UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LIBERDADE SINDICAL NO BRASIL AUTORA GLAUCE CARVALHO FALCÃO DE ALBUQUERQUE ORIENTADOR PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO RIO DE JANEIRO 2010

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU LIBERDADE SINDICAL NO BRASIL Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito e Processo do Trabalho. Por: Glauce Carvalho Falcão de Albuquerque

3 Agradeço aos meus professores e colegas de turma pelo estímulo e incentivo na escolha do tema deste trabalho. 3

4 Dedico este trabalho à minha família, em especial à Giovanna e Felipe, meus filhos, que são o motivo maior de toda e qualquer realização na minha vida. 4

5 5 RESUMO Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, o movimento sindical no Brasil era vinculado ao Estado. A nova Carta Magna deu início a um processo de democratização do sistema sindical brasileiro, introduzindo mudanças significativas com o objetivo de ampliar a liberdade de atuação e a autonomia dos sindicatos, sem, contudo, abandonar traços marcantes do autoritarismo do antigo modelo. A partir de então, essa diversidade de princípios e institutos contraditórios existentes colocou em questionamento a existência, no nosso ordenamento jurídico, da liberdade e autonomia sindicais plenas, tal como preconizadas pela Convenção 87 da Organização Mundial do Trabalho. Somente através da análise das contradições existentes na atual organização sindical brasileira é que torna possível a identificação dos dispositivos autoritários ainda preservados no nosso ordenamento, e que merecem ser reformados a fim de que se possa implementar um novo modelo sindical, criado a partir, não só da supressão dos resquícios do velho modelo corporativista, como também, do estabelecimento de um conjunto de medidas constitucionais e legais que visam garantir uma ação sindical livre e comprometida apenas com a luta pelos interesses das classes representadas.

6 6 METODOLOGIA O presente trabalho constitui-se em uma descrição detalhada dos diversos aspectos controvertidos existentes na organização sindical brasileira atual, no que se referem à análise da existência ou não da liberdade sindical plena no Brasil, após as inovações introduzidas no ordenamento pela Constituição Federal de 1988, bem como na apresentação de uma proposta de um novo modelo de organização sindical. A partir dessa premissa, é fácil concluir que o estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do método da pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de publicações, como livros e artigos em jornais, revistas e outros periódicos especializados, além de publicações oficiais da legislação e da jurisprudência. Por outro lado, a pesquisa que resultou nesta monografia também foi empreendida através do método dogmático, porque teve como marco referencial e fundamento exclusivamente a dogmática desenvolvida pelos estudiosos que já se debruçaram sobre o tema anteriormente, e positivista, porque buscou apenas identificar a realidade social em estudo e o tratamento jurídico a ela conferido, sob o ponto de vista específico do direito positivo brasileiro.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 8 CAPÍTULO I PRINCÍPIOS E GARANTIAS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ASSECURATÓRIOS À EXISTÊNCIA DOS SINDICATOS PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E SINDICAL PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL GARANTIAS À ATUAÇÃO SINDICAL...17 CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA: AS INOVAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE 1988 E AS CONTRADIÇÕES EXISTENTES ENQUADRAMENTO SINDICAL POR CATEGORIA UNICIDADE SINDICAL REGISTRO DA ENTIDADE SINDICAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL COMPULSÓRIA EFETIVO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE...30 CAPÍTULO III NOVO MODELO DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 43

8 8 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um estudo sobre a liberdade sindical no Brasil. Nesse contexto, o trabalho dedica-se a analisar a organização sindical brasileira atual, apresentando as inovações constitucionais introduzidas com a Carta Magna de 1988 no que se referem à ampliação da liberdade de atuação das organizações sindicais. Dedica-se, ainda, a identificar as contradições existentes no nosso modelo atual de organização, analisando os modelos de sistemas sindicais vigentes e os princípios preconizados nas convenções da Organização Mundial do Trabalho, apontando os pontos que merecem ser reformados. Adicionalmente, o presente estudo apresenta as medidas que devem ser adotadas para que se possa garantir a estruturação e a atuação mais democrática do sindicalismo na sociedade brasileira. O estudo do tema e das questões analisadas em torno do mesmo justifica-se pelo fato de que o sistema sindical brasileiro vem passando por um processo de democratização, incrementado a partir da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu novas regras visando a ampliação da liberdade de atuação das organizações sindicais, bem como a limitação do poder de interferência e controle do Estado nos sindicatos, sem, contudo, abandonar traços marcantes do autoritarismo do antigo modelo. O que se verifica, hoje, no Brasil, é a existência de um modelo híbrido de organização, onde os avanços democráticos do referido texto constitucional se mantêm estabelecidos sobre as bases da antiga estrutura sindical corporativista. Sendo assim, é importante a análise dessa diversidade de princípios e institutos contraditórios existentes no nosso sistema atual, a fim de que se possa refletir se, apesar das inovações constitucionais de 88, existe, realmente, em nosso país, a liberdade e a autonomia sindicais plenas, tal como preconizadas pelas Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Tal reflexão permite, assim, identificar quais os mecanismos autoritários ainda preservados no nosso ordenamento que merecem ser reformados, com o objetivo de se garantir mais transparência na legitimidade representativa sindical, bem como, uma atuação mais democrática dos sindicatos na sociedade brasileira,

