LITERATURA E CULTURA LETRADA NO PERÍODO COLONIAL: O RETRATO DE UMA ÉPOCA

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1 LITERATURA E CULTURA LETRADA NO PERÍODO COLONIAL: O RETRATO DE UMA ÉPOCA A produção literária no Brasil durante o período colonial -- séculos XVI, XVII e XVIII ( Quinhentismo, Barroco e Arcadismo) ACADÊMICOS: Cristina Hyrycena de Matos e José Lucas Góes Benevides O CONCEITO DE LITERATURA A Literatura, como toda arte, a expressão do homem e da vida, uma transfiguração do real e do lugar social do literato, sendo a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. (Afrânio Coutinho) Segundo Ferreira (2009), a literatura possibilita uma via de acesso ao universo cultural e valores sociais dos homens. Além disso, destaca que para fazermos uso dela em um trabalho histórico, devemos verificar a que público se destina, que papel cumpre, que representações do mundo cria (FERREIRA, 2009, p. 61 e 74). Antônio Cândido também nos aponta, ao longo de seu trabalho, que a realidade social é componente da estrutura literária e que a integridade desta deve ser entendida através de uma interpretação dialética entre texto e contexto, tendo o poeta o papel de combinar e criar ao devolver sua obra à realidade. Ademais, o estudioso dá destaque ao papel social da literatura, verificando nela a produção de efeitos práticos sobre a sociedade, reforçando, por exemplo, valores dessa (CANDIDO, 2000, p. 28 e 30). Cada período literário descrevia a sociedade da época, aprofundando sua cultura, ideias e pensamentos. Os estudos dos mesmos, nos ajudam a compreender melhor, as mudanças que ocorreram na nossa sociedade. LITERATURA JESUÍTICA E INFORMATIVA De acordo com Alfredo Bosi, os textos considerados literatura de informação ou textos de informação são reflexos da visão do mundo e da linguagem que nos legaram os primeiros observadores do país. Esses primeiros observadores eram colonizadores e missionários europeus que faziam suas observações sob perspectivas idealizadoras externas e alheias às particularidades mais complexas dos objetos observados. Dessa forma, essas informações atendiam a ideologias

2 determinadas por interesses mercantis, religiosos, e, portanto, são impressões produzidas de formas direcionadas, ás vezes de superfície, e outras vezes atendendo a visões moralistas. Logo que o Brasil foi descoberto, no século XVI, o tipo de colonização a que Portugal submeteu a Colônia tornou difícil nosso desenvolvimento literário imediato pelas seguintes razões: 1. Devido à inexistência de cidades e como a população, constituída de senhores e escravos, estava voltada apenas para a exploração agrícola da Colônia, não havia público interessa do em manifestações artísticas, muito menos em literatura. 2. Quando o Brasil foi dividido em capitanias, a longa distância entre elas acentuava ainda mais o isolamento cultural a que o regime de monopólio da Coroa Portuguesa submetia o Brasil. 3. Os nativos que viviam no Brasil, quando os portugueses aqui chegaram não tinham tradição literária; assim, nesse sentido, o único meio foi o transplante para o Brasil, da literatura que se fazia em Portugal, na época do nosso descobrimento. Por isso, quando falamos nas primeiras manifestações literárias brasileiras, o material a que nos referimos tem muito pouco a ver com o que hoje chamamos literatura. O século XVI, no Brasil, não assistiu ao surgimento de poemas e romances: assistiu, na realidade, ao aparecimento de obras produzidas pelos jesuítas, cujo interesse pela catequese dos índios se manifestava em sua religiosidade e didatismo. Mas, ao lado desta literatura jesuítica, um outro tipo de produção literária começou a surgir: como o Brasil era uma terra-nova, recém descoberta, inúmeros viajantes para cá se dirigiam, onde, a propósito das coisas vistas em viagem, escreviam livros sobre paisagens, plantas, animais ou índios. A estas obras chamamos literatura informativa, pois sua finalidade era apenas informar Portugal sobre a nova Terra e os costumes. Assim, podemos resumir o que dissemos, afirmando que, no século XVI, a literatura brasileira limitou-se: a) à literatura jesuítico-religiosa; b) à literatura informativa.

