Março 2011 Relatório final REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
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- Sabrina Antunes Castel-Branco
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1 REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU RESULTADOS DO INQUÉRITO APROFUNDADO SOBRE A SEGURANÇA ALIMENTAR E A VULNERABILIDADE NAS ZONAS RURAIS Março 2011 Relatório final 1
2 AVALIAÇÃO APROFUNDADA DA SEGURANÇA ALIMENTAR E DA VULNERABILIDADE DOS AGREGADOS FAMILIARES RURAIS NA GUINÉ-BISSAU Dados recolhidos de 09 de Novembro de 2010 à 08 de Dezembro de Relatório publicado em Março de Relatório escrito pelo Koffi Akakpo com o apoio de Damieta Mendes e Bessa Victor Silva. Composição da equipa de coordenação e da recolha de dados Pembe LERO Programa Alimentar Mundial RDC Pembe.Lero@wfp.org Damieta MENDES Programa Alimentar Mundial Guiné-Bissau Damieta.Mendes@wfp.org Bessa Victor SILVA Instituto Nacional de Estatística da Guiné-Bissau bessa_vitor@yahoo.fr Programa Alimentar Mundial, Serviço de Análise da Segurança Alimentar (VAM) Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) Sede social : Via C.G. Viola 68, Parco de Medici, 00148, Roma, Itália Todas as informações sobre o Serviço de Análise da Segurança Alimentar (VAM) e os relatórios no formato electrónico no ou wfp.vaminfo@wfp.org Para mais informações, contactar: Carlos Mendes Costa, Director do INE (Instituto Nacional da Estatística), cameco63@hotmail.com Bessa Victor Silva, Director da Estatística Demográfica e Social, bessa_vitor@yahoo.fr Pedro Figueiredo, Director do país, PAM Guiné-Bissau, pedro.figueiredo@wfp.org, Damieta Mendes, PAM Guiné-Bissau, damieta.mendes@wfp.org Jacqueline Diambomba, PAM Guiné-Bissau, jacqueline.diambomba@wfp.org Koffi Akakpo, Gabinete regional do PAM para a África Ocidental, koffi.akakpo@wfp.org; Naouar Labidi, Gabinete regional do PAM para a África Ocidental, naouar.labidi@wfp.org Sede social do PAM, Roma, Itália Arif Husain, Conselheiro principal para os programas Claudia Ahpoe, Conselheira principal para as avaliações da segurança alimentar Arif.Husain@wfp.org Claudia.Ahpoe@wfp.org 2
3 APD: ART: BAD: BCEAO: CILSS: CNC : LISTA DE ACRÓNIMOS Ajuda Pública ao Desenvolvimento Tratamento antiretroviral Banco Africano do Desenvolvimento Banco Central dos Estados da África Ocidental Comité Inter-estatais de Luta contra a Seca na Sahel Comissão Nacional do Caju CSAO: Clube da Sahel e da África Ocidental DGEP: Direcção Geral das Estradas e Pontes DYNAFIV: Dinamização das Cadeias Alimentares EPCA: Assistência de Emergência Pós Conflito FAO : Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization of the United Nations) FMI: Fundo Monetário Internacional FSM : Sistema de Monitorização da Segurança Alimentar (Food Security Monitoring) IDH : Índice de Desenvolvimento Humano ILAP: Inquérito Ligeiro da Avaliação da Pobreza INE: Instituto Nacional de Estatística MADR : Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural MAG : Malnutrição Aguda Global MCG : Malnutrição Crónica Global MICS: Inquérito de Grupos de Indicadores Múltiplos OMS : Organização Mundial da Saúde P4P: Compras para o progresso PAM : Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas PDA: Assistente Pessoal Digital PIB : Produto Interno Bruto PNUD : Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRESAR: Projecto de Reabilitação do Sector Rural e Agrícola PVVIH: Pessoas portadoras de VIH/SIDA RESEN: Relatório do Estado sobre o Sistema Nacional da Educação SAB : Sector Autónomo de Bissau SCA: Pontuação de Consumo Alimentar SMART : Mesure da Mortalidade, do Estatuto Nutricional e da Segurança Alimentar em Situações de Crise (Standardized Monitoring and Assessment of Relief and Transition) UNAIDS: Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/SIDA VIH /SIDA: Vírus de Imunodeficiência humana/ Sindroma de Imunodeficiência Adquirida ZD: Zonas de Enumeração 3
4 ÍNDICE 1 RESUMO EXECUTIVO 7 2 CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO 16 3 INDICADORES MACRO ECONÓMICOS População Economia Educação Acesso à água potável Pobreza Saúde e nutrição 23 4 DISPONIBILIDADE ALIMENTAR E PREÇO Produção agrícola Principais zonas de cultura e calendário agrícola Evolução do balanço dos cereais O arroz Os Cereais secos Culturas de renda (comerciais) Castanha de caju Amendoim Óleo de palma Estrutura e fluxo dos mercados Fluxo dos géneros alimentares e os diferentes mercados Estrutura e integração dos mercados, factores da oscilação dos preços Evolução do preço do arroz importado Termos de troca castanha de caju/arroz e óleo de palma/arroz voláteis e em degradação 31 5 METODOLOGIA DO INQUÉRITO Objectivos do inquérito Conceitos e definições Amostragem Recolha e controle dos dados Análise dos dados Limites do estudo 34 6 Consumo alimentar dos agregados familiares e a insegurança alimentar 34 7 Características socio-demográficas dos agregados familiares em insegurança alimentar 38 8 Distribuição da insegurança alimentar de acordo com os grupos de meios de subsistência 39 9 Acesso alimentar dos agregados familiares e a insegurança alimentar Fontes de abastecimento dos agregados familiares e periodos sazonais Fontes de proveniência do arroz consumido pelos agregados familiares Despesas dos agregados familiares 42 4
5 9.1.4 Pobreza de acordo com o índice de riqueza e insegurança alimentar Estratégias de sobrevivência FACTORES DE RISCO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR NA GUINÉ-BISSAU CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ANEXO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Divisão da população por região 17 Tabela 2: Evolução da incidência da pobreza na Guiné-Bissau 22 Tabela 3: Taxa da pobreza e número de pobres por região 23 Tabela 4: Evolução da taxa de malnutrição aguda e crónica 24 Tabela 5: Cartográfia dos mercados na Guiné-Bissau. 