A PRESCRIÇÃO PENAL E SEUS EFEITOS NO ÂMBITO CIVIL

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO A PRESCRIÇÃO PENAL E SEUS EFEITOS NO ÂMBITO CIVIL ADRIANA VIEIRA DE SOUZA Itajaí, 01 de novembro de 2007.

2 ii UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO A PRESCRIÇÃO PENAL E SEUS EFEITOS NO ÂMBITO CIVIL ADRIANA VIEIRA DE SOUZA Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Mdo. Fabiano Oldoni Itajaí, 01 de novembro de 2007.

3 AGRADECIMENTO Primeiramente agradeço a DEUS por possibilitar a conclusão deste curso, que sempre me iluminou nas horas fáceis e, principalmente, nas horas difíceis de estudo, agradeço também a toda minha família em especial aos meus pais Geraldo e Marlene que mesmo longe me apoiaram e oraram por mim, aos meus irmãos Fabiana, Jonas e Geraldo Junior, aos meus tios em especial Marli, Marta e Sidnei, Sonia e José Maria, que sempre me incentivaram mesmo nos momentos mais difíceis, aos meus amigos sempre tão importantes e indispensáveis. Agradeço também a todos os colaboradores da UNIVALI, que evidentemente contribuíram para minha formação acadêmica.

4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho acadêmico, aos meus pais Geraldo e Marlene que sempre foram o meu maior incentivo para conclusão desse curso, e que finalmente irão comemorar essa conquista juntamente comigo. A vocês que são e sempre serão indispensáveis na minha vida. AMO VOCÊS.

5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí, 01 de novembro de Adriana Vieira de Souza Graduando

6 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduando Adriana Vieira de Souza, sob o título A Prescrição Penal e seus Efeitos no Âmbito Civil, foi submetida em 01/11/2007 à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Professor: MDo. Fabiano Oldoni Professor: MSc. Leôncio Paulo da Costa Neto Professor: MSc. Manoel Roberto da Silva Função - Presidente Função - Membro Função - Membro e aprovada com a nota 9,0 (Nove). Itajaí, 01 de novembro de Professor Mdo. Fabiano Oldoni Orientador e Presidente da Banca Antonio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

7 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que a Autora considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. COISA JULGADA É instituto cuja função é a de entender ou projetar os efeitos da sentença indefinidamente para o futuro. 1 DECADÊNCIA É a perda do direito de ação privada ou de representação, em decorrência de não ter sido exercido no prazo previsto em lei. 2 DENÚNCIA É uma exposição, por escrito, de fatos que constituem em tese um ilícito penal. 3 INTERRUPÇÃO Tem a função de fazer parar. Soluciona a continuidade, marcando entre o antes e o depois etapas que se desligaram, para findar uma e começar outra. 4 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA É a perda do direito de punir do estado pelo decurso do tempo. 5 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA É a perda do poder-dever de executar a sanção imposta, em face da inércia do Estado, durante determinado lapso. 6 1 WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; MEDINA, José Miguel Garcia. O Dogma da Coisa Julgada: hipóteses de relativização. São Paulo: Revista dos Tribunais, p MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. p MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 17. ed. rev. e atual. até dezembro de São Paulo: Atlas, p SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e Gláucia Carvalho. Rio de Janeiro: Forense, p MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 23. ed. São Paulo: Atlas, p. 404.

8 ii PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE É aquela modalidade de prescrição extinta que ocorre durante o processo. 7 PRESCRIÇÃO RETROATIVA É a prescrição da pretensão punitiva, tendo por base a pena in concreto. 8 PRONÚNCIA É a decisão que determina que o réu seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. 9 SENTENÇA É o ato pelo qual o juiz encerra o processo no primeiro grau de jurisdição, bem como o seu respectivo ofício. 10 SUSPENSÃO É a cessação temporária de um procedimento, o qual de novo se recomeça. 11 TRÂNSITO EM JULGADO É ter a sentença pelo transcurso do prazo, em que se pode recorrer dela, se tornando coisas ou casos julgado CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º a 120). v ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. p SALLES JUNIOR, Romeu Almeida. Curso Completo de Direito Penal. 5. ed. São Paulo: Saraiva, p SILVA, César Dario Mariano da. Manual de Direito Penal: parte geral: Arts. 1º a 120, v ed. Rio de Janeiro: Forense, p CAPEZ. Fernando. Curso de Processo Penal. 13. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, p SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. p SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. p

9 SUMÁRIO SUMÁRIO... III RESUMO... V INTRODUÇÃO... VI CAPÍTULO DA PRESCRIÇÃO PENAL HISTÓRICO CONCEITO NATUREZA JURÍDICA TERMO INICIAL CAUSAS SUSPENSIVAS QUESTÕES PREJUDICIAIS CUMPRIMENTO DE PENA NO ESTRANGEIRO SUSTAÇÃO DO PROCESSO SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO SUSPENSÃO DO PROCESSO CAUSAS INTERRUPTIVAS RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA PRONÚNCIA E DECISÃO CONFIRMATÓRIA SENTENÇA CONDENATÓRIA RECORRÍVEL INÍCIO OU CONTINUAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA PENA REINCIDÊNCIA REDUÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA CAPÍTULO DAS MODALIDADES DA PRESCRIÇÃO PENAL DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA INÍCIO DO PRAZO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA INTERRUPÇÃO DO PRAZO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA DA PRESCRIÇAO RETROATIVA DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE DA PRESCRIÇÃO ANTECIPADA DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA CAPÍTULO

