OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS : ANOTAÇÕES À MARGEM DE LOURIVAL VILANOVA.

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1 OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS : ANOTAÇÕES À MARGEM DE LOURIVAL VILANOVA. Tárek Moysés Moussallem 1 Yuri de Oliveira Dantas Silva 2 Premissas O direito positivo se manifesta mediante linguagem. Linguagem na função prescritiva de condutas humanas. Por ser um conjunto de enunciados prescritivos a Lógica se afigura como potente ferramenta para análise das unidades deônticas de significação. Para os fins deste trabalho, norma jurídica será todo juízo construído pelo intérprete a partir dos enunciados prescritivos, sempre na estrutura do condicional, cujos referentes semânticos são as condutas humanas juridicamente relevantes. Para ficarmos apenas com as estruturas e operarmos tão-somente com os símbolos lógicos, a norma jurídica possui o seguinte arquétipo: D(p q) v (-p r). Antes do disjuntor v temos a parte primária, e após, a parte secundária, sendo que em ambas há o vínculo implicacional se...então, traduzidos em uma hipótese ( se... ) e uma consequência ( então... ). Da fórmula da norma jurídica concebemos a estrutura da relação jurídica. A relação jurídica é composta por dois termos-sujeitos e um functor relacional. O functor relacional tem a função de vincular os dois termos-sujeitos e é uma variável relacional, podendo ser modalizada nas três modalidades deônticas: proibido, permitido, obrigatório. A relação jurídico-processual, antes de ser processual é jurídica e possui o mesmo arquétipo, pois vincula sujeitos com direitos (rights) e deveres recíprocos. Para fins deste escrito, o símbolo processo será utilizado no sentido de relação jurídico- 1 Professor da Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre e Doutor pela PUC/SP. 2 Mestrando em Direito Processual pela Universidade Federal do Espírito Santo.

2 processual com o intuito de determinar quais são os pressupostos para a constituição das relações jurídico processuais. I - Aspectos do conhecimento Quatro elementos compõem o ato de conhecer: I o sujeito cognoscente, ou o sujeito que conhece a realidade circundante; II a intenção de conhecer dirigida à certa realidade; III o objeto, aquilo que se pretende desvelar 3 ; IV - a proposição, como estrutura que declara que o conceito-predicado vale para o conceito-sujeito 4, ou, proposição assertiva. Embora haja intrínseca relação entre os mencionados planos, é possível, mediante ato de abstração, isolar mencionados elementos. O isolamento é ato arbitrário do sujeito cognoscente consistente, em seu fim, a uma separação temática. Ao ato de dirigir-se à realidade e abstrair certos elementos por meio da linguagem, dá-se o nome de corte metodológico. Esse corte suspende (em âmbito temático) da realidade um dado para fim de estudo. O fato de se cortar X e Y, ou tão-só Y e não X é algo indiscutível, pois a secção é arbitrária. Admite-se-la ou não. Dessa forma, o sujeito cognoscente ao segmentar a realidade, constitui o objeto de estudos. E o faz linguisticamente. Transpondo tais conceitos ao campo do conhecimento jurídico, o sujeito cognoscente é o Cientista do Direito; o ato de conhecer é a intenção do cientista direcionada ao objeto de estudos fixado no presente estudo é o direito positivo (conjunto de normas jurídicas válidas) e a proposição, por usa vez, é o conjunto de enunciados descritivos que o sujeito cognoscente emite ao contemplar o seu objeto de estudos. Atente-se para o fato de que tanto o direito positivo (objeto) quanto a Ciência do Direito (proposição) são linguisticamente constituídos. II A norma jurídica: juízo hipotético condicional 3 VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p VILANOVA, Lourival. Lógica jurídica. In:. Escritos jurídicos e filosóficos. São Paulo: IBET, 2003.v.2. p.158.

