UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA O LOCAL E OS SISTEMAS DE INOVAÇÕES EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: O CASO DO ARRANJO PRODUTIVO DE MODA PRAIA DE CABO FRIO/RJ FLÁVIO JOSÉ MARQUES PEIXOTO Dissertação de mestrado submetida ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Economia Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Cassiolato Rio de Janeiro, Agosto de 2005

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA O LOCAL E OS SISTEMAS DE INOVAÇÕES EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: O CASO DO ARRANJO PRODUTIVO DE MODA PRAIA DE CABO FRIO/RJ FLÁVIO JOSÉ MARQUES PEIXOTO Dissertação de mestrado submetida ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Economia Banca Examinadora: Prof. José Eduardo Cassiolato (Orientador) Profª. Helena M. M. Lastres (Suplente) Prof. Renato Ramos Campos Prof. Victor Prochnik Rio de Janeiro, Agosto de

3 Resumo Este trabalho discute a importância do local nos estudos de arranjos e sistemas produtivos locais tendo como foco o aprendizado, o conhecimento, a cooperação e a inovação no âmbito dos países subdesenvolvidos. O objetivo é demonstrar que o conhecimento e a inovação representam fatores cruciais para o sucesso competitivo, onde o aprendizado em especial o aprendizado pela interação está vinculado à visão sistêmica do processo de inovação. Tais processos tomam forma através da criação e manutenção dos espaços de aprendizado interativo (representados pelos arranjos e sistemas produtivos), que representam uma condição essencial para a superação do processo de exclusão dos países subdesenvolvidos. Nesse contexto, a análise da evolução do arranjo produtivo local de moda praia de Cabo Frio/RJ, a partir do referencial teórico de base neo-schumpeteriana utilizado pela RedeSist (Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais), em relação à inovação, cooperação e aprendizado, discute a importância de políticas públicas que busquem, a partir das especificidades locais, promover e gerar os processos que estimulem o aprendizado, acumulação e difusão de conhecimentos capazes de não apenas alavancar a competitividade das micro e pequenas empresas locais, mas também promover o desenvolvimento econômico e social. 3

4 Abstract This work discusses the importance of the locality in the local productive systems and arrangements studies by focusing on learning, knowledge, cooperation and innovation in the context of underdeveloped countries. The aim of this dissertation is to demonstrate that knowledge and innovation represent crucial factors to the competitive success, where learning in special learning-by-interacting - is attached to the systemic perspective of the innovation process. Such processes are mainly shaped by the creation and maintenance of the so-called interactive learning spaces (represented by the productive systems and arrangements), being an essential condition to the overcoming of the underdeveloped position. Therefore, the next step consists at the trajectory analysis of the beach wear local productive arrangement in Cabo Frio/RJ. This analysis is made by taking the neo-shumpeterian literature which recognizes the central role of cooperation, innovation, learning and capacity building on development processes, utilized by RedeSist - as the theoretical reference. In order to implement policies to promote real competitivity of the local productive arrangement s micro and small enterprises, local specificities should be taken into consideration, not only to better stimulating those policies, but also to real foster social and economic development. 4

5 Dedicatória Dedico este trabalho aos meus pais, José Antonio Assunção Peixoto E Edir Marques Peixoto Sem vocês eu não seria. 5

6 Agradecimentos Difícil resumir em poucas palavras a gratidão por todos que fizeram parte, direta ou indiretamente, da elaboração deste trabalho. No entanto, pior seria não fazê-lo. Por isso, desculpo-me desde já qualquer esquecimento momentâneo. Ao professor e orientador José Eduardo Cassiolato, meus sinceros agradecimentos por toda paciência, dedicação e incentivo durante todo o tempo. Por toda seriedade e competência, sua postura constituiu-se um grande exemplo. À professora e co-orientadora Helena Lastres, que também esteve presente durante todo o tempo, não saberia como agradecer de forma diferente toda sua paciência, dedicação e incentivo. Foi um privilégio trabalhar com vocês! Aos professores Renato Campos e Victor Prochnik, que gentilmente aceitaram fazer parte da banca examinadora. Aos colegas da Redesist, Max Santos, Fabiane Moraes, Tatiane Moraes, Marcelo Pessoa, Paula Schatz, Gustavo e, em especial, Eliane Pires, meus agradecimentos por todo o suporte e incentivo. Ao Sebrae nacional e a coordenação NEITEC do Departamento de Economia da UFSC, a oportunidade de fazer parte do Programa de Financiamento de bolsas de mestrado, coordenado pelos Professores Renato Ramos Campos, José Antônio Nicolau e Silvio Antonio Ferraz Cario. À Renato Dias Regazzi, Gerente da Área de Desenvolvimento Setorial/Empresarial do Sebrae-RJ, Sérgio Tostes, Gerente Regional do Sebrae de Cabo Frio e a Cláudia Magalhães, Técnica Articuladora do Sebrae de Cabo Frio, por facilitar o contato com as empresas de moda praia de Cabo Frio. À Associação Comercial, Industrial e Turismo de Cabo Frio (ACIA) pelo fornecimento de uma lista de empresas que foi fundamental para que as entrevistas fossem agendadas. Aos empresários das confecções de Cabo Frio que responderam ao questionário pacientemente meus sinceros agradecimentos. Em especial, agradeço Maurício Nogueira Brito por todas as informações a respeito do História da Rua dos Biquínis, que foi fundamental para este trabalho. Sem vocês este trabalho não existiria. Aos professores, funcionários e alunos do mestrado do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro que de alguma maneira fizeram parte desde 6

