MARINHA DO BRASIL ESCOLA DE GUERRA NAVAL III-M-C3 GEOPOLÍTICA GRUPO LIMA TEMA: PRINCIPAIS ASPECTOS DA DEMOGRAFIA OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA O BRASIL

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1 MARINHA DO BRASIL ESCOLA DE GUERRA NAVAL III-M-C3 GEOPOLÍTICA GRUPO LIMA TEMA: PRINCIPAIS ASPECTOS DA DEMOGRAFIA OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA O BRASIL Apresentado por: CC NIVALDO - CEMOS 014 (Relator) CC DE SOUSA - CEMOS 036 CC MIGUEL - CEMOS 044 CC ROGÉRIO - CEMOS 046 CC LEONARDO MATTOS - CEMOS 056 CC (FN) LEAL - CEMOS 108 (Dirigente) CC (FN) GUILHERME LIMA - CEMOS 110 CC (IM) RENATO ARAÚJO - CEMOS 130 CC (IM) CARLOS MENESES CEMOS 136 C-EMOS/MBA/ MARINHA DO BRASIL

2 ESCOLA DE GUERRA NAVAL III-M-C3 GEOPOLÍTICA GRUPO LIMA OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA O BRASIL Apresentado por: CC NIVALDO - CEMOS 014 (Relator) CC DE SOUSA - CEMOS 036 CC MIGUEL - CEMOS 044 CC ROGÉRIO - CEMOS 046 CC LEONARDO MATTOS - CEMOS 056 CC (FN) LEAL - CEMOS 108 (Dirigente) CC (FN) GUILHERME LIMA - CEMOS 110 CC (IM) RENATO ARAÚJO - CEMOS 130 CC (IM) CARLOS MENESES CEMOS 136 C-EMOS/MBA/ SUMÁRIO

3 INTRODUÇÃO... 3 DEMOGRAFIA MUNDIAL...3 DEMOGRAFIA AMERICANA...4 DEMOGRAFIA DA UNIÃO EUROPÉIA...6 DEMOGRAFIA DO BRASIL...9 CENÁRIO PROPESCTIVO...10 OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS PARA O BRASIL...11 AMEAÇAS IDENTIFICADAS PARA O BRASIL...12 CONCLUSÃO...13 BIBLIOGRAFIA...16 INTRODUÇÃO

4 Na edição de setembro de 1997 da Harvard Business Review, Peter Drucker afirmava que "...o fator dominante nas duas próximas décadas não será a economia nem a tecnologia, mas a demografia...". Este trabalho tentará identificar, à luz da Geopolítica, as oportunidades e ameaças encobertas para o Brasil pela ação da força profunda População, tendo como horizonte temporal o ano de A estrutura conceitual parte do livro Novas Geopolíticas (13), do Método de Análise Geopolítico (11) e dos conceitos expressos por Raymond Aron em Paz e Guerra entre as Nações. Portanto, o propósito deste trabalho, é entender e analisar os principais aspectos da demografia, à luz da base teórica da Geopolítica, partindo da atual diferença demográfica entre a União Européia e os Estados Unidos, de modo a apresentar as oportunidades e ameaças identificadas para o Brasil, no futuro curso de eventos nas relações internacionais. DEMOGRAFIA MUNDIAL A análise dos dados da Organização das Nações Unidas (ONU) (9) mostra que a humanidade caminha para completar sua transição demográfica, ou seja, atingir o regime demográfico moderno, caracterizado por baixas taxas de mortalidade e de natalidade. Entretanto, como a queda das taxas de mortalidade antecede a queda das taxas de natalidade, registra-se, durante a fase de transição, um crescimento vegetativo. Isto é confirmado pelo Population Reference Bureau (10:2), que projeta uma população mundial com cerca de nove bilhões de indivíduos para Este número vem sendo usado por aqueles que vêem na explosão demográfica sérios riscos para o futuro dos ecossistemas terrestres, os chamados ecomalthusianos. Isto seria ainda mais evidente nos ecossistemas tropicais e equatoriais, haja vista que, segundo a ONU (8:6), a taxa de crescimento da população nos países em desenvolvimento é seis vezes maior que nos países desenvolvidos. Apenas os Estados Unidos possuem uma taxa de crescimento relativamente alta para padrões de países desenvolvidos, graças à sua taxa de natalidade e de imigração. No continente europeu, a transição demográfica praticamente já se completou, esperando-se uma diminuição da população da Itália a partir de 2008, da Alemanha e

