PLANO DE SOLUÇÕES INTEGRADAS DE ACESSIBILIDADE PARA TODOS MUNICÍPIO DE SÁTÃO VOLUME II MANUAL DE NORMAS DE ACESSIBILIDADE

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1 MUNICÍPIO DE SÁTÃO VOLUME II MANUAL DE NORMAS DE ACESSIBILIDADE Porto 2013

2 VOLUME II MANUAL DE NORMAS DE ACESSIBILIDADE

3 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO MEIO FÍSICO ACESSÍVEL VIA PÚBLICA ENQUADRAMENTO PERFIL TIPO DE PASSEIO RUA PARTILHADA PASSADEIRAS E ACESSOS A PASSADEIRAS ESTACIONAMENTO RAMPAS ESCADAS ENTRADAS PARA VEÍCULOS ELEMENTOS DE ESPAÇO PÚBLICO PAVIMENTOS Via de circulação automóvel Passeios Rua partilhada Escadas e rampas Passadeiras e acessos às mesmas EDIFÍCIOS PERCURSO ACESSÍVEL Altura e largura livre Zonas de manobra PORTAS

4 4.3. RAMPAS ELEVADORES/ASCENSORES ESCADAS LUGARES DE ESTACIONAMENTO ACESSÍVEL INSTALAÇÕES SANITÁRIAS BALNEÁRIOS LUGARES ACESSÍVEIS EM SALAS DE ESPETÁCULOS BALCÃO OU GUICHÉ DE ATENDIMENTO DISPOSITIVOS ELÉTRICOS OUTROS ELEMENTOS TRANSPORTES TRANSPORTE URBANO E INTERURBANO Cobertura da Rede de Paragens Envolvente das Paragens Embarque nos Autocarros Os Elementos das Paragens O Abrigo de Passageiros O poste de paragem A Informação As unidades móveis (autocarros) Serviço de Táxi Paragem de Táxi DOCUMENTOS IMPRESSOS Contraste Medidas

5 Tipos de letra Espaçamentos Letras maiúsculas e minúsculas Sinalização e informação tátil PÁGINAS NA INTERNET NORMAS DE SINALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO VIA PÚBLICA Sinalização de segurança e percurso acessível alternativo Edifícios (zonas de acesso a edifícios e obras internas)

6 ÍNDICE DE FIGURAS Fig. 1 Esboço de larguras mínimas ocupadas pelos peões...13 Fig. 2 - Perfil tipo de um passeio...15 Fig. 3 - Solução-tipo para passeio com faixa de mobiliário...17 Fig. 4 - Solução-tipo para canal de conforto...18 Fig. 5 - Solução-tipo para passeio com mobiliário encastrado...19 Fig. 6 - Solução-tipo para passeio com faixa de acesso ao edificado...20 Fig. 7 - Solução-tipo para rua partilhada...21 Fig. 8 - Solução-tipo para passadeiras e acessos a passadeiras...23 Fig. 9 Relação entre projeção horizontal das rampas e altura do lancil...24 Fig Solução-tipo para rampa de acesso a passadeira (sobre o estacionamento)...25 Fig Solução-tipo para estacionamento acessível...27 Fig. 12 Dimensões do estacionamento acessível...28 Fig. 13 Dimensões de rampa acessível...30 Fig. 14 Solução-tipo para rampa acessível...31 Fig. 15 Dimensões de escadas...33 Fig. 16 Solução-tipo para escadas...34 Fig Solução-tipo para entradas para veículos...35 Fig. 18 Caldeira de árvore...37 Fig. 19 Grelha de escoamento de águas pluviais...38 Fig. 20 Solução-tipo de colocação de grelha junto a passadeira...39 Fig. 21 Tampa de caixa de serviços...40 Fig. 22 Alcances em cadeiras de rodas...41 Fig. 23 Cabine telefónica fechada

7 Fig. 24 Telefone público do tipo orelhão...44 Fig. 25 Telefone público...45 Fig. 26 Marco de correio...46 Fig. 27 Parquímetro...47 Fig. 28 Instalação sanitária acessível...50 Fig. 29 Poste de paragem...51 Fig. 30 Abrigo de passageiros...53 Fig. 31 Elevador...55 Fig. 32 Quiosque...56 Fig. 33 Esplanada...57 Fig. 34 MUPI...58 Fig. 35 Letreiro ou painel informativo...59 Fig. 36 Sinal de trânsito...60 Fig. 37 Semáforo para peões...61 Fig. 38 Semáforo sonorizado...61 Fig. 39 Armário de instalações...62 Fig. 40 Candeeiro de iluminação pública...63 Fig. 41 Poste de luz ou telefone...64 Fig. 42 Papeleira...65 Fig. 43 Pilarete...66 Fig. 44 Floreira...67 Fig. 45 Guarda-corpo...69 Fig. 46 Banco...70 Fig. 47 Contentor de superfície...72 Fig. 48 Fonte

8 Fig Esboço de peça de pavimento de alerta...78 Fig Peça de pavimento de alerta...78 Fig Esboço de peça de pavimento de encaminhamento...79 Fig Percurso acessível nos edifícios...81 Fig. 53 Zonas de manobra...82 Fig. 54 Acesso a portas...83 Fig. 55 Portas...85 Fig. 56 Rampa...87 Fig. 57 Elevador...89 Fig. 58 Escada...91 Fig. 59 Reserva de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada...92 Fig. 60 Urinol acessível...96 Fig. 61 Lavatório acessível...97 Fig. 62 Balneário acessível...99 Fig. 63 Base de duche acessível Fig. 64 Cacifos e armários Fig. 65 Lugares acessíveis em sala de espetáculos Fig. 66 Balcão de atendimento Fig. 67 Espaço para embarque/desembarque Fig. 68 Esboço de abrigo de passageiros Fig. 69 Símbolo internacional de acessibilidade Fig. 70 Sinalização de obras nos passeios Fig. 71 Atravessamento de vala em obras Fig. 72 Sinalização com alertas luminosos Fig. 73 Sinalização de gradeamentos

9 Fig. 74 Sinalização de obras em andaimes com largura > 1,20m Fig. 75 Sinalização de obras em andaimes com largura livre < 1,20m Fig. 76 Sinalização de obras em andaimes com largura livre < 1,20m e faixa de estacionamento Fig Passeio com largura < 1,20 e sem faixa de estacionamento ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 Relação dimensional entre o espelho e o cobertor...32 Tabela 2 Combinações de contrastes de cores Tabela 3 Relação dos tamanhos de letra com distância de leitura Tabela 4 Tipos de letra Tabela 5 Espaçamentos de carateres Tabela 6 Alinhamento de texto Tabela 7 Letras maiúsculas e minúsculas Tabela 8 Intensidade de Luz

10 1. INTRODUÇÃO O presente manual de normas de acessibilidade serva de guia e estabelece as linhas a seguir nas intervenções que sejam levadas a cabo dentro e fora do âmbito de atuação de um plano de acessibilidade municipal. Neste manual é dado cumprimento à normativa nacional de acessibilidade vigente, o D.L. 163/2006, assegurando uma correta execução das futuras intervenções e/ou ampliações, assim como os procedimentos de manutenção adequados. Para além das exigências da legislação, propomos algumas normas que ultrapassam o âmbito legal e que consideramos imprescindíveis para que um município possa melhorar as suas condições de acessibilidade. Sempre que necessário, consultamos normativas de carácter europeu ou recomendações de Design for All. Este guia deve assegurar que as intervenções realizadas por terceiros (trabalhos na via pública, urbanizações ou obras em esgotos ou subterrâneos que afetam a via pública, etc.) cumpram com as diretrizes marcadas pelo Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade, garantindo que o município vai mantendo em atividade a preocupação com a acessibilidade pedonal. Neste guia são descritas as soluções comuns aplicáveis no Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade nos âmbitos de espaço público, edifícios, transportes, comunicação e infoacessibilidade, e inclui um resumo gráfico explicativo de cada âmbito. É também apresentado um guia de sinalização das obras no espaço público e nos edifícios para assegurar que as intervenções na via pública não provocam mais desajustes na acessibilidade. Operações como prever a passagem dos peões, sinalizar e restringir as áreas perigosas, entre outras, são descritas e sistematizadas para minimizar o impacto nos cidadãos. 9

11 Deste modo, este guia é uma base de trabalho para a elaboração de um Regulamento Municipal que se aplique a todas as intervenções no espaço público, edifícios, transportes, comunicação e informação acessível. De outro modo poderá dizer-se que este volume traça as linhas orientadoras regidas pela legislação em vigor. Cabe ao município estabelecer o melhor entendimento entre os diversos departamentos e realizar os melhores ajustes à sua realidade. Deverá ser criado um grupo de trabalho pluridisciplinar de técnicos municipais que garantam a transversalidade desse regulamento, definindo as melhores soluções para o município assegurando a sua efetiva execução e, por fim, a melhoria das condições de acessibilidade para todos os cidadãos. 10

12 2. MEIO FÍSICO ACESSÍVEL Para que um meio físico possa ser considerado acessível, deve seguir os seguintes critérios: Respeitador devem ser asseguradas e garantidas as condições de acessibilidade a todas as pessoas, nunca desvalorizando, desrespeitando ou segregando frações de população, por terem mobilidade ou capacidades cognitivas condicionadas; Seguro todas as intervenções devem ser projetadas e implantadas de forma a evitar quaisquer riscos de acidentes e minimizando os conflitos decorrentes das próprias intervenções; Saudável é necessário conceber ambientes e produtos utilizando materiais sustentáveis e não prejudiciais para a saúde pública; Funcional o meio físico e os seus componentes devem ser desenhados e concebidos de tal modo que funcione por forma a atingir os fins para que foi criado. Devem ser projetados de forma também a encorajar a circulação pedonal. Para isso é necessário que os percursos sejam acessíveis; Compreensível: o meio físico e todos os elementos que o compõem, assim como toda a comunicação que vai sendo feita em todo o meio físico, quer informativa quer orientadora, etc., deve chegar facilmente a todas as pessoas. Para isso é fundamental que a informação seja transmitida de forma clara, utilizando símbolos internacionalmente reconhecíveis, e respeitando as normas gráficas de acessibilidade. A disposição da informação nos espaços deve ser coerente e funcional. Estético tornar os espaços acessíveis, não significa pôr em causa os aspetos estéticos. Há que dar-se grande importância aos critérios anteriores, mas não deve esquecer-se também o aspeto estético. Existem determinadas tradições e elementos que embelezam e caracterizam determinado espaço ou edifício, que não podem ser simplesmente eliminados ou substituídos. Tem sempre que se tentar chegar a soluções que vão de encontro a ambos os critérios. 11

13 3. VIA PÚBLICA 3.1. ENQUADRAMENTO Para garantir os níveis de segurança e comodidade aceitáveis na acessibilidade e mobilidade pedonais, o primeiro objetivo a atingir é assegurar uma largura mínima livre de obstáculos. Nas condições apresentadas no DL 163/2006, os percursos pedonais devem ter em todo o seu desenvolvimento um canal de circulação contínuo e desimpedido de obstruções, denominado percurso acessível ou canal de conforto, com uma largura não inferior a 1,2 m, medida ao nível do pavimento, e uma altura não inferior a 2,40m. Ainda que a legislação não seja muito exigente a este nível, enumeramos em seguida algumas medidas de referência e algumas recomendações. Note-se que pessoa que circule num passeio necessita pelo menos de uma largura livre de 75cm. No entanto, temos que ter em conta dois sentidos de circulação nos passeios, uma vez que existe a possibilidade de se cruzarem duas pessoas. Desta forma, duas pessoas que circulem em sentidos opostos, no momento em que se cruzem necessitam de um espaço de 1,50m. Além disso, as pessoas muitas vezes vão carregadas de sacos de compras ou com carros de bebé, carros de compras, guarda-chuvas, etc., elementos que aumentam o espaço necessário para pelo menos 90cm, por forma a poderem circular livremente. Assim, para que possam cruzar-se sem dificuldade duas pessoas com guarda-chuvas, são necessários 1,70 metros. Para o cruzamento entre duas pessoas em cadeira de rodas são necessários 1,80 metros. Para que se cruzem três pessoas, são necessários 2,25m (3 x 0,75m). Imaginemos o cenário de que um adulto de mão dada com uma criança se tenha que cruzar com um outro adulto. Quando o passeio não tem pelo menos 2,25m, uma das pessoas tem que circular na faixa de rodagem, criando-se uma situação de perigo para o peão. 12

14 No esboço seguinte podem verificar-se algumas das situações expostas. Fig. 1 Esboço de larguras mínimas ocupadas pelos peões 0,90 Se existem vitrinas de lojas, caixas multibanco, etc., tem que se ter em conta que uma pessoa que pare junto a uma fachada ocupa 0,50 metros, espaço que não pode ser utilizado pelos peões que circulem pelo passeio. Da mesma forma, deve somar-se um espaço de aproximadamente 0,50 metros junto à estrada para permitir a abertura 13

15 das portas dos veículos estacionados, reduzindo assim ainda mais o espaço útil para o peão. Por estas razões, a largura de passeio ideal, para que se possa circular de forma confortável é de aproximadamente de 2 metros, amplitude que, em vias de pouca intensidade de peões, permite a circulação com uma certa comodidade. Para incrementar o nível de usabilidade e segurança do peão, além deste espaço já referido, deve criar-se um espaço de separação entre o passeio e a estrada, que permita a colocação de árvores e de mobiliário urbano para assim melhorar, simultaneamente, a qualidade do meio ambiente da cidade e o conforto dos seus utilizadores. 14

16 3.2. PERFIL TIPO DE PASSEIO Pode resumir-se o perfil tipo de um passeio, de acordo com o perfil e envolvente da via, da seguinte forma: - passeio com largura superior a 2m deverá ser composto por dois elementos obrigatórios (faixa de mobiliário, que servirá de proteção ao peão, e faixa de percurso acessível, livre de obstáculos com uma largura mínima de 1,20m); - passeio com largura superior a 4m, para além dos dois elementos anteriores, poderá ter um elemento opcional (faixa de acesso a edificado). Em alguns casos este não será necessário. Este espaço poderá ser disponibilizado para rampas e degraus de acesso a edifícios, caixas técnicas, etc. Fig. 2 - Perfil tipo de um passeio a) b) c) a) - Faixa de mobiliário b) - Canal de conforto (percurso acessível) c) - Faixa de acesso ao edificado 15

17 a) Faixa de mobiliário No caso dos passeios que apresentem largura suficiente ou cuja largura da rua permita o seu alargamento, e sempre que exista mobiliário urbano, devem possuir uma faixa destinada para o mesmo. Para serem alvo desta intervenção os passeios devem ter uma medida superior a 2m. Localizada em posição adjacente ao passeio, a faixa de mobiliário deve ser destinada à instalação de equipamentos e mobiliário urbano, à vegetação e outras interferências existentes no passeio, como tampas de caixas de visita e drenagem, postes de iluminação, sinalização, papeleiras, etc. A faixa de mobiliário funciona como elemento separador entre o passeio e a via de tráfego, proporcionando maior segurança e conforto ao peão e libertando o canal de conforto de interferências e obstáculos. Desta forma, nesta intervenção todo o mobiliário existente no passeio deve ser deslocado para a referida faixa e deve ser localizado de forma alinhada, por forma a permitir a existência de um percurso pedonal livre de obstáculos de no mínimo 1,20m. Esta faixa pode ser pavimentada ou pode funcionar como conceito de passeio verde, principalmente em zonas residenciais, aumentando a permeabilidade dos solos e a qualidade do ar. Recomendamos que, em caso de pavimentação da faixa de mobiliário, o seu material contraste ao nível da textura com o pavimento do canal de conforto. A largura deste perfil de passeio apenas permite a construção de passadeiras sobrelevadas, dado que uma rampa de acesso a uma passadeira interfere com o percurso acessível se construída num passeio com estas características. Recomendamos que as passadeiras tenham pavimento táctil texturado e com cor contrastante para servir de alerta no acesso às passadeiras e pavimento táctil de encaminhamento até às fachadas. 16

18 Fig. 3 - Solução-tipo para passeio com faixa de mobiliário b) Canal de conforto (percurso acessível) Trata-se da área destinada exclusivamente à livre circulação pedonal, desprovida de obstáculos, equipamentos urbanos, mobiliário, vegetação ou qualquer outro tipo de interferência, permanente ou temporária. O canal de conforto deve ter uma largura livre mínima de 1,20m (recomendável 1,50m) e uma altura livre mínima de 2,40m. Recomenda-se que qualquer saliência superior a 0,10m deve ser projetada em planta de modo a ser detetada por todos. Um percurso acessível não pode incluir escadas, degraus isolados ou ressaltos superiores a 2cm. 17