3 Todo signo é unidade de comunicação que expressa a relação entre três elementos: suporte físico, significado e significação. O suporte físico é a palavra falada ou escrita; o significado é o dado do mundo real ou imaginário em sua dúplice dimensão (conotação - critérios de uso da palavra e denotação - elementos que cabem nos critérios de uso); e a significação é a noção ou ideia que o suporte físico suscita na mente do intérprete. O direito positivo (objeto de conhecimento) apresenta-se em sua concretude existencial como um plexo de enunciados prescritivos, cujo significado é a conduta humana e a norma jurídica é a significação, é juízo que o intérprete constrói a partir da leitura dos textos de direito posto; é o juízo hipotético condicional 5. A norma jurídica surge como fruto de um esquema de interpretação realizado pelo homem para construir o sentido deôntico do texto do direito positivo 6. Desta feita, não se confundem enunciados prescritivos com normas jurídicas. Metaforicamente, é como se os enunciados prescritivos fossem peças de um quebra-cabeça e a norma a imagem formada com a junção dessas peças. A significação, como juízo que é, apresenta necessariamente uma estrutura lógica. Dessa maneira, ao se falar em estrutura lógica da norma jurídica, resume-se seu esquadro em variáveis e constantes lógicas, entes lógicos desprovidos de qualquer conteúdo. Aplicar as formas lógicas é substituir as variáveis por constantes fáticas, isto é, por símbolos de valor determinado, referentes a fatos e objetos 7. A linguagem técnica do direito positivo é o suporte material das formas 8, cujo isolamento temático, leva à formalização. Assim, a norma jurídica apresenta estrutura lógica com composição dual: norma primária e norma secundária. Para adotar a terminologia de Vilanova e de Kelsen, trabalharemos norma primária como aquela que estatui direitos e deveres e 5 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 22. Ed. São Paulo: Saraiva, p MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Fontes do direito tributário. 2. ed. São Paulo: Noeses, p VILANOVA, Lourival. As estruturas lógicas e o sistema do direito positivo, 3.ed. São Paulo: Noeses, p VILANOVA, Lourival. As estruturas lógicas e o sistema do direito positivo, 3.ed. São Paulo: Noeses, 2005.p. 25.

4 norma secundária como aquela que estabelece as sanções previstas pelo ordenamento jurídico como consequência ao ilícito praticado. Segundo lições de Vilanova: Em cada norma-parte, temos hipótese fática e conseqüência. Na primeira, o suporte fático é fato natural ou humano (evento/conduta); na segunda, o suporte fático é a não verificação da conseqüência da primeira norma. [...] Podemos, em reescritura abstrata, delinear o esquema da norma jurídica assim: se se dá o fato F, então o sujeito S fica em relação R com o sujeito S (norma primária); se S não faz ou faz o que devia não fazer ou omitir, então o sujeito S tem o poder de exigir a observância da conduta devida perante S (relação R na norma secundária) 9 Eis a estrutura simplificada. É uma reconstrução formal do que na linguagem em que se expressa o direito positivo se apresenta complexo e disperso. Para apenas trabalharmos com constantes e variáveis, a estrutura da norma jurídica é representada da seguinte forma: D(p q) v (-p r) Antes do disjuntor includente v, está a estrutura da norma primária, depois, a estrutura da norma secundária. Norma de direito material, a primária; norma de direito processual, a secundária. Assim, dado certo fato jurídico 10, uma relação jurídica entre S e S é instaurada pela imputação normativa, ou causalidade instituída pelo ordenamento jurídico; é instaurado um vínculo abstrato segundo o qual S possui um direito subjetivo de exigir de S certa conduta (dar, fazer ou não fazer), ao passo que S possui o dever jurídico de realizar a conduta. A relação jurídica apresenta-se da seguinte forma: S R S Direito subjetivo dever jurídico O esquema representado graficamente acima vale para todas as relações jurídicas ao longo da estrutura lógica da norma, ou seja, todos os sujeitos de direito ou 9 VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000 p Relato feito por autoridade credenciada pelo sistema jurídico; é enunciado denotativo, ao passo que a hipótese normativa é enunciado conotativo.