10 iv DA PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSAO PUNITIVA E EXECUTÓRIA E A COISA JULGADA NO CÍVEL DA COISA JULGADA NO CÍVEL DA PRESCRIÇÃO PENAL RETROATIVA DA PRETENSAO PUNITIVA E A COISA JULGADA NO CÍVEL DA PRESCRIÇÃO PENAL DA PRETENSAO EXECUTÓRIA E A COISA JULGADA NO CÍVEL CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS... 68

11 RESUMO Essa pesquisa foi desenvolvida sob a perspectiva de produção de uma monografia para a conclusão de curso e obtenção do título de bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, com o objetivo principal de explanar sobre a prescrição penal e seus efeitos no âmbito civil. No primeiro capítulo se apresenta uma breve evolução histórica, conceito e principais características da prescrição penal. No capítulo seguinte serão abordas as modalidades da prescrição penal: tipos de prescrição, dos prazos, da interrupção, e demais peculiaridades dos diversos tipos de prescrição. O capítulo final apresenta um breve estudo sobre a prescrição penal da pretensão punitiva e executória e a coisa julgada no cível, culminando com abordagem dos requisitos necessários para fazer-se através da sentença penal condenatória ou a sentença penal absolutória, a coisa julgada no cível. A pesquisa e o relatório de resultados foi realizado através do método indutivo, e a principal técnica utilizada foi à pesquisa bibliográfica, em revistas especializadas, na doutrina jurídica e outros.

12 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto demonstrar a prescrição penal e seus efeitos no âmbito civil, através da análise doutrinária e jurisprudencial, sem a pretensão de esgotar a matéria. Os seus objetivos são: institucional a produção de uma monografia para conclusão de curso e obtenção do titulo em bacharel em ciências jurídicas pela Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI; geral o estudo dos diversos tipos da prescrição penal; específico verificar o requisitos básicos da prescrição penal e a coisa julgada no cível. Para tanto, principia se, no Capítulo 1, estudando a prescrição penal, abrangendo vários tópicos, como sua evolução histórica, conceito, natureza jurídica, termo inicial, causas suspensivas, causas interruptivas, redução dos prazos e a diferenciação entre a prescrição e decadência. Informações de suma importância na construção do pensamento lógico necessário para o entendimento deste trabalho. No Capítulo 2, trata-se das diversas modalidades de prescrição penal admitidas em nosso ordenamento jurídico: prescrição da pretensão punitiva, prescrição retroativa, prescrição intercorrente, prescrição antecipada e prescrição executória. Por serem essas os tipos de prescrição admitidos em nosso ordenamento jurídico. Após a formação da base teórica necessária, no capítulo 3, volta-se ao enfoque principal desse trabalho que é a prescrição penal da pretensão punitiva e executória e a coisa julgada no cível, quais os requisitos necessários para que tal mecanismo jurídico possa ser aplicado, havendo várias correntes doutrinárias e entendimentos jurisprudenciais divergentes. O presente Relatório de Pesquisa se encerra com as Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos

13 vii destacados, seguidos das reflexões sobre a prescrição penal da pretensão punitiva e a coisa julgada no cível. problemas: Para a presente monografia foram levantados os seguintes A prescrição penal da pretensão punitiva impede a coisa julgada no cível? A prescrição penal da pretensão executória impede a coisa julgada no cível? Tendo em vista os questionamentos formulados apresentouse as seguintes hipóteses: A prescrição penal da pretensão punitiva, de forma retroativa, impede a coisa julgada no cível apenas quando reconhecida antes do trânsito em julgado. A prescrição penal da pretensão executória não impede a coisa julgada no cível. Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase de Investigação foi utilizado o Método Indutivo, e, o Relatório dos Resultados expresso na presente Monografia é composto na base lógica Indutiva 13. Nas diversas fases da Pesquisa, foram acionadas as Técnicas, do Referente 14, da Categoria 15, do Conceito Operacional 16 e da Pesquisa Bibliográfica Sobre os métodos nas diversas fases da Pesquisa Científica, vide PASOLD, César Luiz. Prática de Pesquisa Jurídica, cit.. especialmente p. 99 a explicitação prévia de motivo, objetivo e produto desejado, delimitado o alcance temático e de abordagem para uma atividade intelectual, especialmente para uma pesquisa. PASOLD, César Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica,, cit.. especialmente p palavra ou expressão estratégica à elaboração e/ou expressão de uma idéia. PASOLD, César Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica, cit.. especialmente, p definição estabelecida ou proposta para uma palavra ou expressão, com o propósito de que tal definição seja aceita para os efeitos das idéias expostas. PASOLD, César Luiz, Prática da Pesquisa Jurídica, citt.. especialmente p Técnica de investigação em livros, repertórios jurisprudenciais e coletâneas legais. PASOLD, César Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica, cit.. especialmente p. 240.

14 CAPÍTULO 1 DA PRESCRIÇÃO PENAL 1.1 HISTÓRICO A prescrição penal teve origem antes de Cristo, podendo ser afirmada através de pesquisas feitas por doutrinadores. Nesse sentido relata Porto 18 : (...) relativamente à prescrição penal é a lex Julia de adulteriis, do ano 18 a.c. De acordo com a lei Lex Julia de Adulteriis, o indivíduo não poderia ser acusado por cometer adultério. Ferrari 19 em sua obra descreve que: (...) após cinco anos, aquele que tivesse cometido um adultério não podia ser mais acusado. A escolha do prazo qüinqüenal, segundo relatam os historiadores, ocorreu, em decorrência das festas lustrais comemorados a cada cinco anos. A evolução da prescrição penal ocorreu de forma lenta passando por muitas civilizações. Segundo Porto 20 : O desenvolvimento do instituto de prescrição penal processou-se lentamente, através dos séculos, sendo admitido no direito germânico e de outros povos, mas excluindo-se, sempre, os 18 PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. 5. ed. atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal: causas suspensivas e interruptivas. São Paulo: Saraiva, p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p. 25.

