A f r i c a D e v e l o p m e n t F o ru m. Infra-estruturas em África. Tempo para a mudança. Visão global LA BANQUE MONDIALE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A f r i c a D e v e l o p m e n t F o ru m. Infra-estruturas em África. Tempo para a mudança. Visão global LA BANQUE MONDIALE"

Transcrição

1 A f r i c a D e v e l o p m e n t F o ru m Infra-estruturas em África Tempo para a mudança Visão global LA BANQUE MONDIALE

2 Visão global Infra-estruturas em África Tempo para a mudança Vivien Foster and Cecilia Briceño-Garmendia Editores

3 Esta publicação oferece uma visão global assim como uma ideia do conteúdo do livro a ser publicado brevemente: Infra-estruturas em África: Tempo para a Mudança. Para encomendar exemplares do livro inteiro, editado pelo Banco Mundial, use por favor o formulário situado na contracapa desta brochura Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento/Banco Mundial 1818 H Street, NW Washington, DC Telefone: Internet: feedback@worldbank.org Reservados todos os direitos Esta brochura é produzida pelo pessoal do Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento/Banco Mundial. Os resultados, interpretações e conclusões nela expressos não reflectem necessariamente os pontos de vista dos directores executivos do Banco Mundial ou dos governos que representam. O Banco Mundial não garante a exactidão dos dados que figuram neste trabalho. As fronteiras, cores, denominações e outras informações incluídas nos mapas geográficos que o ilustram, não implicam nenhum julgamento da parte do Banco Mundial a cerca do estatuto legal de qualquer território, nem o aval ou aceitação dessas mesmas fronteiras. Direitos e Autorizações Os materiais contidos nesta publicação são protegidos de acordo com a lei em vigor sobre Direitos de Autor. A cópia ou a comunicação de parte ou da totalidade deste trabalho podem ser considerados como uma violação da lei em vigor. O Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento/Banco Mundial promove a difusão do seu trabalho e concede habitualmente e em prazos curtos a autorização para reprodução de excertos dos mesmos. Para obter a autorização de fotocopiar ou reproduzir qualquer parte desta brochura, enviar um pedido com toda informação necessária para o Copyright Clearance Center Inc., 222 Rosewood Drive, Danvers, MA 01923, E.U.A.; Telefone: ; Fax: ; Internet: Qualquer outra questão sobre direitos e licenças, incluindo direitos subsidiários, deverá ser dirigida ao Office of the Publisher, The World Bank, 1818 H Street, NW, Washington DC 20433, E.U.A.; Fax: ; pubrights@worldbank.org O manuscrito desta visão global propaga os resultados de trabalhos ainda em curso, para incentivar o intercâmbio de ideias sobre questões de desenvolvimento. O texto não é definitivo e não se destina a ser citado. Desenho e concepção da capa e do interior: Naylor Design Fotografia da capa: Arne Hoel/Banco Mundial; técnico numa unidade de clorinização de uma estação de tratamento de água, Senegal.

4 Série Fórum para o desenvolvimento em África A série Fórum para o desenvolvimento em África foi criada em 2009 para focalizar assuntos de maior relevância para o desenvolvimento económico da África subsaariana. O seu objectivo é por um lado fazer o ponto da situação sobre os conhecimentos de uma matéria específica e por outro, contribuir nas discussões em curso das políticas a nível local, regional e global. Esta série é elaborada especificamente para fornecer a técnicos, estudiosos e estudantes resultados de pesquisa actualizados assim como realçar as promessas, desafios e oportunidades que existem no continente. Esta série é patrocinada pela Agência Francesa de Desenvolvimento e pelo Banco Mundial. Os textos escolhidos para publicação são representativos da mais alta qualidade de trabalhos de pesquisas e de resultados de ambas instituições, e foram seleccionados com base na sua relevância para a agenda do desenvolvimento. Num trabalho conjunto pelo qual partilham o mesmo sentido de missão e finalidade interdisciplinar, as duas instituições estão empenhadas em ultrapassar as fronteiras tradicionais numa procura conjunta de um novo entendimento e novas maneiras de analisar as realidades do desenvolvimento da região da África subsaariana. Membros do Comité consultativo Agência Francesa para o Desenvolvimento (Agence Française de Développement) Pierre Jacquet, Director da Estratégia e Chefe Economista Robert Peccoud, Director de Pesquisa Banco Mundial (World Bank) Shantayanan Devarajan, Chefe Economista Região Africana Jorge Arbache, Economista Sénior

5

6 Sumário Prefácio Agradecimentos Abreviaturas Visão Global Infra-estruturas em África: Tempo para a mudança Parte 1 Toda a Estória Introdução O Diagnóstico das Infra-estruturas em África Orientado por País 1 Satisfazer as Necessidades de Infra-estruturas em África 2 Colmatar a Falha de Financiamento em África 3 Enfrentar a Pobreza e a Desigualdade 4 Construir Instituições Sólidas 5 Dar Respostas a Urbanização 6 Aprofundar a Integração Regional PARTE 2 Um olhar Sobre os Sectores 7 Tecnologias de Informação e Comunicação: um Estimulo Para o Crescimento Africano 8 Energia Eléctrica: Recuperação do Atraso v

7 vi Sumário 9 Transportes: Mais do que a Soma das Suas Partes 10 Estradas: Além da Rede Interurbana 11 Caminhos de Ferro: Procurando Tráfego 12 Portos e Navegação: Para uma abordagem de proprietário 13 Aeroportos e Transporte Aéreo: Liberalizar para crescer, Regulamentar para a segurança 14 Recursos Hídricos: Gerir os recursos comuns 15 Irrigação: Potencialidade Significativa 16 Fornecimento de Água: Mais Financiamento, Maior Eficiência 17 Saneamento: Melhorar a Posição das populações no Indicador

8 Prefácio Este estudo é parte do Diagnostico das Infraestruturas em África Orientado por País (Africa Infrastructure Country Diagnostic, AICD pelas suas siglas em inglês), um projecto criado para aumentar, á nível mundial, o conhecimento das Infra-estruturas físicas em África. O AICD irá providenciar uma linha de base à partir da qual futuros melhoramentos em serviços de infra-estruturas poderão ser medidos, tornando possível a monitorização dos resultados obtidos com os apoios dos financiadores. O AICD deveria igualmente proporcionar uma fundamentação empírica mais sólida para a prioritarização dos investimentos e a elaboração de reformas nas políticas dos sectores das Infra-estruturas africanas. O AICD baseia-se num esforço sem precedentes de recolha detalhada de dados económicos e técnicos a cerca desses mesmos sectores. O projecto produziu uma serie de relatórios originais sobre despesa publica, necessidades de gastos e performance para cada um dos principais sectores de Infraestruturas, incluindo Energia eléctrica, Tecnologias de Informação e Comunicação, Irrigação, Transportes, Água e Saneamento. Este volume sintetiza os resultados mais importantes desses mesmos relatórios. Os dados sobre quais se baseiam este volume e os relatórios sectoriais, serão postos a disposição do grande público através de um sítio web interactivo que permitirá ao interessados descarregar dados conforme as suas necessidades e realizar simulações variadas. A maioria da documentação foi reunida expressamente para o AICD. A primeira fase do AICD pós o enfoque em 24 Países, que reunidos, representam 85 porcento do PIB, da população, e do fluxo de ajuda as Infra-estruturas da África subsaariana. Esses Países são Benin, Burquina Faso, Camarões, Cabo Verde, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Quênia, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Ruanda, Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda, e Zâmbia. Numa segunda fase do projecto, a cobertura é alargada para incluir o maior número possível de países africanos. O AICD foi encomendado pelo Consórcio para as Infra-estruturas em África (Infrastructure Consorcium for Africa, ICA) no seguimento da Cimeira de 2005 do G8 (Grupo dos 8) em Gleneagles, Escócia, que destacou a importância da passagem á um nível superior de financiamento das Infra-estruturas pelos provedores de fundos, para sustentar o desenvolvimento em África. O Banco Mundial está vii

9 viii Prefácio a implementar o AICD sob a condução de um comité de orientação onde estão representados a União Africana, a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (New Partnership for Africa s Development, NEPAD), as comunidades económicas regionais da África, o Banco Africano de Desenvolvimento (African Development Bank, AfDb), O Banco de Desenvolvimento da África Austral ( Development Bank of Southern Africa, DBSA), e os principais provedores de fundos para as Infra-estruturas. O financiamento do AICD provém de um fundo fiduciário de multi- doadores, dos quais se destacam o britânico Departamento para o Desenvolvimento Internacional (Department for International Development, DFID), a Unidade de Consultoria para Infra-estruturas Público/ Privadas (Public-Private Infrastructure Advisory Facility, PPIAF), a Agência Francesa para o Desenvolvimento (Agence Française de Développement, AFD), a Comissão Europeia e o Banco Alemão de Desenvolvimento (Entwicklungsbank, KfW). Um grupo de revisores composto por eminentes representantes dos mundos político e universitário da África e além procedeu a revisão por pares de todos os principais resultados do estudo para garantir a sua qualidade técnica. O Programa da Política de Transportes da África Subsaariana (Sub-Saharan Transport Policy Program, SSATP) e o Programa da Água e Saneamento (Water and Sanitation Program, WSP) forneceram ajuda técnica a recolha e análise de dados referentes aos seus respectivos sectores. Este volume e outros que analisam tópicos essenciais ligados as Infra-estruturas, assim como as fontes dos dados sobre os quais se baseiam, estarão disponíveis para serem descarregados em Estão também disponíveis resumos independentes em Inglês e Francês. Todos os pedidos de informações relativos a disponibilidade de conjuntos de dados devem ser dirigidos aos editores, Banco Mundial, Washington, DC.

