Relatório. Indicadores do Setor Elétrico na América do Sul: Evolução e Análise: Janeiro Março 2008

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1 Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica Relatório Indicadores do Setor Elétrico na América do Sul: Evolução e Análise: Janeiro Março 2008 Nivalde José de Castro Paula Goldenberg Rio de Janeiro Março

2 Sumário 1 - SUMÁRIO EXECUTIVO BASE FÍSICA REGIONAL ASPECTOS GERAIS HIDROELETRICIDADE GÁS NATURAL BIOMASSA CAPACIDADE INSTALADA DO SETOR ELÉTRICO NA AMÉRICA DO SUL 11 4 ANÁLISE DO MERCADO DE ELETRICIDADE NA AMÉRICA DO SUL ASPECTOS DA OFERTA ASPECTOS DA DEMANDA INTERCÂMBIO DE ENERGIA ELÉTRICA ENTRE OS PAÍSES ANÁLISE DOS MERCADOS DOS INSUMOS ENERGÉTICOS NA AMÉRICA DO SUL ASPECTOS GERAIS GÁS NATURAL CARVÃO MINERAL BIOMASSA CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

3 Índice de Tabelas: Tabela 1 - América do Sul - Evolução da Taxa de Variação Anual do Produto Interno Bruto Tabela 2 - América do Sul. Evolução das Reservas de Gás Tabela 3 - América do Sul. Participação dos Países em cada Fonte Tabela 4 - América do Sul. Capacidade Instalada por Fonte Tabela 5 - América do Sul. Evolução da Capacidade Instalada Tabela 6 - América do Sul. Evolução da Geração de Eletricidade...17 Tabela 7 - América do Sul. Composição Percentual da Matriz por País...18 Tabela 8 - América do Sul e do Norte. Consumo de Energia Elétrica por Segmento Tabela 9 - América do Sul. Evolução do Consumo de Energia Elétrica Tabela 10 - América do Sul. Nível de Eletrificação Tabela 11 - América do Sul. Principais Interconexões de eletricidade Tabela 12 - América do Sul. Evolução das Importações de Energia Elétrica Tabela 13 - América do Sul: Evolução das Exportações de Energia Elétrica Tabela 14 - América do Sul. Exportações e Importações de Energia na América do Sul Tabela 15 - América do Sul. Evolução da Produção de Gás Natural Tabela 16 - América do Sul. Evolução do Consumo de Gás Natural Tabela 17 - América do Sul. Evolução das Exportações de Gás Natural Tabela 18 - América do Sul. Evolução das Importações de Gás Natural Tabela 19 - América do Sul. Evolução da Produção de Carvão Tabela 20 - América do Sul. Evolução do Consumo de Carvão Tabela 21 - América do Sul. Evolulção das Exportações de Carvão Tabela 22 - América do Sul. Evolução das Importações de Carvão Tabela 23 - América do Sul. Evolução da Produção do Bagaço da Cana de Açúcar

4 Tabela 24 - América do Sul. Evolução do Consumo do Bagaço de Cana de Açúcar Índice de Gráficos Gráfico 1 - América do Sul. Potencial Hidroelétrico Gráfico 2 - América do Sul. Matriz de Energia Elétrica Gráfico 3 - Participação por País na Capacidade Instalada Total

5 RELATÓRIO INDICADORES MUNDIAIS DO SETOR ELÉTRICO (*) Nivalde J. de Castro** Paula Goldenberg*** 1 - SUMÁRIO EXECUTIVO Historicamente, o setor primário exportador é determinante para as economias dos países da América do Sul, que correspondem a cerca de 2,5% dos 61 trilhões de dólares de produto mundial (Cepal, 2006 ; Banco Mundial, 2006). Observando a evolução da Taxa de Variação Anual do Produto Interno Bruto (PIB) de alguns desses países na Tabela nº.1. pode-se inferir o grau de impacto que oscilações nas exportações de bens primários têm nessas economias. A partir de 2003, países como Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela, grandes exportadores de cereais, minério de ferro, carne e petróleo, respectivamente, vivenciaram crescimento estável do PIB depois de anos de estagnação. Neste mesmo período, o mercado internacional apresentou alto fluxo de comércio e liquidez e elevação nos preços das commodities. Portanto, esse é um quadro de vulnerabilidade econômica tipicamente sul - americano, no qual o nível de produto gerado nos países da região acompanha as tendências no cenário externo (*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. As opiniões, análises e conclusões apresentadas são de exclusiva responsabilidade dos autores não expressando posição da ELETROBRAS. (**) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (***) Pesquisadores do GESEL-IE-UFRJ. Tabela nº. 1 América do Sul - Evolução da Taxa de Variação Anual do Produto Interno Bruto em (%) País Argentina -0,8-10,9 8,8 9,0 9,2 8,5 Bolívia 2,5 2,5 2,9 3,9 4,1 4,5 Brasil 4,4 1,9 0,5 4,9 2,3 2,8 Chile 4,5 2,2 3,9 6,2 6,3 4,4 5

