíduos estudados baseiam sua narrativa no ethos românticoexpressivo. Para Galo o trabalho é algo que se constrói com sua própria vida, que tem por objetivo mais mudar o mundo do que receber apenas gratificações. Já para Pixote, o trabalho que realiza é independente, ou seja, não é o trabalho forçado, realizado somente para se manter. Ele, assim como Galo, tem objetivos maiores, que são: alcançar a própria felicidade e contribuir com a comunidade. 6. Considerações finais O interesse em estudar qual a dimensão do trabalho para indivíduos de um movimento social surgiu como forma de contestar e explorar outras possibilidades de dar sentido ao trabalho além da difundida pela lógica do mainstream. As pesquisas que têm norteado os estudos sobre trabalho se baseiam na atual concepção de trabalho, visto como emprego. Outras atividades, além do mercado de trabalho formal, que são responsáveis pelo sustento de indivíduos como Galo e Pixote e representam resistência ao processo de mercantilização, são consideradas, aqui, como necessárias ao estudo do trabalho. Para os sujeitos pesquisados, o sentido do trabalho não está relacionado à lógica hegemônica, o que fica evidente quando não se definem através dos ethos mais utilizados por indivíduos que estão imersos no mercado de trabalho formal: ethos instrumental, ethos consumista e ethos gerencialista. O trabalho de Galo e Pixote é visto antes como algo que se justifica por si mesmo, baseado numa narrativa romântico-expressiva. É um trabalho que quer mudar o mundo e a 16

17 comunidade, que busca primeiro a felicidade, que é independente, que se constrói com a vida e que se mistura a ela. Não se pretende generalizar os resultados aqui obtidos, ou seja, não necessariamente outros indivíduos envolvidos com o Hip Hop ou outros movimentos sociais fundamentam seu trabalho na dimensão romântico-expressiva. Mas pretende-se aqui instigar que outras pesquisas sejam realizadas com indivíduos em cujas organizações realizem trabalhos fundamentados em lógicas diversas às das empresas, visando o anunciar de outras possibilidades de trabalho e vida. 7. Referências ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 6ª reimp. São Paulo-SP: Boitempo editorial, BARRETO, Silvia Gonçalves Paes. Hip-Hop na região metropolitana do Recife: identificação, expressão cultural e visibilidade f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) Universidade Federal de Pernambuco. Recife: O Autor, BENDASSOLLI, Pedro Fernando. Trabalho e identidade em tempos sombrios: insegurança ontológica na experiência atual com o trabalho. Aparecida: Idéias & Letras, DOURADO, D. C. P. ; HOLANDA, L. A. ; SILVA, M. M. M. ; BISPO, D. A. Sobre o sentido do trabalho fora do enclave de mercado. Cadernos EBAPE.BR (FGV), FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de Conteúdo. 2 ed. Brasília: Líber Livro Editora, GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, GUIMARÃES, Rodrigo Gameiro. No campo das Políticas Públicas Culturais, os caranguejos com cérebro se organizam para desorganizar f. Dissertação (Mestrado em Administração) Universidade Federal de Pernambuco. Recife: O Autor, OLIVEIRA, Carlos Roberto. História do Trabalho. Série Princípios. Editora Ática, São Paulo, ORGANISTA, José Henrique Carvalho. O Debate sobre a centralidade do trabalho. São Paulo: Editora Expressão Popular, MARTINS, Rosana. Hip Hop: o estilo que ninguém segura. Santo André: Prima Línea ESETec, MISOCZKY, Maria Ceci; VECCHIO, Rafael. Experimentando pensar: da fábula de Barnard à aventura de outras possibilidades de organizar. Anais do ENANPAD 2004, Curitiba: ENANPAD, v. 1. p. 1, QUEIROZ, Amarino; SILVA, Claudilene (org). Recife Nação Africana: maracatu nação, capoeira, samba, afoxé, reggae e hip-hop. Recife: Catálogo da Cultura Afro-brasileira,

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários ÍNDICE Introdução Os 7 Segredos Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão 3 4 6 11 12 INTRODUÇÃO IMPORTANTE Neste e-book você terá uma rápida introdução sobre as chaves que movem

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates 1º ano do Ensino Fundamental I O que você gosta de fazer junto com a sua mã e? - Dançar e jogar um jogo de tabuleiro. - Eu gosto de jogar futebol

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br Script de Terapia de Liberação Emocional (EFT) para desfazer crenças relativas aos clientes que você merece ter. Eu não consigo atrair clientes dispostos a pagar preços altos A Acupuntura Emocional é uma