29 Tabela 6: Divisão de amostra por região 33 Tabela 7: Grupos de alimentos e pesos no cálculo da pontuaçãode consumo alimentar 35 Tabela 8: limiares de pontuação de consumo alimentar 35 Tabela 9: Divisão dos agregados familiares consoante as classes de consumo alimentar por região 36 Tabela 10:Divisão dos agregados familiares consoante o nível da insegurança alimentar e da região 36 Tabela 11: Frequência do consumo de diferentes grupos de alimentos de acordo com o nível de insegurança alimentar 38 Tabela 12: Tabela de síntese sobre as caractéristicas socioeconómicas dos agregados familiares 45 Tabela 13: Estratégias de sobrevivência desenvolvidas pelos agregados familiares 46 Tabela 14: Matriz de validação da pontuaçãode consumo alimentar como substituto da insegurança alimentar _ 52 Tabela 15: Evolução das exportações de castanha de caju não transformado em toneladas 53 Tabela 16 Divisão da Taxa Bruta de Alfabetização por região, nível e sexo (2009/2010) 54 Tabela 17: Grupos de meios de subsistência e insegurança alimentar 55 Tabela 18: Distribuição dos grupos de meios de subsistência consoante as regiões 55 Tabela 19: Estratégias desenvolvidas pelos agregados familiares ao longo dos últimos 30 dias precedentes ao inquérito por região 56 Tabela 20: População em insegurança alimentar no meio rural de acordo com as regiões 56 Tabela 21: Choques e insegurança alimentar (% dos agregados familiares afectados pelos diferentes choques) _ 57 Tabela 22: Principais choques que afectaram os agregados familiares ao longo dos últimos 12 meses por região 58 Tabela 23: Distribução dos terços de índice de riqueza de acordo com as regiões 58 Tabela 24: Distribução dos terços de índice de riqueza de acordo com os grupos de meios de subsistência 59 Tabela 25: Divisão das despesas de acordo com o nível de insegurança alimentar dos agregados familiares 60 5
6 LISTA DOS GRÁFICOS Gráfico 1: Divisão do PIB 18 Gráfico 2: Evolução do PIB real 18 Gráfico 3: Razões do abandono escolar 20 Gráfico 4: Taxa bruta de alfabetização por região (2009/2010) 21 Gráfico 5: % de agregados familiares que têm acesso à água potável por região 22 Gráfico 6: Calendário agrícola da Guiné-Bissau 25 Gráfico 7: Evolução do balanço e da produção de cereais na Guiné-Bissau, divisão da produção de cereais em Gráfico 8: Evolução das exportações de castanha de caju 27 Gráfico 9: Evolução do preço nominal do kg de arroz importado para Bissau 30 Gráfico 10: Evolução dos termos de trocas castanha de caju/arroz e óleo de palma/arroz 31 Gráfico 11: Distribuição de insegurança alimentar de acordo com os grupos de meios de subsistência 39 Gráfico 12: Dependência dos mercados e os periodos sazonais de acordo com o nível de insegurança alimentar dos agregados familiares 41 Gráfico 13: Dependência dos mercaods e os periodos sazonais de acordo com os grupos de meios de subsistência 41 Gráfico 14: Fonte de proveniência do arroz consumido ao longo dos últimos 7 dias 42 Gráfico 15: Divisão das despesas dos agregados familiares 43 Gráfico 16: Pobreza e insegurança alimentar 44 Gráfico 17:Choques que afectaram os agregados familiares ao longo dos últimos 12 dias 48 Gráfico 18: Divisão dos agregados familiares consoante o índice de riqueza por região 60 LISTA DOS MAPAS Mapa 1: Principais zonas de cultura da Guiné-Bissau 25 Mapa 2: Distribuição da insegurança alimentar severa e moderada por região 37 Mapa 3: Distribuição geográfica de índice de riqueza (% de agregados familiares no 1º terço por região) 59 6
7 SUMÁRIO EXECUTIVO CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO Apesar de um potencial económico considerável, a Guiné-Bissau depara-se com dificuldades para se descolar. O crescimento económico é estruturalmente fraco e lento com episódios de inflação, e como consequência uma deterioração contínua das condições de vida. O país ocupou 164º lugar dos 169 países de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD em Os dados disponíveis mostram que a pobreza afecta 64,7% da população ou seja pessoas com menos de dois dólares por dia e 20,8% vivem em extrema pobreza com menos de um dólar por dia 1. A população total é estimada em habitantes segundo o censo de 2009, com grandes disparidades regionais (Bissau, conta cerca de 25% da população). A taxa de crescimento da população é estimada em 2,45% e a população é predominantemente jovem. Paralelamente, o país regista uma rápida taxa de urbanização passando de 18% em 1991 para 30% em 2010, tendo como consequência uma aceleração do êxodo rural e o aumento da procura por bens e serviços básicos nas cidades. A instabilidade política crónica que caracteriza o país por mais de uma década tem contribuído significativamente para este declínio e é o principal risco para seu desenvolvimento. Esta instabilidade caracteriza-se por golpes de estado periódicos, a violência política que desestabilizou instituições, destruiu os esforços de boa governação, deteriorou as condições de segurança com um impacto desastroso sobre o desenvolvimento social e económico. A situação socioeconómica e os progressos nas áreas de educação, saúde e infra-estruturas são insuficientes. A quase totalidade das estradas não são alcatroadas e dificilmente transitáveis durante a estação das chuvas. Apesar da melhoria em relação a certos indicadores sociais o país permanece atrasado em relação a outros países da subregião. A taxa de alfabetização de adultos é de apenas 51%. De acordo com os resultados do inquérito do MICS 2010, a taxa de escolarização das crianças é de apenas 65 por cento. Cerca de 6 em cada dez crianças não concluem o ensino primário e a taxa de assiduidade é muito baixa. A taxa de mortalidade entre crianças menores de 5 anos é de 155 para cada mil. A taxa de mortalidade infanto-juvenil é estimada em 158 para cada mil e aumenta para 179 para cada mil em áreas rurais, contra 120 para cada mil nas áreas urbanas. A taxa de mortalidade infantil é estimada em 103 para cada mil e de 113 para cada mil nas áreas rurais e 85 para cada mil nas áreas urbanas 2. Apenas 38% da população tem acesso a serviços de saúde e o acesso dos pobres é particularmente precário. Os dados disponíveis sobre o estado nutricional que datam de 2008 indicam uma taxa de malnutrição aguda global de menores de 5 anos de 5,6% variando de 6,8% nas regiões do leste, 5,7% no norte, 3,8% no sul e 1,9% em Bissau 3. A taxa de prevalência do VIH foi estimada em 2,8% em 2009, e cerca de PVVIH necessitaram de tratamento ART e aproximadamente 40,5% das PVVIH estão co-infectadas pela tuberculose 4. A economia da Guiné-Bissau continua a ser muito pouco diversificada e é amplamente dominada pela agricultura, especialmente a produção de caju e constitui o primeiro sector de actividade do país com 62% do PIB e emprega 95% da população 5. Guiné-Bissau é um dos maiores exportadores de castanha de caju não transformado no mundo e serve de principal fonte de rendimento para a maioria da população. O sector enfrenta vários problemas estruturais agravados pela instabilidade política que afecta os rendimentos dos produtores. Além da produção de 1 Small Poverty Assessment (1996)) 2 MICS 2010 (Resultados preliminares) 3 UNICEF 2008, SMART 4 UNAIDS 5 African Economy Outlook 7