10 Agradecimentos Este relatório foi empreendido pelo Gabinete do director do Departamento do Desenvolvimento Sustentável da Região África, do Banco Mundial. Um número de directores supervisionou a implementação do projecto ao longo da sua execução, nomeadamente (por ordem cronológica) Michel Wormser, John Henry Stein e Inger Andersen. Os chefes de projecto para a redacção do relatorio foram Vivien Foster e Cecilia Briceño-Garmendia, e a equipa de base do projecto incluía Aijaz Ahmad, Dominique Aquele, Sudeshna Ghosh Banerjee, Sophie Hans-Moevi, Elvira Morella, Nataliya Pushak, Maria Shkaratan e Karlis Smits. A equipa do projecto está grata á um numero de colegas do Banco Mundial que actuaram como conselheiros em importantes aspectos transversais do relatório. Entre eles Antonio Estache, Jose Luis Irigoyen e Jyoti Shukla forneceram conselhos sobre questões gerais das Infra-estruturas, Sarah Keener sobre questões sociais, Paul Martin sobre assuntos relacionados com o ambiente e Stephen Minsk sobre aspectos rurais e agrícolas. Um painel externo de consultores técnicos forneceu um trabalho de revisão independente, por pares, da qualidade dos documentos de referência nos quais se baseia este relatório. O painel foi co-dirigido por Shanta Devarajan (Chefe Economista, Região África, Banco Mundial) e Louis Kasekende (Chefe Economista, Banco de Desenvolvimento Africano), e incluía Adeola Adenikinju (Professor, Universidade de Ibadan, Nigéria), Emmanuelle Auriol (Professor, Universidade de Toulouse, França), Tony Gomez-Ibanez (Professor, John F. Kennedy School of Government, Universidade de Harvard, E.U.), Cheikh Kane (Especialista independente em financiamento de Infra-estruturas) e Xinzhu Zhang (Professor, Academia Chinesa das Ciências Sociais, Pequim, China). Uma equipa editorial composta por Bruce Ross-Larson, Steven Kennedy e Joseph Caponio contribuiu de modo significativo para o melhoramento da qualidade do manuscrito final submetido ao Gabinete das Publicaçoes do Banco Mundial. ix

11 x Abreviações Abreviações FAD Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF, African Development Fund) AFRICATIP Associação Africana das Agências de Execução de Trabalhos de Interesse Público (Association Africaine des Agences d Exécution des Travaux d Intérêt Public) AGETIP Agência de Execuçao dos Trabalhos de Interesse Público (Agence d execution des travaux d intérêt public) AICD Diagnóstico das Infra-estruturas em África Orientado por País (Africa Infrastructure Country Diagnostic) AMADER Agência do Mali para o Desenvolvimento da Energia Domestica e Electrificação Rural (Agence Malienne pour le Développement de l énergie Domestique et l Electrification Rurale) ASB Água Canalizada e Saneamento BPC Companhia da Energia Eléctrica do Botsuana (Botswana Power Corporation) CEAR Caminhos de Ferro da África central e oriental (Central East African Railways) CREST Ferramenta de re-orientação comercial do sector da Energia Eléctrica (Commercial Reorientation of the Electricity Sector Toolkit) DHS Estudo de Demografia e Saúde (Demographic and Health Survey) EASSy Rede de Cabo Submarino da África Oriental (Eastern African Submarine Cable System) SIG Sistema de Internacional Geográfica (GIS, Geografic information systems) RNB Rendimento Nacional Bruto (GNI) GSM Rede Mundial de Telefone Móvel (Global System Mobile) IBNET Sistema internacional de Standardização (International Benchmarking Network) IBT Tarifa Progresiva por Blocos (Increasing block tariff) AID Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, International Development Association) IPP Produtor Independente de Energia Eléctrica (Independent Power Producer) JMP Programa de Monitorização Conjunta (Joint Monitoring Program) KenGen Companhia Queniana de Geração de Energia Eléctrica (Kenya Electricity Generation Company) KPLC Companhia Queniana de Energia Eléctrica e Iluminação (Kenya Power and Lighting Company) ODM Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG, Millennium Development Goal) NEPAD Nova Parceria Para o Desenvolvimento de África (New Partnership for Africa s Development) NWSC Corporação Nacional de Água e Serviços de Esgotos (National Water and Sewerage Corporation) O&M Operação & Manutenção (Operation and Maintenance) APD Auxilio Público ao Desenvolvimento (ODA, Official Development Assistance) OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD, Organisation for Economic Co-operation and Development) PPI Participação Privada em Infra-estruturas (Private Participation in Infrastructure) PSP Participação do Sector Privado (Private Sector Participation) SAT3 Cabo Submarino África Ocidental (South Atlantic 3) SEACOM Cabo de Fibra Óptica : África do Sul África Oriental Ásia do Sul SODECI Sociedade de Distribuição d Água da Costa do Marfim (Société de Distribution d Eau de la Côte d Ivoire) SOE Empresa Pública (State Owned Entreprise) SSATP Programa de politica dos Transportes em África Subsaariana (Sub-Saharan Africa Transport Policy Program) TEAMS Sistema marinho da África Oriental (The East Africa Marine System) TEU Unidade equivalente a 20 Pés (20 Foot Equivalent Unit) TIC Tecnologias da Informação e Comunicação TIR Transporte Internacional Rodoviário (Transport International Routier) VolP Voz sobre Protocolo Internet (Voice Over Internet Protocol) WiMAX Interoperabilidade Mundial para Acesso de Micro-ondas (Worldwide Interoperability for Microwave Access)

12 Visao Global Infra-estruturas em África: Tempo para a Mudança O Diagnóstico sobre as infra-estruturas dos países africanos é uma tentativa sem precedentes de recolha compreensiva de dados sobre os sectores das infra-estruturas em África energia eléctrica, transportes, irrigação, água potável e saneamento básico, e tecnologias de informação e comunicação e a fornecer uma análise integrada dos desafios que os mesmos enfrentam. Com base num extensivo trabalho de campo em África, foram encontrados os seguintes resultados: Os sectores das infra-estruturas foram responsáveis por mais de metade do recente crescimento que se registou em África, e têm o potencial de vir a ter um papel ainda mais importante no futuro. As redes de infra-estruturas em África registam um atraso em relação às de outros países em vias de desenvolvimento, e caracterizam-se pela falta de ligações a nível regional e pelo acesso relativamente estagnado por parte dos utilizadores domésticos. A difícil geografia económica de África apresenta um particular desafio em relação ao desenvolvimento das infra-estruturas. A utilização de infra-estruturas em África custa cerca do dobro do preço que em qualquer outro lugar, reflectindo a deseconomia de escala no lado da produção e as elevadas margens de lucro existentes devido à falta de competição. A energia eléctrica é de longe o maior desafio em termos de infra-estruturas, com 30 países que sofrem de cortes de energias regulares, e a pagar um elevado preço pelas infra-estruturas de produção de energia de emergência. O custo da resolução dos problemas ao nível das infra-estruturas em África é mais do dobro do que foi estimado pela Comissão para África (2005): cerca de 93 mil milhões por ano, sendo que cerca de um terço desse valor se destina apenas à manutenção. O desafio das infra-estruturas em África varia muito de acordo com o tipo de país enquanto os estados mais pobres estão perante uma tarefa impossível, os estados mais ricos em recursos permanecem atrasados apesar da sua riqueza. Uma grande parte das infra-estruturas em África é financiada pelos utilizadores domésticos, com os orçamentos dos governos centrais a representar o maior motor do investimento nas infra-estruturas. Ainda que sejam alcançados grandes ganhos em termos de eficiência, África enfrenta ainda uma falta de fundos para investir em infra-estruturas na ordem dos 31 mil milhões de dólares por ano, sobretudo no sector de energia eléctrica. 1