15 9 crimes considerados gravíssimos (por exemplo: lesa-majestade, parricídios, moeda-falsa). Continua Porto 21 : Na idade média, revelou-se uma tendência para a exagerada redução dos prazos prescricionais, o que motivou enérgica reação, dando em resultado ser mais dificultado a ocorrência da prescrição. Já na idade média, houve uma redução nos prazos prescricionais que por muito pouco não fez desaparecer este instituto. Diante de várias pesquisas feitas, Baltazar 22 esclarece que: Na idade média, os prazos prescricionais sofreram reduções, fato que provocou uma intensa e acirrada crítica ao instituto, que previa o seu desaparecimento. Para contornar a situação, novamente foram aplicados os prazos prescricionais, porém, de maneira indiscriminada, fixando-se um período de dez anos para vários delitos diferentes, sem se fazer qualquer distinção sobre a gravidade de cada um. E, por outro lado também fixou-se a imprescritibilidade a um número maior de delitos. Ferrari 23 explica: Nesse período, os prazos prescricionais foram reduzidos, o que provocou imediata e acirrada crítica ao instituto da prescrição do procedimento criminal, a colocar em causa o seu desaparecimento. Para tentar contornar essa situação e evitar o desaparecimento da prescrição da ação, resolveu-se ampliar os prazos prescricionais, a dificultar a ocorrência breve da nãopunição. No decorrer do tempo foram surgindo repercussões sobre as práticas Italianas, a respeito da prescrição. 21 PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal: prescrição da pretensão punitiva, retroativa, intercorrente, antecipada, da pretensão executória, da pena de mula, das restritivas de direito e direito comparado. Bauru, SP: Edipro, p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p. 4.

16 10 Assim escreve Baltazar 24. Afirmavam que se o condenado tivesse bom comportamento e não praticasse novos delitos durante o prazo prescricional, seria beneficiado com a diminuição com o passar dos anos. Ainda, relata Ferrari 25 : O desenvolvimento intenso na Itália não significava, todavia, que a prescrição tivesse a unanimidade entre seus juristas, sendo prova dessa afirmação o combate dos publicistas do século XVII, (...). Dentre aqueles que combateram a prescrição nos séculos XVII e XVIII, imprescindível é a referência ao nome de Cesare Beccaria, um dos pensadores mais célebres e liberais da época. (...), entendia que a prescrição não deveria existir em relação aos crimes atrozes, pois representaria a negação de que todo delito corresponderia uma pena como conseqüência necessária e inevitável. Seria, (...), um prêmio à impunidade e um incentivo aos crimes alarmantes e abalar a comunidade, deixando em situação de defesa. para a prescrição. Com essas novas idéias, foram fixados prazos diferentes Conforme relata Ferrari 26. (...) a prescrição da ação continuou a ser muito discutida entre os criminalistas italianos. Estes, sob o influxo dos romanos, adicionaram novas idéias, fixando o prazo prescricional em vinte anos para a generalidades dos crimes, restringindo o prazo de cinco anos para os crimes descritos na Lex Julia de Adulteriis. sendo adotado também por outros países. Foi na França que surgiu a prescrição da condenação, Descreve Porto 27 que: 24 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p. 25.

17 11 A prescrição da condenação surgiu na França através do Código Penal de A Revolução Francesa deve ter favorecido esse acontecimento. Outros países, em seguida, adotaram essa outra espécie de prescrição. A prescrição penal somente teve previsão no Brasil em 1832, segundo Ferrari 28 : A partir de 1832, a prescrição da ação foi fixada no artigo 65 com prazos que variavam entre um, três, seis e dez anos. Porto 29 em sua obra descreve: No Brasil a prescrição da ação foi regulada pelo Código de Processo Criminal de 1832 e leis posteriores; a prescrição da condenação foi instituída em 1890 e de 1940 consagraram as duas modalidades de prescrição, assim o Código vigente, de De acordo com este doutrinador, não se admitia no Código de 1890 crimes imprescritíveis. Entretanto, foram criadas leis anteriores à imprescritibilidade para os crimes políticos e de moeda falsa, quando o condenado fosse domiciliado ou homiziado no estrangeiro. Em 1890 com o estatuto admitiu-se a prescrição da ação e da pena, sendo subordinado ao mesmo prazo. 30 Ainda afirma Ferrari 31. Em 1940, graças ao brilhantismo de Nélson Hungria, foi editado inovador Código Penal brasileiro, conferindo, nos artigos 109 a 118, nova sistemática à prescrição da ação e estabelecendo-lhe causas taxativas de interrupção e suspensão. Em 1969, o Decreto-Lei nº 1004, de 21 de outubro, dispôs sobre um novo Código Penal brasileiro, não tendo, todavia, chegado a entrar em vigor. Em 1984, reformulou-se a Parte Geral do Código Penal de 1940, enunciando-se novos contornos à prescrição do 28 FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p.16.