5 Espanha a partir de 2013 e entre 2026 e 2040 no conjunto dos países do velho continente. A análise do autor francês Roland Hureaux no ensaio O tempo dos últimos homens é alarmista. Ele afirma que, mantidas as tendências atuais, ocorrerá a extinção das populações européias por volta de 2200 e que a mãe África será a terra dos últimos homens. Uma das conseqüências da transição demográfica é o envelhecimento da população. Com a estabilização da oferta de alimentos, novos hábitos de higiene individual e pública, a implantação de uma rede de serviços de saúde e dos avanços da medicina - principalmente no campo da medicina preventiva - a população mundial envelhecerá muito mais rápido nos próximos 50 anos do que previamente. Segundo o U.S. Census Bureau, as projeções para 2050 indicam que a média das idades será de 45,6 anos para as regiões mais desenvolvidas e de 36,7 para as menos desenvolvidas. Para a América Latina a idade média esperada é idêntica à mundial - 37,8 anos. A previsão para o Brasil é de 42,5 anos. Até 2050, é esperado que a proporção de crianças com menos de 15 anos tenha declinado dos 34% de 1950, para apenas 20%. Já a proporção de pessoas acima dos sessenta anos terá mais que dobrado em relação ao mesmo ano, atingindo 22% - excedendo a de crianças. DEMOGRAFIA AMERICANA Do ponto de vista do crescimento vegetativo, pode-se dizer que os Estados Unidos estão concluindo sua transição demográfica. O crescimento, que em 1900 era de 1,5% ao ano, foi reduzido pela metade na década de Todavia essa queda na trajetória demográfica foi interrompida na década de 1950, quando houve uma retomada no ritmo de crescimento, fenômeno que ficou conhecido como baby boom. Em seguida, voltou a diminuir, atingindo em 2000 a cifra de 0,6%. Segundo dados do International Studies Center, U.S. Census Bureau, em 2000, cerca de 12.4% da população dos Estados Unidos tinha 65 anos ou mais. Para 2030 projeta-se que aproximadamente 20% da população americana alcançarão essa faixa etária.

6 A população de imigrantes residentes nos EUA e nascidos em outros países atingiu 33 milhões em 2002 (12). A imigração vem respondendo por metade de todo incremento populacional americano. Segundo o Population Bulletin 2003 (10), nos EUA, como em diversos países, as minorias étnicas e raciais possuem maior fertilidade que a maioria da população. Isto se deve geralmente às crenças religiosas e tradições culturais. Os imigrantes mantêm, normalmente, os padrões de natalidade dos países de origem quando chegam ao novo país, porém, com o passar do tempo, eles e seus filhos tendem a incorporar os padrões do país de destino. Os hispânicos nascidos nos EUA, por exemplo, apresentam menor fertilidade que aqueles nascidos nos demais países das Américas. Do mesmo modo, as diferenças de fertilidade entre descendentes de grupos étnicos europeus (irlandeses, alemães e italianos), nascidos nos EUA, diminuíram consideravelmente. A fertilidade de um grupo minoritário também está ligada à situação sócioeconômica. No caso dos afro-americanos, ela tem sido mais elevada que a dos americanos brancos não-hispânicos. Apesar da diferença de fertilidade ter diminuído nos últimos anos, ela persiste, refletindo a situação de inferioridade sócio-econômica dos negros em relação aos brancos. Em 2001 a taxa de natalidade para mulheres brancas não-hispânicas e aquelas oriundas da Ásia e ilhas do Pacífico era de 1,8. Para as negras era de 2,.1 e para as hispânicas 2,7. Segundo a World Future Society (14), em 2010, nos Estados Unidos, 80% dos trabalhadores serão formados por mulheres e minorias, sendo dois terços (60%) só de mulheres e 20% de homens brancos hispânicos, negros e homossexuais. Segundo o Jornal Financal Times (16) o poder aquisitivo dos hispânicos deve ultrapassar o dos afro-americanos, montando cerca de U$600 bilhões de dólares. Além disso, eles já reúnem 12,5% da população, superando os negros também nesse aspecto. Com a globalização e o advento da Tecnologia da Informação (TI), outro fenômeno que ganha força nos EUA é o outsourcing (exportação de empregos para outros países com mão-de-obra qualificada e mais barata). As projeções (3) são de que 3,3 milhões de empregos deixarão o país até 2015, o que equivale a 2,4% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo o Jornal, 11% do total de empregos correm o risco de serem transferidos para outros países.

