Introdução à Macroeconomia Objetivos Macroeconômicos
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- Jerónimo Castanho Cabreira
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1 UFRJ / CCJE / IE / PPED Teoria Econômica II Introdução à Macroeconomia Objetivos Macroeconômicos Vasconcellos (caps.8 e 13) 0
2 Estrutura da Análise Macroeconômica MERCADOS VARIÁVEIS DETERMINADAS PARTE REAL DA ECONOMIA PARTE MONETÁRIA DA ECONOMIA Mercado de Bens e Serviços Mercado de Trabalho Mercado Monetário e Financeiro Mercado de Divisas Produto Nacional Nível Geral de Preços Nível de Emprego Salários Nominais Estoque de Moeda Taxa de Juros Estoque de Reservas Taxa de Câmbio 1
3 Introdução à Macroeconomia Objetivos Macroeconômicos A Macroeconomia trata dosmercadosdeforma global. Procura estabelecer relação entre os grandes agregados: produto, investimento, consumo, poupança, nível geral de preços, emprego, taxa dejuros, etc. Metas de Política Macroeconômica 1. Crescimento econômico 2. Alto nível de emprego 3. Estabilidade de preços 2
4 Metas de Política Macroeconômica 1. Crescimento econômico % 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 - (1,00) PIB - Variação Real % a.a Fonte: IBGE 3
5 Metas de Política Macroeconômica 2. Alto nível de emprego Taxa de desemprego - Região metropolitana - % 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2, Fonte: IBGE 4
6 Desemprego definições Objetivos Macroeconômicos Procura de trabalho Definiu-se como procura de trabalho a tomada de alguma provide ncia efetiva para conseguir trabalho, ou seja, o contato estabelecido com empregadores; a prestação de concurso; a inscrição em concurso; a consulta a age ncia de emprego, sindicato ou órgão similar; a resposta a anúncio de emprego; a solicitação de trabalho a parente, amigo, colega ou por meio de anúncio; a tomada de medida para iniciar negócio; etc. Condição de ocupação As pessoas foram classificadas, quanto à condição de ocupação na semana de refere ncia, em ocupadas e desocupadas. Pessoas ocupadas Foram classificadas como ocupadas na semana de refere ncia as pessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem remuneração, durante pelo menos uma hora completa na semana de refere ncia ou que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana. Pessoas desocupadas Foram classificadas como desocupadas na semana de refere ncia as pessoas sem trabalho na semana de refere ncia, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma provide ncia efetiva para conseguir trabalho no período de refere ncia de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período. 5
7 Desemprego definições Condição de atividade Objetivos Macroeconômicos As pessoas foram classificadas, quanto à condição de atividade na semana de refere ncia, em economicamente ativas e não economicamente ativas. População em Idade Ativa PIA - Pessoas com 10 anos ou mais de idade. Pessoas economicamente ativas As pessoas economicamente ativas na semana de refere ncia compuseram-se das pessoas ocupadas e desocupadas nesse período. Pessoas não economicamente ativas Foram definidas como não economicamente ativas na semana de refere ncia as pessoas que não foram classificadas como ocupadas nem desocupadas nesse período. Taxa de atividade É a percentagem das pessoas economicamente ativas em relação às pessoas de 10 anos ou mais de idade. Taxa de Desemprego Aberto - relação entre o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) e o número de pessoas economicamente ativas num determinado período de referência. 6
8 7
9 12 Taxa de desemprego - Região metropolitana Brasil (na semana) - % Fonte: IBGE 8
10 PIA E PEA (mil) jan/07 mai/07 set/07 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 set/10 jan/11 mai/11 set/11 jan/12 mai/12 set/12 jan/13 mai/13 set/13 jan/14 mai/14 set/14 Ocupados - Total Desocupados - Total PIA não PEA - Unidades (mil) Fonte: IBGE 9
11 PEA (mil) - Ocupados jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 Empregados - Com carteira Empregados - Sem carteira Empregados - não remunerados e militares e funcionários públicos estatutários Empregados - Conta própria Empregados - Empregadores Fonte: IBGE 10