7 caminho percorrido até aqui, em especial Bruno Moretti, Clarice Braga e Vicente Guimarães. Aos meus pais e irmãos Rafael e Fernanda, pela paciência e incentivo em todas as etapas da minha vida. Aos meus familiares, por toda a torcida durante todo o tempo. À Paula, minha quase esposa, pela lição de paciência, compreensão e, principalmente, pelo amor e dedicação incondicionais. À todos os amigos que têm estado presentes, ainda que não fisicamente. Obrigado a todos!!! 7

8 Não se deve confundir o conhecimento ponderado do que é do outro com uma submissão mental às idéias alheias, submissão esta de que estamos muito lentamente aprendendo a nos livrar. Raúl Prebisch 8

9 SUMÁRIO Introdução...1 Capítulo I Sistemas de inovação em países subdesenvolvidos: uma breve análise a partir da perspectiva latino-americana de dependência...7 1) Introdução...7 2) Conexões do pensamento latino-americano da CEPAL e a abordagem dos Sistemas Nacionais de Inovação...9 3) A dinâmica da dependência a partir de Prebisch e Furtado: as grandes empresas do sistema capitalista ) Pensando Sistema Nacional de Inovações numa perspectiva de países menos desenvolvidos: a visão do Sul ) Considerações parciais Capítulo II Cenário da importância do local na abordagem de arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais em países subdesenvolvidos ) Introdução: a importância do local ) Arranjos e sistemas produtivos locais: aprendizado, conhecimento, cooperação e inovação numa abordagem neo-schumpeteriana ) O aprendizado local e o conhecimento tácito ) Cooperação e capital social: elementos para o desenvolvimento local ) A inovação como um processo de interação local ) Conclusões parciais Capítulo III Panorama da indústria de confecções ) Introdução ) Características da cadeia têxtil confecções ) Panorama mundial de confecções ) Perspectivas pós-2005: o fim das barreiras à importação de têxteis e confeccionados ) A nova organização da indústria têxtil-confecções nos países desenvolvidos: as cadeias produtivas globais

10 4.1) As cadeias de commodities/valores ) Mecanismos de sub-contratação ) Aprimoramento (Upgrading) Industrial na cadeia de commodities/valores de confecções a partir da perspectiva das cadeias produtivas globais: o caso dos tigres asiáticos ) Diferentes abordagens da cadeia de valores e os limites ao aprimoramento industrial ) O panorama nacional de confecções na década de ) A abertura comercial dos anos ) Regime tecnológico ) Comércio exterior ) Considerações parciais Capítulo IV O arranjo produtivo local de moda praia de Cabo Frio ) Introdução ) A moda praia: evolução e características específicas deste nicho de mercado ) Características da cidade de Cabo Frio ) Principais atividades produtivas ao longo do tempo ) Origem e desenvolvimento ) Perfil dos principais agentes ocupados nas empresas do arranjo ) Infra-estrutura local ) Vantagens dinâmicas locais para a competitividade ) Quanto à localização ) Quanto à mão-de-obra ) Principais determinantes da competitividade ) Interação e processos de aprendizagem: treinamento e informação ) Principais esforços inovativos ) Formas de cooperação no arranjo produtivo ) Síntese parcial Capítulo V Perspectivas do APL de moda praia de Cabo Frio: políticas de promoção e a questão da inserção no mercado externo ) Introdução

11 2) Principais dificuldades enfrentadas pelas empresas do arranjo ) Considerações de políticas para promoção do arranjo produtivo de moda praia ) O Consórcio Pau-Brasil de Moda Praia e a questão da exportação ) Exportação e cadeia de commodities/valores: o Consórcio de Exportação Pau-Brasil ) A busca de uma inserção virtuosa no mercado externo ) A relevância do mercado interno e regional ) Síntese parcial Considerações finais Referências bibliográficas Anexo

12 ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS TABELAS TABELA III.1 Principais Países Produtores de Confecções TABELA III.2 Principais Exportadores de Confecções, TABELA III.3 Principais Importadores de Confecções, TABELA III.4 Percentagem mínima do volume de importações de cada país, em relação à 1990, que deve ter cota removida...46 TABELA III.5 Brasil, Exportações de confecções por volume e valor ( )...64 TABELA III.6 Brasil, Importações de confecções por volume e valor ( ) TABELA III.7 Balança Comercial Têxtil e de Confecções 1975 a TABELA IV.1 Produto Interno Bruto, em valores absolutos e per capita, segundo as Regiões de Governo e Municípios...78 TABELA IV.2 Número de estabelecimentos Cabo Frio TABELA IV.3 Porte das Empresas da Amostra do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...85 TABELA IV.4 Tipo de Relação de Trabalho nas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...86 TABELA IV.5 Perfil dos Sócios Fundadores das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...87 TABELA IV.6 Número de Sócios Fundadores das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...87 TABELA IV.7 Escolaridade dos Proprietários das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...88 TABELA IV.8 Atividade Anterior dos Proprietários das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...89 TABELA IV.9 Escolaridade do Pessoal Ocupado nas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...90 TABELA IV.10 Vantagens da Localização para as Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ

13 TABELA IV.11 Transações Comerciais Realizadas no Local pelas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...94 TABELA IV.12 Avaliação da Mão-de-Obra Local segundo as Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...95 TABELA IV.13 Fatores Determinantes da Competitividade das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...96 TABELA IV.14 Atividades de Treinamento e Capacitação de Recursos Humanos das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ...97 TABELA IV.15 Fontes de Informação empregadas pelas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA IV.16 Resultados Obtidos com os Processos de Treinamento e Aprendizagem das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA IV.17 Número de Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ que Introduziram Inovações entre 2000 e TABELA IV.18 Constância da Atividade Inovativa ns Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA IV.19 Impactos Gerados pela Introdução de Inovações nas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA IV.20 Participação em Atividades Cooperativas em 2002 das Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA IV.21 Atividades Cooperativas Desenvolvidas pelas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ em TABELA IV.22 Resultados Obtidos com as Parcerias Realizadas pelas Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA V.1 Grau de Dificuldade Operacional das Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ

14 TABELA V.2 Obstáculos que Limitam o Acesso a Financiamento das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA V.3 Fonte de Financiamento do Capital das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ TABELA V.4 Políticas Públicas que Poderiam Contribuir para o Aumento da Eficiência Competitiva segundo avaliação das Micro e Pequenas Empresas do Arranjo Produtivo de Confecções em Cabo Frio/RJ (Grau de Importância) FIGURAS FIGURA III.1 Configuração Básica da Cadeia Têxtil

15 INTRODUÇÃO A teoria da concorrência schumpeteriana tem como principal característica sua inserção numa visão dinâmica e evolucionária do funcionamento da economia. A evolução desta economia é vista ao longo do tempo como baseada num processo ininterrupto de introdução e difusão de inovações em sentido amplo, isto é, de quaisquer mudanças no espaço econômico no qual operam as empresas, sejam elas mudanças nos produtos, nos processos produtivos, nas fontes de matérias-prima, nas formas de organização produtiva, ou nos próprios mercados, inclusive em termos geográficos. Nesse sentido, qualquer inovação é entendida como resultado da busca constante de lucros extraordinários, mediante a obtenção de vantagens competitivas entre os agentes (empresas), que procuram diferenciar-se uns dos outros nas mais variadas dimensões do processo competitivo, tanto tecnológicos quanto os de mercado (Dosi, 1988; Possas, 2002). No entanto, é importante ter em mente que esta perspectiva de inovações em sentido amplo não se trata apenas de enfatizar a mudança tecnológica como às vezes se supõe ao interpretar erroneamente, de forma reducionista, a concorrência schumpeteriana mas toda e qualquer mudança no espaço econômico, promovida pelas empresas em busca de vantagens e conseguintes ganhos competitivos (Ibdem). Nesse contexto, novas abordagens teóricas que exaltam a importância da inovação e do aprendizado no processo de desenvolvimento econômico surgiram a partir da idéia inicial desta teoria. Ressaltando a importância do conhecimento como requisito fundamental ao processo de inovação e o aprendizado como o mais importante processo de geração deste conhecimento, a teoria evolucionária/neo-schumpeteriana vem, cada vez mais, ganhando espaço nas discussões a cerca da atual conformação industrial. Esses enfoques teóricos destacam a importância do conhecimento (resultado do processo de aprendizado) como principal insumo deste padrão de desenvolvimento. Segundo Lundvall (1998, p.33), the starting point is the assumption that the current economy is one where knowledge is the most important strategic resource and learning the most important process ( ) where information technology revolution makes more kinds of knowledge become even more important for economic performance and success than before. 1

16 Vargas (2002) destaca que a percepção de que o conhecimento e a inovação representam fatores de suma relevância para o sucesso competitivo, e o desenvolvimento de indivíduos, firmas, regiões e países não se constitui num fato novo na literatura. Entretanto, no decorrer das últimas décadas, a emergência de um novo paradigma tecnológico 1 aliada ao debate em torno do fenômeno da globalização contribuíram consideravelmente para reforçar o interesse em torno da importância que assume o processo de geração, distribuição e uso do conhecimento no atual estágio de desenvolvimento do sistema capitalista. Nesse sentido, o aprendizado em especial o aprendizado pela interação está vinculado à visão sistêmica do processo de inovação, onde a capacidade de geração, difusão e utilização de novos conhecimentos consolida-se como um processo que transcende a esfera da firma individual e passa a depender da contínua interação entre firmas e entre estas e as diferentes instituições que constituem sistemas de inovação em diferentes âmbitos. Dessa forma, a abordagem sobre os sistemas de inovação reside na constatação de que a inovação consiste num fenômeno sistêmico no sentido de que os processos de inovação que têm lugar no nível da firma são, em geral, gerados e sustentados por relações inter-firmas e por uma complexa rede de relações institucionais. Percebe-se que este cenário não consiste numa mera delimitação geográfica, mas antes constitui uma unidade própria de análise, que condiciona o desempenho competitivo e inovativo de empresas articuladas em torno de arranjos e sistemas produtivos. Frente à polarização econômica e social existente entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, a criação de condições adequadas ao pleno desenvolvimento de processos de aprendizado constitui um fator essencial para a própria dinâmica do crescimento econômico. Nesse sentido, a criação e manutenção dos chamados espaços de aprendizado interativo (representados pelos arranjos e sistemas produtivos) representam uma condição essencial para superação deste processo de exclusão dos países subdesenvolvidos. Dessa forma, a localização, a interação entre indivíduos, grupos e firmas e os aspectos particulares as especificidades de um determinado local, região e país são elementos fundamentais na discussão do papel dos arranjos e sistemas produtivos para o 1 Ver Freeman & Perez,