6 Colômbia 2,9 1,9 3,9 4,9 5,2 6,0 Equador 2,8 4,2 3,6 7,9 4,7 4,8 Paraguai `-3,3-3,8 4,1 2,9 4,0 Peru 3,0 5,2 3,9 5,2 6,4 7,2 Uruguai `-1,4 `-11,0 2,2 11,8 6,6 7,5 Venezuela 3,7 `-8,9 `-7,7 17,9 9,3 10,0 Fonte: Cepal Além da vulnerabilidade econômica, o padrão de especialização em commodities verificado no Cone Sul também resulta em uma limitação da capacidade de geração de empregos nesses países (Ros, 2005). Isso porque a baixa qualificação dos trabalhadores do setor primário exportador impede a mobilidade da mão-de-obra para outros setores menos voláteis da economia e porque investimentos que poderiam gerar empregos nas áreas urbanas, onde a população se concentra, são alocados no agrobusiness ou na extração de matérias-primas. Reflexo desse quadro desfavorável é a alta Taxa Média Anual de Desemprego em países da América do Sul: Em 2006, Argentina, Brasil, Equador e Venezuela tiveram Taxa Média Anual de Desemprego em torno de 10%. Uruguai e Colômbia tiveram taxas ainda mais altas: 11,6% e 13%, respectivamente (Cepal, 2006). Diante dessas questões peculiares aos países sul americanos, as iniciativas de integração na região somente reforçam a inserção internacional tradicional, baseada nas exportações de bens primários (Medeiros, 2006). A união aduaneira estabelecida via Mercosul intensifica o comércio de produtos com baixo valor agregado na região e a iniciativa de Integração da Infra-estrutura Regional Sul americana (IRSA) é composta principalmente por projetos no setor de transportes que favorecem o fluxo de mercadorias por meio de corredores de exportação, ao invés promover infra-estrutura adequada para a expansão dos mercados internos nacionais. Portanto, é necessário um novo projeto de integração que modifique o modelo de desenvolvimento agro-exportador típico do cone sul e que impulsione as economias da região diversificando a indústria e a pauta de exportação nesses países. Isso requer uma estratégia regional que promova acesso aos fatores imprescindíveis a esse processo, como a energia elétrica, principal insumo das indústrias. Apesar da América do Sul ter grande potencial hídrico e significativas reservas de gás natural, muitos países da região enfrentam riscos de racionamento por falta de planejamento e investimento, o que ocasiona um gargalo para o crescimento. A crise mais recente ocorreu no início de 2008, quando o nível de chuvas ficou abaixo da média histórica, o que gerou pressão sobre a oferta de gás natural da Bolívia, principal exportadora do insumo, e comprometeu o seu suprimento 6

7 na Argentina e no Brasil. O Chile também sofreu com a questão do gás, já que a Argentina, diante da escassez do insumo, cortou envio de, aproximadamente, 14 milhões de m³ por dia ao país em janeiro deste ano (Valor, 2008). Os investimentos para ampliar a capacidade instalada do setor elétrico no cone sul e solucionar o problema da oferta de eletricidade, portanto, são urgentes. Contudo, é importante que essa ampliação ocorra de forma integrada, aproveitando os ganhos de escala e de sinergia que a base física da região proporciona e estabelecendo condições favoráveis de financiamento para os projetos. Além de gerar benefícios técnicos para o setor elétrico, a integração elétrica também pode impulsionar outros setores produtivos da economia, como o da construção civil e produção de máquinas e equipamentos, porque o setor é intensivo em capital. Isso pode criar uma base de infraestrutura comum no cone sul que pode viabilizar um ciclo de crescimento mais autônomo e sustentado na região. Isso posto, o presente relatório reúne os dados referentes ao setor elétrico na América do Sul e às diversas fontes de eletricidade na região, facilitando a compreensão da base física regional, dos benefícios da integração do setor elétrico regional e das tendências de inovação e expansão desse setor. Para tal, o relatório se divide em cinco partes além deste sumário executivo: Base Física Regional, Capacidade Instalada do Setor Elétrico na América do Sul, Análise do Mercado de Eletricidade na América do Sul e Análise dos Mercados de Insumos Energéticos na América do Sul. 2 BASE FÍSICA REGIONAL 2.1 ASPECTOS GERAIS A complementaridade de insumos energéticos nos países da América do Sul pode garantir uma segurança energética ímpar e estratégica na região, que pode viabilizar ciclos de crescimento mais acelerados e dar maior competitividade econômica aos países da região, se for instalado adequado sistema integrado de transmissão de energia elétrica e de operação. As fontes de geração na América do Sul são abundantes e diversificadas. As principais são potencial hidroelétrico, vastas reservas de gás natural, e potencial para geração a partir da biomassa. 7

8 2.2 - HIDROELETRICIDADE A América Latina e o Caribe concentram 22,7% do potencial hidroelétrico no mundo (Olade, 2002). Na América do Sul, especificamente, os recursos hídricos, além de vastos, são diversificados devido aos regimes de chuva, que são complementares. O Gráfico nº. 1 dá noção quantitativa do potencial hidroelétrico nos países do cone sul: cerca de 490 MW de potência, no total. MW 160, , , , , , , , Gráfico nº. 1 América do Sul - Potencial Hidroelétrico Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador Paraguai Peru Uruguai Venezuela Fonte: Olade O Brasil é o país que possui maior potencial hidroelétrico. As principais bacias para o setor elétrico brasileiro são Bacia Platina, onde se encontra a usina hidroelétrica Binacional de Itaipu; Bacia do Atlântico Sul, na qual o rio Paraíba do Sul possui diversos aproveitamentos hidreloétricos próximos aos grandes mercados de São Paulo e Rio Janeiro; Bacia do rio São Francisco, onde estão usinas hidroelétricas com grandes reservatórios como Sobradinho e Paulo Afonso; e Bacia Amazônica, onde o aproveitamento do potencial hidroelétrico começou recentemente por meio de estudos de viabilidade econômica e ambiental e do leilão da usina Santo Antônio, no rio Madeira. A Bacia Amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo, se estende pelos territórios da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela e é cortada pela linha do Equador, o que ocasiona dupla captação das cheias de verão: de novembro a abril no hemisfério sul e de maio a outubro no hemisfério norte. Esse duplo regime de chuvas na Bacia Amazônica confere complementaridade hidrológica à America do Sul. 8

