RELATO DE CASO DE SINUSITE MAXILAR POR FÍSTULA OROANTRAL COM DIAGNÓSTICO TARDIO
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- Heitor Câmara Barbosa
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1 Hospital Naval Marcilio Dias RELATO DE CASO DE SINUSITE MAXILAR POR FÍSTULA OROANTRAL COM DIAGNÓSTICO TARDIO Leticia Righetti Daniella Leitão; Alexandre Cunha; Elisa Lopes e Luiz Lira
2 Introdução A fístula oroantral é uma comunicação patológica entre a cavidade oral e o seio maxilar, geralmente ocasionada durante procedimentos dentários. Esta ocorre principalmente nos 2º e 1º molares seguido do 2º pré-molar. Tal patologia é mais comum no sexo masculino e a confirmação diagnóstica se dá através de exames radiológicos, que apresentam descontinuidade do assoalho do seio maxilar. O tratamento cirúrgico está indicado após 3 semanas sem fechamento espontâneo do pertuito e a antibioticoterapia prévia não altera o resultado do procedimento, mas depende muito da técnica realizada, o tamanho da fístula e se há doença sinusal.
3 Introdução Normalmente, faz-se sinusectomia maxilar pela técnica de Caldwell-Luc e as fístulas são fechadas através de retalhos, que pode ser: Alveolar, palatino ou da mucosa jugal. Este relato de caso encontra-se dentro dos dados epidemiológicos em todos os âmbitos. E apesar do diagnóstico e tratamento definitivo terem sido tardios alcançou-se resultado terapêutico dentro do esperado.
4 Objetivo Buscou-se comparar com a literatura científica a epidemiologia, a técnica cirúrgica e o resultado pós operatório de um paciente cujo diagnóstico de fístula oroantral e tratamento não foram precoces
5 Relato de Caso CCL, 67 anos, sexo masculino, sem comorbidades, queixando de cacosmia e rinorréia purulenta há 15 dias. Ao exame físico otorrinolaringológico, sem alterações. Prescrito Amoxcilina-clavulanato e lavagem nasal, suspeitando de sinusite aguda. O paciente retornou dois meses após esse primeiro atendimento, com relato de rinorréia em fossa nasal direita de secreção escurecida ao abaixar a cabeça.
6 Relato de Caso Ao exame físico, sugeria dor à compressão de seio maxilar direito, sem descarga posterior em oroscopia e ausência de secreção nasal à rinoscopia. Ao ser questionado, o paciente confirmou procedimento dentário em arcada superior a direita,especificamente no 1º molar, 8 meses antes do inicio dos sintomas. Na endoscopia nasal, observou-se desvio septo nasal com saída de secreção purulenta pelo reccesso esfeno-etmoidal à direita.
7 Relato de Caso Feito tomografia dos seios da face, onde foi revelado velamento de seio maxilar direito, rarefação e erosão óssea do mesmo, além de alargamento do óstio maxilar direito. Fora indicado cirurgia endoscópica nasosinusal associado a Cadwell Luck e solicitado exames pré-operatórios necessários. Porém, o paciente só retornou ao ambulatório de otorrinolaringologia 6 meses após a indicação da cirurgia. Relatando que havia sido submetido à hernioplastia inguinal de urgência,não podendo dar prosseguimento ao préoperatório solicitado
8 Relato de Caso Neste retorno, o paciente mantinha rinorréia, mas agora associado à cefaléia e cacosmia. Feito antibioticoterapia de amplo expectro, lavagem nasal e corticóide nasal tópico e solicitado novos exames pré-operatórios. Paciente retornou 1 mês após a última consulta com melhora significativa dos sintomas e exames pré-operatórios dentro dos padrões da normalidade.
9 Relato de Caso A cirurgia foi realizada com sucesso, abordando o septo nasal, cornetos inferiores parcialmente e antrostomia maxilar direita via endoscópica, além de Cadwell Luck, foi injetado gentamicina em seio maxilar direito e retalho alveolar na fístula. O Paciente recebeu alta hospitalar um dia após o procedimento sem queixas e sem intercorrências. Durante as consultas ambulatoriais de reavalições pós operatórias não apresentou nenhuma queixa, sangramento ou infecção. Permanecendo assintomático há 5 meses.
10 Comentários Desta forma, apesar do diagnóstico de sinusite devido à fístula oroantral ter sido tardio, a técnica cirúrgica adequada propiciou um bom resultado terapêutico. Porém, cabe questionar aos otorrinolaringologistas se em todas as suas anamneses diárias, quando a hipótese diagnóstica é sinusite, se o questionamento de procedimento dentário prévio é feito. Pois assim, o diagnóstico de fístula oroantral seria provavelmente suspeito precocemente.
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