7 DEMOGRAFIA DA UNIÃO EUROPÉIA Em 2000, a média da taxa de fertilidade dos europeus era de apenas 1,4 crianças por mulher, bem abaixo da média de 2,1 crianças, necessária para evitar o declínio da população a longo prazo (7). A média de idade da população da Europa é maior que a de qualquer outra região e continua a crescer anualmente. Considerando a taxa de reposição da população como a taxa de crescimento demográfico, a média encontrada para vinte países europeus pesquisados (UNESCO ) foi 0,4% ao ano, mesmo com taxas como a Turquia (1,7%) e Bulgária (-0,8%). Os estados europeus apresentam as menores taxas de fecundidade (número de filhos por mulher em idade fértil) da atualidade e as menores proporções de jovens na população. Embora a pesquisa realizada tenha deixado como certeza que a evolução dos indicadores demográficos não é de fácil predição, ficou claro que os fenômenos observados se alimentam mutuamente, ou seja, as baixas taxas de fecundidade levam ao envelhecimento da população e ambas conduzem à estabilidade ou à redução populacional. A projeção destes indicadores e a análise do The Economist (1) levam a estimar que a Europa, nos próximos anos, passará por um processo de estabilização do efetivo populacional. Com raras exceções, como a Inglaterra, as taxas de desemprego da Europa ocidental encontram-se elevadas. A Inglaterra passou por uma reforma de cunho neoliberal, conduzida nos sucessivos períodos de governo Tatcher, que deram à economia deste país vantagens comparativas em relação aos demais países da Europa ocidental. No pós-guerra (2 a. Guerra Mundial) a Europa ocidental construiu uma sociedade de bem estar social, talvez como resposta as demandas apresentadas pelos socialistas, que impuseram uma armadura ao desenvolvimento de suas economias. Os custos elevados da manutenção dos benefícios sociais é que têm representado um grande desafio para os governos destes países. Observando o fenômeno do desemprego pela ótica da demografia não podemos concluir que o crescimento, a manutenção ou o decréscimo da população provoque desemprego. O desemprego estrutural observado