9 A Bacia Platina é a segunda maior do mundo. As usinas hidroelétricas Binacional de Itaipú, na fronteira entre Brasil e Paraguai, e Yaciretá, na fronteira entre Argentina e Paraguai, fornecem 99% da eletricidade gerada no Paraguai, que é o maior exportador de eletricidade da América Latina (Olade, 2006). As fronteiras entre Argentina e Uruguai, e Argentina e Brasil, por onde passa o rio Uruguai, apresentam potencial hidroelétrico a ser aproveitado. Essa área se localiza na zona temperada sul americana, onde o mês mais úmido é julho, diferentemente das Bacias do Atlântico Sul e de São Francisco onde julho é o mês mais seco. Esse é outro sinal de complementaridade hidrológica na região GÁS NATURAL O gás natural desempenha hoje uma posição importante como insumo energético na América do Sul. É base da matriz energética da Argentina, Bolívia e Chile, e complementar à base hídrica do Brasil e da Colômbia. Segundo dados da Organização Latino Americana de Energia (Olade), o cone sul possui 3,6% das reservas de gás natural do mundo. A Tabela nº. 2 mostra a evolução das reservas de gás natural na região. Tabela nº.2 América do Sul - Evolução das Reservas de Gás Natural em (Gm3) País Tx de Cresc, (%) Argentina 685,6 534,2 438,9-4,8 Bolívia 109,6 779,9 764,1 24,0 Brasil 223,6 326,0 306,3 3,5 Chile 45,0 44,0 45,0 - Colômbia 215,8 188,0 189,9-1,4 Equador 23,1 4,3 2,6-21,2 Paraguai Peru 196,2 325,6 337,5 6,2 Uruguai Venezuela 4.051, , ,0 0,7 Fonte: Olade A Tabela nº.2 permite observar que, apesar de a Argentina possuir a terceira maior reserva de gás natural do cone sul, a taxa de crescimento dessa reserva é decrescente. O Chile, por outro lado, apresenta taxa de crescimento nula de suas reservas de gás natural, mas estas não são 9

10 abundantes. Esses dados revelam que o suprimento interno deste insumo em ambos os países tende a ser cada vez mais insuficiente no longo prazo. No Brasil, existem grandes reservas de gás natural, que apresentam taxa de crescimento positiva. Com a descoberta dos Campos de Tupi e Júpiter, reservas de gás e petróleo na Bacia de Santos, a perspectiva é que o Brasil se torne autosuficiente em gás natural no longo prazo, se for desenvolvida a tecnologia adequada para extração do insumo, localizado na região do pré-sal. Venezuela e Bolívia são os países que possuem as maiores reservas de gás natural do cone sul. Com a construção do gasoduto que faz interconexão entre Bolívia e Brasil (Gasbol), e do gasoduto que faz interconexão entre Bolívia e Argentina, a Bolívia se tornou grande exportadora do insumo e determinante na oferta deste na região. A Venezuela, por sua vez, propõe a contrução de um gasoduto continental que se estenderia de Puerto Ordaz, na Venezuela, até a bacia de La Plata, na Argentina, passando pelo Brasil e Uruguai, Esse gasoduto viabilizaria a exportação do gás natural venezuelano na América do Sul. Porém, dada a complexidade e custos do projeto, o andamento das negociações e acordos referentes ao gasoduto se dão de forma lenta e gradual BIOMASSA Por possuir larga faixa territorial situada entre os trópicos, o potencial de geração de eletricidade a partir da biomassa no cone sul, principalmente do bagaço de cana de açúcar, mostrase promissor. Os principais produtores de açúcar da região são Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, sendo o Brasil maior produtor do mundo. Como o período de safra da cana é a partir de abril, e corresponde ao fim do período úmido na maior parte na América do Sul, esse é um exemplo de complementaridade entre insumos de energia elétrica, já que quando as chuvas diminuem, a oferta do bagaço de cana aumenta. A geração de eletricidade a partir do bagaço de cana, contudo, não é significativa na matriz de energia elétrica da América do Sul. O aproveitamento desse potencial faz parte de um projeto brasileiro cujo objetivo é diversificar a matriz energética e dar maior segurança ao sistema elétrico. É interessante que o Brasil busque difundir esse projeto no cone sul, promovendo maior autonomia energética em toda a região e exercendo papel de liderança. 10

11 3 CAPACIDADE INSTALADA DO SETOR ELÉTRICO NA AMÉRICA DO SUL Dada a base física da América do Sul, a matriz de energia elétrica da região é predominantemente hídrica, como mostra o Gráfico nº. 2. Gráfico nº. 2 América do Sul - Matriz de Energia Elétrica em (MW) 2% 0% 31% Hidro Térmica Outros Nuclear 67% Fonte: Olade As usinas térmicas, principalmente a gás natural, também têm papel significativo, já que a região é rica em reservas de gás. Já o carvão mineral, além de não ser abundante no cone sul, é mais poluente e mais caro que o gás natural. Por isso é menos utilizado como insumo energético. Os países que utilizam esse insumo como fonte energética são Argentina, Brasil, Chile e Colômbia. A fonte nuclear, cujo custo fixo é altíssimo, tem pequena participação na matriz de energia elétrica da América do Sul. Os países que usam essa fonte de forma mais significativa são Argentina, com a usina de Atucha, e Brasil, com as usinas Angra I e Angra II. Na Argentina, está em processo de construção a usina Atucha II, e no Brasil, está em andamento o projeto de Angra III. Ambos expandirão a participação da fonte nuclear na matriz elétrica da região. É conseqüência direta dessa matriz de eletricidade o fato de a América do Sul ser uma das regiões que menos emite gás carbônico na atmosfera. Isso quer dizer que a contribuição do cone sul para o aquecimento global é baixíssima em relação às outras regiões do mundo, como Europa e América do Norte. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), A América do Norte emitiu 24,5% do total de gás carbônico emitido em 2003, enquanto a Europa emitiu 24% desse total. A América do Sul foi responsável por apenas 2,9% das emissões naquele ano. 11