17 desenvolvimento econômico e social. Este papel está intimamente relacionado à discussão, desenvolvimento e implementação de políticas especificas de desenvolvimento, de acordo com as particularidades de cada local onde ela está sendo implementada, atendendo aos interesses de seus agentes, e não de poucos indivíduos (firmas estrangeiras) com interesses bastante específicos (privados). Nesse contexto, o objetivo é ter claro as diferenças entre as políticas de desenvolvimento local daquelas elaboradas sob uma perspectiva global generalizada, para não mais se confundir a lógica do chamado mercado global com a lógica individual das empresas candidatas a permanecer ou a se instalar num dado país; o que exige a adoção de um conjunto de medidas que acabam assumindo um papel de condução geral da política econômica e social. O argumento, fundado no chamado pensamento único, inclui um receituário de soluções, sem as quais diz-se um determinado país se torna incapaz de participar do processo de globalização. Em nome da inserção desse país na nova modernidade e no mercado global são estabelecidas regras que acabam por constituir um conjunto irrecusável de prescrições. Isso equivale, para cada país, a uma abdicação da possibilidade de efetuar uma verdadeira política nacional, tanto econômica quanto social (Santos e Silveira, 2001). Para Santos e Silveira, o discurso do mercado global faz pensar que essa entidade dita universal atua quase automaticamente sobre o mundo, isto é, sobre todos os países. Na prática, a ação efetiva dá-se por intermédio de empresas, diferentes segundo os países, cada qual trabalhando exclusivamente em função dos seus próprios interesses individuais e buscando adaptar a esses interesses as práticas correntes em cada nação. Todavia, o que se chama de lógica global na verdade não existe empiricamente senão por um conjunto de idéias aplicadas a todos os países, independentemente do que cada um deles na verdade é. Os atores desse enredo atribuído ao mundo são, na realidade, as empresas que dispõem de força suficiente para induzir os Estados a adotar comportamentos que respondam aos interesses privatistas, ainda que isso se dê a partir da idéia mais geral de globalização, tal como hoje ela é oficialmente entendida e aceita. Quando se fala em mundo, está se falando, sobretudo, em mercado que hoje atravessa tudo, inclusive a consciência das pessoas. Mercado das coisas, inclusive da natureza; mercado das idéias, inclusive da ciência e da informação; mercado político. Justamente, a versão política dessa globalização perversa é a democracia de mercado. Além desta democracia de mercado, o neoliberalismo é o outro braço dessa 3

18 globalização necessário para reduzir as possibilidades de afirmação das formas de viver cuja solidariedade é baseada na contigüidade, na vizinhança solidária, isto é, no território compartido (Santos, 2005). Dessa forma, esta concepção do desenvolvimento baseada na livre atuação do mercado num mundo globalizado, seguindo os moldes dos países desenvolvidos, não se constitui uma solução para uma distribuição automática e igualitária tanto do conhecimento quanto da riqueza entre setores, regiões e, menos ainda, entre nações. Nesse sentido, uma nova perspectiva do desenvolvimento e das relações sociais onde a racionalidade do mercado não se faça tão presente é o que se busca nesta perspectiva. Assim, a participação do Estado adquire especial relevância devido ao papel que este pode desempenhar não apenas na condução econômica, mas no desenho e consecução de objetivos econômicos e sociais. Este tema chave do papel do Estado se encontra estreitamente ligado a dois outros: um é o das relações sócio-políticas que servem de base de sustentação; o outro é a das relações geo-políticas em que se encontra imerso (Rodríguez, 2001). Ainda que a igualdade seja uma utopia no sistema capitalista que tem como principal fator dinâmico a produção de desigualdade -, enquanto houver capitalismo nosso objetivo é tentar humanizá-lo o máximo possível, tanto através de teorias (como fazer teorias sem utopias?) 2 quanto de políticas que busquem o desenvolvimento em geral. Neste contexto, o principal objetivo desta dissertação é analisar a evolução do arranjo produtivo local de moda praia de Cabo Frio/RJ, a partir do referencial teórico neo-schumpeteriano em relação à inovação, cooperação e aprendizado. Especificamente, pretende-se discutir a importância de políticas públicas que busquem, a partir das especificidades locais, promover e gerar os processos que estimulem o aprendizado, acumulação e difusão de conhecimentos capazes de alavancar a competitividade das micro e pequenas empresas locais; sendo esta competitividade, o resultado da interação entre indivíduos, firmas e instituições, interagindo no mesmo território, gerando o aprendizado necessário para as oportunidades de inovação. A pesquisa de campo que serviu de base para a elaboração deste trabalho foi realizada em julho e agosto de 2004, na qual foram entrevistadas 18 empresas formalmente constituídas e, em todas, foi aplicado o questionário padrão do Programa 2 Santos (2000, p. 48). 4

19 de Pesquisa Micro e Pequenas Empresas em Arranjos Produtivos Locais no Brasil 3. O programa foi realizado através do convênio celebrado entre a Fepese/UFSC e o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Nacional, que concedeu bolsa de estudo e suporte financeiro para a pesquisa de campo. O programa foi coordenado pelo Professor Renato Campos do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina. A amostra foi selecionada a partir de uma lista de empresas fornecida pelo SEBRAE de Cabo Frio (defasada, pois, a grande parte das empresas listadas já não se encontrava mais em operação no período da pesquisa) e de uma lista de empresas em funcionamento fornecida pela Associação Comercial, Industrial e Turismo de Cabo Frio (ACIA) 4. A dissertação está estruturada em cinco capítulos. O primeiro capítulo procura apresentar a abordagem latino-americana da CEPAL com o intuito de relacionar a discussão dos sistemas de inovação com a dinâmica da dependência existente no sistema capitalista. O objetivo é justamente pensar o desenvolvimento desses sistemas de inovação a partir de uma visão focada na realidade (e limitações) desses países subdesenvolvidos. O segundo capítulo tem como objetivo apresentar a importância do local nos estudos de arranjos e sistemas produtivos locais tendo como foco o aprendizado, o conhecimento, a cooperação e a inovação a partir da perspectiva dos países subdesenvolvidos, em especial da América Latina. Nesse sentido, busca-se realizar uma análise multidisciplinar, em especial tomando emprestado objetos da geografia, que sugerem exatamente a visão sistêmica da teoria. O terceiro capítulo pretende apresentar as características gerais da indústria de confecção no Brasil e no mundo. Partindo de um panorama geral da organização da produção e distribuição na indústria de confecções, o capítulo se concentra na análise das cadeias produtivas globais de confecções que é uma forma de interpretação da dinâmica desta indústria -, com o objetivo de deixar aparente as relações de poder existente entre as grandes empresas dos países desenvolvidos e dos demais localizados nos países subdesenvolvidos. Dessa forma, procurou-se demonstrar, brevemente, como atuam estas empresas em todo o mundo, apontando o lugar ocupado pelo Brasil neste 3 Ver questionário em anexo. 5

