Latusa digital ano 6 N 37 junho de 2009

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1 1 Latusa digital ano 6 N 37 junho de 2009 Coisas de fineza em psicanálise * Fernando Coutinho ** Apesar de publicado em janeiro de 1966, o escrito A ciência e a verdade 1 é atual para adentrarmos no curso de Jacques-Alain Miller de Orientação lacaniana ora em andamento, no qual ele nos alerta para o fato de estarmos nos afastando tanto de Freud quanto de Lacan e nos propõe um retorno a ambos. Atual por tratar de questões fundamentais à prática e à transmissão da psicanálise, atual por situar uma fenda na base da constituição do sujeito. Nesse escrito, Lacan, ao referir-se ao sujeito, a seu estatuto e ao estabelecimento da sua estrutura, ressalta seu estado de fenda, de Spaltung revelado em uma análise. É dessa Spaltung que Miller se ocupa, desde as primeiras aulas de seu curso que estamos trabalhando, com o exemplo de ato falho de Freud que ele extrai do próprio texto freudiano. Miller deixa claro que o simples reconhecimento do inconsciente indica a presença de uma falha, de uma fenda cotidianamente evidenciada na prática analítica e que revela, no ensino de Lacan, a distância existente entre saber e verdade. Dedica-se, assim, a examinar uma falha de discurso, o ponto em que a estrutura do mental não dá mais conta da sustentação de um sujeito. * Texto apresentado no Seminário da Orientação Lacaniana realizado na EBP-Rio, no dia 30 de março de 2009, como produto do cartel composto por Romildo do Rêgo Barros (maisum), Lenita Bentes, Fernando Coutinho, Manoel Barros da Motta, Maria Angela Maia e Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros, encarregado da apresentação das linhas gerais do curso de Jacques-Alain Miller de ** Analista praticante AP. Membro da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP). 1 LACAN, J. A ciência e a verdade. Em: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998, p. 869.

2 2 Em suas aulas, Miller se propõe à proeza de ocupar como analisante a posição de agente do seu discurso, a posição de sujeito dividido, sujeito em análise, sujeito em busca de uma verdade. É como sujeito histericizado que ele nos adverte, desde o início, que não vai nos poupar, nem tampouco vai poupar Freud e Lacan, no que diz respeito a um saber acumulado e ao conforto de nos instalarmos na aparente segurança proporcionada pelos valores universais da cultura. Miller anuncia que vai nos interrogar da mesma forma que interrogará o inconsciente descoberto por Freud. Miller parte do último ensino de Lacan onde nenhuma das três consistências, R.S.I, têm prevalência sobre as demais, mantendo a mesma importância na organização da experiência do falasser. Ele indica isso no ato falho de Freud, na transformação de um erro grosseiro em intenção inconsciente, na transformação de um erro em lapso que possibilita a circunscrição, por intermédio da análise, de um ponto de real. Em seu curso do ano passado, Miller, a partir do enunciado de Lacan escrito em uma nota, todo mundo é louco, isto é, delirante, trata a questão da realidade tomada por Lacan como delírio da mesma maneira que uma resposta do sujeito ao real. Miller o toma como lema e instrumento de orientação; bússola, cujo norte se situa numa importante contribuição à psicanálise: a circunscrição de um real na fala do sujeito, a circunscrição de um real articulável às consistências simbólica e imaginária do ser falante. As questões candentes da psicanálise em intenção, da psicanálise em extensão, da psicanálise pura, da psicanálise aplicada, da psicanálise e psicoterapia, da ideia de cura para a psicanálise, da ideia de cura para a psicoterapia, dos efeitos terapêuticos e efeitos psicanalíticos impelem Miller a uma viagem contra a tentação ao conformismo, à normalidade, à adaptação às exigências de desempenho do mestre do capitalismo, para usarmos sua metáfora de remar contra a maré do discurso do mestre contemporâneo em defesa do desejo.