19 Deverá ter uma superfície regular, firme, contínua e antiderrapante. A altura mínima de interferências, tais como vegetação, postes de iluminação, placas de identificação, toldos, etc, deve ser de 2,40m. Fig. 4 - Solução-tipo para canal de conforto Os passeios que têm uma largura compreendida entre 1,20m e 1,50m e cuja largura da rua não permite que sejam alargados, não podem ter faixa de mobiliário. Nestes casos, e tal como se pode verificar na imagem seguinte, todo o mobiliário deve estar suspenso ou encastrado na parede, garantindo uma altura livre de 2,40m e que não se projetam da parede mais de 0,10m. 18

20 Fig. 5 - Solução-tipo para passeio com mobiliário encastrado c) Faixa de acesso ao edificado A área de acesso ao edificado apenas se justifica quando o passeio possui largura superior a 4m ou no caso de se tratar de ruas cujo perfil permite o alargamento do passeio. A faixa de acesso ao edificado localiza-se entre o percurso livre e o edificado. Permite que alguns elementos de mobiliário temporário do edificado possam ser localizados nesta área, como esplanadas, toldos, anúncios, caixas técnicas, etc., desde que seja garantida a não interferência na faixa livre de circulação. Possibilita também a colocação de rampas ou escadas de forma a vencer o desnível da rua com a cota de soleira do edificado. 19

21 Nestes casos as passadeiras não têm que ser sobrelevadas, visto haver área suficiente para a colocação da rampa de acesso. A inclinação longitudinal da rampa não pode ultrapassar os 8% e a inclinação transversal não pode ultrapassar os 10%. Em qualquer caso, recomendamos sempre que a passadeira seja sobrelevada, pois facilita uma circulação contínua e sem de mudanças de nível. Recomendamos que as passadeiras tenham pavimento táctil texturado e com cor contrastante para servir de alerta no acesso às passadeiras e de encaminhamento até às fachadas. Fig. 6 - Solução-tipo para passeio com faixa de acesso ao edificado 20

22 3.3. RUA PARTILHADA As ruas cuja largura não permite a existência de dois passeios de pelo menos 1,50m, devem ser transformadas em rua partilhada (plataforma única), seguindo a ideia anterior do encastre e suspensão dos elementos de espaço público, de forma a minimizar o número de obstáculos no percurso pedonal. A faixa destinada aos peões deve ter no mínimo 0,90m e deve ser diferenciada da faixa de rodagem, quer através da diferenciação de material, quer por faixas de encaminhamento ou por pilaretes, como se pode observar na imagem seguinte. Fig. 7 - Solução-tipo para rua partilhada 21

23 3.4. PASSADEIRAS E ACESSOS A PASSADEIRAS A identificação e marcação bem definida de uma passadeira indicam aos peões o local que deverão utilizar para a realização do atravessamento e adverte os condutores que dela se aproximam da existência desse movimento. As passadeiras devem estar bem visíveis e identificadas com sinalização horizontal contrastante e com sinalização vertical, de preferência com elementos pacificadores do trânsito, nomeadamente bandas cromáticas, elementos semafóricos sonorizados para peões invisuais, refletores ou luzes intermitentes de alerta, ou outros. O acesso a uma passadeira tem que ser permitido a todas as pessoas, independentemente das suas condições físicas. Dessa forma, todos os acessos a passadeiras com um lancil superior a 2 cm devem ser corrigidos. E recomendamos como boa prática a eliminação dos ressaltos, de forma que fique perfeitamente nivelado com o pavimento da rua. Junto ao acesso às passadeiras deve existir sempre pavimento táctil texturado e com cor contrastante para servir de alerta no acesso às passadeiras e de encaminhamento até às fachadas (ver ponto 3.10 deste Manual). A faixa de pavimento táctil de encaminhamento deve ser colocada no eixo do rebaixamento, desde a linha de fachada até ao início da rampa de acesso (ou até ao lancil, no caso das passadeiras sobrelevadas), com uma largura de pelo menos 0,80m. A faixa de pavimento táctil de alerta deve ser colocada no início da rampa de acesso (ou junto ao lancil, no caso das passadeiras sobrelevadas) e deve ter a mesma largura da passagem de peões. As rampas de acesso à passadeira devem ter a mesma largura que a passadeira, que deve ser de 1,80m no mínimo (recomendável entre 3 e 5m). 22

24 Fig. 8 - Solução-tipo para passadeiras e acessos a passadeiras Recomendamos sempre que as passadeiras sejam sobrelevadas, pois facilita uma circulação contínua e sem de mudanças de nível. No entanto, quando se opta por construir um acesso à passadeira rampeado, propomos que a rampa tenha apenas inclinação longitudinal, e deve existir sempre um elemento de mobiliário que funcione como proteção e alerta em cada lateral da rampa. Nos casos em que a rampa de acesso tenha inclinação longitudinal e lateral, de acordo com a legislação vigente, a inclinação longitudinal não pode ultrapassar os 8% e a inclinação transversal não pode ultrapassar os 10%. Quando esta inclinação lateral é cumprida, não é necessária a colocação de mobiliário de proteção. As rampas de acesso às passadeiras são aceitáveis num passeio apenas quando a largura do mesmo assim o permite, dado que a inclinação das rampas não pode 23

25 ultrapassar os 8%. Assim, a largura do passeio necessária para contemplar uma rampa de acesso à passadeira varia com a relação entre a altura do lancil e a projeção horizontal da rampa. Em seguida apresentamos um esboço elucidativo das projeções horizontais das rampas de acesso às passadeiras, tendo em conta a altura do lancil. Fig. 9 Relação entre projeção horizontal das rampas e altura do lancil Assim sendo, por exemplo, um passeio com um lancil de 15cm, necessita de uma largura total de 3,08m no mínimo, de forma a garantir um canal de conforto de pelo menos 1,20m. Nas vias em que exista uma faixa destinada a estacionamento, ainda que a largura do passeio não tenha as larguras atrás referidas, pode optar-se por colocar uma rampa no acesso à passadeira, fazendo-a avançar sobre o espaço destinado ao estacionamento. 24

26 Fig Solução-tipo para rampa de acesso a passadeira (sobre o estacionamento) Os rebaixamentos do tipo barca ou do tipo depressão do passeio podem igualmente ser utilizados, desde que não interfiram com o canal de conforto. Nos casos em que isso aconteça, a pendente transversal no passeio não deve ultrapassar os 2% e a inclinação longitudinal deve ser inferior a 8%. Em qualquer dos casos, desaconselhamos estas tipologias de rebaixamento junto às passadeiras. Os rebaixamentos do tipo lancil rampeado podem também ser utilizados, visto não interferirem no canal de conforto, desde que a sua pendente não ultrapasse os 12%. Este tipo de rebaixamento é apenas aceitável em passeios cujo lancil cumpra a correspondência entre a largura e altura necessários para não ultrapassar os 12% de inclinação longitudinal. Ou seja, por exemplo, um lancil de 5cm de altura tem que ter no mínimo 40cm de largura para que a sua inclinação não ultrapasse os 12%. 25

27 As ilhas pedonais que intersetem com passadeiras devem ter, pelo menos, 1,50 metros de largura quando se localizam em vias de duplo sentido, ainda que a medida ideal seja 2m, para que assim seja facilitada a deslocação de pessoas com mobilidade condicionada e em condições de segurança. A legislação exige que tenha 1,20m como limite mínimo de largura, o qual consideramos claramente estreito, especialmente se pensarmos na circulação de pessoas com carrinhos de bebé, cadeiras de rodas com acompanhante, etc. Nas ilhas pedonais deve também existir pavimento de alerta, de forma que os invisuais entendam que estão num patamar intermédio da passadeira, e que ali é um novo ponto de atravessamento, pelo que devem ter os devidos cuidados para continuar o seu percurso. 26

28 3.5. ESTACIONAMENTO Em todas as zonas destinadas a estacionamento de veículos ligeiros, devem reservarse lugares para veículos que transportem pessoas com mobilidade condicionada na seguinte proporção: Um lugar em espaços de estacionamento com uma lotação não superior a dez lugares; um lugar por cada 100 lugares em espaços de estacionamento com uma lotação superior a 500 lugares. Dois lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 11 e 25 lugares; Três lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 26 e 100 lugares; Quatro lugares em espaços de estacionamento com uma lotação compreendida entre 101 e 500 lugares; Fig Solução-tipo para estacionamento acessível 27

29 Os lugares de estacionamento acessível devem estar localizados próximo das passadeiras e sinalizados horizontal e verticalmente com o símbolo internacional de acessibilidade. Deve existir um percurso acessível que permita a comunicação entre os lugares de estacionamento e os edifícios. As dimensões mínimas úteis de um lugar de estacionamento reservado são de 2,50m de largura por 5,00m de comprimento. Para além dos 2,5m destinados à viatura, devem possuir ainda uma faixa de acesso lateral com uma largura útil não inferior a 1 m (recomendável 1,50m) e ter os seus limites demarcados por linhas pintadas no piso em cor contrastante com a da restante superfície. Desta forma, a largura do lugar reservado deve ter um total de 3,5m como medida mínima. A faixa de acesso lateral pode ser partilhada por dois lugares de estacionamento reservado contíguos. Fig. 12 Dimensões do estacionamento acessível 28

30 3.6. RAMPAS A largura livre de uma rampa deve ser de pelo menos 1,20m. A projeção horizontal máxima, para uma inclinação de 6%, é de 10m. Admite-se uma pendente transversal no máximo de 2%. O pavimento da rampa deve ser duro, anti-deslizante e sem ressaltos. Os patamares intermédios devem ter no mínimo uma profundidade, medida no sentido do movimento, de 1,50m e uma largura igual à da rampa (no mínimo 1,20m). As rampas não necessitam de corrimão se o desnível não for superior a 0,20m; se o desnível estiver compreendido entre 0,20m e 0,40m e a inclinação não superar os 6%, podem ter corrimão apenas de um dos lados. Em rampas com inclinação superior a 6% e cujo desnível ultrapasse os 0,40cm devem existir corrimãos dos dois lados e devem ser duplos. O corrimão deverá ter um elemento preênsil a uma altura compreendida entre 0,70m e 0,75m e outro a uma altura compreendida entre 0,90m e 0,95m. Esta altura deve ser medida verticalmente entre o piso da rampa e o rebordo superior do corrimão. O corrimão deve ser contínuo ao longo dos vários lanços e patamares, deve ser paralelo à rampa, e deve prolongar-se pelo menos 0,30m na base e no topo da rampa. Deve existir um rebordo lateral de pelo menos 5cm (recomendável 10cm), que sirva de proteção. No início e no final da rampa deve existir uma faixa de aproximação (para alertar para a existência deste elemento) com pavimento de textura e cor diferenciada de largura igual à da rampa (mínimo 1,20m). O nível de iluminação sobre a rampa deve ser 20 lux. 29

31 Fig. 13 Dimensões de rampa acessível 30

32 Fig. 14 Solução-tipo para rampa acessível 31

33 3.7. ESCADAS A largura útil de circulação é de 1,20m como mínimo. Recomendamos que os degraus devem ter uma profundidade (cobertor) mínima de 30 cm e uma altura (espelho) máxima de 15 cm. O cobertor não deve sobrepor o espelho nem apresentar qualquer tipo de descontinuidade. As medidas dos degraus, de acordo com a legislação, devem cumprir uma das seguintes relações dimensionais: Tabela 1 Relação dimensional entre o espelho e o cobertor Altura (espelho) Comprimento (cobertor) 0,10 0,40 a 0,45 0,125 0,35 a 0,40 0,125 a 0,15 0,75 0,15 0,30 a 0,35 O cobertor e os patamares devem ser de material anti-deslizante tanto com o pavimento seco como molhado e, preferentemente, de cor distinta do espelho. O número máximo de degraus contínuos é 12, ou seja, por cada 12 degraus, deve existir um patamar intermédio de descanso. Os patamares intermédios devem ter no mínimo uma profundidade, medida no sentido do movimento, de 0,70m (recomendável 1,20m). As escadas devem dispor de corrimãos de ambos os lados, com altura compreendida entre 0,85m-0,90m, sendo aconselhável colocar um corrimão com uma segunda altura compreendida entre 0,70m-0,75m. Os corrimãos devem estar afastados da parede 0,035-0,05m. Os corrimãos devem prolongar-se 30cm no início e no final da escada. O nível de iluminação da escada deve ser 30 lux. 32

34 Sempre que existe uma escada deve existir uma rampa como solução alternativa, ou então um elevador ou plataforma elevatória. Em escadas com mais de 3m de largura deve existir um corrimão central, para além dos corrimãos laterais. No início e no final da escada deve existir uma faixa de alerta com pavimento de textura e cor diferenciada. Os degraus devem ter uma faixa anti-derrapante. Fig. 15 Dimensões de escadas 33

35 Fig. 16 Solução-tipo para escadas 34

36 3.8. ENTRADAS PARA VEÍCULOS Nas áreas de acesso a veículos (entradas de garagens, etc.) a concordância entre o nível do passeio e o nível da faixa de rodagem automóvel deve ser feita a partir de rampas colocadas, de preferência na faixa de mobiliário e, quando necessário, na área de acesso ao edificado. O percurso do peão deve manter-se sem desníveis ou interrupções e livre de obstáculos. A imagem que se segue exemplifica como devem ser desenhados os acessos para veículos. Fig Solução-tipo para entradas para veículos 35

37 3.9. ELEMENTOS DE ESPAÇO PÚBLICO a) Árvore Nas praças ou passeios de terra compactada, em geral as árvores não estão protegidas e habitualmente não existem caldeiras. É, no entanto, necessário que as árvores deixem um espaço livre mínimo de circulação de 1,20m (recomendável 1,50m) e que os ramos estejam devidamente podados e acima dos 2,40m. Nos passeios cujo perfil incorpore uma faixa destinada a mobiliário, não é obrigatório que as caldeiras estejam protegidas com grelha, desde que o pavimento da faixa de mobiliário seja diferenciado do pavimento do canal de conforto. As caldeiras que se localizam nos percursos acessíveis devem estar devidamente protegidas com grelha, nomeadamente quando este espaço é necessário para completar a medida mínima de 1,20m de passagem livre de obstáculos, ou seja, quando a caldeira sem proteção condiciona a largura livre de circulação. Existem diversas tipologias de proteção de caldeiras (como as grelhas metálicas, anéis adaptáveis à largura do tronco ou um murete de proteção não inferior a 30cm) e geralmente cada município adota o modelo consoante o seu objetivo ou preferência. As grelhas de proteção das caldeiras devem estar perfeitamente niveladas com o pavimento envolvente e devem possuir características de resistência mecânica e fixação que inviabilizem a remoção ou a destruição por ações de vandalismo. As grelhas de revestimento das caldeiras das árvores de percursos acessíveis devem ter uma malha o mais fina possível, de forma a evitar situações de perigo para os peões (pessoas com muletas, senhoras com salto alto, cegos, etc.). Desta forma, as aberturas de qualquer tipo de proteção de caldeiras não devem permitir a passagem de uma esfera rígida com um diâmetro superior a 0,02 m; se os espaços tiverem uma forma alongada, devem estar dispostos de modo que a sua dimensão mais longa seja perpendicular à direção dominante da circulação. 36

38 Fig. 18 Caldeira de árvore Existem, no entanto, outras formas de revestimento aceitáveis, desde que se trate de um material bem compactado e não suscetível a quebras ou danos devido a compressões pelas raízes das árvores. Nas áreas adjacentes aos percursos acessíveis não devem ser utilizados elementos vegetais com espinhos ou que apresentem elementos contundentes; produtoras de substâncias tóxicas; que desprendam muitas folhas, flores, frutos ou substâncias que tornem o piso escorregadio, ou cujas raízes possam danificar o piso. Os elementos da vegetação (exemplos: ramos pendentes de árvores, galhos de arbustos a invadir os passeios) e suas proteções (exemplos: muretes, orlas, grades) não devem interferir com os percursos acessíveis. 37

39 b) Grelhas (sumidouros) Sempre que existam valetas de escoamento de águas pluviais, sumidouros, respiradores de estacionamentos subterrâneos, buracos ou frestas no piso (exemplos: juntas de dilatação, aberturas de escoamento de água, respiradores, etc.), devem estar perfeitamente protegidos. As grelhas são sempres desaconselhadas nos percursos pedonais acessíveis, ou seja, no canal de conforto, assim como na direção das passadeiras. No entanto, quando é necessária a sua existência, há que seguir algumas recomendações, de forma que não se tornem um obstáculo ou um perigo para a circulação pedonal. As aberturas de qualquer tipo de grelha não devem permitir a passagem de uma esfera rígida com um diâmetro superior a 0,02 m. Se os espaços tiverem uma forma alongada, devem estar dispostos no sentido transversão de circulação, ou seja, de modo que a sua dimensão mais longa seja perpendicular à direção dominante da circulação. Fig. 19 Grelha de escoamento de águas pluviais 38

