UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CAMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS CURSO DE ZOOTECNIA

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CAMPUS SÃO LUÍS DE MONTES BELOS CURSO DE ZOOTECNIA HEMATOMAS E FRATURAS: CONSEQUÊNCIAS DO MANEJO INADEQUADO NO PRÉ-ABATE DE FRANGOS DE CORTE Acadêmica: Joana Caroline Batista Vieira Orientadora: Profa. Dra. Karyne Oliveira Coelho São Luís de Montes Belos Junho de 2015

2 ii JOANA CAROLINE BATISTA VIEIRA HEMATOMAS E FRATURAS: CONSEQUÊNCIAS DO MANEJO INADEQUADO NO PRÉ-ABATE DE FRANGOS DE CORTE Monografia apresentada ao curso de Zootecnia da Universidade Estadual de Goiás, Campus São Luís de Montes Belos, para obtenção do grau em de Bacharel em Zootecnia. São Luís de Montes Belos Junho de 2015

3 iii

4 iv Quando um homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante. Albert Schwweitzer

5 v DEDICATÓRIA Aos meus avós, Maria Luzia, Miguel Adão e José Martins (In memoria), que infelizmente não pode compartilhar comigo essa vitória! E a Deus, esta vitória dedico!

6 vi AGRADECIMENTOS À Deus, por ter me dado forças para seguir em frente e enfrentar os obstáculos encontrados. Agradecimento em especial, aos meus pais, Edilson Adão Vieira e Nelma da Guia Fonseca Vieira, a minha irmã, Anna Kassia Vieira, e a minha avó, Emília Marques, pela compreensão e incentivo, amor e apoio, mesmo nas horas mais difíceis da caminhada, a vocês sou eternamente grata! Ao meu noivo, Dwillian Alves de Araújo, por estar ao meu lado, tolerar os momentos de ansiedade, estresse, angustia, decepções e compartilhar comigo as alegrias ao longo dessa jornada! À professora, Dra. Karyne Oliveira Coelho, pela orientação e dedicação durante o estágio e elaboração deste trabalho, assim como pela amizade e ensinamentos que me fizeram crescer pessoalmente e profissionalmente. Aos colaboradores da São Salvador Alimentos S/A, pela oportunidade de estágio, atenção, paciência, ensinamentos, carinho e confiança a mim depositada. Aos amigos, companheiros e irmãos de coração, Lorrayne Lays Ferreira Leite e Jorge Alves de Almeida, que desde o início desta jornada acadêmica, estiveram comigo; Obrigado por proporcionarem momentos agradáveis e engraçados! A Mariane Campos e sua família, pelo apoio e auxílio, durante a realização do estágio curricular. À Universidade Estadual de Goiás, Câmpus de São Luís de Montes Belos, aos mestres e colaboradores, pela oportunidade, conhecimento e auxílio compartilhado.

7 vii A todos, que mesmo não citados, mas que de alguma forma me ajudaram na realização deste trabalho, me acompanhando durante todo o curso de Graduação, fazendo parte deste momento, meus sinceros agradecimentos!

8 viii SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS...viii LISTA DE TABELAS...ix RESUMO...x ABSTRACT...xi 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA Ambiência e Termorregulação Abate Humanitário Legislações Etapas do Pré-Abate Jejum pré-abate Apanha Transporte Tempo na Sala de Espera Pendura e Insensibilização Abate Humanitário versus Qualidade da Carne...16 REFERÊNCIAS ARTIGO: MANEJO PRE-ABATE E OCORRÊNCIA DE FRATURAS E HEMATOMAS EM FRANGOS DE CORTE Introdução Material e Métodos Resultados Discussão Conclusão Referências CONSIDERAÇÕES FINAIS...36

9 xiii LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - FIGURA 2 - FIGURA 3 - FIGURA 4 - Relação entre umidade e temperatura do ambiente, visando o bem-estar das aves...4 Zona termoneutra de conforto para as aves...5 Principais áreas de localização de lesões encontrados em frangos de corte devido a falhas de manejo...18 Percentual de ocorrência de hematomas em coxa (H.C), peito (H.P) ou asa (H.A) e de fraturas de coxa (F.C), peito (F.P) ou asa (F.A), em frangos da linhagem Coob, em um abatedouro do noroeste Goiano,

10 ix LISTA DE TABELAS TABELA 1 - TABELA 2 - Percentual de conformidades e não conformidades, observadas durante a avaliação dos procedimentos de pré-abate de frangos da linhagem Coob, em um abatedouro do noroeste Goiano, Relação entre procedimentos de pré-abate e sexo sobre a ocorrência de fraturas e ou hematomas frangos de corte da linhagem Coob, em um abatedouro do noroeste Goiano,

11 x RESUMO A preocupação com bem-estar animal no manejo pré-abate surgiu na Europa no século XVI, e desde então acompanhar as técnicas de operações fora da granja até a chegada ao abatedouro torna-se extremamente importante para manutenção do bem-estar e redução das perdas por hematomas e fraturas. Os principais fatores que alteram a qualidade do produto e que ocasionam em prejuízos podem ser a apanha, o transporte, pendura na linha de abate e a insensibilização. Deste modo, objetivou com a realização deste trabalho avaliar os procedimentos necessários para a manutenção do bem-estar das aves e a ocorrência de fraturas e contusões na linha de produção. Para concretizar tal objetivo foram avaliadas mil aves da linhagem Cobb, provenientes de 23 núcleos, de quatro municípios da região noroeste de Goiás, em um abatedouro com Serviço de Inspeção Federal. Foram contabilizadas a ocorrência de hematomas/fraturas de coxa, peito, asas e fratura de asas, além da observação da ocorrência de não conformidades durante os procedimentos de manejo préabate. Observou variações nos níveis de ocorrência de fraturas e contusões de acordo com o sexo e equipe de apanha. Deste modo, torna-se essencial à adoção de ações que visem esclarecer aos colaboradores a importância dos mecanismos de promoção do bem-estar animal, com o intuito de minimizar a ocorrência de perdas na indústria. Palavras-chaves: abate humanitário, bem-estar, contusão, qualidade da carne.