8 tem características comuns, como: o arcabouço de conquistas sociais; a opção da população destes países por atividades de maior status social; e a farta oferta de mão-deobra imigrante do Leste, das ex-colônias, Turquia, bem como países da Europa ocidental de menor desenvolvimento econômico. A população européia em 1950 representava 21,7 % da população mundial. Hoje as quinze nações que compõem a União Européia têm uma população de 380 milhões, equivalente a 11,5% da população mundial. Em 2050, presumindo a chegada de 29 milhões de imigrantes, representará 7,1%, ou seja, menos de 1/3 da população de 100 anos antes. Estudo feito pela ONU em 2001 (8) mostra que a imigração teria que aumentar dramaticamente para evitar mudanças na população e na força de trabalho. Os quatro grandes países da UE França, Alemanha, Itália e Reino Unido incluem aproximadamente dois terços de seus residentes e receberam cerca de 88% dos imigrantes em Se esses quatro países quiserem manter suas populações no mesmo patamar de 1995, mantidas as atuais taxas de fertilidade, eles terão que triplicar os atuais níveis de imigração, de por ano, em meados dos anos 90, para por ano, com um aumento maior na Itália. Para manter a força de trabalho que havia em 1995, a imigração teria que aumentar para 1,1 milhões de pessoas por ano e, finalmente, para salvar o sistema de seguridade social e manter a mesma relação entre pessoas com idade de 18 a 64 anos e aquelas com 65 anos ou mais, nos mesmos níveis de 1995, a imigração teria que aumentar para quase nove milhões de pessoas por ano. O Fundo das Nações Unidas para a Ajuda à População (UNFPA) propõe que a imigração substitua as políticas de incentivo à natalidade. Na Europa, atualmente, existem cinco trabalhadores para cada aposentado. Em 2050, espera-se que esta proporção caia para dois trabalhadores para cada aposentado. A principal vantagem da imigração é o seu impacto imediato sobre a PEA. Seus problemas seriam a variabilidade natural do fluxo migratório, os processos de avaliação de cada imigrante, a integração social e a quantidade necessária de imigrantes que precisaria ser multiplicada em relação à atual. Apesar de a União Européia ter-se comprometido a desenvolver uma política comum de imigração, pelo Tratado de Amsterdã, assinado em 1999, atualmente, os quatro grandes países da Europa têm adotado dois padrões diferentes para lidar com a imigração. França e Itália periodicamente legalizam a situação de estrangeiros ilegais.

9 Alemanha e Reino Unido têm evitado a legalização e tentaram reduzir o número de solicitações de asilo. Eles também lançaram programas para atrair imigrantes altamente especializados, o que seria mais aceitável para o público em geral e aumentaria a receptividade pela imigração. O governo alemão eleito em setembro de 1998, fez da imigração sua prioridade na política doméstica, chegando a propor que estrangeiros naturalizados alemães pudessem manter sua nacionalidade original. (7). Apesar dos dados acima apresentados, a Ministra de Estado para Seguridade Social da Áustria (5:4) afirmou que...desde 2002, aproximadamente dois milhões de empregados na Europa se aposentaram, enquanto que apenas um milhão de novos empregados entraram no mercado de trabalho [...] A imigração, eventualmente levantada como uma solução, não serve para a nossa sociedade [...] [pois] [...] não pode ser esperada como uma forma de dinamizar o processo demográfico [...] [Os] imigrantes tendem a rapidamente se adaptarem às taxas de fertilidade da Europa; uma massiva imigração não traria nenhum impacto substancial na nossa população em médio prazo. Além do mais, a Europa precisa responder questões relativas à preservação de sua identidade cultural [...] sem dúvida, alterada por um massivo processo de imigração. Não podemos adotar a solução da imigração como única possibilidade de resolvermos nosso problema de falta de mão-de-obra.... Este discurso deixa claro que os portões europeus não serão simplesmente abertos aos imigrantes. DEMOGRAFIA DO BRASIL Segundo dados recentes do IBGE (2), a taxa média de crescimento da população brasileira vem mostrando uma tendência regular ao declínio desde 2,89% em 1960 até 1,64% em Por outro lado, entre 1940 e 1990, a esperança de vida ao nascer aumentou de 41,5 para 67,7 anos de idade, saltando para 69 anos em A ação conjunta da queda da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida provocou o estreitamento da base e alargamento do topo da pirâmide etária da população brasileira.

