UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO NA REDE BANCÁRIA Aline Mesquita da Rocha Anania Orientadora Prof. Ana Claudia Morrissy Rio de Janeiro-RJ 2010

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO NA REDE BANCÁRIA Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Instituições Financeiras. Por: Aline Mesquita da Rocha Anania

3 3 AGRADECIMENTOS A Deus. Obrigada senhor por me abençoar e me capacitar a desenvolver esse trabalho

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho aos meus pais ao meu esposo à amiga Bianca e a Deus que me fortaleceu.

5 5 RESUMO Para uma Instituição Financeira, o fluxo de dinheiro é fundamental. O trabalho do cobrador, uma posição profissional de alto nível, é crítico para a operação diária dos negócios de toda instituição. A Rede bancária é considerada instrumento fundamental para a Política Monetária Nacional e possui objetivos principais de captação de recursos e concessão de crédito e sua sobrevivência depende do retorno de seus créditos. Sabe-se que a todo empréstimo concedido existe a incerteza de recebimento o risco de crédito e mesmo que o custo da inadimplência seja considerado na formação da taxa de juros, a instabilidade econômica do país aliada ao desemprego e outros fatores, leva os tomadores de crédito a não honrarem seus compromissos, tornando-se inadimplentes. O objetivo dessa monografia foi demonstrar o impacto da inadimplência no setor bancário de acordo com o Acordo de Basiléia e a Resolução nº 2682 do Banco Central do Brasil, a importância e meios para recuperação de créditos inadimplentes. Métodos e táticas que devem ser mesclados e adaptados para cada tipo de negociação.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 CAPÍTULO I O PROCESSO DA RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO 08 CAPÍTULO II RISCO NA ATIVIDADE BANCÁRIA 15 CAPÍTULO III MEIOS UTILIZADOS NA RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO 24 CAPÍTULO IV RENEGOCIAÇÃO - ALTERNATIVA PARA RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO 34 CONCLUSÃO 40 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41 ÍNDICE 42 FOLHA DE AVALIAÇÃO 43

7 7 INTRODUÇÃO O crédito assume fundamental participação no desenvolvimento de um país. Em qualquer de suas possibilidades, seja financiando o consumo de pessoas físicas, assistindo o capital de giro de empresas ou financiando investimentos, estará sempre ligado a desenvolvimento econômico e social. Toda Instituição Financeira possui como objetivos principais a captação de recursos de poupança, por um lado e a concessão de crédito por outro. E toda concessão de créditos possui riscos da inadimplência. Esta monografia, cujo tema é a Recuperação de créditos na Rede Bancária, tem como objetivo demonstrar a importância do retorno do crédito à Instituição Financeira, demonstrando procedimentos importantes a serem adotados por Gerentes e Analistas de Crédito visando reverter ou inibir a inadimplência. O tema abordado apresenta os tipos de créditos mais comuns disponíveis nos Bancos como forma de empréstimos e sugere formas de acompanhamento, objetivando identificar antecipadamente algum tipo de problema que possa tornar o crédito inadimplente. Menciona ainda o risco bancário, que devido sua importância, é o regulamentado mundialmente pelo Acordo da Basiléia e também no Brasil pela Resolução nº 2682 do BACEN. Aborda os diversos tipos de cobrança, tais como: cobrança administrativa, cadastros de proteção ao crédito, protesto e cobrança judicial e sugere métodos e táticas de negociação que ajudarão o Gerente ou Analista de Crédito a ter sucesso na Recuperação do Crédito.