40 Ainda que se recomende o eficaz escoamento de águas pluviais nas zonas de atravessamento pedonal, de forma a evitar-se precisamente a acumulação de água, a existência de sumidouros na direção das passagens pedonais é totalmente desaconselhada, podendo mesmo criar situações de perigo. Fig. 20 Solução-tipo de colocação de grelha junto a passadeira c) Tampa de caixa de serviço Qualquer tampa de instalações, nomeadamente as tampas das caixas de serviço existentes na via pública devem estar perfeitamente niveladas com o pavimento existente na sua envolvente. Não deverá apresentar nenhum ressalto que represente um obstáculo para os peões. 39

41 Fig. 21 Tampa de caixa de serviços d) Equipamentos de auto-atendimento De acordo com a lei, os locais em que forem previstos equipamentos de autoatendimento, pelo menos um equipamento para cada tipo de serviço deve satisfazer as seguintes condições: - deve estar localizado junto a um percurso acessível; - deve existir uma zona livre para a aproximação frontal ou lateral, de forma a permitir o alcance por parte de uma pessoa em cadeira de rodas ou pessoas de baixa estatura, de acordo com o especificado na secção 4.1 do D.L. 163/2006; - se a aproximação ao equipamento de auto-atendimento for frontal, deve existir um espaço livre com uma altura do piso não inferior a 0,7 m e uma profundidade não inferior a 0,3 m; - os comandos e controlos devem estar localizados a uma altura do piso compreendida entre 0,8 m e 1,2 m, e a uma distância da face frontal externa do equipamento não superior a 0,3 m; - os dispositivos para inserção e retirada de produtos devem estar localizados a uma altura do piso compreendida entre 0,4 m e 1,2 m e a uma distância da face frontal externa do equipamento não superior a 0,3 m; 40

42 - as teclas numéricas devem seguir o mesmo arranjo do teclado, com a tecla do n.º 1 no canto superior esquerdo e a tecla do n.º 5 no meio; - as teclas devem ser identificadas com referência táctil (exemplos: em alto-relevo ou braille). Fig. 22 Alcances em cadeiras de rodas 41

43 e) Cabine telefónica Nos locais em que for prevista a localização de vários telefones para uso público, pelo menos um deve satisfazer as considerações que se seguem. As cabines telefónicas devem estar localizadas junto a um percurso acessível, sem quaisquer ressaltos ou obstáculos no seu acesso, pelo que deve possuir uma zona livre que permita a aproximação frontal ou lateral (consoante o caso). O espaço de acesso à cabine deve ter uma largura livre mínima de 0,90m e uma altura mínima de 2,00m. A localização da cabine no passeio deve permitir uma largura livre mínima de 1,50m, de forma a permitir a inscrição de um círculo de 1,50m de diâmetro livre de obstáculos na frente da cabine. Existem modelos pré-fabricados de cabines telefónicas, adotados pelos municípios. Todavia, cabe também ao município optar por solicitar modelos acessíveis às empresas fabricantes. O desenho das tipologias de cabine telefónica fechada normalmente é inacessível, uma vez que muitas vezes apresenta um degrau no acesso. Desta forma, a plataforma de uma cabine telefónica deve estar perfeitamente nivelada com o pavimento envolvente ou deve existir como solução uma rampa que facilite o acesso. O sistema de abertura das portas utilizadas nesta tipologia de cabines normalmente também não é de fácil utilização. As suas dimensões devem cumprir o que é definido na imagem seguinte. 42

44 Fig. 23 Cabine telefónica fechada Os telefones públicos que se enquadrem no modelo do tipo orelhão devem projetar os seus objetos salientes até uma altura do solo não inferior a 0.7m. Os elementos que sejam transparentes devem estar sinalizados com faixas de cor contrastante, de forma a serem facilmente percetíveis pelos peões. 43

45 Fig. 24 Telefone público do tipo orelhão Os elementos manuseáveis, tais como as ranhuras para moedas e cartões, o painel de marcação dos números, etc. Devem estar localizados ao alcance da mão, pelo que devem estar a uma altura compreendida entre 0,65m e 1,30m e afastados do fundo 0,30m. Os números do teclado devem ter referência táctil (exemplos: em alto-relevo ou braille). A base de apoio deve estar suspensa e colocada a uma altura livre mínima de 0,65m (recomendável 0,70m). Importa referir que de acordo com a legislação em vigor, a zona livre de acesso e/ou permanência de uma pessoa em cadeira de rodas é de 1,20m de comprimento por 0,80m de largura. 44

46 Fig. 25 Telefone público f) Marco de Correio A localização do marco de correio deve permitir uma largura livre no passeio no mínimo de 1,20m (recomendável 1,50m). Deve ainda permitir, diante do mesmo, a inscrição de um círculo de 1,50m de diâmetro livre de obstáculos. Não deve estar localizado junto à fachada sempre que se projete mais de 0,10m sobre o percurso pedonal acessível. A boca do recetáculo postal deve estar localizada a uma altura compreendida entre os 0,60m e 1,40m e o seu perímetro deve manter-se constante desde a base até ao topo. Os marcos de correio que possuem máquinas de fornecimento de selos, estas devem seguir as regulamentações indicadas acima no que se refere aos equipamentos de auto-atendimento. 45

47 Fig. 26 Marco de correio g) Parquímetro A localização do parquímetro deve permitir uma largura livre no passeio no mínimo de 1,20m (recomendável 1,50m). Não deve estar localizado junto à fachada sempre que se projete mais de 0,10m sobre o percurso pedonal acessível. Deve ainda permitir, diante do mesmo, a inscrição de um círculo de 1,50m de diâmetro livre de obstáculos. As regulamentações referentes aos mecanismos de utilização devem cumprir o que se assinala atrás no que toca aos equipamentos de auto-atendimento. 46

48 Fig. 27 Parquímetro h) Instalações sanitárias A localização de uma instalação sanitária deve garantir um espaço livre de manobra de 1,50m de diâmetro, o que permitirá que uma cadeira de rodas possa inverter o sentido de marcha, ou seja, dar uma volta completa de 360º. O acesso à instalação sanitária deve estar nivelado ou então deve existir uma rampa acessível que facilite o acesso. Se a instalação sanitária é acessível deve existir no exterior o Símbolo Internacional de Acessibilidade (ver ponto 6 referente a normas de sinalização e orientação). A porta das instalações sanitárias deve ter uma largura mínima útil de 0,77m por 2,00m de altura, devendo abrir para o exterior. Os mecanismos de operação das portas devem estar localizados a uma altura compreendida entre 0,80m e 1,10m em relação ao solo. Os dispositivos de operação de portas (puxadores, fechaduras, trincos, etc.) devem oferecer pouca resistência e ter uma forma ergonómica fácil de 47

49 agarrar que não necessite de grande força ou implique a rotação do pulso (recomenda-se dispositivos de alavanca). O espaço interior das cabines deve ter dimensões não inferiores a 1,6 m de largura (parede em que está instalada a sanita) por 1,7 m de comprimento. No espaço que permanece livre após a instalação dos aparelhos sanitários deve ser possível inverter o sentido da marcha (circunferência de 1,50m). O espaço livre debaixo do lavatório pode ser contabilizado para o espaço livre de manobra. A altura do piso ao bordo superior do assento da sanita deve ser de 0,45 m, admitindo-se uma tolerância de ±0,01 m. Junto à sanita devem existir barras de apoio que cumpram as seguintes dimensões: 0,80m de comprimento; 0,70-0,75m de distância ao solo; 0,35-0,40m de distância ao eixo da sanita; devem ter capacidade de suportar uma carga não inferior a 1,5 kn, aplicada em qualquer sentido. Quando o acesso à sanita é feito apenas por um dos lados, devem existir duas barras fixas, uma delas na parede lateral e outra na parede traseira; quando o acesso é feito por ambos os lados, devem existir duas barras rebatíveis na vertical; Quando se optar por acoplar um tanque de mochila à sanita, a instalação e o uso das barras de apoio não deve ficar comprometido e o ângulo entre o assento da sanita e o tanque de água acoplado deve ser superior a 90. Os urinóis devem estar assentes no piso ou fixos nas paredes com uma altura do piso ao seu bordo inferior compreendida entre 0,6 m e 0,65 m. Deve existir uma zona livre de aproximação frontal ao urinol com dimensões que satisfaçam o já especificado noutras alíneas. Se existir comando de acionamento da descarga, o eixo do botão deve estar a uma altura do piso de 1m, admitindo-se uma tolerância de ±0,02 m. Devem existir barras verticais de apoio, fixadas com um afastamento de 0,3m do eixo do urinol, a uma altura do piso de 0,75 m e com um comprimento não inferior a 0,7m. É recomendável a instalação de um lavatório acessível que não interfira com a área de transferência para a sanita e deve ser garantida uma zona livre de aproximação frontal ao lavatório. A altura do piso ao bordo superior do lavatório deve ser de 0,8 m, admitindo-se uma tolerância de ±0,02 m. Sob o lavatório deve existir uma zona livre com uma largura não inferior a 0,7 m, uma altura não inferior a 0,65 m e uma 48

50 profundidade medida a partir do bordo frontal não inferior a 0,5 m; não devem existir elementos ou superfícies cortantes ou abrasivas. Os espelhos colocados sobre lavatórios acessíveis, se forem fixos na posição vertical, devem estar colocados com a base inferior da superfície refletora a uma altura do piso não superior a 0,9 m; se tiverem inclinação regulável, devem estar colocados com a base inferior da superfície refletora a uma altura do piso não superior a 1,1 m; o bordo superior da superfície refletora do espelho deve estar a uma altura do piso não inferior a 1,8 m. Os controlos e mecanismos operáveis (controlos da torneira, controlos do escoamento, válvulas de descarga da sanita) e os acessórios (suportes de toalhas, saboneteiras, suportes de papel higiénico) dos aparelhos sanitários acessíveis devem estar dentro das zonas de alcance, considerando uma pessoa em cadeira de rodas a utilizar o aparelho e uma pessoa em cadeira de rodas estacionada numa zona livre; devem poder ser operados por uma mão fechada, oferecer uma resistência mínima e não requerer uma preensão firme nem rodar o pulso; as torneiras devem ser do tipo automático (deteção de presença) ou manual com monocomando e acionadas por alavanca; os controlos do escoamento devem ser do tipo alavanca. O pavimento utilizado nas instalações sanitárias deve ser anti-derrapante. O equipamento de alarme das instalações sanitárias acessíveis deve estar ligado ao sistema de alerta para o exterior; deve disparar um alerta luminoso e sonoro. Os terminais do equipamento de alarme devem estar indicados para utilização com luz e auto-iluminados para serem vistos no escuro; podem ser botões de carregar, botões de puxar ou cabos de puxar; devem estar colocados a uma altura do piso compreendida entre 0,4 m e 0,6 m, e de modo a que possam ser alcançados por uma pessoa na posição deitada no chão após uma queda ou por uma pessoa em cadeira de rodas. Quando se trata de cabines públicas tarifadas, os seus comandos e entradas e saídas de dinheiro devem cumprir o especificado para as máquinas de auto-atendimento, nomeadamente no que se refere à altura recomendada e mecanismos de utilização de fácil compreensão e manuseamento. O mesmo se aplica à informação e regras de 49

51 utilização das cabines, que devem estar localizadas a uma altura acessível e devem seguir as normas gráficas da acessibilidade e devem ser de fácil compreensão. Fig. 28 Instalação sanitária acessível 50

52 i) Poste de paragem de transporte público As envolventes dos pontos de paragem de transporte público devem ser acessíveis, ou seja, deve ser permitido efetuar-se um percurso acessível até à paragem. Os elementos de sinalização de paragem devem garantir uma largura livre mínima de 1,50m. Se a largura livre for inferior a 1,50m, os elementos devem ser colocados junto à fachada (ou mesmo suspensos na fachada) a uma altura igual ou superior a 2,40m. O poste de paragem deve conter informação sobre as linhas que o servem, comunicada de forma perfeitamente compreensível, a qual deve estar situada a uma altura compreendida entre 1,05m e 1,55m. Deve ser garantido um espaço de aproximação frontal para o acesso à informação. Nesse espaço deve ser possível inscrever um círculo de 1,50m de diâmetro (para inverter a marcha). Fig. 29 Poste de paragem 51

53 j) Abrigo de passageiros As envolventes dos pontos de paragem de transporte público devem ser acessíveis, ou seja, deve ser permitido efetuar-se um percurso acessível até à paragem. A localização do abrigo de passageiros deve permitir uma largura livre mínima de passagem de 1,20m (recomendável 1,50m) independentemente da largura do modelo de abrigo. O abrigo deve estar fechado na parte traseira e na lateral mais fustigada pelo vento. O acesso ao abrigo é realizado pela lateral aberta, na qual deve existir um espaço livre de obstáculos que permita a aproximação e o acesso ao interior do abrigo. Nesse espaço deve ser possível inscrever um círculo de 1,50m de diâmetro (inverter a marcha). O abrigo deve conter informação para os utilizadores do transporte público, nomeadamente no que se refere às linhas que o servem. Essa informação deve ser comunicada de forma perfeitamente compreensível e deve estar situada a uma altura compreendida entre 1,05m e 1,55m. Essa informação não deve ser colocada atrás do banco, pois a informação não consegue ser acedida quando o banco se encontra ocupado. Quando existem elementos transparentes, nomeadamente proteções laterais ou traseiras, estes devem estar corretamente sinalizados. O abrigo deve ainda ter um ou mais bancos, que devem cumprir o recomendado para os bancos (ver alínea f)), e devem estar corretamente localizados, de forma a garantir um espaço livre dentro do abrigo destinado a cadeiras de rodas, carrinhos de bébé, malas, etc. Um abrigo pode ainda incorporar um apoio ciático para maior conforto dos passageiros que fiquem de pé. 52

54 Fig. 30 Abrigo de passageiros k) Elevador Para que sejam considerados acessíveis, os elevadores e ascensores devem obedecer igualmente às normas incorporadas no D.L. 163/2006. Neste sentido, os patamares diante das portas dos ascensores devem: - ter dimensões que permitam inscrever zonas de manobra para rotação de 360 ; - possuir uma inclinação não superior a 2% em qualquer direção; - estar desobstruídos de degraus ou outros obstáculos que possam impedir ou dificultar a manobra de uma pessoa em cadeira de rodas. Os ascensores devem ainda: - possuir cabines com dimensões interiores, medidas entre os painéis da estrutura da cabine, não inferiores a 1,1 m de largura por 1,4 m de profundidade; - ter uma precisão de paragem relativamente ao nível do piso dos patamares não superior a ±0,02 m; 53

55 - ter um espaço entre os patamares e o piso das cabines não superior a 0,035 m (recomendável 0,02m); - ter pelo menos uma barra de apoio colocada numa parede livre do interior das cabines situada a uma altura do piso compreendida entre 0,875 m e 0,925 m e a uma distância da parede da cabine compreendida entre 0,035 m e 0,05 m. As cabines podem ter decorações interiores que se projetem dos painéis da estrutura da cabine, se a sua espessura não for superior a 0,015 m. As portas dos ascensores devem: - ser de correr horizontalmente e ter movimento automático, no caso de ascensores novos; - possuir uma largura útil não inferior a 0,8 m, medida entre a face da folha da porta quando aberta e o batente ou guarnição do lado oposto; - ter uma cortina de luz standard (com feixe plano) que imobilize as portas e o andamento da cabine. Os dispositivos de comando dos ascensores devem: - ser instalados a uma altura, medida entre o piso e o eixo do botão, compreendida entre 0,9 m e 1,2 m quando localizados nos patamares, e entre 0,9 m e 1,3 m quando localizados no interior das cabines; - ter sinais visuais para indicam quando o comando foi registado; - possuir um botão de alarme e outro de paragem de emergência localizados no interior das cabines; - estar situados de modo que exista uma zona livre para operação que satisfaça o especificado na legislação; - estar a uma altura, medida entre o nível do piso e o eixo do comando, que satisfaça o especificado na legislação; - ter uma forma fácil de utilizar e que não requeira uma preensão firme ou rodar o pulso; - poder ser operado sem ser requerida uma força superior a 22 N; - ter pelo menos uma das suas dimensões não inferior a 0,02 m. 54