13 2 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA As reformas institucionais ao nível de regulamentação e a nível administrativo em África estão apenas a meio caminho, mas já se fazem sentir os seus efeitos ao nível da eficiência operacional. Resultado 1: As infra-estruturas contribuíram com cerca de metade do aumento no crescimento económico em África. O crescimento económico em África melhorou bastante na última década. Os países africanos viram as suas economias crescer a um sólido ritmo de 4% ao ano, entre 2000 e Os países ricos em recursos, que foram beneficiados com o aumento do preço das matérias-primas, apresentaram as maiores taxas de crescimento económico. Todavia o crescimento económico total ainda está longe dos 7% necessários para atingir a redução substancial da pobreza e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). As infra-estruturas, dado o seu peso na reviravolta económica em África, necessitam vir a ter um papel ainda mais importante no alcance dos objectivos de crescimento do continente. Por toda a África, os sectores das infra-estruturas contribuíram em 99 pontos percentuais para o crescimento económico per capita no período de 1990 a 2005, comparados com os 68 pontos percentuais de outras políticas estruturais (Calderón 2008). Essa contribuição é quase inteiramente atribuída aos avanços na penetração nos serviços de telecomunicações. A deterioração na quantidade e qualidade da rede de distribuição eléctrica no mesmo período atrasou o crescimento, subtraindo 11 pontos base ao crescimento económico per capita do continente e cerca de 20 pontos base no sul de África. Os efeitos de um maior esforço na melhoria das infra-estruturas em África teriam um impacto ainda maior no crescimento. As simulações sugerem que se todos os países africanos se aproximassem das Maurícias (o líder regional em infra-estruturas) o crescimento per capita da região poderia aumentar 2,2 pontos percentuais. Uma aproximação ao nível da República da Coreia aumentaria o crescimento per capita em 2,6 pontos percentuais ao ano. Na Costa do Marfim, na República Democrática do Congo e no Senegal o efeito seria ainda maior. Na maior parte dos países africanos, particularmente naqueles de mais baixos rendimentos, as infra-estruturas emergem como a maior barreira para a realização de negócios, diminuindo a produtividade das empresas em cerca de 40% (Escribano, Guasch e Pena 2008). Na maior parte dos países, o efeito negativo das deficientes infra-estruturas é, no mínimo, tão grande como o da criminalidade, da burocracia, da corrupção e dos constrangimentos dos mercados financeiros. Para um conjunto de países, a energia eléctrica surge, de longe, como o factor mais limitante, tendo sido citado por mais de metade das empresas em mais de metade dos países como o maior obstáculo aos negócios. Para um segundo conjunto de países, o mau funcionamento dos sectores portuário e alfandegário é igualmente significativo. Deficiências ao nível dos transportes e das TIC são menos prevalentes mas não deixam de ser substanciais em alguns casos. Os sectores das infra-estruturas não só contribuem para o crescimento económico, como também são um importante factor para o desenvolvimento humano (Fay e outros, 2005). As infraestruturas são o ingrediente-chave no alcance dos ODM. Uma rede segura e adequada de abastecimento de água faz poupar tempo e previne o alastramento de uma série de doenças incluindo a diarreia, uma das maiores causas de mortalidade infantil e de desnutrição. A energia eléctrica alimenta o sector da saúde e da educação e aumenta a produtividade das pequenas empresas. A rede rodoviária proporciona as ligações entre os mercados locais e globais. As TIC democratizam o acesso à informação e reduzem os custos de transporte ao permitirem que as pessoas efectuem transacções não presenciais. Resultado 2: As infra-estruturas em África estão em desvantagem relativamente aos outros países em vias de desenvolvimento Em quase todos os indicadores de medida da cobertura de infra-estruturas os países africanos encontram-se em desvantagem comparativamente com os outros países em desenvolvimento (Yepes, Pierce, and Foster 2008). Esta desvantagem é perceptível nos países com baixo e médio rendimentos da África subsaariana, comparados com outros países de baixo e médio rendimentos (Quadro O.1). As diferenças são particularmente grandes no número de estradas asfaltadas, rede de linhas telefónicas e produção de energia eléctrica. Em qualquer das três infra-estruturas mencionadas, o continente africano tem desenvolvido a criação dessas infra-estruturas de forma muito mais lenta que outras regiões em desenvolvimento. Por isso, a não ser que algo mude, o fosso continuará a crescer. Até que ponto as deficiências nas infra-estruturas em África se devem ao momento em que as mesmas começaram a ser implementadas? África começou por ter infra-estruturas que não

14 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA 3 diferiam muito daquelas que existiam no sudeste asiático nos anos 60 em relação à rede rodoviária, nos anos 70 para as linhas telefónicas, e nos anos 80 para a rede de energia eléctrica. A comparação com o sudeste asiático, cujo rendimento per capita é semelhante, e particularmente interessante. Em 1970, a África subsaariana tinha quase o triplo da capacidade de produção de energia por milhão de habitantes que o sudeste asiático. Em 2000, o sudeste asiático já tinha ultrapassado largamente a África subsaariana com quase o dobro da capacidade de produção de energia por milhão de habitantes. Também em 1970, a África subsaariana Quadro O.1 Défice de infra-estruturas em África Unidades Normalizadas Densidade de estradas pavimentadas Densidade total de estradas Países Subsaarianos com rendimentos baixos Outros Países com rendimentos baixos Densidade de Rede Fixa Densidade detelefones móveis Densidade de internet 2 3 Capacidade de geração Cobertura de energia eléctrica Água melhorada Saneamento melhorado Fonte: Yepes, Pierce, e Foster Nota: A densidade do sistema rodoviário é medida em quilómetros por cada 100 quilómetros quadrados de terra arável; a densidade de linhas telefónicas é medida por linha por cada 1000 habitantes; a geração de energia eléctrica é medida em megawatts por milhão de habitantes; a cobertura da rede eléctrica, da rede de distribuição de água potável e saneamento básico, é medida em percentagem da população.. Figura O.1 Acesso aos serviços domésticos tinha o dobro da densidade de linhas telefónicas em relação ao sudeste asiático, em 2000 as duas regiões estão em situação de igualdade. Desde 1990, a cobertura dos serviços domésticos praticamente não sofreu alterações (Figura O.1 Quadro a). É pouco provável que o continente africano atinja os ODM em relação à água potável e saneamento básico. De facto, com os dados actuais, o aceso universal a estes e a outros serviços está mais de 50 anos atrasado na maioria dos países africanos (Banerjee, Wodon, e outros 2008). Mesmo nos locais onde as infra-estruturas existem, uma percentagem significativa de lares permanece sem ligação às redes de distribuição, o que sugere que há barreiras do lado da procura e que o referido acesso universal requer mais do que a existência física das redes de infra-estruturas. Como era de esperar, o acesso às infra-estruturas nas zonas rurais é apenas uma fracção daquela que existe nas zonas urbanas, mesmo sabendo que a cobertura urbana a este nível é também baixa de acordo com os padrões internacionais (Banerjee, Wodon, e outros 2008) (Figura O.1 b). Resultado 3: A difícil geografia económica de África representa um desafio para o desenvolvimento das infra-estruturas Relativamente a outros continentes, África caracteriza-se por uma baixa densidade populacional (36 habitantes por quilómetro quadrado), baixas taxas de urbanização (35%), mas com taxas relativamente rápidas de crescimento urbano (3,6% ao ano), um número relativamente grande de países sem acesso ao mar (15), e de numerosas pequenas economias. Percentagem da população a. Tendências estagnadas Água canalizada Energia eléctrica Sanita com autoclismo Telefone de rede fixa Percentagem da população Água canalizada b. Clivagem Rural/Urbana Energia eléctrica Sanita com autoclismo Nacional Rural Urbano Telefone de rede fixa Fonte: Banerjee, Wodon, e outros 2008.