8 caju, que representa 98% do total das exportações do país, o país também produz arroz e outros cereais, frutas, peixes, gado, óleo de palma. Após anos de estagnação económica com uma taxa de crescimento económico de apenas 1,2% entre 2006 e 2007, o país retornou a uma taxa de crescimento moderado de 3,2% em média entre 2008 e 2009 e as projecções prevêem um aumento de 3,4 % para 2010 e 4% para 2011 (African Economy Outlook), mas o efeito cumulativo de vários choques continuará a afectar negativamente as condições de vida da maioria dos agregados familiares mais vulneráveis. Desde 2006 o país registou grandes choques económicos, incluindo baixas sucessivas das receitas dos produtores de caju (2006, 2007), a crise alimentar de 2008, a crise mundial económica e financeira de 2009, que reduziu significativamente a transferência de dinheiro dos migrantes e os acontecimentos políticos de 2009, que afectaram negativamente a segurança alimentar dos agregados familiares, sobretudo os mais pobres. Muito pouca informação está disponível para avaliar a situação alimentar e nutricional no país. Esta situação levou o Programa Alimentar Mundial, em colaboração com o Governo da Guiné-Bissau e os seus parceiros a realizar um inquérito aprofundado sobre a segurança alimentar e a vulnerabilidade dos agregados familiares rurais. METODOLOGIA DO INQUÉRITO O objectivo geral deste estudo é o de actualizar as informações sobre a segurança alimentar dos agregados familiares rurais na Guiné-Bissau para rever e adaptar as opções de respostas mais adequadas para lutar contra a insegurança alimentar em particular nas camadas mais vulneráveis. Para este inquérito, o INE (Instituto Nacional de Estatística da Guiné-Bissau) adoptou uma metodologia de amostragem probabilística, estratificada em duas etapas. Na primeira etapa, 204 ZD foram retiradas de uma amostra que representa 15% de todos os ZD nas zonas rurais. As ZD foram sorteadas com probabilidade proporcional ao tamanho de cada região. Na primeira etapa, as ZD foram retiradas de forma sistemática e na segunda etapa 16 agregados familiares também foram retirados sistematicamente de cada ZD. Esta metodologia pode gerar uma amostra auto-moderada e representativa das zonas rurais de cada região e no plano nacional. A quantidade total da amostra é de 3264 agregados familiares divididos pelas oito regiões do país. A recolha de dados no terreno decorreu de 9 de Novembro de 2010 à 08 de Dezembro de A análise da segurança alimentar dos agregados familiares rurais na Guiné-Bissau no quadro deste inquérito é baseada na abordagem metodológica do PAM com base nos cálculos, interpretação e validação da pontuação de consumo alimentar dos agregados familiares ao longo dos últimos 7 dias precedentes ao inquérito. Esta estipula que existe uma base teórica suficiente para assimilar um baixo consumo alimentar dos agregados familiares em termos de frequência e de diversidade do regime alimentar para uma insegurança alimentar actual 6. A abordagem provém de um quadro conceptual da segurança alimentar que define a segurança alimentar como se segue: «A segurança alimentar existe quando todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico e económico a uma nutrição suficiente, saudável e nutritiva que lhes permita satisfazer as suas necessidades energéticas e suas preferências alimentares para levar uma vida activa e saudável 7» LIMITES DO INQUÉRITO O inquérito é unicamente representativo das áreas rurais. Para além disso, o período durante o qual os dados foram recolhidos corresponde com o da colheita de cereais onde a disponibilidade de alimentos no seio dos agregados familiares são geralmente melhores. A metodologia de amostragem utilizada também pode conduzir a números baixos nas regiões pouco povoadas e a uma sobre-representação nas mais populosas, mas parece que essa parcialidade é minimizada porque um número mínimo de agregados familiares foi obtido em cada região. Para além disso, este inquérito não inclui componente nutricional para avaliar simultaneamente o estado nutricional dos 6 Para mais informações sobre a metodologia : 7 Cimeira mundial sobre alimentação de
9 agregados familiares com a situação nutricional das crianças no país, mas os resultados do inquérito do MICS presentemente em fase de processamento deverão permitir preencher parcialmente esta lacuna. QUANTAS PESSOAS ESTÃO EM INSEGURANÇA ALIMENTAR NO MEIO RURAL? Os resultados da análise dos dados mostram que, geralmente 20% dos agregados familiares rurais são afectados pela insegurança alimentar, 8% dos quais são afectados pela insegurança alimentar severa e 12% pela insegurança alimentar moderada. Estas taxas correspondem a cerca de pessoas em insegurança alimentar, incluindo pessoas em insegurança alimentar severa e pessoas em insegurança alimentar moderada. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA INSEGURANÇA ALIMENTAR A análise da distribuição da insegurança alimentar nas diferentes regiões mostra que, geralmente as regiões do sul e do norte são as mais afectadas. No que diz respeito à insegurança alimentar severa, as proporções dos agregados familiares afectados são mais elevadas nas seguintes regiões: Quinara (28%); Bolama (21%) Oio (11%); Biombo (11%). Estas apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar severa, mais elevados que a média nacional que é de 8%. Cachéu (7%) apresenta também uma taxa de insegurança alimentar severa próxima da média nacional. Pelo contrário, as regiões de Tombali (4%), Bafatá (3%) e Gabú (3%) têm taxas de insegurança alimentar severa mais baixas. Quanto à insegurança alimentar moderada, esta é predominante nas regiões de: Quinara (19%); Cachéu (15%) e Oio (14%). Gabú (12%), Bafatá (11%) e Tombali (10%) apresentam níveis de insegurança alimentar moderada próximas da média nacional que é de 12%. Finalmente se, se considerar geralmente a insegurança alimentar moderada e severa, estas afectam mais os agregados familiares nas regiões de: Quinara (47%), Bolama (30%), Oio (25%) e Cachéu (22 %). A região de Biombo (19%) situa-se num nível próximo à média nacional de 20%, enquanto as de Gabú (15%), Bafatá (14%) e Tombali (14%) apresentam taxas de insegurança alimentar moderada e severa, menos elevadas. 9
