Orçamento Doméstico. Dezembro Área de Estudos Econômicos

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1 Orçamento Doméstico Dezembro Área de Estudos Econômicos

2 Orçamento Doméstico A Pesquisa de Orçamento Doméstico de Belo Horizonte é um balizador do comportamento das famílias, relativo aos seus compromissos correntes e financeiros. A falta de planejamento, diante dos gastos rotineiros aliados às compras movidas por impulso/oportunidade, pode desencadear um desequilíbrio que acaba por impactar a saúde financeira de diversas cadeias de negócios. A área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG realiza este trabalho com objetivo de traçar o quadro da atual situação das famílias e do consumidor em relação ao seu orçamento domiciliar, ou seja, sua postura de organização e planejamento de sua renda familiar. No cenário econômico atual, com aumento no índice de desemprego e a moderada perspectiva de melhora na economia para 2017, torna-se ainda mais importante para os empresários do comércio de bens, serviços e turismo da capital, saber como e onde os consumidores estão gastando sua renda. ea de Estudos Econômi 62,3% dos consumidores de Belo Horizonte planejam os seus gastos, mas 10,5% não conseguem seguir o proposto. 31,1% afirmaram realizar compras por impulso. 45,4% dos consumidores da cidade conseguem planejar o orçamento da família e ainda sobra algum dinheiro. Os consumidores disseram que o recurso que sobra é destinado, principalmente, para a poupança (31,0%) e atividades de lazer (28,6%). Quando não sobra, a medida tomada pela maioria dos consumidores é deixar de consumir algo supérfluo (25,8%). 69,7% dos consumidores de Belo Horizonte adquiriram, em primeiro lugar, itens de alimentação. No entanto, ela não foi a despesa corrente que mais pesou no orçamento. O maior peso ficou por conta da energia elétrica, indicada por 50,1% dos entrevistados, seguido pela conta de água (36,2%) e alimentação (25,3%). 2

3 Perfil dos consumidores 53,8% 46,2% 20,8% 22,6% 18,9% 21,8% 15,9% 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 59 anos 60 anos ou mais Até 4ª Série 6,5% De 5ª a 8ª Série 8,3% 2º Grau Incompleto e Completo 64,1% Superior Incompleto ou Mais 21,0% 64,0% dos consumidores de Belo Horizonte realizam algum trabalho remunerado. PNEA (1) 31,3% Assalariado(a) com carteira 32,3% Conta-própria regular 11,3% 47,3% Conta-própria temporário (bico) 6,3% 36,0% Funcionário(a) público(a) 5,8% Assalariado(a) sem carteira 5,8% 8,5% 8,1% Desempregado Empregador (+ 2 empregados) 1,8% 4,5% Até 2 salários mínimos Mais de 2 até 5 salários mínimos Mais de 5 até 10 salários mínimos Acima de 10 salários mínimos Profissional liberal 1,3% (1) População não economicamente ativa, inclui: donas de casa, estudantes, aposentados e pensionistas. 3

4 Planejamento de gastos O(a) Sr(a) costuma planejar os seus gastos para o mês, tendo em vista a renda familiar? jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 24,3% Planejam os gastos 76,7% 76,8% 73,3% 62,2% 37,8% Não planejam 23,3% 23,2% 26,7% 37,8% O(a) Sr(a) tem o costume de realizar compras por impulso (compras não planejadas, estimuladas por promoções, etc...)? 27,5% 74,9% 73,3% 70,3% 68,9% 10,5% Planeja e segue rigidamente Planeja, mas segue parcialmente Planeja, mas não segue Não planeja 25,1% 26,7% 29,7% 31,1% jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 Não compra Compra Dos consumidores da cidade, 24,3% planejam os gastos e seguem rigidamente. Outros 38,0% planejam, mas não conseguem seguir o proposto. O percentual de consumidores que fazem o planejamento foi inferior em 11,1p.p. ao mensurado na avaliação passada (73,3%), assumindo o valor de 62,3%. Associado à falta de planejamento, o percentual de pessoas que compram por impulso se elevou em 1,4% p.p., o que representa 31,1% da população. 4

5 Situação financeira do consumidor Quais destas situações mais se aproximam da sua realidade? Situação Consigo planejar meu orçamento familiar e ainda sobra algum dinheiro jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 57,9% 50,6% 50,0% 45,4% Sempre tenho que recorrer a algum tipo de financiamento para cobrir meus gastos 0,6% 2,1% 42,1% 36,7% Não recorro a nenhum tipo de financiamento, mas devo muito 2,0% 2,4% 4,3% 8,3% Sempre recorro a algum tipo de financiamento, mas ainda assim fico devendo Consigo pagar as minhas contas em dia, mas não me sobra nada 0,8% 38,8% 0,6% 2,3% 6,1% 44,3% 1,3% 3,5% Nas avaliações do ano de 2015, pelo menos 94,9% dos consumidores conseguiam pagar suas contas em dia. Já nas avaliações do ano de 2016 essa situação é observada para, em média, 50% dos consumidores. Isso porque um percentual elevado de consumidores relatou que é necessário recorrer a financiamentos para cobrir os seus gastos. Nessa avaliação 45,4% conseguem planejar o orçamento e ainda sobra algum dinheiro e 36,7% recorrem, com frequência, a financiamentos para pagar suas contas em dia. 5