12 A Tabela nº. 3 mostra detalhadamente a participação de cada país do cone sul nas fontes que compõem a matriz elétrica da região. A Tabela nº. 4 mostra essa participação em termos de capacidade instalada. Tabela nº. 3 América do Sul - Participação dos Países em Cada Fonte em (%) País Hidro Térmica Outros Nuclear Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador Paraguai Peru Uruguai Venezuela Fonte: Olade Tabela nº. 4 América do Sul -Capacidade Instalada por Fonte em (MW) País Hidro Térmica Outros Nuclear Total Argentina 9, , , ,184.9 Bolívia ,378.8 Brasil 73, , , ,056.1 Chile 4, , ,192.5 Colômbia 8, , ,432.5 Equador 1, , ,567.3 Paraguai 7, ,416.1 Peru 3, , ,239.2 Uruguai 1, ,261.0 Venezuela 14, , ,135.0 Total 125, , , ,863.5 Fonte:Olade Com o mostra a Tabela nº. 4, os países que possuem maior capacidade instalada são Brasil, Argentina e Venezuela, sendo a capacidade instalada do Brasil 12

13 cerca de 50% da capacidade instalada total da América do Sul. Esse dado decorre do fato de o Brasil gerar o maior PIB e ter o maior território da região. Essa significativa participação do Brasil na capacidade instalada total da América do Sul confere ao país um papel de liderança na integração elétrica e no planejamento da oferta de eletricidade na região. A participação dos países na capacidade instalada total da América do Sul está no Gráfico nº. 3. Gráfico nº. 3 América do Sul - Participação por País na Capacidade Instalada Total em (%) Venezuela 11% Paraguai 4% Uruguai 1% Peru 3% Argentina 15% Bolívia 1% Equador 2% Colômbia 7% Chile 6% Brasil 50% Fonte: Elaborado por GESEL com dados da OLADE A evolução da capacidade instalada nos países do cone sul, apresentada na Tabela nº. 5, mostra que essa estrutura de participação dos países na capacidade instalada total da região é relativamente estável. No período analisado, de 1996 a 2005, o Brasil manteve a maior participação na capacidade instalada da região, com maior taxa de crescimento de sua capacidade instalada, 5,1%. 13

14 Tabela nº. 5 América do Sul - Evolução da Capacidade Instalada em (MW e %) País Tx Cresc, Argentina , , ,9 3,4 Bolívia 996, , ,8 3,7 Brasil , , ,1 5,1 Chile 6.716, , ,5 6,9 Colômbia , , ,5 2,3 Equador 2.747, , ,3 3,0 Paraguai 7.146, , ,1 0,4 Peru 4.662, , ,2 3,3 Uruguai 2.170, , ,0 0,5 Venezuela , , ,0 0,7 Total , , ,5 2,9* Fonte: Olade *Taxa Média de Crescimento Da mesma forma, Argentina, Venezuela e Colômbia, países que possuem a maior participação na capacidade instalada total do cone sul, depois do Brasil e nessa ordem, mantiveram suas posições ao longo do período analisado. O Chile foi o único país que aumentou significativamente sua participação na capacidade instalada da América do Sul entre 1996 e 2005, ultrapassando o Paraguai. A taxa de crescimento da capacidade instalada no Chile, durante o período analisado, foi a maior da região, 6,9%, enquanto a do Paraguai foi a menor, 0,4%. Essa baixa taxa de crescimento da capacidade instalada no Paraguai pode ser explicada a partir da sua matriz de energia elétrica: 99% dessa matriz é hidroelétrica (OLADE, 2006). Essa fonte apresenta custo de implantação muito superior ao custo de implantação de usinas térmicas, predominantes na matriz elétrica do Chile. Além disso, o potencial hidroelétrico do Paraguai, apresentado no Gráfico nº. 1, é relativamente baixo, porque já foi intensamente aproveitado. Nesse cenário, a taxa média de crescimento da capacidade instalada total do cone sul foi 2,9%. 14

15 4 ANÁLISE DO MERCADO DE ELETRICIDADE NA AMÉRICA DO SUL ASPECTOS DA OFERTA A América do Sul gera cerca de 4,5% da eletricidade gerada no mundo. A Tabela nº. 6 mostra a energia elétrica gerada em cada país do cone sul. Tabela nº. 6 América do Sul - Evolução da Geração de Eletricidade em (TWh e %) País Tx Cresc, (%) Argentina 69,7 104,3 105,9 4,7 Bolívia 3,2 4,4 5,2 5,5 Brasil 291,1 387,5 402,9 3,7 Chile 30,7 47,1 52,5 6,1 Colômbia 44,6 50,3 49,8 1,2 Equador 9,3 12,6 13,4 4,1 Paraguai 44,8 51,9 51,2 1,5 Peru 17,3 24,3 25,5 4,4 Uruguai 6,7 5,9 7,7 1,6 Venezuela 75,6 94,0 101,5 3,3 Total 593,0 782,3 815,6 3,6* Fonte: Olade *Taxa Média de Crescimento Como mostrado no Gráfico nº.1, a geração elétrica na América do Sul é predominantemente hídrica, mas quando o nível de chuvas fica abaixo da média histórica e, conseqüentemente, o nível dos reservatórios fica muito baixo, a geração elétrica a partir de usinas térmicas aumenta nos países onde a termoeletricidade é complementar à hidroeletricidade. Implica dizer que níveis baixos de chuva causam aumento da demanda por outros insumos de eletricidade, causando estresse nesses mercados. A Tabela nº. 7 mostra a matriz de energia elétrica de cada país. A partir dela, pode-se inferir o nível do risco hidrológico em cada país. 15