10 Prevalência da insegurança alimentar severa e moderada no meio rural na Guiné-Bissau PERFIL DOS AGREGADOS FAMILIARES EM INSEGURANÇA ALIMENTAR A distribuição da insegurança alimentar consoante o sexo do chefe do agregado familiar demonstra que geralmente os agregados familiares dirigidos por mulheres são mais afectados que aqueles dirigidos por homens 8. A taxa de insegurança alimentar severa e moderada é significativamente mais elevada nos agregados familiares chefiados por mulheres (27,6%, incluindo 13,8% de insegurança alimentar severa) do que nos agregados familiares cujo chefe é do sexo masculino (19,5% incluindo 7,3% de insegurança alimentar severa). Duas outras características principais adicionais também parecem emergir da leitura dos resultados No que respeita o nível de escolaridade do chefe do agregado familiar, observou-se que a taxa de insegurança alimentar é significativamente mais elevada para os agregados familiares sem nível de instrução (23% e 10% de insegurança alimentar severa) do que entre agregados familiares cujo chefe é alfabetizado (16,3%, incluindo 4,7% severa). A distribuição consoante o tamanho do agregado familiar também parece demonstrar que os agregados familiares menores tendem a ter níveis de insegurança alimentar significativamente maiores do que os agregados familiares maiores. Contudo, parece que esta relação não seja linear, uma vez que a taxa de insegurança alimentar severa entre os agregados familiares com mais de 12 pessoas é maior do que a dos agregados familiares de 9-11 pessoas (8,5% comparado a 5,2). Por outras palavras, existe um limite para o qual o aumento adicional de uma unidade no tamanho do agregado familiar poderia conduzir a uma deterioração da segurança alimentar dos membros do agregado familiar. Em conclusão, pode-se sugerir que, para além dos agregados familiares de 8 Teste estatístico significativo (p=0.000) 10
11 tamanho muito pequeno, os agregados familiares muito grandes também são vulneráveis à insegurança alimentar. Constata-se igualmente que a insegurança alimentar afecta mais os agregados familiares mais pobres. A seguir, a análise da distribuição de insegurança alimentar entre os diferentes grupos de meios de subsistência mostra que, geralmente os mais afectados pela insegurança alimentar moderada e severa são os seguintes: caça e colheita (38,4%), produção de óleo de palma (25,9%), pequeno comércio (25,8%), transferência de dinheiro (23%). Os seguintes grupos apresentam igualmente níveis de insegurança alimentar elevados e próximos da média nacional: artesanato (20,7%), cultura mista de caju e cereais (20,9%), trabalho diário (19,2%) e monocultura de caju (20,3%). Para além dos grupos de agregados familiares que dependem das actividades comerciais que registam uma taxa de insegurança alimentar relativamente baixa, os outros grupos de agregados familiares apresentam taxas de insegurança alimentar variáveis de 15% à 17%. No que diz respeito à insegurança alimentar severa, esta é predominante nos grupos dos seguintes meios de subsistência: produção de óleo de palma (19,4%), caça e colheita (17,9%), pequeno comércio (11,5%) e artesanato (11,3%). AS CAUSAS DA INSEGURANÇA ALIMENTAR NO MEIO RURAL GUINEENSE As causas da insegurança alimentar no meio rural da Guiné-Bissau são complexas e podem ser divididas em duas categorias, como na maior parte dos países da sub-região: causas estruturais e causas conjunturais. Devido à persistência no tempo das causas estruturais e grande ocorrência de choques económicos, a fronteira entre as duas categorias muitas vezes não é clara. As causas estruturais Uma instabilidade crónica destabilizadora Claramente, a instabilidade política é um factor destabilizador para o progresso económico e social na Guiné- Bissau. Isso resulta na falta de investimento nos principais sectores socioeconómicos e na implementação de reformas necessárias para lutar eficazmente contra a pobreza e melhorar o bem-estar social das populações. 11
12 Acesso dos agregados familiares rurais amplamente influenciado pela pobreza e pelos termos de troca da castanha de caju/arroz 9 Evolução dos termos de trocas castanha de caju/arroz e óleo de palma/arroz A promoção de culturas de rendimento em detrimento de culturas alimentares tem conduzido o país a uma dupla dependência no choque dos preços mundiais das culturas de rendimento (ou seja, castanha de caju) e dos produtos alimentares importados da primeira necessidade como o arroz. O que contribui para o desequilíbrio contínuo da balança de pagamentos de facturas de importação cada vez mais elevadas. Para além disso, a não transformação de produtos de exportação priva o país de receitas significativas que seriam baseadas em maiores valores acrescidos. A taxa de transformação de caju é de apenas 1% para a Guiné-Bissau, comparada a 17% para Burkina Faso, 20% para Moçambique e 180% para a Índia 10. Para além disso, se a introdução do sistema de troca de castanha de caju e do arroz permitiu facilitar as trocas numa época em que a moeda nacional (o peso) não era conversível, a perenidade desta prática constitui hoje um verdadeiro obstáculo ao acesso directo ao mercado para os produtores. A forte dependência dos produtores nos comerciantes locais cria uma situação de quase monopólio que amplifica a deterioração dos termos de trocas comerciais e as tentativas de controlo do estado têm sido sistematicamente votados ao fracasso. Em 2006, o governo fixou um preço elevado para a castanha de caju, o que causou uma forte queda nas vendas, porque os compradores foram procurar noutro lugar. O governo baixou os preços em 2007, mas a oferta superou a procura e os agricultores, incapazes de obter um preço razoável pela sua cultura, viram o seu poder de compra afundar-se. Apesar de melhores resultados nas colheitas da castanha de caju em 2008, a perda acumulada de receitas levou uma deterioração séria das condições de vida dos agregados familiares, tornando-os ainda mais vulneráveis a futuras crises. 9 Fonte : CILSS/CSAO : perfil da segurança alimentar até 2005/2006 ; completado pelo autor a partir dos dados do Ministério do Comércio e da Indústria da Guiné - Bissau e dos dados sobre os preços do arroz recolhidos pelo PAM depois 2007 * Apesar de um aumento dos preços do arroz em 2008, o preço ao produtor da castanha de caju duplicou ao mesmo tempo, passando de 150 FCFA ao kg em 2007/2008 para 300 F CFA o kg em 300 F CFA ao kg em 2008/2009. Mas isso não suficiente para restabelecer o equilíbrio paritário de 1kg de castanha de caju por 1kg de arroz. A recaída do preço ao produtor de 38% no ano seguinte (o preço ao produtor se situa em 186 F CFA ao kg) complementou está tendência e manteve os termos do intercâmbio praticamente ao mesmo nível que nos anos da crise, a 2kg de castanha de caju por 1kg de arroz. Enfim, deve-se mencionar que se trata dos preços do arroz importado à Bissau porque não existem informações sobre os preços a nível regional. NB : Para os termos do intercâmbio de óleo de palma/arroz, os dados provêm do PAM 10 Mercado internacional de castanha de caju em 2010 : Programa CP-ITC 12