5 possuem dever jurídico ou possuem direito subjetivo. O vetor que atribui dever ou direito subjetivo, nunca será neutro (ou inexistente) no interior da estrutura da relação jurídica. Negada essa relação jurídica, ou descumprido o consequente da norma primária, o sujeito S adquire com o direito subjetivo, mas, agora, de exigir do Estado- Juiz (S ) o cumprimento da obrigação jurídico tributária. Eis o consequente da norma secundária onde o Estado juiz possui o poder-dever de cobrar a prestação do sujeito inadimplente. Assim, a negativa da relação jurídica primária consubtancia-se como condição exclusiva da atividade sancionatória do Estado-Juiz. Eis aí a genuína condição da ação em termos processuais: a existência da lide in status asserciones. III A relação processual: movimentação da norma secundária Como exposto mais acima, em reescritura reduzida, num corte simplificado e abstrato, a norma jurídica apresenta composição dual: norma primária e norma secundária. Aquela é norma de direito material, essa, de direito processual. O objeto do presente tópico é a análise da norma secundária, ou norma sancionadora. Tanto a norma primária como a norma secundária são dotadas de estrutura implicacional: se H deve-ser C. Isso equivale a dizer que ambas possuem uma hipótese e uma consequência, de maneira que, dada a hipótese, deve ser a consequência, eis a causalidade que o ordenamento institui, a qual Kelsen chama imputação normativa. Dessa maneira, o pressuposto de existência da norma secundária é a negativa (ilícito jurídico) do consequente da norma primária. Uma relação de direito material descumprida é o pressuposto suficiente e necessário para a existência da norma secundária. A esse descumprimento da relação de direito material (ou substantivo), dáse o nome de antecedente da norma secundária. Como assevera Vilanova: A uma relação jurídica material R, entre A e B, sucede outra relação jurídica forma (processual) entre A e C (órgão C que concentrou o emprego da coação) e entre C e B. Figuradamente, se a relação material era horizontal, unilinear, a relação formal fez-se angular: não se desenvolve linearmente de A para B, pois conflui em C. Perfaz-se outra relação R.

6 A mencionada relação R é composta por duas relações processuais: o exercício de direito de ação e o exercício do direito de contradição. Termo comum dessa dúplice relação processual é o órgão jurisdicional 11. Assim, o processo é uma série ordenada de relações processuais. Cumpre chamar a atenção para o fato que a norma secundária pode ou não ficar à disposição do sujeito titular ativo na relação material. Nos direitos subjetivos privados cabe ao legitimado pôr em movimento a norma secundária; nos direitos subjetivos de exercício obrigatório, o titular não pode deixar de exercer o seu dever de movimentar a norma secundária, pois é obrigatório. Basta pensar nos casos em que o Ministério Público deve propor a ação penal pública incondicionada, devido à importância do bem jurídico lesado. Para pôr em movimento a norma secundária, o sujeito ativo reveste-se de capacidade processual 12 para tanto, da mesma forma o sujeito passivo reveste-se da capacidade processual para se opor à pretensão do sujeito ativo. Ambas as qualificações apenas existem em virtude da incidência da norma processual. Dessa maneira, ao direito de ação contrapõe-se o direito de defesa. Tanto no exercício de um, como no exercício de outro, ambos os sujeitos dirigem-se ao Estadojuiz, com este constituindo relação processual. O pedido e a causa de pedir contidos na ação demarcam o campo de incidência da prestação jurisdicional, não podendo o mesmo ser ampliado. Esses contornos criados pelo sujeito ativo demarcam o limite da atuação jurisdicional. Quando o sujeito ativo ingressa com uma ação contra o Estado-Juiz 13, a relação de direito processual se dá apenas entre os dois termos. Nesse caso, inegavelmente formou-se uma relação jurídico processual. O Estado-Juiz pode vir a 11 VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000 p Neste ponto é relevante assinalar que antes de ser sujeito-de-direito em relação processual, é-se sujeito de direito. Tanto o sujeito-de-direito como o sujeito-de-direito processual são efeito da incidência da norma sobre um suporte fático. Mas o sujeito-de-direito processual será o efeito da incidência da norma de direito processual. O sujeito é criado por incidência de norma jurídica sobre o dado-de-fato. 13 Quando se movimenta a norma secundária não há mais relação entre S e S. A ação é proposta perante o Estado-Juiz porque a conduta esperada (dar, fazer, não-fazer) é requerida ao Judiciário para que este, dotado do Poder de sancionar, assim proceda ante o sujeito passivo. O exercício do direitosubjetivo de ação não tem como destinatário o sujeito passivo da relação. Dirige-se ao Estado, mediante seu órgão julgador. (VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 204)