8 8 CAPÍTULO I O processo de recuperação de crédito A missão de um banco deve compreender o fornecimento de recursos para atender as necessidades de consumo e de investimento de seus clientes. Sem isto o seu papel de intermediário financeiro não se cumpre. A qualidade dos créditos de um banco deve ser de tal forma que a carteira de crédito seja saudável e rentável. O conceito de crédito está presente no dia-a-dia de todas as pessoas e empresas, seja para satisfazer as necessidades de sobrevivência, ou para satisfazer as necessidades supérfluas, como viagens, por exemplo. Cada instituição possui planos e estratégias de créditos internos onde são definidos quais são as modalidades e tipos de empréstimos que serão oferecidos aos seus clientes, além de definir também quais serão os critérios para a concessão do crédito, os parâmetros para agregar ou não uma garantia real (aval ou fiança) ou pessoal (penhor, hipoteca ou caução), qual será o custo e o retorno da operação, qual o percentual máximo de inadimplência que a carteira de empréstimo suportará, dentre outros fatores. Todos esses parâmetros juntos são considerados no spread bancário. Muitas das variáveis que interferem o risco de crédito do cliente não são controláveis e previsíveis. Outros, entretanto, são controláveis e tecnicamente previsíveis. O risco do empréstimo concedido não retornar à Instituição está implícito na operação e pode ser definido como a incerteza do cliente devolver à Instituição o recurso emprestado, através do pagamento das prestações ou do limite de crédito a ele concedido.

9 9 Afirma SILVA (1997), a fase que antecede à aprovação do crédito é seguramente, o ponto crucial para a qualidade do crédito. A melhor arma preventiva contra a inadimplência é uma concessão de crédito bem conduzida, uma análise econômico-financeira bem feita e uma contratação devidamente formalizada. 1.1 O cobrador abusivo e ineficiente Segundo BLATT (1997), os cobradores devem agir sempre como profissionais. Eles devem ser metódicos, mas amigáveis, e nunca ser arrogantes ou duros em demasia com os clientes, nem mesmo com aqueles que desafiam abertamente suas habilidades e sua posição. Os cobradores que ficam emocionalmente envolvidos em situações de cobrança somente prejudicarão sua produtividade. Duas deficiências contribuem basicamente para o surgimento do cobrador duro: A primeira é a falta de entendimento sobre o que a cobrança deveria ser. A segunda é a deficiência, é o treinamento inadequado do pessoal de cobrança. A maioria dos cobradores tem pouco ou nenhum treinamento prático, e simplesmente acaba portando-se da maneira como se sente mais confortável, ou então como se julga induzido a agir pelo devedor. Muitos cobradores acabam pensando se os clientes não gostam do jeito que negociamos nossas cobranças, o problema é deles; não precisamos de devedores. É fácil encontrar este tipo de pensamento entre os cobradores.

10 10 Muitos cobradores vêem o cliente como devedor como indesejável, que não faz falta para a empresa. Na realidade a maioria dos devedores cujas contas tornam-se moratórias ficam constrangidos com seu não-pagamento. Ao mesmo tempo, que os cobradores têm reputação difícil, associandose sua imagem inclusive a intimidadores profissionais, os devedores imaginam muitas vezes poder esperar rara simpatia e entendimento. Muitos clientes potencialmente bons que, por uma razão ou outra, são colocados neste tipo de situação, nunca mais farão negócios com tal empresa novamente. A empresa pode ter perdido então possíveis lucros futuros. Como um novo horizonte está se delineando no mundo dos negócios, com a globalização da economia, aumento da competitividade e aumento mundial da concessão de crédito, a técnica de cobrança torna-se um conhecimento mais necessário dia após dia, para a sobrevivência das empresas e instituições bancárias. 1.2 Modalidades e linhas de Crédito Bancário A cada dia, com o desenvolvimento do sistema financeiro, são criadas modalidades ou linhas de crédito para atender às necessidades dos clientes. O crédito, assim, assume várias formas, ligadas aos segmentos a que pretendem atender (crédito pessoal, investimento, capital de giro e desenvolvimento). Nem toda Instituição Financeira pratica todas as modalidades e tipos de crédito existentes e o volume de empréstimos dos bancos está vinculado ao seu patrimônio líquido incluindo equivalência patrimonial das instituições financeiras e nas condições do Acordo de Basiléia. Para as Instituições Financeiras, a grande atratividade do segmento de empréstimos a pessoas físicas está no fato de possuir rentabilidade expressiva

