serg O Processo de Design Requisitos semiotic engineering research group Informática PUC-Rio
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- Clara Figueiroa Cordeiro
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1 serg semiotic engineering research group Informática PUC-Rio O Processo de Design Necessidades dos Usuários Requisitos
2 Relembrando Interação Humano-Computador Processo de comunicação que envolve um ciclo contínuo de interpretação e ação entre usuários e sistemas interativos. Atividades básicas do design de interação: 1. Identificar necessidades e estabelecer requisitos. 2. Desenvolver designs alternativos. 3. Construir versões interativas (avaliáveis, mesmo que como esboço ou maquete) dos designs. 4. Avaliar as alternativas.
3 Atividades Básicas do Design de Interação 1. Identificar necessidades e estabelecer requisitos 2. Desenvolver designs alternativos 3. Construir versões interativas (avaliáveis, mesmo que como esboço ou maquete) dos designs 4. Avaliar as alternativas Descrever os diferentes tipos de requisitos Distinguir os diferentes tipos de requisitos a partir de uma descrição Pode-se usar diferentes técnicas de coletas de dados Desenvolver um cenário e um caso de uso a partir de uma simples descrição Análise hierárquica de uma tarefa
4 O que, como e por que? Por que: Definição de requisitos é o estágio onde as falhas ocorrem mais comumente Obter os requisitos corretamente é crucial
5 Modelo do Ciclo de Vida Simples para IHC Identificar necessidades/ estabelecer requisitos Como identificar? Como representar? (Re)Design Avaliar Construir versões interativas Produto final
6 (cont.) Atividade em Foco 1. Identificar necessidades e estabelecer requisitos. Modelo do Ciclo de Vida Estrela (Hartson & Hix) Implementação Análise de tarefa/funcional Prototipação Avaliação Especificação de requisitos Design conceitual/formal
7 (cont.) Atividade em Foco 1. Identificar necessidades e estabelecer requisitos. Modelo do Ciclo de Vida para a Engenharia de Usabilidade
8 O que são necessidades dos usuários? Identificar as necessidades dos usuários significa conhecer o máximo possível sobre eles, seu trabalho e o contexto desse trabalho para definirmos a forma como o sistema em desenvolvimento pode fornecer-lhes suporte na realização dos seus objetivos. (Preece et al., 2005)
9 O que são requisitos dos usuários? Um requisito consiste em uma declaração sobre um produto pretendido que especifica o que ele deveria fazer ou como deveria operar (Preece et al., 2005 p.224) Não precisa ser muito rígido, mas é preciso estar certo de que os requisitos não irão se alterar radicalmente durante o processo de design.
10 Como estabelecer requisitos? De forma bem geral temos que: Coletar dados sobre os usuários, seus objetivos, seu trabalho, o contexto de uso, suas capacidades cognitivas, seu conhecimento prévio sobre o domínio, sistema similares, tecnologia, e etc.; Interpretá-los, isto é, decidir quais são importantes para o sistema sendo desenvolvidos e de que forma; e Extrair os requisitos, ou seja, construir sentenças sobre o que o sistema deve fazer e como.
11 Diferentes tipos de requisitos Funcionais: O que o sistema deve fazer (Não-funcionais: tamanho de memória, tempo de resposta...) Dados: Que tipos de dados costumam ser armazenados? Como serão armazenados (e.g. banco de dados)?
12 Diferentes tipos de requisitos Ambiente / contexto de uso: físico: barulho? Iluminação? vibração? calor? social: compartilhamento de arquivos ou de displays, privacidade, etc organizacional: hierarquia, suporte a usuário, treinamento, infraestrutura de comunicação
13 Técnica de Coleta de Dados Questionários questões específicas ampla distribuição (>= 50) respostas livres, múltipla escolha ou checkboxes informações quantitativas e qualitativas (principalmente quantificáveis) Entrevistas explorar questões número reduzido: importância da seleção dos entrevistados entrevistas estruturadas, livres ou semi-estruturadas informações qualitativas Grupos de foco 3 a 5 sessões (com 6 a 12 pessoas cada) vários pontos de vista áreas de consenso e conflito informações qualitativas Observação natural Estudo de documentação
14 Questionários O que perguntar? informações demográficas: idade, sexo, profissão, instrução, habilidade e experiência prévia com computadores e aplicações, tipo de computador utilizado, nacionalidade necessidades e preferências sobre a prática atual (forma de realizar as tarefas) problemas ou dificuldades encontradas na prática atual ou em outras aplicações Quando utilizar? no início do projeto; assim que a aplicação é implantada; após um período de uso Como fazer? questionário curto, com respostas rápidas, e de fácil análise motivar respostas precisas e completas incentivar o fornecimento de novas informações que não puderam ser previstas verificar a utilidade das respostas
15 Cuidados na construção de questionários questionário deve conter uma introdução, incluindo: objetivos do questionário como as respostas serão utilizadas garantia do anonimato instruções sobre como preencher o questionário e para quem devolvê-lo vocabulário simples e claro evitar termos desconhecidos dos usuários (e.g. voltados para a tecnologia) ambigüidades, interferências ou desvios devem ser evitados Quantas vezes por semana você faz compras pela Internet? perguntas negativas bem marcadas Com qual destas opções você MENOS se identifica? perguntas semi-abertas opção Outros:
16 Perguntas Fechadas vs. Perguntas Abertas Considerando como exemplo um sistema de agenda, um trecho de um questionário básico poderia ser o seguinte: 1. Você possui uma agenda? ( ) sim, sempre tive ( ) sim, há muito tempo (quanto: ) ( ) sim, há pouco tempo (quanto: ) ( ) não, porque Caso você possua uma agenda, responda as perguntas 2 a 4: 2. O que costuma anotar nela? 3. Você gosta de utilizar sua agenda? muito ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) nem um pouco Porque 4. Quando você está sem sua agenda, você ( ) se sente totalmente perdido. ( ) marca compromissos com apreensão. ( ) marca compromissos com tranqüilidade. ( ) nem se lembra dela. ( ) outros. Favor explicitar:
17 Entrevistas Uma série de perguntas abertas Perguntas não-estruturadas Perguntas semi-estruturadas Perguntas estruturadas O entrevistador tem oportunidade de esclarecer alguma dúvida ou perguntar mais sobre uma experiência pessoal que lhe interesse Como dão mais trabalho e exigem mais tempo, normalmente são realizadas com um número menor de usuários
18 Estabelecer requisitos Concentrar-se na identificação das necessidades dos usuários envolvidos Considerar TODO o grupo de usuários envolvidos: certificar-se de que dispõe de todos os pontos de vista das pessoas certas Envolver mais de um representante de cada grupo Combinar técnicas de coletas de dados -> perspectivas diferentes Oferecer apoio adequado a sessões de coletas Descrições das tarefas, descrições dos protótipos Sessão piloto Registrar os dados
19 Caracterizações de Perfil de Usuários Papéis Características pessoais estilos de aprendizado tipos de personalidade preferências Características físicas Motivação origem da nova solução poder de decisão Realização das tarefas grau de especialização e freqüência de realização aprendizado de uma tarefa histórico e evolução das tarefas Conhecimento de ferramentas experiência e forma de aprendizado das ferramentas satisfação com as ferramentas conhecimento prévio influência das ferramentas
20 Caracterizações do Ambiente de Trabalho Ambiente físico espaço físico uso de equipamento nível de ruído Ambiente social pressão distribuição geográfica Ambiente cultural diversidade de nacionalidade hábitos estabelecidos
21 Personas Descrições detalhadas usuários típicos do sistema a ser projetado para os quais os projetistas guiarão o processo de design. Deve capturas as características dos usuários Não são pessoas reais, mas uma síntese de características de usuários reais Não deve ser idealizado Trazê-los à vida, dando nome, características, objetivos e background Deve-se desenvolver múltiplas personas
22 Exemplo Persona Quando sai uma nova tecnologia, Rircardo é o primeiro a questionar sua aplicabilidade. Se ele pudesse, colocaria um freio no mercado para que diminua a produção de novas tecnologias e melhore as já existentes. "Não é preciso reinventar a roda" é uma das frases que ele mais gosta. Ricardo não é um líder carismático, mas sabe organizar muito bem uma equipe se precisar. É um bom planejador porque faz de tudo para cumprir os prazos combinados, mesmo em condições precárias de orçamento e prazo. Infelizmente, outras pessoas se aproveitam dessa sua qualidade para mantê-lo constantemente sob pressão e isso lhe causa grande frustração. "Um dia eu chuto o pau-dabarraca", diz ele consigo mesmo quando está nervoso.
23 Cenários
24 Cenários narrativas textuais pictóricas 24
25 Cenários concretos ricos em detalhes contextuais reais ou plausíveis 25
26 Cenários situações de uso 26
27 Cenários: Para quê? conhecimento adquirido sobre o usuário e suas necessidades 27
28 Cenários: Para quê? representar e gerar alternativas de design 28
29 Cenários: Para quê? para obter feedback do usuário sem o custo de se construir um protótipo funcional 29
30 Cenários: Por quê? flexíveis representação provisória focam as conseqüências para usabilidade de propostas de design específicas o uso do sistema em detalhes linguagem natural, compreensível por todos os stakeholders provocam discussões e perguntas do tipo e se Rosson & Carroll Departamento de Informática,
31 Elementos de Cenários atores 31
32 Elementos de Cenários contexto 32
33 Elementos de Cenários eventos 33
34 Elementos de Cenários objetivos 34
35 Elementos de Cenários planos 35
36 Elementos de Cenários ações 36
37 Elementos de Cenários Rosson & Carroll avaliação 37
38 Elementos de Cenários atores contexto eventos objetivos planos ações avaliação Rosson Departamento & Carroll de Informática,
39 Cenários: dois tipos para análise do problema Quem são os usuários? O que eles fazem? Como? Que problemas enfrentam? para projeto Como eu, designer, vou apoiar os usuários? Como o sistema que estou projetando vai se encaixar no ambiente de uso? 39
40 Exemplo concreto ator João Pedro estava às vésperas de fazer a prova de Física IV na faculdade, e a matéria da prova eram vários capítulos do livro do Halliday. Sempre atarefado com suas atividades extra-curso, João Pedro acabou não comprando o livro do Halliday e agora chegava a hora da prova e ele precisava estudar. Sua única objetivo chance era pegar o livro na Biblioteca. Ele ações contexto evento plano foi para o primeiro terminal disponível e entrou no sistema de bibliotecas da faculdade. Não sabia o nome do livro e, na verdade também não sabia escrever Halliday. Só ouvia o professor e os colegas falarem sempre no tal livro. Que fazer? Para começar, resolveu fazer uma busca por autor, digitando como nome ação plano Haliday. O resultado foi negativo; nenhuma obra com aquele autor foi encontrada. (...) avaliação ator evento plano avaliação contexto objetivo ação 40
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