15 4 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA Outro inconveniente do continente tem que ver com a variabilidade hidrológica, particularmente elevada e com grandes oscilações na precipitação em algumas zonas, estações do ano, e circunstância, que as alterações climáticas podem vir a intensificar. A visível fragmentação dos estados-nação em África vê-se também reflectida no tipo também fragmentado das redes de infra-estruturas. A África subsaariana compreende 48 estados-nação, muitos dos quais são muito pequenos. A maioria desses países tem uma população inferior a 20 milhões de habitantes e economias internas abaixo dos 10 mil milhões de dólares. As fronteiras internacionais têm pouca relação quer com as características do meio (como as bacias hidrográficas), quer com as características artificiais (como cidades e a acessibilidade das mesmas a vias de comunicação para o comércio, como os portos). A ligação intra-regional é por isso bastante baixa, quer seja medida em ligações transcontinentais, como as ligações rodoviárias (auto-estradas), quer em ligações entre redes de distribuição de energia eléctrica ou de redes de fibra óptica. Os acessos em que existe maior continuidade são os corredores de acesso aos portos marítimos, de resto as ligações rodoviárias intra-regionais caracterizam-se por uma enorme descontinuidade. Apesar de muitos dos países serem demasiado pequenos para produzirem de forma rentável a sua própria energia eléctrica, existem poucos pontos de ligação fronteiriços que tornem possível o intercâmbio de energia eléctrica. Até há bem pouco tempo, o Leste africano não dispunha de acesso a um cabo submarino global que pudesse proporcionar comunicações internacionais e o acesso à internet a um custo mais baixo. A rede intra-regional de fibra óptica, apesar do crescimento rápido, está também incompleta. Devido ao isolamento geográfico, os países sem acesso ao mar sofrem particularmente com a falta de ligações regionais. Tanto a distribuição espacial como a rápida migração da população africana representam grandes desafios para que se alcance o acesso universal. Nas áreas rurais, mais de 20% da população vive em povoações dispersas onde a densidade populacional típica é de menos de 15 pessoas por quilómetro quadrado; desse modo, os custos do acesso às infra-estruturas são comparativamente elevados. Nas áreas urbanas, as taxas de crescimento da população com uma média anual de 3,6% estão a deixar os fornecedores de infraestruturas numa situação bastante severa. Daí resulta que a taxa de cobertura de serviços urbanos tem de facto diminuído na última década, e as alternativas de baixo custo estão a dar cobertura às faltas existentes (Banerjee, Wodon e outros 2008; Morella, Foster, e Banerjee 2008). Em conjunto, a densidade populacional nas cidades africanas é relativamente baixa, de acordo com os padrões internacionais, não beneficiando de grandes economias de aglomeração na implementação de infra-estruturas. Daí resulta também que os custos do fornecimento de um pacote básico de infra-estruturas possa facilmente custar o dobro que em quaisquer outras cidades em desenvolvimento (Dorosh e outros 2008). Os recursos hidrológicos em África são abundantes, mas devido à falta de armazenamento de água e de infra-estruturas para a sua distribuição os mesmos são muito pouco aproveitados. Por isso a segurança em relação à água reserva e fornecimento de água confiáveis, risco aceitável no caso de cheias ou de outros eventos imprevisíveis, incluindo os das alterações climáticas requer no futuro o aumento considerável na capacidade de armazenamento de água dos actuais 200 metros cúbicos per capita (Grey e Sadoff 2006). Noutras partes do mundo essa capacidade é da ordem dos milhares de metros cúbicos. O custo associado ao aumento da capacidade de armazenamento de água é extremamente elevado em relação à dimensão das economias dos países africanos, o que sugere um faseamento dos investimentos, com a preocupação em atingir primeiro a segurança em relação à água nos locais onde o crescimento é mais acentuado. É necessário estender também a distribuição da água para fins agrícolas. Numa mão-cheia de países apenas 7 milhões de hectares estão equipados para a irrigação. Apesar de os terrenos equipados para a irrigação representarem menos de 5% da área cultivada em África, aí são produzidos 20% da riqueza agrícola do continente. Mais 12 milhões de hectares poderiam ser economicamente viáveis para a irrigação se houvesse um maior controlo nos gastos (You, 2008). Resultado 4: A utilização das infraestruturas em África custa o dobro do preço que em qualquer outro lugar As infra-estruturas em África não são apenas deficitárias nas redes de cobertura, mas também o custo da utilização dos serviços é excepcionalmente elevado se comparado com os padrões internacionais (Quadro O.2). Quer seja a energia eléctrica, a água, os transportes de mercadorias, os telemóveis ou os serviços de Internet, as tarifas pagas em África são várias vezes superiores àquelas que se pagam em qualquer outro lugar dos países em desenvolvimento. A explicação para os elevados preços em África reside, por vezes, nos genuinamente elevados custos de produção, outras vezes nas elevadas margens de lucro aplicadas. As recomendações da política a seguir em cada um dos casos são bastante diferentes. A energia eléctrica é o exemplo mais flagrante de infra-estrutura com custos genuinamente mais

16 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA 5 Table O.2 Africa s High-Cost Infrastructure Sector de Infraestrutura Tarifas de energia eléctrica ($ por quilo watt-hora) Tarifa da Água ($ por metro cúbico) Tarifas de transporte terrestre ($ por tonelada-quilometro) Telefones móveis ($ por cabaz por mês) Telefones internacionais ($ por chamada de 3 minutos para os Estados Unidos) Uso da internet ($ por mês) África Subsaariana Outras regiões em desenvolvimento Fonte: Estimativas dos autores baseadas em Africon 2008; Bannerjee, Skilling, e outros 2008; Eberhard e outros 2008; Minges e outros 2008; Teravaninthorn e Raballand 2008; Wodon 2008a e b. Nota: A variação refleta os preços nos diferentes Países e os varios níveis de consumo. Os Preços para os serviços de telefone e internet são representativos para todas as regiões em desenvolvimento, África incluída. elevados em África do que em qualquer outro lugar. Muitos dos pequenos países africanos têm sistemas de energia eléctrica abaixo do limiar dos 500 megawatts, e é por essa razão que confiam a produção de energia a pequenos geradores a diesel que podem custar até 0,35 dólares por quilowatt por hora, cerca do dobro do custo existente em países grandes com sistemas de produção de energia eléctrica baseados no carvão ou na energia hidráulica (Eberhard e outros 2008). As elevadas tarifas para o transporte de mercadorias em África têm muito mais a ver com as grandes margens de lucro aplicadas que com os valor dos custos (Teravaninthorn e Raballand 2008). Os custos para as empresas de camionagem em África não são muito mais elevados que os mesmos em outros lugares do mundo, mesmo se considerarmos os pagamentos não declarados. As margens de lucro, pelo contrário, são excepcionalmente elevadas, particularmente no Centro e no Oeste africanos, onde chegam a atingir valores entre os 60% e os 160%. A causa desta situação está na falta de competição, a que se associa o mercado altamente regulamentado baseado num sistema rotativo de distribuição, que atribui o transporte de mercadorias através do método de listas de espera, em vez de deixar os operadores efectuarem contratos bilaterais directamente com os clientes. Os elevados custos das chamadas telefónicas internacionais e dos serviços de Internet reflectem uma mistura dos factores do custo e das margens de lucro. Os países sem acesso a cabo submarino vêem-se forçados à utilização da dispendiosa tecnologia via satélite para o acesso a ligações internacionais, e o custo destes serviços é normalmente o dobro que nos países com acesso ao referido cabo submarino. Mesmo quando existe o acesso a cabo submarino, nos países em que há o monopólio desta via de acesso internacional as tarifas são mais elevadas que as dos países em que não há monopólio (Minges e outros 2008). Resultado 5: A energia eléctrica é de longe o maior desafio a nível das infraestruturas em África Quer seja medida em capacidade de geração, de consumo de electricidade ou de fiabilidade do abastecimento, a rede de produção e distribuição de energia eléctrica em África satisfaz apenas uma fracção do que se observa em qualquer outro lugar nos países em desenvolvimento (Eberhard e outros 2008). Os 48 países da região subsaariana (com 800 milhões de habitantes) produzem aproximadamente a mesma energia eléctrica que Espanha (com 45 milhões de habitantes). O consumo anual de energia de 124 quilowatts/hora ou menos per capita, representa apenas 10% do que se pode encontrar em qualquer outro lugar nos países em vias de desenvolvimento, e chega apenas para manter acesa uma lâmpada de 100 watts por pessoa, três horas por dia. Mais de 30 países africanos sofrem de cortes de energia e interrupções regulares no abastecimento (Figura O.2). As causas variam: falhas no aumento da capacidade da rede para dar resposta à procura proveniente do crescimento económico; os períodos de seca que reduziram a capacidade hidroeléctrica no Leste africano; as convulsões no mercado petrolífero que inibiram as importações de diesel em muitos dos países do Oeste africano; e os conflitos que assolaram as infra-estruturas de produção de energia nos Estados mais frágeis. As empresas africanas afirmam ter perdido cerca de 5% das suas vendas devido aos frequentes cortes no abastecimento um valor que sobe até 20% nas empresas de mercado informal que não têm capacidade para manter um sistema de abastecimento de emergência. Em suma, o custo económico das falhas de abastecimento de energia eléctrica facilmente pode subir até a 1 % ou 2% do PIB. A resposta mais frequente para o problema é o aluguer, de curta duração, de geradores de emergência. Na África subsaariana há pelo menos 750 megawatts de energia eléctrica que são produzidos por geradores de emergência, o que em alguns países representa uma grande fatia do total da produção nacional. Todavia o custo de produção de energia por este meio é caro, entre 0,20 a 0,30

17 6 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA Figura O.2 As causas da Crise de Abastecimento de Energia Eléctrica em África CABO VERDE MAURITÂNIA SENEGAL MALI NÍGER CHADE SUDÃO ERITREA GÂMBIA GUINÉ BISSAU SIERRA LEONE GUINÉ LIBÉRIA CÔTE D'IVOIRE BURQUINA FASO GANA BENIN TOGO NIGÉRIA GUINÉ EQUATORIAL SAO TOME AND PRINCIPE CAMEROON GABÃO REPÚBLICA AFRICANA CENTRAL REPÚBLICA DEMOCRÁTICO DO CONGO (ZAIRE) REPÚBLICA DO CONGO RUANDA BURUNDI ETIÓPIA UGANDA QUÊNIA TANZÂNIA DJIBUTI SOMÁLIA SEICHELES Causa principal Causa naturas (Secas) Choque do preço do petróleo Sistema afectado por conflito Crescimento alto, baixo nível de investimento / Problemas estruturais ANGOLA ZÂMBIA ZIMBÁBUE NAMÍBIA BOTSUANA MALAUÍ MOÇAMBIQUE CAMARÕES MAYOTTE MADAGÁSCAR MAURÍCIO Fonte: Eberhard e outros ÁFRICA DO SUL LESOTO SUAZILÂNDIA dólares por quilowatt/hora, e nalguns países os custos com a produção de energia pode chegar a 4% do PIB. O pagamento do aluguer dos geradores de energia de emergência absorve significativos recursos financeiros dos orçamentos nacionais e compromete o investimento em soluções de longo prazo. Resultado 6: São precisos mais de 93 mil milhões de dólares de investimento por ano em infra-estruturas em África, mais do dobro do que havia sido previsto anteriormente pela Comissão para África A resolução dos problemas ao nível de infra-estruturas em África requer um sólido plano de investimentos e de manutenção: Um aumento de 7000 megawatts na capacidade de produção de energia eléctrica por ano (cerca de metade a partir de novas formas de armazenamento de água para diversas finalidades). Permitir o intercâmbio regional de energia eléctrica através da implementação de linhas eléctricas transfronteiriças, com capacidade de transmissão de megawatts. Completar a rede inter-regional de fibra óptica e o cabo submarino de ligação internacional. Interligar as capitais, os portos, as passagens fronteiriças e as cidades secundárias através de uma boa rede de ligações rodoviárias. Proporcionar o acesso aos campos agrícolas de grande produtividade através de estradas pavimentadas. Mais do que duplicar a área irrigada em África. Atingir os ODM para a água potável e saneamento básico. Subir a taxa de electrificação doméstica em 10%. Proporcionar o acesso a sistemas globais de comunicação móvel por voz e a serviços de banda larga a 100% da população. A implementação de um programa tão ambicioso para resolver as necessidades de infra-estruturas em África custará 93 mil milhões de dólares por ano