3 Características da literatura brasileira do século XVI 1. A literatura jesuítica, representada principalmente pelas obras de José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, é religiosa: era um dos instrumentos de que os jesuítas dispunham para a conversão dos índios. 2. Já a literatura informativa apresenta valor documental, uma vez que fornecia à metrópole dados sobre a nossa terra. 3. No levantamento de tais dados, os autores, muitas vezes, entusiasmavam-se com os aspectos pitorescos de nossa natureza, exaltando, por exemplo, o abacaxi, fruta desconhecida na Europa, naquela época. Esse entusiasmo de nossos primeiros escritores, ao falarem engrandecendo nossa terra, denomina-se de ufanismo. Caminha X Gândavo Ao traçar os contornos do indígena brasileiro, tanto Gândavo como Caminha, não demonstram nenhuma condescendência com a nova cultura com a qual se deparam ao verem o povo da terra do Brasil. Gândavo os intitula de bárbaros gentios. Todo o seu tratado descreve um povo agressivo, belicoso, desumano, vingativo, polígamo, cruel e desonesto. Ao contrário de Gândavo, Caminha os descreve como um povo inocente, manso e limpo, ainda que bestial e de pouco saber. Nenhum dos autores atinam para a riqueza cultural e a sabedoria possível existente naquele povo. Há uma diferença importante em ambas narrativas, a qual pretendo acentuar a seguir. Em Caminha há um texto descritivo, sem grande criticismo, exceto aquele intrínseco a um pensamento etnocêntrista-colonizador, do qual o narrador não pôde se distanciar. O conteúdo da carta de Caminha a respeito do indígena segue um caminho de descrições minuciosas sobre a compleição física do índio, os adereços com penas, as perfurações nos lábios, as ornamentações, as pinturas nos corpos, a nudez que de tão inocente desavergonhada não era, evidenciando assim, mormente, um caráter objetivo, físico e estético daquele povo. Já em Gândavo o texto é mais crítico e expõe, sobretudo, as características internas, comportamentais e da persona do indígena, adjetivando ao

4 longo da narrativa, negativamente, aqueles seres que vivem de comer, beber e matar gente. Ao contrário da visão negativa de Gândavo, Caminha declara que aquela gente é boa e de bela simplicidade, e que seria possível imprimir a eles a fé cristã, uma vez que Nosso Senhor lhes havia dado bons corpos e rostos, como a bons homens. Já Gândavo os vê como selvagens e descreve as mortes desses índios pelos governadores e capitães, excetuando aqueles que não traíam os portugueses e se mostravam de paz. Vê-se a total descrença na catequização daquele povo por parte de Gândavo, quando este afirma que nem mesmo na língua do gentio há as letras iniciais necessárias à escritura das palavras Fé, Lei e Rei. Conquanto o índio tenha sido visto de forma diferente por Caminha e Gândavo, ambos desprezaram a cultura do indígena, seus costumes, idioma, cultos, e tudo relacionado àquele povo. Não importava que os índios fossem bons ou maus, uma vez que a cultura européia lhes fora impingida pelo etnocidas, dos quais fazia parte os autores aqui mencionados. O BARROCO O Barroco designa as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos Além da literatura, abrange também a música, pintura, escultura e arquitetura da época. O barroco pode ser considerado a transição do pensamento medieval à modernidade, o homem em conflito, ou seja, dividido entre o divino e o terreno; Teocentrísmo e o antropocentrismo Segundo Afrânio Coutinho A ideologia barroca foi fornecida pela Contra-Reforma e pelo Concilio de Trento, a que se deve o colorido peculiar da época, em arte, pensamento, religião, concepções sociais e políticas (COUTINHO, 1968, pag.139). Com o Concílio de Trento ( ),e a reformulação do catolicismo o Cristianismo toma um novo impulso o que acarretará algumas conseqüências como a contra reforma, que restituiu a Inquisição para reprimir todas as tentativas de manifestações culturais ou religiosas contrárias às determinações da Igreja Católica.O Tribunal da Inquisição, que se estabeleceu em Portugal para julgar casos de heresia, ameaçava cada vez mais a liberdade de pensamento. O complexo contexto sociocultural fez com que o homem tentasse conciliar a glória e os valores humanos despertados pelo Renascimento com as