12 xi ABSTRACT Concern for animal welfare in the pre-slaughter management emerged in Europe in the sixteenth century, and since then follow the techniques of Off-farm operations until the arrival at the slaughterhouse becomes extremely important to maintaining the well-being and reduction of losses and bruises fractures. The main factors affecting the quality of the product and in that cause damage can be harvesting, transport, hanging on the slaughter line and stunning. Thus, the objective with this work to evaluate the procedures necessary to maintain the welfare of the birds and the occurrence of fractures and bruises on the production line. To achieve this goal were evaluated Cobb broilers, from 23 cores, four municipalities in the northwest region of Goiás in an abattoir with Federal Inspection Service. It was recorded the occurrence of bruising / thigh fractures, chest, wings and fracture wings, besides observing the occurrence of nonconformities during the pre-slaughter handling procedures. Variations in observed levels of occurrence of fractures and injuries according to sex and team picks. Thus, it becomes essential to the adoption of actions aimed explain to employees the importance of animal welfare promotion mechanisms, in order to minimize the occurrence of losses in the industry. Keywords: humane slaughter, injury, meat quality, wellness.

13 1 INTRODUÇÃO O rápido desenvolvimento da cadeia avícola no Brasil é consequência do processo de reestruturação industrial, avanços tecnológicos, das técnicas de manejo do aviário, sanidade, alimentação balanceada, melhoramento genético e produção integrada. Tal fato ocorreu devido à necessidade de redução de custos e aumento de produtividade, tentando com isso não perder competitividade em nível mundial. Deste modo, a cadeia avícola do país tem sido uma das mais organizadas do mundo, destacando-se das demais cadeias pecuárias pelos resultados alcançados, não só em produtividade, mas por volume de abate, como também financeiro, onde têm contribuído de forma significativa para a economia do Brasil. Outro fator favorável à criação de frango no Brasil é a alta produção interna de grãos como o milho e soja, que servem de alimento para o plantel. Com o desenvolvimento, o setor avícola colocou o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de carne de frangos do mundo. O país é o terceiro maior produtor de carne de frango, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China, com 12,30 milhões de toneladas de carne de frango. A produção brasileira de carne de frango tem dois destinos, o mercado interno com 68,4% e o mercado externo com 31,6% da produção. No mercado interno em 2013, o consumo per capita foi de 41,80 kg por habitante (UBA, 2014). VOILA e TRICHES (2013) analisaram o mercado mundial e brasileiro da carne de frango no período de 2002 a 2010, e observaram que a cadeia da carne de frango teve um crescimento de 5,34% ao ano, porém devido à crise da gripe aviária nos anos de 2005 a 2006; houve uma queda de 7,53% na produção. Em 2008, após a crise, a produção teve o maior crescimento de todo o período estudado com aproximadamente 13,65% ao ano. Em 2009, no entanto, ocorreu outra queda de 2,7%, devido à crise econômica ocorrida em outubro de O país só voltou a ter um crescimento em 2010, que foi impulsionado pelo aumento no consumo de carne de frango e uma expansão nas exportações. Visando consolidar estes índices, torna-se essencial o investimento em qualidade da produção, criação e abate. Assim sendo, destaca-se que uma

14 2 tendência dos países é importar apenas de estabelecimentos produtores de carne de frango que adotam práticas de manejo, visando à promoção do bem-estar e o abate humanitário das aves, buscando um produto final de qualidade e com valor agregado. Deste modo, o mercado exige das empresas frigoríficas o cumprimento de uma série de critérios, que norteiam desde o processo de criação das matrizes, a incubação dos ovos, criação nos aviários, apanha, transporte e abate, tais fatores, relacionam-se de forma direta à qualidade do produto final. A qualidade do produto final esta intimamente ligada ao manejo pré-abate, os quais podem resultar em lesões, fraturas, condenações totais ou parciais da carcaça e, consequentemente, carnes com menor valor de mercado. Dentre os principais problemas no manejo pré-abate que influenciam na qualidade da carne de frango, destacam-se a captura, transporte, sala de espera e pendura. A climatização também tem importância, uma vez que as aves são sensíveis ao calor. Segundo MASCHIO E RASZL (2012), grande parte das perdas ocorre dentro do abatedouro, principalmente, envolvendo as condenações parciais e totais da carcaça, devido a hematomas e fraturas. Diversos fatores podem interferir no número de condenações em um estabelecimento de abate, de acordo com ASSIS (2013), esses fatores vão desde a condição sanitária dos lotes, a época do ano, o manejo pré-abate, a tecnologia empregada no estabelecimento, até a equipe que realiza as operações de abate. GARCIA et al., (2008) ressaltaram ainda que o manejo pré-abate é determinante na preparação para o processamento da carne de frango de corte, os procedimentos realizados, jejum, apanha das aves, transporte e área de espera, podem impactar substancialmente o bem-estar das aves, o rendimento e qualidade da carcaça e a rentabilidade geral. Desse modo, este trabalho foi proposto com o objetivo de analisar a ocorrência de fraturas/contusões e hematomas em carcaças de frangos de corte de um abatedouro inspecionado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado na região noroeste do Estado de Goiás, buscando relacionar a incidência com os procedimentos realizados no pré-abate.