Leia mais

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alexandre da Silva França. Eu nasci em 17 do sete de 1958, no Rio de Janeiro. FORMAÇÃO Eu sou tecnólogo em processamento de dados. PRIMEIRO DIA

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A13 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Encarregada de Serviços Gerais. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? O contacto directo

Leia mais

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Recursos Humanos Coordenação de Gestão de Pessoas Pesquisa de Clima Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Introdução No dia 04 de Agosto de 2011, durante a reunião de Planejamento, todos os

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1 Entrevista G1.1 Entrevistado: E1.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 51 anos Masculino Cabo-verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : São Tomé (aos 11 anos) Língua materna:

Leia mais

Guia Prático para Encontrar o Seu. www.vidadvisor.com.br

Guia Prático para Encontrar o Seu. www.vidadvisor.com.br Guia Prático para Encontrar o Seu Propósito de Vida www.vidadvisor.com.br "Onde os seus talentos e as necessidades do mundo se cruzam: aí está a sua vocação". Aristóteles Orientações Este é um documento

Leia mais

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar www.proenem.com.br INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo ESTUDO SONHO BRASILEIRO APRESENTA 3 DRIVERS DE COMO JOVENS ESTÃO PENSANDO E AGINDO DE FORMA DIFERENTE E EMERGENTE: A HIPERCONEXÃO, O NÃO-DUALISMO E AS MICRO-REVOLUÇÕES. -- Hiperconexão 85% dos jovens brasileiros

Leia mais

Palestra tudo O QUE VOCE. precisa entender. Abundância & Poder Pessoal. sobre EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS

Palestra tudo O QUE VOCE. precisa entender. Abundância & Poder Pessoal. sobre EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS Palestra tudo O QUE VOCE sobre precisa entender Abundância & Poder Pessoal EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS Como aprendemos hoje na palestra: a Lei da Atração, na verdade é a Lei da Vibracao. A frequência

Leia mais

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim.

INTRODUÇÃO. Fui o organizador desse livro, que contém 9 capítulos além de uma introdução que foi escrita por mim. INTRODUÇÃO LIVRO: ECONOMIA E SOCIEDADE DIEGO FIGUEIREDO DIAS Olá, meu caro acadêmico! Bem- vindo ao livro de Economia e Sociedade. Esse livro foi organizado especialmente para você e é por isso que eu

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 29 Discurso na cerimónia de premiação

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui.

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui. Em 22 de maio de 2014 eu, Rebeca Campos Ferreira, Perita em Antropologia do Ministério Público Federal, estive na Penitenciária de Médio Porte Pandinha, em Porto Velho RO, com os indígenas Gilson Tenharim,

Leia mais

Projetos sociais. Criança Futuro Esperança

Projetos sociais. Criança Futuro Esperança Projetos sociais Newsletter externa ABB - Projetos sociais Criança Futuro Esperança Maria Eslaine conta sobre o início de seu curso profissionalizante 02 De ex-aluno do projeto a funcionário da ABB 04

Leia mais

11 Segredos para a Construção de Riqueza Capítulo II

11 Segredos para a Construção de Riqueza Capítulo II Capítulo II Mark Ford 11 Segredos para a Construção de Riqueza Capítulo Dois Como uma nota de $10 me deixou mais rico do que todos os meus amigos Das centenas de estratégias de construção de riqueza que

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento.

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. museudapessoa.net P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. R Eu nasci em Piúma, em primeiro lugar meu nome é Ivo, nasci

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

SEU GUIA DEFINITIVO PARA PLANEJAR E EXECUTAR DE UMA VEZ POR TODAS SEU SONHO ENGAVETADO

SEU GUIA DEFINITIVO PARA PLANEJAR E EXECUTAR DE UMA VEZ POR TODAS SEU SONHO ENGAVETADO FAÇA ACONTECER AGORA MISSÃO ESPECIAL SEU GUIA DEFINITIVO PARA PLANEJAR E EXECUTAR DE UMA VEZ POR TODAS SEU SONHO ENGAVETADO RENATA WERNER COACHING PARA MULHERES Página 1 Q ue Maravilha Começar algo novo

Leia mais

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã Com certeza, esse final de século XX e começo de século XXI mudarão nossas vidas mais do que elas mudaram há 30-40 anos atrás. É muito difícil avaliar como será essa mudança, mas é certo que ela virá e

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

Você é comprometido?