18 12 procedimento criminal, com destaque para os arts. 116 e 117, concernentes respectivamente à suspensão e a interrupção da prescrição. Nota-se que a prescrição é um instituto que vem passando por várias civilizações, todos de uma forma geral ampliaram e conservaram o instituto como sendo imprescindível. Pois, para se aplicar a pena deve-se também existir a fixação de prazo para prescrição da mesma. 1.2 CONCEITO Quando o agente comete um delito, o Estado tem o direito de aplicar a sanção penal durante um certo tempo. Caso não exerça o jus puniendi dentro deste prazo, será extinto o direito de punir. Segundo a definição de Baltazar 32 : È a perda do direito de punir, ou executar a pena, por parte do Estado, em face do decurso do tempo. E ainda, afirma Baltazar 33 : Extingue-se a punibilidade quando o titular do jus puniendi não exerce a pretensão punitiva ou a pretensão executória em um determinado espaço temporal previsto em lei. O instituto da prescrição foi criado para que o Estado execute a punibilidade dentro de um determinado prazo, e se não o fizer perderá o direito do ato condenatório. 34 Observa-se, que a prescrição nada mais é que a caducidade do direito do Estado de exercer a punição pelo lapso de tempo. 32 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal: parte geral: arts. 1º a 120, v. 1. São Paulo: Atlas, p. 543.

19 NATUREZA JURÍDICA prescrição. A doutrina não é unânime sobre a natureza jurídica da De acordo com Baltazar 35 : Sobre a natureza jurídica da prescrição, há correntes divergentes quando se trata de direito material ou de direito formal. Há inclusive, quem defenda a tese de caráter misto afirmando que o instituto é, ao mesmo tempo, de direito penal e de direito processual penal. Salienta Baltazar 36 : É importante que se estabeleça se a prescrição pertence ao direito substantivo ou ao direito adjetivo, tendo em vista o reflexo na contagem do prazo prescricional e sua aplicabilidade. um instituto de direito processual. Há, portanto, doutrinadores que sustentam ser a prescrição Como pode-se observar na obra de Schmidt 37. O aspecto processual da prescrição é mais nítido, sobretudo quando se trata da prescrição da pretensão punitiva. (...) neste último caso desaparece o direito do Estado à prescrição: a prescrição constitui um pressuposto negativo, implicando a suspensão do processo sem decisão do mérito. Ocorrendo a prescrição antes da sentença, não se julga a ação improcedente. O juiz declara extinta a punibilidade e põe fim ao processo. natureza mista. Outra corrente entende que a prescrição é um instituto de 35 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal: de acordo com as Leis nºs 9.268/96 e 9.271/96: doutrina prática, jurisprudência. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997.p. 22.

20 14 Esclarece Baltazar 38 : (...) existe a perda do interesse na punição porque, com o decurso do tempo, desaparecem as razões que justifiquem a pena e, também, impedimento processual. Sobre a corrente mista, Mesquita 39 faz sua observação: A opção pela teoria mista pode induzir o leitor a, equivocadamente, acreditar que a prescrição penal se encontra aparentemente em uma zona neutra, entre os ordenamentos jurídicos material e formal. Neste sentido Mesquita 40 ainda coloca que: (...) o critério distintivo das normas substanciais para as normas processuais penais é dado pelo seu objeto. materialista: Schmidt 41 e outros doutrinadores defendem a natureza Inobstante, é majoritário a corrente no sentido da materialidade da prescrição. Max Lorenz chega a afirmar a exclusão do ilícito penal pela prescrição, sendo um instituto de direito material. No mesmo sentido está Beling. Von Liszt proclama estamos a tratar de direito material e causa de exclusão da pena. Logo, sobre a natureza jurídica da prescrição penal tem-se como base direito material, conforme afirmação de Mesquita 42. (...) a prescrição é instituto que ocupa unicamente o campo do direito material (Direito Penal), sem qualquer relação com o direito formal (Direito Processual Penal), visto que constitui a perda do jus puniend, em face do decurso do tempo. 38 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p MESQUITA JÚNIOR, Sidio Rosa de. Prescrição Penal. 3. ed. São Paulo: Atlas, p MESQUITA JÚNIOR, Sidio Rosa de. Prescrição Penal. p SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal. p MESQUITA, JÚNIOR, Sidio Rosa de. Prescrição Penal. p.81.

21 15 Pode-se observar no entanto, que apesar das divergências entre doutrinadores, é majoritária a corrente que reconhece a natureza jurídica da prescrição como sendo de Direito Penal. 1.4 TERMO INICIAL Tendo em vista que a prescrição é instituto jurídico do Estado, este deverá observar o prazo para aplicar a devida punição ao agente. E o prazo deve ser observado. Sobre isto descreve Baltazar 43 : O prazo de prescrição da pretensão punitiva começa a correr, em regra, da data da consumação do delito. Segundo Teles 44. (...) o termo é o momento da consumação. Esta ocorre quando o fato se ajusta por completo, integralmente ao tipo. No tipo de homicídio, com a morte da vítima (...). A prescrição, portanto, começa a correr da data em que o crime se consuma. No caso de tentativa, começa a contar o prazo da prescrição na data em que ocorreu o último ato criminoso. Sobre o termo da tentativa, é o entendimento de Baltazar 45 : Se em razão da tentativa, algum tempo depois, ocorrer a consumação, como no caso de tentativa de homicídio por exemplo, será necessário analisar o fato especificamente, pois o termo inicial do prazo prescricional irá depender de cada situação. Caso a morte tenha se verificado após a extinção da punibilidade, pela pena máxima da tentativa, a coisa julgada material impede que o autor do delito responda por homicídio consumado. Por outro lado, se a vítima faleceu antes do julgamento, a prescrição será pelo homicídio consumado e, neste caso, o prazo começa a 43 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p. 46.