3 3 Vale à pena lembrar que os primeiros pacientes de Freud o consultavam como médico, como representante respeitado da ciência da época, e que foi para responder a essa demanda equivocada que ele precisou criar outra linguagem que pudesse tratar daquilo para o qual a ciência não tinha recursos. Para isso, ele precisou criar seu próprio conceito de inconsciente, o inconsciente da verdade, para circunscrever um real que a ciência não conseguia dar conta. Entretanto, apesar da instituição de um novo discurso, Freud não rompeu com a ciência e tampouco com sua pretensão de fazer coincidir a verdade por ele descoberta (o inconsciente) com o saber da ciência de sua época. Meio século depois da invenção freudiana, em A ciência e a verdade, Lacan afirma que foi justamente a fidelidade de Freud ao cientificismo de sua época, e não um rompimento com ele, que o levou a apontar e a formular a via da verdade, isto é, a via do inconsciente como uma prática de tratamento do mal-estar do ser humano. Dessa forma, torna-se muito importante para acompanhar Miller em sua viagem, em sua cruzada contra o discurso da avaliação, contra o discurso do assujeitamento aos valores normatizantes em prol de um bem comum, em sua tentativa de salvaguardar a psicanálise da influência de um ideal terapêutico de cura, retomar as questões candentes promovidas pelas marcas deixadas na obra de Freud e no ensino de Lacan. Ao abordar a questão da psicanálise pura, da psicanálise verdadeira, na sua relação com a falsa psicanálise, Miller ameaça o conforto tentador prometido pelo discurso do Outro social a serviço do mestre capitalista. O fato de ele lutar com vigor contra a maré do nosso tempo, disposto a preservar a psicanálise pura da tentação de satisfazer o apetite do Outro social, não significa que ele desdenhe o potencial terapêutico da psicanálise. A insistência de Miller vai na direção de que o visado na psicanálise não é o curável, pois isso será dado por acréscimo, o que é visado é justamente o que não se cura, o que resta de uma operação psicanalítica. O visado é justamente o que é escamoteado pelas terapias adaptativas, o que é

4 4 tamponado por essas terapias a serviço do bem social, a serviço da adaptação, do conformismo aos ideais sociais. Se o mundo, se o Outro social, julga a psicanálise pelos seus efeitos terapêuticos, isso não deve nos levar a condescender quanto a seus fundamentos, visando obter os aplausos e a aceitação daqueles que dela nada mais esperam para além de seus efeitos curativos, forma eufêmica de falar de seus efeitos adaptativos ao bem comum. O valor maior de uma análise não está na obtenção de uma cura, mas em sua utilização como ferramenta por meio da qual um ser falante pode consentir à emergência e à aceitação de um desejo inédito, mesmo quando esse desejo se opõe aos valores universais da cultura. Freud, ao criar a psicanálise, inventou uma linguagem desconhecida, o inconsciente detectado na relação com seus pacientes. Esse inconsciente é denominado posteriormente por Lacan de inconsciente transferencial ou inconsciente freudiano. Essa descoberta fundamental de Freud é vista por Lacan como uma resposta exatamente àquilo que ele desenvolverá como o seu próprio conceito inconsciente, o inconsciente lacaniano, o inconsciente real. Nessa vertente, o inconsciente freudiano é visto, por Lacan, como um tratamento ao trauma causado ao ser falante pelo real ao ser atravessado pelo simbólico, atravessado pela fala. Jacques-Alain Miller nos incita a revalorizar a busca de um desejo singular, de um objeto singular causando esse desejo como meta visada por uma análise. O objeto de uma análise é o objeto a, causa de desejo, e não a oclusão do furo deixado por esse objeto. Por meio do trabalho de decifração do inconsciente transferencial e da circunscrição do inconsciente real, poderemos conciliar a inadequação estrutural do falasser à satisfação alcançada através do sinthoma do final de uma análise. É nessa direção que se encaminha Coisas de fineza em psicanálise.