Você é comprometido? Você é comprometido? Não, isso não é uma cantada. O que o seu chefe quer saber é se você veste a camisa da organização. Você adora seu trabalho e desempenha suas funções com eficiência, mas não aposta

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI Muitas pessoas me perguntam se a maquina de vendas online é fraude do Tiago bastos funciona de verdade ou se não é apenas mais uma fraude dessas que encontramos

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Serviço de Rádio Escuta da Prefeitura de Porto Alegre Emissora: Rádio Guaíba Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Data: 07/03/2007 14:50 Programa: Guaíba Revista Apresentação:

Leia mais

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA DEPUTADO MARCELO SERAFIM

Leia mais

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes

> Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes > Folha Dirigida, 18/08/2011 Rio de Janeiro RJ Enem começa a mudar as escolas Thiago Lopes Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), inicialmente, tinha como objetivo avaliar o desempenho

Leia mais

Algoritmos. Objetivo principal: explicar que a mesma ação pode ser realizada de várias maneiras, e que às vezes umas são melhores que outras.

Algoritmos. Objetivo principal: explicar que a mesma ação pode ser realizada de várias maneiras, e que às vezes umas são melhores que outras. 6 6 NOME DA AULA: 6 Algoritmos Duração da aula: 45 60 minutos Tempo de preparação: 10-25 minutos (dependendo da disponibilidade de tangrans prontos ou da necessidade de cortá-los à mão) Objetivo principal:

Leia mais

COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA?

COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA? COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA? Um guia de exercícios para você organizar sua vida atual e começar a construir sua vida dos sonhos Existem muitas pessoas que gostariam de fazer

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar www.proenem.com.br INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 25 Discurso na cerimónia de entrega

Leia mais

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA 1 CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA Quando nos tornamos mãe, sem dúvida nenhuma é a melhor coisa desse mundo. Nossos filhos nascem, curtimos muito eles, nos dedicamos exclusivamente e chega uma hora que

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida. www.escolhas-inteligentes.com E-book prático AJUSTE SEU FOCO Viabilize seus projetos de vida CONTEÚDO À QUEM SE DESTINA ESSE E-BOOK:... 3 COMO USAR ESSE E-BOOK:... 4 COMO ESTÁ DIVIDIDO ESSE E-BOOK:... 5 O QUE É COACHING?... 6 O SEU

Leia mais

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI Bíblia para crianças apresenta O SÁBIO REI SALOMÃO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Lazarus Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia na Linguagem

Leia mais

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança. Radicais Kids Ministério Boa Semente Igreja em células Célula Especial : Dia Das mães Honrando a Mamãe! Principio da lição: Ensinar as crianças a honrar as suas mães. Base bíblica: Ef. 6:1-2 Texto chave:

Leia mais

Dicas para investir em Imóveis

Dicas para investir em Imóveis Dicas para investir em Imóveis Aqui exploraremos dicas de como investir quando investir e porque investir em imóveis. Hoje estamos vivendo numa crise política, alta taxa de desemprego, dólar nas alturas,

Leia mais

OS 4 PASSOS ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM HIGHSTAKESLIFESTYLE.

OS 4 PASSOS ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM HIGHSTAKESLIFESTYLE. OS 4 PASSOS PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA HIGHSTAKESLIFESTYLE. Hey :) Gabriel Goffi aqui. Criei esse PDF para você que assistiu e gostou do vídeo ter sempre por perto

Leia mais

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens. Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta

Leia mais

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em conjunto com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com perguntas respondidas pelo presidente Lula Manaus-AM,

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

coleção Conversas #14 - outubro 2014 - e r r Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #14 - outubro 2014 - e r r Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. não Eu Não r que o f existe coleção Conversas #14 - outubro 2014 - a z fu e r tu r uma fa o para c ul m d im ad? e. Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção

Leia mais

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para QUAL NEGÓCIO DEVO COMEÇAR? No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para então definir seus objetivos e sonhos.

Leia mais

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor Movimento incentiva a escolha pelos pequenos negócios na hora da compra A iniciativa visa conscientizar o consumidor que comprar dos pequenos é um ato de cidadania que contribui para gerar mais empregos,

Leia mais

Compreendendo a dimensão de seu negócio digital

Compreendendo a dimensão de seu negócio digital Compreendendo a dimensão de seu negócio digital Copyright 2015 por Paulo Gomes Publicado originalmente por TBI All New, São Luís MA, Brasil. Editora responsável: TBI All New Capa: TBIAllNew Todos os direitos

Leia mais

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma. Projeto Nome Próprio http://pixabay.com/pt/cubo-de-madeira-letras-abc-cubo-491720/ Público alvo: Educação Infantil 2 e 3 anos Disciplina: Linguagem oral e escrita Duração: Aproximadamente um mês. O tempo