9 para que estas entidades possam, com independência e segurança, melhorar as condições de trabalho das categorias profissionais representadas. 9 A pesquisa que precedeu esta monografia teve como ponto de partida o pressuposto de que o estabelecimento de um novo modelo sindical, criado a partir da supressão dos resquícios retrógrados do velho sistema corporativista, bem como da elaboração de um conjunto de medidas harmônicas e combinadas no sistema constitucional e legal do país, de proteção e reforço à estruturação e atuação dos sindicatos, é a medida que se faz necessária para se garantir os meios propícios para uma ação sindical independente e em condições de enfrentar a superioridade econômica do empresariado, dentro de um padrão democrático de gestão social e trabalhista no Brasil. Visando um trabalho objetivo, cujo objeto de estudo seja bem delineado e especificado, a presente monografia dedica-se, especificamente, às questões relativas aos sindicatos do Brasil. Inicialmente, no capítulo I, o presente trabalho abordou o tema sobre os princípios do Direito Coletivo do Trabalho assecuratórios à existência dos sindicatos: os princípios inseridos na Constituição da República, na legislação infraconstitucional e nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Em seguida, apontou as garantias estabelecidas, tanto no nosso ordenamento jurídico, como nas convenções da Organização Mundial do Trabalho, com o objetivo de dar efetividade aos princípios constitucionalmente garantidos. Analisou, ainda, no capítulo II, as inovações introduzidas na organização sindical brasileira pela Constituição de 1988, visando a democratização do sistema, e, em decorrência, as contradições que se estabeleceram a partir de então, tendo em vista a manutenção de algumas características marcantes do autoritarismo do antigo modelo. Por fim, o estudo propôs um novo modelo de organização sindical, a ser estabelecido mediante a supressão dos traços retrógrados do antigo modelo

10 10 corporativista, juntamente com o implemento de garantias constitucionais e legais aptas a assegurarem a verdadeira legitimidade representativa sindical e o efetivo dinamismo reivindicatório das entidades sindicais obreiras.

11 11 CAPÍTULO I PRINCÍPIOS E GARANTIAS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ASSECURATÓRIOS À EXISTÊNCIA DOS SINDICATOS O estudo dos Princípios do Direito Coletivo do Trabalho engloba os princípios e normas relacionadas inseridos na Constituição da República, a legislação infraconstitucional e os princípios pertinentes contidos nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Os princípios específicos do Direito Coletivo coexistem com os princípios gerais do Direito do Trabalho, com destaque para a abrangência do Princípio de Proteção do trabalhador, tanto sob o enfoque das relações individuais como nas relações coletivas de trabalho. Conforme Maurício Godinho Delgado: Os princípios do Direito Coletivo do Trabalho constroem-se, desse modo, em torno da noção de ser coletivo e das prerrogativas e papéis assumidos por tais sujeitos no contexto de suas relações recíprocas e em face dos interesses que representam (DELGADO, 2009, p. 1196). O ser coletivo empresarial já existe desde que haja a simples figura da empresa. Ele não necessita do implemento de garantias legais. Ele surge, automaticamente, a partir da organização empresarial no mercado econômico. Por outro lado, os trabalhadores precisam se organizar coletivamente a fim de que possam ter representação social e lutar pela melhoria das condições de toda a classe representada. No plano da Constituição, os princípios estão presentes como âncora de um Estado Democrático de Direito (artigo 1º), cuja ordem econômica e social deve ser planejada para a obtenção do bem comum e da justiça social, através da

12 12 melhoria das condições materiais dos cidadãos, da valorização do trabalho, e na promoção do trabalhador como integrante de uma categoria profissional e participante da sociedade política do país. Assim é que, a fim de minorar as desigualdades econômicas e sociais, o Estado volta-se para a proteção do trabalhador e à sua promoção social, estimulando a solidariedade entre os membros da mesma categoria e a participação na defesa do interesse coletivo através da atividade sindical. E somente a organização sindical livre e independente poderá exercer a verdadeira representatividade coletiva na defesa dos interesses da classe obreira. Dentre os princípios que regem o Direito Coletivo do Trabalho, destacam-se aqueles que têm por finalidade assegurar a existência do ser coletivo trabalhista. Tais princípios visam garantir a criação e o fortalecimento das entidades associativas obreiras para que elas possam exprimir a real vontade coletiva desse segmento social. O seu objetivo é assegurar o surgimento e a atuação das organizações coletivas de trabalhadores, e englobam, portanto, diretrizes baseadas na liberdade e na autonomia associativas. autonomia sindical. São eles, os princípios da liberdade associativa e sindical e da 1.1 PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E SINDICAL Postula pelo amplo direito de associação do obreiro e pela garantia de existência dos sindicatos. Segundo Maurício Godinho Delgado, o princípio da liberdade de associação assegura consequência jurídico-institucional a qualquer iniciativa de

13 agregação estável e pacífica entre pessoas, independente de seu segmento social ou dos temas causadores da aproximação (DELGADO, 2009, p. 1199). 13 No Brasil, o referido princípio vem sendo prestigiado desde a Constituição Republicana de 1891, que dispunha no seu artigo 72, parágrafo 8º, que a todos é lícito associaram-se e reunirem-se livremente, sem armas. Da mesma forma, as Constituições de 1934, 1937, 1946 e a de 1967 com a Emenda de 1969, também preservaram o direito de reunião. A Constituição Federal de 1988 assegurou, no seu artigo 5º, XVI e XVII, o direito de reunião pacífica e de associação para fins lícitos, desde que sem caráter paramilitar. Ressalte-se que a liberdade associativa individual revela-se sob dois aspectos: a liberdade positiva, que implica na liberdade de criação e vinculação a uma entidade associativa e a liberdade negativa, que implica na liberdade de não filiar-se ou de desfiliar-se de um determinado sindicato. De acordo com o inciso XX, do artigo 5º da CF, ninguém será compelido a associar-se ou a permanecer associado. A liberdade analisada sob o aspecto positivo importa tanto na liberdade do trabalhador se vincular a um sindicato e participar de suas atividades, como na vedação de medidas discriminatórias por parte das empresas ou do Estado e de práticas anti-sindicais, como a estipulação em instrumentos normativos de cláusulas de filiação sindical. Como exemplo de medidas discriminatórias das empresas, destacamse as restrições de vantagens alcançadas pelos trabalhadores como prêmios e promoções, perseguições, punições desfundamentadas, remoções abusivas, e a colocação dos nomes dos empregados com significativa atuação sindical em listas negras, divulgadas entre as empresas, com o intuito de excluí-los do mercado de trabalho. Em relação às medidas praticadas pelo Estado, cumpre salientar a concessão de preferências e privilégios a empresas ou trabalhadores