20 cenário e as mudanças ocorridas ao longo dos últimos quinze anos. Ademais, o capítulo procura apontar a possível direção do comércio mundial de têxteis e confeccionados com o fim das barreiras à importação em O quarto capítulo apresenta as principais características do arranjo produtivo local de moda praia de Cabo Frio desde sua origem e desenvolvimento, examinado o perfil dos principais agentes ocupados nas empresas do arranjo, a infra-estrutura local, as vantagens dinâmicas locais para a competitividade, a interação e processos de aprendizagem, os principais esforços inovativos e as formas de cooperação ali existente. O quinto e último capítulo se concentra na análise das principais perspectivas para o arranjo produtivo de moda praia. Em primeiro lugar, são discutidas as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas do arranjo. Em seguida, conhecendo as principais fragilidades a serem enfrentadas, são feitas considerações de políticas para a promoção do APL de moda praia. Conhecendo o objetivo do consórcio de exportação existente no APL, destaca-se os perigos de uma inserção passiva na cadeia produtiva internacional. A este respeito, o capítulo procura deixar evidente que mais importante do que conquistar grandes mercados externo, no momento é preciso priorizar o desenvolvimento do APL para que esta mesma inserção seja virtuosa e bem sucedida a longo prazo. 4 Alguns empresários não puderam ou não quiseram responder o questionário e aqueles que o responderam foram bastante receptivos e responderam as perguntas sem maiores problemas, pedindo sigilo em determinadas questões, principalmente relacionada ao faturamento. 6

21 CAPÍTULO I SISTEMAS DE INOVAÇÃO EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: UMA BREVE ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA LATINO-AMERICANA DE DEPENDÊNCIA 1) Introdução Diferentemente do antigo padrão de acumulação baseado em recursos tangíveis, dispersos ao redor do mundo, o conhecimento exerce o papel central (ainda mais visivelmente) no novo padrão de acumulação no âmbito do novo paradigma das tecnologias de informação e comunicação (TICs) 5. Apesar de se tratar de um recurso intangível, cujo "uso" é inesgotável, sua apropriação e uso não se dão em bases de igualdade entre diferentes lugares. Pelo contrário, quanto mais ele é consumido maior o seu acúmulo. Seu consumo não o destrói. Quando é vendido ou transferido, não significa que esteja perdido. Por isso, o conhecimento não se dá em bases de igualdade. Quando já se possui conhecimento, senão impossível, é difícil perdê-lo. É possível compartilha-lo sem, necessariamente, esgotá-lo. Por isso, o interesse nos Sistemas de Inovação é tão importante para os países, principalmente os subdesenvolvidos. Este interesse se dá, principalmente, porque se acredita que a abordagem dos Sistemas de Inovação representa uma importante ferramenta analítica para se entender o processo de criação, uso e difusão do conhecimento (Vargas, 2002; Campos et al., 2003). Além disso, a análise dos Sistemas (Nacionais) de Inovação permite levar em consideração contextos geopolíticos específicos de diferentes sistemas nacionais. É nesse sentido que esta abordagem considera que a geração de inovação está localizada e limitada às fronteiras nacionais e regionais, diferentemente da idéia do tecno-globalismo tão ressaltada na atualidade 6. Por isso, questões relacionadas à assimetria de poder político e econômico entre os países são de fundamental importância para uma melhor compreensão das especificidades dos contextos sócio-econômicos nos quais os Sistemas de Inovação de diferentes países, em especial os subdesenvolvidos, estão inseridos (Lastres, 2003). 5 Ver Cassiolato (1999); Lastres & Ferraz (1999); Castells (1996). 6 Ver Edquist & Johnson (1997); Lundvall et al. (2001); Campos et al (2003); Maldonado (1999). 7

22 Partindo da idéia de que existem diferenças entre os sistemas de inovações dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, onde há uma clara relação de poder entre eles, numa típica relação centro x periferia da antiga divisão internacional do trabalho porém agora com uma nova roupagem -, esta seção procura mostrar como esta antiga dinâmica de dependência (mais do que nunca) se faz presente 7. Também apresenta, brevemente, uma nova visão em relação ao desenvolvimento a partir de um olhar do Sul, diferentemente da antiga idéia do mimetismo em relação aos países desenvolvidos, como se a simples implementação das práticas e instituições que lá existem fosse suficiente para que os países fizessem o tão desejado catching-up. Ressalto, entretanto, a necessidade de certa cautela quanto à utilização da idéia de catching-up. Em primeiro lugar, é preciso ter uma clara idéia da diferença entre modernização e difusão da inovação. O primeiro se refere à transmissão, a partir do mais desenvolvido industrialmente, para o menos desenvolvido, da imagem projetada do próprio futuro deste último. O segundo está relacionado ao reconhecimento do papel central do conhecimento como principal elemento do processo de inovação, e de que seu uso geralmente proporciona o seu aumento. A modernização é aquele processo de adoção de modelos sofisticados de consumo sem a existência de uma correspondente acumulação de capitais ou de progresso nos meios de produção, ou seja, a modernização está relacionada ao subdesenvolvimento, isto é, ao desenvolvimento dependente (Furtado, 1974). Por isso, utilizar a idéia de catching-up como um mecanismo para o desenvolvimento pode ser falaciosa, se pensarmos o mesmo como um processo de modernização sem a acumulação dos conhecimentos (e capitais) necessários ao progresso dos meios de produção, organização e etc. No entanto, isto não significa que não aceito a relevância do conceito de catching-up ao longo da História. Pelo contrário, é inegável que países como a Alemanha, Japão e Coréia, por exemplo, obtiveram sucessos relativos e/ou absolutos neste emparelhamento. Estes países utilizando a terminologia de Perez e Freeman (1988; 1997) - aproveitaram "janelas de oportunidades" únicas num determinado momento histórico para seus respectivos processos de desenvolvimento 8. Por outro 7 Um exemplo desta perspectiva será dado no capítulo III quando analisada, em linhas gerais, a dinâmica internacional da indústria de confecções no mundo. 8 Sobre o sucesso do catching-up na Alemanha, Coréia e Japão, ver: FIORI (1999), Estados e Moedas no Desenvolvimento das Nações. 8