12 Tabela 14 - Total de ocupações, por tipo de inserção no mercado de trabalho, segundo os grupos de atividades Total de ocupações Tipo de inserção no mercado de trabalho Grupos de atividades Com vínculo Sem vínculo formal Total formal Sem carteira Autônoma (1) (2) (3) 2013 Total Agropecuária Indústria Indústria extrativa Indústria de transformação Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana Construção Civil Serviços Comércio Transporte, armazenagem e correio Serviços de informação Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados Atividades imobiliárias Outros serviços Administração, saúde e educação públicas e seguridade social Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. (1) Ocupação com vínculo formal: ocupações com carteira de trabalho assinada, funcionários públicos estatutários, militares e empregadores de empresas formalmente constituídas. (2) Ocupação sem carteira: ocupações sem carteira de trabalho assinada. (3) Ocupação autônoma: ocupações por conta própria, empregadores de unidades informais e trabalho não remunerado Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 01 Agropecuária 13,1% 3,0% 13,3% 31,6% Indústria 21,4% 22,0% 18,8% 21,9% 02 Indústria extrativa 0,3% 0,5% 0,2% 0,0% 03 Indústria de transformação 11,8% 15,3% 7,5% 8,0% 04 Produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana 0,7% 0,9% 0,3% 0,7% 05 Construção Civil 8,6% 5,4% 10,8% 13,2% Serviços 65,4% 75,0% 67,9% 46,5% 06 Comércio 18,1% 18,7% 14,4% 19,2% 07 Transporte, armazenagem e correio 4,5% 4,6% 3,6% 5,0% 08 Serviços de informação 1,3% 1,7% 0,8% 0,7% 09 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados 1,1% 1,9% 0,2% 0,2% 10 Atividades imobiliárias 0,4% 0,3% 0,0% 0,7% 11 Outros serviços 28,7% 28,0% 45,1% 20,7% 12 Administração, saúde e educação públicas e seguridade social 11,3% 19,8% 3,7% 0,1% 11
13 Metas de Política Macroeconômica 3. Estabilidade de preços Inflação: Aumento contínuo e generalizado no nível de preços. 25,00 IPCA % a.a. 20,00 15,00 10,00 5,00 - Fonte: IBGE
14 Índices de Preços Objetivos Macroeconômicos ü Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) O Índice Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a variação de preços para as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 40 salários mínimos, nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia. O índice tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). O período de coleta do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência. Para calcular o índice, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Ao todo, são calculadas as variações de preços de 465 subitens. O IPCA é o índice utilizado pelo Conselho Monetário Nacional para calcular a meta de inflação para o Brasil a cada ano. Fonte: 13
15 Índices de Preços ü Índice Nacionalde PreçosaoConsumidor (INPC) O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mede a variação de preços para as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 6 salários mínimos, nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia. O índice tem como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). O período de coleta do INPC estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência. Para calcular o índice, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Ao todo, são calculadas as variações de preços de 465 subitens. O INPC é utilizado para negociação de reajustes salariais. Fonte: 14
16 Índices de Preços Objetivos Macroeconômicos ü Índice de PreçosaoConsumidordaFipe (IPC-Fipe) O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) desde 1968 e registra a variação de preços no município de São Paulo. A Fipe calcula a cada semana as variações quadrissemanais do IPC para a faixa de renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos. O sistema de cálculo da variação quadrissemanal abrange um período de 08 semanas de coleta, com no mínimo 07 e no máximo 08 dias, para adequar o sistema aos meses do ano que têm de 28 a 31 dias. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro primeiras semanas (base). Desta forma, para o cálculo de cada nova taxa inclui-se os preços coletados na última semana e descarta-se os dados da semana mais antiga. A Fipe mede a variação dos itens em sete grupos de despesa: habitação, alimentação, transportes, despesaspessoais, saúde, vestuário e educação. O IPC-Fipe é utilizado como indexador informal para contratos da Prefeitura de São Paulo. Fonte: 15