14 sindicalizados, conforme se verifica dos artigos 544 e 546 da CLT, que após a Constituição de 88 não mais se encontram em vigor. 14 Hoje, no Brasil, não são admitidas quaisquer cláusulas que condicionem a admissão em emprego, sua manutenção ou a despedida dele, ao fato do trabalhador não ser sindicalizado ou recusar-se a filiar-se a sindicato. São essas as conhecidas cláusulas de interdição de filiação sindical: como a open shop, que só admite a contratação do trabalhador não sindicalizado, a closed shop, que só permite a contratação de trabalhador sindicalizado, a union shop, que permite a admissão do empregado, mas o empregador é obrigado a dispensá-lo se ele não se filiar em certo prazo, a preferencial shop, que dá preferência aos sindicalizados no ato da admissão e a yellow dog, que estipula o compromisso do trabalhador não se filiar a sindicato. Outra prática anti-sindical é a criação de sindicatos fantasmas, de sindicatos de empresa, subvencionados ou mantidos por empresas, e de sindicatos fantoches, manipulados de acordo com os interesses de seus fundadores. Tais práticas são, hoje, consideradas inválidas por ofenderem o princípio da liberdade sindical constitucionalmente assegurado. Sob o aspecto negativo, a liberdade associativa consiste no direito do trabalhador de não filiar-se a um sindicato, ou de desfiliar-se a qualquer tempo do seu quadro. Importa em admitir que o interesse do indivíduo prepondera sobre o interesse coletivo. Embora se beneficie das vantagens alcançadas pelo sindicato para a sua categoria, a liberdade de não sindicalizar-se permite ao trabalhador a abstinência de sindicalização. É cada vez mais difícil sustentar o fortalecimento de entidades sindicais mediante a sindicalização forçada. A falta de liberdade na origem acaba comprometendo a atuação sindical. O entendimento jurisprudencial é de que em nosso ordenamento, são vedadas quaisquer cláusulas ou práticas que impliquem pressão ou

15 favorecimento à sindicalização dos trabalhadores (Orientação Jurisprudencial n. 20 da Seção de Dissídios Coletivos do TST). 15 Dentro desse contexto, entende-se que o estabelecimento de contribuição a ser paga pelo trabalhador não filiado à entidades sindicais fere à liberdade sindical negativa. O Tribunal Superior do Trabalho entende como abusiva a cobrança de contribuição assistencial para entidades sindicais de trabalhador não sindicalizado (Orientação Jurisprudencial n. 17 da Seção de Dissídios Coletivos). 1.2 PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL Implica na liberdade de funcionamento do sindicato e na sua liberdade de ação. Tal princípio sustenta a garantia de autogestão sem interferências empresariais ou estatais. Trata ele, portanto, da livre estruturação interna do sindicato, sua livre atuação externa, sua sustentação econômico-financeira e sua desvinculação de controles administrativos estatais ou em face do empregador (DELGADO, 2009, p. 1204). A autonomia sindical ampara-se no princípio da autodeterminação institucional e na autodeterminação coletiva. O princípio da autodeterminação institucional consiste na capacidade da entidade de produzir o seu ordenamento jurídico e de se auto-dirigir, eleger seus dirigentes, gerir seu patrimônio, fixar direitos e deveres dos associados, e estabelecer seu próprio programa de ação. Somente a partir da Carta Magna de 88 é que o princípio autonomista ganhou sustentáculo na ordem jurídica do país. A nova Constituição eliminou o controle político-administrativo do Estado sobre a estrutura dos sindicatos, tanto em relação à sua criação, como quanto à sua gestão (artigo 8º, inciso I).

16 16 A democracia interna é condição de legitimidade da vida dos sindicatos e é o princípio que deve inspirar a prática dos principais atos que envolverão a sua atividade interior. Pelo princípio da autodeterminação coletiva ou normativa, os sindicatos atuam no interesse das suas categorias criando normas, de efeito erga omnes, que incidirão sobre os contratos de trabalho em vigor de todos os trabalhadores abrangidos pela sua categoria, sindicalizados ou não. Criam direitos e obrigações para tanto para o empregador como para o empregado, independente de sua vontade, através dos instrumentos normativos. E a inobservância do instrumento normativo, seja por parte do empregador ou do empregado, sujeita-os à aplicação das penalidades ali previstas. Tal princípio foi também assegurado pela Constituição de 88, que ampliou as prerrogativas de atuação das entidades sindicais, tanto nas questões judiciais e administrativas, como na negociação coletiva e no direito de greve (artigos 8º, III e IV, 7º, XXVI e 9º) Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva No caminho da redemocratização do país, a Constituição de 1988 trouxe em seu teor o princípio da auto-organização sindical e o da autonomia de sua administração, além do incentivo às negociações coletivas de trabalho, destacando-se a permissão de flexibilização de direitos trabalhistas no tocante aos salários e a duração do trabalho, através de acordo ou convenção coletiva. O princípio da interveniência sindical na normatização coletiva, por sua vez, pressupõe que o processo de negociação coletiva só é válido, quando submetido à necessária intervenção do sindicato dos trabalhadores. De acordo com o artigo 8º, VI da Constituição Federal, é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho, não sendo reconhecido nenhum tipo de negociação direta entre o empregador e seu