10 Dados da Organização Mundial de Saúde para o Brasil mostram que a concentração de idosos já é das mais altas do mundo, superando a China e EUA - 8% tem mais de 60 anos. Em 1973, o IBGE previa 205 milhões de brasileiros para o ano 2000, contra os 170 milhões apurados pelo censo. Esta redução nas projeções originais produzirá enormes impactos nas políticas educacionais e de emprego em nosso país. No final dos anos 60, a mulher brasileira tinha em média seis filhos nascidos vivos. Hoje, este índice caiu para 2,2 filhos por mulher. Segundo o demógrafo José Alberto Magno de Carvalho (6), este acentuado declínio de 60% em cerca de 25 anos, num país com o nosso perfil social, incluiu certamente os segmentos mais pobres. Esta espantosa redução, em nível jamais ocorrido nos chamados países do Primeiro Mundo (na Europa durou cerca de 75 anos), produzirá conseqüências muito rápidas. Em várias regiões brasileiras, conclui Carvalho, já devem estar sendo constatados declínios nas matrículas infantis da primeira série. Analisando a questão da contracepção, o Professor Carvalho relembra que vivemos em uma cultura de esterilização que dificultará a introdução de bons serviços de planejamento familiar capazes de alterar esta tendência. CENÁRIO PROSPECTIVO As tendências demográficas podem modificar-se ao longo dos anos. Cabe destacar, entretanto, sua importância e que seus efeitos são certamente mais duradouros e possuem um impacto mais amplo que a maioria das forças sociais e econômicas. Raymond Aron alerta, entretanto, que analisar as mudanças no contexto internacional à luz das variações demográficas é tarefa das mais complexas. Em termos demográficos, o mundo de 2050 apresentar-se-á com importantes alterações. As nações desenvolvidas darão lugar às nações em desenvolvimento no podium dos países mais populosos, à exceção da hiperpotência. Novo desafio à

11 capacidade inventiva do homem surgirá para fazer face aos nove bilhões de humanos sobre o planeta, demandando matérias-primas, alimentos, transportes, água, empregos e solução de conflitos. Teremos um mundo mais velho, com quase dois bilhões de pessoas acima de 60 anos de idade contra 600 milhões em 2000, tornando a humanidade mais conservadora em suas decisões. A integração proporcionada pela TI tornará a opinião pública mundial mais consciente dos diversos cenários ao redor do globo e, principalmente, muito mais influente. O crescimento relativo da população dos países em desenvolvimento aumentará a pressão por uma melhor distribuição da renda mundial. Os ecos desse clamor terão efeito muito maior sobre os ricos do que hoje, pois quase metade de sua população será composta por imigrantes ou seus descendentes, influenciando, por conseguinte, as decisões políticas. Esta miscigenação necessária tende a aliviar as tensões entre civilizações, diminuindo cada vez mais a possibilidade de materialização do choque huntingtoniano. O poderio americano, à luz da força profunda População, permanecerá inalterado. Seu crescimento demográfico é fator de força para manutenção de sua hegemonia, ou segundo Aron, a máquina americana continuará a decidir os conflitos. Os laços da UE com os países do Leste Europeu estarão fortalecidos pela necessidade de mão-de-obra e pelo vácuo deixado pela aproximação da Rússia com a China. Ao contrário dos EUA, a força profunda População afeta negativamente os europeus, ameaçando a cultura, os valores nacionais e, em alguns casos, a própria existência de alguns povos. OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS PARA O BRASIL - diminuição das tensões sociais. Graças à inversão histórica no sentido do fluxo migratório do eixo Brasil-Europa, abastecendo a necessidade de mão-de-obra do velho continente;