23 lado, para que os atuais países subdesenvolvidos façam o emparelhamento tecnológico em relação aos desenvolvidos, seria necessária uma estrutura tão complexa quanto inviável; não pela capacidade de aprendizado existente nesses países, mas, principalmente, pela utilização dos recursos disponíveis, em especial os naturais 9. Nesse sentido, pensar o desenvolvimento a partir de uma outra perspectiva é o que se espera dos países subdesenvolvidos. 2) Conexões do pensamento latino-americano da CEPAL e a abordagem dos Sistemas Nacionais de Inovação Muito há em comum entre a Escola Estruturalista ou o que conhecemos de forma menos rigorosa como Pensamento Cepalino e a discussão do desenvolvimento de um Sistema Nacional de Inovações nos países subdesenvolvidos, em especial na América Latina. O ponto de partida do pensamento cepalino se dá com os trabalhos de Raúl Prebisch e Celso Furtado através de uma análise de longo prazo dos problemas econômicos e sociais da América Latina através de uma visão sistêmica e global sobre as condições periféricas e as restrições externas ao crescimento (Fiori, 2001) latinoamericano. De forma simplificada 10, as condições periféricas e as restrições externas se referem ao papel desempenhado pela América Latina na divisão internacional do trabalho derivada do ideal ricardiano das vantagens comparativas proposta pela Inglaterra. Dessa forma, os países latino-americanos se especializaram na produção e exportação de produtos primários de baixo valor agregado e baixa produtividade em relação aos produtos manufaturados dos países centrais 11. Tal diferença (produtividade e valor agregado) produzia longos períodos de deterioração nos termos de troca da produção exportável comprometendo a acumulação de capitais para a própria manutenção e crescimento do setor agro-exportador; sem contar a possibilidade de 9 Não pretendo, no entanto, me estender nesta discussão a respeito da validade do conceito de catching-up neste contexto. Apesar de reconhecer a importância da discussão, acredito que esta não faça parte do escopo mais amplo desta dissertação. Para uma discussão neste sentido, ver AROCENA & SUTZ, Esta questão é bastante discutida na literatura Cepalina. 11 Como veremos no capítulo III, em relação ao setor têxtil mundial, este tipo de relação se torna cada vez mais presente. 9

24 acumulação de capitais para importação de bens de capitais para o processo de industrialização. Neste contexto, Prebisch propôs a industrialização e a incorporação de progresso técnico, como as ferramentas mais poderosas do desenvolvimento, capazes de retirar o continente de sua dinâmica dependente e reflexa do centro cíclico principal (Tavares, 2001). Tal proposta teve grande influência na origem ao Processo de Substituição de Importações que naquele momento se tornara uma necessidade para suavizar o problema do gargalo das importações. Dá-se início, a partir desse processo, a uma tentativa de um catching-up industrial (e, ainda que em menor grau, tecnológico) por parte dos países latino-americanos em relação aos países centrais, encontrando na ação ativa do Estado o principal agente propulsor desse processo 12. A participação do Estado é o que Bielschowsky (2000) identifica como o princípio normativo da contribuição cepalina: Seu princípio normativo é a idéia da necessidade da contribuição do Estado ao ordenamento de desenvolvimento econômico nas condições da periferia latino-americana. Trata-se (...) do paradigma desenvolvimentista latino-americano (Bielschowsky, 2000, p.16). Fiori vai além e identifica na Teoria Estruturalista a preocupação pela descrição e interpretação dos fenômenos econômicos reais, na sua complexidade social e histórica. Segundo ele, o estruturalismo compartilhou com o nacionalismo alemão (...) a visão do papel do Estado, da importância da industrialização e da necessidade da construção de um sistema econômico integrado e capaz de auto-reproduzir-se, de forma relativamente endógena, graças a uma integração virtuosa entre a agricultura e a indústria, ao incentivo estatal, ao desenvolvimento tecnológico e à criação de um sistema econômico nacional que priorize o crescimento das forças produtivas (Fiori, 2001, p.43). É a partir da figura de Friedrich List como um dos principais representantes do nacionalismo alemão que se torna possível falar num sistema nacional de inovações. List criticava os economistas clássicos por darem pouca atenção principalmente à ciência e tecnologia no processo de crescimento das nações. Segundo Freeman e Soete (1997, p.295), his book on The National System of Political Economy (1841), might 12 A dinâmica substitutiva consiste na forma como a economia reage a sucessivos estrangulamentos do balanço de pagamentos. Por progressiva compressão na pauta de importação, a industrialização vai 10