17 empregado ou grupo de empregados, sem a participação institucional do sindicato representante da classe obreira. 17 O referido princípio visa garantir a efetiva equivalência entre os sujeitos negociantes, evitando o ajuste informal eventualmente feito entre o empregador e o empregado, que, nesse caso, se efetivado, terá caráter de mera cláusula contratual e será submetido ao rigoroso princípio da inalterabilidade contratual lesiva. Ressalte-se que a obrigatoriedade de participação do sindicato na negociação coletiva refere-se apenas aos trabalhadores, e não aos patrões. É a interpretação que se extrai da Constituição, conjugando-se os artigos 8º, VI e 7º, XXVI, que reconhece as convenções e os acordos coletivos de trabalho. O acordo coletivo de trabalho é feito diretamente pelo empresário, sem a presença da sua entidade de classe. Para o Direito Coletivo do Trabalho, os empregadores, ainda que apresentados isoladamente, são tidos como sujeitos coletivos em razão do impacto que os seus atos e as suas decisões geram na sociedade. Já a repercussão dos atos e decisões praticadas isoladamente por um trabalhador é quase inexistente, tendo em vista que ele se encontra sob o controle do empregador. Assim, para fins de se instituir norma jurídica coletiva negociada se faz imprescindível a participação sindical. E como afirma Maurício Godinho Delgado, a presença e a atuação dos sindicatos foi uma das mais significativas garantias alcançada pelos trabalhadores em suas relações com o poder empresarial (DELGADO, 2009, p. 1207). 1.3 GARANTIAS À ATUAÇÃO SINDICAL

18 18 A fim de se garantir o exercício da liberdade sindical, houve a necessidade de se criar no nosso ordenamento jurídico garantias mínimas com o objetivo de dar efetividade ao princípio constitucionalmente garantido. O exercício satisfatório do referido direito exige uma série de garantias relacionadas à liberdade e a integridade do trabalhador, dentro e fora do local da prestação de serviços. A proteção contra os atos anti-sindicais é o elemento central para o exercício da liberdade sindical em sua extensão máxima. Essa proteção integra o conteúdo do direito de liberdade sindical e, sem ela, o seu exercício não alcançaria o resultado almejado. A principal das garantias instituídas é a chamada estabilidade sindical. Trata-se da vedação da dispensa sem justa causa do empregado sindicalizado, a partir do registro da sua candidatura a cargo de direção ou representação sindical, e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato (artigo 8º, VIII da Constituição Federal). É uma estabilidade provisória, durante a qual, o empregador somente poderá dispensar o empregado sindicalista no caso de cometimento de falta grave apurada através de inquérito judicial. Este é o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na Súmula 379. A garantia abrange apenas os empregados sindicalizados com candidatura registrada a cargos eletivos e está condicionada à comunicação pela entidade sindical ao empregador, na forma do parágrafo 5º do artigo 543 da CLT, no prazo de 24 horas dos respectivos registros das chapas, assim como eleição e posse sindicais, conforme entendimento consubstanciado na Súmula 369, I do TST. Em relação ao empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical, ele só goza de estabilidade se exercer na empresa onde trabalha atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente (Súmula 369, III do TST).

19 19 A jurisprudência considera, ainda, que a extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato torna insubsistente a estabilidade provisória mencionada (Súmula 369, IV do TST). Ressalte-se, por fim, que existe doutrinariamente uma discussão sobre o número de dirigentes sindicais beneficiados pela estabilidade, e se a limitação imposta pelo artigo 522 da CLT, que fixa em sete o número máximo de diretores dos sindicatos, traduziria uma restrição aos princípios da liberdade associativa e autonomia dos sindicatos. Contudo o Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciou o entendimento de que o artigo 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recebido pela atual Constituição Federal. Como mais uma garantia, temos a inamovibilidade do dirigente sindical. A fim de não inviabilizar ou até mesmo não restringir o exercício de suas atividades sindicais, tratou a lei de proibir a remoção do dirigente sindical para funções incompatíveis com a sua atuação sindical ou para fora da base territorial do seu sindicato (artigo 543, caput da CLT). Todavia, estabelece, ainda, a lei que o dirigente que solicitar ou concordar com tais mudanças perderá o correspondente mandato sindical (artigo 543, parágrafo 1º da CLT). Diversas outras garantias encontram previsão nas Convenções da Organização Mundial do Trabalho, como por exemplo as de número 11, 87, 98, 135, 141 e 151. Essas garantias visam proteger as entidades sindicais, bem como os próprios trabalhadores, dos atos de ingerência e de restrição empresariais, a fim de que os sindicatos possam ter mais representatividade e autonomia na defesa dos interesses das classes trabalhadoras. Conforme artigo 1º da Convenção 98 da OIT:

20 20 1. Os trabalhadores deverão gozar de adequada proteção contra todo o ato de discriminação em relação ao seu emprego. 2. Esta proteção deverá exercer-se especialmente contra todo ato que tenha por objeto: a) sujeitar o emprego de um trabalhador à condição de que não se filie a um sindicato ou deixe de ser membro de um sindicato; b) causar a demissão de um trabalhador ou prejudicálo de outra maneira por sua filiação a um sindicato ou por sua participação em atividades sindicais fora das horas de trabalho ou, com consentimento do empregador, durante o horário de trabalho. (OIT, 1949).