22 16 fluir da data da consumação, e não da ação, que vinha regulando o prazo no caso de conatus. observância de certos requisitos. Nota-se que o termo inicial na tentativa depende da Já nos crimes permanentes o termo inicial começa com o fim da permanência do crime, no entendimento de Baltazar 46 : (...) o termo inicial do prazo de prescrição é o recebimento da denúncia. Caso o estado de permanência persista após o início da persecução penal, o início do prazo fica sendo o dia em que o Estado inicia a repressão penal, com a instauração do inquérito policial. Nesse mesmo sentido Teles 47 : No crime permanente que tem prolongado, no tempo, o seu momento de consumação a prescrição começará a correr do dia em que terminou a permanência. em que o seqüestrado obtém a liberdade. O termo inicial no crime permanente começa no momento Sobre o termo inicial do prazo prescricional nos crimes de bigamia, falsificação ou alteração de registro civil, assim leciona Baltazar 48 : (...) constituem exceção à regra de que o termo inicial do prazo prescricional é a data da pratica do delito. Aqui, a prescrição só começa a fluir a partir do dia em que a autoridade pública, com poder repressivo, toma conhecimento do fato. Porém, quanto à bigamia, há uma ressalva sobre o prazo prescricional, conforme esclarece Baltazar 49, citando Paulo José Costa Júnior. (...) mesmo tendo a autoridade pública tomado conhecimento, havendo processo civil, objetivando anular o primeiro e o segundo 46 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p. 49.

23 17 casamento, o prazo prescricional não será iniciado, pois a declaração da nulidade do casamento, (...), retroage ex tunc, extinguindo o crime. Observa-se que, neste caso, primeiramente deve ser reconhecido o crime, dependendo da solução do processo e assim ficará suspenso o prazo prescricional. 1.5 CAUSAS SUSPENSIVAS Muitas vezes, ocorrem situações que impossibilitam o seguimento normal do processo, tendo conseqüência, também, no prazo prescricional. Ensina Baltazar 50 que: (...) o prazo prescricional, em regra, sofre influência, através de fatores que impedem, suspendem ou interrompem o seu transcurso normal. São as causas impeditivas, suspensivas ou interruptivas. Segundo definição de Ferrari 51 : O desenvolvimento de um processo muitas vezes pode sofrer paralisações ou interrupções provenientes de acontecimentos fáticos ou jurídicos. A partir do momento em que ocorrem paralisações e interrupções, o Estado vê-se privado de exercer o seu ius persequendi in iudicio. No entanto, percebe-se que no processo ocorrem fatos que afastam o cumprimento do prazo prescricional, dentro de determinado tempo estabelecido. Podendo com isso, ocorrer situação onde se retarda a conclusão da prescrição da ação. qual suspende o prazo da prescrição. A causa suspensiva ocorre quando aparece uma causa, a 50 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p. 41.

24 18 Nesse sentido escreve Baltazar 52 : Na causa suspensiva, entretanto, o prazo de prescrição já iniciado é suspenso com o aparecimento da causa. Conforme Ferrari 53 : Os obstáculos ensejadores das alterações dos prazos prescricionais, que ocasionam a suspensão da prescrição do procedimento criminal, podem ser fáticos ou jurídicos. Os obstáculos fáticos suspensivos da prescrição da ação são decorrentes de causas originárias de situações fortuitas de vida em comum (...). Entretanto, os imprevistos que exigem o prolongamento do prazo podem ser fáticos ou jurídicos. Sendo o obstáculo fático decorrente de fatos estranhos ao andamento do processo. É o entendimento de Ferrari 54 : Quantos aos obstáculos jurídicos impeditivos da prescrição da ação, são eles ocasionados pelo próprio legislador ordinário, quando se apresentavam situações de dependência jurídica Questões Prejudiciais Questão prejudicial para Baltazar 55 : A questão prejudicial impede o desenvolvimento normal do processo, tornando-se um obstáculo ao exercício da ação penal. Constitui na solução de um outro processo, cuja decisão depende do reconhecimento da existência do crime a que responde o réu. Sem a sua apreciação não será possível concluir-se pela inocência ou culpabilidade do agente, justamente porque sua verificação está condicionada à solução que se der àquela controvérsia, de caráter não penal. 52 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p. 52.

25 19 processo, o qual irá repercutir no primeiro. Observa-se que o processo depende de solução de outro Assim coloca Baltazar 56 : Há necessidade que haja, pelo menos, com início de prova razoavelmente fundamentada, demonstrando ao juiz a relevância da questão, a fim de que se aguarde a decisão a ser proferida no outro processo. No entanto, para suspender o processo, há necessidade de provar-se ao juiz a importância do fato, dependendo do outro processo que interferirá nesse. Ocorrem situações onde a suspensão do processo é obrigatória já em outros é facultativa. Sobre isto escreve Baltazar 57 : Se a ocorrência da prejudicial for relativa ao estado civil das pessoas (bigamia), a suspensão do processo é obrigatória perdurando até o trânsito em julgado daquela decisão. Se, no entanto, tratar-se de questão diversa (esbulho possessório, apropriação indébita), a suspensão do processo e da prescrição é facultativa e o prazo de suspensão fica a critério do juiz. Assim, se ocorre questão prejudicial referente à bigamia, a suspensão do processo é obrigatória até o trânsito em julgado daquela situação. Agora, se for outras questões prejudiciais, o juiz analisará e procederá com livre arbítrio Cumprimento de Pena no Estrangeiro Suspende-se o curso da prescrição, quando o agente estiver cumprindo pena no estrangeiro. Para Teles 58 : (...). Para tanto, o acusado no Brasil deve estar cumprindo pena em outro país. Se ele se encontra preso em outro país, cumprindo 56 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p. 547.