25 just as well have been called The National System of Innovation ( ) He clearly anticipated many contemporary theories on national systems of innovation. List estava preocupado em analisar de que maneira a Alemanha e outros países menos desenvolvidos em relação à Inglaterra poderiam ultrapassá-la em desenvolvimento. Para ele, tanto a proteção às indústrias nascentes quanto uma série de políticas estatais capazes de acelerar a industrialização e o crescimento econômico eram os principais fatores deste catching-up. Tais políticas baseavam-se, principalmente, no aprendizado e aplicação de novas tecnologias. Além disso, ele também reconhecia a interdependência da importação de tecnologia estrangeira e o desenvolvimento tecnológico doméstico. Entretanto, na sua visão 13, nations should not only acquire the achievements of other more advanced nations, they should increase them by their own efforts (Freeman e Soete, 1997, p.297). Para tanto, a promoção do que seria um sistema nacional de inovações 14, na forma de instituições de educação e treinamento, acumulação de conhecimento tácito, adaptação de tecnologias estrangeiras às particularidades locais 15, estratégias industriais e etc., com a participação ativa do Estado coordenando e promovendo políticas de longo prazo tanto para a indústria quanto para a economia foram resultados da análise de List. Dessa maneira, a base da superioridade industrial alemã consolidava-se através de inovações tecnológicas, as quais se nutriam de um enfoque pertinente quanto ao papel da educação (...). Esse sistema educacional era parte do que hoje se designaria um sistema nacional de inovações (Braga, 1999, p.199). No caso da América Latina, (principalmente Brasil e México) apesar de seu relativo êxito, o Processo de Substituição de Importações cessa com o fim do fluxo internacional de capitais da década de 1980 e a crise da dívida na região, sem que ela alcançasse um grau de complexidade tecnológica 16 necessária para seu crescimento passando de setores de instalação fácil, pouco exigentes em matéria de tecnologia, capital e escala, a segmentos cada vez mais sofisticados e exigentes (Bielschowsky, 2000, p. 29). 13 Ver Friedrich List: National System of Political Economy. Book I: The History. 14 Apesar de List não ter utilizado esta expressão, sua análise reflete o que hoje conhecemos por Sistema Nacional de Inovações. 15 Este tipo de proposta se assemelha à concepção de inovação proposta por Mytelka (1993, 2000) e Mytelka e Farinelli (2003). 16 Durante o Processo de Substituição de Importações, o progresso tecnológico orientou-se, basicamente, para a economia de mão-de-obra em detrimento à produtividade física do capital. Em outras palavras, substituiu-se certos itens das importações - substituídos no mercado por produção interna - e ampliou-se 11

26 sustentável e sustentado. De acordo com Tavares (1972, p.50), um dos aspectos que mais se tem acentuado é o fato de que os países subdesenvolvidos importam uma tecnologia que foi concebida pelas economias líderes de acordo com as suas constelações de recursos totalmente diversos das nossas. A necessidade de importar essa tecnologia estaria dada pelo próprio caráter substitutivo da industrialização, e pela impossibilidade de criarmos técnicas novas mais adequadas às nossas condições peculiares. Dessa forma, durante a década de 1980 a diferença tecnológica entre os países latino-americanos e os do centro se ampliou de forma significativa. A década de 1990 na América Latina é marcada pela estabilização macroeconômica, as reformas estruturais e o rápido processo de globalização. Havia a esperança (alimentada principalmente pelos economistas ortodoxos) de mudanças tecnológicas no sentido do aumento da produtividade e crescimento, ou seja, na diminuição da lacuna existente entre a América Latina e os países centrais. Esperava-se uma convergência à organização da produção a níveis de produtividade internacionais. No entanto, not only have most countries in the region not been able to grow faster, or significantly reduce the productivity gap they exhibit vis a vis more mature industrial societies, but they have now become more unequal than in the past (Katz, 2003). Por isso, mudanças significativas na estrutura e comportamento no sistema de inovações na América Latina se fazem necessárias, principalmente num contexto onde a tecnologia de informação, telecomunicação, o sistema financeiro etc. impõem um outro tipo de dependência, mais sutil e perigosa, que se traduz numa espécie de colonização ideológica e cultural. 3) A dinâmica da dependência a partir de Prebisch e Furtado: as grandes empresas do sistema capitalista A dinâmica da dependência nos países subdesenvolvidos, em especial da América Latina vem sendo desenvolvida por diversos autores ao longo dos anos. No entanto, dois se destacam como pioneiros do pensamento latino-americano sobre a (a importação) daqueles itens de substituição mais difícil, com maior intensidade de capital. Nesse sentido, a produção substitutiva não se verificou em setores de maior complexidade tecnológica, 12