21 21 CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA: AS INOVAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE 1988 E AS CONTRADIÇÕES EXISTENTES Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, o movimento sindical no Brasil era vinculado ao Estado. O Ministério do Trabalho era quem geria o sindicalismo brasileiro. Os dispositivos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho tinham como característica a excessiva intervenção estatal, o sindicato único, suscetível de interferência do Estado em sua formação e nas suas atividades, a cobrança da contribuição sindical criada por lei, a debilidade da contratação coletiva, a competência normativa da Justiça do Trabalho e a proibição da greve (ROMITA, 1999, P. 71). A nova Carta Magna introduziu mudanças significativas no sistema sindical brasileiro. Estabeleceu novas regras visando a ampliação da liberdade de atuação das organizações sindicais, bem como, a limitação do poder de interferência do Estado, sem, contudo abandonar traços marcantes do autoritarismo do antigo modelo. A liberdade sindical na Constituição Federal vigente está prevista no seu artigo 8º, sob o enunciado de que É livre a associação profissional ou sindical. A esse enunciado, que consagra o princípio da liberdade sindical, segue-se, nos incisos do artigo 8º, uma série de disposições a serem observadas, algumas inovadoras, que reforçam o direito, e outras que, identificadas com os regimes anteriores, restringem o seu exercício. São elas: a não intervenção do Estado nos sindicatos, ressalvado o registro no órgão competente, a vedação da criação de mais de um sindicato por na mesma base territorial, a defesa pelo sindicato dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, a contribuição sindical fixada em assembléia, a liberdade sindical negativa, a obrigatoriedade da participação dos

22 sindicatos na negociação coletiva, o direito sindical do aposentado, e a garantia de emprego dos candidatos a cargo de direção ou representação sindical. 22 O modelo sindical implementado pela Carta de 1988, apesar de conter avanços que visam garantir uma maior autonomia das entidades sindicais, contempla, outrossim, normas que restringem a plena liberdade sindical. Conclui-se, pois, que o modelo de liberdade sindical adotado na Constituição, ainda que nele se reconheça um grau de legitimidade para o desenvolvimento de uma atividade sindical eficaz, é um modelo de transição (PEREIRA, 2009, p. 106). Em que pesem as inovações implementadas pela Constituição Federal de 1988, o nosso sistema atual sindical ainda sofre com o intervencionismo e com a ausência de liberdade plena. A Constituição de 1988 deu um passo importante na direção da democratização do sistema sindical brasileiro, introduzindo mecanismos de ampliação da liberdade sindical, mas manteve algumas características marcantes do autoritarismo do antigo modelo. Os traços marcantes são os seguintes: 2.1 ENQUADRAMENTO SINDICAL POR CATEGORIA Segundo o artigo 511, caput da CLT, sindicato é a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades e profissões similares ou conexas.

23 23 Levando-se em conta, apenas, os padrões de organização dos sindicatos dos trabalhadores no Brasil - que são o principal objeto de estudo do Direito Coletivo do Trabalho podemos analisá-los sob dois aspectos. O primeiro diz respeito ao critério de agregação dos trabalhadores a um determinado sindicato. Existem, assim, os sindicatos que reúnem os obreiros em função da sua categoria profissional, e os que agregam trabalhadores em razão de sua profissão ou ofício, denominados sindicatos de categoria diferenciada. O parágrafo 2º do artigo 511 da CLT estabelece que o ponto de agregação na categoria profissional é a similitude de condições de vida oriunda da situação de emprego em atividades econômicas idênticas, similares ou conexas. A categoria profissional vincula, pois, os obreiros em razão do trabalho para determinado tipo de empregador. Esse é o tipo de associação predominante no Brasil. Já a associação de categoria diferenciada, de menor expressão no cenário nacional, agrega trabalhadores que exercem profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em conseqüência de condições de vida singulares, conforme se depreende do parágrafo 3º do artigo 511 da CLT, como por exemplo: professores, aeronautas, músicos, etc. A profissão do empregado que integra uma categoria diferenciada, geralmente, é regulamentada por lei e a sua função é diferente da atividade preponderante da empresa aquela exercida pelos demais empregados. A Constituição de 1988 recepcionou os preceitos da CLT e fixou o critério de associação por categoria profissional para fins de estruturação dos sindicatos, estabelecendo o município como base territorial mínima para a organização dessas entidades (artigo 8º, II). No entanto, segundo Amauri Mascaro do Nascimento, É incompatível um sistema de liberdade sindical com a concepção de categoria como um a priori oficial (NASCIMENTO, 2009, p. 180).