15 3 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Ambiência e Termorregulação O conforto térmico era considerado um problema secundário dentro da produção de frangos de corte, ficando em segundo plano, quando comparado aos aspectos de sanidade, genética e nutrição. Porém à medida que a tecnologia avançou e os níveis de confinamento também, a ambiência tornou-se um assunto extremamente importante, principalmente, no que diz respeito à redução dos índices de perdas durante o processo produtivo e as exigências quanto o bemestar animal e boas práticas de manejo (BARBOSA FILHO, 2008). Em meio os fatores do ambiente, os térmicos são os que mais afetam as aves de forma direta, pois comprometem sua função vital de manutenção da homeotermia, e nos primeiros dias de vida, o fornecimento de calor para as aves e indispensável, principalmente, quando existe risco de estresse pelo frio (TINÔCO, 2001). Quando a temperatura ambiente está mais baixa, as aves aumentam o consumo de alimento, reduz o consumo de água, podendo resultar em problemas metabólicos. Já em temperaturas elevadas às aves reduzem a ingestão de alimentos, aumenta o consumo de água além de influenciar as trocas térmicas, podendo determinar a ocorrência de doenças metabólicas. Por isso, devem-se controlar, na medida do possível, as condições ambientais, para que perdas produtivas possam ser evitadas (COELHO, 2010). A temperatura corporal normal das aves é de 41 C. As aves adultas conseguem controlar a sua temperatura corporal, mesmo com variação da temperatura ambiente, pois são animais homeotérmicos. Quando ocorre alteração da temperatura corporal, a ave ativa seu mecanismo homeostático para que não desenvolva hipotermia nem hipertermia (LUDTKE et al., 2010). A zona de conforto térmico das aves é a faixa de temperatura ambiental em que se mantém constante a temperatura corporal das mesmas, ou seja, para aves adultas a temperatura ambiental entre 15 a 25 C com a umidade relativa do ar estando entre 50 e 70%, utilizando o mínimo possível dos mecanismos

16 4 termorreguladores. Dentro dessa faixa de temperatura não há sensação de calor ou de frio, e o desempenho da ave é otimizado, independente da atividade exercida (ABREU e ABREU, 2004). Os limites da faixa termoneutra são conhecidos como Temperatura Critica Inferior (TCI) e Temperatura Critica Superior (TCS), sendo que abaixo ou superior desses limites, as aves necessitam acionar seu mecanismo de termorregulação (LUDTKE et al., 2010), conforme pode ser observado na Figura 1, as situações de conforto, alerta e perigo. Sendo difícil conseguir manter na faixa segura, levando em consideração as condições climáticas brasileiras, principalmente no verão (TINÔCO, 2001). FIGURA 1 Relação entre umidade e temperatura do ambiente, visando o bemestar das aves Fonte: Ludtke et al. (2010). Segundo COELHO (2010) durante o verão é comum que se tenha alta temperatura ambiente e altos valores de umidade relativa, o que pode afetar negativamente o desempenho produtivo das aves. Com temperaturas superiores a 32 C, os índices de mortalidade de aves adultas, são elevados, ficando evidentes as perdas produtivas. A perda de calor por evaporação aumenta com o aumento da temperatura do ar, porém essa perda é reduzida quando a umidade relativa do ar aumenta, sendo que valores acima de 60% reduz a transferência de calor do interior do corpo para a periferia, prejudicando a troca com o meio ambiente. Esse tipo de termorregulação depende da idade da ave e da temperatura do ar, observa-se na Figura 2 a zona termoneutra para aves, as

17 quais devem ser observadas durante a criação e processamento de transporte, espera e descarregamento nas unidades de processamento. 5 FIGURA 2 Zona termoneutra de conforto para as aves Fonte: Ludtke et al. (2010). Segundo LUDTKE et al. (2010) um dos maiores desafios no pré-abate de aves, dentro de frigoríficos, é manter as condições climáticas no descanso de aves, de forma a proporcionar o conforto térmico e auxiliar na recuperação do estresse sofrido durante os processos de apanha, carregamento e transporte. 2.2 Abate Humanitário Há algum tempo, o abate de animais era considerado uma etapa tecnológica de baixo nível científico, sendo que também não era um tema levado a sério por institutos de pesquisa e indústrias. Este assunto somente tornou-se relevante quando foi observado que os eventos que acontecem desde a propriedade rural até o abate do animal tinham impacto negativo sobre a qualidade da carne (ROÇA, 2002). De acordo com evidências científicas, passou-se a reconhecer que os animais são seres sencientes, ou seja, capazes de sofrer e de se expressar de acordo com felicidade ou insatisfação, por isso deve-se evitar o sofrimento dos