18 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA 7 (cerca de 15% do PIB do continente). Cerca de dois terços deste valor referem-se a gastos de capital, o restante, um terço, refere-se a custos de operações e manutenção (Quadro O.3; Briceño-Garmendia, Smits, and Foster 2008). Os custos apresentados são bem mais do dobro dos 39 mil milhões de investimento em infra-estruturas, estimados no relatório de 2005 da Comissão para África. O valor baseava-se no estudo econométrico que envolvia vários países, e não num modelo microeconómico mais detalhado ao nível do país (Estache 2005). Uma recente actualização do estudo inicial da Comissão para África apresenta uma revisão dos custos, apontando para valores na ordem dos 80 a 90 mil milhões de dólares, muito mais próximo dos valores aqui apresentados (Yepes 2007). Cerca de 40% do total das necessidades de investimento estão associadas à energia eléctrica, o que reflecte o grande défice do continente nesta área. Cerca de um terço do investimento na energia eléctrica (cerca de 9 mil milhões de dólares por ano) está associado a novas formas de armazenamento de água para produção de energia hidroeléctrica, e gestão dos recursos hídricos. A seguir à energia eléctrica, o abastecimento de água potável, o saneamento básico e depois a rede de transportes são os aspectos mais importantes. Dado os recentes aumentos nos custos de produção, as estimativas apresentadas podem estar abaixo da realidade. Apesar das estimativas de investimento se basearem em dados precisos em relação aos custos, as agências de desenvolvimento têm apresentado aumentos significativos nos custos dos projectos em fase de implementação. Nos projectos rodoviários, por exemplo, os aumentos atingiram em média os 35%, e em alguns casos foram até superiores, chegando a 50 ou 100%. Uma observação mais Quadro O.3 Necessidades totais de investimento em infra-estruturas na África subsaariana $ Milhares de milhões de dólares anuais Despesas de capital Sector de Infra-estrutura Funcionamento e manutenção Gastos totais TIC Irrigação Energia Eléctrica Transportes ASB Total Fonte: Estimativas dos autores baseadas em Banerjee, Wodon e outros 2008; Carruthers, Krishnamani, e Murray 2008; Mayer, e outros 2008; Rosnes e Vennemo Nota: Os totais de cada coluna podem não ser exactos devido a erros de arredondamento. TIC = Tecnologias da Informação e da Comunicação; ASB = Água Canalizada e Saneamento Básico. atenta revela que nenhum factor isolado pode explicar tais aumentos. A inflação nacional, as apertadas condições vividas pela indústria de construção, as convulsões no mercado petrolífero e a falta de competição entre os agentes, todos estes factores têm os seu papel, com o último a ser de longe o mais importante. A crise financeira global de 2008 pode vir a originar a diminuição da procura de certo tipo de infra-estruturas, mas não deve alterar demasiado as necessidades estimadas em termos de custos. O planeamento e os objectivos sociais, mais que o crescimento económico, absorvem uma larga fatia nas necessidades de investimento, por exemplo, as relacionadas com os transportes (baseadas grandemente em objectivos de ligações rodoviárias) e as relacionadas com a água potável e o saneamento básico (baseadas nos ODM). As necessidades de investimento mais directamente ligadas ao crescimento económico são aquelas que se relacionam com o sector de energia eléctrica. Todavia, devido aos atrasos no investimento neste sector, as estimativas de investimento necessário contêm uma grande componente de recuperação e actualização do que já existe. Desta forma, mesmo reduzindo para metade as estimativas de crescimento económico para a região, apenas se verificaria uma redução de 20%. A recessão global pode também vir a afectar a procura de serviços relacionados com as TIC, bem como as infra-estruturas relacionadas com os fluxos comerciais, como as linhas ferroviárias e os portos. Não obstante o peso destas infra-estruturas nas necessidades totais de investimento representam pouco mais de 10%. Resultado 7: Os desafios em relação às infra-estruturas variam muito de acordo com o tipo de país O desafio em relação às infra-estruturas varia muito de acordo com os diferentes grupos de países (Briceño-Garmendia, Smits, e Foster 2008). Devido à ampla variedade de circunstâncias, é importante distinguir entre os países de médios rendimentos (como Cabo Verde e a África do Sul), países ricos em recursos com economias altamente baseadas no petróleo ou em minérios (como a Nigéria e a Zâmbia), países frágeis que acabam de sair de conflitos armados (como a Costa do Marfim ou a República Democrática do Congo), e os restantes países com baixos rendimentos que não são nem frágeis nem ricos em recursos (como o Senegal e o Uganda). O mais preocupante desafio em termos de infra-estruturas encontra-se nos chamados Países Frágeis (Figura O.3). Os recentes conflitos que

19 8 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA Figura O.3 Peso das Infra-estruturas em termos de Custos Percentagem do PIB PRB - Frágil Capital PRB - Não Frágil Ricos em Recursos Funcionamento e Manutenção PRM Fonte: Briceño-Garmendia, Smits, e Foster Nota: Os valores referem-se ao investimento (excepto o Sector Público) e incluem os gastos correntes. O Sector Público compreende o Governo em geral e as empresas não financeiras PRB = País com Rendimentos Baixos; PRM = País com Rendimentos Médios afectaram estes países, na maioria dos casos resultaram na destruição ou delapidação das suas (já de si modestas) infra-estruturas nacionais. Na República Democrática do Congo, cerca de 50% das infra-estruturas existentes precisam de obras de reabilitação. As necessidades de investimento em infra-estruturas nos Países Frágeis são particularmente elevadas, em particular se forem comparadas com a dimensão das suas economias nacionais. Estes países necessitariam, em média, de aplicar cerca de 37% do seu PIB na construção de uma rede sólida de infra-estruturas. Dadas as dificuldades internas, estes países acabam por ter pouca capacidade de atrair investimento exterior, captando apenas 10% de apoio internacional ao desenvolvimento e apenas 6% de capital privado é dedicado às infra-estruturas. A somar ao enorme peso dos problemas de financiamento, os Países Frágeis não utilizam adequadamente os recursos de que dispõem; investem pouco em manutenção e contam com fornecedores de serviços pouco eficientes. Os países de baixos rendimentos necessitam de dedicar, em média, cerca de 23% do PIB na construção e manutenção de infra-estruturas básicas, na prática, um nível difícil de alcançar. Por isso, terão de fazer escolhas difíceis sobre as prioridades dos seus investimentos, e a maior parte destes países tem ainda um longo caminho a percorrer, no sentido de melhorar a eficiência das infra-estruturas em funcionamento. Os países ricos em recursos estão, em princípio, muito mais bem posicionados para alcançar as suas metas em termos de investimento de infraestruturas, muito embora no passado não se tivesse verificado essa tendência. Estes países poderiam alcançar as suas necessidades de investimento em infra-estruturas num valor muito mais manejável de cerca de 12% do PIB. Na verdade, a enorme entrada de capital proveniente de royalties que receberam durante a recente escalada dos preços das matérias-primas proporciona uma fonte segura de financiamento. No entanto, os países ricos em recursos estão actualmente atrasados em relação às suas infra-estruturas, e investem menos nesses sectores quando são comparados com os países de baixos rendimentos. Essa riqueza tem sido aplicada no pagamento da dívida externa, e não nas infraestruturas. Os desafios políticos, mesmo num ambiente rico em recursos, podem também impedir a transformação da riqueza em infra-estruturas. Satisfazer as necessidades de infra-estruturas dos países de médios rendimentos parece ser uma tarefa bastante mais fácil. Estes países deverão ser capazes de responder às suas necessidades de investimento em infra-estruturas com cerca de 10% do PIB. Os mesmos são também muito mais fortes na manutenção das infra-estruturas e na eficiência institucional. As suas populações, mais urbanas, também facilitam o desenvolvimento do sistema. Resultado 8: Uma grande parte das infra-estruturas em África é financiada pelas famílias Os gastos com infra-estruturas em África são mais elevados do que se pensava anteriormente, chegando aos 45 mil milhões de dólares por ano se consideramos os gastos orçamentados e fora do orçamento (incluindo empresas do estado e fundos não orçamentados), e os financiamentos externos. Os últimos incluem o sector privado, os apoios oficiais ao desenvolvimento e os financiamentos que não pertencem à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Dois terços destes gastos são pagos internamente: 30 mil milhões de dólares são pagos anualmente pelos contribuintes africanos e pelos utilizadores das infraestruturas, os restantes 15 mil milhões de dólares são pagos pelo exterior (Quadro O.4). O sector público continua a ser a principal fonte de financiamento da água, da energia, e dos transportes em todos os países, à excepção dos mais frágeis. O investimento público é largamente financiado pelos impostos e executado através dos orçamentos de estado, ao passo que o funcionamento e a manutenção das infra-estruturas são financiados pelas tarifas aplicadas aos utilizadores, e executados pelas empresas do estado. Os níveis actuais de financiamento público são substancialmente elevados em relação ao PIB nos países de baixos rendimentos, normalmente absorvem entre 5% e 6% do total do PIB. (Figura O.4). Em termos absolutos, todavia, os gastos mantém-se bastante baixos, não superando os 20 ou 30 dólares per capita ao ano (Briceño-Garmendia, Smits, and Foster 2008).