24 24 Para Arion Sayão Romita: a categoria, descobrimento do regime corporativo italiano, configura um modo de sindicalismo integrado por sindicatos fantoches, a serviço do Estado; o sindicato subsiste nominalmente, por ficção de tolerância e por utilidade política. A noção de categoria como dado a priori funciona como um meio eficaz de reduzir o sindicalismo à impotência, sem que se torne preciso proibir sua existência (ROMITA, 2007, p. 669). 2.2 UNICIDADE SINDICAL O segundo aspecto a ser observado é em relação à existência ou não de limitação legal ao número de sindicatos. Dentro desse contexto, são dois os modelos existentes: o unitarismo sindical imposto por lei e o pluralismo sindical. A relevância desta análise se dá pelo fato de que, o Brasil adota, desde 1939, o sistema da unicidade sindical, introduzido pelo Decreto lei nº 1.402/39, e que foi recepcionado pela Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 516, que assim reza Não será reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria econômica, ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada base territorial. A adoção do referido sistema foi confirmada pela Constituição Federal de 1988, ao dispor no seu artigo 8º, II, que é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município. Esse é mais um ponto a ser questionado em relação à existência ou não de liberdade sindical no Brasil, pois como bem ressalta Amauri Mascaro do Nascimento, o nosso sistema não faculta aos trabalhadores a possibilidade de organização espontânea para formar uma coletividade natural, uma unidade de

25 fato, ou de elegerem, na empresa, o sindicato que os representará (NASCIMENTO, 2009, p. 221). 25 Para a maioria dos doutrinadores, a unicidade sindical imposta por lei, elimina a liberdade individual de escolha do sindicato e prejudica a conscientização dos trabalhadores a respeito da necessidade de autoorganização para a formação de grupos de interesses autênticos e homogêneos voltados à defesa de suas reivindicações. Segundo Maurício Godinho Delgado: A unicidade corresponde à previsão normativa obrigatória de existência de um único sindicato representativo dos correspondentes obreiros, seja por empresa, seja por profissão, seja por categoria profissional. Trata-se da definição legal imperativa do tipo de sindicato passível de organização na sociedade, vedando-se a existência de entidades sindicais concorrentes ou de outros tipos sindicais. É, em síntese, o sistema de sindicato único, com monopólio de representação sindical dos sujeitos trabalhistas (DELGADO, 2009, p. 1221). Em contrapartida, o pluralismo sindical é o sistema segundo o qual, é permitida, na mesma base territorial, a existência de mais de um sindicato representativo de trabalhadores que tenham interesses coletivos em comum. Esse modelo é defendido pela maioria dos doutrinadores, tendo em vista que dentro do princípio de não imposição legal de um sindicato único - onde prevalece a liberdade de constituição dos referidos organismos -, é garantida aos trabalhadores a verdadeira possibilidade de escolha dos seus representantes. Para tais estudiosos, a liberdade sindical e a proibição de livre organização sindical são conceitos incompatíveis. Afirma Arnaldo Sussekind, que a adoção do unitarismo sindical no Brasil teve como objetivo evitar o fracionamento dos sindicatos e o conseqüente enfraquecimento das suas representações, numa época em que faltava à classe trabalhadora o espírito sindical, no entanto, ele defende a liberdade de constituição dos sindicatos, reconhecendo que o ideal seria a unidade de representação decorrente da conscientização dos grupos de trabalhadores e

26 empresários interligados por uma atividade comum (SUSSEKIND apud NASCIMENTO, 2009, P.218). 26 Diferentemente da unicidade sindical, a unidade sindical é o sistema no qual os sindicatos se unem numa só representatividade por sua própria opção, em razão de uma decisão política, e, não por uma imposição legal. Conforme entendimento doutrinário majoritário, esse modelo é perfeitamente aceito pelo principio da liberdade sindical, previsto na Convenção nº 87 da Organização Internacional do Trabalho, que exige apenas que o sistema jurídico permita a pluralidade de associações em qualquer nível, bem como a organização dos sindicatos, observando-se o critério de agregação mais adequado aos interesses coletivos dos obreiros, seja por categoria, profissão, empresa, etc. Em que pese ser signatário da OIT desde a sua fundação, em 1919, o Brasil ainda não ratificou a Convenção nº 87, que trata da liberdade sindical e a proteção do direito sindical. Dispõe a Convenção, em seu artigo 2º que Os trabalhadores e as entidades patronais, sem distinção de qualquer espécie, têm o direito, sem autorização prévia, de constituírem organizações, com a única condição de se conformarem com os estatutos destas últimas. Aí estão consagrados os princípios da liberdade sindical individual e a coletiva. Analisando-se o nosso texto constitucional, verifica-se que com o artigo 8º, inciso V, da CR/88, a liberdade sindical individual estaria, em tese, totalmente garantida: "ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato". Contudo, o que se constata, na prática, é que com a unicidade sindical, a liberdade de escolha dos trabalhadores fica reduzida a um único sindicato existente na sua base territorial. O sistema de liberdade sindical plena, tal como preconizado pela Convenção 87 da OIT, não sustenta que a lei deva impor a pluralidade sindical. Ele sustenta, apenas, que não cabe à lei regular a estruturação e organização interna aos sindicatos, cabendo a eles eleger, sozinhos, a melhor forma de se instituírem podendo, em conseqüência, firmar a unidade organizacional e prática (DELGADO, 2009, p. 1222).

27 2.3 REGISTRO DA ENTIDADE SINDICAL NO MINISTÉRIO DO TRABALHO 27 Outro elemento a ser enfocado é a questão do registro sindical junto ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego. A autonomia sindical não se limita ao direito individual de associação à entidade sindical, mas trata, também, de uma liberdade coletiva consubstanciada no direito do sindicato organizar-se e guiar-se por si, sendo livre a executar as suas determinações. No exercício desta liberdade o sindicato não pode estar submetido nem ao governo, nem ao poder econômico das sociedades empresariais. O artigo 3º, da Convenção 87 da OIT garante às organizações de trabalhadores e de entidades patronais o direito de elaborar os seus estatutos e regulamentos administrativos, de eleger livremente os seus representantes, organizar a sua gestão e a sua atividade e formular o seu programa de ação, devendo as autoridades públicas abster-se de qualquer intervenção suscetível de limitar esse direito ou de entrevar o seu exercício legal. Analisando-se os pontos de maior importância da Convenção 87, destacam-se quatro garantias sindicais: a de fundar sindicatos, administrar sindicatos, garantir a atuação dos sindicatos e a de assegurar o direito de filiar-se ou não a um sindicato. A primeira prevê o direito, dos tanto dos trabalhadores como dos empresários, de constituírem entidades sindicais, sem autorização prévia do Estado, e a livre escolha de cada pessoa do sindicato a que pretenda filiar-se. A segunda faculta aos sindicatos o direito de redigir seus próprios estatutos, eleger seus representantes e forma de gestão, definir seu programa de ação, etc. É a garantia do exercício da autonomia administrativa sem a intervenção do Estado, segundo os objetivos a que os próprios sindicatos se proponham.

