JOÃO XXIII e PAULO VI
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- Armando Natal di Azevedo
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1 Não compreenderá o grande evento espiritual do Concílio se não fizer uma referência aos promotores: e : João XXIII ( ): foi eleito papa no dia 28 de outubro de 1958, o que foi surpresa para muitos, pois em seus últimos 6 anos fora patriarca em Veneza e não era conhecido Logo após sua eleição mostra sua personalidade Obrigou de imediato a D Tardini a aceitar o cargo de Secretario de estado, que não existia já a 14 anos, visto que Pio XII centralizava em si todo poder de decisão João XXIII tinha 77 anos quando foi eleito e era tido como um papa de transição Era conhecido como bonachão No discurso de sua coroação, 4 de novembro, deixou claro quem ele era e o que queria: A missão do papa não é nem diplomática, nem organizativa e sim religiosa e pastoral E resumiu a figura do pontífice nestas palavras: Bom Pastor 1
2 Ele convocou o Concilio porque teve lucidez do momento histórico que atravessava a Igreja e o mundo Tinha uma visão mais pastoral do que curial e desejou um Concílio onde a doutrina da Igreja pudesse ser posta claramente ao mundo com intuito de instaurar um diálogo com a humanidade Na sua forma de pensar não se devia preparar condenações, anátemas, estratégias de resistência, contraposição à sociedade moderna, mas dialogar com todos Aquele homem, até então pouco conhecido, mostrava uma coragem e um espírito de iniciativa inesperado CARACTERÍSTICA DO PAPA -Testemunho de bondade; -Espírito de Diálogo; -Simpatia por parte das grandes personalidade do mundo todo -Método pastoral por ele iniciado, de frequentes visitas nas paróquias de Roma; -Otimismo e confiança com que olhava para a sociedade e para o mundo, como se podia notar em vários discursos; Na noite de 3 de Junho de 1963, morria João XXIII, sua morte porém foi lamentada por todo o mundo: ateus, homens de outras religiões, budistas, muçulmanos, judeus, ortodoxos Há séculos não se verificava esse estreito acompanhamento da morte de um chefe da Igreja Católica, considerado agora em todos os países como um de casa : Paulo VI (Montini) ( ) parecia, como confirmou, ser o homem ideal para tal objetivo Sua cultura, seu equilíbrio, sua orientação Paulo VI era considerado como a expressão mais autorizada do pensamento de João XXIII ao mesmo tempo, como o homem capaz de realizar com audácia e com maior ordem e método, os ideias do Concílio 2
3 É mais concreto e determinado, com uma confiança que é fruto de um olhar propositalmente voltado para o alto É de alta tensão espiritual, potencializa a autocompreensão da Igreja e o diálogo com o mundo contemporâneo Sua espiritualidade alimenta-se de uma profunda vida interior, que não o fecha em si mesmo; antes, impressiona o amor inabalável por Cristo, que explode em aflitas inovações Amor a Cristo que está unido a um sincero e dedicado amor pela Igreja Ele est abelece um principio Antropológico importante na espiritualidade: afirma que o homem é um fim não instrumentalizável: ESPIRITUALIDADE Amar o homem, dizemos, não como instrumento, mas como fim primeiro, que nos leva no supremo fim transcendente (De Fiores 1999 p 35) Espiritualidade Litúrgica fonte múltipla da vida cristã A primeira e necessária fonte, da qual os fiéis houven o espírito verdadeiramente cristão (SC 14) A liturgia é ao mesmo tempo, conteúdo essencial e o fundamento da espiritualidade cristã, pois há consciência e participação de todos os fiéis Espiritualidade Litúrgica 3
4 ESPIRITUALIDADE Há uma superioridade da liturgia sobre as demais formas de oração A liturgia detém um primado que nenhuma outra ação da Igreja pode reivindicar (SC 13) ESPIRITUALIDADE Espiritualidade Bíblica e Cristocentrica Primado da Palavra de Deus A liturgia é o cume para o qual tende a ação da igreja e, ao mesmo tempo, é fonte donde emana toda sua força (SC 10) Espiritualidade Litúrgica ESPIRITUALIDADE Para o Concílio a Sagrada Escritura é pura e perene fonte da vida espiritual (DV 21) e convoca todos os fiéis à mesa da Palavra de Deus (DV 21) O convite à mesa da palavra é Cristológico, pois Cristo está presente pela sua Palavra, é Ele mesmo que fala quando se leem as Sagradas Escrituras na Igreja (SC 7) Segue-se que n ão se pode conhecer o Cristo e a sua mensagem sem a Bíblia Espiritualidade Bíblica e Cristocêntrica ESPIRITUALIDADE A Cristologia é trinitária, reconhece o Pai que vem ao encontro do Filho e o Espírito o qual inspirou a Sagrada Escritura, por isso Ela deve ser lida e interpretada naquele mesmo Espírito que foi escrito (DV 12) Espiritualidade Bíblica e Cristocêntrica ESPIRITUALIDADE A Cristologia é trinitária, reconhece o Pai que vem ao encontro do Filho e o Espírito o qual inspirou a Sagrada Escritura, por isso Ela deve ser lida e interpretada naquele mesmo Espírito que foi escrito (DV 12) Espiritualidade no meio do mundo Vocação universal a santidade Espiritualidade Bíblica e Cristocêntrica 4