20 infra-estrturas EM ÁFRICA: TEMPO PARA A MUDANÇA 9 Quadro O.4 Gastos em Infra-estruturas para Enfrentar as Necessidades Infra-estruturais da Áfria subsaariana $ Milhares de milhões de dólares anuais Sector de Infra-estrutura Gastos Totais Funcionamento e manutenção Sector Público Sector Público AOD Despesas de Capital Financiamento o Não OCDE Sector Privado TIC Energia Transportes ASB Irrigação Total Fonte: Briceño-Garmendia, Smits, and Foster Nota: Baseado nas médias anuais de Médias ponderadas pelo PIB de cada país. Os valores são extrapolações baseadas na amostra de 24 países utilizada na primeira fase da AICD. Os valores totais podem não estar correctos devido a erros de arredondamento. TIC = Tecnologias da Informação e da Comunicação; AOD = Apoios Oficiais ao Desenvolvimento; OCDE = Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico; ASB = Água canalizada e Saneamento Básico; Valor não disponível. Total Olhando apenas o investimento, verifica-se que o apoio oficial ao desenvolvimento, a participação privada nas infra-estruturas e os financiamentos que não fazem parte da OCDE, todos juntos, excedem o investimento público financiado internamente (Briceño-Garmendia, Smits, e Foster 2008). O sector privado é de longe a maior fonte de financiamento a par do investimento público interno. Muito mais pequenos, mas ainda assim significativos, são os fluxos de capitais provenientes dos apoios oficiais ao desenvolvimento e, com menor peso, os financiamentos vindos de países que não pertencem à OCDE, como a China, a Índia e os países Árabes. A direcção dos financiamentos varia muito de acordo com cada caso. Os apoios oficiais ao desenvolvimento dirigem-se grandemente ao sector da água e dos transportes, particularmente nos Países Frágeis. Os financiamentos vindos de fora da OCDE dirigem-se essencialmente ao sector da energia e da rede ferroviária, especialmente nos países ricos em recursos. O investimento privado nas infra-estruturas concentra-se sobretudo no sector das TIC. Resultado 9: Mesmo com ganhos em eficiência, ficam ainda a faltar 31 mil milhões de dólares de financiamento em infra-estruturas por ano em África, sobretudo no Sector da Energia Eléctrica. A resolução das falhas ao nível da eficiência permitiria um melhor aproveitamento dos recursos existentes com um ganho de cerca de 17 mil milhões de dólares por ano. Esta é a maior lacuna registada na eficiência do sector das infra-estruturas Figura O.4 Percentagem do PIB do Investimento Público em Infra-estruturas percent middle-income countries nonfragile low-income countries capital resource-rich countries fragile low-income countries Sub-Saharan Africa operation and maintenance Fonte: Briceño-Garmendia, Smits, e Foster que África enfrenta (Briceño-Garmendia, Smits, e Foster 2008). Em primeiro lugar, alguns países estão a aplicar mais recursos em certo tipo de infra-estruturas do que parecia ser necessário (Briceño-Garmendia, Smits, e Foster 2008). Este gasto excessivo, no total, chega a atingir os 3,3 mil milhões de dólares anuais, e a maior parte destas despesas estão relacionadas com o investimento público nas infra-estruturas para as TIC, que o sector privado poderia assumir, em particular nos países com médios rendimentos. Apesar de uma parte deste gasto excessivo poder ser justificado como tratando-se de uma

Visao Global. Infra-estruturas em África: Tempo para a Mudança

Visao Global. Infra-estruturas em África: Tempo para a Mudança Visao Global Infra-estruturas em África: Tempo para a Mudança O Diagnóstico sobre as infra-estruturas dos países africanos é uma tentativa sem precedentes de recolha compreensiva de dados sobre os sectores

Leia mais

Síntese. Perspectivas das Comunicações da OCDE : Edição 2003

Síntese. Perspectivas das Comunicações da OCDE : Edição 2003 Síntese Perspectivas das Comunicações da OCDE : Edição 2003 Overview OECD Communications Outlook : 2003 Edition As sínteses são excertos de publicações da OCDE, encontrando-se livremente disponíveis na

Leia mais

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas

ESTUDO STERN: Aspectos Económicos das Alterações Climáticas Resumo das Conclusões Ainda vamos a tempo de evitar os piores impactos das alterações climáticas, se tomarmos desde já medidas rigorosas. As provas científicas são presentemente esmagadoras: as alterações

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

Development Co-operation Report 2010. Relatório de Desenvolvimento e Cooperação 2010. Summary in Portuguese. Sumário em Português

Development Co-operation Report 2010. Relatório de Desenvolvimento e Cooperação 2010. Summary in Portuguese. Sumário em Português Development Co-operation Report 2010 Summary in Portuguese Relatório de Desenvolvimento e Cooperação 2010 Sumário em Português O relatório de Desenvolvimento e Cooperação, emitido pelo Comité de Ajuda

Leia mais

O estado actual e perspectivas sobre os investimentos estrangeiros directos NOTA DE TRABALHO REPRESENTAÇÃO COMERCIAL GENEBRA - SUÍÇA

O estado actual e perspectivas sobre os investimentos estrangeiros directos NOTA DE TRABALHO REPRESENTAÇÃO COMERCIAL GENEBRA - SUÍÇA MISSÃO PERMANENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA JUNTO AO OFÍCIO DAS NAÇÕES UNIDAS REPRESENTAÇÃO COMERCIAL GENEBRA - SUÍÇA NOTA DE TRABALHO O estado actual e perspectivas sobre os investimentos estrangeiros directos

Leia mais

IMF Survey. África deve crescer mais em meio a mudanças nas tendências mundiais

IMF Survey. África deve crescer mais em meio a mudanças nas tendências mundiais IMF Survey PERSPECTIVAS ECONÓMICAS REGIONAIS África deve crescer mais em meio a mudanças nas tendências mundiais Por Jesus Gonzalez-Garcia e Juan Treviño Departamento da África, FMI 24 de Abril de 2014

Leia mais

M Pesa. Mobile Banking Quénia

M Pesa. Mobile Banking Quénia M Pesa Mobile Banking Quénia Total de população do Quénia 43 Milhões 10 Milhões 22 Milhões O Quénia, apresenta actualmente uma população de 43 milhões de habitantes, dos quais cerca de 10 milhões tem acesso

Leia mais

Os modelos de financiamento da saúde e as formas de pagamento aos hospitais: em busca da eficiência e da sustentabilidade

Os modelos de financiamento da saúde e as formas de pagamento aos hospitais: em busca da eficiência e da sustentabilidade Os modelos de financiamento da saúde e as formas de pagamento aos hospitais: em busca da eficiência e da sustentabilidade Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Agenda Enquadramento

Leia mais

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em * (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em desenvolvimento) A atual crise financeira é constantemente descrita

Leia mais

RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 1º TRIMESTRE DE 2015

RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 1º TRIMESTRE DE 2015 RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 1º TRIMESTRE DE 2015 Introdução A África alcançou um ponto de viragem crítico na sua luta contra a malária este ano à medida que objectivos, estratégias e planos globais e regionais

Leia mais

TEMA: CONTRASTES DE DESENVOLVIMENTO. 1ª parte -Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento

TEMA: CONTRASTES DE DESENVOLVIMENTO. 1ª parte -Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento TEMA: CONTRASTES DE DESENVOLVIMENTO 1ª parte -Países desenvolvidos vs Países em desenvolvimento Questões de partida 1. Podemos medir os níveis de Desenvolvimento? Como? 2. Como se distribuem os valores

Leia mais

CONTABILIDADE NACIONAL 1

CONTABILIDADE NACIONAL 1 CONTABILIDADE NACIONAL 1 Ópticas de cálculo do valor da produção O produto de um país pode ser obtido por três ópticas equivalentes: Óptica do Produto permite-nos conhecer o valor do produto por sector

Leia mais

RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 4º TRIMESTRE DE 2014

RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 4º TRIMESTRE DE 2014 Introdução RELATÓRIO DO RESUMO DA ALMA 4º TRIMESTRE DE 2014 O continente africano tem travado uma longa e árdua guerra contra a malária, em cada pessoa, cada aldeia, cada cidade e cada país. Neste milénio,

Leia mais

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico.