28 28 A terceira é uma garantia contra a extinção ou a suspensão das entidades sindicais pelo Estado, ou de qualquer outra interferência arbitrária da autoridade pública. A quarta garantia assegura o direito dos sindicatos de criarem federações e até filiar-se a organismos sindicais internacionais. Ressalte-se que esta dimensão da liberdade sindical, sob o prisma coletivo, reflete os direitos dos trabalhadores dentro da própria estrutura sindical e os direitos dos sindicatos como entes representativos de interesses coletivos. Em relação à criação, ao registro e ao funcionamento das entidades sindicais, a Constituição da República de 1988 introduziu mudanças positivas no ordenamento, consagrando o princípio da autonomia organizacional no seu artigo 8º, inciso I, que prevê que a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação do sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical. Com o novo texto constitucional foram revogados todos os dispositivos da CLT que traduziam qualquer tipo de controle ou interferência do Estado na organização das entidades sindicais, como por exemplo, os artigos que tratavam do reconhecimento e investidura sindical (artigo 515 e seguintes). Antes da Constituição de 88 o Estado, através do Ministério do Trabalho, controlava minuciosamente todos os atos de reconhecimento e investidura sindicais. Hoje, o Estado não pode mais interferir, restando-lhe apenas efetuar o registro da entidade sindical no órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego. Cumpre ressaltar que o entendimento predominante na doutrina é de que o referido registro, de modo algum, representa controle estatal e atende meramente a fins cadastrais visando garantir a unicidade sindical.

29 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL COMPULSÓRIA A Carta de 88, seguindo a tradição que vem desde o Estado Novo, preservou, outrossim, o financiamento compulsório das entidades sindicais, pelos trabalhadores, independente de sua condição de associados ou não, conforme disposto nos artigos 8º, IV, in fine, e 149, que sustentam a manutenção da contribuição sindical prevista na CLT, em seus artigos 578 a 610. Reza o artigo 8º, IV, da Constituição Federal: a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei. A contribuição sindical, outrora chamada de imposto sindical foi criada pelo Decreto-lei n /40, como obrigação compulsória devida por todos os que participavam de determinada categoria econômica ou profissional em favor do respectivo sindicato, e corresponde à remuneração de um dia trabalho. A sua constitucionalidade foi contestada por vários doutrinadores em razão de ser considerada verdadeira afronta ao princípio da liberdade sindical. No entanto, a Constituição de 88 não mais deixou dúvidas a esse respeito, já que manteve a sua cobrança compulsória. A contribuição sindical encontra previsão legal nos artigos 578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho, e fere de morte o princípio da liberdade sindical, e, ainda, a regra constitucional de que ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato. Os trabalhadores, os autônomos, os profissionais liberais e os empregadores são obrigados a contribuir para o sistema sindical. Dessa forma, prevista na lei e incidindo também sobre os trabalhadores não sindicalizados, a contribuição sindical obrigatória é alvo de críticas dos doutrinadores, e a imposição da sua cobrança coloca mais uma vez em questionamento a liberdade sindical existente no nosso ordenamento jurídico,

30 30 haja vista que, se a liberdade de não-associação fosse plena, não haveria a possibilidade de contribuição compulsória. Tendo o trabalhador o direito constitucional de filiar-se ou não, a lógica extraída da análise sistemática do ordenamento jurídico é a de que o trabalhador não pode ser obrigado a contribuir para entidades das quais não quis associar-se. Saliente-se que a Organização Internacional do Trabalho, através do Comitê de Liberdade Sindical do Conselho de Administração tem, reiteradas vezes, se posicionado no sentido que a contribuição compulsória é incompatível com a liberdade sindical. No próprio meio sindical, há muita discordância em relação à sua extinção como contribuição compulsória em razão da arrecadação vultosa que ela propicia aos sindicatos, tanto de empregados como de empregadores. No entanto, o entendimento doutrinário majoritário é de que, em nome da liberdade sindical, deve ser extinta a contribuição sindical, gradativa ou abruptamente, a fim de que só possam ser mantidos, mediante contribuição negociada e/ou facultativa, apenas os sindicatos realmente representativos e que demonstrem eficiência na representação que ostentarem. 2.5 EFETIVO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE O último traço contraditório marcante do nosso sistema sindical a ser abordado trata-se do efetivo exercício do direito de greve. A Constituição Federal reconhece a greve como direito fundamental tanto para trabalhadores da iniciativa privada (artigo 9º) como para os servidores públicos civis (artigo 37, VII) competindo-lhes decidir sobre os interesses e a oportunidade que devam por meio dela exercer. Contudo, a greve respaldada pela Constituição não é um direito amplo e irrestrito, estando sujeita a limitações. Os trabalhadores privados têm o seu direito de greve regulado pela lei 7.783/89, mas a liberdade ao exercício do direito

