XVI SIMPÓSIO DE PESQUISA E INTERCÂMBIO CIENTÍFICO DA ANPEPP

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1 XVI SIMPÓSIO DE PESQUISA E INTERCÂMBIO CIENTÍFICO DA ANPEPP Pesquisa em Psicologia: dimensões éticas e produção científica XVI SIMPÓSIO DE PESQUISA E INTERCÂMBIO CIENTÍFICO DA ANPEPP 07 a 10 de maio de 2016, Maceió GRUPO DE TRABALHO PSICOLOGIA E POLÍTICAS EDUCACIONAIS Coordenação: Marilene Proença Vice-Coordenação: Marilda Facci RELATÓRIO DIÁLOGOS ANPEPP-SOCIEDADE Participação na proposta Diálogos ANPEPP- Sociedade. Oferecimento do Minicurso Medicalização: o que a Educação tem a ver com isso. Realizado no dia 06 de junho de 2016, no Centro Educacional de Ensino Médio do Estado de Alagoas. Presentes: professores, psicólogos, estudantes de Psicologia e de Pedagogia. Docente: Marilene Proença, das 8h30 às 12h30

2 ATIVIDADE REALIZADA EM PARCERIA COM O CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UFAL CEDU/UFAL DOCENTE RESPONSÁVEL PELO CEDU/UFAL: PROFA. DRA. ROSEMEIRE REIS, FACULDADE DE EDUCAÇÃO, PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM EDUCAÇÃO, UFAL. DOCENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL : PROFA. MARIA AUXILIADORA TEIXEIRA RIBEIRO DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UFAL. DOCENTE RESPONSÁVEL PELO MINI-CURSO: PROFA. TITULAR MARILENE PROENÇA REBELLO DE SOUZA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, INSTITUTO DE PSICOLOGIA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÀO EM PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL. PROPOSTA DE ATIVIDADE Realizamos no dia 06 de junho de 2016, atividade juntamente com a Universidade Federal de Alagoas, UFAL, por intermédio da Profa. Dra. Rosemeire Reis, da Faculdade de Educação e pesquisadora e orientadora no Programa de Pós- Graduação em Educação da UFAL. reisroseufal@gmail.com Esta atividade constou de Mini-curso, de 4 horas de duração, intitulado: MEDICALIZAÇÃO: O QUE A EDUCAÇÃO TEM A VER COM ISSO? A Atividade Diálogos ANPEPP Sociedade permitiu por meio deste minicurso, ampliar o debate sobre o tema da Medicalização da Educação. PÚBLICO ALVO Participaram do mini-curso Professores e Gestores das Redes Municipal e Estadual de Educação, estudantes do PIBID, psicólogos, com apoio do Centro de Educação, CEDU/UFAL e a Pró-Reitoria de Extensão da UFAL, totalizando 60 pessoas. DESDOBRAMENTOS ESPERADOS 1. Realização de levantamentos sobre a utilização de psicofármacos nas redes municipal e estadual de educação. 2. Divulgação de propostas de enfrentamento do processo de medicalização por meio de experiências bem sucedidas com a utilização de protocolos, propostas de intervenção na constituição de equipes multiprofissionais em Secretarias de educação e em Centros de Apoio Psicossociai Infanto-Juvenil, CAPsI 3. Estruturação de um núcleo do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade em Maceió.