17 Índices de Preços ü Índice Geralde PreçosdoMercado (IGP-M) e ü Índice Geral de Preços DisponibilidadeInterna (IGP-DI) O IGP-M e o IGP-DI são calculados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas - IBRE/FGV, apuram as variações de preços de matérias-primas agropecuárias e industriais, de produtos intermediários e de bens e serviços finais e originam-se de média ponderada do Índice de Preços do Atacado (IPA-M, peso de 60%), do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M, peso de 30%) e do Índice Nacional de Construção Civil (INCC-M, peso de 10%). Entre os itens considerados estão os preçosde produtosalimentícios, transporte, habitação, educação, saúde e vestuário. O IGP-DI é coletado entre o primeiro e o último dia do mês de referência. Já, no caso do IGP-M, a coleta de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. A cada mês de referência apura-se este índice três vezes: os resultados das duas primeiras apurações são considerados valores parciais (prévias), a última é o resultado definitivo do mês. O IGP-M costuma ser utilizado para reajustar contratos de aluguel, tarifas públicas e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos) e como indexador das dívidas dos Estados com a União. Fonte: 16
18 16,00 Índices de Preços 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00-2,00 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14-4,00 IGP-M IGP-DI INPC IPC-Fipe IPCA ICV Fonte: BCB 17 Fonte: BCB
19 9,00 IPCA 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 IPCA IPCA Monitorado IPCA Livre Fonte: BCB 18 Fonte: BCB
20 20,00 Índices de Preços 15,00 10,00 5,00 0,00 jan/07 mai/07 set/07 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 set/10 jan/11 mai/11 set/11 jan/12 mai/12 set/12 jan/13 mai/13 set/13 jan/14 mai/14 set/14-5,00 IPCA - Alimentação e bebidas IPCA - Habitação IPCA - Artigos de residência IPCA - Vestuário IPCA - Transportes IPCA - Comunicação IPCA - Saúde e cuidados pessoais IPCA - Despesas pessoais IPCA - Educação Fonte: BCB 19 Fonte: BCB
21 Índices de Preços 15,00 10,00 5,00 0,00 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14-5,00-10,00 IPCA - Bens não-duráveis IPCA - Bens semi-duráveis IPCA - Duráveis IPCA - Serviços Fonte: BCB 20 Fonte: BCB
22 Distorções provocadaspelainflação ü Efeito sobre distribuição de renda Corrosão do poder aquisitivo de rendimentos fixos com reajustes legais predeterminados (ex. salários) imposto sobre a população mais pobre Empresários repassam aumento dos custos a preços Governo corrige preços, impostos e tarifas públicas Fonte: Vasconcellos, cap.13 21
23 Distorções provocadaspelainflação ü Efeito sobre balanço de pagamento Elevação do preço do produto nacional frente aos produtos de outros países diminuem a atratividade do produto nacional, colaborando para haver déficitcomercial (M > X). Frente a déficit comerciais, se o governo desvalorizar a taxa de câmbio, tentando baratear os produtos nacionais, ao tornar os produtos importados mais caros, pode causar pressão sobre os custos associados a produtos importados, que serão repassados a preços, reforçando o movimento inflacionário. Fonte: Vasconcellos, cap.13 22
24 Distorções provocadaspelainflação ü Efeito sobre investimentos empresariais Elevadas taxas de inflação também prejudicam a possibilidade de formação de expectativas de longo prazo, que afetam as decisões de investimento, sendo fonte de incerteza por tornar imprevisívelos lucrosdos empresários notempo. Adiamento ou retração do investimento afetam o nível de produto, emprego e a capacidade produtiva da economia. Fonte: Vasconcellos, cap.13 23
25 Distorções provocadaspelainflação ü Efeito sobre o mercado de capitais O processo inflacionário corrói o valor de títulos de renda fixa que não sejam indexados a um índice de preços. Como resultado, desestimula aplicações no mercado financeiro, importante fonte de capitação de recurso para investimento por parte das empresas. Por outro lado, estimula aplicação em ativos como terras e imóveis, cuja valorização acompanha a elevação dos preços. Para evitar a corrosão do valor dos ativos financeiros, foi criada a correção monetária, que introduz o reajuste do valor destes ativos segundo um índice de preços, mas reforça a inércia inflacionária. Fonte: Vasconcellos, cap.13 24
26 Principal dilema de Política Econômica: Crescimento x Inflação PIB 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 Regime de Metas de Inflação dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 IPCA (%a.a.) Limite Inferior Meta para a inflação Limite Superior 10,00 8,00 6,07 5,09-0,13 7,53 3,91 1,92 3,01 0,1-3,85 6,00 4,00 2,00 0,00-2,00 2,72 3,11 3,33 3,89 4,37 4,81 5,32 5,69 5, ,00-6,00 PIB - R$ trilhões (correntes) Taxa de Crescimento (%) 25
27 Instrumentos de Política Macroeconômica Política Fiscal ü Política Tributária ü Política de Gastos Política Monetária ü emissões, reserva compulsória, open market, redesconto ü regulamentação sobre crédito e taxa de juros Política Cambial e Comercial ü taxa de câmbio fixa, flutuante ü incentivos/desincentivo fiscal, creditício, quotas sobre X e M Política derendas ü controle de preçose salários 26
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