27 questão da dependência dos países subdesenvolvidos e a relação centro x periferia: Raúl Prebisch e Celso Furtado. Desde o século XIX, a dependência latino-americana em relação aos países centrais se deu nos diferenciais de poder entre sociedades industriais e agrárias. Prebisch (1949, 1963) demonstrou esta relação em termos do diferencial de produtividade (e da renda média) do setor agrário e o industrial, principalmente, em função do progresso técnico. Ele demonstrou que, além da relação de preços ter se movido de forma adversa à periferia - onde os frutos do progresso técnico não foram divididos (como se esperava) com os países periféricos causando enorme concentração de capitais nos países centrais -, os centros preservavam integralmente o fruto do progresso técnico de sua indústria, e os países periféricos transferiram para eles uma parte do fruto do seu próprio progresso técnico (Prebisch, 1949, p.83). Esta relação ressaltava a própria impossibilidade dos países da periferia de se desenvolverem já que dependiam do comércio exterior, ou seja, eram bastante sensíveis às repercussões econômicas dos países centrais. Em outras palavras, até o estímulo para se acionar o mecanismo dinâmico da própria dependência em relação aos países centrais estava fortemente relacionados aos impulsos dos mesmos. Nesse sentido, Prebisch nos mostra que é preciso incorporar o progresso técnico ao processo produtivo. Para ele, o problema da produtividade além de relacionado com a escassez de poupança para investimento em bens de capital, também está relacionado à capacitação de homens que saibam aproveitar eficazmente esses bens nas diferentes fases do processo produtivo (CEPAL, 1949). Nesse sentido, ele reconhece - mesmo implicitamente - a importância da capacitação e do conhecimento para este processo de desenvolvimento: Aqui deparamos, mais uma vez, com outro dos contrastes sugeridos do grau muito desigual de desenvolvimento. Nos grandes países industrializados, as referidas aptidões, assim como a habilidade dos trabalhadores, desenvolveram-se progressivamente, à medida que foi evoluindo a técnica produtiva. As aptidões, a destreza e a técnica foram, na realidade, manifestações de um mesmo fenômeno geral, que (...) vinha-se preparando no decorrer de longos séculos de trabalho artesanal e de um desenvolvimento crescente da experiência do comércio (CEPAL, 1949, p.175). mantendo os países que a praticaram ainda dependentes da importação de bens mais intensivos em tecnologia e capital. 13

28 Dessa forma, podemos perceber de que maneira para Prebisch a industrialização e a incorporação do progresso técnico se traduzem em importantes meios para o desenvolvimento, capazes de tirar a América Latina da dinâmica dependente dos países centrais e o seu reconhecimento da importância de políticas específicas para a América Latina, de acordo com suas especificidades e possibilidades. Furtado (1961), também aponta a (baixa) produtividade e a deterioração nos termos de troca como fatores que não permitem a acumulação de capitais necessária para dar impulso ao progresso tecnológico. No entanto, reconhece que é possível industrializar-se e crescer sem romper com a estrutura de dependência e dominação que perpetuam o subdesenvolvimento (Tavares, 2001). Para ele, é perfeitamente possível estas economias atingirem um alto grau de complexidade produtiva sem romperem os laços da dependência, principalmente tecnológica, em relação aos grandes centros. O subdesenvolvimento não constitui uma etapa necessária do processo de formação das economias capitalistas modernas. É, em si, um processo particular, resultante da penetração de empresas capitalistas modernas em estruturas arcaicas (Furtado, 1961, p.191). Vejamos um exemplo deste processo 17. A grande empresa controla a inovação (num sentido amplo) a introdução de novos produtos e processos dentro das economias nacionais, certamente o principal instrumento de expansão internacional; elas são responsáveis por grande parte das transações internacionais e operam internacionalmente sob orientação que escapa em grande parte à ação isolada de qualquer governo. Além disso, o dinamismo econômico no centro do sistema decorre do fluxo de novos produtos e da elevação dos salários reais que permite a expansão do consumo de massa. Em contraste, o capitalismo periférico engendra o mimetismo cultural e requer permanente concentração de renda a fim de que as minorias possam reproduzir as formas de consumo dos países cêntricos. Esse ponto é fundamental para o conhecimento da estrutura global do sistema capitalista (Furtado, 1974, p.45). Esta estrutura permite, dessa forma, que a grande empresa, ao organizar um sistema produtivo que se estende do centro à periferia, consegue, na realidade, incorporar à economia do centro os recursos de mão-de-obra barata da periferia, ou seja, uma grande empresa que orienta seus investimentos para a periferia está em condições de aumentar sua capacidade 14

29 competitiva graças à utilização de uma mão-de-obra mais barata, em termos do produto que lança nos mercados (Ibdem, p.50). Dessa forma, está se configurando uma situação que permite à grande empresa utilizar técnica e capitais do centro e mão-de-obra (e capital) da periferia, aumentando consideravelmente o seu poder de manobra, o que reforça tanto a tendência à internacionalização das atividades econômicas dentro do sistema capitalista quanto o aumento da dependência dos países periféricos em relação aos centrais 18. Neste cenário, pensar num outro tipo de desenvolvimento se torna de importância fundamental. Um Sistema Nacional de Inovações numa perspectiva do sul se apresenta como uma forte opção. 4) Pensando Sistema Nacional de Inovações numa perspectiva de países menos desenvolvidos: a visão do Sul A visão estruturalista, inaugurada pela CEPAL nos anos 1950, empenhou-se em destacar a importância dos parâmetros não-econômicos dos modelos macroeconômicos. Como o comportamento das variáveis econômicas depende em grande medida desses parâmetros, que se definem e evoluem num contexto histórico, não é possível isolar o estudo dos fenômenos econômicos de seu quadro histórico. A observação é particularmente pertinente com respeito a sistemas econômicos heterogêneos, social e tecnologicamente, como é o caso das economias subdesenvolvidas (Furtado, 2002). Lastres e Cassiolato (2000, 2002) destacam que os principais problemas enfrentados pelo Brasil e outros países latino-americanos na virada do milênio se refletem no entendimento equivocado da natureza e conseqüências das transformações da economia mundial. As políticas adotadas pela maioria desses países refletem estes equívocos e levaram a subestimação das atividades inovativas pelas firmas, assim como à perda de capacitação e desaprendizagem. Nesse sentido, buscando o desenvolvimento a partir de uma perspectiva meridional, faz-se necessário no atual cenário político e econômico mundial, uma 17 Baseado em Furtado (1974): O mito do desenvolvimento econômico. 18 Um exemplo deste tipo de funcionamento é dado ao longo do capítulo III ao analisar o sistema internacional de produção e distribuição do setor têxtil e confecções. 15

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