7 extinguir o processo sem resolução do mérito sem sequer realizar a citação. Não pensamos que sequer há relação processual nesse caso. Há, sim. Ocorre que não é uma relação processual que abarcou o réu, pois o sujeito passivo não a integrou. Nessa linha, explicita Vilanova: Mesmo que o órgão jurisdicional rechaça a demanda, por não dispor o proponente de pretensão de direito material, há ação válida. Ainda mesmo na hipótese de não entrar na questão de fundo, no mérito, relação jurídicoprocessual se deu. 14 Assim, mesmo nos casos em que o sujeito-de-direito, descrito na petição inicial sequer chega a ser citado para integrar a relação jurídico processual dita triádica, há ação judicial, há incidência de normas processuais. IV O processo e as condições da ação : alvo de confusões semânticas disfarçadas como problemas científicos. Os juristas são experts em alçar um vacilo linguístico em um problema (pseudo) jurídico-científico. Muitos debates ditos estéreis poderiam ser evitados se prévios ajustes linguísticos fossem realizados. A ausência desse pacto semântico anterior (Rudolf Carnap) causa imediata ou mediatamente confusões acacianas. É justamente o que ocorre com as expressões processo e condições da ação, tratadas pela tradicional doutrina do Processo: necessitam de prévia estipulação dos seus critérios de uso. O símbolo processo carece de univocidade na Ciência do Processo Civil (e também no Código de Processo Civil). Cabe lembrar, aqui, que uma das tarefas do cientista, qualquer que seja a sua área de atuação, é reduzir complexidades ligadas ao seu objeto-formal de estudos. Para reduzir as complexidades, o cientista se vale do linguajar inerente a sua área científica. O uso de termos específicos reduz a vaguidade, a ambiguidade e a carga emotiva, mas não os elimina. Eis uma característica marcante do saber científico: a sua linguagem é mais esmerada que a linguagem técnica e natural. 14 VILANOVA, Lourival. Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 202.

8 Em apertada síntese e retomando pontos já assentes: o cientista realiza a secção epistemológica para constituir o seu objeto-formal de estudos. Assim ocorre em todas as ciências. Feito o corte epistemológico, cabe ao cientista descrever aquela parcela da realidade. Ele o faz por meio de linguagem científica. Ao realizar essa tarefa, o cientista procura, ao máximo, usar a precisão em sua linguagem descritiva. Esses pequenos parágrafos foram expostos para elucidarmos que a partir de uma análise da Ciência Processual Civil, não há univocidade ao se usar o símbolo processo. Apenas para ficarmos com estes, processo é usado nas seguintes acepções: (i) autos processuais; (ii) procedimento; (iii) normas de direito processual; (iv) ação processual; (v) relação jurídica entre autor e Estado-Juiz; (vi) relação jurídica entre réu e Estado-Juiz; (vii) relação entre autor e Estado-Juiz e relação entre réu e Estado-Juiz. A falta de um sentido único a ser atribuído ao processo é cara ao desenvolvimento do estudo do Processo Civil. As acepções de (i) a (iv) serão, por nós, descartadas dos critérios de uso do símbolo processo. Mas é possível atribuir os outros três sentidos ao símbolo processo, pois em todos os casos há incidência de normas processuais. Assim, processo será trabalhado como relação jurídica processual. A relação jurídico processual possui três espectros de análise, a saber: (i) relação jurídica processual entre autor e Estado-Juiz; (ii) relação jurídica processual entre réu e Estado-Juiz; (iii) relação jurídica processual entre autor e Estado-Juiz e relação jurídica processual entre réu e Estado-Juiz. As três expressões pertencem à classe relação jurídico processual. No presente artigo o símbolo processo terá uma das três acepções acima, mas devidamente explicitadas quando forem usadas. Assim, processo é relação jurídico processual, seja R(A,B); R(B,C); ou R(A,B,C). Eis o sentido da palavra processo a ser debuxado neste trabalho. No que tange às condições da ação, cumpre ressaltar que no antigo CPC as condições eram: legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. Com o novo CPC o requisito possibilidade jurídica do pedido não mais existe, restando tão-somente dois requisitos, quais sejam, a legitimidade e o interesse de agir.

