Gabriela Esteves. Curta Metragem: Encontros e desencontros entre a sexualidade e autonomia.
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- Matheus Henrique Madeira Angelim
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1 Gabriela Esteves Curta Metragem: Encontros e desencontros entre a sexualidade e autonomia. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Ensino em Ciências da Saúde da Universidade Federal de São Paulo, Instituto Saúde e Sociedade Campus Baixada Santista. Orientadora: Cristiane Gonçalves da Silva Santos 2017
2 No decorrer da pesquisa e da análise das entrevistas, os/as adolescentes trouxeram questões consideradas importantes por eles/as a serem trabalhadas no âmbito escolar, na internet e nos locais que frequentam. No processo de pesquisa foi sendo elaborada proposta de produção de audiovisual cujo conteúdo seja capaz de refletir dúvidas e questões trazidas na própria pesquisa. A escolha pela estratégia do audiovisual se dá pelo modo como o Instituto Querô trata a experiência. Assim, parece interessante que os/as próprios/as adolescentes produzam o método e o conteúdo, promovendo uma transmissão mais horizontal do conhecimentos sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos com audiovisual. Desta forma, o audiovisual deverá partir dos significados apreendidos nas entrevistas e poderá abordar os seguintes temas: - Significado da adolescência e da juventude na perspectiva deles e delas; - Sexualidade: o que é, como sentem, como vivem, o que esperam; - Autonomia e sexualidade; - Relações afetivas e sexuais: como são as relações? - Gênero e sexualidade; - Internet e pornografia; - Relações com pais e mães: importância (ou não) da participação da família; - Direitos Sexuais e Reprodutivos: políticas públicas, sujeitos de direitos e formas de participação política dos/as adolescentes. O modo como o conteúdo será abordado no audiovisual deverá escapar da visão do adulto e se distanciar das experiências negativas que tiveram, por exemplo, na escola e que não foram bem avaliadas. O produto tem como objetivo auxiliar profissionais do Instituto Querô na discussão da temática sexualidade e valorizar a relevância da participação dos/as próprios/as jovens na construção de propostas para discutir temáticas dessa natureza. Serão realizadas reuniões durante o processo de produção audiovisual com os/as adolescentes. Poderão ser organizados grupos de discussão entre eles/as e assim, filtrar os assuntos de seus/as interesses e os conteúdos a serem discutidos e pesquisados para assim, poder estruturar o roteiro das gravações.
3 O curta-metragem deverá ter em torno de 10 minutos e todas as etapas de elaboração devem acontecer em parceria com adolescentes entrevistados/as na pesquisa e também com participação de outros/as interessados/as. Os/as adolescentes irão protagonizar o processo e poderão incluir narrativas de histórias consideradas relevantes a partir de apontamentos que surgiram durante as entrevistas. As cenas também poderão ser protagonizadas pelos/as entrevistados/as ou por outros/as adolescentes do Instituto. O Instituto Querô irá ceder os aparelhos de audiovisual para a gravação do curta e oferecerá apoio técnico, garantindo o envolvimento de funcionários/as que colaborarão para a criação do roteiro e edição das imagens. O material poderá também ser utilizado na Instituição de acolhimento Jesus, Esperança e Vida onde trabalha atualmente a pesquisadora. A experiência nessa função permitiu notar que na Instituição também há falta de acesso a conteúdos que envolvam a sexualidade e Direitos Sexuais e Reprodutivos. Acredita-se que a partir do curtametragem os/as cuidadores/as do abrigo possam criar novas estratégias para desenvolverem os espaços educativos juntos/as aos/as adolescentes acolhidos/as na Instituição que fica no município de Cajati, inserido na região do Vale do Ribeira, onde na qual cerca de 80% da população vive abaixo da linha da miséria, o que desencadeia interferências para o campo da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Por intermédio do curta-metragem, os setores públicos do município envolvidos com as políticas para adolescentes, podem discutir sobre estratégias para incluir esta temática informação relevante nas escolas e espaços de convivência, como os Centros de Referencia de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) onde ocorrem os atendimentos para a população que está em situação de vulnerabilidade social, incluindo os adolescentes.
4 Cronograma das atividades a serem desenvolvidas para elaboração do curta metragem: Etapas de Elaboração do Áudio Visual Período (2017) MAI JUN AGO SET OUT NOV DEZ Reunião com os jovens do Querô Elaboração conjunta do Plano de trabalho para produção do audivisual Elaboração Roteiro Pesquisa Conteúdo Filmagem Edição Exibição pública no Querô
5 REFERÊNCIAS CARONI, M. M. O adolescer do prematuro: implicações da prematuridade no fortalecimento da autonomia. [Dissertação de Mestrado] Rio de Janeiro: Instituto Fernandes Figueira; COSTA, M. Sexualidade na adolescência: dilemas e crescimento. 8. ed. São Paulo: L & PM Editores. DAYRELL, J. O Jovem Como Sujeito Social. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro. n.24. set/dez 2003, p DAYRELL, J. ; CARRANO, P. Juventude e ensino médio: quem é este aluno que chega à escola? In: Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, p HEILBORN, M. L., AQUINO, E. M. L, KNAUTH, D.R. Juventude, sexualidade e reprodução. Cad Saúde Pública 2006; 22: HEILBORN M. L., Aquino, E. M. L., Bozon, M. & Knauth, D. R. (orgs.). (2006). O aprendizado da sexualidade: reprodução e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Garamond/Fiocruz. REICHERT, C. B. Autonomia na adolescência e sua relação com os estilos parentais Dissertação Doutorado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, PUC- RS, Porto Alegre. SILVA, C. G. da Sexualidade, conjugalidade e direitos entre jovens religiosos da região metropolitana de São Paulo, Tese de Doutorado, Programa de Psicologia Social, Universidade de São Paulo, São Paulo 2010.
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