18 6 mesmos. A definição de abate humanitário pode ser dada como um conjunto de procedimentos que envolvem o animal desde o embarque na propriedade rural até o abatedouro, de forma que garanta o seu bem-estar (WSPA, 2015). A preocupação com bem-estar animal (BEA) no manejo de pré-abate surgiu no século XVI, na Europa. Havia relatos de que os animais precisavam se manter hidratados, alimentados e tranquilos antes da sangria, onde os animais eram atordoados com golpes na cabeça para evitar o sofrimento no momento do abate (LUDTKE et al., 2010). A Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), priorizou o bem-estar animal no Plano Estratégico no período de , onde desenvolveram recomendações e orientações quanto as práticas de bem-estar. Em 2002 a OIE criou o grupo de trabalho permanente em bem-estar animal, e em 2004 realizou a primeira conferência mundial sobre o tema. A partir de 2005 a OIE vem aprovando alguns padrões de bem-estar animal, dentre eles estão o abate de animais, que contém informações de como deve-se proceder o processo de abate de aves e de outros animais (OIE, 2014). No Brasil foi criado e lançado em 2009, o Programa Nacional de Abate Humanitário STEPS, que leva em consideração as legislações brasileiras, as diretrizes da OIE e as legislações europeias existentes em relação ao bem-estar animal. O programa tem finalidade de melhorar a qualidade da carne e conceder uma melhor condição de vida aos animais destinados ao consumo, e conhecendo melhor o comportamento dos mesmos, melhorar o manejo de insensibilização, dentre outros (WSPA, 2009) Legislações A primeira lei sobre BEA surgiu no ano de 1822, na Grã-Bretanha, já no Brasil, o Decreto Lei número de julho de 1934 foi à primeira lei de obrigatoriedade a atenção ao bem-estar e a partir dela surgiram também penalidades para quem infligi-la (LUDTKE et al., 2010). Atualmente as leis brasileiras sobre bem-estar animal são a Instrução Normativa nº 3 de janeiro de 2000 e o Oficio Circular nº 12 de março de Também foi instituída pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

19 7 (MAPA) a Comissão Técnica Permanente que estuda diferentes pontos do BEA de diferentes espécies e suas respectivas cadeias pecuárias (LUDTKE et al., 2010). A Instrução Normativa nº3, de janeiro de 2000, tem o objetivo de padronizar, e modernizar os métodos de abate humanitário, assim como o manejo dos mesmos nas instalações aprovados para estes fins. De acordo com a normativa, os métodos de descarregamento dos animais deve ser realizado o mais rápido possível após sua chegada no estabelecimento, caso contrário os animais devem permanecer protegidos das condições climáticas externas e com ventilação adequada. A recepção dos animais deve garantir que os mesmos não sejam maltratados (BRASIL, 2000). A Portaria 524, de 21 de junho de 2011, tem o objetivo de instituir a Comissão Técnica Permanente de Bem-estar Animal CTBEA. O intuito da comissão é propor recomendações e normas técnicas de boas práticas para BEA; fomentar a capacitação dos diversos elos da cadeia pecuária; estimular e promover eventos relacionados ao tema; publicar e divulgar o material técnico e informativo sobre BEA, incentivar e propor acordos, convênios e termos de cooperação com entidades públicas e privadas para fomento de ações ligadas ao bem-esta animal (BRASIL, 2011). 2.3 Etapas do Pré-Abate O manejo inadequado nas diferentes etapas do pré-abate são fatores de risco que podem levar a condenações de carcaça e perdas significativas na qualidade da carne e, consequentemente, no seu valor de mercado; e para reduzir tais perdas é necessário assegurar o bem-estar dos animas destinados ao abate (LIMA et al., 2014). Acompanhar as técnicas de operações fora da propriedade se torna fundamental para redução dessas perdas e condenações, visto que, são diversas as pesquisas para o segmento dentro da granja e que pouco se conhece sobre o

20 que realmente ocorre após os animais deixarem as instalações da granja (RUI et al., 2011; CASTRO, et al., 2008; MENDES, 2012 ) Jejum pré-abate O jejum pré-abate é o período que compreende desde a retirada da ração até o abate, sendo fornecida apenas água até o momento de pega. Este jejum tem inicio antes de ser realizada a captura dos animais (RUI et al., 2011). Durante o período de jejum, as aves têm o trato digestivo esvaziado, com o intuito de minimizar os riscos de contaminações de carcaça com conteúdo gastrointestinal no momento da evisceração, facilitando assim o procedimento (LUDTKE et al., 2010; RUI et al., 2011). As aves, quando estimuladas, se alimentam a cada quatro horas e imediatamente após a ingestão, consomem água com intuito de solubilizar o alimento contido no papo. Em 12 horas, cerca de 75% do alimento e eliminado, porém de 10 a 12% é armazenado nos cecos e necessita de até 72 horas para ser excretado. Os fatores associados ao estresse podem reduzir o esvaziamento do trato digestivo e consequentemente aumentar a ocorrência de contaminações durante as operações de abate (CASTRO, et al., 2008; MENDES, 2012). Segundo ASSAYAG JUNIOR (2005) o tempo de jejum pré-abate vem sendo alvo de estudos durante muito tempo, e as dúvidas foram, em definir qual seria o tempo suficiente de jejum para reduzir os riscos de contaminação da carcaça no abatedouro e que cause menor comprometimento ao peso vivo e rendimento de carcaça. SCHETTINO (2006) concluiu em seu trabalho que o tempo de jejum de 12, 14 e 16 horas proporcionam melhores rendimentos de carcaça, em contrapartida KOMIYAMA et al., (2008) relataram em seu estudo que períodos de jejum alimentar muito curtos (4 horas) reduz a qualidade da carne, e que mesmo com auxilio do banho de aspersão, as aves não conseguiram amenizar o estresse advindo desse tempo de jejum. Segundo DENADAI et al. (2002) um tempo de jejum de 4 ou 8 horas ocasionou em um maior rendimento em quando comparados a aves que não