5 ideias de submissão e pequenez perante Deus e a Igreja. Ao antropocentrismo renascentista (valorização do homem) opôs-se o teocentrismo (Deus como centro de tudo), inspirado nas tradições medievais. Ainda para Coutinho A alma barroca é composta desse dualismo, desse estado de tensão e conflito, exprimindo uma gigantesca tentativa de conciliação de dois pólos considerados então inconciliáveis e opostos: a razão e a fé (COUTINHO, 1968, pag.140). É nesse clima que se desenvolve a estética barroca nas artes, especialmente nos anos que se seguem ao domínio espanhol,uma vez que a Espanha é o principal disseminador do novo estilo. Em Portugal, o Barroco tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, em decorrência da morte do Rei de Portugal o que acarretará em um forte domínio espanhol No Brasil, o que marcou o inicio do Barroco em 1601 foi a publicação do poema épico Prosopopéia, de Bento Teixeira. No século XVII,no Brasil a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em consequência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar, e posteriormente com a mineração é um terreno fértil para a propagação do Barroco. Embora o Barroco seja considerado como o primeiro estilo literário do Brasil e Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, na realidade ainda não se pode dizer que o Brasil é independente de Portugal no concerne a literatura. Como coloca Alfredo Bosi: "No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do barroquismo ibérico e italiano".(bosi,1970 pag.39) Além disso, os dois principais autores - Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos - tiveram suas vidas divididas entre Portugal e Brasil. Para Coutinho O Padre Antonio Vieira, que tem lugar considerável na historia da civilização brasileira, para a qual cooperou com tamanha obstinação e desassombro não pode ser omitido de nenhum estudo da evolução do espírito literário no Brasil que tenha os seus primórdios na fase colonial. A identificação do grande jesuíta com o nosso país foi tão intima e profunda, que, por muito tempo, deu ensejo a duvida quanto á sua

6 verdadeira nacionalidade (COUTINHO,1968, p.214) O Padre António Vieira tornou-se uma das mais influentes personagens do século XVII, quer como político, quer como missionário, defendendo os direitos humanos dos povos indígenas e dos escravos negros, combatendo a sua exploração e escravização, promovendo a evangelização dos mesmos. António Vieira defendeu também os judeus, a eliminação da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãosvelhos (os católicos tradicionais). Foi um critico severo dos sacerdotes da sua época e criticou também a Inquisição. Teve grande influencia na política e Oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. O padre Vieira foi um grande e produtivo escritor do barroco em língua portuguesa. Escreveu 200 sermões - entre os quais pode- se destacar o "Sermão da Sexagésima" -, cerca de 500 cartas e profecias que reuniu no livro "Chave dos Profetas", que nunca acabou. A poesia de Gregório de Matos Gregório de Matos demostrou grande capacidade de satirizar e ironizar a sociedade do século dezessete (XVII), frente à política rígida e hierárquica daquela época Não é por acaso que o poeta barroco, Gregório de Matos, é popularmente conhecido como o boca do inferno, Toda essa fama de boca do inferno que Gregório de Matos possuía, não é somente devido a sua capacidade exuberante de satirizar através de seus poemas. Pode-se associar também com a sua postura de homem boêmio, mulherengo e se assim for cabível, de palavras e gestos pornográficos que o mesmo possuía. Afinal de contas era dessa forma que o poeta queimava os seus inimigos. Talvez, se Gregório não utilizasse esses vocábulos de baixo calão, com obscenidades em suas poesias, provavelmente, sua poesia não surtisse o efeito que o mesmo almejava que era criticar o sistema e exercer o seu papel político de cidadão capaz e competente. Por tal motivo é que João Carlos nos remete que por definição, todo poeta satírico é um poeta político (GOMES, p. 20). ARCADISMO Origina-se da Arcádia grega, região do Olimpo, habitada por pastores e governada pelo Deus Pan. No final do século XVII a palavra Arcádia passou a ser utilizada para designar associações de poetas adeptos das regras clássicas e da poesia pastoril, a contar da fundação da primeira dessas agremiações: A arcádia romana, centro dispersor do movimento para os outros países ;