3 PROGRAMA DO MINICURSO Título: Medicalização: o que a Educação tem a ver com isso? Responsável: Marilene Proença Rebello de Souza Instituição: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Ementa: É com grande surpresa e preocupação que assistimos a partir de 2000 o retorno das explicações organicistas centradas em distúrbios e transtornos no campo da educação para explicar dificuldades de crianças na escolarização. O avanço das explicações organicistas para a compreensão do não aprender retoma os velhos verbetes tão questionados por setores da Psicologia, Educação e Medicina, a saber: dislexia, disortografia, disgrafia, dislalia, transtornos de déficit de atenção, com hiperatividade, sem hiperatividade e hiperatividade (TDAH). Este minicurso abordará a temática da Medicalização da Vida, da Educação e da Sociedade, analisando os seguintes aspectos: a) análise do significado do termo medicalização e o que o diferencia de medicamentação ; b) apresentação de dados recentes sobre a utilização de medicamentos para crianças em idade escolar e sua implicação no processo de medicalização da educação; c) análise de concepções de aprendizagem e de desenvolvimento que embasam interpretações para comportamentos e dificuldades no processo de escolarização; d) apresentação de critérios diagnósticos para justificar dificuldades de comportamento e de aprendizagem nomeando-as de transtornos, com destaque para TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Dislexia; e) críticas apresentadas aos diagnósticos e interpretações que individualizam as questões de aprendizagem e de comportamento; f) movimentos sociais de resistência à medicalização no Brasil e no Exterior. Objetivo: Este minicurso tem por objetivo inserir a discussão da medicalização no campo da Educação Básica, de maneira a desvelar concepções que embasam as explicações para comportamentos e dificuldades no processo de escolarização e seus desdobramentos para a infância e a adolescência. Abordará também o processo diagnóstico para os transtornos de aprendizagem e de comportamento, bem como os movimentos de resistência a essas formas de interpretação e de tratamento. Metodologia: utilizaremos a apresentação do Dossiê sobre Medicalização da Educação e da Sociedade com dados sobre a medicalização na Educação Básica, filmes e depoimentos sobre o tema. Realizaremos uma simulação do processo de avaliação das dificuldades de aprendizagem e de comportamento entre os participantes do minicurso. Avaliação: depoimento dos participantes sobre o tema e sua realidade local.

4 REFERÊNCIAS FÓRUM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA SOCIEDADE. Dossiê sobre Medicalização da Educação e da Sociedade. Disponível em < Acesso em 26 de novembro de FÓRUM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA SOCIEDADE. Nota Técnica: O Consumo de Psicofármacos no Brasil. Dados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados ANVISA ( ). Disponível em Acesso em 26 de novembro de FÓRUM SOBRE MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA SOCIEDADE. Recomendações de práticas não medicalizantes para profissionais e serviços de educação e saúde. Disponívem em < Acesso em 26 de novembro de MOYSES, Maria Aparecida Affonso; COLLARES, Cecília Azevedo Lima. O lado escuro da dislexia e do tdah. In: FACCI, M.G.D.; Meira, M.E.E.M. (Org.). A exclusão dos incluídos. 2ed., Maringá: EDUEM, 2013, v. 1, p SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Retornando à patologia para justificar a não aprendizagem escolar: a medicalização e o diagnóstico de transtornos de aprendizagem em tempos de neoliberalismo. In: CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO & GRUPO INTERINSTITUCIONAL QUEIXA ESCOLAR. (Org.). Medicalização de Crianças e Adolescentes: conflitos silenciados pela redução de questões sociais à doença de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010, v. 1, p SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Patologização do Fracasso Escolar e Medicalização do Ensino. In: FARIAS, A.M; MURARO, D.N., EIDT, N.M. (Org.). Anais do V Simpósio de Pesquisa e Pós-graduação em Educação e XV Semana de Educação [livro eletrônico]: da formação à ação docente: impactos na educação escolar. 1ed.Londrina: EDUEL, 2013, v. 1, p Disponível em, Acesso em 28 de novembro de 2015.

5 Vídeos CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO DE JANEIRO. Medicalização da Vida. Disponível em Acesso em 26 de novembro de EX-ET. Disponível em < e&tb_iframe=true&height=370&width=640?autoplay=1&hd=1&rel=0 >, Acesso em 26 de novembro de AVALIAÇÃO DO MINISTRANTE Foi muito gratificante participar desta atividade de grande interesse para educadores e profissionais da área de saúde. A ativa participação dos presentes demonstrou a importância do tema e a relevância dessa modalidade de atividade para a Pós- Graduação. São Paulo, 18 de julho de Marilene Proença Rebello de Souza.