13 O efeito que suscitou o anúncio da decisão do governo de fixar o preço ao produtor do kg da castanha de caju em 2006 (350 francos CFA o kg) contribuiu para o declínio dos preços no produtor na ordem de 60% em relação a 2005 e uma perda estimada em 22 milhões de euros, ou seja cerca de 142 euros por agregado familiar 11. Os termos da troca passaram de uma situação de paridade de 1 kg de castanha de caju para 1kg de arroz em 2005 para 1.3 kg de castanha de caju para 1 kg de arroz em 2006, num momento em que o preço de um quilo de arroz entre os dois períodos permaneceu quase inalterado. Em 2010, a situação não melhorou significativamente e os termos de troca ainda não recuperaram o equilíbrio paritário. Situam-se em 1.3 kg de castanha de caju para um 1kg de arroz. Os termos de troca de óleo de palma/arroz também não registaram melhorias e estagnaram em torno de 0,35 litros de óleo de palma para 1kg de arroz em contraste com 0,26 litros de óleo de palma para 1kg de arroz em 2007/2008 ou seja uma deterioração de 35% entre os dois períodos. As infra-estruturas rodoviárias inexistentes ou em mau estado A quase inexistência de infra-estruturas rodoviárias e a sua má qualidade representam um entrave à comercialização de produtos das zonas rurais e assim, privam os produtores o acesso aos mercados mais lucrativos. Esta situação multiplica o número de comerciantes intermediários com impactos negativos sobre os preços ao produtor. Segundo o relatório do CILSS/CSAO sobre o perfil da segurança alimentar na Guiné-Bissau, em mais de 2755 km de estradas, apenas 770 km são alcatroadas ou seja apenas 28% (de acordo com a Direcção Geral das Estradas e Pontes: DGEP). As dificuldades de acesso aliadas à falta de infra-estrutura de armazenamento, tanto nos mercados locais, semanais (os lumos) como em Bissau impedem o fluxo de produtos agrícolas. Causas conjunturais O efeito cumulativo de choques sucessivos levou a uma drástica redução dos rendimentos agrícolas e conduziu muitos agregados familiares à precariedade e insegurança alimentar. As melhorias observadas ao longo dos últimos dois anos, infelizmente não foram suficientes para reverter completamente a tendência e uma proporção significativa da população continuará a enfrentar problemas de insegurança alimentar em particular as dificuldades agudas de acesso aos alimentos durante o período de escassez. A crise da comercialização da castanha de caju durante as campanhas de 2006 e 2007 A queda drástica dos preços ao produtor induzida pela decisão de controlar os preços em 2006 e suas repercussões sobre a campanha seguinte levou a uma queda significativa no rendimento dos agregados familiares e tem tido repercussões sobre as culturas. A crise alimentar mundial de 2008 O país não foi poupado pela crise alimentar de 2008, com uma inflação dos preços dos géneros alimentares básicos. De acordo com a FAO, em Setembro de 2008, os preços do arroz importado foram 68% superiores ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento, aliado a baixa das receitas em queda livre, conduziu um grande número da população à insegurança alimentar 12. A crise económica e financeira de 2009 Em percentagem do PIB (9,1%), a Guiné-Bissau foi o terceiro país em 2009 à receber mais remessas dos migrantes, seguida do Lesoto (25%), Togo (10,3%), Cabo Verde (9,1%) 13. Esta situação confere ao país uma elevada vulnerabilidade à choques exógenos que afectam os países de acolhimento de migrantes Guineenses. De 11 Guiné-Bissau : comércio da castanha de caju e do arroz / implicação para a segurança alimentar (MADR/FAO/PAM- Abril 2007) 12 FAO/ISFP 13 Fonte: Banco Mundial 13
14 acordo com o relatório anual da zona franca em 2009, as remessas privadas dos migrantes Guineenses estabelecidos no estrangeiro caiu 10,5%, reflectindo a deterioração da conjuntura económica mundial. Outros choques conjunturais A análise dos dados permitiu identificar os principais choques que afectaram os agregados familiares nos últimos 12 meses anteriores ao inquérito. Se considerarmos os resultados de todos os agregados familiares das zonas rurais, o aumento dos preços dos géneros alimentares (28%), doença (21%), perda de emprego e rendimento (13%), as inundações (12%), secas/chuvas irregulares (11%), doença de animais (10%), doença de plantas (10%) foram citados pela maioria dos agregados familiares. Os agregados familiares mais vulneráveis foram particularmente os mais afectados por esses choques. Por exemplo, mais de um em cada dois agregados familiares (54%) em insegurança alimentar moderada ou severa, declarou o aumento dos preços dos alimentos como um dos choques mais importantes que afectaram a sua situação alimentar ao longo dos últimos 12 meses. Cerca de 37% citaram a doença, 33% citaram as inundações, 32% a seca/chuvas irregulares, enquanto 24% citaram a doença de animais, 22% doença de plantas, 20% a perda de emprego e/ou a perda de rendimento. Estes resultados mostram que para além de problemas estruturais que afectam negativamente as condições de vida das populações das zonas rurais da Guiné-Bissau por várias décadas, os recentes choques conjunturais têm contribuído para agravar a situação, especialmente para os agregados familiares mais pobres e vulneráveis. Assim, o efeito cumulativo desses choques continuará a ter repercussões negativas sobre a sua segurança alimentar nos próximos meses se as acções de reabilitação adequadas não forem implementadas. RECOMENDAÇÕES PARA AS INTERVENÇÕES E PROGRAMAS Em relação à complexidade e a interacção entre as causas de insegurança alimentar no país, os programas de intervenção devem combinar intervenções a curto, médio e longo prazo. As intervenções à curto prazo : Mesmo que a situação alimentar não requeira uma assistência alimentar de emergência, a assistência alimentar continua a ser uma intervenção relevante de acordo com as modalidades e os grupos específicos bem determinados. Neste sentido, as actividades previstas no actual programa devem ser continuadas mas ampliadas e remodeladas de acordo com as áreas geográficas identificadas como mais afectadas pela insegurança alimentar no país. Especialmente aquelas