Leia mais

7 Negócios Lucrativos

7 Negócios Lucrativos 7 Negócios Lucrativos CAPÍTULO 1 Mentalidade Geralmente empreendedores ficam caçando uma maneira nova de ganhar dinheiro constantemente, e de fato é isso que faz com que uns cheguem ao topo e outros não,

Leia mais

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde Florianópolis SC Junho/2012 2 SUMÁRIO Resumo do Caso...3 Natureza do Caso e Ambiente Externo...3 Problemas e Oportunidades...4 Diagnóstico:

Leia mais

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso Nesse artigo quero lhe ensinar a fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso. Elaborei 10 dicas para você fazer um excelente

Leia mais

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido Você já pensou alguma vez que é possível crescer 10 vezes em várias áreas de sua vida e ainda por cima melhorar consideravelmente sua qualidade

Leia mais

Mobilidade Urbana Urbana

Mobilidade Urbana Urbana Mobilidade Urbana Urbana A Home Agent realizou uma pesquisa durante os meses de outubro e novembro, com moradores da Grande São Paulo sobre suas percepções e opiniões em relação à mobilidade na cidade

Leia mais

Tomada de Decisão uma arte a ser estudada Por: Arthur Diniz

Tomada de Decisão uma arte a ser estudada Por: Arthur Diniz Tomada de Decisão uma arte a ser estudada Por: Arthur Diniz Tomar decisões é uma atividade que praticamos diariamente, de uma forma ou de outra. Podemos até mesmo tomar a decisão de não tomar nenhuma decisão.

Leia mais

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA:

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: CRESCENDO PESSOAL E PROFISSIONALMENTE. 08 a 11 de outubro de 2014 08 a 11 de outubro de 2014 Onde você estiver que haja LUZ. Ana Rique A responsabilidade por um ambiente

Leia mais

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR Índice Índice Prefácio Sobre o autor Introdução Como ser produtivo estudando corretamente Você já organizou o seu tempo e os seus dias para estudar? Definir o que vai estudar Organizando

Leia mais

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Atividade: Leitura e interpretação de texto Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Orientações: 1- Leia o texto atentamente. Busque o significado das palavras desconhecidas no dicionário. Escreva

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

Realidade vs Virtualidade

Realidade vs Virtualidade Realidade vs Virtualidade Vivendo entre quem Somos e quem queremos Ser Necessidade de sermos felizes Necessidade de sermos aceitos Necessidades de Sermos A CONSTRUÇÃO DA NOSSA IDENTIDADE Vivendo entre

Leia mais

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008.

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Departamento de Artes & Design Curso de especialização O Lugar do Design na Leitura Disciplina: Estratégia RPG Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Em algum lugar de mim

Em algum lugar de mim Em algum lugar de mim (Drama em ato único) Autor: Mailson Soares A - Eu vi um homem... C - Homem? Que homem? A - Um viajante... C - Ele te viu? A - Não, ia muito longe! B - Do que vocês estão falando?

Leia mais

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ JOVEM APRENDIZ Eu não conhecia nada dessa parte administrativa de uma empresa. Descobri que é isso que eu quero fazer da minha vida! Douglas da Silva Serra, 19 anos - aprendiz Empresa: Sinal Quando Douglas

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação

Leia mais

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Camila Lopes Ferreir a (UTFPR) camila@pg.cefetpr.br Dr. Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@pg.cefetpr.br

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS ALCIDES DE SOUZA JUNIOR, JÉSSICA AMARAL DOS SANTOS, LUIS EDUARDO SILVA OLIVEIRA, PRISCILA SPERIGONE DA SILVA, TAÍS SANTOS DOS ANJOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO ANO DE

Leia mais

Empresário. Você curte moda? Gosta de cozinhar? Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço.

Empresário. Você curte moda? Gosta de cozinhar? Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço. Empresário Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço. Sophie Kinsella, Jornalista Econômica e autora Você curte moda? Gosta de cozinhar? Ou talvez apenas goste de animais?

Leia mais

Apresentação dos convidados e do moderador. Como vai a vida. O que está acontecendo de bom e de ruim.

Apresentação dos convidados e do moderador. Como vai a vida. O que está acontecendo de bom e de ruim. PESQUISA SEGUROS ROTEIRO 1. Abertura da reunião Apresentação dos convidados e do moderador 2. Aquecimento Como vai a vida. O que está acontecendo de bom e de ruim. Está dando para viver? 3. Valores (espontâneo)

Leia mais