5 ESPIRITUALIDADE É assim evidente que todos os fiéis cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade (LG 40) Protege assim uma espiritualidade leiga que não toma como modelo a vida monástica, mas que encontra o seu próprio caminho de santificação no trabalho cotidiano Espiritualidade no meio do mundo ESPIRITUALIDADE O Concilio reconhece a autonomia das realidades terrestres, não no sentido de que as coisas criadas não dependem de Deus, mas enquanto elas são dotadas de fundamentos próprios, verdades, bondade, leis e ordem esp ecíficas O Homem deve respeitar tudo isso (GS 36); Espiritualidade no meio do mundo Espiritualidade no meio do mundo Espiritualidade no meio do mundo Espiritualidade eclesial comunitária Igreja povo de Deus - comunhão a partir de Trindade Salvação do individuo a partir da comunidade Por obra de Cristo surge a Igreja, Comunidade de fé, de esperança e de caridade (LG 8), que aparece como o povo reunido na unidade do Pai e do Filho e o Espírito Santo (LG 4) Espiritualidade eclesial comunitária 5
6 Uma autentica espiritualidade Cristã é, pois, eclesial, no sentido que a realiza na Igreja e por meio da Igreja Esta espiritualidade implica o sentido do nós e da pertença, mas também o compromisso concreto, ou seja, a corresponsabilidade de todo fiel com a santidade e a missão de Igreja Todos devem convergir para uma espiritualidade essencialmente trinitária, que é a única santidade a ser alcançada em qualquer circunstância; Espiritualidade eclesial comunitária Espiritualidade eclesial comunitária A Igreja está orientada para o mundo e a vida cristã é sempre apostólica O compromisso apostólico não limita-se ao ambiente próprio da vida, pois os cristãos devem anunciar o evangelho a todos os homens O decreto do Concílio traça algumas linhas de espiritualidade missionária: -Resposta ao chamado de Deus com caráter vinculante à obra evangélica; 6
7 -Coragem de anunciar não se envergonhará do escândalo da cruz -Sequela do mestre: manso e humilde de coração ; - Testemunho do Senhor, se necessário até a efusão do sangue; - Vivencia da altíssima pobreza e da obediência; ESPIRITUALIDADE Entendemos a espiritualidade como um impulso que coroará toda a ação conciliar, pois conforme diz Karl Rahner: A espiritualidade cristã assume uma importância decisiva no pós-concílio, pois é o fim primeiro de toda a obra do Vaticano II O Concilio quer mostrar para o cristão que deverá conservar e vivenciar a fé no Deus Uno e Trino, o qual, potencializa o seu coração e torna-o sensível aos irmãos e as irmãs; reascender, no coração de papel, de ferro, de cimento do homem moderno, o palpitar da simpatia humana, do afeto simples, puro e generoso da poesia das coisas nativas e vivas, do amor (Paulo VI) 7
8 DESDOBRAMENTOS As conferencias do episcopado Latino americano e do Caribe: Medellin quer acolher o Concílio Puebla opção pelos pobres e pelos Jovens São Domingos Rio de Janeiro APARECIDA DESDOBRAMENTOS O Cristão do pós-moderno encontra-se diversos trampolins que devem ser superados e definidos, pois no atual contexto sócio-cultural dessa sociedade há uma grande oferta de religiões, de espiritualidade e de mística REALIDADE ESPIRITUAL DA PÓS MODERNIDADE DESDOBRAMENTOS Busca fragmentada de Deus: É uma busca de Deus que muitas vezes visa um satisfazer necessidades do dia-a-dia Não dá para negar que hoje há em todas as classes sociais, o fenômeno do retorno ao sagrado REALIDADE ESPIRITUAL DA PÓS MODERNIDADE DESDOBRAMENTOS Busca generalizada de espiritualidade e de mística: O fenômeno é inegável, embora sua análise seja complexa Essa busca traz consigo o desejo de uma resposta à pergunta sobre o sentido da vida e do desejo de felicidade mais fraca Com essa fragmentação surge o pluralismo religioso dentre os quais os indivíduos podem escolher segundo o próprio gosto e tal escolha, está marcada fortemente pelo individualismo REALIDADE ESPIRITUAL DA PÓS MODERNIDADE DESDOBRAMENTOS Crise de identidade: Assim podemos entender: á necessidade da religião como um suplemento da alma (Barreiro, A p 503) ou como diz Karl Marx: os fiéis buscam compensações afetivas para os fracassos, feridas e carências causadas por uma realidade injusta e sem alma Assim ao individualismo é acrescentado o subjetivismo Diante dessa relativização dos valores da sociedade pós-moderna, as pessoas não têm vínculos duráveis com nada nem com ninguém REALIDADE ESPIRITUAL DA PÓS MODERNIDADE DESDOBRAMENTOS Fragilidade cultural cria espaço para o consumismo e o vazio existencial Esses vêm como compensações, pois diante do grande vazio recorrem ao consumo das ofertas religiosas para satisfaze-lo, e satisfazer a sua busca de felicidade Muitas pessoas beneficiam dessa busca criando por interesses comerciais, algumas enganosas respostas Essa é mais uma forma de ganhar dinheiro Essas ofertas são um vatapá religioso É nesse contexto sócio-cultural que o cristão de hoje tem que viver a fé recebida (Barreiro, A p 503) REALIDADE ESPIRITUAL DA PÓS MODERNOS 8
9 DESDOBRAMENTOS - CAPAZ DE VIVER NESTA SOCIEDADE - PROMOVER A VDA - SER PESSOA INTEGRADA -QUE VIVA A ESPIRITUALIDADE: BÍBLICA, LITURGICA, ECUMÊNICA, MISSIONÁRIA, EUCARÍSTICA, ORAÇÃO PROFUNDA SUGESTÕES PARA VIVER A ESPIRITUALIDADE EM TEMPOS PÓS MODERNOS 9
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