destinadas à reabilitação e criação de bens para permitir aos agregados familiares atenuar os efeitos dos choques e melhorar o acesso aos alimentos. Dado que os problemas alimentares no país estão por sua vez relacionados com à insuficiência de produção de cereais e ao fraco poder de compra, a combinação de vários métodos de intervenção é crucial. As actividades de comida por trabalho ou comida pela formação continuam a ser as opções adequadas tendo em conta o período, a área geográfica e o grupo de meios de subsistência. Estes podem contribuir para lutar contra a degradação ambiental que afecta a produtividade agrícola como a salinização, a fertilidade dos solos, construção de estradas rurais e obras agrícolas ou a sua manutenção. Os programas de comida pela formação poderiam ser direccionados aos grupos femininos para aumentar a produtividade agrícola, o desenvolvimento das actividades de transformação ou ainda para apoiar os programas de alfabetização de adultos. Estabeleceu-se também que os agregados familiares mais pequenos são geralmente mais afectados pela insegurança alimentar devido entre outras coisas à falta de mão-de-obra. Para este grupo em particular que não pode participar de programas intensivos de mão-de-obra, programas de alimentos pela formação poderiam ser considerados em momentos específicos do ano e especialmente durante os períodos de escassez e os períodos de interrupções de campanhas agrícolas. Para além disso, é um facto que em determinadas épocas do ano, os problemas alimentares estão mais relacionados com dificuldades de acesso do que a problemas de disponibilidade, considerar os programas de transferência monetária condicional ou incondicional, conforme o caso pode contribuir por sua vez para melhorar tanto o acesso alimentar dos agregados familiares como para incentivar a produção local. A falta de escoamento ligado ao isolamento e os preços aos produtores muito baixos são uma das causas do desinteresse dos agricultores no cultivo 14
15 de géneros alimentares locais. Os programas de alimentação escolar constituem redes sociais importantes para aumentar a taxa de escolaridade e contribuir na luta contra a insegurança alimentar a curto prazo, mas também no desenvolvimento do país a longo prazo. Constituem assim, um eixo de intervenção pertinente especialmente nas regiões com baixa taxa de escolaridade e altos índices de insegurança alimentar. Finalmente, as actividades de intervenção nutricional continuam a ser pertinentes para a gestão e a prevenção da malnutrição em crianças menores de 5 anos assim como de pessoas que vivem com VIH/SIDA. Este componente do programa pode ser expandido com base nos resultados do inquérito MICS actualmente à serem processados. As intervenções à médio e longo prazo. Melhorar as condições de vida, lutar contra a fome e a pobreza na Guiné-Bissau necessita de reformas que requerem apoio tanto no plano político como económico e social. Tal como estipulado na estratégia de redução da pobreza, melhorar a boa governação, a modernização da administração pública, bem como a estabilidade macroeconómica são fundamentos essenciais para o progresso social. Em particular, no que diz respeito a grupos vulneráveis, as intervenções nesta área devem ser articuladas em torno do pilar nº 4, «elevar os padrões de vida dos grupos vulneráveis». Para atingir estes objectivos, é evidente que o sector agrícola deve constituir uma prioridade significante. Como mostram os resultados da análise, a desorganização do sector da produção de caju e dos principais produtos alimentares e de rendimento constituem uma perda de rendimento agrícola significativo no país. Para além dos investimentos necessários em infraestruturas para facilitar o acesso às zonas rurais, melhorar o acesso aos serviços de educação e da saúde, o PAM pode desempenhar um papel catalisador na revitalização do sector agrícola através da realização de programas de compra para o progresso P4P nas zonas de produção favoráveis. A capacitação também constitui um eixo de intervenção estratégica importante sobre o qual o PAM pode também centrar a sua estratégia de intervenção, abrangendo suas áreas de intervenção, tais como análise de mercado, seguimento e análise da segurança alimentar, educação, nutrição ou também o desenvolvimento rural. Finalmente, devido à falta de informações sobre a situação alimentar e nutricional no país assim como sobre os mercados, a revitalização ou reforço de actividades de seguimento da situação alimentar implementadas pelo PAM e pelo Governo, mas interrompidas antes de iniciadas para permitir a disponibilidade de informações actualizadas. Para cobrir as temáticas variadas no quadro do seguimento da segurança alimentar no país, é necessário que a colaboração entre a FAO, UNICEF e PAM seja iniciada em torno do ministério da tutela. 15
16 2 CONTEXTO E JUSTIFICAÇÃO Apesar de um potencial económico considerável, a Guiné-Bissau depara-se com dificuldades para se para descolar. O crescimento económico é estruturalmente fraco e lento com episódios de inflação, e como consequência uma deterioração contínua das condições de vida. O país ocupou 164º lugar dos169 países de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD em Os dados disponíveis mostram que a pobreza afecta 64,7% da população ou seja pessoas com menos de dois dólares por dia e 20,8% vivem em extrema pobreza com menos de um dólar por dia 14. A população total é estimada em habitantes segundo o censo de 2009, com grandes disparidades regionais (Bissau, conta cerca de 25% da população). A taxa de crescimento da população é estimada em 2,5% e a população é predominantemente jovem. Paralelamente, o país regista uma rápida taxa de urbanização passando de 18% em 1991 para 30% em 2010, tendo como consequência uma aceleração do êxodo rural e o aumento da procura por bens e serviços básicos nas cidades. A instabilidade política crónica que caracteriza o país por mais de uma década tem contribuído significativamente para este declínio e é o principal risco para seu desenvolvimento. Esta instabilidade caracteriza-se por golpes de estado periódicos, a violência política que desestabilizou instituições, destruiu os esforços de boa governação, deteriorou as condições de segurança com um impacto desastroso sobre o desenvolvimento social e económico. Na realidade poucos progressos foram realizados nas áreas de educação, saúde e infra-estruturas depois da independência. A quase totalidade das estradas não são alcatroadas e não são utilizáveis