26 20 pena, não pode ser extraditado para nosso país, e, por isso, o curso da prescrição da pretensão punitiva deve ser suspenso, continuando após a extinção da pena no estrangeiro. Portanto suspende-se a prescrição enquanto o agente estiver cumprindo pena no estrangeiro, reiniciando-se a contagem, quando este cumpriu sua pena no estrangeiro Sustação do Processo Sustação do processo é um obstáculo processual visando impedir o andamento do processo enquanto o parlamentar estiver executando o seu mandado, e este tiver uma ação penal. Sobre o assunto escreve Baltazar 59 : (...) foi inserida na Carta Magna, um obstáculo processual, que pode impedir o regular prosseguimento do processo, enquanto durar o mandato parlamentar do denunciado, é a chamada sustação do processo, denominação aparentemente nova, que na verdade significa suspensão. Dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil 60 : Art. 53. (...). 1º. (...). 2º. (...). 3º. Recebe a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até decisão final, sustar o andamento da ação penal. 59 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF; Senado,1988.

27 21 Nota-se que os parlamentares não tem mais a imunidade de outrora. Hoje são também processados e a sustação do processo pode ocorrer com o voto da maioria de seus membros, por iniciativa do partido político. Explica Ferrari 61 que: (...) o início da suspensão do procedimento criminal contar-se-á, neste caso, a partir do pedido de requerimento da autorização e terminará com sua concessão. Ainda, no entendimento de Ferrari 62 : A suspensão, todavia, encerrar-se-á a partir da retirada do obstáculo legal, impedidor da possibilidade da persecução penal. No exemplo dos parlamentares que praticam crimes comuns, possível a instauração do processo após o mandato eletivo, reiniciando-se novo lapso prescricional, porquanto não mais presente privilégio da função. inexistir ou estiver normal da ação. Nota-se que a suspensão encerra-se imediatamente quando solucionado o obstáculo legal, que impedia o seguimento Suspensão Condicional do Processo processo. Porto 63 esclarece bem sobre a suspensão condicional do O art.89 da Lei 9099/95 estabelece uma nova modalidade de suspensão processual penal. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, será suspenso o andamento do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado preencha determinadas condições. Para Baltazar 64 : 61 FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. p FERRARI, Eduardo Reali. Prescrição da Ação Penal. ob. cit. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p

28 22 Se a proposta de suspensão do processo for aceita pela denuncia, durante o período de suspensão não correrá a prescrição. Não havendo revogação do beneficio, ao término do período, será declarada extinta a punibilidade. Porém, havendo revogação, por não ter o acusado cumprido qualquer das condições impostas, o processo será retornado normalmente, computando-se, para fins de prescrição, o prazo anterior ao da suspensão. Enquanto perdurar o prazo da suspensão do processo não ocorre prescrição. E quando terminar o prazo de suspensão do processo, sem ter havido revogação, extinguir-se-á a punibilidade Suspensão do Processo A suspensão do processo só é cabível na ausência do réu, e poderá se aplicar a qualquer tipo de crime e não tem limitação no tempo. 65 Como pode-se observar na obra de Porto 66 : (...) suspensão da prescrição está prevista na Lei 9.271/96, que deu nova redação ao art. 366 do CPP, do seguinte modo: Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. Comparecendo o acusado, ter-se-á por citado pessoalmente, prosseguindo o processo; concomitantemente, recomeçará o curso da prescrição. Entende-se, que o processo fica suspenso caso o réu não seja encontrado ou citado por edital ou até mesmo se não tiver advogado constituído. No momento em que o réu é encontrado reinicia-se a contagem do prazo prescricional. E ainda conforme Porto 67 : (...) o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 65 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p. 80.

29 CAUSAS INTERRUPTIVAS As causas interruptivas estão previstas no artigo 117, do Código Penal e são essas: o recebimento da denúncia ou da queixa, pronúncia, decisão confirmatória da pronúncia, sentença condenatória recorrível, as interrupções pelo início ou continuação do cumprimento da pena e pela reincidência. 69 Na interrupção retorna-se a contagem de prazo, no dia da causa da interrupção Para Schmidt 70 : (...) a interrupção, ao contrário da suspensão, zera o prazo prescricional; o período anterior é desprezado, retornando a contagem do prazo, novamente, no dia da causa interruptiva. Isso fica claro no entendimento de Porto 71 : É conseqüência da interrupção, recomeçar a correr novamente todo o prazo prescricional, a partir do dia da interrupção, inclusive. O tempo já decorrido não é aproveitado. A interrupção constitui, portanto, um freio à livre eficácia da prescrição. Portanto, na interrupção, começa-se a contar o prazo prescricional no dia que ocorreu a interrupção Recebimento da Denúncia ou Queixa A denúncia é a petição inicial formulada pelo Ministério Público e a queixa a ação privada formulada por particular. 72 Ainda na definição de Teles 73 : 69 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal. p PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p

30 24 A denúncia e a queixa são oferecidas perante o juiz competente, que, assim que as considerar aptas para a instauração da relação processual, prolatará um despacho, recebendo-as. Trata-se de um ato judicial de natureza jurisdicional e não meramente administrativa, pois que o juiz, ao deparar-se com a denúncia ou a queixa, faz sobre elas, ainda que superficialmente, um juízo de admissibilidade, podendo, mesmo, rejeitá-las. Oferecida e rejeitada a denúncia ou queixa, a prescrição não se interrompe. A interrupção, como é certo, só se dará se a peça inicial for recebida, na data da publicação em seu cartório. Já no entendimento de Schmidt 74 : O marco interruptivo é o recebimento da inicial, e não da data em que ela foi oferecida. Isto se dá no dia do despacho de recebimento, e não pela publicação ou ciência do despacho que a recebe (...). Percebe-se, que a interrupção ocorre no momento que foi recebida a petição inicial da denúncia ou da queixa. Isto quer dizer que a interrupção se dá no dia do despacho do recebimento Pronúncia e Decisão Confirmatória A pronúncia é uma nota de divisão do processo dos crimes de competência do Tribunal do júri. Podendo as partes recorrer a instância superior e assim ser confirmado ou revogado. Quando for publicado o resultado da pronúncia, interrompe-se a prescrição. 75 publicação da respectiva sentença. Segundo Baltazar 76 : A data da interrupção é o dia da Já no caso de impronúncia, relata Baltazar 77 : Em caso de impronúncia, se houver recurso da acusação e o Tribunal pronunciar o réu, o marco interruptivo será a data do julgamento do recurso. 74 SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p. 68.