16 Tabela nº. 7 América do Sul - Composição Percentual da Matriz por País em (MW) País Hidro TérmicaOutrosNuclear Argentina 42,5 53,0 0,1 4,4 Bolívia 33,4 66,6 - - Brasil 76,3 21,6-2,1 Chile 39,5 60,5 - - Colômbia 66,9 32,9 0,2 - Equador 49,5 50,5 - - Paraguai 99,9 0,1 - - Peru 51,4 48,6 0,7 - Uruguai 68,0 32,0 - - Venezuela 65,9 34,1 - - Fonte: Olade No Brasil, há um alto risco hidrológico, a hidroeletricidade corresponde a 76,3% de sua matriz elétrica. Esse risco, entretanto, é amenizado pela geração a partir de usinas termoelétricas, principalmente a partir do gás natural. Como as novas usinas em construção serão fio d água, isto é, sem grandes reservatórios, a tendência é que o sistema fique mais exposto aos riscos sazonais. Por outro lado, depender do gás natural expõe o sistema aos riscos geopolíticos desse insumo. A melhor opção é diversificar a matriz. A situação na Venezuela é semelhante: hidroeletricidade corresponde a 65,9% da matriz elétrica e a termoeletricidade corresponde a 34,1%. 4-2 ASPECTOS DA DEMANDA Em 2005, os países do cone sul consumiram 817,2 TWh, o que corresponde a 4,5% do consumo mundial de eletricidade (Olade, 2006). A comparação com o consumo nos países centrais mostra a discrepância entre as regiões: na América do Norte, por exemplo, o consumo de eletricidade em 2005 foi de 4.231,1 TWh, ou 23,4% do consumo mundial (Olade, 2006). Essa diferença evidencia o padrão de desenvolvimento e o padrão de consumo em cada região. Nos países centrais, o grau de industrialização é mais elevado do que nos países em desenvolvimento da América do Sul, o que requer uso do insumo energético em maior intensidade. O setor de serviços nos países centrais é mais sofisticado tecnologicamente, e, portanto, consome mais eletricidade. Além disso, a renda per capita significativamente superior nos países centrais confere maior poder de compra à população, e, conseqüentemente, maior consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos. A Tabela nº. 8 mostra o consumo estratificado de eletricidade em 2005 na América do Norte e na América do Sul. 16

17 Os dados de consumo de eletricidade por país da América do Sul mostram que também há desequilíbrio e desigualdade internamente. Esses dados estão na Tabela nº. 9. Os maiores níveis de consumo de eletricidade na região são no Brasil, Argentina e Venezuela, países que, historicamente, apresentam o maior nível de renda. Em 2005, o PIB do Brasil foi o maior do cone sul, cerca de 797 milhões de dólares a preços correntes. Já o da Argentina foi o segundo maior, cerca de 183 milhões Tabela nº. 8 América do Sul e do Norte - Consumo de Energia Elétrica por Segmento em (TWh) Segmento América do Norte América do Sul Industrial 1, Resedencial 1, Comercial e Serviços Públicos 1, Outros Total 4, Fonte: IEA de dólares, e o da Venezuela foi o terceiro, cerca de 140 milhões de dólares, ambos a preços correntes. Além do nível da renda, o grau de consumo de eletricidade também está diretamente relacionado à dimensão territorial e demográfica dos países. 17

18 Tabela nº. 9 América do Sul - Evolução do Consumo de Energia Elétrica em (TWh e %) País Tx de Cresc, Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador Paraguai Peru Uruguai Venezuela Total * Fonte:Olade *Taxa Média de Crescimento A taxa média de crescim ento do o consum de eletricid ade nos países da América do Sul no período de 1996 a 2005 foi 4,1%. Essa taxa, entretanto, não é um bom sinalizador da onda de crescimento que atingiu esses países a partir de 2003, intensificando o uso de insumos energéticos. A taxa de crescimento do consumo de eletricidade em reflete melhor esse ponto de inflexão na evolução econômica da região. Na Venezuela, onde a taxa de crescimento do PIB em 2005 foi 9,3%, a taxa de crescimento do consumo de eletricidade em foi 8%. No Uruguai, onde o PIB cresceu 6,6% em 2005, a taxa de crescimento do consumo de eletricidade em foi 18%. O Brasil, que apresentou a menor taxa de crescimento do PIB em 2005, 2,3%, apresentou taxa de crescimento do consumo de eletricidade em de 4% (Cepal, 2006 ; Olade, 2006). O acesso à eletricidade é outro dado relevante na análise da demanda de eletricidade no cone sul e outro indicador das desigualdades regionais. A Tabela nº. 10 mostra a porcentagem das moradias eletrificadas em cada país da América do Sul. Tabela nº. 10 América do Sul -Nível de Eletrificação Quantidades em mil País Moradias Totais Moradias Eletrificadas % Moradias Eletrificadas Argentina , ,0 94,7 Bolívia 2.444, ,0 70,6 Brasil , ,0 96,8 Chile 4.257, ,0 95,9 Colômbia 9.492, ,0 90,9 Equador 3.960, ,0 86,1 Paraguai 1.344, ,0 94,7 Peru 5.108, ,0 73,0 Uruguai 1.315, ,0 94,4 Venezuela 6.122, ,0 99,0 Total , ,0 93,7% Fonte:Cier 18