11 11 e do risco dos financiamentos ser menor, face à pulverização de valores, ou seja, os valores individuais de cada empréstimo são pequenos e atendem a uma grande quantidade de pessoas, além de contribuir eficazmente na disseminação da imagem institucional do Banco no mercado. Já os principais créditos procurados pelas Empresas são aqueles que objetivam aumentar seu faturamento e investir em equipamentos e maquinário ou na ampliação da própria Empresa. Os mais procurados são o financiamento de capital de giro, conta garantida, empréstimo destinado a financiar investimentos, com características de longo prazo. De acordo com ASBACE (1997) A análise da operação tem seu início com a proposta do cliente e termina com a decisão de conceder ou não o crédito. O objetivo desta fase é minimizar os riscos e compatibilizar as necessidades do cliente com as possibilidades e interesses da instituição. Na fase de deferimento, o principal insumo de todo macro-processo de crédito é a informação. Assim a primeira condição para uma boa alocação de recursos são informações consistentes a respeito do cliente. O cadastro, portanto, é a pedra fundamental dessa fase. Operação bem feita, informações seguras, atuais e verdadeiras, se não for paga no prazo, apresentará maiores chances de sucesso na cobrança ou na recuperação. 1.3 Monitorando Créditos Concedidos Qualquer evento que sinalize atraso deve ser cuidadosamente analisado e tratado. Percebido qualquer problema que sinalize a inadimplência, deve-se agir rapidamente. Percebidos casos mais graves, como de quebra contratual, por exemplo, o serviço jurídico será a fonte segura de orientações para a preservação dos ativos.

12 12 As instituições que monitoram seus créditos irão facilmente identificar quando um empréstimo apresentar indícios de inadimplência futura. Nas fases de cobrança e recuperação são caracterizadas pelo fato de que as condições contratuais não estão sendo cumpridas pelo devedor. Assim, é necessário ajustar as condições para proporcionar ao banco o ganho mínimo aceitável e, também, manter a base de clientes. 1.4 Identificando problemas com o Crédito É preciso ter um sistema pró-ativo de alerta, incorporado à estratégia geral de gerenciamento de risco para prevenir atrasos, perdas, penhora de imóveis e baixas. Cabe aos administradores de risco do banco estabelecer um plano para detectar previamente os possíveis problemas de inadimplência futura, acompanhado de um efetivo sistema de relacionamentos entre gerente e o devedor. O acompanhamento e a análise que o Gerente fará com informações geradas pelo sistema é de fundamental importância, pois de nada adianta um sistema eficiente que traga os indícios de problemas futuros tempestivamente se não houver a atitude pró-ativa do Gerente ou Analista de Crédito em busca de uma solução para a inadimplência que está para acontecer. Ao identificar os problemas antecipadamente, os bancos muitas vezes podem conduzir o devedor ao caminho correto antes que atinja um ponto sem retorno. Nos empréstimos à pessoa física, com ação pró-ativa será possível identificar as possíveis causas no atraso do pagamento ou na emissão de

13 13 cheques sem provisão de fundos, como: desemprego, doença na família, desequilíbrio financeiro, etc. Os casos frequentes de insuficiência de fundos ou saldos negativos nas contas correntes são, muitas vezes, o início de problemas de crédito e merecem atenção. É fundamental que a equipe das agências comunique casos de insuficiência de fundos aos Diretores de Crédito ou Gerentes responsáveis, a fim de propor ao cliente uma alternativa de renegociação preventiva, se for o caso. Nos empréstimos à pessoa jurídica, visitas regulares à empresa, aliada ao acompanhamento da pontualidade com que o empréstimo está sendo pago, ajudam a identificar previamente problemas com o fluxo de caixa. Os pedidos frequentes de empréstimos urgentes merecem atenção redobrada. Não é normal o cliente precisar, frequentemente de capital de giro. O banco pode estar financiando prejuízos, folha de pagamento, contas a receber impossíveis de cobrar ou estoques encalhados. Se o proprietário de uma empresa começar a aparecer em listas de atraso de crédito direto ao consumidor e crédito rotativo, provavelmente, também será um sinal da existência de problemas. As grandes mudanças de estilo de vida do proprietário da empresa devem ser vista com critério. Quando uma geração entrega a administração da empresa à geração seguinte, por exemplo, é preciso ficar alerta. Muitas vezes, a morte ou aposentadoria do proprietário original pode levar a problemas graves, se a empresa for assumida por seus filhos, por parentes ou por outros sócios. O acompanhamento do dia-a-dia da Empresa poderá mostrar alterações significativas no ciclo de negócios que se percebe os primeiros problemas