5 5 Encontramos, em A ciência e a verdade, o gérmen do derradeiro ensino de Lacan. Encontramos a utilização que ele fará das aquisições da ciência moderna, inaugurada no século XVII por Descartes, com sua proposta de sujeito do cogito. Encontramos também os fundamentos do que Lacan desenvolverá como sinthoma e sua importância tanto na suplência necessária ao estabelecimento dos laços sociais do psicótico quanto na clínica do final de análise. Fica claro então que o último ensino de Lacan não representa um corte em relação a seu primeiro ensino, mas uma torção em que a ênfase na busca da verdade, a ênfase no tratamento do real pelo simbólico é deslocada para a busca do objeto, busca do real e de seu tratamento. Dessa forma, no lugar da decifração das formações do inconsciente transferencial, a análise passa a visar o inconsciente real, a visar o gozo, a extração do objeto causa de desejo e a satisfação pulsional adquirida no seu final. Sendo assim, para qualificar a ação do analista na dimensão do psíquico ou do mental, diz Miller, é necessário que nos sirvamos de outras coordenadas que as apenas terapêuticas, pois a falta fundamental do psiquismo, a Spaltung que separa a fala do real, não será jamais eliminada por qualquer ação terapêutica. Por outro lado, desde a fundação da sua Escola, em 1964, visando defender o campo do saber aberto por Freud, Lacan deixa um espaço aberto para a psicanálise aplicada, espaço que é, entretanto, reservado aos médicos que nela se inseriam. É o espaço que consta no Ato de fundação como Seção de terapêutica e de clínica médica. A distinção entre psicanálise pura e psicanálise aplicada torna clara a necessidade de um retorno decidido aos fundamentos da psicanálise estabelecidos por Freud e Lacan. Dessa forma, o inconsciente transferencial e o inconsciente real, a interpretação e o corte, são conceitos que precisam ser cuidadosamente examinados quando a proposta é a salvaguarda da psicanálise pura, herdeira da psicanálise didática de Freud.

6 6 No Ato de fundação fica definido o que quer dizer cura para a psicanálise: devolver seus sentidos aos sintomas, dar lugar aos desejos que eles mascaram, retificar de forma exemplar a apreensão de uma relação privilegiada. 2 É seguindo essa trilha aberta por Lacan que Jacques-Alain Miller insiste na necessidade de os psicanalistas permanecerem isolados, separados do discurso do mestre que predomina no exterior da Escola de Lacan. Os analistas que seguem a orientação lacaniana precisam da formação em uma língua especial que os preserve da língua do Outro. É no sentido de evitar a armadilha do discurso do mestre, que poderá levar a psicanálise pura a sua morte, que Miller orienta seu presente curso. Fica claro em Coisas de fineza em psicanálise que o inconsciente transferencial continua sendo um instrumento insubstituível a ser usado pelo analista, apesar da importância dada à contingência, ao furo, ao inconsciente real. A decifração das formações deste modo de inconsciente deve fazer parte do dia-a-dia do analista, inclusive, no que diz respeito à decifração de seu próprio inconsciente. Ao acatar as verdades descobertas com a decifração de seu inconsciente o analista demonstra humildade, afastando-se da enfatuação do mestre, que caracteriza o exercício das terapias a serviço do bem. O analista humilde acata a incompletude de seu saber acumulado, enquanto o analista enfatuado se compraz com seu não saber, com seu não quero saber nada disso, isto é, sobre seu inconsciente e sobre o real que tem exatamente esse inconsciente como resposta por meio de suas formações. Assim, Miller dedica a terceira aula de seu curso ao amor de Freud pelo inconsciente e seu desprezo pela terapêutica e a partir daí nos conduz à questão da auto-análise. Em sua visão, a auto-análise representa o interesse que os analistas deveriam perpetuar pelos seus não quero saber nada disso. 2 LACAN, J. Ato de fundação (1971). Em: Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