12 - influxo de moedas fortes, proporcionado pelos emigrantes. Sua influência já é percebida atualmente e têm trazido impacto positivo para a balança de pagamentos do país; - aumento das exportações de comodities, acompanhando o aumento da população mundial. A recente elevação dos preços de diversos produtos de exportação brasileiros devido à maior demanda da economia chinesa reforça esta tendência. Além disso, a Europa passa por um processo de integração econômica que busca, entre outras coisas, resgatar as economias do antigo bloco socialista, o que pode elevar os padrões de consumo daquelas populações e criar oportunidades para os produtos brasileiros na região; - aumento das exportações. Os europeus não reduzirão sensivelmente os benefícios sociais já alcançados, com isso, os custos de produção para determinados produtos continuarão elevados, o que poderá beneficiar o Brasil. O próprio aumento dos gastos governamentais com saúde e previdência, como conseqüência direta do envelhecimento da população, obrigará os governos a manter as contribuições em patamares elevados; - aumento da capacitação técnica. O emprego de brasileiros no mercado de trabalho europeu contribuirá para o aumento, no Brasil, do que Aron chamou capacidade técnica das populações ; - integração Pan-Americana. O aumento da participação da população de origem hispânica nos EUA terá cada vez mais influência nos destinos e na economia daquela nação. Acompanhando esta tendência, deverá haver um aumento nos níveis de procura por negócios e integração no relacionamento com a América Latina e, consequentemente com o Brasil. Acreditamos que esta tendência demográfica poderá romper o paradigma de superioridade e de exploração, atualmente existente, para um novo paradigma de cooperação e respeito. As conseqüências disto seriam de tal sorte importantes para o Brasil que as oportunidades a partir daí geradas poderiam, efetivamente, alavancar o crescimento do país a níveis que o levassem ao seleto grupo dos países desenvolvidos; - incremento da indústria do turismo. No arrasto do envelhecimento da população americana do norte e brasileira, principalmente, além da população latina;

13 - outsourcing. O Brasil é o terceiro país com melhores condições para atrair outsourcing em todo o mundo (3), apesar do baixo índice de fluência na língua inglesa da população; - melhoria da qualidade do ensino. A estabilização da taxa de fecundidade no Brasil possibilita a transferência de recursos - antes aplicados na construção de escolas, creches e a formação de pessoal nesta área para a melhoria da qualidade do ensino, principalmente das séries do ensino fundamental. Isto ocorre num momento importante, onde a escassez de recursos exige criteriosa avaliação dos investimentos. AMEAÇAS IDENTIFICADAS PARA O BRASIL - perda de mão-de-obra qualificada. Os atrativos salários para determinadas categorias profissionais poderão incentivar um maior fluxo migratório de brasileiros para países como Portugal, Itália, Espanha e Alemanha (maiores colônias no Brasil); - falência do sistema de seguridade social. Apesar de seguir o modelo de transição demográfica dos países mais desenvolvidos, o país não conseguiu montar um sistema de bem-estar nos moldes europeus. A situação agrava-se com o envelhecimento da população; - espaço. Os recursos naturais do planeta sofrerão forte impacto devido ao crescimento da população mundial, em especial a demanda por água e a poluição do ar. Assim, um país com as riquezas naturais do Brasil, com sua invejável área de plantio e condições meteorológicas aliadas à sua situação de global trader, tem, aí, grande oportunidade para inserção de seus produtos. Por outro lado, a demanda mundial por estes comodities, principalmente a água doce, possui grande potencial para geração de conflitos, em especial envolvendo a Amazônia; - queda do empreendedorismo. Com o envelhecimento da população brasileira é preciso reeducá-la quanto aos paradigmas da senilidade, de modo que não haja um impacto negativo sobre o empreendedorismo do país. A faixa etária dos hoje considerados idosos, estará plenamente capaz nas próximas décadas. Alie-se a isso a