14 14 financeiros. Se o banco perceber rapidamente essas mudanças, será mais difícil ser surpreendido por uma grande baixa de contas a receber ou por um problema causado por estoques obsoletos. E ao lidar com essa situação, antes que a empresa quebre, o devedor poderá ter condições e disposição para oferecer maiores garantias reais, seja da empresa ou dos sócios. É vital conhecer a situação financeira total do devedor seja uma pessoa física, seja uma pessoa jurídica. Por isso, deve-se prestar atenção às atividades dos outros credores. Informações sobre fatos podem ser encontradas nos cadastros restritivos, como por exemplo, SPC e Serasa, e em cartórios de imóveis, onde se pode observar hipotecas e penhoras existentes sobre os bens do cliente. Contatar o cliente logo que detectada a inadimplência é de fundamental importância, a fim de identificar o motivo.

15 15 CAPÍTULO II Risco na Atividade Bancária O risco faz parte do nosso cotidiano. Desde os tempos remotos, o homem procurou controlar os riscos que o cercavam. Recolhia-se às cavernas, desenvolvia habilidade guerreira, construía pequenas armas. Utilizava mesmo sem consciência, técnicas e ferramentas para se proteger dos riscos daquele momento. No mundo das finanças isso não é diferente e toma uma dimensão de grande importância, pois implica o custo do capital utilizado e o retorno esperado. Em qualquer investimento, é vital que o gestor analise os ricos envolvidos. Gerir riscos é uma questão de sobrevivência na atividade bancária. Bancos operam com moeda e crédito e a simples possibilidade de uma Instituição vir a ter problemas de liquidez, ou seja, escassez de moeda para honrar compromissos, já é suficiente para colocar em risco toda a estrutura do banco, quer seja grande, médio ou pequeno, estatal ou estrangeiro. Os bancos trabalham pelo lucro, que precisa ser grande para compensar o risco a que são submetidos nas operações. A atividade básica dos bancos é intermediar recursos, captando poupanças e gerando operações de crédito. Ao não receber um empréstimo realizado, o banco está sujeito a vários problemas: seu resultado é reduzido pelas provisões efetuadas, sua capacidade de emprestar diminui, ao mesmo tempo em que aumenta a necessidade de captação compensatória,

16 16 possivelmente com taxas de juros maiores e as despesas por conta de todo um processo de cobrança se elevam. A inadimplência representa um risco com conseqüências no presente e no futuro da Instituição, além de colocar em dúvida a competência do banco na escolha de seus clientes. O Acordo do Basiléia, publicado em julho de 1988, definiu regras que os bancos devem seguir para um eficaz gerenciamento dos riscos de crédito e de mercado. A partir de agosto de 1994, O Brasil passou a adotar os Princípio de Basiléia para uma Supervisão Bancária Eficaz que incluiu um indicador de risco baseado em ativos. Inicialmente estabeleceu o mesmo limite de 8% do Ativo Total da Instituição exigido pelos países mais desenvolvidos e atualmente este limite é de 11%, um dos maiores níveis de capitalização do mundo. Ao longo deste período várias exigências foram sendo acrescentadas. O Banco Central do Brasil publicou em 21 de dezembro de 1999, a Resolução nº 2682 ( onde o Conselho Monetário Nacional define os critérios de classificação das operações de crédito e regras para a constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa. As Instituições Financeiras tiveram que se adequar às novas determinações sobre procedimentos de risco de crédito, a partir de 01 de março de A Resolução nº 2682 deixa um pouco de lado o foco na normatização contábil e estabelece que as Instituições Financeiras devem classificar as operações em ordem crescente de risco, além de re-classificá-las de acordo com a inadimplência. Trata-se de um grande desenvolvimento administrativo e gerencial para uma gestão de crédito eficaz.