19 Como apresentado na Tabela acima, a Bolívia é o país com menor nível de eletrificação das moradias, com 30,4% de moradias não eletrificadas. No Brasil, 96,8% das moradias são eletrificadas. O Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - Luz para Todos, iniciado em 2004 no governo Lula, contribuiu para elevação dessa taxa, que em 2002 era de 92,3%. A Venezuela foi a país que teve o maior aumento da taxa de eletrificação entre 2002 e Em 2002, essa taxa era de 89,8%; em 2005, a taxa foi a maior do cone sul: 99%. A variação da taxa de eletrificação na América do Sul naquele período foi de 4,2 pontos percentuais (CIER, 2005). 4.3 INTERCÂMBIO DE ENERGIA ELÉTRICA ENTRE OS PAÍSES A América do Sul possui três usinas hidroelétricas binacionais. A maior delas é a Central Binacional Itaipú, na fronteira entre Paraguai e Brasil e com capacidade instalada de MW (Itaipú Binacional, 2008). A Central Binacional Salto Grande, entre Argentina e Urugaui, tem MW de capacidade instalada e a Central Binacional Yacyreta, entre Argentina e Paraguai tem MW de capacidade instalada (CIPLATA, 2005). De acordo com dados do Comité Intergubernamental Coordinador de los Países de la Cuenca del Plata (CIPLATA), 93% da energia elétrica gerada em Itaipú em 2004 foi destinada ao Brasil, por meio da conexão Foz do Iguaçu Paraná. A Tabela nº. 11 mostra outras conexões relevantes para o suprimento elétrico dos países do cone sul. 19

20 Argentina Brasil Chile Colômbia Tabela - nº Uruguai América do S 0.3 ul - Prin2.3 cip ais 1.5 Conexões de Eletri19.9 cidade entre os Países. Total * Países Localização Fonte: OLADE Colômbia - Venezuela Cuelcita - Cuatricentenario *Taxa Média de Crescimento Colômbia - Venezuela Tibu - La Fría Colômbia - Venezuela San Mateo - Corozco Colômbia - Equador Ipiales - Tulcán/Ibarra Brasil - Venezuela Boa Vista - El Guri Brasil - Paraguai Saídas da Central Itaipú Brasil - Paraguai Acaray - Foz do Iguaçu Argentina - Paraguai Clorinda - Guarambaré Argentina - Brasil Rincón - Garabi Argentina - Brasil Paso de los libres - Uruguaiana Argentina - Uruguai Central Salto Grande Argentina - Uruguai Paysandu - Concepción Nas Brasil - Uruguai Riviera - Livramento Tabelas 12 e 13, Argentina - Chile Guernes - Antofagasta está a evolução Fonte: CAF das importações e exportações de eletricidade entre 1996 e A taxa média de crescimento das importações de eletricidade na América do Sul nesse período foi 5,9%. O Uruguai foi o país que teve maior aumento das importações no período, com taxa de crescimento de quase 20%. O Brasil, maior importador de eletricidade da região, manteve o nível das importação estável, com crescimento de 0,7%. Países Tx. De Cresc Tabela nº. 12 América do Sul Evolução da Importação de Eletricidade em (TWh) e (%) 20

21 Tabela nº. 13 América do Sul - Evolução da Exportação de Eletricidade em (TWh) Países Tx. De Cresc Argentina Brasil Colômbia Paraguai Uruguai Total * Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento O Paraguai, maior exportador de eletricidade da região, manteve o nível de exportação estável no período, enquanto Argentina e Brasil aumentaram a exportação de eletricidade em 33,8% e 33,5%, respectivamente. Como mostra a Tabela nº. 14, o Paraguai é responsável por praticamente toda a importação de eletricidade da Argentina e do Brasil. O intercâmbio entre Argentina e Brasil é relativamente baixo, o que torna a Argentina mais vulnerável a restrições de oferta do gás natural. Tabela nº

22 Exportações e importações de energia América do Sul em 2004 (em GWh) Exportador Importador Argentina Brasil Colombia Equador Paraguai Uruguai Venezuela Total Importado Argentina Brasil Chile Colombia Equador Uruguai Venezuela 1 1 Total Exportado Fonte : CIER O intercâmbio elétrico verificado na região é um conjunto de conexões bilaterais que não expressam um plano energético para a região, mas sim motivações pontuais dos países em questão. A integração do setor elétrico no cone sul, portanto, ainda está em estágio primitivo e pode ser desenvolvida com base na experiência brasileira, principalmente a partir do novo modelo, quando foi introduzido o planejamento de longo prazo para o setor elétrico. A Comisión de Integración Energética Regional (CIER), que faz os estudos energéticos para a América do Sul há anos, tem grande potencial para desempenhar papel mais ativo na política e planejamento energético da região, como um organismo multilateral e imparcial. A experiência do Operador Nacional do Sistema também seria bem aproveitada no contexto de integração energética do cone sul no sentido de se criar um operador sul americano capaz de otimizar os recursos de eletricidade na região de forma eficaz para todos os países. Entretanto isso é mais do que uma decisão técnica, é uma decisão política, tornaria os países sul - americanos interdependentes energeticamente. 22