56 Os botões de campainha, os comutadores de luz e os botões do sistema de comando dos ascensores e plataformas elevatórias devem ser indicados por dispositivo luminoso de presença e possuir identificação táctil (exemplos: em alto-relevo ou em braille). Os sistemas de comando dos ascensores e das plataformas elevatórias não devem estar trancados nem dependentes de qualquer tipo de chave ou cartão. Fig. 31 Elevador l) Quiosque A localização dos quiosques deve permitir uma largura livre de passagem de 1,50m, e em frente à zona de atendimento público deve ser possível inscrever um círculo de diâmetro de 1,50m. Não devem ter bases salientes nem qualquer estrutura abaixo de 2,40m. 55

57 Quando existem elementos de vidro devem estar sinalizados com faixas de cor viva. O balcão de atendimento deve ter altura compreendida entre Fig. 32 Quiosque m) Esplanadas, elementos comerciais e toldos Pelo seu caracter temporário e localização incerta, estes elementos podem causar situações de perigo quando mal sinalizados, especialmente quando ocupam o canal de circulação ou mesmo estrangulam a passagem. As esplanadas devem ser colocadas de preferência em plataformas no exterior do passeio. Na impossibilidade de terem que ser colocadas no passeio, a sua localização deve garantir uma largura livre de passagem igual ou superior a 1,50m. A área de esplanada deve estar delimitada por elementos fixos, e deve estar sinalizada com faixas de pavimento com textura e cor diferenciadas. Os elementos transparentes devem estar igualmente sinalizados. No que se refere aos toldos dos espaços comerciais, estes devem estar localizados a uma altura igual ou superior a 2,40m. 56

58 Os elementos expostos no exterior pelas atividades comerciais contíguas, assim como os pontos de venda ambulante, devem ser colocados em espaços a eles destinados e quando a largura do passeio assim o permite. Para isso, podem ser utilizadas a faixa de acesso ao edificado e a faixa de mobiliário. Fig. 33 Esplanada n) MUPI, letreiro e painel informativo A localização do MUPI ou do painel informativo deve permitir uma largura livre mínima de passagem de 1,20m (recomendável 1,50m). A largura dos MUPI ou painéis informativos deve projetar-se em planta, ou seja, devem ter a mesma dimensão desde o topo até à base, por forma a serem facilmente detetados por todos os peões, especialmente as pessoas com deficiência visual. No que se refere a dimensões, estes elementos não devem projetar-se mais de 0,3 m dos suportes, se o seu limite inferior estiver a uma altura do piso compreendida entre 0,7 m e 2 m; podem projetar-se a qualquer dimensão, se o seu limite inferior estiver a uma altura do piso não superior a 0,7 m. 57

59 Os MUPI cujo modelo tem apenas um suporte lateral, ou seja, em que o painel de informação fica suspenso, não cumprem esta regulamentação quando ultrapassam a altura mínima livre de 0,70 m. Estes elementos podem não ser detetados pelas pessoas com deficiência visual, especialmente quando colocados num canal de circulação pedonal, em frente a uma passadeira, etc. A informação transmitida nestes elementos deve conter simbologias e imagens simples e de fácil compreensão. O mesmo se aplica à sua linguagem. No que se refere às normas gráficas, as cores utilizadas nas letras e no fundo devem ser contrastantes. O tamanho dos caracteres e o tipo de letra utilizados devem permitir uma leitura fácil e compreensível. O tamanho das letras deve variar em relação com a distância de leitura, ainda que recomendemos que tenham no mínimo 4cm de altura mínima. A altura em que está disposta a informação deve permitir a sua leitura à altura do olho humano (máximo a 1,50m do solo). A tipologia de letra deve ter um contorno nítido, cores vivas e contrastadas com o fundo, sem sombreados ou sublinhados. Devem existir igualmente informações tácteis ou sonoras para que toda a informação possa chegar a todas as pessoas. Estes elementos devem estar devidamente iluminados, de forma indireta, para que não encandeiem o leitor. Fig. 34 MUPI 58

60 Fig. 35 Letreiro ou painel informativo o) Sinal de trânsito A localização dos sinais de trânsito deve garantir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Se não for possível assegurar esta medida, e havendo necessidade de manter estes sinais, devem ser colocados encostados à fachada/muros ou mesmo suspensos nas paredes/muros em posição de bandeira. Em qualquer dos casos deve ser garantida uma altura livre igual ou superior a 2,40m. Os suportes verticais devem possuir arestas boleadas e devem manter a sua largura desde o topo até à base. 59

61 Fig. 36 Sinal de trânsito p) Semáforo A localização do semáforo deve permitir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Tal como todos os elementos de espaço público, também os semáforos devem garantir uma altura livre igual ou superior a 2,40m, o que nem sempre se pode confirmar, especialmente no caso dos semáforos que sinalizam a travessia de peões e que por vezes se localizam na direção da passagem de peões. Especialmente as passadeiras existentes em vias de grande volume de trânsito automóvel devem estar dotadas de um semáforo que sinalizem a travessia de peões. Estes elementos devem ser equipados com mecanismos complementares que emitam um sinal sonoro quando o sinal estiver verde para os peões. Nos semáforos que possuam acionamento manual, o dispositivo de acionamento deve estar localizado a uma altura do piso compreendida entre 0,8 m e 1,2 m, e deve ter uma forma fácil de utilizar e que não requeira uma preensão firme.. 60

62 O sinal verde de travessia de peões deve estar aberto o tempo suficiente para permitir a travessia, a uma velocidade de 0,4 m/s, de toda a largura da via ou até ao separador central, quando ele exista. Fig. 37 Semáforo para peões Fig. 38 Semáforo sonorizado 61

63 q) Armário de instalações e boca-de-incêndio As caixas técnicas, bocas-de-incêndio, entre outros, ainda que não constem na legislação, devem ser facilmente detetáveis pelos peões. Nesse sentido, a sua espessura deve ser contínua até ao solo, de forma que possa ser facilmente percetível ao nível do solo, especialmente por parte de pessoas portadoras de deficiência visual. Os elementos que possuem uma base saliente podem criar um potencial perigo para a circulação pedonal. Os elementos salientes que se projetem mais do que 0,10m, e cujo limite inferior esteja a uma altura compreendida entre 0,70m e 2,00m, devem projetar-se em planta (manter a sua largura desde o topo até ao solo) de modo a serem detetados por todos. A localização dos armários de instalações deve permitir uma largura livre mínima de 1,20m (recomendável 1,50m). Fig. 39 Armário de instalações 62

64 r) Candeeiro, poste de luz ou telefone A localização dos candeeiros, postes de luz ou telefone deve garantir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Todos os objetos que sobressaiam mais do que 10 cm devem ter uma projeção em planta, de modo a serem detetados por invisuais. A altura livre mínima em relação ao solo deve ser de 2,40m. Fig. 40 Candeeiro de iluminação pública 63

65 Fig. 41 Poste de luz ou telefone s) Papeleira A localização de qualquer modelo de papeleira deve permitir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Deve ser garantido um espaço livre de aproximação. As papeleiras devem ser detetáveis no solo, sendo por isso necessário que a sua espessura se prolongue do topo até ao solo. Devem, sempre que possível, localizar-se no exterior do passeio, com os recetáculos de lixo voltados para o passeio, de forma que os utilizadores não tenham que abandonar o percurso pedonal. Os mecanismos de abertura, quando os há, devem ser ergonómicos. A boca da papeleira deve estar a uma altura compreendida entre 0,70m e 1,00 em relação ao solo e deve ter uma abertura larga e de fácil utilização. 64

66 Fig. 42 Papeleira t) Pilarete Ainda que não exista qualquer regulamentação que limite as dimensões destes elementos, recomendamos que qualquer elemento, para poder ser facilmente detetado, tenha no mínimo 0,40m de altura. Os elementos que apresentam dimensões inferiores podem criar situações de perigo ao passarem despercebidos. Tal como foi já referido atrás, qualquer elemento deve projetar a sua espessura em planta, de forma a serem facilmente percecionados ao nível do solo. A localização de qualquer modelo de pilarete deve garantir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Nos pilaretes que sejam utilizados para impedir a passagem de veículos, recomendase que estejam separados com uma distância mínima de 1,20. O mesmo se recomenda quanto aos pilaretes existentes nos acessos às passadeiras. A sua cor deve ser visualmente contrastante com a área envolvente. 65

67 Fig. 43 Pilarete u) Floreira A localização de qualquer modelo de floreira deve garantir uma largura livre mínima de 1,20m (recomendável 1,50m). As floreiras devem ser detetáveis no solo, devendo para isso manter a sua espessura até ao solo. Recomenda-se ainda que tenham uma altura mínima de 0,40m. As pequenas zonas ajardinadas devem dispor de um lancil em todo o seu perímetro com uma altura mínima de 5cm (recomendável 10cm). 66

68 Fig. 44 Floreira v) Corrimão e Guarda-corpo Os corrimãos, quando bem desenhados, são um auxílio aquando da utilização de uma rampa ou de uma escada, especialmente para as pessoas que têm problemas de mobilidade, idosos, grávidas, pessoas obesas, crianças, etc. Desta forma, a legislação obriga a que os corrimãos das rampas: - se prolonguem pelo menos 0,3 m na base e no topo da rampa; - sejam contínuos ao longo dos vários lanços e patamares de descanso; - sejam paralelos ao piso da rampa; - tenham o diâmetro ou largura das superfícies de preensão compreendido entre 0,035 m e 0,05 m, ou tenham uma forma que proporcione uma superfície de preensão equivalente. Em rampas com uma inclinação não superior a 6%, o corrimão deve ter pelo menos um elemento preênsil (de um dos lados) a uma altura compreendida entre 0,85 m e 0,95 m; em rampas com uma inclinação superior a 6%, o corrimão deve ser duplo, com um elemento preênsil a uma altura compreendida entre 0,7 m e 0,75 m e outro a uma 67

69 altura compreendida entre 0,9 m e 0,95 m; a altura do elemento preênsil deve ser medida verticalmente entre o piso da rampa e o seu bordo superior. No que se refere aos corrimãos das escadas, estes devem satisfazer as seguintes condições: - a altura dos corrimãos, medida verticalmente entre o focinho dos degraus e o bordo superior do elemento preênsil, deve estar compreendida entre 0,85 m e 0,9 m; - no topo da escada os corrimãos devem prolongar- se pelo menos 0,3 m para além do último degrau do lanço, sendo esta extensão paralela ao piso; - na base da escada os corrimãos devem prolongar-se para além do primeiro degrau do lanço numa extensão igual à dimensão do cobertor mantendo a inclinação da escada; - os corrimãos devem ser contínuos ao longo dos vários lanços da escada. Quer sejam corrimãos de rampa ou de escadas, se estiverem colocados junto de uma parede ou dos suportes, o espaço entre o elemento e qualquer superfície adjacente não deve ser inferior a 0,035 m. Se os corrimãos ou as barras de apoio estiverem colocados em planos recuados relativamente à face das paredes, a profundidade do recuo não deve ser superior a 0,08 m e o espaço livre acima do topo superior do corrimão não deve ser inferior a 0,3 m. Os corrimãos, as barras de apoio e as paredes adjacentes não devem possuir superfícies abrasivas, extremidades projetadas perigosas ou arestas vivas. Os elementos preênseis dos corrimãos e das barras de apoio não devem rodar dentro dos suportes, ser interrompidos pelos suportes ou outras obstruções ou ter um traçado ou materiais que dificultem ou impeçam o deslizamento da mão. Os corrimãos e as barras de apoio devem possuir uma resistência mecânica adequada às solicitações previsíveis e devem ser fixos a superfícies rígidas e estáveis. Se existirem corrimãos nos patamares, galerias ou corredores, para além de satisfazerem o especificado anteriormente, devem ser instalados a uma altura do piso de 0,9 m e, quando interrompidos, devem ser curvados na direção do plano do suporte. 68

70 Ainda que a legislação não o especifique, recomendamos que os corrimãos tenham uma forma ergonómica e o seu material não seja suscetível às temperaturas extremas. No que se refere a guardas, não existem requisitos na legislação vigente. No entanto, recomendamos que estas tenham uma altura mínima de 0,80m e tenham barras transversais como segurança, especialmente para crianças. Devem ainda projetar-se em planta, de forma a serem facilmente percetíveis ao nível do solo. A localização de qualquer modelo de guarda-corpo deve permitir uma largura livre de 1,20m (recomendável 1,50m). Fig. 45 Guarda-corpo w) Banco A localização de qualquer modelo de banco deve garantir uma largura livre mínima de 1,20m (recomendável 1,50m). 69

71 Num conjunto de vários bancos, nem todos têm que cumprir todas as regulamentações. No entanto, é recomendável que, na sua maioria, cumpram as regulamentações seguintes. Os bancos devem permitir uma aproximação lateral e frontal, para realizar a transferência de um cidadão com mobilidade condicionada. Assim, deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,50m de diâmetro quer na lateral quer na frente do banco. A altura do assento deve estar no mínimo a 0,40m. A medida da profundidade do assento deve estar compreendida entre os 0,40 a 0,45 cm, com ligeira pendente na direção do encosto. Devem ter encosto e apoia-braços. O encosto deve ter uma altura de 0,40m. Dada a função que lhe é atribuída quando é colocado o banco no espaço público, é presumível que seja um elemento de mobiliário urbano confortável e facilmente utilizável por qualquer pessoa. Por essa razão, também o material utilizado nos bancos deve ser confortável e não suscetível a alterações de temperatura. Fig. 46 Banco 70

72 x) Contentores de superfície e subterrâneos Os contentores de superfície não devem ser colocados nos passeios. Devem, sempre que possível, localizar-se fora do passeio, com os recetáculos de lixo voltados para o passeio, de forma que os utilizadores não tenham que abandonar o percurso pedonal. Os contentores subterrâneos podem estar localizados na faixa destinada para mobiliário nos passeios, desde que o caixilho da sua base fique totalmente nivelado com o pavimento envolvente. 71

73 Os recetáculos quer dos contentores de superfície como dos contentores subterrâneos devem estar a uma altura acessível a todos. Vejamos o exemplo dos recetáculos postais (ver alínea s)). Deve ser garantido um espaço livre de aproximação ao recetáculo de lixo. Os mecanismos de abertura devem ser ergonómicos e devem estar situados a uma altura compreendida entre 1,00m e 1,20m em relação ao solo, e em nenhum caso devem ser superiores a 1,40m. Quando se trata de contentores subterrâneos, estes devem também permitir uma largura livre de 1,50m e recomenda-se que tenham uma altura mínima de 0,80m. Fig. 47 Contentor de superfície y) Fonte ou bebedouro A localização de qualquer modelo de fonte deve garantir uma largura livre mínima de 1,20m (recomendável 1,50m). 72

74 Os mecanismos de abertura e fecho devem ser ergonómicos e devem exigir pouca pressão por parte do utilizador. A boca da torneira deve estar localizada a uma altura de 0,70m em relação ao solo. Como opção, podem ser colocados modelos que permitam o acesso a duas alturas. Deve permitir a aproximação lateral de uma pessoa com mobilidade condicionada. Fig. 48 Fonte 73

75 3.10. PAVIMENTOS Via de circulação automóvel O pavimento de uma via de circulação automóvel pode fazer variar o nível de segurança e conforto dos peões, condutores e passageiros. Além disso, faz também alterar os níveis de ruído. O pavimento em cubo de granito 11x11cm, apesar de provocar um maior ruído urbano, acaba por ser um elemento pacificador do trânsito, pois obriga a que os veículos circulem com menor velocidade, melhorando, assim, a segurança dos peões. No entanto, em ruas que não existe passeio, este tipo de pavimento é totalmente inacessível e desconfortável para os peões. No que se refere ao betão betuminoso, este tipo de pavimento provoca menor ruido urbano, mas, em contrapartida, aumenta a velocidade automóvel, em caso de inexistência de elementos pacificadores de trânsito. Desta forma, os peões têm menor segurança, agravada nos casos em que não existem passeios. Para as baías de estacionamento, especialmente no caso das reservas de estacionamento para PESSOAS COM MOBILIDADE CONDICIONADA, recomendamos o betão betuminoso Passeios O revestimento do pavimento dos passeios deverá estar em harmonia com a sua envolvente, não apresentar desníveis e constituir um percurso acessível aos peões que nele caminham. Deverão ter uma superfície regular (sem buracos) antiderrapante e sem obstáculos. Na escolha dos materiais, deve ter-se em conta a qualidade, a durabilidade e a facilidade de reposição. 74