17 17 Dessa forma, as Instituições Financeiras passam a ter mecanismos para controlar e auxiliar na tomada de decisões e o Banco Central do Brasil passam a ter mais controle sobre a situação financeira dos bancos, no que diz respeito a situações relacionadas ao risco de crédito, evitando que instituições omitam situações desfavoráveis por muito tempo e venham a quebrar da noite para o dia. 2.1 Acordo de Basiléia e o Risco Operacional Para controlar situações adversas, dar maior estabilidade ao mercado e segurança aos investidores, clientes e governo, os dirigentes dos bancos centrais reuniram-se em 1974, na cidade de Basiléia (Suíça), e criaram um comitê com a finalidade de regulamentar as práticas das Instituições Bancárias dos países membros. Em julho de 1988, foi publicado o Acordo de Basiléia, esse acordo e suas alterações delinearam as regras que os bancos devem seguir para um eficaz gerenciamento dos riscos de crédito e de mercado. O Comitê da Basiléia define Risco Operacional como O risco de perda resultante da inadequação ou falha de processos internos, de pessoas e sistemas ou de eventos externos. Com a constatação de que a quebra de um banco de atuação internacional pode desestabilizar todo o sistema financeiro, foi necessário reestruturar um Novo Acordo, com objetivo baseado em três pilares: Alocação de Capital, Supervisão Bancária e transparência. 2.2 Resolução nº do Banco Central do Brasil A Resolução nº 2682 define que as Instituições Financeiras devem classificar as operações de crédito em ordem decrescente de risco e a classificação das operações de um mesmo cliente ou grupo econômico deve

18 18 ser definida considerando aquela que apresentar maior risco, de acordo com os artigos 1 e 3. Existem 09 níveis de risco para a classificação das operações de crédito do nível AA até o nível H. Já o artigo 2, diz que vários aspectos devem ser considerados pela Instituição Financeira para a classificação da operação no nível de risco correspondente e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e externas. A análise do risco fica condicionada tanto pelas características dos clientes quanto pelas características das operações. Dessa forma supõe-se que as análises de créditos deverão ser aplicadas produto a produto e, em seguida, cliente a cliente, analisando os comportamentos de risco relativos a cada uma das transações específicas. Mensalmente, em função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargo, a classificação do nível de risco do cliente deverá ser revista conforme a tabela abaixo: Atraso entre No mínimo 15 e 30 dias Risco Nível B 31 e 60 dias Risco nível C 61 e 90 dias Risco nível D 91 e 120 dias Risco nível E 121 e 150 dias Risco nível F 151 e 180 dias Risco nível G superior a 180 dias Risco nível H Porém o risco mínimo será G pra os casos de adiantamento sobre contratos de câmbio, nas operações de financiamento a importação e naquelas

19 19 com prazo inferior um mês, com atrasos superiores A 30 dias, bem como os adiantamentos a depositantes. Nota-se um tratamento bastante rígido para efeitos de atrasos em pagamentos, uma vez que devem ser re-classificados mês a mês, monitorando de forma efetiva a evolução dos créditos em atraso e do risco de crédito. Ressalta-se que deve ser mantida a classificação inicial quando a operação apresentar diminuição do risco através desses parâmetros, ou seja, quando se diminui o número de dias em atraso. A tabela a seguir demonstra os percentuais mínimos de aprovisionamento junto ao Banco Central sobre o valor das operações classificadas conforme seu risco de crédito. Dias de Atraso Nível de Risco Percentual sobre o valor da operação Até 14 dias A 0,5% 15 e 30 dias B 1% 31 e 60 dias C 3% 61 e 90 dias D 10% 91 e 120 dias E 30% 121 e 150 dias F 50% 151 e 180 dias G 70% Superior a 180 dias H 100% Nota-se que o percentual sobre o valor da operação, demonstrado na 3ª coluna da tabela anterior, define o valor que a Instituição depositará no Banco Central, a título de aprovisionamento, em decorrência da evolução ou redução da inadimplência, podendo representar até 100% do valor de crédito em atraso.