6 Recursos Qual o destino para o recurso que sobra mensalmente? (1) Poupança 31,0% E quando o orçamento não cobre tudo, qual medida o(a) Sr(a) toma? (1) Deixa de consumir alguma coisa supérflua 25,8% Lazer 26,8% Utiliza poupança/ aplicação 20,6% Turismo Compras/ Consumo Guarda em casa 3,7% 12,9% 20,8% Deixa de pagar alguma conta ou prestação Toma empréstimo com algum familiar ou de terceiros 11,9% 19,9% Pagamento de dívidas 3,0% Realiza serviços extras 9,4% Aposentadoria 0,5% Deixa de pagar algum imposto 2,2% Outros 0,5% Toma empréstimos em bancos e/ ou financeiras 1,2% (1) Questão de múltiplas respostas. Percentual de entrevistados do grupo que citaram cada item. 31,0% dos consumidores destinam o recurso que sobra mensalmente, em aplicação na poupança. Em segundo lugar, o valor é gasto em opções de lazer. Quando o orçamento não cobre os compromissos financeiros, 25,8% deixam de consumir algo supérfluo, 20,8% utilizam poupança/aplicações e 19,9% deixam de pagar alguma conta ou prestação. 6

7 Despesas correntes e compromissos financeiros Despesas correntes (1) Compromissos financeiros (1) Energia Elétrica Água Alimentação/ Supermercado Aluguel 14,1% 25,3% 36,2% 50,1% Cartão de Crédito Cartão de loja Dívida com terceiros/ familiares 9,2% 5,5% 44,9% Plano de Saúde 11,7% Empréstimos em bancos 3,7% Alimentação/ Fora Residência Internet banda-larga Condomínio 11,4% 9,4% 7,7% Financiamento de carro Carnê de loja 3,7% 2,2% Saúde 7,2% Empréstimos em financeiras 1,7% Telefone Fixo Telefone Celular Combustível 6,9% 6,9% 6,2% Cheque pré-datado Financiamento de casa 1,2% 1,2% Lazer 5,7% Cheque Especial 1,0% Transporte Escola 5,2% 4,5% Turismo/ Viagens 1,0% TV a Cabo 2,0% Higiene/ Limpeza 0,5% Cada consumidor foi orientado a sinalizar as três despesas correntes que mais pesam em seu orçamento. As mais citadas foram: energia elétrica (50,1%), água (36,2%) e alimentação/supermercado (25,3%). Esses três itens também foram os mais citados na última avaliação. Da mesma forma, os consumidores ordenaram os compromissos financeiros de maior peso no orçamento. O cartão de crédito é o campeão, indicado por 44,9% dos consumidores, seguido pelos cartões de loja (9,2%) e dívidas com terceiros/familiares (5,5%). Os itens também foram os mais citados na última avaliação. 7

8 Perfil das compras Quais grupos de produtos e serviços o Sr(a) mais consome? (1) Alimentação 69,7% Roupas, calçados e acessórios 39,0% Telefonia 27,5% Qual forma de pagamento o(a) Sr(a) tem o costume de utilizar na hora das compras? Parcela única - 25,9% Parcelado - 74,1% Eletrônicos 13,6% Cartão de Crédito Veículos Informática Eletrodomésticos Turismo 10,9% 4,2% 2,2% 1,2% 40,5% 20,8% Cartão de Débito Somente em dinheiro Móveis Saúde/Medicamentos 1,0% 0,7% 38,7% Outros 0,7% Entre os grupos de produtos e/ou serviços mais consumidos, destacam-se: alimentação (69,7%), roupas, calçados e acessórios (39,0%) e telefonia (27,5%). A forma de pagamento mais utilizada é o dinheiro (40,5%) diferentemente do observado na última avaliação, em que o cartão de crédito se destacava (37,0%). Entre os consumidores que utilizam o cartão de crédito como forma de pagamento principal, 74,1% costumam dividir o valor em parcelas. 8

9 Metodologia A metodologia utilizada para a pesquisa foi aplicação de questionários (survey). Para a coleta de dados, foi aplicado questionário estruturado em uma amostra dos consumidores do município de Belo Horizonte, com cotas proporcionais de acordo com sexo, grupo de idade e regionais (Barreiro, Centro-Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Noroeste, Norte, Pampulha e Venda Nova). As cotas de sexo e idade, estratificadas por regiões de Belo Horizonte foram baseadas no Censo 2010 do IBGE. Foram entrevistadas 403 pessoas, no período de 16 a 23 de dezembro de As entrevistas foram individuais, o intervalo de confiança da amostra foi de 97% com uma margem de 5,0 pontos percentuais dos resultados. Equipe Técnica Estudos Econômicos Este material está liberado para reprodução, Responsável Analista de Pesquisa Guilherme Lucas Moreira Dias Almeida Elisa Castro da Mata Ferreira responsabilizando-se o usuário integralmente e a qualquer tempo pela adequada utilização das informações, estando ciente de que pode vir a ser responsabilizado por danos morais e materiais decorrentes do uso, reprodução ou divulgação Assistente Administrativo Dayanne Jéssica da Silva Mendes indevida, isentando a Fecomércio MG de qualquer responsabilidade a esse respeito. Pesquisadores Daylla Themis Vilefort Campos Sato Joyce do Nascimento Silva Sabrina Cristina Sousa Santos Sara Angela dos Santos Por fim, fica o usuário ciente da obrigatoriedade de, por ocasião da eventual divulgação das referidas informações, mencionar a Fecomércio MG como fonte de informação. Jovem Aprendiz Gabriela Rocha Maulais Silva Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais. Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, MG. CEP TEL economia@fecomerciomg.org.br 9