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico. Síntese APRESENTAÇÃO O Relatório da Competitividade é elaborado anualmente, com o objectivo de monitorizar a evolução de um conjunto de indicadores ( Carteira de Indicadores ) em Portugal e a sua comparação

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Como Apresentar Projetose Exemplos de Operações por João Real Pereira Sumário ExemplosdeProjectosITF ComoApresentarProjetos PipelinedeProjetos Oportunidades nos Sectores dos TransportesedaEnergia Conclusões

Leia mais

Evolução da ajuda prestada pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Banco Mundial aos PALOP Ano 2000 a 2007

Evolução da ajuda prestada pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Banco Mundial aos PALOP Ano 2000 a 2007 Evolução da ajuda prestada pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Banco Mundial aos Ano 2000 a 2007 1/11 2/11 Banco Africano de Desenvolvimento O Banco africano de Desenvolvimento tem por objectivo

Leia mais

A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis:

A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis: A crise na Zona Euro - Implicações para Cabo Verde e respostas possíveis: Uma Mesa-Redonda Sector Público-Privado 7/10/2011 Centro de Políticas e Estratégias, Palácio do Governo, Praia. A crise na Zona

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Caracterização do Sector Português da Água

Caracterização do Sector Português da Água Caracterização do Sector Português da Água ÁGUAGLOBAL A Internacionalização do Sector Português da Água AEP - Edifício de Serviços 19 de Abril de 2012 Centro Empresarial Torres de Lisboa Rua Tomás da Fonseca,

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo

ser alcançada através de diferentes tecnologias, sendo as principais listadas abaixo: DSL (Digital Subscriber Line) Transmissão de dados no mesmo 1 Introdução Em 2009, o Brasil criou o Plano Nacional de Banda Larga, visando reverter o cenário de defasagem perante os principais países do mundo no setor de telecomunicações. Segundo Ministério das

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

PROJECTO DE RELATÓRIO

PROJECTO DE RELATÓRIO ASSEMBLEIA PARLAMENTAR PARITÁRIA ACP-UE Comissão do Desenvolvimento Económico, das Finanças e do Comércio ACP-EU/101.516/B/13 18.08.2013 PROJECTO DE RELATÓRIO sobre a cooperação Sul-Sul e a cooperação

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

6º Fórum Mundial da Água

6º Fórum Mundial da Água 6º Fórum Mundial da Água A gestão integrada de recursos hídricos e de águas residuais em São Tomé e Príncipe como suporte da segurança alimentar, energética e ambiental Eng.ª Lígia Barros Directora Geral

Leia mais

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos?

Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Empresariado Nacional e Tecnologias de Informação e Comunicação: Que Soluções Viáveis para o Desenvolvimento dos Distritos? Carlos Nuno Castel-Branco Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da UEM

Leia mais

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite para participar neste debate e felicitar os organizadores pela importância desta iniciativa. Na minha apresentação irei falar brevemente da

Leia mais

METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA METALOMECÂNICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA 1. Indicadores e Variáveis das Empresas A indústria metalomecânica engloba os sectores de fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento (CAE )

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Social

Programa de Desenvolvimento Social Programa de Desenvolvimento Social Introdução A Portucel Moçambique assumiu um compromisso com o governo moçambicano de investir 40 milhões de dólares norte-americanos para a melhoria das condições de

Leia mais

Entrega Expresso e Facilitação do Comércio: Impactos na Economia Global

Entrega Expresso e Facilitação do Comércio: Impactos na Economia Global Janeiro 2015 Frontier Economics 1 Entrega Expresso e Facilitação do Comércio: Impactos na Economia Global Sumário Executivo Bases e objetivo A Entrega Expresso é um componente crítico para muitos negócios

Leia mais

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão REDES COMUNITÁRIAS Casos Internacionais Stokcab Municipios de Estocolmo MetroWeb Municipios de Milão BorderLight.net Municipios da Suécia / Cidade de Uppsala Utopia.net Municipios do Estado do Utah 0 O

Leia mais

Marketing de Feiras e Eventos: Promoção para Visitantes, Expositores e Patrocinadores

Marketing de Feiras e Eventos: Promoção para Visitantes, Expositores e Patrocinadores Gestão e Organização de Conferências e Reuniões Organização de conferências e reuniões, nos mais variados formatos, tais como reuniões educativas, encontros de negócios, convenções, recepções, eventos

Leia mais

Call centres, regiões e ensino superior

Call centres, regiões e ensino superior Call centres, regiões e ensino superior Call centres, regiões e ensino superior Frank Peck Center for Regional Economic Development University of Central Lancashire (UK) A UCLAN (Universidade de Central

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. SISTEMAS DE GESTÃO DE BASE DE DADOS Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. SISTEMAS DE GESTÃO DE BASE DE DADOS Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Microsoft Access TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO CONCEITOS BÁSICOS 1 Necessidade das base de dados Permite guardar dados dos mais variados tipos; Permite

Leia mais

ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL E TRABALHO 2012-2022 DO BANCO MUNDIA. and e Oportunidade. Opportunity

ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL E TRABALHO 2012-2022 DO BANCO MUNDIA. and e Oportunidade. Opportunity ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO SOCIAL E TRABALHO 2012-2022 DO BANCO MUNDIA Resiliência, Resilience, Equidade Equity, and e Oportunidade Opportunity Vivemos em uma época de grandes riscos e oportunidades. Os riscos

Leia mais

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos,

A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos, REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE -------- MINISTÉRIO DA ENERGIA GABINETE DO MINISTRO INTERVENÇÃO DE S.EXA SALVADOR NAMBURETE, MINISTRO DA ENERGIA, POR OCASIÃO DA INAUGURAÇÃO DA FÁBRICA DE CONTADORES DA ELECTRO-SUL

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

O Ano Internacional do Saneamento 2008. Panorâmica

O Ano Internacional do Saneamento 2008. Panorâmica O Ano Internacional do Saneamento 2008 Panorâmica Um instantâneo da actual situação: 2,6 mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a saneamento melhorado. 2 mil milhões vivem em zonas rurais.

Leia mais

Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH. Financiando água e saneamento por meio de títulos, COTs e reformas

Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH. Financiando água e saneamento por meio de títulos, COTs e reformas Instrumentos Econômicos e Financeiros para GIRH Financiando água e saneamento por meio de títulos, COTs e reformas Metas e objetivos da sessão Analisar a disponibilidade de um mercado de capitais em nível

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

COMISSÃO DA BACIA DO ZAMBEZE OPORTUNIDADES DE EMPREGO

COMISSÃO DA BACIA DO ZAMBEZE OPORTUNIDADES DE EMPREGO COMISSÃO DA BACIA DO ZAMBEZE OPORTUNIDADES DE EMPREGO Instituição: Comissão da Bacia do Zambeze (ZAMCOM) Local de Trabalho: Harare, Zimbabwe Duração: Inicialmente um ano com possibilidade de renovação

Leia mais

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates 11.02.2009 1. A execução da Iniciativa para o Investimento e o Emprego A resposta do Governo à crise económica segue uma linha de

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por: A metodologia do Projecto SMART MED PARKS ARTIGO TÉCNICO O Projecto SMART MED PARKS teve o seu início em Fevereiro de 2013, com o objetivo de facultar uma ferramenta analítica de confiança para apoiar

Leia mais

INSTRUÇÕES DE SOLICITAÇÃO DE VERBAS A FUNDO PERDIDO E FORMATAÇÃO DE PROPOSTA PARA SOLICITANTES ESTRANGEIROS

INSTRUÇÕES DE SOLICITAÇÃO DE VERBAS A FUNDO PERDIDO E FORMATAÇÃO DE PROPOSTA PARA SOLICITANTES ESTRANGEIROS Introdução INSTRUÇÕES DE SOLICITAÇÃO DE VERBAS A FUNDO PERDIDO E FORMATAÇÃO DE PROPOSTA PARA SOLICITANTES ESTRANGEIROS Este informativo tem a finalidade de auxiliar os solicitantes estrangeiros a entender

Leia mais

GOVERNO. Orçamento Cidadão 2015

GOVERNO. Orçamento Cidadão 2015 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE GOVERNO Orçamento Cidadão 2015 Os recursos públicos do Estado são recursos públicos do povo e para o povo, condição que dá ao cidadão o direito de saber como

Leia mais

Cidades mais Verdes de África localizadas a Sul e Norte do Continente

Cidades mais Verdes de África localizadas a Sul e Norte do Continente Informação à Imprensa Lisboa, 02 de Dezembro de 2011 Green City Índex África analisa desempenho ambiental das 15 maiores cidades africanas Cidades mais Verdes de África localizadas a Sul e Norte do Continente