76 Em Portugal existe ainda a tradição do uso de calçada, ou seja, o cubo de calcário 5x5cm. No entanto, tratando-se este de um material que, quando polido pelo uso, se torna escorregadio, desaconselhamos a sua aplicação no canal destinado à circulação dos peões. Os materiais irregulares, tais como o cubo de granito (11x11cm ou 5x5cm), quando não é cerrado, são desconfortáveis para a circulação pedonal, pelo que é desaconselhada a sua aplicação no canal de conforto. Os materiais lisos e regulares são os aconselhados para que um piso seja acessível. Assim, o lajeado de granito ou betão betuminoso podem ser uma boa opção. No caso do lajeado de granito, recomendamos as placas de 1,60mx0,80m para a faixa de percurso acessível, para as escadas e rampas. Para as faixas de mobiliário e acesso aos edifícios, e uma vez que não afeta a circulação do peão, não existem constrangimentos na utilização de materiais. No entanto, convém apenas referir que deve ser criada uma diferenciação entre os pavimentos do canal de conforto e das faixas de mobiliário, de forma a melhor orientar os peões. Para marcar essa diferenciação, recomendamos a utilização de um material mais texturado nas faixas de mobiliário, de forma a ser facilmente detetado. Para o efeito, recomendamos o cubo ou microcubo de granito (de preferência não cerrado). No entanto, e como forma de manter a herança da calçada, aceita-se a presença do cubo de calcário 5x5cm nas faixas de mobiliário Rua partilhada As ruas partilhadas devem ter uma faixa de pelo menos 0,90cm destinada ao peão. Para o efeito, deve ser seguido o que foi referido atrás no que toca ao canal de conforto dos passeios. Ou seja, os materiais lisos e regulares são os aconselhados para que um piso seja acessível, nomeadamente o lajeado de granito ou betão betuminoso. Nas ruas partilhadas pressupõe-se que o pavimento da faixa de circulação automóvel esteja totalmente nivelado com o pavimento da faixa de circulação pedonal. No entanto, nada exige que os pavimentos tenham que ser os mesmos. Todavia, não 75

77 esqueçamos que o pavimento destinado ao automóvel pode por vezes ter que ser utilizado pelo peão, pelo que o conforto atribuído à faixa pedonal não pode ser descuidado no restante pavimento Escadas e rampas Os materiais irregulares, tais como o cubo de granito (11x11cm ou 5x5cm), quando não é cerrado, são desconfortáveis para a circulação pedonal, pelo que é desaconselhada a sua aplicação no canal de conforto. Os pisos polidos, assim como certas cerâmicas, também são desaconselhados. Os materiais lisos e regulares são os aconselhados para que um piso seja acessível. Assim, o lajeado de granito, o betão betuminoso ou mesmo a betonilha podem ser uma boa opção. No caso do lajeado de granito, recomendamos as placas de 1,60mx0,80m. No caso das escadas, os degraus devem ainda ter uma faixa anti-derrapante, com uma largura não inferior a 0,04m, encastrada junto ao focinho dos degraus. Dado que a sua função é também servir de sinalização visual, deve apresentar uma cor contrastante com o piso envolvente. No início e no final das escadas e rampas, deve existir uma faixa de 0,80m de pavimento pitonado de alerta (ver ponto 2.9.5, no que se refere ao pavimento de alerta) Passadeiras e acessos às mesmas As passadeiras sobrelevadas devem ter um piso igualmente regular e em bom estado. Aconselhamos o betão betuminoso como material a utilizar nas passadeiras. Junto aos acessos às passadeiras recomendamos que exista pavimento táctil. A sinalização táctil dos acessos às passadeiras deverá ser de dois tipos: alerta e direcional (encaminhamento). 76

78 O pavimento táctil tem a função de orientar as pessoas portadora de deficiência visual na sua deslocação na via pública, uma vez que permite a perceção de percursos, atravessamentos e obstáculos com os pés ou bengalas de rastreamento. Auxilia os portadores de deficiência visual na sua localização, posicionamento e locomoção com autonomia, segurança e conforto, prevenindo acidentes. Assim, propomos a colocação de pavimento táctil nos acessos às passadeiras, na aproximação de qualquer obstáculo que possa ser perigoso para o peão e que se encontre no canal de circulação, na aproximação a rampas e escadas, etc. A aplicação dos pavimentos tácteis nos acessos às passadeiras deve ser feita em forma de T. Assim, a zona a sinalizar (o T ) divide-se em duas partes: uma faixa de aproximação, junto ao limite do passeio, que informa o peão da sua aproximação à passadeira e uma faixa de orientação, que atravessa o passeio, informando o peão sobre a direção que deve seguir até encontrar um percurso acessível. O piso táctil deve ter uma cor contrastante com o piso envolvente. Deve ser um material rígido, firme, estável e antiderrapante. É importante que os pavimentos tácteis não constituam mais uma barreira na via pública. Os perfis que propomos são baseados nas recomendações da ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), pelo que foram concebidos e avaliados em termos do risco que representam para o público em geral. Por si só não constituem um perigo, mas uma aplicação defeituosa pode aumentar o risco de acidentes no passeio. A legislação prevê o uso de material de revestimento de textura diferente e cor contrastante com o restante piso na via pública para assinalar três situações escadas, rampas e passagens de peões de superfície. Contudo, este diploma não especifica o tipo de material a aplicar, nem as suas dimensões. A ACAPO recomenda a harmonização de pavimentos tácteis utilizados, de forma que todos os pavimentos tácteis tenham o mesmo significado em todo o país, ou pelo menos em todo o município. Assim sendo, o perfil a usar no pavimento de alerta é o pitonado, composto por saliências redondas com uma altura de 5mm +/- 0,5mm (recomendável 4mm) e um diâmetro na base de 25mm, colocadas num padrão retilíneo. Numa peça de 400mm por 400mm a distância entre os 77

79 eixos das saliências deve ser de 66,8mm para produzir um padrão de 6x6. De preferência as saliências devem ser achatadas para não criar situações de perigo. Fig Esboço de peça de pavimento de alerta Fonte: ACAPO Recomendamos, assim, a colocação de uma faixa de pavimento de alerta no acesso à passadeira, junto ao lancil. Essa faixa deve ter uma largura mínima de 0,80m, de forma a poder ser detetada entre passos, e o seu comprimento deve ser coincidente com a largura da passadeira. O pavimento de alerta pode ser texturado diretamente no pavimento existente ou pode optar-se pela colocação de peças de betão, de granito ou cerâmica resistente e antiderrapante. Fig Peça de pavimento de alerta 78

80 O pavimento de encaminhamento tem que ser colocado numa faixa igualmente não inferior a 0,80m e tem início na zona central da faixa de pavimento de alerta, de forma a completar o T. Esta faixa deve prolongar-se até à fachada do edifício contíguo. A orientação da faixa de encaminhamento deve ser a mesma da passadeira. Só assim o pavimento de encaminhamento cumpre a sua função de orientação. Quando se trata de um passeio muito largo ou de uma praça, a faixa não deve prolongar-se para além da passadeira mais de 5m. Quando duas passagens de peões se localizam na esquina de um cruzamento, as faixas de encaminhamento podem sobrepor-se, desde que não induzam o peão em erro. Uma faixa de encaminhamento está bem colocada quando o peão com deficiência visual a consegue detetar e orientar-se por ela. O perfil a usar é composto por barras achatadas, longitudinais (no sentido da marcha) com uma largura de 35mm e uma altura de 5mm +/- 0,5mm (recomendável 4mm). O intervalo entre as barras deve ser de 45mm. Fig Esboço de peça de pavimento de encaminhamento Fonte: ACAPO Também as ilhas pedonais atravessáveis devem conter pavimento de alerta no acesso às passadeiras, de forma a informar o peão invisual que se encontra num ponto de atravessamento intermédio e deve ter os devidos cuidados. O piso pitonado pode ainda ser utilizado nos acessos a rampas e escadas. Também nestes casos a faixa deve ter 0,80m de largura mínima. 79

81 O piso de encaminhamento pode ser utilizado como orientação em praças e na diferenciação de faixas num perfil de rua, ou seja, diferenciação entre a faixa de mobiliário, a faixa de percurso acessível e a faixa de acesso a edifícios. Tal como qualquer pavimento, também os pavimentos tácteis necessitam de manutenção. Quando, pelo desgaste, a altura dos elementos em relevo descer até aos 3,5mm, o pavimento deverá ser substituído. O pavimento de encaminhamento pode ser texturado diretamente no pavimento existente ou pode optar-se pela colocação de peças de betão, de granito ou cerâmica resistente e antiderrapante. 80

82 4. EDIFÍCIOS 4.1. PERCURSO ACESSÍVEL Altura e largura livre O percurso acessível dentro de um edifício deve ter uma largura livre mínima de 1,20m e uma altura livre mínima de 2,00m. Deve ser evitada a colocação de mobiliário ou outros obstáculos nos percursos, bem como os elementos salientes que se projetem mais do que 0,10m, caso o seu limite inferior estiver a uma altura compreendida entre 0,70m e 2,00m. Recomenda-se que qualquer saliência superior a 0,10m deve ser projetada em planta de modo a ser detetada por todos. O percurso ideal não deve incluir escadas, degraus isolados ou ressaltos superiores a 0,02m. Como boa prática, no acesso ao edifício recomenda-se que sejam eliminados quaisquer ressaltos. No entanto, na impossibilidade da sua eliminação, este deve ter no máximo 0,02m, e ter arestas boleadas ou chanfradas. Fig Percurso acessível nos edifícios 1,20m 2m Ressalto no acesso ao edifício 1,20m Ressalto 0,02m com aresta boleada Ressalto 0,02m com aresta chanfrada 81

83 Zonas de manobra Nas extremidades de cada trecho em linha reta ou a cada fração 10m, deve ser possível inscrever um círculo de 1,50m de diâmetro de modo a permitir uma rotação de 360º de uma cadeira de rodas. Em todos os pisos deve existir um espaço onde se possa inscrever um círculo de 1,50m de diâmetro. Fig. 53 Zonas de manobra a) Acesso a portas De ambos os lados das portas, quer sejam portas de edifícios, quer sejam portas de elevadores, etc., deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,50m de diâmetro. 82

84 Fig. 54 Acesso a portas 83

85 4.2. PORTAS A largura livre das portas interiores deve ser no mínimo de 0,77m (0,87m se se tratar de portas principais nas entradas/saídas de edifícios/estabelecimentos) e altura mínima de 2,00m. Nas portas formadas por dupla folha, pelo menos uma deles deve ter uma largura livre de 0,77m, ou 0,87m segundo o caso. A abertura mínima das portas deve ser de 90º. As portas de vidro devem estar sinalizadas com faixas, formadas por elementos contínuos ou descontínuos com intervalos inferiores a 5cm, situadas, de preferência, a duas alturas: a superior a uma altura compreendida entre 1,50m e 1,70m e a inferior entre 0,85m e 1,10m, medidas em relação ao solo. Devem ter uma cor contrastante e facilmente detetável. Também devem ser sinalizadas as portas que não disponham de caixilharias que as identifiquem como tal. As portas de vidro (com exceção das de vidro de alta segurança) devem ter um rebordo inferior de 30cm de altura no mínimo. O mecanismo de abertura das portas deve ser de pressão ou alavanca. O trinco interior deve permitir, em caso de emergência, o desbloqueio a partir do exterior. A força máxima admitida para abrir ou fechar a porta é de 22 N. No acesso a edifícios públicos não devem existir portas giratórias e torniquetes, mas caso existam, deve haver sempre uma alternativa a esse tipo de portas, sejam portas de batente, portas de correr ou automáticas. 84

86 Fig. 55 Portas 85

87 4.3. RAMPAS A largura livre mínima de uma rampa deve ser de 1,20m. Deve ter uma inclinação não superior a 6%, se tiver de vencer um desnível não superior a 0,6m e tiver uma projeção horizontal não superior a 10m. Deve ter uma inclinação não superior a 8%, se tiver de vencer um desnível não superior a 0,4 m e tiver uma projeção horizontal não superior a 5 m. É admitida uma pendente de 10% numa projeção horizontal de 2m apenas em edifícios que se encontrem em obras. Cada trecho de rampa deve ter no máximo uma projeção horizontal de 10m. É admitida uma pendente transversal no máximo de 2%. O pavimento da rampa deve ser duro, anti-deslizante e sem ressaltos. Os patamares intermédios devem ter no mínimo uma profundidade, medida no sentido do movimento, de 1,50m e uma largura igual à da rampa (no mínimo 1,20m). As rampas não necessitam de corrimão se o desnível não for superior a 0,20m ou entre 0,20m e 0,40m se a inclinação não superar os 6%, podem ter corrimão apenas de um dos lados (entre 0,85m e 0,95m de altura). Em rampas com inclinação superior a 6% devem existir corrimãos de ambos lados e devem ser duplos. O corrimão das rampas deve ser um elemento preênsil com duas alturas (uma altura compreendida entre 0,70m e 0,75m e outra compreendida entre 0,90m e 0,95m). A altura deve ser medida verticalmente entre o piso da rampa e o rebordo superior do corrimão. O corrimão deve ser contínuo ao longo dos vários lanços e patamares, deve ser paralelo à rampa, e deve prolongar-se pelo menos 0,30m na base e no topo da rampa. Deve existir um rebordo de segurança lateral de pelo menos 5cm (recomendável 10cm). No início e no final da rampa deve existir uma faixa de aproximação com pavimento de textura e cor diferenciada, de largura igual à da rampa (mínimo 1,20m). O nível de iluminação das rampas deve ser 20 lux. 86

88 Fig. 56 Rampa 87

89 4.4. ELEVADORES/ASCENSORES Os ascensores devem possuir cabines com dimensões interiores não inferiores a 1,10 m de largura por 1,40 m de profundidade. No caso de a entrada/saída poder realizarse pelos dois lados do ascensor, então no interior da cabine deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,50m de diâmetro. Deve existir pelo menos uma barra de apoio colocada numa parede livre no interior das cabines, situada a uma altura do piso compreendida entre 0,875 m e 0,925 m e a uma distância da parede da cabine compreendida entre 0,035 m e 0,05 m. Devem ter uma precisão de paragem relativamente ao nível do piso dos patamares não superior a 0,02 m. As portas dos ascensores devem permitir uma largura livre mínima de 0,80m. No caso de se tratar de elevadores novos, as portas devem ser de correr horizontalmente e de movimento automático. As portas devem ter sensor do tipo cortina de luz (com feixe plano) que imobilize as portas e o andamento da cabine. No patamar em frente ao ascensor deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,50m de diâmetro. Os dispositivos de comando dos ascensores devem: ser instalados a uma altura, medida entre o piso e o eixo do botão, compreendida entre 0,9 m e 1,2 m quando localizados nos patamares, e entre 0,9 m e 1,3 m quando localizados no interior das cabines; ter sinais visuais para indiquem quando o comando foi acionado. Os botões devem ter uma dimensão mínima de 2cm de diâmetro, possuir iluminação interior, contrastada visualmente, e a numeração deve estar inscrita em braille ou em relevo. As cabines devem ainda possuir um botão de alarme e outro de paragem de emergência. Os botões de alarme e de paragem de emergência devem ser diferenciados dos restantes, e além disso, devem permanecer acesos até ao momento de paragem. O alarme deve emitir um sinal sonoro e visual, tanto no interior como no exterior da cabine. 88

90 Devem também existir setas indicativas do sentido de circulação (subida ou descida). No exterior do ascensor, se existir uma parede transversal junto aos dispositivos de comando, estes devem estar no mínimo a 0,40m de distância da parede. Ao lado da porta do ascensor, e em cada piso, deve existir um número em alto-relevo que identifique o piso, com uma dimensão mínima de 0,10m x 0,10m e a uma altura de 1,40m em relação ao solo. Para além da informação visual recomenda-se que exista informação sonora, quer no interior da cabine, quer no exterior. Recomenda-se a existência de um sistema de comunicação com a central de segurança (telefone). Recomenda-se que as portas, tanto da cabine como do patamar, devem dispor de uma superfície transparente de pelo menos 0,10m de largura por 1,40m de altura, colocada a 0,40m de altura do pavimento. O objetivo desta superfície é permitir a comunicação visual entre o interior e exterior da cabine em caso de emergência. A iluminação mínima de um ascensor (interior e exterior) deve ser de 20lux. Fig. 57 Elevador 89

91 4.5. ESCADAS A largura dos lanços, degraus e patamares das escadas não deve ser inferior a 1,2 m. Os degraus das escadas devem ter uma profundidade (cobertor) não inferior a 0,28 m e uma altura (espelho) não superior a 0,18 m. O cobertor não deve sobrepor o espelho nem apresentar qualquer tipo de descontinuidade. Quer no cobertor, quer nos patamares deve ser utilizado material que seja antideslizante tanto em piso seco como em piso molhado. Nos degraus, a aresta do focinho deve ser boleada com um raio de curvatura compreendido entre 0,005m e 0,01m. Os degraus devem ainda ter uma faixa antiderrapante e de sinalização visual com uma largura não inferior a 0,04m e encastradas junto ao focinho dos degraus. O número máximo de degraus contínuos (sem a existência de um patamar de descanso) é de 12. Os patamares intermédios devem ter no mínimo uma profundidade, medida no sentido do movimento, de 0,70m (recomendável 1,20m). As escadas devem dispor de corrimãos de ambos os lados com altura compreendida entre 0,85m-0,90m, sendo aconselhável colocar um segundo corrimão a uma altura compreendida entre 0,70m-0,75m. O corrimão deve estar 4,5-5cm afastado da parede. Sempre que seja possível os corrimãos devem ser prolongados pelo menos 30cm no início e no final da escada. O nível de iluminação das escadas deve ser 30 lux. 90