23 5 ANÁLISE DOS MERCADOS DOS INSUMOS ENERGÉTICOS NA AMÉRICA DO SUL 5.1 ASPECTOS GERAIS O gás natural, o carvão mineral, e recentemente, a biomassa, são insumos energéticos que desempenham papel importante na geração de eletricidade na América do Sul, uma vez que a geração nas termoelétricas, que representam 31% da matriz elétrica da região (Gráfico nº. 2), é a partir da combustão desses insumos. O gás natural é significativamente mais utilizado que o carvão mineral. Isso porque a geração a partir do carvão é mais cara e porque as reservas de carvão mineral da América do Sul não são vastas como as reservas de gás natural, apresentadas na tabela nº. 2. As maiores reservas de carvão mineral estão no Brasil, na Colômbia e na Venezuela, nessa ordem. Em 2005, as reservas brasileiras de carvão mineral eram de 32,3 Gton, as reservas na Colômbia eram de 6,6 Gton e as reservas da Venezuela eram de 1,45 Gton (OLADE, 2006). 5.2 GÁS NATURAL A taxa média de crescimento da produção do gás natural entre 1996 e 2005 na América do Sul foi 3,5%. Os países que mais aumentaram a produção no período foram Bolívia, com taxa de crescimento de 10,2%, e Brasil, com taxa de crescimento de 7,9%. Comparando a produção do gás natural com o seu consumo, apresentado na Tabela nº. 15, pode-se notar um descompasso entre a oferta e o consumo nacionais no Brasil e, principalmente no Chile, durante os anos de 2004 e Em outros países, como Argentina e Colômbia, o consumo do gás natural em 2004 e 2005 esteve ligeiramente abaixo da oferta nacional. Por outro lado, na Bolívia, a produção do gás natural em 2004 e 2005 foi cerca de seis vezes maior do que o consumo do insumo no mesmo período. Tabela nº. 15 América do Sul - Evolução da Produção de Gás Natural em (Gm3) País Tx de Cresc, (%) Argentina 32,1 51,0 49,4 4,9 Bolívia 5,2 12,6 12,7 10,2 Brasil 8,6 15,7 17,2 7,9 Chile 2,1 2,1 2,2 0,9 Colômbia 5,7 8,5 8,8 4,8 23

24 Equador 0,9 1,4 1,6 6,2 Paraguai Peru 0,8 3,3 3,6 - Uruguai Venezuela 39,2 33,4 34,7-1.3 Total 94,6 115,4 130,2 3,5* Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento Tabela nº. 16 América do Sul - Evolução do Consumo de Gás Natural em (Gm3) e % País Tx de Cresc, Argentina 30,9 45,1 43,8 3,9 Bolívia 1,7 1,9 2,1 2,2 Brasil 6,9 22,0 22,5 14 Chile 1,7 7,4 8,3 19,1 Colômbia 5,3 7,9 8,4 5,1 Equador 0,2 0,4 0,4 7,2 Paraguai Peru 0,5 1,5 3,3 22,7 Uruguai - 0,1 0,1 - Venezuela 36,1 28,1 29,1 - Total 83,3 114,4 118,0 7,4* Fonte:Olade *Taxa Média de Crescimento A partir dessas necessidades pontuais dos países em relação ao gás natural, deriva o quadro de importações e exportações do insumo. Esse quadro reflete relações essencialmente comerciais entre os países sul americanos, sem um planejamento regional para o suprimento desse insumo estratégico no cone sul. As Tabelas 17 e 18 apresentam a evolução das exportações e importações, respectivamente, no período de 1996 a

25 Tabela nº. 17 América do Sul - Evolução da Exportação de Gás Natural em (Gm3) País Tx de Cresc Argentina - 6,6 6,6 - Bolívia 2,0 8,3 10,3 19,7 Fonte:Olade Tabela nº. 18 América do Sul - Evolução da Importação de Gás Natural em (Gm3) País Tx de Cresc Argentina 2,1 1,6 1,6-3,0 Brasil - 8,2 9,2 - Chile - 5,5 6,2 - Fonte:Olade A Bolívia é a grande exportadora de gás natural da região. O gás da Bolívia é imprescindível para as economias da Argentina e do Brasil. O gás da Argentina, por sua vez, é imprescindível para a economia do Chile. Há, portanto, relações de interdependência entre esses países em torno do gás natural. A taxa de crescimento das importações e exportações de gás natural entre 1996 e 2005, expressa nas tabelas acima, não é eficaz para demonstrar o estreitamento dessas interdependências nos últimos anos.para tanto, vale utilizar a taxa de crescimento das importações e exportações entre Nesse período, a taxa de crescimento das exportações de gás natural da Bolívia foi 23,9%. Já a taxa de crescimento das importações do Brasil entre 2004 e 2005 foi 11,26 e a do Chile foi 12,29 (OLADE, 2006). 5.3 CARVÃO MINERAL A América do Sul produz apenas 1,2% da produção mundial de carvão mineral (OLADE, 2006). A taxa média de crescimento dessa produção ente 1996 e 2005 foi 3,7%. Esse crescimento foi puxado pelo aumento da produção do insumo na Colômbia e na Venezuela, onde as taxas de crescimento da produção de carvão foram 7,7% e 7,8%, respectivamente. A Tabela nº. 19 apresenta os dados de produção de carvão mineral no cone sul. 25