20 20 Uma reclassificação para categoria de menor risco poderá ocorrer quando houver amortização significativa no valor da dívida. Já nos casos da operação inadimplente ser objeto de renegociação, o risco em que está classificada deverá, no mínimo, ser mantido. A resolução nº 2682 (parágrafo 3 do artigo 8) define Renegociação como: A composição de dívida, a prorrogação, a novação, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique na alteração nos prazos de vencimento ou nas condições de pagamento originalmente pactuadas. Pode-se dizer que a Resolução nº 2682 trouxe às Instituições Financeiras maior qualidade na gestão do crédito e ao Banco Central maior controle sobre as operações bancárias, dentro de padrões pré-estabelecidos de documentos, facilitando a fiscalização. 2.3 A inadimplência e sua Recuperação Antes da divulgação da Resolução 2682, as Instituições Financeiras não tinham regras tão rigorosas para definir o valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa A situação econômico-financeira do brasileiro e a falta de recursos para honrar seus compromissos, ocasionando à inadimplência, levou muitas Instituições a quebrarem. Ocorre que, pela inadimplência dos clientes, muitas Instituições, não recebendo o retorno dos empréstimos concedidos, viam-se obrigadas a pedir socorro ao Banco Central do Brasil, para fazer frente aos déficits financeiros.

21 21 Este socorro vinha muitas vezes em forma de empréstimos ou até mesmo em forma de ajuda, quando Instituição passava a ser dirigida, momentaneamente, por pessoa definida pelo Banco Central. A Resolução 2682 definiu as regras a serem seguidas quanto à provisão para créditos de liquidação duvidosa, seja na concessão do crédito, seja por ocasião de sua inadimplência, objetivando minimizar e mensurar o Risco e o enquadramento dos Bancos Brasileiros no Acordo da Basiléia. Ressalte-se que o percentual para aprovisionamento junto ao Banco Central pela inadimplência do crédito é progressivo em Relação ao Risco, ou seja, quanto maior o atraso no pagamento das prestações ou encargos do contrato, maior o risco, portanto a Instituição deverá depositar junto ao Banco Central um valor maior de aprovisionamento que poderá atingir até 100% do valor do crédito inadimplente (risco H). Atualmente cada Instituição Financeira, dentro de sua política e procedimentos para concessão e classificação de operações de crédito, define qual risco máximo em que cada cliente poderá ser classificado. Determinada instituição poderá adotar como risco máximo de crédito a classificação D aprovisionamento de 10% do valor de crédito junto ao BACEN, por exemplo, enquanto outra poderá definir o risco máximo como sendo E aprovisionamento de 30% do valor de crédito junto ao BACEN. Pode-se afirmar que, quanto maior o endividamento do cliente, maior o risco, portanto a classificação do risco será maior. Assim, além do valor do crédito concedido ao cliente, a Instituição Financeira terá que dispor também do valor para o aprovisionamento, que retornará à Instituição proporcionalmente à redução no valor do empréstimo, ocasionado pelo pagamento dos encargos ou pela amortização do valor total d dívida.

22 22 A situação das Instituições Financeiras fica mais crítica quando um cliente, detentor de vários créditos / empréstimos em uma mesma instituição, torna-se inadimplente em apenas um dos contratos. A inadimplência de um único empréstimo de determinado cliente contaminará os demais que porventura, o cliente possua junto à mesma Instituição. Ou seja, à medida que o risco do contrato inadimplente aumenta, provocando um aprovisionamento maior junto ao BACEN por parte da Instituição Financeira, todos os demais contratos que o cliente possui na Instituição, mesmo estando adimplentes, sofrerão o mesmo percentual de aprovisionamento do contrato que se encontra em atraso. Logo, as Instituições que trabalham com linhas de crédito de valores expressivos, como por exemplo, os empréstimos habitacionais, aprovisionam junto ao BACEN valores significativos pra contratos adimplentes, muitas vezes por causa da inadimplência de um contrato de pequeno montante. Como exemplo: Um cliente possui numa mesma Instituição financeira, 01 contrato de cheque especial com limite de R$ 500,00 e um empréstimo habitacional no valor de R$ ,00. Se o limite do cheque especial for excedido e não regularizado, atingindo o prazo de 180 dias de inadimplência risco H, ocasionará o aprovisionamento junto ao BACEN de 100% do valor do limite de crédito do cheque especial, acrescido dos encargos pelo atraso, mais 100% do valor do empréstimo habitacional, mesmo que esteja adimplente. Para que o valor aprovisionado junto ao BACEN retorne à Instituição Financeira, faz-se necessária a regularização do contrato inadimplente. Tal regularização dar-se á pela liquidação à vista do valor devido pelo cliente, ocasionando o retorno de 100% do valor aprovisionado a instituição ou pela renegociação parcelado do crédito ocasionando o retorno gradativo do aprovisionamento, à medida que as prestações do contrato de renegociação forem pagas.