7 Arcadismo ou Neoclassicismo são as denominações que recebem o movimento artístico do século XVIII; Caracteriza-se pelo estabelecimento do equilíbrio clássico, rompimento durante o período Barroco. Define-se como uma reação aos exageros verbais da arte Barroca, opondo-se aos rebuscamentos, à ornamentação exagerada, às sutilezas do barroquismo, uma volta à simplicidade e à clareza, orientadas no sentido da razão, da verdade e da natureza; O século XVIII é marcado pela superação dos conflitos espirituais da época anterior. A fé, a religião são substituídas pela razão e pela ciência. È o século das luzes( vindo de Portugal que seria afetado pelas idéias francesas); O século da luzes, ou seja, o Iluminismo, caracterizou-se pela confiança no poder da razão e na possibilidade de se reorganizar radicalmente a sociedade; A dúvida, o pessimismo, a negação do homem, a mortificação da carne, atitudes típicas do Barroco, são substituídas pelo Otimismo, pela crença no valor da Ciência como fator de transformação e progresso do homem, na certeza de que o exercício da Razão levaria ao conhecimento de todas as verdades; O Brasil no século XVIII e cultuada pelos poetas mineiros, principalmente Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Esses poetas atingiram a excelência nesse estilo, apresentando-se como pastores levando uma vida tranquila junto à natureza Os poetas árcades consideravam-se como estrangeiros em sua própria terra. No Brasil do século XVIII, dificilmente esses sujeitos, formados ao gosto europeu, pois muitos deles se foram à Europa estudar, reconheceriam na paisagem bruta, principalmente a paisagem de Minas Gerais, a civilização tão decantada na Europa. Formados nas escolas mais importantes de Portugal, Itália e França voltam ao Brasil e têm que lidar com a dura falta de cultura civilizada da colônia. Os ideais árcades baseados na Arcádia Lusitana que pregava a volta ao classicismo renascentista, a uma poesia que se faria sem os arroubos e excessos do barroco, a normatização da estética, da métrica e da ordem, refletem-se no gosto por uma natureza que se organize segundo as leis da mimese. Para Antônio Candido, ao analisar os manuais de escrita literária que dão forma ao arcadismo, poesia, tanto para ser útil quanto para ser agradável, deve basear-se na verdade que não é a verdade objetiva e unívoca da ciência, mas a verossimilhança. Na conceituação desta encontra-se geralmente a pedra de toque das teorias poéticas de inspiração aristotélica e horaciana: para o nosso tratadista, ela é (...) uma verdade possível, presa, por um lado, à analogia com as verdades objetivamente constatáveis; por outro à imaginação criadora (...) (CANDIDO, 1981, p. 51). No arcadismo, a natureza tem um modo muito diferente de se organizar que não serve para a ordem da representação das coisas. Daí o gosto dos árcades em pintar cenas pastoris nas quais tudo aparece imóvel de tão perfeito. POESIA ÉPICA

8 a) Basílio da Gama autor de O Uraguai. b) Santa Rita Durão autor de Caramuru. c) Cláudio Manuel da Costa autor de Vila Rica. POESIA SATÍRICA Tomás Antônio Gonzaga autor de Cartas Chilenas. AUTORES DO ARCADISMO BRASILEIRO CLÁUDIO MANUEL DA COSTA Nasce em 5 de junho de 1729, em Ribeirão do Carmo (hoje Mariana), Minas Gerais. Suicida-se em Vila Rica (MG), em 4 de julho de 1789, aos 60 anos. Filho de mineradores abastados, forma-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Tem um papel lateral na na Incofidência Mineira. Preso e interrogado uma só vez, confessa seus crimes e inculpa seus companheiros. É encontrado morto na cela, fato que se atribui a suicídio. Introduz o Arcadismo no Brasil com o livro Obras Poéticas (poesias líricas, 1768). Nome árcade: Glauceste Satúrnio. Musas que aparecem na sua poesia lírica: Nise e Eulina. Nise é a musa preferida. Tipos de poesia: lírico-amorosa e épica. Considerado, até hoje, um dos melhores sonetistas de nossa literatura. Temas comuns em sua poesia: o amante infeliz e a tristeza da mudança das coisas em relação aos sentimentos. OBRAS 1. Obras Poéticas (poesias líricas, 1768). Reúne a produção lírica do poeta: sonetos, éclogas, epicédios, cantatas e outras modalidades. 2. Vila Rica (poema épico, 1839). Poemeto épico-clássico, à maneira de Os Lusíadas, de Camões. ANTOLOGIA A vida é sofrimento Veja, no soneto a seguir, a angústia provocada pela constatação de que a vida é feita de sofrimento: Soneto XIII Continuamente estou imaginando, Se esta vida, que logro, tão pesada, Há de ser sempre aflita, e magoada, Se com o tempo enfim se há de ir mudando. Em golfos de esperança flutuando Mil vezes busco a praia desejada; E a tormenta outra vez tão esperada Ao pélago infeliz me vai levando. Tenho já o meu mal tão descoberto, Que eu mesmo busco a minha desventura; Pois não pode ser mais meu desconserto.