durante a estação das chuvas. Apesar da melhoria em relação a certos indicadores sociais o país permanece atrasado em relação a outros países da sub-região. A taxa de alfabetização de adultos é de apenas 51%. De acordo com os resultados do inquérito do MICS 2010, a taxa de escolarização das crianças é de apenas 65 por cento. Cerca de 6 em cada dez crianças não concluem o ensino primário e da taxa de assiduidade é muito baixa. A taxa de mortalidade entre crianças menores de 5 anos é de 155 para cada mil. A taxa de mortalidade infanto-juvenil é estimada em 158 para cada mil e aumenta para 179 para cada mil em áreas rurais, em comparação com 120 para cada mil nas áreas urbanas. A taxa de mortalidade infantil é estimada em 103 para cada mil (e de 113 para cada mil nas áreas rurais e 85 para cada mil nas áreas urbanas) 15. Apenas 38% da população tem acesso a serviços de saúde e o acesso dos pobres é particularmente precário. Os dados disponíveis sobre o estado nutricional que datam de 2008 indicam uma taxa de malnutrição aguda global de menores de 5 anos de 5,6% variando de 6,8% nas regiões do leste, 5,7% no norte, 3,8% no sul e 1,9% em Bissau 16. A taxa de prevalência do VIH foi estimada em 2,8% em 2009, e cerca de PVVIH necessitaram de tratamento ART e aproximadamente 40,5% das PVVIH estão co-infectadas pela tuberculose 17. A economia da Guiné-Bissau continua a ser muito pouco diversificada e é amplamente dominada pela agricultura, especialmente a produção de caju e constitui o primeiro sector de actividade do país com 62% do PIB e emprega 95% da população 18. Guiné-Bissau é um dos maiores exportadores de castanha de caju não transformado no mundo e serve de principal fonte de rendimento para a maioria da população. O sector enfrenta vários problemas estruturais agravados pela instabilidade política que afecta os rendimentos dos produtores. Além da produção de caju, que representa 98% do total das exportações do país, o país também produz arroz e outros cereais, frutas, peixes, gado, óleo de palma. Após anos de estagnação económica com uma taxa de crescimento económico de apenas 1,2% entre 2006 e 2007, o país retornou a uma taxa de crescimento moderado de 3,2% em média entre 2008 e 2009 e as projecções prevêem um aumento de 3,4 % para 2010 e 4% para 2011 (African Economy Outlook), mas 14 Small Poverty Assessment (1996)) 15 MICS UNICEF 2008, SMART 17 UNAIDS 18 African Economy Outlook 16
17 o efeito cumulativo de vários choques continuará a afectar negativamente as condições de vida da maioria dos agregados familiares mais vulneráveis. Desde 2006 o país registou grandes choques económicos, incluindo baixas sucessivas das receitas dos produtores de caju (2006, 2007), a crise alimentar de 2008, a crise mundial económica e financeira de 2009, que reduziu significativamente a transferência de dinheiro dos migrantes e os acontecimentos políticos de 2009, que afectaram negativamente a segurança alimentar agregados familiares, sobretudo os mais pobres. Muito pouca informação está disponível para avaliar a situação alimentar e nutricional no país. Esta situação levou o Programa Alimentar Mundial, em colaboração com o governo da Guiné-Bissau e os seus parceiros a realizar um inquérito aprofundado sobre a segurança alimentar e a vulnerabilidade dos agregados familiares das zonas rurais. 3 INDICADORES MACRO ECONÓMICOS 3.1 População A República da Guiné-Bissau actualmente tem uma população de habitantes, de acordo com os resultados do recenseamento nacional da população de Cerca de um quarto dessa população, ou seja 25%, vive em Bissau, a capital do país. As proporções nas outras regiões se apresentam da seguinte forma: Oio (15%), Bafatá (14%), Gabú (14%), Cachéu (13%), Biombo (7%), Tombali (6%), Quinara (4%) e Bolama/Bijagós (2%). Cerca de 60,4% da população da Guiné-Bissau habita no meio rural. Presentemente, a taxa de crescimento da população é estimada em 2,5% por ano. O grupo étnico Fula que já foi segundo na classificação dos grupos étnicos mais representativos do país está agora em primeiro lugar com 28%, seguido dos Balantas (22%). A proporção para os outros grupos étnicos apresenta-se da seguinte forma: Mandinga (15%), Papel (9%), Manjaco (8%) e os outros (18%). Tabela 1: Divisão da população por região Regiões Homem Mulher Total % do total da população Gabú % Bafatá % Oio % Cachéu % Biombo % Bolama/Bijagós % Tombali % Quinara % SAB % Guiné-Bissau % Fonte: Recenseamento geral da população (2009) 17
18 3.2 Economia Fracas e irregulares desempenhos económicos Apesar de enormes potencialidades em recursos naturais, a economia da Guiné-Bissau permanece extremamente pouco diversificada e repousa essencialmente no sector primário que contribui 62% para o produto interno bruto. Por sua vez, a agricultura que emprega 95% da população é dominada pela produção da castanha de caju. As indústrias de manufactura constituem o segundo pólo de geração de riqueza com 13% do PIB, seguido da administração pública que contribui com cerca de 11%. O sector informal ocupa uma grande parte da economia Guineense. Para além da agricultura de subsistência, muito generalizada, o comércio a grosso e a retalho representa a principal fonte de rendimento na capital, Bissau, e permanece quase exclusivamente informal. Desde do conflito político-militar de 1997, a economia Guineense depara-se com dificuldades para reencontrar um crescimento económico estável. A evolução em termos reais mostra as fases de decréscimo e de recuperação características de uma economia sinistrada em busca de desempenho real. O país registou uma drástica queda no seu crescimento económico entre 2000 e 2003 com a taxa de crescimento do PIB real passando de 8% para -4% entre os dois períodos. Uma recuperação foi registada em 2004 e 2005 com as taxas de crescimento do PIB real de 3% e 5% mas com um novo declínio entre 2006 e 2007 com as taxas passando de 2% a uma taxa nula antes de iniciar novamente uma nova fase de crescimento a partir de 2008 (4%). Gráfico 1: Divisão do PIB Gráfico 2: Evolução do PIB real Fonte: African Economy Outlook, * Estimativa ** Previsão A actividade económica é essencialmente dirigida pelos desempenhos do sector de caju e os anos de fraca produção ou de perturbação na comercialização da castanha de caju são geralmente acompanhados de uma deterioração do crescimento económico. Por outro lado os desempenhos económicos são geralmente afectados pela instabilidade política interna. Graças ao aumento da produção agrícola e um apoio de doadores, as previsões apontavam para um crescimento económico de 3,5% para 2010 e de 4,3% para Essas prestações permanecem no entanto frágeis e a instabilidade política constitui um factor de risco permanente. A médio prazo, a inflação deverá aumentar novamente (depois de uma taxa negativa em 2009) tudo dentro dos limites dos 3% fixados pelo Banco Central dos 18