31 25 O juiz desclassifica o delito, na fase de pronúncia para outro delito, também na competência do Tribunal de júri, então ocorre a interrupção. Observa-se, então, que se deve analisar várias situações, uma por uma, para verificar-se a interrupção da prescrição Sentença Condenatória Recorrível Mais uma das causas interruptivas da prescrição, quando proferida a sentença condenatória recorrível. Como bem diz Baltazar 78 : O marco interruptivo é a data da publicação da sentença, nos termos do art. 389 do Código de Processo Penal, independente das diligências de registro e intimação. Tratando-se de sentença do Tribunal do Júri, é a da data do julgamento, visto que aí ocorre a publicação. E ainda continua Baltazar 79 : (...) se o réu for absolvido e a acusação recorrer, vindo do Tribunal condená-lo, a interrupção dá-se na data do julgamento do acórdão Início ou Continuação do Cumprimento da Pena A interrupção do prazo da prescrição da pretensão executória inicia-se na data do trânsito em julgado. Sobre isto escreve Schmidt 80 : O prazo prescricional da pretensão executória tem início na data do trânsito em julgado para a acusação. Após a formação da res judicata o condenado deverá cumprir a pena imposta. Assim, com o início do cumprimento da pena, o prazo prescricional já em andamento é interrompido. Para Baltazar 81 : 77 BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal. p. 185.

32 26 O início do cumprimento da pena, na realidade, não seria interrupção, pois iniciado a execução, em seguida ao trânsito em julgado da sentença, não há que se interromper; logo, não existe recomeço d contagem do prazo nesse caso. A interrupção ocorre somente com relação ao processo respectivo e não com outros processos que, por acaso, o réu também esteja respondendo. Se o condenado cumprir pena e evadir-se no mesmo dia da fuga o prazo prescricional começará ser contado, observando-se que enquanto o réu estava cumprindo pena, não havia prescrição. Logo se capturado, o prazo prescricional que estava sendo aplicado é interrompido dando lugar à continuação do cumprimento da pena Reincidência Reincidente, é todo agente que já tendo sido condenado em definitivo por algum crime, cometer novo crime e também por esse for julgado e condenado. Segundo definição de Baltazar 83 : O réu é considerado reincidente quando houver trânsito em julgado referente ao segundo delito, porém sua eficácia retroage à data do cometimento do segundo crime para interromper o prazo de prescrição relativo ao primeiro delito. Evidentemente, desde que a pretensão estatal não estivesse sendo executada, porque, durante o cumprimento da pena, não corre prescrição. A prescrição que interrompe é chamada de reincidência futura, porque aparece depois do trânsito em julgado da primeira condenação, enquanto a reincidência que aumenta o prazo de prescrição é a da sentença condenatória que se refere ao segundo delito BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p BALTAZAR, Antonio Lopes. Prescrição Penal. p. 132.

33 27 reincidência é considerado quando: Para Porto 85, citando R Macedo e Basileu Garcia, O réu será considerado reincidente quando passar em julgado a condenação pelo segundo crime; mas, o momento da interrupção da prescrição, relativamente à condenação anterior, é o dia da prática do novo crime, e não a data da respectiva sentença. A eficácia desta retroage, para esse efeito, à data em que se verificou o segundo delito. A reincidência deve ser provada pela acusação, que tem esse ônus. Observam-se divergências entre doutrinadores, sobre o momento da aplicação do prazo prescricional. Porém, segundo Teles 86 : O momento de verificação da reincidência, que ensejou muitas discussões, ficou felizmente, pacificado como sendo o do trânsito em julgado da sentença condenatória que a reconhece, e não o da prática do fato. No entanto, o prazo prescricional somente é interrompido na data do trânsito em julgado da sentença condenatória. 1.7 REDUÇÃO DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO Os prazos da prescrição serão sempre reduzidos quando o criminoso no tempo do crime for menor de 21 anos de idade. Segundo definição de Silva 87 : Se o acusado fosse à época dos fatos maior de dezoito e menor de vinte e um anos de idade, ou, à época da sentença, maior de setenta anos de idade, os prazos prescricionais serão reduzidos da metade. 85 PORTO, Antonio Rodrigues. Da Prescrição Penal. ob. cit. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p SILVA, César Dario Mariano da. Manual de Direito Penal: parte geral: Arts. 1º a 120, v ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 272.

34 28 Sob a mesma ótica manifesta Mirabete 88 : São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, o tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70. No que dispõe o art. 115 do Código Penal, que se tratando de agente menor de 21 anos deve ser considerada a data do tempo do crime ou seja, a data da conduta criminosa. Já quando se trata de maior de 70 anos, será examinada a idade do réu no momento da sentença. Como bem diz Teles 89 : Se na data da sentença o acusado, ainda não completou 70 anos, mas havendo recurso, vem a atingir a idade na pendência do recurso, o prazo prescricional deve ser reduzido de metade. Para Jesus 90 : A redução do prazo prescricional não é afastada quando o sujeito, tendo praticado o crime antes de completar 21 anos de idade, alcança a maioridade durante a persecução penal. Entende-se, que se o sujeito for menor de 21 anos de idade na época do crime ou maior de 70 anos na sentença, a prescrição será contada pela metade. 1.8 DIFERENÇA ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA A prescrição nos dizeres de Damásio E. de Jesus 91 : "(...) a perda do poder-dever de punir do Estado pelo não exercício da pretensão punitiva ou da pretensão executória durante certo tempo". 88 MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 23. ed. São Paulo: Atlas, p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: parte geral, V ed. rev. São Paulo: Saraiva, p JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. p.717.