9 A pergunta prévia que deve ser formulada é: que é ação? De posse da definição do conceito, o manuseio com as condições da ação ficará muito mais simples. O Processo Civil trabalha ação como (i) relação jurídica processual, como (ii) julgamento de mérito, como (iii) pedido procedente, como (iv) conjunto de autos processuais, como (v) provocação do Estado-Juiz, para ficarmos com estes sentidos. A depender da adoção de cada um desses conceitos, as condições da ação, consequentemente, alterar-se-ão. A título de exemplo: se tomarmos ação como provocação do Estado- Juiz, as condições para o seu acontecimento é o mero protocolo da petição inicial. O protocolo é ato suficiente a ensejar a manifestação do Estado-Juiz. Já se tomarmos ação como julgamento de mérito, a pergunta quais as condições da ação?, pode ser reformulada nos seguintes termos: quais são as condições para que o Estado-Juiz aprecie o mérito da demanda?. Eis o sentido de ação adotado aqui. Apenas neste sentido é que as condições legitimidade e interesse de agir se encaixam. Assim, nomeamos este sentido de ação-mérito e a mera provocação do Estado-Juiz por meio de petição inicial como ação-provocação. Feitas essas advertências preliminares, ingressamos no ponto central do artigo. V - Análise dos pressupostos processuais: um enfoque analítico Passemos, agora, à análise dos pressupostos processuais. A pergunta quais são os pressupostos processuais? dentro da premissa construída ao longo do trabalho pode ser assim feita, sem que perca o seu sentido: o que se supõe pré-existente à relação jurídica processual?. Mas antes de entrar no tema convém observar que apesar do Novo Código de Processo Civil ter sido aprovado, o tema, da maneira como é tratado no presente trabalho, sob seu aspecto formal, não sofre qualquer alteração.

10 A doutrina processual civil, com alguma variação, arrola três espécies de pressupostos processuais 15 : os de existência, os de validade e os negativos. Os pressupostos processuais de existência são: petição inicial, jurisdição e citação. Os pressupostos processuais de validade são: petição inicial apta, órgão jurisdicional competente e capacidade. Os pressupostos processuais negativos são: litispendência, coisa julgada, perempção e convenção de arbitragem. Segundo a doutrina processual civil, os pressupostos processuais de existência são necessários para se formar relação jurídico processual; os pressupostos processuais de validade devem estar presentes para que essa relação não possua nenhum vício ao longo de sua existência; os pressupostos processuais negativos devem estar ausentes, pois a sua existência prejudica o prosseguimento da relação jurídico processual. Em linhas gerais, sem demonstrar as discordâncias entre os processualistas civis, este é o pensamento geral acerca dos pressupostos processuais. Mas não pensamos que tal quadro de pressupostos processuais deva ser exaustivo a esse ponto. Ou seja, não nos parece que todos esses pressupostos sejam necessários para a existência da relação jurídico processual. Retomando o dito acima: relação jurídica processual comporta três espécies: R(A,B); R(B,C); ou R(A,B,C). E o que deve ser pressuposto para que elas existam? Cada espécie de relação jurídica processual terá seus próprios pressupostos, sendo que jurisdição é o pressuposto comum a todas as relações mencionadas adiante, pois só se pode falar em relação jurídico processual com a figura do Estado-Juiz. Em R(A,B), para que essa relação exista, é necessário tão-somente a petição inicial direcionada ao Estado-Juiz 16. A existência desse ato processual é suficiente para que se estabeleça o vínculo com o Estado-Juiz, de maneira que mesmo com a extinção do processo sem julgamento de mérito, houve relação jurídico processual entre autor e Estado-Juiz. 15 Os mencionados pressupostos estão elencados na obra WAMBIER, Luiz R.;TALAMINI, Eduardo.; ALMEIDA, Flávio R.Curso Avançado de Processo Civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. v Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p Neste sentido: ARRUDA ALVIM, José M. Manual de Direito Processual Civil. 11.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 476.