19 Estados da África Ocidental (BCEAO) 19. A normalização progressiva da situação socioeconómica favoreceu o regresso do país aos diferentes programas de ajudas bilaterais e multilaterais. Subsequentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI) desbloqueou uma assistência de emergência pós-conflito (EPCA) para apoiar o programa económico do país para os anos de 2008 e Os apoios e o aumento das exportações não foram infelizmente suficientes para compensar o aumento das importações e o declínio das remessas dos migrantes e a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) traduzindo-se num fosso da balança corrente. Sobre o plano mineiro, de acordo com as estimativas, a exploração das minas de bauxite e do fosfato assim como das reservas do petróleo podem duplicar ou mesmo triplicar as remessas em divisas e as receitas fiscais do país. O país no entanto necessita de importantes reformas na administração (especialmente segurança e defesa), investimentos na agricultura, infra-estruturas e energia, melhoria do ambiente de negócios e a exploração do potencial mineiro. 3.3 Educação De acordo com um estudo recente sobre a educação (RESEN) na Guiné-Bissau, o sector educativo apresenta um bom desempenho e em termos quantitativos com uma melhoria específica na cobertura escolar. A taxa bruta de escolarização é estimada em 93% no ano 2009/2010 de acordo com o Ministério da Educação Nacional com disparidades regionais. As taxas de escolarização mais fracas são registadas no Sector Autónomo de Bissau (75%), nas regiões de Oio (76%), Gabú (77%) e Bafatá (97%) e superiores a 100% nas outras regiões (ver gráfico 4 e tabela 14 em anexo). O número das escolas primárias mais do que duplicaram passando de 650 em 1995 para 1384 em No que respeita a taxa líquida de escolarização no ensino primário, esta passou de 56,9% em 2002/2003 para 65% em A taxa de alfabetização de pessoas adultas (15 anos e mais) terá igualmente passado de 58,5% em 2002 para 51,3% em No entanto, o sistema educativo na Guiné-Bissau ainda continua a confrontar-se com enormes dificuldades estruturais. Em 2009, apenas 9% do orçamento foi atribuído à educação, essencialmente para o pagamento dos salários dos professores que representam 93% do orçamento da educação. A análise do sistema educativo não mostra apenas que nem todas as crianças na idade escolar não frequentam a escola mas revela também que as taxas de abandono são muito elevadas. Aproximadamente um quarto da população Guineense não acede à escola e a taxa de aproveitamento no ensino básico não é mais do que 48% (2006) ou seja uma das taxas mais baixas da África Ocidental. A assiduidade escolar deteriora-se particularmente nas zonas rurais durante a colheita da castanha de caju. A qualidade do ensino fornecido também é particularmente baixa devido à falta de formação suficiente dos professores, dos níveis dos salários muito baixos, acumulações de salários em atraso que representam uma desmotivação e aumentam o absentismo dos professores. Por outro lado, a falta e a má qualidade das infraestruturas escolares, a falta de apoio na aprendizagem e de materiais didácticos constituem as principais deficiências do sistema educativo Guineense. Esta situação acaba por desencorajar os pais e as crianças inclusive o custo da oportunidade de ir a escola nestas condições continua fraca. 19 Fonte : Global Finance 20 Relatório de execução do programa de acção de Bruxelas para os países menos desenvolvidos para o decénio : Ministério da Economia, Plano e Integração Regional e MICS 21 ILAP2 19
20 Gráfico 3: Razões do abandono escolar Segundo os resultados do inquérito ILAP2 (2010), o elevado custo da escolaridade constitui uma das principais razões de abandono escolar para cerca de um agregado familiar em cada quatro (24%). O casamento precoce (22%), a doença ou a gravidez (22%) ou a falta de interesse (19%) constituem igualmente as razões mais citadas pelos agregados familiares para explicar o abandono. O empobrecimento da população ligado aos diferentes choques económicos, financeiros e políticos dos últimos anos contribuíram amplamente para a tal situação na Guiné-Bissau. De acordo com o RESEN, o abandono escolar ligado ao casamento e ou à gravidez é sobretudo ligado a uma entrada tardia na escola, muito além da idade legal (70% dos alunos do primeiro ano tinham 10 anos ou mais em 2005/06). Efectivamente, as crianças que entram aos 10 anos para a 1ª classe, têm 14 anos no meio do percurso do ensino básico: este é o momento em que o rapaz pode tornar-se mais útil no trabalho e as famílias começam a procuram um esposo para a rapariga. Esta observação pugna para incitar as famílias a escolarizar as crianças quando elas atingem a idade. De longe as crianças das regiões do Leste, Norte e Sul têm menos probabilidade de frequentar a escola do que as crianças de Bissau. Do mesmo modo, as probabilidades de escolarização são mais baixas nos agregados familiares mais pobres. Notou-se igualmente uma desigualdade de acesso consoante o género e o meio de residência. As raparigas têm duas vezes menos probabilidades de chegar ao sexto ano do que os rapazes no meio rural em comparação com 1,4 na zona urbana 22. O relatório também destacou o efeito da distância em relação à escola sobre a frequência da criança a escola. Quanto maior for a distância mais elevados são os riscos de abandono ou da não escolarização. De acordo com os resultados do inquérito ILAP, mais de 20% das crianças dos 6 aos 14 anos precisam de mais de 30 minutos para aceder à sua escola e 10% mais do que uma hora. Esta situação desfavorece a escolarização nas zonas rurais fracamente dotadas de infra-estruturas. Os resultados desta análise mostram que são necessários mais investimentos para melhorar a oferta escolar, programas de incentivo que encorajem o envio e a manutenção das crianças nas escolas com particular ênfase sobre a escolarização de raparigas são igualmente desejáveis. Para este efeito os programas de alimentação escolar podem desempenhar um papel preponderante. 22 Elementos de diagnóstico do sistema da educação Guineense (RESEN): Junho
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