21 9 permaneceram em jejum. O que indica que um tempo de até 8 horas não afeta o rendimento dos cortes, como também não é suficiente para causar uma desidratação. Os tempos de 0, 4 e 8 horas testados neste estudo, não foram suficientes para causar queda na qualidade da carne. Ao contrário do trabalho realizado por DENADAI et al. (2002), GARCIA et al. (2008) concluíram que o tempo de jejum tem relação direta com o peso da carcaça quente e fria, porém não altera o rendimento dos cortes, e a qualidade da carne também não é influenciada. ASSAYAG JUNIOR (2005) demonstrou que se o tempo de jejum for muito curto, os intestinos ainda estarão repletos de ingesta aumentando o risco de contaminação, porém um tempo excessivo, as aves tomarão muita água e começarão a ingerir o material da cama do aviário. O tempo de jejum muito prolongado pode ocasionar além de ingestão de cama, a perda de peso corporal das aves devido à desidratação ocorrida nos músculos. Pode acarretar em estresse, o que irá desestabilizar a flora intestinal, proporcionando um ambiente ideal para o crescimento e absorção de algumas bactérias como a Salmonella e Campylobacter (LUDTKE et al., 2010; RUI et al., 2011). Na prática, o tempo de jejum depende de vários fatores como, por exemplo, o tempo de espera na plataforma de recebimento, que varia de um abatedouro para outro, podendo ocasionar em um tempo superior a 12 horas (GARCIA et al., 2008). Segundo LUDTKE et al. (2010) é difícil recomendar um tempo de jejum pré-abate, pois isso envolve outros fatores como a temperatura e distância do aviário até o abatedouro. Porém o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento recomenda que a suspensão do alimento seja no mínimo de 6 a 8 horas (BRASIL, 1998) Apanha A apanha é a primeira etapa do pré-abate, sendo um dos momentos em que as aves estão mais vulneráveis ao estresse, o que pode influenciar diretamente na qualidade do produto final (LUDTKE et al., 2010). Essa etapa ainda permanece distante da automatização no Brasil, onde a captura é realizada

22 10 de forma manual por uma equipe de 12 a 14 pessoas. Este tipo de trabalho, apesar de simples, exige treinamento dos colaboradores e força física, além de ser uma atividade considerada desagradável (LEANDRO et al., 2001). A apanha mecânica realizada em outros países ainda não se apresenta totalmente automatizada, necessitando de auxílio manual. Além disso, esse processo ainda necessita de estudos mais aprofundados sobre aspectos relacionados à qualidade da carne, bem como se esta de acordo com as normas de bem-estar e seu custo beneficio (COELHO, 2010). Existem três formas de apanha manual: pelas pernas, pelo dorso e pelo pescoço. Quando a captura é feita pelas pernas, ocorrem mais lesões de carcaça tornando-se o método menos eficiente; a captura pelo dorso é o mais indicado e utilizado, sendo que é a forma mais fácil de introduzir as aves dentro das caixas; a apanha feita pelo pescoço é a qual três aves são pegas em uma mão só. Este último método tem como desvantagem maior número de aves com arranhões de dorso e na coxa, que ocorrem ao introduzir as aves nas caixas, além de que pode causar asfixia provocando a mortalidade de alguns animais (RUI et al., 2011). Equipes de pega que são adequadamente treinadas realizam a captura nas horas mais frescas do dia, procurando manter o ambiente calmo e com o mínimo de barulho possível evitando o estresse das aves. A apanha também pode ser realizada a noite, com o mínimo de luz possível, já que menor luminosidade mantém as aves calmas (LUDTKE et al., 2010). Para realização da captura preconiza-se que as aves sejam divididas em grupos, para minimizar a movimentação das mesmas e facilitar à apanha. As aves devem ser apanhadas de duas a duas pelo dorso, de forma que as asas fiquem presas, evitando que elas se debatam. Este método também reduz as lesões de pele que é causada quando os animais saltam uns sobre os outros. Essa subdivisão pode ser realizada com as próprias caixas, onde as aves serão colocadas (DEFRA, 2002; RUI et al., 2011; MENDES et al., 2008). Quanto mais tempo durar a apanha, maior será o risco das aves sofrerem por estresse, desidratação e consequentemente maior será a mortalidade, principalmente daquelas caixas que foram carregados primeiro e que serão descarregadas por último (LUDTKE et al., 2010).