26 Tabela nº. 19 América do Sul - Evolução da Produção de Carvão Mineral em Mton Países Tx Cresc Argentina 0, ,2 Brasil 3,9 4,4 5,1 3,1 Chile 1 0,5 0,1-18,2 Colômbia 30 53,6 59 7,7 Venezuela 3,6 6,5 7,1 7,8 Total 38, ,3 3,7* Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento Na Tabela nº. 20 está apresentada a evolução do consumo de carvão mineral no cone sul entre 1996 e Tabela nº. 20 América do Sul - Evolução do Consumo de Carvão Mineral em Mton Países Tx Cresc Argentina 1,4 0,9 1,7 1,4 Brasil 23,5 26,5 26,1 1,1 Chile 4,7 4,7 4,4-0,6 Colômbia 4,8 3,1 4,1-1,6 Peru 0,3 0,9 1 11,9 Total 34,7 36,1 37,3 2,8* Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento Em 2005, os maiores consumidores do insumo na região foram Brasil, Chile e Colômbia. Contudo, as taxas de crescimento do consumo do carvão no Chile e na Colômbia no período analisado foram negativas: -0,6% e 1,6%, respectivamente. Vale ressaltar que a taxa de crescimento do consumo de gás natural entre 1996 e 2005 foi muito superior a do carvão. A diferença entre essas taxas foi de 4,6 pontos percentuais. 26

27 A diferença significativa entre a produção e o consumo de carvão no Chile faz com que esse país seja o segundo maior importador do insumo energético no cone sul. O maior importador é o Brasil. Quanto às exportações do insumo, Colômbia e Venezuela são os maiores exportadores da região. A produção do carvão na Venezuela é praticamente toda voltada para a exportação. A evolução das importações e exportações do carvão mineral no cone sul estão nas Tabelas 21 e 22. Tabela nº. 21 América do Sul - Evolução das Imortações de Carvão Mineral em Mton Países Tx Cresc Argentina 1.279,60 941,1 1758,6 3,6 Brasil ,40 21,637, ,60 0,6 Chile ,9 Colômbia - 2,6 2,5 - Peru , ,6 Uruguai 0,7 1,1 1,3 6,8 Total , , ,0 4,5* Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento Tabela nº. 22 América do Sul - Evolução das Exportações de Carvão Mineral em Mton Países Tx Cresc Argentina ,2 - Brasil 0,90 - Colômbia ,9 Venezuela 3.316, , ,30 7,8 Total , , ,4 4,1* Fonte: OLADE *Taxa Média de Crescimento 27

28 5.4 BIOMASSA A geração de eletricidade a partir da biomassa é um potencial em expansão na América do Sul, principalmente a partir do bagaço de cana. Na Tabela nº. 23, está apresentada a evolução da produção do bagaço de cana de açúcar na região entre 1996 e Os únicos países que apresentaram taxa positiva de crescimento da produção do bagaço de cana no período foram Argentina, Brasil, Chile e Venezuela, sendo produção do bagaço na Venezuela baixíssima quando comparada ao Brasil. Tabela nº. 23 Evolução da Produção do Bagaço de Cana de Açúcar em Kboe Países Tx de Cresc Argentina 5.634, , ,50 0,8 Bolívia 2.942, , ,00-1,6 Brasil , , ,60 2,8 Chile , , ,00 2,5 Colômbia , , ,00-7,9 Equador 3.826, , ,20-9,1 Paraguai , , ,1 Peru , , ,10-0,1 Uruguai 3.205, , ,70-1,1 Venezuela 12,30 53,90 97,80 25,8 Total , , ,90 3,1* Fonte:OLADE *Taxa Média de Crescimento Na Tabela nº. 24 está a evolução do consumo do bagaço de cana de açúcar no cone sul. Tabela nº. 24 Evolução do Consumo do Bagaço de Cana de Açúcar em Kboe Países Tx de Cresc Argentina , , ,50 0,4 Bolívia 4.751, , ,60 0,1 Brasil , , ,50 3,1 Chile , , ,00 2,5 Colômbia , , ,60-8,4 Equador 5.735, , ,60-4,4 Paraguai , , ,80-2,1 28

29 Peru , , ,40-0,2 Uruguai 3.205, , ,80-0,7 Venezuela 12,30 53,90 97,80 25,8 Total , , ,60 3,1* Fonte:OLADE *Taxa Média de Crescimento 6 - CONCLUSÕES A integração elétrica em curso na América do Sul, bilateral e comercial, pode eliminar gargalos pontuais na região, caso as necessidades dos países em questão sejam complementares. Contudo, a preocupação exclusiva dos países com o sistema elétrico nacional dificulta uma abordagem regional para o planejamento dos recursos energéticos do cone sul. A gestão das incertezas de oferta da eletricidade na região, que ocorre somente a nível nacional, não otimiza a diversidade e complementaridade desses recursos. Por isso, a integração elétrica bilateral em curso no cone sul deve ser um instrumento de transição para uma integração mais generalizada e conjunta, que inclua planejamento regional para os vastos recursos energéticos e infra estrutura adequada para o aproveitamento e distribuição da eletricidade na região. 29

30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cepal. Anuário Estatístico da América Latina e Caribe Disponível em Acesso em 19 Março Banco Mundial. Indicadores do Desenvolvimento Mundial pag Disponível em Acesso em 19 Março Ros, Jaime. El desempleo em América Latina desde 1990.Disponível em Acesso em 24 Março Medeiros, Carlos. Integração sul americana e as experiências internacionais. Oikos Couto, Leandro Freitas. A Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana IRSA- como Instrumento da Política Exterior do Brasil para América do Sul. Oikos Corporación Andina de Fomento. Informe de Energia Elétrica. Disponível em Acesso em 23 Março Itaipu Binacional. Base de Dados. Disponível em Acesso em 20 Março Comité Intergubernamental Coordinador de los Países de la Cuenca del Plata. Disponível em Acesso em 17 Março Organização Latino Americana de Energia. Informe de Estadísticas Energéticas. Disponível em Acesso em 10 Março Comisión de Integración Energética Regional. Estadísticas de la Cier. Disponível em Acesso em 10 Março

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