7 7 Da mesma forma que Freud aconselhava o retorno ao divã a cada cinco anos, Miller aconselha aos analistas a dar testemunho de seus interesses e amor a seus inconscientes no interior do enclave da Escola. Miller nos incentiva a dar testemunho de nossos inconscientes pós-analíticos, como ele mesmo o faz, uma vez por semana, em seu curso. O exercício da interpretação de um desejo a partir de uma falha do discurso, de um ato sem sentido, da escrita automática de uma palavra, como a palavra bis que Freud nos oferece em seu ato falho, vale mais, diz Miller, do que aquilo que triunfa no mundo. Dessa falha essencial, dessa doença do ser falante, dessa fragilidade do mental, dessa desarmonia com a natureza, é que pode ser extraído o desejo, a singularidade do gozo, a substância humana. É justamente da extração do objeto que as terapias se afastam, não querendo saber disso. As terapias comportamentais propõem-se a curar o mental, mas é justamente se elas alcançarem sucesso nessa operação que conseguirão o apagamento do desejo do sujeito. É exatamente isso que o Outro social nos exige, a cura desta doença a qual Lacan deu o nome de não há relação sexual. A não relação sexual é a doença incurável do ser falante, é a doença da distância de um sexo em relação ao outro, é a doença da impossibilidade de encontrar num outro ser sexuado o complemento para o seu mal-estar. A ausência de relação sexual invalida qualquer pretensão à saúde mental, qualquer noção de terapêutica. Apenas o reconhecimento de um desejo singular é capaz de apaziguar o mal-estar do ser falante. É o rastro de um desejo singular que Lacan indica como o caminho da psicanálise pura. Caminho que não pode prescindir do simbólico, não pode prescindir da decifração do inconsciente estruturado como uma linguagem, do inconsciente transferencial e do encontro com a contingência, com o impossível da relação sexual abordável através do semblante de objeto a, objeto causa de desejo. A causa de desejo para o ser falante é sempre contingente, vislumbrada na abertura do inconsciente real. A causa do desejo está sempre relacionada a

8 8 um encontro, nada tem a ver com categorias naturais ou sociais. A causa do desejo não pode ser programada pela espécie nem pela cultura. A falsa psicanálise é aquela que se coloca a serviço da norma, a serviço da adequação entre o mental e o natural. É importante lembrar que a psicanálise pura também opera com a cura, também opera terapeuticamente quando reconhece a singularidade do desejo fora de qualquer modelo universal ou norma social. Entretanto, a única norma visada pela psicanálise é a norma do desejo causado por um objeto singular. Na tentativa de definição do que é a psicanálise verdadeira, Jacques-Alain Miller enfatiza o ato do analista, tornando-o o marco distintivo da psicanálise pura. O ato distinto de qualquer ação é um corte praticado no discurso, amputando-o de qualquer censura. É o ato que depende exclusivamente do desejo do analista, que não é da ordem de um fazer. É um desejo que visa um objeto que está sempre, para usar a fala de Lacan, conectado com alguma sujeira, com alguma coisa não aceitável, socialmente falando. Essa sujeira é assim definida pelo discurso do Outro e é dela que o sujeito nada quer saber. Partindo da decifração do inconsciente, Miller chega ao limite freudiano para a interpretação, chega ao umbigo dos sonhos, a esse ponto de real que surge numa formação simbólica, como o sonho. O umbigo dos sonhos põe fim à interpretação, à decifração do inconsciente transferencial. Miller aproxima esse ponto de real ao recalque fundamental de Freud para onde convergem todas as interpretações e onde elas ficam inacabadas. É aí também que se situa o princípio freudiano de infinito, de análise sem fim. Porém, é justamente nesse ponto que se pode ter uma abertura para o inconsciente real. A procura de resposta a esse limite levou Lacan a instituir o passe em sua Escola. Ele concluiu, inclusive, que seu ensino surgiu de sua relação com esse ponto de não saber, de sua relação com o impossível de saber. Esse ponto é a garantia de que nem tudo pode ser dito e que o sujeito pode

9 9 sempre continuar a tentar dizer. É também o ponto incurável numa análise e foi desenvolvido por Lacan, no seu último ensino, com o nome de sinthoma, ponto de infinito, ponto de impossível onde Miller situa o inconsciente real lacaniano. A interpretação no último ensino do Lacan visa decididamente o gozo e é feita através do corte. O que é visado passa a ser a absoluta falta de sentido do significante. Já o discurso do mestre e as terapias que dele se servem visam à oclusão desse real com injeção de sentido, injeção de significantes do Outro social, significantes da cultura contemporânea. A injeção desses significantes produz efeitos terapêuticos, claro, mas estão longe de produzir efeitos analíticos.

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