23 11 MENDES et al. (2008) recomenda que aves que apresentarem problemas sanitários, lesões ou fraturas, afetando o seu bem-estar, não sejam carregadas, e neste caso aconselha-se o sacrifício por deslocamento cervical. Segundo COELHO (2010) o manejo inadequado de apanha, provoca queda na qualidade da carcaça de 20% das aves, e 35% das aves que chegam mortas no abatedouro são consequências de injurias ocorridas durante a apanha, carregamento e transporte, tais como fraturas, deslocamentos e traumas na carcaça. A quantidade de aves por caixa é decidida de acordo com o peso médio das mesmas e a estação do ano, visando praticidade, economia e redução no número de caminhões. Recomenda-se 22kg por caixa. A alta densidade das caixas interfere negativamente na troca de calor, aumentando o estresse térmico do lote. É importante observar o horário que será realizado o transporte das aves, pois em horários mais quentes do dia a mortalidade por estresse calórico aumenta consideravelmente (RUI ET AL., 2011; VIEIRA et al., 2012). Todas as caixas devem ter tampas para evitar a fuga, e a abertura das mesmas deve ser bem projetadas, de forma que facilite a colocação das aves e sua retirada para pendura no frigorífico (LUDTKE, et al., 2010; RUI et al., 2011). As caixas já carregadas devem ser transportadas com cuidado até o caminhão, onde o método mais utilizado é o de esteiras de tubos de PVC onde as caixas são deslizadas até o caminhão, e empilhadas de modo que passe corrente de ar suficiente entre elas, mantendo assim o conforto térmico das aves (LUDTKE et al., 2010; ROSA et al., 2012) Transporte É considerado como transporte, a tarefa de encaminhar as aves do aviário até o abatedouro, considerando diferentes distancias e condições das vias (RUI et al., 2011). As aves são submetidas a fatores estressantes durante o transporte que comprometem o seu bem-estar, como aceleração, vibração, impactos, jejum alimentar, mistura social, além do microclima da carga, podendo alterar a qualidade do produto final e até a morte das aves (SILVA et al., 2011).

24 12 O tempo de transporte é variável, e algumas viagens podem durar até 3 horas, dependendo da dinâmica da empresa, sendo que longas distâncias podem resultar em elevados índices de mortalidade (VIEIRA et al., 2010). O oxigênio é um fator importante, pois seu baixo nível pode provocar a asfixia das aves, portanto se faz necessário uma distância entres as fileiras de caixas no caminhão, pois o acumulo de fezes atrapalha a circulação do ar. As caixas devem estar bem presas, para que durante a movimentação do caminhão elas não se soltem (RUI et al., 2011). Segundo VIEIRA et al. (2012) o microclima da carga é diferente em vários pontos, e isto se deve ao posicionamento das caixas, a cabine do caminhão e pela densidade das caixas. A ventilação é desuniforme, sendo que as caixas posicionadas nas extremidades do caminhão são mais ventiladas e a parte central e traseira do caminhão recebe menor incidência de ventos, caracterizando um pior microclima, afetando o bem-estar dessas aves. Durante o transporte há uma grande incidência de raios solares na carga, principalmente nas estações mais quentes do ano, causando aumento da temperatura interna, dificultando também a passagem do ar entre as caixas e consequentemente, menor será a troca de calor dos animais e maiores serão as perdas por mortalidade. Por isso recomenda-se que o transporte seja realizado nos períodos mais frescos do dia com densidade das caixas adequada proporcionando assim um maior conforto as aves (LUDTKE et al., 2010). Distâncias mais longas não devem ser associadas com períodos mais quentes do dia, pois assim as aves seriam submetidas a um calor excessivo por um período mais longo. Estradas não pavimentadas podem ficar intransitáveis em períodos chuvosos, portanto a incidência de chuvas deve ser considerada (RUI et al., 2011). O planejamento do transporte deve ser antecipado, e o tempo da viagem, temperatura, umidade relativa e previsão de chuvas no dia da viagem, são questões fundamentais. As variáveis climáticas irão auxiliar na programação do transporte, e na decisão do período em que o caminhão transitará até o abatedouro (BARBOSA FILHO et al., 2015).

25 13 SILVA et al. (2011) conclui em seu trabalho que longas distancias de transporte aumentam a mortalidade de frangos, que o manejo de banho de aspersão pode reduzir essa problemática Tempo na sala de espera O tempo de espera é definido como o intervalo entre a chegada das aves no abatedouro até o abate das mesmas. Esse tempo de espera deve ocorrer em galpões cobertos para evitar que a carga receba incidência de raios solares e precisa ser equipados com sistemas de nebulização, ventiladores e/ou exaustores. É importante que tenha um funcionário responsável para monitorar registrar os dados como umidade relativa do ar e temperatura, na sala de espera (RUI et al., 2011; MENDES et al., 2008). As aves devem permanecer nos galpões de espera um tempo mínimo necessário para garantir o fluxo de abate de cada abatedouro, e o bem-estar das mesmas. Esse tempo não pode ultrapassar 2 horas, para evitar que as aves sofram com desidratação (COELHO, 2010; LUDTKE et al., 2010). Um período de espera mais prolongado aumenta o estresse das aves, o que será necessário um abate emergencial desses animais, contudo é importante analisar a climatização dos galpões evitando uma deficiência dos equipamentos de ventilação (RUI et al., 2011). Segundo RUI et al.(2011) o tempo de permanência na sala de espera é um tanto contraditório, pois alguns autores citam que menor tempo de permanência nesse local aumenta o estresse e consequentemente a mortalidade das aves, porém outros autores afirmam que períodos mais prolongados nos galpões de espera provoca um aumento no estresse, indicando abate das aves assim que chegam no abatedouro, se possível. De acordo com COELHO (2010) a densidade das caixas, bem como a condição térmica da espera, pode afetar negativamente, aumentando a mortalidade das aves. A utilização de nebulizadores deve ser monitorado, pois quando a umidade relativa for maior que 70%, os mesmos não devem ser acionados, uma vez que