9 Que me pode fazer a sorte dura Se para não sentir seu golpe incerto, Tudo o que foi paixão, é já loucura! Soneto XCVIII Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci: oh! quem cuidara, Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza! Amor, que vence os tigres, por empresa Tomou logo render-me; ele declara Contra o meu coração guerra tão rara, Que não me foi bastante a fortaleza. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, A que dava ocasião minha brandura, Nunca pude fugir ao cego engano: Vós, que ostentais a condição mais dura, Temei, penhas, temei; que amor tirano, Onde há mais resistência mais se apura. TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA Nascimento e morte Nasce em Porto (Portugal), em 11 de agosto de Morre em Moçambique (África), em 1810, aos 66 anos. Brasil Com oito anos, é trazido para o Brasil e matriculado no Colégio da Bahia. Direito De volta a Portugal, forma-se em Direito (Coimbra, 1768). Ouvidor e procurador Em 1782, é nomeado Ouvidor e Procurador em Vila Rica. É nessa época que compõe a maior parte dos poemas que formam sua obra. Paixão por Maria Doroteia Enquanto se envolve com a Inconfidência Mineira, apaixona-se por Maria Doroteia Joaquina de Seixas, que imortalizaria nos poemas com o pseudônimo de Marília. Inconfidência e exílio Implicado no movimento inconfidente (1789), é preso e mandado para a Ilha das Cobras (Rio de Janeiro). Em 1792, condenado ao exílio, segue para Moçambique (África), onde refaz sua vida, casando-se com Júlia Mascarenhas, viúva rica. Poeta lírico e satírico É considerado o principal poeta lírico do século XVIII (Arcadismo) no Brasil (Marília de Dirceu). É o único poeta do Arcadismo brasileiro a compor sátiras (Cartas Chilenas). Nome árcade Na obra lírica, adota o nome árcade de Dirceu. OBRAS DE GONZAGA 1. Marília de Dirceu ( poesias lírico-amorosas, 1792). 2. Cartas Chilenas ( poesias satíricas, 1845). As Cartas Chilenas são poesias satíricas contra as arbitrariedades de Luís da Cunha Meneses, governador de Minas Gerais, um pouco antes da Inconfidência. As Cartas, em número de treze, circulam em Vila Rica entre 1788 e Constituem um poema

10 satírico incompleto, em versos decassílabos e brancos (sem rima). Nelas, as personagens são assim disfarçadas: a) Tomás Antônio Gonzaga Critilo. b) Luís da Cunha Meneses Fanfarrão Minésio. c) Recebedor das Cartas Doroteu. d) Minas Gerais Chile. e) Vila Rica Santiago do Chile. ANTOLOGIA COMENTADA As Liras de Gonzaga Marília de Dirceu é um longo poema de amor, dividido em pequenas unidades chamadas Liras. O motivo principal da obra é a paixão do pastor Dirceu, com mais de quarenta anos, pela pastora Marília, com apenas quinze. Talvez por isso, haja obsessão pelo fator tempo. Nos versos a seguir, o poeta tenta mostrar à namorada que não é um pastor qualquer: Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato; de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; dá-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite e mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília Bela, graças à minha estrela! Segunda parte das Liras Veja agora um exemplo de poesia composta na prisão. É a segunda parte das Liras de Gonzaga: Já não cinjo de louro a minha testa; Nem sonoras canções o Deus me inspira: Ah! que nem me resta Uma já quebrada, Mal sonora Lira! Mas neste mesmo estado em que me vejo, Pede, Marília, Amor que vá cantar-te: Cumpro o seu desejo: E ao que resta supra A paixão, e a arte. A fumaça, Marília, de candeia, Que a molhada parede ou suja, ou pinta, Bem que tosca, e feia, Agora me pode Ministrar a tinta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. Cultrix, 1994.

11 CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 8. ed.belo Horizonte, Itatiaia, 1997 CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: Estudos de teoria e história literária. RJ: Editora Ouro sobre o Azul, 9ª Edição, Rio de Janeiro, FERREIRA, Antonio Celso. A Fonte Fecunda. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.); DE LUCA, Tania Regina (org.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Editora Contexto, CASTELLO, José Aderaldo. Manifestações literárias do período colonial, /36. Cultrix, COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. Olympio, DE CAMINHA, Pero Vaz; CORTESÃO, Jaime. A carta de Pero Vaz de Caminha. Livros de Portugal Ltda., FARIAS, Flavia. Caminha e Gandavo: A Visão do Indígena. Recanto das Letras, Rio de Janeiro, p.1-1, Disponível em: < Acesso em: 7 set FARIAS, Flavia. Caminha e Gandavo: A Visão do Indígena. Recanto das Letras, Rio de Janeiro, Disponível em: < Acesso em: 7 set GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil: História da Província Santa Cruz. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, GOMES, João Carlos Teixeira. Gregório de Matos, o boca de brasa. Petrópolis, SANTOS, Sirlane. Gregório de Matos, o poeta satírico. Recanto das Letras, Bahia, Disponível em: < Acesso em: 7 set SANTOS, Sirlane. Gregório de Matos, o poeta satírico. Recanto das Letras, Bahia, Disponível em: < Acesso em: 7 set

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