92 Fig. 58 Escada 91

93 4.6. LUGARES DE ESTACIONAMENTO ACESSÍVEL Os lugares de estacionamento acessível devem estar localizados próximo das passadeiras. Devem estar devidamente sinalizados com o símbolo internacional de acessibilidade no solo, quer num sinal vertical, quer diretamente no solo. Deve existir um percurso acessível que comunique os lugares de estacionamento com o acesso aos edifícios. As dimensões mínimas úteis de um lugar de estacionamento reservado são de 2,50m de largura por 5,00m de comprimento. Devem possuir uma faixa de acesso lateral com uma largura útil não inferior a 1 m (recomendável 1,50m) e ter os seus limites demarcados por linhas pintadas no piso em cor contrastante com a da restante superfície. A faixa de acesso lateral pode ser partilhada por dois lugares de estacionamento reservado contíguos. Fig. 59 Reserva de estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada 92

94 93

95 4.7. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS As instalações sanitárias acessíveis devem estar adequadamente sinalizadas, com identificação ao lado da porta de acesso, com símbolos internacionalmente reconhecíveis. Recomenda-se que, na medida do possível, quando exista um conjunto de cabines se torne acessível uma das cabines em alternativa à criação de um "terceiro sexo". O acesso às instalações sanitárias deve poder ser feito sem quaisquer ressaltos ou degraus no percurso. Quando existe um desnível entre a entrada da instalação sanitária e o pavimento envolvente, deve existir uma rampa acessível que facilite o acesso. Quando se trata de instalações sanitárias múltiplas, os espaços de circulação interiores comuns devem ter largura igual ou superior a 1,20m. No interior da cabine das instalações sanitárias acessíveis deve ser possível inscreverse um círculo de 1,50m. As portas devem ter uma largura livre mínima de 0,77m (recomendável 0,87m). Devem abrir para o exterior ou serem de correr. Os puxadores das portas devem acionar-se através de mecanismos de pressão ou alavanca. Se a instalação sanitária é acessível deve existir no exterior o Símbolo Internacional de Acessibilidade (ver ponto 6 referente a normas de sinalização e orientação). A porta das instalações sanitárias deve ter uma largura mínima útil de 0,77m por 2,00m de altura, devendo abrir para o exterior. Os mecanismos de operação das portas devem estar localizados a uma altura compreendida entre 0,80m e 1,10m em relação ao solo. Os dispositivos de operação de portas (puxadores, fechaduras, trincos, etc.) devem oferecer pouca resistência e ter uma forma ergonómica fácil de agarrar que não necessite de grande força ou implique a rotação do pulso (recomenda-se dispositivos de alavanca). O espaço interior das cabines deve ter dimensões não inferiores a 1,6 m de largura (parede em que está instalada a sanita) por 1,7 m de comprimento. 94

96 No espaço que permanece livre após a instalação dos aparelhos sanitários deve ser possível inverter o sentido da marcha (circunferência de 1,50m). O espaço livre debaixo do lavatório pode ser contabilizado para o espaço de rotação. A altura do piso ao bordo superior do assento da sanita deve ser de 0,45 m, admitindo-se uma tolerância de ±0,01 m. Junto à sanita devem existir barras de apoio que cumpram as seguintes dimensões: 0,80m de comprimento; 0,70-0,75m de distância ao solo; 0,35-0,40m de distância ao eixo da sanita; devem ter capacidade de suportar uma carga não inferior a 1,5 kn, aplicada em qualquer sentido. Quando o acesso à sanita é feito apenas por um dos lados, devem existir duas barras fixas, uma delas na parede lateral e outra na parede traseira; quando o acesso é feito por ambos os lados, devem existir duas barras rebatíveis na vertical; Quando se optar por acoplar um tanque de mochila à sanita, a instalação e o uso das barras de apoio não deve ficar comprometido e o ângulo entre o assento da sanita e o tanque de água acoplado deve ser superior a 90. Os urinóis devem estar assentes no piso ou fixos nas paredes com uma altura do piso ao seu bordo inferior compreendida entre 0,6 m e 0,65 m. Deve existir uma zona livre de aproximação frontal ao urinol com dimensões que satisfaçam o já especificado noutras alíneas. Se existir comando de acionamento da descarga, o eixo do botão deve estar a uma altura do piso de 1m, admitindo-se uma tolerância de ±0,02 m. Devem existir barras verticais de apoio, fixadas com um afastamento de 0,3m do eixo do urinol, a uma altura do piso de 0,75 m e com um comprimento não inferior a 0,7m. 95

97 Fig. 60 Urinol acessível É recomendável a instalação de um lavatório acessível que não interfira com a área de transferência para a sanita e deve ser garantida uma zona livre de aproximação frontal ao lavatório. A altura do piso ao bordo superior do lavatório deve ser de 0,8 m, admitindo-se uma tolerância de ±0,02 m. Sob o lavatório deve existir uma zona livre com uma largura não inferior a 0,7 m, uma altura não inferior a 0,65 m e uma profundidade medida a partir do bordo frontal não inferior a 0,5 m; não devem existir elementos ou superfícies cortantes ou abrasivas. Os espelhos colocados sobre lavatórios acessíveis, se forem fixos na posição vertical, devem estar colocados com a base inferior da superfície refletora a uma altura do piso não superior a 0,9 m; se tiverem inclinação regulável, devem estar colocados com a base inferior da superfície refletora a uma altura do piso não superior a 1,1 m; o bordo superior da superfície refletora do espelho deve estar a uma altura do piso não inferior a 1,8 m. Os controlos e mecanismos operáveis (controlos da torneira, controlos do escoamento, válvulas de descarga da sanita) e os acessórios (suportes de toalhas, saboneteiras, suportes de papel higiénico) dos aparelhos sanitários acessíveis devem estar dentro das zonas de alcance, considerando uma pessoa em cadeira de rodas a utilizar o 96

98 aparelho e uma pessoa em cadeira de rodas estacionada numa zona livre; devem poder ser operados por uma mão fechada, oferecer uma resistência mínima e não requerer uma preensão firme nem rodar o pulso; as torneiras devem ser do tipo automático (deteção de presença) ou manual com monocomando e acionadas por alavanca; os controlos do escoamento devem ser do tipo alavanca. Fig. 61 Lavatório acessível O pavimento utilizado nas instalações sanitárias deve ser anti-derrapante. O equipamento de alarme das instalações sanitárias acessíveis deve estar ligado ao sistema de alerta para o exterior; deve disparar um alerta luminoso e sonoro. Os terminais do equipamento de alarme devem estar indicados para utilização com luz e auto-iluminados para serem vistos no escuro; podem ser botões de carregar, botões de puxar ou cabos de puxar; devem estar colocados a uma altura do piso compreendida entre 0,4 m e 0,6 m, e de modo a que possam ser alcançados por uma pessoa na posição deitada no chão após uma queda ou por uma pessoa em cadeira de rodas. 97

99 Quando se trata de instalações sanitárias tarifadas, os seus comandos e entradas e saídas de dinheiro devem cumprir o especificado para as máquinas de autoatendimento, nomeadamente no que se refere à altura recomendada e mecanismos de utilização de fácil compreensão e manuseamento. O mesmo se aplica à informação e regras de utilização das cabines, que devem estar localizadas a uma altura acessível e devem seguir as normas gráficas da acessibilidade e devem ser de fácil compreensão. 98

100 4.8. BALNEÁRIOS O acesso aos balneários deve poder ser feito sem quaisquer ressaltos ou degraus no percurso. Quando se trata de instalações com múltiplos compartimentos, os espaços de circulação interiores comuns devem ter largura igual ou superior a 1,20m. No interior dos compartimentos e em determinadas zonas de permanência ou de circulação nos espaços comuns deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,50m. Nas zonas de mudanças de direção deve ser possível inscrever-se um círculo de 1,20m de diâmetro e, em frente às portas, um círculo de 1,50m de diâmetro. No espaço de aproximação a cacifos, bancos, etc., deve existir uma largura mínima de 0,75m. As portas devem ter uma largura livre de passagem de 0,87m. Devem abrir para o exterior ou serem de correr. Os mecanismos de abertura devem ser de pressão ou alavanca. Fig. 62 Balneário acessível 99

101 A base de duche deve ter no mínimo 0,80m de largura por 1,20m de comprimento, deve estar facejada com o pavimento, e as torneiras devem ser colocadas ao centro da lateral mais larga a uma altura compreendida entre os 0,40m e 1,20m. Devem ainda existir duas barras de apoio. Deve ter um assento rebatível, com uma profundidade mínima de 0,40m e comprimento mínimo de 0,70m. Os acessórios e mecanismos devem estar colocados a uma altura compreendida entre 0,40m e 1,20m. 100

102 Fig. 63 Base de duche acessível Os armários de roupa, cacifos, cabides e estantes destinados a utilizadores de cadeira de rodas devem estar colocados a uma altura compreendida entre 0,40m e 1,20m. O pavimento utilizado nos balneários deve ser anti-derrapante. O equipamento de alarme dos balneários, tal como nas instalações sanitárias, deve estar ligado ao sistema de alerta para o exterior; deve disparar um alerta luminoso e sonoro. Os terminais do equipamento de alarme devem estar indicados para utilização com luz e auto-iluminados para serem vistos no escuro; podem ser botões de carregar, botões de puxar ou cabos de puxar; devem estar colocados a uma altura do piso compreendida entre 0,4 m e 0,6 m, e de modo a que possam ser alcançados por uma pessoa na posição deitada no chão após uma queda ou por uma pessoa em cadeira de rodas. 101

103 Fig. 64 Cacifos e armários 102

104 4.9. LUGARES ACESSÍVEIS EM SALAS DE ESPETÁCULOS As dimensões mínimas de um lugar reservado para espectadores com mobilidade condicionada devem ser de 0,80m de largura por 1,20m de profundidade. A área para dois lugares deve ser no mínimo de 1,60 x 1,20m, se o acesso for frontal ou 1,60 x 1,50m se o acesso for lateral. Devem ainda ter uma margem livre de 0,30m à frente e atrás da zona reservada. Os lugares reservados devem estar localizados num plano horizontal, preferencialmente ao mesmo nível dos acessos, junto às saídas de emergência. A comunicação entre a entrada do edifício até ao lugar reservado deve ser feita através de um percurso acessível. Os lugares reservados devem estar sinalizados com o símbolo internacional de acessibilidade no pavimento. Fig. 65 Lugares acessíveis em sala de espetáculos 103

105 4.10. BALCÃO OU GUICHÉ DE ATENDIMENTO Os balcões e guichés de atendimento devem ter uma extensão mínima de 0,80m e uma altura em relação ao piso compreendida entre 0,75m e 0,85m. Esta altura dos balcões deve estar desimpedida a uma profundidade mínima de 0,50m, para que possa haver aproximação frontal das pessoas em cadeiras de rodas. Na impossibilidade de que todo o balcão tenha estas medidas, pelo menos parte dele deve permitir o acesso a todas as pessoas, independentemente das suas condições físicas. Fig. 66 Balcão de atendimento 104

106 4.11. DISPOSITIVOS ELÉTRICOS Os dispositivos eletrónicos, tais como interruptores e similares, devem estar colocados a uma altura compreendida entre 0,40 e 1,20m e devem ter uma cor contrastante com a envolvente, de forma a serem facilmente detetados. As tomadas de ligação elétrica, telefónica, internet, etc., situadas em zonas de espaço público devem estar colocadas a uma altura compreendida entre 0,40m e 1,20m, para poderem ser facilmente utilizadas por todas as pessoas. Devem estar protegidas para que não haja incidentes com crianças OUTROS ELEMENTOS Os elementos que sobressaiam mais do que 10cm devem estar localizados a uma altura superior a 2,00m, caso contrário devem ser projetados em planta de forma a serem detetados no solo por invisuais. Deve evitar-se a colocação de quaisquer elementos nos percursos dentro dos edifícios, refiram-se por exemplo os vasos de plantas, caixotes de lixo, fios elétricos atravessados no chão, entre outros. O mesmo se recomenda no que se refere ao espaço livre de aproximação a balcões de atendimento, painéis informativos, etc. 105

107 5. TRANSPORTES 5.1. TRANSPORTE URBANO E INTERURBANO Cobertura da Rede de Paragens No transporte urbano ou interurbano, a distância entre o domicílio e a paragem é um fator chave no momento de optar pelo autocarro como meio de transporte público. Para os utilizadores com problemas de mobilidade, a distância à paragem é um fator ainda mais importante. Considerando as suas limitações, no transporte público recomenda-se que exista sempre uma paragem de autocarro a menos de 250 metros de qualquer zona residencial. Antes de avaliar o grau de cobertura das paragens existentes num município, devem considerar-se, no entanto, algumas apreciações. O objetivo do serviço interurbano de transportes não é dar a mesma cobertura que um serviço de transportes urbanos. Porém, e sendo inexistente o serviço urbano, será necessário garantir a maior cobertura territorial possível por parte dos transportes interurbanos Envolvente das Paragens As características da via pública onde se localizam as paragens afetam o embarque dos utilizadores nos autocarros e a circulação dos peões na rua. Uma condição essencial para aceder a uma paragem é que esta se encontre numa envolvente urbanizada e acessível. Além disso, é necessário assegurar que a ligação com a via pública se faça de uma forma acessível, garantindo, assim, uma plena autonomia das pessoas com mobilidade condicionada. De modo a evitar romper a rede de transportes convém que o percurso, desde o ponto de onde saiu o utilizador, até à paragem seja acessível. Considera-se que a envolvente de uma paragem é acessível quando existem percursos (passeios ou acessos) acessíveis para peões. 106

108 De acordo com a legislação nacional em vigor considera-se que um percurso é acessível quando: - Dispõe de uma largura livre de obstáculos de pelo menos 1,20m (recomendável 1,50m). - Dispõe de uma altura livre de obstáculos de 2,40m. - Dispõe de atravessamentos pedonais acessíveis. - Não contém nenhuma escada ou degrau isolado. - Apresenta uma pendente longitudinal não superior a 6%. - Apresenta uma pendente transversal não superior a 2%. - O pavimento é duro, antiderrapante e não apresenta ressaltos. - Os elementos de urbanização e mobiliário, que compõem o percurso, estão bem desenhados e bem localizados Embarque nos Autocarros a) Distância entre o autocarro e o passeio A distância existente entre o passeio e o piso do veículo pode dificultar, ou mesmo impedir, o embarque de forma autónoma no autocarro, por uma parte importante da população (pessoas idosas, crianças, pessoas com mobilidade condicionada, etc.) Em geral, estes problemas por vezes surgem devido ao estacionamento abusivo nos locais das paragens ou próximo destas, dificultando a aproximação correta do autocarro à paragem. Nestas situações propõe-se a modificação da via pública na área envolvente à paragem, de modo a evitar esse tipo de estacionamento, eliminando a reserva de estacionamento do autocarro do meio da faixa de estacionamento e criando passeios largos desenhados como plataforma de embarque. Importa referir que a existência de uma plataforma de embarque sem desníveis é imprescindível para utilizadores em cadeiras de rodas, o que, por si só, é motivo para se efetuar as adaptações necessárias em todas as paragens. Porém, nem só estes 107

109 utilizadores têm problemas de mobilidade. Os idosos, grávidas, e outros utilizadores, que por motivos temporários ou permanentes, sofrem de uma insuficiência de mobilidade, sairão beneficiados. Para os restantes utilizadores, será mais cómodo, confortável e acessível. Por todas as razões enumeradas, torna-se imperativa a construção dessas plataformas de embarque. Com a existência de uma plataforma de embarque, a manobra de aproximação à paragem, por parte do autocarro, torna-se mais fácil de executar. Simultaneamente, e uma vez que é retirada a reserva de estacionamento do autocarro, poderá aumentar-se, caso seja necessário, o número de lugares de estacionamento para automóveis. Com o objetivo de analisar e solucionar este problema torna-se necessário fazer a distinção entre a distância horizontal e distância vertical. A distância horizontal entre a paragem e o autocarro depende da manobra de aproximação ao passeio. Os fatores que impedem a correta execução desta manobra e que, por isso, tornam a separação horizontal excessiva são: - localização da paragem numa curva, esquinas do passeio ou logo após um cruzamento, onde o autocarro é obrigado, por itinerário, a mudar de direção. Em todos estes casos é muito provável que as portas centrais ou posteriores do autocarro não possam aproximar-se o suficiente do passeio, dificultando, assim, o embarque dos utilizadores. A solução da maioria destes casos passa pela relocalização das paragens. Se a paragem se localiza numa faixa de estacionamento, propõe-se a utilização de plataformas de embarque para evitar que se estacione em frente à paragem, dificultando ou mesmo impossibilitando a aproximação do autocarro à paragem. A plataforma de embarque deve sobressair da linha de estacionamento, protegendo-se através de pilaretes. - outro fator chave para diminuir a distância horizontal passaria por sensibilizar os condutores dos autocarros quanto à importância da manobra de aproximação. É por este motivo recomenda-se que se realizem formações para aprender a lidar com pessoas de mobilidade condicionada, contribuindo para o maior conhecimento das necessidades deste coletivo de pessoas. 108