26 14 podem afetar negativamente a troca de calor das aves com o ambiente (MONLEÓN, 2013). Para controle diário da temperatura e umidade relativa, se faz necessário a instalação de um termohigrômetro no interior do galpão de espera (VIEIRA et al., 2012) Pendura e insensibilização A pendura é um processo automático que permite maior rapidez no abate das aves em um período de tempo menor. Essa é uma etapa que pode ser altamente dolorosa para as aves, podendo provocar lesões hemorrágicas nas pernas, pela qual são penduradas (LUDTKE et al., 2010). As aves chegam à plataforma de recebimento e são retiradas das caixas e imediatamente penduradas pelos pés, na nória. Processo que deve ser realizado com cuidado para evitar o estresse das aves (FIGUEIREDO et al., 2007). Este método de contenção das aves de cabeça para baixo provoca desconforto, aflição e aumento nos batimentos das asas. Quando a linha de abate está normal, sem problemas ou incidentes, o batimento das asas cessa nos primeiros 12 segundos, porém aves muito imóveis pode também indicar estresse, já que essa é uma estratégia de defesa quando os animais se sentem ameaçados (LUDTKE et al., 2012). A uniformidade do lote influencia muito no bem-estar das aves nessa etapa, pois os ganchos possuem um espaçamento padrão para diâmetro das pernas. Um lote mais uniforme proporciona um melhor contato das aves com o gancho para a passagem da corrente elétrica no processo de insensibilização. Outro ponto que influencia o bem-estar, é que os machos possuem as pernas mais grossas que as fêmeas, o que pode aumentar a pressão causada pelo gancho (LUDTKE et al., 2010). A linha de abate deve ser o mais linear possível, sem mudanças em sua altura e com o mínimo de curvas. O ambiente de pendura deve ter iluminação reduzida, de aproximadamente 5 lux, o que reduz o bater de asas. A luz negra ou violeta tem efeito calmante. O ambiente totalmente escuro tende a causar medo

27 15 nas aves, reduzindo a atividade das mesmas (LUDTKE et al., 2012; MENDES et al., 2008). A linha de pendura deve dispor de parapeito, que proporciona um leve conforto reduzindo a atividade das aves. Esse apoio deve manter contato com as mesmas até a entrada na cuba de insensibilização, estando abaixo ou até a altura da cabeça da ave, o que limita a visão e reduz as distrações e consequentemente o batimento de asas são diminuídos (LUDTKE et al., 2010; LUDTKE et al., 2012). A próxima etapa pela qual as aves passam é a insensibilização ou atordoamento, geralmente realizado por choque elétrico na região da cabeça (FIGUEIREDO et al., 2007). Segundo a portaria nº 210, a insensibilização deve ser realizada por eletronarcose sob imersão em líquido. A cuba de insensibilização necessita conter registros de amperagem e voltagem, sendo que esses parâmetros devem estar proporcionais a tamanho e peso da ave, não desconsiderando a extensão da cuba (BRASIL, 1998). Os eletrodos necessitam estar dispostos de maneira a permitir que a corrente elétrica atravesse o cérebro da ave, e em caso de imersão em grupo, o equipamento precisa possuir tensão suficiente para produzir intensidade de corrente elétrica eficaz para insensibilizar todas as aves (BRASIL, 2000). A Cuba de insensibilização deve ser bem projetada, a fim de evitar o transbordamento da água em sua entrada e assim reduzir o pré-choque das aves, que é um ponto importante e pode afetar a eficácia da insensibilização, por préestímulos das aves, em resposta ao pré-choque (BARBON, 2012). O pré-choque é quando a ave encosta a ponta das asas na água eletrificada, antes da total imersão da cabeça, causando um momento doloroso para a mesma, sendo um problema grave ao bem-estar animal (BARBON, 2012). O tempo necessário para que a ave sinta um estimulo doloroso é de milésimos de segundos, e por isso se faz necessário que as aves estejam com a cabeça totalmente imersa na água antes desse tempo, evitando os préchoques antes da total insensibilização (LUDTKE et al., 2010). Alguns pontos devem ser observados na cuba, como por exemplo, presença de rampa na entrada da cuba e seu isolamento; a angulação da rampa,

28 16 que deve ser ajustada de forma que assim que finalize a sua extensão a cabeça da ave seja imersa imediatamente na água eletrificada antes de qualquer outra parte do corpo; a baixa velocidade da linha pode causar o pré-choque, pois as aves encostam primeiro a ponta das asas antes de imergirem a cabeça (LUDTKE et al., 2010).A insensibilização não pode ocasionar a morte das aves, e dentro de no máximo 12 segundos a ave deve ser sangrada (BRASIL, 1998). Outros métodos de insensibilização podem ser adotados, como por exemplo, a utilização do gás, desde que estejam aprovados no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) (BRASIL, 1998). 2.4 Abate Humanitário versus Qualidade da Carne GROOM (1990) define a qualidade da carne como um conjunto de características que compõe um produto e que leva a determinação do grau de aceitabilidade do mesmo pelo consumidor. Por possuir características sensoriais excepcionais e alto valor nutritivo,a carne é um dos produtos de origem animal mais valorizado pelo consumidor (PEREDA et al., 2005). De acordo com o estudo realizado por FANATICO et al. (2005) as propriedades da carne é influenciada por diversos fatores, como por exemplo a genética, nutrição, manejo e procedimento de apanha e abate. GAYA e FERRAZ (2006) ressaltaram que a cor, textura e capacidade de retenção de água, são os principais atributos de determinação de qualidade da carne. A textura de um alimento é definida, principalmente, pelos teores de umidade e gordura, pelos tipos e quantidades de carboidratos e pela presença de proteínas. Também se englobam nessa característica o tamanho dos feixes de fibras e quantidade de tecido conjuntivo. A cor é a primeira característica a ser observada pelo consumidor que determina a aceitação ou recusa do alimento (FELLOWS, 2006; PEREDA et al., 2005). Outra importante característica é a dureza da carne que esta relacionada principalmente com a quantidade de tecido conetivo e com o estado de concentração das fibras musculares. Essa característica esta relacionada à