Leia mais

O RELATÓRIO DE ENERGIA ENERGIA 100% RENOVÁVEL ATÉ 2050

O RELATÓRIO DE ENERGIA ENERGIA 100% RENOVÁVEL ATÉ 2050 O RELATÓRIO DE ENERGIA ENERGIA 100% RENOVÁVEL ATÉ 2050 Este Relatório foi possível graças ao generoso apoio da ENECO ISBN 978 2 940443 26 0 Fotografia da capa: Wild Wonders of Europe / Inaki Relanzon /

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

O futuro do planeamento financeiro e análise na Europa

O futuro do planeamento financeiro e análise na Europa EUROPA: RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO Elaborado por Research em colaboração com a SAP Patrocinado por O futuro do planeamento financeiro e análise na Europa LÍDERES FINANCEIROS PRONUNCIAM-SE SOBRE A SUA MISSÃO

Leia mais

Programa comunitário para a sociedade digital COMISSÃO EUROPEIA DG INFSO/F3

Programa comunitário para a sociedade digital COMISSÃO EUROPEIA DG INFSO/F3 Programa comunitário para a sociedade digital COMISSÃO EUROPEIA DG INFSO/F3 Agenda 1- Objectivos das TEN-Telecom 2- Domínios de interesse público 3- Fases do projecto e financiamento 4- Condições de participação

Leia mais

1ª SESSÃO: QUESTÕES E OPÇÕES

1ª SESSÃO: QUESTÕES E OPÇÕES Trade and Investment Project Transporte Urbano Presentation to FEMATRO, Maputo -- 22 Maio 2008 Richard Iles Teresa Muenda 1ª SESSÃO: QUESTÕES E OPÇÕES 1 1 PROBLEMAS DOS TRANSPORTES URBANOS EM MAPUTO Níveis

Leia mais

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS:

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: BLOCO 11 ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS: PROBLEMA 1 O empresário do Monte da Ribeira pretende realizar uma

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Suporte Técnico de Software HP

Suporte Técnico de Software HP Suporte Técnico de Software HP Serviços Tecnológicos HP - Serviços Contratuais Dados técnicos O Suporte Técnico de Software HP fornece serviços completos de suporte de software remoto para produtos de

Leia mais

A ENERGIA SOLAR NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA

A ENERGIA SOLAR NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA O PANORAMA MUNDIAL DA ENERGIA WORLD ENERGY OUTLOOK 2011 IEA SOLAR ENERGY PERSPECTIVES 2011 IEA O PROGRAMA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA PARA AS ENERGIAS RENOVÁVEIS INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ENSINO MESTRADO

Leia mais

A importância de um sistema de transportes global e integrado

A importância de um sistema de transportes global e integrado AS GRANDES OBRAS PÚBLICAS Em Infra-estruturas de Transportes O Novo Paradigma da Mobilidade e das Acessibilidade A importância de um sistema de transportes global e integrado \\ Joaquim Polido Organização

Leia mais

As potencialidades do cluster Português da água ao serviço do desenvolvimento sustentável

As potencialidades do cluster Português da água ao serviço do desenvolvimento sustentável As potencialidades do cluster Português da água ao serviço do desenvolvimento sustentável PAULO LEMOS, Secretário de Estado Ambiente e do Ordenamento do Território Missão da Parceria Portuguesa para a

Leia mais

Doing Business 2011 Dados Informativos Resumo das Reformas na África Subsaariana

Doing Business 2011 Dados Informativos Resumo das Reformas na África Subsaariana Doing Business 2011 Dados Informativos Resumo das Reformas na África Subsaariana Angola reduziu o tempo de comércio internacional fazendo investimentos em infraestrutura e administração portuárias. Áreas

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

A protecção social e as crianças

A protecção social e as crianças A protecção social e as crianças Anthony Hodges Consultor ao UNICEF Seminário do MMAS e da OIT no Bilene, Moçambique, do 7 ao 9 de Maio de 2010 Plano da apresentação Importância da protecção social para

Leia mais

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas II Situação Económico-Financeira Balanço e Contas Esta parte do Relatório respeita à situação económico-financeira da Instituição, através da publicação dos respectivos Balanço e Contas e do Relatório

Leia mais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais Entendimento do ICP-ANACOM Originação de chamadas nas redes móveis nacionais I. Enquadramento Os serviços de originação de chamadas prestados pelos operadores móveis nacionais são definidos como os serviços

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 2

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 2 EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA 712/12 Págs. Duração

Leia mais

Visão Ser o porto de referência para as cadeias logísticas da costa leste de África.

Visão Ser o porto de referência para as cadeias logísticas da costa leste de África. Corredor de Nacala Engloba : O Porto de Nacala, elemento central do Corredor; O Sistema ferroviário do Norte de Moçambique O Sistema ferroviário do Malawi; e O troço ferroviário Mchinji/Chipata, que permite

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS

PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS Exposição de motivos Existiam 216 milhões de passageiros de carros na UE a 25 em 2004, tendo o número

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

Perspectivas de Desenvolvimento das Comunicações

Perspectivas de Desenvolvimento das Comunicações O PAPEL DAS COMUNICAÇÕES NO CRESCIMENTO ECONÓMICO Perspectivas de Desenvolvimento das Comunicações Apresentaçāo: Ema Maria dos Santos Chicoco PCA Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (INCM)

Leia mais

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

Certificação e Monitorização de Edifícios Públicos Municipais em Cascais

Certificação e Monitorização de Edifícios Públicos Municipais em Cascais Certificação e Monitorização de Edifícios Públicos Municipais em Cascais TECNOFIL Workshop Municípios e Certificação Energética de Edifícios Lisboa, 18 Junho 2009 Objectivos A Agência Cascais Energia é

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011 ESPECIAL PMEs Volume III Fundos europeus 2ª parte O Portal de Negócios Rua Campos Júnior, 11 A 1070-138 Lisboa Tel. 213 822 110 Fax.213 822 218 geral@oportaldenegocios.com Copyright O Portal de Negócios,

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1. Introdução A energia eólica é a fonte de energia que regista maior crescimento em todo o mundo. A percentagem

Leia mais

2011 / Portugal 2012 / Brasil. 2013 / Angola. 2014 / Cabo Verde

2011 / Portugal 2012 / Brasil. 2013 / Angola. 2014 / Cabo Verde 2011 / Portugal 2012 / Brasil 2013 / Angola 2014 / Cabo Verde Índice: - Porquê GetOut? - O Congresso do Empreendedor Lusófono - Angola - Missão ao Congresso Porquê GetOut? Portugal: Crescimento económico

Leia mais

COMUNICADO FINAL. XXIXª Comissão Bilateral Permanente Washington 5 de Maio de 2011

COMUNICADO FINAL. XXIXª Comissão Bilateral Permanente Washington 5 de Maio de 2011 COMUNICADO FINAL XXIXª Comissão Bilateral Permanente Washington 5 de Maio de 2011 Na 29ª reunião da Comissão Bilateral Permanente Portugal-EUA, que se realizou em Washington, a 5 de Maio de 2011, Portugal

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

Agrupamento de Escolas do Bonfim

Agrupamento de Escolas do Bonfim Escola Secundária Mouzinho da Silveira Departamento de Ciências Sociais e Humanas Grupo de Recrutamento - 420 Ano Letivo de 2014 / 2015 Curso LINGUAS E HUMANIDADES Planificação Anual da disciplina de GEOGRAFIA

Leia mais

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA ACQUALIVEEXPO Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA Lisboa, 22 de Março de 2012 1 1. Introdução A diplomacia económica é um

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA ANATEL NÚMERO 241 INTRODUÇÃO

CONSULTA PÚBLICA ANATEL NÚMERO 241 INTRODUÇÃO CONSULTA PÚBLICA ANATEL NÚMERO 241 INTRODUÇÃO A Associação GSM, por meio desta, apresenta por escrito as suas contribuições à Consulta Pública da ANATEL número 241 e respeitosamente solicita que as mesmas

Leia mais

ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC

ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC 1 Sumário Executivo 1 - A China em África 1.1 - Comércio China África 2 - A China em Angola 2.1 - Financiamentos 2.2 - Relações Comerciais 3 - Características

Leia mais

Notas de orientação sobre despesas sociais Requisito 4.1(e)

Notas de orientação sobre despesas sociais Requisito 4.1(e) Estas notas foram publicadas pela Secretaria Internacional da EITI para oferecer orientação para os países implementadores sobre como satisfazer os requisitos do Padrão da EITI. Aconselhamos os leitores

Leia mais

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1 GESTÃO de PROJECTOS Gestor de Projectos Informáticos Luís Manuel Borges Gouveia 1 Iniciar o projecto estabelecer objectivos definir alvos estabelecer a estratégia conceber a estrutura de base do trabalho

Leia mais

Espaço Fiscal e a Extensão da Protecção Social: Lições de Países em Desenvolvimento

Espaço Fiscal e a Extensão da Protecção Social: Lições de Países em Desenvolvimento Espaço Fiscal e a Extensão da Protecção Social: Lições de Países em Desenvolvimento Nuno Cunha, Coordenador dos Programas de Protecção Social da OIT em Moçambique 20 de Junho 2012 Centro de Conferências

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO 10.º/11.º ou 11.º/12.º Anos de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto Programas novos e Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março) PROVA712/C/11 Págs. Duração

Leia mais