31 ainda é muito reprimida. Os servidores públicos, por sua vez, ainda não têm legislação que regulamente o seu direito. 31 A greve é um mecanismo de autotutela de interesses. É um instrumento de pressão e força dos trabalhadores em face de seus empregadores, ou tomadores de serviço, com o objetivo de defender os interesses coletivos. A greve é, hoje, um direito fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às sociedades democráticas (DELGADO, 2009, p. 1315). A Carta Magna de 88, contrariamente às constituições anteriores, conferiu amplitude ao direito de greve, ao determinar que compete aos trabalhadores a decisão sobre a oportunidade de exercer tal direito, assim como, de decidir a respeito dos interesses que por meio dele serão defendidos. No entanto, ao ser incorporado pela ordem jurídica o direito a greve encontra nela também as suas próprias limitações. A primeira dessas limitações trata-se do atendimento aos serviços ou atividades essenciais, a serem definidos por lei. A Constituição não proíbe a greve nesses segmentos, mas cria limitações em vista das necessidades inadiáveis da comunidade (artigo 9º, parágrafo primeiro). A Lei 7.783/89 define os serviços e atividades essenciais, e dispõe, ainda, no seu artigo 11 que os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. A segunda limitação encontra-se inserida no parágrafo 2º do artigo 9º da Constituição Federal, que preceitua que os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Isto significa que a greve, embora permitida, não comporta atos abusivos, violentos ou similares pelos grevistas. Dispõe o artigo 9º, caput, da Lei 7.783/89:

32 32 Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resulte em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento. A outra limitação se refere à proteção especial conferida ao trabalhador que insista em trabalhar. Dispõe a Lei de Greve (7.783/89) que as manifestações e os atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho (artigo 6º, parágrafo 3º) e que, em nenhuma hipótese poderão ser violados os direitos e garantias fundamentais de outrem (artigo 6º, parágrafo 1º). doutrinadores. Tal limitação tem tido sua constitucionalidade questionada por alguns Ora, a lei tem de ser interpretada em harmonia com a Constituição: direitos e garantias, em nenhuma hipótese, poderão, efetivamente, ser violados ou constrangidos, exceto o acesso ao trabalho, desde que, aqui, a restrição se faça sem violência física ou moral às pessoas. É que a Carta Magna assegura, enfaticamente, como direito fundamental, a greve,, o movimento de sustação coletiva do trabalho; neste caso, o ato individual de insistir no cumprimento isolado do contrato choca-se com o direito coletivo garantido na Constituição, podendo, desse modo, inviabilizar, fisicamente, o acesso ao trabalho repita-se, desde que sem violência física ou moral ao trabalhador (DELGADO, 2009, p. 1306). Como se vê, a Lei da Greve, ao mesmo tempo em que garante comportamentos visando o fortalecimento do movimento paredista, resguarda a liberdade de trabalho e o direito de propriedade, deixando claro que, apesar de garantido, o direito de greve não é absoluto. Destaca-se, ainda, que mesmo sendo indubitável o caráter democrático da Carta de 1988, ela não conferiu aos militares o direito à greve, nem mesmo à sindicalização (artigos 37, VI e VII, e 42, parágrafo 5º). Tratando-se dos servidores civis, foi garantido o direito à livre associação sindical (artigo 37, VI da CF) e ao movimento paredista, observada a regra de que o direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei

33 33 específica. Contudo, ainda não há lei regulando a matéria, e a controvérsia girou, durante bastante tempo, em torno da legalidade ou não da greve instaurada pelos servidores públicos. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de greve dos servidores públicos, que mesmo previsto na Constituição Federal de 1988, nunca foi disciplinado por legislação específica. A mais alta corte do poder Judiciário declarou que o Congresso foi omisso porque ainda não tratou do tema, mas a omissão legislativa referente ao direito de greve não pode violar o pleno direito, entendendo, assim, que no caso de paralisação do funcionalismo público deve ser aplicada a Lei 7.783/89, que regulamenta as greves dos trabalhadores da iniciativa privada, até que sobrevenha a lei específica a que se refere o artigo 37, inciso VII da atual Constituição Federal.

34 34 CAPÍTULO III NOVO MODELO DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL Dessa maneira, a reforma dos mecanismos autoritários ainda presentes no nosso ordenamento jurídico é medida que se faz necessária a fim de que possamos garantir a atuação democrática dos sindicatos, com o estabelecimento de um movimento sindical verdadeiramente comprometido com o atendimento das expectativas e necessidades das classes representadas. Se o sindicalismo surgiu como um movimento de lutas, de conquista de direitos para a classe trabalhadora, este movimento deve ser sustentado e mantido pela idéia de liberdade. Cabe, pois, ao movimento sindical brasileiro lutar cada vez mais pela democratização das relações coletivas de trabalho, extirpando os últimos resquícios autoritários da antiga estrutura sindical paternalista e vinculada ao Estado. A modificação dos elementos estruturais da organização sindical previstos na Constituição, é a providência necessária para se criar um movimento sindical baseado nos princípios da plena liberdade e da plena autonomia sindical. O primeiro passo seria o fortalecimento da organização dos trabalhadores nos locais de trabalho, afastando as noções de categoria e de base territorial, permitindo-se, assim, a sindicalização por empresa e a sindicalização por ramo ou segmento empresarial de atividades. Isso favoreceria a solidariedade entre os empregados de empresas distintas, diminuindo as perspectivas, por vezes, estritamente individualistas da atuação sindical e daria uma maior transparência representativa às entidades sindicais. Em relação à unicidade sindical, deveria ser abolida a sua imposição legal, permitindo a legislação, a criação de sindicatos concorrentes. Garantida

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