29 17 maciez da carne e é percebida durante a mastigação, sendo um dos fatores com que o consumidor mais se preocupa. O odor e sabor são características sensoriais que desempenham papel importante na alimentação e estão intimamente ligadas, além de proporcionar ou não a satisfação do cliente. O aroma da carne e uma sensação que envolve uma combinação entre odor, sabor, textura, sendo o odor a característica mais importante (PARDI, 2006; PEREDA et al., 2005). A falta de compromisso com bem-estar aliada a manejos inadequados na apanha, espera no abatedouro, transporte, pendura, e insensibilização pode levar a uma queda na qualidade da carne e perda significativa no seu valor de mercado (LUDTKE et al., 2010). Manejos pré-abate mal conduzidos e estressantes podem levar a um rigor mortis acelerado e em consequência provocar a produção de carne pálida, flácida e exsudativa (PSE). O que causa essa anomalia na carne é uma queda muito brusca no ph enquanto ela ainda está com temperatura elevada, próximo de 37ºC, ocasionando a desnaturação das proteínas influenciando negativamente a capacidade de retenção de água. A principal causa desencadeadora dessa anomalia é o estresse que antecede o abate, desde a apanha até os procedimentos ante mortem no abatedouro (KOMIYAMA et al., 2009; PARDI, 2006). A carne DFD (escura, dura e seca) é conhecida como a carne de corte escuro, pois ela possui um ph pós mortem, após horas, alto por volta de 6,0. Isso ocorre devido à exposição dos animais a estresse crônico ou estresse por tempo prolongado, com isso a reserva de glicogênio se esgota, atrapalhando o processo normal de acidificação da carne, deixando o ph alto, dando origem a uma carne escura, dura e seca (ADZITEY e NURUL, 2011). BILGILI (1997) relatou vários fatores que influência as perdas na carcaça de frangos de corte, dentre eles estão os manejos pré-abate como apanha das aves, transporte, descarregamento, densidade da caixa e distância entre a granja e o abatedouro. LEANDRO et al. (2001) ao avaliar aves e comparar métodos de apanha das aves, obteve em seu estudo uma percentagem de 33% de contusões de carcaça e 72% de fraturas hemorrágicas quando as aves foram capturadas pelo pescoço. Esse valor foi superior ao encontrado quando as aves

30 18 foram pegas pelo dorso. Portanto, observa-se que o manejo pré-abate relacionase com lesões em aves, visualiza-se na Figura 3 os principais locais de ocorrência de lesões em frangos de corte. FIGURA 3 Principais áreas de localização de lesões encontrados em frangos de corte devido a falhas de manejo. Fonte: Ludtke et al. (2010). Os hematomas podem apresentar colorações diferentes de acordo com a origem, assim sendo GRACEY e COLLINS (1992) destacaram que hematomas brilhantes, ou seja, vermelho vivo são considerados recentes (com 0 a 10 horas) e hematomas escuros têm em média 24 horas de ocorrência. O tamanho do hematoma aumenta proporcionalmente com a distância e o tempo de espera nos no frigorífico. Foi observado uma correlação positiva entre o aumento do número de contusões e o ph último do músculo, o que é indicativo de depreciação na aqv cbnualidade da carne. SANTANA et al. (2008) analisou dados de dois abatedouros no ano de 2007 na região de Goiânia, onde em um deles abateu aves e desse total 8,3% foram condenadas, sendo que 0,47% foram devido à contusões/hematomas e fraturas. COSTA et al. (2007) concluíram em seu trabalho que a porcentagem de hematomas/contusões e fraturas encontrados na sua pesquisa é consequência de longas distâncias entre a granja e o abatedouro. No período de 2008 a 2009, COELHO (2010) ao analisar os dados de nove mil planteis no estado do Paraná, concluiu que o manejo pré-abate é a segunda maior causa de condenações de aves e que dentro desse fator os maiores

31 19 valores encontrados para condenações foi devido a fraturas, seguido de contusões/hematomas e por último morte antes da chegada e/ou na plataforma de recepção. Outro fator que influencia para ocorrência de hematomas é a presença de pré-choques. BARBON (2012) avaliou no ano de 2012, aves onde 82,2% receberam estímulos dolorosos devido ao pré-choque. Esse fator influenciou diretamente na qualidade da carcaça e presença de hematomas de ponta de asas em 43,47% das abatidas. Após a instalação da rampa isolante, esses valores reduziram para 6,72% e 14,22% respectivamente, o que mostra a eficiência e importância da rampa para o bem-estar das aves. De acordo com SANTANA et al. (2008) dentre as principais causas de hematomas e fraturas em frangos de corte pode se destacar o tipo de captura, tempo de transporte, tempo de espera e densidade de caixas reduzindo a qualidade do produto. Visando minimizar a ocorrência de perdas, COELHO (2010) recomenda que seja feito o treinamento e conscientização dos colaboradores envolvidos nas etapas pré-abate, como uma medida de redução das perdas decorrente de hematomas e fraturas em frangos de corte.

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