11 No que toca à relação R(B,C), a citação é o elemento necessário. Com a citação de C, há nova relação jurídico processual. Antes da citação inexiste relação entre o réu e o Estado-Juiz. E esse ato sequer é necessário para que o Estado-Juiz expeça norma individual e concreta, vide o art do Novo CPC. Para que exista a relação jurídica processual triádica, R(A,B,C), os pressupostos de sua existência são: petição inicial apta e citação. A petição inicial deve ser apta porque caso seja inepta, o juiz intimará o autor para emendá-la ou indeferirá o pedido. Se for emendada e obedecer à forma prevista no CPC, o réu será citado. Desta feita, arrolamos tão-somente três pressupostos para a existência da relação jurídica processual triádica: jurisdição, petição inicial apta e citação. Assim, o fato processual condição para a existência da relação jurídico processual mencionada, é a citação. A doutrina processual civil aponta todos os pressupostos como condições à análise do mérito da demanda. Para que a relação processual exista/seja válida, esses três serão os elementos suficientes e necessários. Assim, entendemos que não há relação jurídica processual irregular. Ou ela existe e é válida, ou não existe/inválida. A relação jurídica processual apenas será inválida quando uma norma neste sentido for editada. A (ir)regularidade deôntica da relação jurídica processual é predicado que apenas pode ser conferido através de ato de fala do juiz. 17 Art Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

12 VI As relações jurídico processuais que não preenchem os pressupostos processuais : a sua desconstituição ou o momento em que se declara a sua invalidade O termo em comum em todas as relações acima mencionadas é o Estado- Juiz. A função deste sempre será a de expedir uma norma jurídica, seja para extinguir a relação R(A,B), seja para julgar o mérito - que pode ocorrer em R(A,B) e em R(A,B,C) -, seja para intimar algum sujeito para produzir prova. O Estado-Juiz, ao expedir a norma individual e concreta, por meio do veículo introdutor de normas denominado sentença, inova o ordenamento, com as normas de maior concretude que estão no patamar mais baixo da hierarquia normativa. Ao pertencer ao ordenamento, essa norma individual e concreta é válida. Dessa feita, a norma jurídica concreta e individual, mesmo que criada por juiz absolutamente incompetente, parcial, sem observância à litispendência, à coisa julgada ou outro pressuposto processual que não seja a petição inicial, jurisdição e citação, permanece válida no sistema gerando seus efeitos e regulando condutas específicas. Assim, enquanto essa norma estiver no sistema, a relação jurídica constituída por essa norma individual e concreta é válida 18, logo, tem força obrigatória. É apenas por outra norma jurídica que aqueloutra constituída de maneira irregular sai do sistema. Seu vínculo de pertinência com o sistema jurídico só pode ser quebrado por outra norma jurídica que diga que não há mais esse vínculo. É ato de fala deôntico expulsando do sistema outro ato de fala deôntico (tido como irregular). Pensemos no exemplo extremo: a querela nullitatis. A mencionada ação é usada em caráter excepcionalíssimo contra sentença irregular. A concordância entre os estudiosos do assunto é que se não houver citação válida e a sentença mesmo assim for proferida, não obstante a mesma estar revestida pela coisa julgada material, é oponível a querela, pois o mencionado ato é imprescritível. Ocorre que antes da ação ser oposta contra a mencionada sentença, essa permanece válida como qualquer outra norma, pois pertence ao sistema. Ou seja, não 18 A expressão foi posta em parêntesis porque há redundância, uma vez que toda a norma jurídica é válida. Se não o for, não é norma jurídica.

13 houve o pressuposto processual citação válida e mesmo assim houve relação processual entre autor e Estado-juiz. O exposto serve para elucidar que, mesmo que uma sentença seja prolatada sem observância aos pressupostos processuais, há, sim, processo (relação jurídico processual) bem como há norma jurídica expedida por agente credenciado pelo sistema jurídico. Desta feita, apenas norma jurídica retira norma jurídica do sistema. Em outros termos: se uma sentença for proferida sem observância aos pressupostos processuais, ela não será inexistente, nem se pode dizer que não houve processo até que outra norma a retire do sistema. REFERÊNCIAS ARRUDA ALVIM, José M. Manual de Direito Processual Civil. 11.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 22. Ed. São Paulo: Saraiva, VILANOVA, Lourival. As estruturas lógicas e o sistema do direito positivo, 3.ed. São Paulo: Noeses, Causalidade e relação no direito. 4. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, Lógica jurídica. In:. Escritos jurídicos e filosóficos. São Paulo: IBET, 2003.v.2. MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Fontes do direito tributário. 2. ed. São Paulo: Noeses, SANTI, Eurico. Lançamento tributário. 2.ed. São Paulo: Max Limonad, 1999.

14 WAMBIER, Luiz R.;TALAMINI, Eduardo.; ALMEIDA, Flávio R. Curso Avançado de Processo Civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. v Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.

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