35 29 Isso fica claro no entendimento de Silva 92 : Prescrição é a perda do poder punitivo ou executório do Estado, por não exercitá-lo no prazo previamente estabelecido em lei. Como descreve Mirabete 93 : (...) a prescrição é a perda do direito de punir do Estado pelo decurso do tempo. Ainda, continua Mirabete 94 : (...) justifica-se o instituto pelo desaparecimento do interesse estatal na repressão do crime, em razão do tempo decorrido, que leva ao esquecimento do delito e á superação do alarma social causado pela infração penal. Já a decadência é a perda do direito da vítima ou do ofendido, ou seja, é a extinção do direito pela inércia do titular, quando a eficácia desse direito estava originalmente subordinada ao exercício dentro de determinado prazo, que se esgotou, sem o respectivo exercício. No entendimento de Mirabete 95 : (...) decadência é a perda do direito de ação privada ou de representação, em decorrência de não ter sido exercido no prazo previsto em lei. Para Teles 96 : Se a queixa ou a representação não tiverem sido apresentadas no prazo de seis meses, o ofendido decairá do direito de ação ou de representação. Terá perdido o direito de acionar ou delatar o infrator da norma penal. resumidas da seguinte forma: As diferenças entre Prescrição e Decadência podem ser 92 SILVA, César Dario Mariano da. Manual de Direito Penal. p MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. p MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. p MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. p TELES, Ney Moura. Direito Penal. p. 521.

36 30 A prescrição tem por efeito extinguir a ação, e a decadência tem por efeito extinguir o direito; A prescrição pode ser suspensa ou interrompida por causas preclusivas previstas em lei, a decadência não se suspende, muito menos é interrompida, e só é impedida pelo exercício do direito que se está sujeitado a ela; A prescrição não corre contra todos, havendo pessoas que por consideração de ordem especial da lei, ficam isentas de seus efeitos, a decadência corre contra todos, não prevalecendo contra ela às isenções criadas pela lei a favor de certas pessoas; A prescrição depois de consumada, não pode ser renunciada pelo prescribente; a decadência é resultante do prazo extintivo determinado pela lei e não poderá ser renunciado pelas partes, nem mesmo depois de consumada; A prescrição das ações patrimoniais não poderá ser de ofício e sim decretada pelo juiz, no entanto, a decadência é decorrente de prazo legal prefixado e pode ser conhecida de ofício e pelo juiz, independentemente se houver alegações das partes. No que se pode observar, a Prescrição é a extinção de uma ação judicial possível, em conseqüência da inércia de seu titular por um certo lapso de tempo e a Decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi subordinada a uma condição de exercício dentro de um determinado prazo prefixado, se esgotando sem que o exercício tivesse sido analisado. No segundo capítulo será demonstrado de forma abrangente as modalidades da prescrição penal, sendo elas: Prescrição da Pretensão Punitiva; Prescrição Retroativa; Prescrição Intercorrente; Prescrição Antecipada e Prescrição da Pretensão Executória.

37 CAPÍTULO 2 DAS MODALIDADES DA PRESCRIÇÃO PENAL 2.1 DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA O Estado perde o direito de punir o infrator, caso não proponha a ação dentro do prazo definido em lei. Assim, há várias formas de prescrição que devem ser analisadas, as quais são: prescrição punitiva, retroativa, intercorrente, antecipada e executória. Sobre a prescrição da pretensão punitiva, esclarece Jesus 97 : Na prescrição da pretensão punitiva (chamada impropriamente de prescrição da ação), o decurso de tempo faz com que o Estado perca o direito de punir no tocante à pretensão de o Poder Judiciário julgar a lide e aplicar a sanção abstrata (aspiração de punição). Observa-se que na prescrição da pretensão punitiva o Estado perde o direito de punir o agente, por não obter uma decisão a respeito do crime praticado dentro do prazo fixado na lei. A prescrição da pretensão de punir será quando esta ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença final. 98 Sobre a implicação de responsabilidade da prescrição da pretensão punitiva, aduz Zaffaroni 99 : Por tal motivo, não implica responsabilidade 97 JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: parte geral, V ed. rev. São Paulo: Saraiva, p SILVA, César Dario Mariano da. Manual de Direito Penal: parte geral: Arts. 1º a 120, v ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 263.

38 32 ou culpabilidade para o acusado, não reflete nos seus antecedentes e nem marca futura reincidência. Entretanto, a prescrição da pretensão punitiva não prejudica o agente e sim o beneficia, não incorrendo em registro de reincidência e nem em antecedentes. Sobre os prazos de prescrição, os mesmos estão previstos no artigo 109 do Código Penal, conforme explica Jesus 100 : Nos termos do art. 109 do CP, a prescrição, antes de transitar em julgado da sentença final, salvo o disposto nos 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando: I em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; III em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. Entende-se que a prescrição punitiva ocorre levando-se em consideração que os crimes mais graves, praticados pelo agente, levarão mais tempo para prescrever e os menos graves em menor tempo. 99 ZAFFARONI, Eugênio Raúl e PIERANGELI, José Henrique. Manual de Direito Penal Brasileiro: parte geral. v ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. p. 720.

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