110 A diminuição da distância vertical resolve-se através da utilização de veículos com rebaixamento de degrau. Por vezes estes autocarros incorporam também uma rampa móvel que permite o embarque de utilizadores com cadeiras de rodas. Existem outros sistemas para superar o desnível vertical, como é o caso da incorporação de plataformas elevatórias nos autocarros. Também pode ajudar, neste sentido, a colocação de algumas infraestruturas na via pública que aumentem a altura dos passeios no local de embarque, possibilitando um nivelamento com a entrada do autocarro. Uma possível solução é a incorporação de plataformas de embarque. b) Espaço necessário na paragem A paragem deve dispor do espaço necessário para que os utilizadores possam aguardar sem perturbar a restante circulação de peões. A legislação atual determina a construção de passeios com um canal de passagem livre (1,50m x 2,40m), pelo que as paragens devem permitir este espaço livre. Por outro lado, as pessoas que utilizam cadeiras de rodas necessitam de um espaço livre onde se possa inscrever um círculo com 1,50m de diâmetro, para poderem mudar de direção e efetuar o embarque. Se, além disso, se tiver em conta os autocarros que possuem rampa e a área que o desdobramento da mesma irá ocupar sobre o passeio, então, o espaço livre do passeio nas zonas de embarque terá de ser no mínimo de 2,40m. A presença de mobiliário urbano (papeleiras, bancos, postes de iluminação, etc.) pode dificultar o acesso ao autocarro, uma vez que, no momento em que o autocarro se imobiliza, estes podem ficar localizados junto das portas do veículo. Assim, é conveniente evitar a presença de mobiliário urbano em todo o perfil da paragem. A utilização de uma plataforma de embarque é uma solução garantida para que se respeitem os aspetos anteriormente referidos: por um lado ganha-se espaço na 109

111 paragem e por outro evita a existência de obstáculos em frente às portas do autocarro. Além disso, desta forma, evita-se que os automóveis ocupem esta zona, facilitando a manobra de aproximação do autocarro, ao mesmo tempo que se ganha mais espaço de estacionamento para veículos privados ou para outros usos (como a colocação de contentores de superfície, ecopontos, etc.). Fig. 67 Espaço para embarque/desembarque Os Elementos das Paragens As paragens de autocarro normalmente são identificadas por um abrigo de passageiros e/ou por um poste de paragem. O desenho destes elementos deve cumprir uma série de funções para as quais foram concebidos: ter sinalização da paragem, dispor de um espaço apropriado para a informação, um resguardo (no caso dos abrigos de passageiros), etc. Ao mesmo tempo, há que ter presente que as características físicas de todas as pessoas não são iguais (altura, capacidade motora, etc.) e que, por isso, 110

112 deve desenhar-se elementos de paragens para todos, usando medidas que se adaptem a todas as pessoas O Abrigo de Passageiros O abrigo de passageiros deve estar incorporado no passeio ou, caso se encontre numa zona não urbanizada, deverá ter uma base devidamente pavimentada. O pavimento deve ter um acabamento antiderrapante com um coeficiente de resistência ao deslizamento superior a 0,40. Deve deixar-se 1,50m de passeio livre, de preferência à frente e atrás do abrigo. À frente deve ter este espaço, por forma a permitir o acesso ao mesmo. Atrás deve existir este espaço, para permitir a passagem dos peões que não pretendem utilizar o abrigo. O abrigo de passageiros deve ser fechado na parte posterior e na lateral mais fustigada pelo vento. Os painéis de material transparente do abrigo de passageiros devem estar sinalizados com faixas de cores vivas, a uma altura compreendida entre os 0,80 e os 1,70m de altura. O abrigo de passageiros terá de dispor de uma superfície livre de 0,90m x 1,20m reservada a utilizadores com cadeiras de rodas, ou para a colocação de carrinhos de bebés ou outros utensílios de ajuda. O abrigo de passageiros deve ter um banco a uma altura aproximada de 45cm com um elemento de apoio que ajude o utilizador a sentar-se e levantar-se. O abrigo de passageiros deve ter um apoio ciático de pelo menos 1,40m de comprimento. A paragem deve sinalizar-se com um elemento que sobressaia por cima do abrigo de passageiros. As cores dos caracteres e pictogramas presentes neste elemento devem ter cores vivas, com forte contraste e do maior tamanho possível. 111

113 Os painéis de informação devem ser colocados em locais que permitam aos seus leitores aproximar-se e afastar-se dos mesmos o máximo possível, consoante a sua incapacidade visual. A melhor altura para a localização dos painéis informativos é à altura do olho humano, entre 1,05 e 1,55m, medidas que devem ser comuns e compatíveis a todo mundo. Isto leva a que se adote, como solução, em certas situações, a duplicação desses painéis. Nesse caso, devem localizar-se, respetivamente, entre 1,10 e 1,40m e entre 1,40 e 1,70m de altura. A paragem deve dispor de informação sobre todas as linhas que servem a mesma, assim como todos os seus percursos e horários. Estes painéis informativos devem estar iluminados diretamente. Os caracteres da informação devem ter um tipo de letra nítido e de desenho simples, com cores contrastadas com o fundo e com tamanhos grandes, em função da distância máxima em que as pessoas têm que ler. Fig. 68 Esboço de abrigo de passageiros 112

114 O poste de paragem Independentemente de as paragens terem abrigo de passageiros ou apenas um sinal de trânsito ou sinalização no solo que proíbam o estacionamento por ser um espaço reservado ao autocarro está comprovado que, para um fácil e rápido reconhecimento da paragem, é importante dispor de um elemento, ou de um sinal característico e diferenciado de qualquer outro sinal de trânsito, que indique o local previsto da paragem do autocarro. Esta é uma das funções do poste de paragem. O poste de paragem deve estar incorporado no passeio ou, caso se encontre numa zona não urbanizada, deverá ter uma base devidamente pavimentada. Deve situar-se no rebordo exterior do passeio, deixando um espaço livre mínimo de 1,50m. O pavimento deve ter um acabamento antiderrapante com um coeficiente de resistência ao deslizamento superior a 0,40. A placa ou letreiro, quando existe, deve estar situada/o a 2,40m de altura. Os elementos salientes e/ou suspensos que sobressaiam mais de 15cm e que limitem o percurso, devem ter como mínimo um elemento fixo entre 0 e 20 cm de altura, para que possam ser detetados por invisuais ou devem estar situados a uma altura igual ou superior a 2,40m. Os caracteres e pictogramas presentes na placa/letreiro que sinaliza a paragem devem ter cores vivas e contrastadas, e o maior tamanho possível. Os painéis de informação devem ser colocados em locais que permitam aos seus leitores aproximar-se e afastar-se dos mesmos o máximo possível, consoante a sua incapacidade visual. Estes painéis informativos devem estar iluminados diretamente. Os caracteres da informação devem ter um tipo de letra nítido e de desenho simples, com cores contrastadas com o fundo, com tamanhos grandes, em função da distância máxima em que as pessoas têm que ler. A paragem deve dispor de informação sobre todas as linhas que servem a mesma, assim como todos os seus percursos e horários. 113

115 No painel informativo deve existir informação gráfica da linha ou linhas que servem a paragem. A melhor altura para a localização dos painéis informativos é à altura do olho humano, entre 1,05 e 1,55m, medidas que deverão ser comuns e compatíveis a todo mundo. Isto leva a que se adote, como solução, em vários casos, a duplicação dessa informação. Nesse caso devem localizar-se, respetivamente entre 1,10 e 1,40m e entre 1,40 e 1,70m de altura A Informação Se alguma das linhas for adaptada deve indicar-se com o símbolo internacional de acessibilidade. A informação que deve constar nos painéis informativos é a seguinte: - Identificação das linhas que servem a paragem. - Horários das linhas. - Mapa com todas as linhas que servem o município. - Relação de todas as linhas com o número/nome da linha, a sua origem, destino e frequência. - Informação geral: telefone de informação, página Web, tarifas vigentes, etc A informação das restantes linhas de transporte no município é também importante, ainda que secundária, podendo constar no painel informativo apenas no caso de haver espaço suficiente. É importante que toda a informação seja atualizada sempre que surjam alterações, e que haja uma manutenção periódica de modo a evitar a exposição prolongada de painéis danificados. Toda esta informação deve estar localizada entre 1,05m e 1,55m de altura, medida esta que se considera correta para poder ser lida pelos utilizadores que se desloquem em cadeiras de rodas. Aliás, a localização ideal seria entre os 1,10m e 1,40m, 114

116 contudo, essas medidas podem dificultar a leitura aos utilizadores com deficiência visual. Isto leva a que se adote, como solução, em vários casos, a duplicação da informação, localizando-se, respetivamente entre 1,10m e 1,40m e entre 1,40m e 1,70m de altura. No ponto 6 deste manual é indicado como deve ser apresentada toda a informação escrita, de modo a que possa ser lida e compreendida pelo maior número de utilizadores possível As unidades móveis (autocarros) Os autocarros acessíveis não só possibilitam o acesso a utilizadores com mobilidade condicionada, como facilitam o embarque de todas as pessoas. Obviamente que a frota de unidades móveis que as empresas de transportes possui não é de competência municipal. De qualquer forma, cabe também à Câmara Municipal ter a responsabilidade de formar e educar as empresas que prestam serviço no município para que cumpram as normas da acessibilidade, de forma a melhor servirem os seus munícipes. Quando se fala em linhas acessíveis e portanto de autocarros acessíveis, considera-se que devem satisfazer, entre outros, os requisitos pensados sobretudo para autocarros interurbanos de curtas distâncias, aquilo a que se chama percursos suburbanos, com características de exploração e funcionamento similares aos autocarros urbanos: paragens frequentes, próximas entre si e com tempos de paragem ajustados. A melhor opção para autocarros acessíveis são os que têm piso rebaixado. Os seguintes requisitos técnicos para os autocarros acessíveis de piso rebaixado são definidos legalmente pelo Decreto-Lei n.º 58/2004, que transpõe para a legislação portuguesa a Diretiva n.º 2001/85/CE do Parlamento Europeu e Concelho, referindose ao regulamento das disposições especiais aplicáveis aos automóveis pesados de passageiros. Contudo, alguns dos parâmetros enunciados vão além do que a legislação 115

117 determina, no sentido de dotar os transportes de uma maior comodidade e, acima de tudo, de acessibilidade. a) Embarque e Desembarque Os veículos devem estar dotados de uma rampa e um sistema de inclinação (kneeling) para facilitar o acesso a pessoas com mobilidade condicionada. A altura máxima desde a calçada ao piso do autocarro não deve ser superior a 34 cm de altura. Esta altura deve ser medida com o veículo na sua posição normal de marcha, sem o sistema de rebaixamento ativado, caso exista. Características: 1. A rampa só deve funcionar quando o veículo estiver parado, sendo o condutor do autocarro a pessoa responsável pela sua utilização: - Os movimentos de desdobramento e recolha devem ser acompanhados de sinais sonoros e luminosos de aviso; - No percurso desde o início da rampa até ao interior do autocarro devem ser evitados os ressaltos nas uniões entre rampa, o solo e o veículo, assim como as mudanças drásticas no declive da rampa; - A extensão da rampa no sentido horizontal deve estar protegida com um dispositivo de segurança. Quando este dispositivo atua, o movimento da rampa é imediatamente interrompido; - Em caso de avaria, a rampa deve poder ser colocada e retirada de forma manual; - As dimensões mínimas da rampa são: 80 cm de largura por 100 cm de comprimento; - A carga estática mínima da rampa, apoiada no solo, deve ser de 250kg. - Relativamente ao sistema de inclinação, deve ser instalado um dispositivo detetor de corpos estranhos, de forma a evitar que o veículo apanhe o pé de qualquer pessoa no momento em que efetua a manobra descendente. 116

118 2. A porta que incorpore a rampa deve estar sinalizada com o Símbolo Internacional de Acessibilidade. 3. Devem existir pelo menos duas portas de acesso sem degraus. 4. A largura livre da porta de acesso para os passageiros em cadeira de rodas deve ser nunca inferior a 90 cm, podendo reduzir-se 10cm no caso de esta largura ser medida ao nível das pegas. 5. As portas dos autocarros devem ter um sistema de anti-aprisionamento, devendo entrar em ação sempre que apertem qualquer objeto e/ou pessoa. 6. A superfície das barras e apoios deve ser de material antiderrapante e cor que contraste com a envolvente. Devem existir, em ambos os lados das portas de serviço barras ou apoios. O diâmetro destes deve estar compreendido entre os 3 cm e os 3,5 cm. 7. Deve existir um mecanismo sonoro, não estridente, que identifique a abertura da porta de embarque. 8. As pessoas com mobilidade condicionada devem poder sair pela porta de entrada, de modo a evitar que atravessem todo o veículo. 9. O percurso desde a porta de acesso para os utilizadores de cadeira de rodas até ao espaço reservado deve ser acessível. Neste percurso não deve existir nenhum degrau ou outro qualquer obstáculo, dispondo necessariamente de uma largura livre suficiente para a circulação de uma cadeira de rodas (80 cm). 10. O piso do veículo deve ser antiderrapante. 11. O autocarro deve dispor de um sistema sonoro de pré-aviso de paragem, informando os passageiros, com a devida antecipação de qual a próxima paragem. 12. Nos autocarros interurbanos, os utilizadores com mobilidade condicionada devem poder usufruir de ajudas técnicas e não devem, para isso, ter que pagar suplemento de tarifa. 117

119 13. Os acessos e saídas devem estar bem iluminados. O nível de iluminação deve ser no mínimo 20lux. 14. No mínimo devem existir três lugares reservados a pessoas com mobilidade condicionada. Devem estar localizados próximo da porta de acesso, sinalizados devidamente com o pictograma respetivo. Estes lugares não devem estar posicionados sobre os eixos do veículo, devido à altura excessiva. Junto dos lugares devem existir barras ou apoios, de modo a facilitar o ato de sentar/levantar, assim como um botão de comando de solicitação de paragem, mecanismo que deve estar situado a uma altura compreendida entre 70cm e 90cm em relação ao piso do veículo, deve ter uma cor contrastante com o local onde está fixado. Deve ainda poder ser acionado com a palma da mão, a partir de um lugar acessível, sem ser necessário ao utilizador levantar-se. Se existirem apoios de braço, estes devem ser rebatíveis. Deve existir um espaço físico necessário para a colocação dos diversos utensílios ou ajudas técnicas que possam ser usados pelas pessoas com mobilidade condicionada. Estes utilizadores devem poder sair pela porta de entrada de modo a evitar deslocações dentro do veículo. 15. Nos lugares reservados deve estar instalado um sistema de segurança (cinto) com pelo menos três pontos de fixação. 16. Para utilizadores de cadeira de rodas deve existir no compartimento dos passageiros um espaço mínimo de 75 cm de largura por 130 cm de comprimento, devendo o plano longitudinal desta zona ser paralelo ao plano longitudinal do veículo. Esta superfície deve ter piso antiderrapante. 17. O passageiro de cadeira de rodas deve viajar com os travões da cadeira de rodas acionados, devendo existir um apoio ou biombo almofadado para apoio lombar e da cabeça. Nesta posição, o passageiro deve estar protegido por um cinto de segurança. 18. No espaço reservado aos utilizadores de cadeiras de rodas deve existir uma barra horizontal a uma altura compreendida entre os 80 e 90 cm, afastada da lateral pelo menos 4cm e com um diâmetro entre os 3 e os 4 cm. 118