23 23 O retorno total ou gradativo do aprovisionamento à Instituição Financeira também contamirá os demais contratos do cliente oriundos da mesma instituição, a exemplo do que ocorre por ocasião da inadimplência. Quando a inadimplência de determinado contrato é regularizada à vista ou através de uma renegociação parcelada, o valor do aprovisionamento de todos os contratos adimplentes do cliente retorna na mesma proporção do contrato inadimplente regularizado, total ou gradativamente. A Instituição Financeira definirá também qual será a reclassificação do risco de crédito de um contrato inadimplente quando houver amortização significativa no valor da dívida, conforme preconiza a Resolução Assim um objeto de renegociação parcelada, risco H, com valor de entrada igual a 50% do valor da dívida, por exemplo, poderá ser reclassificado com risco inferior em 02 níveis, ou seja, a renegociação poderá ter risco F, dependendo da política de crédito da instituição. O retorno dos valores aprovisionados junto ao BACEN devido à inadimplência é de grande importância para as instituições, se considerarmos que estes recursos serão convertidos em novas concessões de empréstimos.

24 24 CAPÍTULO III Meios utilizados na recuperação de crédito Segundo SANTOS (2003) a função da cobrança é de recuperar créditos em atraso de forma que não cause prejuízos financeiros aos credores nem comprometa a idoneidade dos clientes no mercado de crédito. Para isso, toda carteira de crédito bem administrada deve ter o suporte de uma política de cobrança que incorpore os procedimentos tradicionais utilizados para recuperação (total ou parcial) do crédito: contato telefônico, envio de cartas, visitas pessoais, uso de agências de cobrança e protesto. A cobrança no contexto da empresa desenvolve uma tarefa de real importância, pois é a encarregada de fazer com que o dinheiro que está na rua retorne o mais rapidamente possível para os cofres das instituições. Este dinheiro é o que garante a subsistência e a expansão de uma empresa. Dentro de um anonimato peculiar do setor, pois não recebe o devido valor ou destaque que merece, a cobrança é uma peça e grande significado, movendo as engrenagens da empresa, da sociedade e do país. Uma vez desenvolvendo um trabalho estruturado e programado, a instituição por meio dela, promove novos empregos e o fortalecimento da indústria e do comércio. PEREIRA (1991) Por estes motivos o setor de cobrança deve buscar uma identidade que se fundamente na estruturação e programação de trabalho, buscando o bom nível profissional e o devido posicionamento de seus componentes, focalizando função e tarefa. Assim deve-se posicionar o funcionário do setor de cobrança. Desenvolvendo um programa de trabalho diário.

25 25 Focalizando o atraso em seus valores e percentuais como base de trabalho. Analisando diariamente se as previsões foram atingidas e gerando alternativas para alcançar as cotas. Focalizando os atrasos (caso a caso) para defini-los. Não transferindo responsabilidades da tomada de medidas ou soluções. Acompanhando e buscando definição imediata dos problemas de atraso causados por: falta de baixa das prestações já pagas ou Protestos e ações judiciais. Dando tratamento de cobrança prioritária para os casos de valores expressivos, clientes com crédito abalado. Deferindo ao cobrador um tratamento profissional, instruindo-o e orientando-o quanto à tomada de decisões. Ele é o elemento que vai tratar com o cliente. Segundo BLATT (1997), o setor de Carteiras Bancárias tem uma posição destacada no departamento de cobrança, pois representa uma grande fonte de lucros para os bancos, uma prestação de serviços para os clientes das instituições financeiras e um instrumento prático e ágil para os credores efetuarem suas cobranças. Por que razão um cliente opta por um banco ao invés de outro, se o trabalho realizado é praticamente o mesmo? O cliente ao ter contato com o funcionário da agência bancária, espera ser bem atendido, isto é encontrar um funcionário agradável que mantenha com ele um bom relacionamento,

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