14 tendência de desenvolvimento do setor de serviços, atividade adequada a estes novos jovens. CONCLUSÃO A humanidade encontra-se em vias de completar sua transição demográfica, com uma projeção de nove bilhões para a população mundial em 2050 e uma idade média de 45,6 anos. Os EUA também completam sua transição demográfica, sendo que a imigração vem respondendo por metade de todo incremento populacional americano. Quanto à Europa, o principal efeito da força profunda População é o envelhecimento, acompanhado da estabilização do efetivo populacional. Nesse sentido, o desemprego estrutural europeu tem como causas as conquistas sociais, a opção da população por atividades de maior status social e a oferta de mão-de-obra imigrante, e não o crescimento populacional. Isto se verifica, ainda, no fato de que a imigração teria que aumentar dramaticamente para evitar mudanças na população e na força de trabalho européias. A proposta de imigração como solução para a questão populacional européia traz como principal vantagem o imediato impacto sobre a PEA. Seus problemas consistem, entretanto, na variabilidade do fluxo migratório, nos processos de avaliação dos imigrantes, na integração social e na quantidade necessária (elevadíssima no caso europeu). Além disso, estima-se que imigrantes tendem a rapidamente se adaptarem às taxas de fertilidade da Europa e a manter os laços culturais com os países de origem. Logo, uma massiva imigração não traria nenhum impacto substancial na população européia em médio prazo e concorreria para ameaçar a preservação da sua identidade cultural. No caso brasileiro, a redução da taxa de fecundidade em nível jamais ocorrido nos chamados países do Primeiro Mundo, em conjunto com o aumento da expectativa de vida, provocou o estreitamento da base e alargamento do topo da pirâmide etária da população, levando a uma concentração de idosos entre as mais altas do mundo. Uma das conseqüências é que a principal técnica empregada para o controle de natalidade a

15 esterilização - dificultará a introdução de bons serviços de planejamento familiar capazes de alterar esta tendência. O cenário prospectivo geopolítico apresentado neste trabalho, com ênfase na força profunda População, prevê que as nações em desenvolvimento substituirão os países desenvolvidos no rol dos mais populosos, à exceção dos EUA. Para fazer face à massa de nove bilhões de humanos sobre a Terra, a capacidade inventiva do homem será novamente testada. A opinião pública mundial ficará muito mais consciente e influente. A intensificação das migrações e a conseqüente miscigenação e interação entre populações irá aliviar as tensões entre as civilizações, guinando o sistema mundial para fora do rumo de colisão anunciado por Huntington. O poderio americano, à luz da força profunda População, permanecerá inalterado, enquanto os europeus têm ameaçada sua cultura, valores nacionais e, em alguns casos, a própria existência de alguns povos. Finalmente, dentro deste cenário, as oportunidades identificadas para o Brasil incluem a diminuição das tensões sociais; o influxo de moedas fortes; o aumento das exportações; o aumento da capacitação técnica da população; uma integração Pan- Americana favorável ao país; o incremento da indústria do turismo; e a melhoria da qualidade do ensino. Já as ameaças residem na perda de mão-de-obra qualificada para países europeus; na falência do sistema de seguridade social nacional; na perda de território; e na queda do empreendedorismo da população. Nivaldo dos Santos Júnior Capitão-de-Corveta CEMOS-014 Rui Miguel de Sousa Pedro Capitão-de-Corveta FN (Venezuela) CEMOS-036 Sérgio Luís Miguel Costa Capitão-de-Corveta CEMOS-044 Rogério Pereira Capitão-de-Corveta CEMOS-046

16 Leonardo Faria de Mattos Capitão-de-Corveta CEMOS-056 Samuel Nogueira Leal Capitão-de-Corveta (FN) CEMOS-108 José Guilherme Lima Gonçalves Capitão-de-Corveta (FN) CEMOS-110 Paulo Renato Nascimento de Araújo Capitão-de-Corveta (IM) CEMOS-130 Carlos Alexander de Meneses Capitão-de-Corveta (IM) CEMOS-136 BIBLIOGRAFIA 1. A TALE of two bellies. The Economist, Washington, 24 aug. 2002, p BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Tendências Demográficas. Uma Análise dos Resultados do Censo Demográfico Brasília, DF, Disponível em: < demografica/default. shtm>. Acesso em: 14 mar CELESTINO, Helena. Americanos sofrem com migração de empregos. O Globo, Rio de Janeiro, 29 fev. 2004, Primeiro Caderno, p. 39.

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