120 19. Deve estar instalado no espaço reservado aos passageiros em cadeira de rodas um sistema de solicitação de paragem, localizado a uma altura compreendida entre 80 e 90 cm, que indica ao condutor a intenção de que um passageiro com estas características quer sair do autocarro. 20. No exterior do veículo, à esquerda ou direita da porta de acesso, deve estar instalado um botão de comando a uma altura de 80 a 90 cm em relação ao piso, para os utilizadores portadores de cadeira de rodas, o qual deve indicar ao condutor que existe um utilizador portador de cadeira de rodas, com intenção de aceder ao autocarro. O botão do sistema de solicitação de paragem deve ter uma cor contrastante com a superfície onde está colocado, e deve poder ser acionado com a palma da mão. Ambos devem estar sinalizados com o símbolo internacional de acessibilidade (figura em branco sobre um fundo azul escuro). O Pictograma interior pode, por sua vez, servir como indicador de lugar reservado. O condutor deve receber um sinal claro e inequívoco de que o sistema de solicitação de paragem foi ativado. 21. Qualquer irregularidade e/ou alteração de nível do piso do autocarro deve ser assinalada com cores contrastantes em relação à área envolvente. Do mesmo modo, devem ser assinalados os perfis inferiores dos acessos ao autocarro. 22. Na frente exterior do autocarro deve existir informação do número/nome e sentido da linha. 23. Deve existir o Símbolo Internacional da Acessibilidade localizado num local visível. 24. Deve ser fornecida informação para passageiros com insuficiências sensoriais: - Deve existir um sistema de aviso acústico junto das portas de entrada, no sentido de facilitar a localização da mesma. - O pedido de paragem deve ser confirmado de forma visual e sonora. 119

121 5.2. Serviço de Táxi Atualmente não existe qualquer tipo de norma que incumba as autarquias, ou outras entidades, da necessidade de oferta de táxis adaptados. Contudo, no Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade foi mencionado, como objetivo a cumprir até 2010, a necessidade de promoção e desenvolvimento de serviços especiais de transporte em táxis adaptados, com cobertura territorial alargada Paragem de Táxi Uma paragem de táxi considera-se acessível quando cumpre as características que se seguem. Devem ter sinalização da paragem através de um sinal vertical com o símbolo de táxi, tendo especial atenção às dimensões e cor da letra e fundo para que seja facilmente identificável e legível. O sinal deve ser colocado, preferencialmente, na borda exterior do passeio. Caso contrário, deve ser colocado encostado à fachada ou muro, de preferência em forma de bandeira e a uma altura superior a 2,40m. Os elementos salientes que não possam ser eliminados, situados abaixo dos 2,40m de altura e que tenham um volume superior a 15cm, e que não se projetem no solo, devem estar sinalizados com um elemento de alerta para invisuais, constituído por um elemento com pelo menos 20cm de altura e com dimensões iguais ou superiores à projeção do corpo saliente. Deve existir um painel com a informação necessária: número de telefone para onde contactar quando não houver nenhum táxi na paragem. É aconselhável, também, dispor de um telefone ou cabine telefónica para que os utilizadores possam realizar os seus pedidos de serviço. 120

122 Os painéis informativos devem ser colocados em lugares que permitam a aproximação aos mesmos. Estes painéis com informação devem ter letra legível e desenho simples, e cores contrastantes entre o texto e o fundo. A melhor posição para a localização dos painéis informativos é entre os 1,05 m e 1,55 m de altura, medida compatível para todo o mundo, apesar de que a duplicação da informação, entre 1,10 m e 1,40 m e entre 1,40 m e 1,70 m de altura, seria a melhor solução. Devem existir percursos acessíveis na envolvente da paragem, de modo a facilitar o acesso à mesma. Devem existir rebaixamentos de peões acessíveis na envolvente próxima da paragem (a menos de 25m). Os lugares destinados a táxis devem estar inseridos em zonas de declive suave. 121

123 6. NORMAS E COMPORTAMENTOS GRÁFICOS É importante que, hoje em dia, os municípios possuam um manual de normas e comportamentos gráficos, que sirva de referência no momento de produzir qualquer elemento de informação. É necessário entender que o cumprimento de um manual de normas e comportamentos gráficos permite ao utilizador final aceder e compreender a informação que a ele se dirige, e permite também definir critérios de encaminhamento informativo (canalização informativa). Este manual deve estabelecer as bases, quer protocolares de uso e fornecimento de informação a terceiros, quer de uma correta definição de todos os formatos e tipos de letra de uso oficial, especificando-os, em função do meio onde são publicados. Neste manual é igualmente necessário referir ou ter em consideração orientações que favoreçam o uso acessível da informação. São, neste sentido, aqui expostas considerações e orientações que devem ser tidas em conta DOCUMENTOS IMPRESSOS Em seguida apresentam-se algumas recomendações gerais, referentes a questões tais como o tipo de letra, o contraste, a medida das letras, etc., que afetam todo o tipo de informação escrita que se pretenda fornecer aos cidadãos Contraste O contraste de um texto depende da cor de fundo, assim como da medida, espessura e cor da letra utilizada. Um bom contraste de texto é, para a maioria dos utilizadores, um fator muito importante para que se possa ler facilmente um texto. 122

124 O contraste de cores, que tenha como objetivo destacar os caracteres num painel de informação numa zona de obras ou noutros obstáculos, é conseguido usando grandes superfícies de cores claras e os pormenores em cores escuras. Deve ter-se em atenção que alguns contrastes podem causar encandeamento, como por exemplo pode acontecer em determinadas combinações entre o branco e o preto. As combinações mais recomendadas são: Tabela 2 Combinações de contrastes de cores Símbolo ou letra Branco Branco Branco Branco Preto Preto Verde Vermelho Azul Amarelo Vermelho escuro Azul escuro Preto Fundo Azul escuro Preto Vermelho Verde escuro Branco ou Amarelo Branco Branco Branco Branco Preto Bege Amarelo claro Amarelo 123

125 Letras escuras sobre cores pálidas ou a combinação inversa, ou seja, letras claras sobre fundo escuro, em geral criam um bom contraste. Boa legibilidade Boa legibilidade Medidas Os painéis de informação ou sinalização devem estar colocados em lugares que permitam aos seus leitores aproximar-se e distanciar-se deles o quanto exija a sua incapacidade visual. A melhor altura é a do olho humano, entre 1,05 e 1,55 metros. Isto induz a que se deva adotar como solução em várias situações, a duplicação de alguns sinais. Nesse caso, devem ser localizados, respetivamente, entre 1,10 e 1,40 metros e entre 1,40 e 1,70 metros de altura. Os tamanhos de letra aconselháveis, em função da distância a que possa ler-se sem dificuldade são: Tabela 3 Relação dos tamanhos de letra com distância de leitura Distância (m) Altura da letra (mm) Tamanho dos carateres ,

126 No que se refere às proporções da letra, recomenda-se que a relação entre a largura e altura das letras maiúsculas esteja compreendida entre 0,7 e 0, Tipos de letra Ainda que o tipo de letra seja um aspeto menos importante que o contraste do texto, também é um fator que pode melhorar a legibilidade e que, portanto, deve ter-se em conta. Os tipos de letra mais comuns que se utilizam habitualmente nos documentos escritos (Arial, Times New Roman, etc.) é perfeitamente legível por pessoas com dificuldades visuais. É importante que os tipos de letra sejam nítidos e simples. Desta forma, recomenda-se que se usem tipos de letra simples, evitando os itálicos, as simulações de escrita manual e os tipos de letra barrocos. Veja-se o exemplo seguinte. Tabela 4 Tipos de letra Não recomendado Tipografias em itálico Recomendado Tipos de letra claros e legíveis Simulações de escrita manual Tipos de letra claros e legíveis Tipos de letra barrocos Tipos de letra claros e legíveis É igualmente importante escolher um tipo de letra que tenha uma numeração clara e que não gere confusão entre números. As pessoas com dificuldades visuais podem confundir com facilidade, por exemplo, os números 3, 5 e 8. No que diz respeito às necessidades das pessoas com incapacidade psíquica ou mental, a utilização de uma simbologia de fácil compreensão permite também melhores condições de acessibilidade a estas pessoas. 125

127 Espaçamentos É igualmente importante que haja uma adequada separação entre as letras de uma palavra e entre as palavras. Pode melhorar-se a legibilidade de um texto, utilizando um espaçamento constante entre caracteres, tentando evitar tipos de letra que separem muito os carateres, e textos justificados que separem muito as letras. Tabela 5 Espaçamentos de carateres Não recomendado T e x t o j u s t i f i c a d o Recomendado Texto não justificado Quando o texto ocupa mais do que uma linha, é recomendado que o espaçamento entre linhas seja razoável, por forma a tornar-se mais legível. Recomendamos um espaçamento de 1,5 linhas. Os textos devem estar sempre alinhados à esquerda, já que este tipo de texto é o mais fácil de ler. Se estiver ajustado à esquerda e à direita (justificado), convém que os espaços em branco que existam entre as palavras não sejam excessivos, para não dificultar a sua leitura. Não é recomendado que o texto esteja ajustado à direita ou centrado, uma vez que nestes casos cada linha se posiciona em pontos diferentes, dificultando a leitura, especialmente às pessoas com problemas de visão. 126

128 Tabela 6 Alinhamento de texto Não recomendado O texto centrado é difícil de ler, uma vez que casa linha se posiciona num ponto diferente. O texto ajustado à direita é difícil de ler, uma vez que cada linha se posiciona num ponto diferente. O texto justificado não é fácil de ler, uma vez que os espaçamentos entre palavras são excessivos. Recomendado O texto ajustado à esquerda é fácil de ler, uma vez que cada linha se posiciona na mesma direção da anterior Letras maiúsculas e minúsculas As letras maiúsculas são mais difíceis de ler em textos mais extensos e, portanto, é melhor utilizar uma combinação de maiúsculas e minúsculas. As letras minúsculas têm estilos gráficos em que existem letras mais altas e outras mais baixas, acentuando as diferenças entre elas e facilitando a sua leitura (f, g, t, s, ). Tabela 7 Letras maiúsculas e minúsculas Não recomendado ESCRITA EM MAIÚSCULAS Recomendado Escrita que combine maiúsculas e minúsculas 127

129 O exemplo seguinte demonstra como é suficiente a parte superior de uma palavra escrita em minúsculas para poder-se lê-la: Letras maiúsculas e minúsculas Quando lemos um texto ou uma frase, a nossa consciência interpreta cada palavra como uma forma e não como um conjunto de carateres individuais. Repare nos textos que se seguem, que exemplificam como a nossa consciência consegue interpretar as palavras, mesmo que elas estejam escritas de forma diferente: quer se troque a ordem das letras, quer se troque algumas letras por números. 35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5! 128

130 De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmilia lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo Sinalização e informação tátil A informação e sinalização táctil devem ser desenhadas com grande prudência e estabelecendo previamente a premissa de uma localização pré-estabelecida estável e uniforme; dito de outro modo, não se deve pressupor que o cego deva procurar esses elementos de sinalização e informação. A informação fornecida aos cegos em painéis, em Braille ou em caracteres em altorelevo, deve ser muito concisa e experimentada previamente, pois facilmente falha a funcionalidade e oferece-se um emaranhado impossível de ler ao tato por estes utilizadores. Deve haver o cuidado de não colocar nestes painéis critérios visuais, pois estes são elementos não válidos para a apreciação táctil. A sinalização táctil, propriamente dita, para ser lida com a polpa dos dedos das mãos e pode e deve ser fornecida em diversos pontos do espaço público. Tendo como exemplo um serviço de transportes, pode colocar-se informação dentro dos edifícios das estações: em lugar pré-estabelecido em cada acesso, num plano de informação da rede do serviço em questão, num plano da linha e suas estações de ligação, num plano esquemático da própria estação, etc. Também podem colocar-se sinais tácteis nos corrimãos de escadas ou noutros elementos de circulação importantes, com informação básica sobre estas. Nos corrimãos de escadas dentro de edifícios, por exemplo, pode haver a indicação do piso onde se encontra o peão. 129

131 Pode ainda colocar-se um sinal/painel junto aos elevadores, em cada plataforma de paragem, com informação sobre acessos a outros níveis, e a informar sobre o piso em que se encontra o peão. Deve ponderar-se também a conveniência ou não de se colocar na plataforma de paragem de cada piso um plano esquemático do edifício, onde se localizem os percursos através dos quais podem circular os PESSOAS COM MOBILIDADE CONDICIONADA, aplicando o modelo de localização Você está aqui. Devem utilizar-se sempre estilos gráficos e caracteres comuns com letras em altorelevo e informação em Braille, localizados em lugares pré-definidos e uniformes. Toda a informação táctil que é sugerida nesta secção, deve ser fornecida com o máximo de rigor, especialmente no que se refere à localização dos elementos e ao tamanho dos caracteres, de forma que possa ter utilidade e cumpra o seu objetivo. 130

132 6.2. PÁGINAS NA INTERNET "O poder da Internet radica na sua universalidade. O acesso por parte de todos, independentemente de possíveis diminuições, é um aspeto essencial " - Tim Berners- Lee, W3C - Diretor e inventor do World Wide Web. Como expressa Tim Berners-Lee na citação anterior, a principal característica das páginas de Internet radica no facto de todas as pessoas poderem aceder a elas a partir de muitos sistemas distintos. Por esta razão, é necessário assegurar que o design das páginas de internet possa suportar esta multiplicidade de situações, que podem ser resultantes de: Distintos sistemas operativos: Windows, Dos, Macintosh, Linux, OS/2...; Distintos navegadores: entendendo também as suas distintas versões, inclusive os navegadores de texto; Diversidade de máquinas: os utilizadores podem utilizar distintos tipos de máquinas para aceder às páginas, inclusive para melhorar as suas próprias capacidades de interação com a página, como por exemplo leitores de ecrã, uso do teclado (sem rato) ou vice-versa, ou sistemas de reconhecimento de voz. As tecnologias da informação e das comunicações em geral, e a Internet em particular, são grandes motores de crescimento económico. O termo «acessibilidade da Web» refere-se aos princípios e técnicas a observar na construção de sítios Web, para tornar o conteúdo desses sítios acessível a todos os utilizadores, em particular aos portadores de deficiências. Existem orientações internacionalmente reconhecidas e tecnologicamente neutras para a conceção de sítios Web e conteúdos acessíveis: os Success Criteria and Conformance Requirements Level AA na version 2.0 das orientações sobre a acessibilidade dos conteúdos da Web (Web Content Accessibility Guidelines) (WCAG 2.0) do consórcio World Wide Web (W3C). 131

133 A acessibilidade da Web é um aspeto importantíssimo para os organismos do setor público, pois permite-lhes chegar ao maior número possível de cidadãos e cumprir as suas responsabilidades enquanto entidades do setor público. O mercado da acessibilidade da Web compreende todos os atores descritos como criadores de sítios Web: profissionais e empresas especializados em conceber a arquitetura técnica e o conteúdo das páginas Web, especialistas que concebem ferramentas de software próprias para criar e pôr a funcionar páginas Web e empresas que oferecem serviços de consultoria sobre estas matérias e formação sobre criação de sítios Web. Na UE, este mercado ainda apresenta grande margem de crescimento, atendendo a que os sítios Web conformes com as orientações WCAG 2.0 são menos de 10%. Assim, é necessário assegurar a acessibilidade, num sentido muito amplo, às páginas de Internet oficiais portuguesas. Por esta razão, devemos ter em conta as diretrizes, conhecidas como WAI (Website Accessibility Initiative), pois são uma referência a nível mundial sobre como abordar a acessibilidade em sítios de Internet. As orientações WCAG 2.0 são parte integrante das diretrizes publicadas pela WAI. Para auxiliar nesta tarefa, existem validadores automáticos, que fazem uma análise e avaliação da acessibilidade das páginas de internet. No entanto, uma avaliação manual pericial é imprescindível para colmatar algumas insuficiências e lacunas dos validadores automáticos. 132

134 7. NORMAS DE SINALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO Todo o peão tem direito a circular livremente e de forma independente no espaço público, independentemente das suas condições físicas ou cognitivas. Para isso deve haver uma transmissão clara e simples da informação, de forma que possa ser facilmente compreendida e respeitada. Neste sentido, deve existir sinalização que identifique e direcione as pessoas para entradas/saídas acessíveis, percursos acessíveis, lugares de estacionamento reservados para pessoas com mobilidade condicionada e instalações sanitárias de utilização geral acessíveis. Caso um percurso não seja acessível, a sinalização deve indicá-lo. O símbolo internacional de acessibilidade consiste numa figura estilizada de uma pessoa em cadeira de rodas, conforme indicado em seguida: Fig. 69 Símbolo internacional de acessibilidade Fonte: D.L. 163/2006 Se existirem obras nos percursos acessíveis que prejudiquem as condições de acessibilidade definidas, deve ser salvaguardada a integridade das pessoas pela colocação de barreiras devidamente sinalizadas por avisos, cores contrastantes e iluminação noturna. Para assegurar a sua legibilidade, a sinalização deve possuir as seguintes características: 133

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