Introdução à História do Brasil

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1 Introdução à História do Brasil Instituto Cajamar 1989

2 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO BRASIL Instituto Cajamar Abril de 1989 ÍNDICE APRESENTAÇÃO...5 CAPÍTULO I - O PERÍODO ESCRAVISTA (1530/1888)...6 A Descoberta do Brasil...6 A ocupação Portuguesa...7 O Trabalho Escravo...8 A Resistência do Escravo...9 O Quilombo de Palmares...10 As Formas de Exploração da Colônia pela Metrópole...11 A Estrutura de Classes na Colônia...12 A Idade do Ouro...14 A Crise do Sistema Colonial...15 O Renascimento Agrícola...16 As Lutas pela Independência...17 A Inconfidência Mineira...17 A Inconfidência Baiana O Processo de Independência...19 A Política de Colonização...19 O Tratado de Comércio com a Inglaterra...20 A Revolução do Porto...20 A Revolução Pernambucana de A Independência Política A Deposição de D. Pedro...23 As Regências...24 Cabanagem...25 Farroupilha...25 A Revolta dos Malês...25 Sabinada...26 Balaiada...26 O Segundo Império...26 O Café...27 O problema da mão-de-obra...27 A Abolição do tráfico e o crescimento econômico...28 Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 2 -

3 A crise do escravismo...29 CAPÍTULO II - A REPÚBLICA VELHA ( )...31 A Proclamação da República...31 Os Governos Militares...32 O Domínio das Oligarquias...33 O Processo de Industrialização...35 A Luta Operária...37 As Lutas Urbanas...40 As Lutas no Campo...41 O Tenentismo...43 A Revolução de CAPÍTULO III - O PERÍODO V ARGAS (1930 / 1945)...47 A Reação da Oligarquia Paulista...47 A Aliança Nacional Libertadora...48 O Estado Novo ( )...50 Diretrizes Econômicas do Estado Novo...51 A Propaganda do Estado (DIP)...52 Movimento Operário ( )...52 Os Sindicatos e o Estado Novo...53 A Crise do Estado Novo...54 Os Novos Partidos...55 A Expansão Industrial nos Anos 3O...56 CAPÍTULO IV - DA CRISE DO POPULISMO AO GOLPE MILITAR (1945/1964)...58 O Governo Dutra ( )...58 Os Trabalhadores e a Redemocratização...58 O Governo Vargas ( )...59 Estratégias para o Desenvolvimento do País...59 A Política Econômica de Vargas...60 A Crise do Governo Vargas...61 Expansão do Capitalismo e Lutas no Campo...63 Ligas Camponesas e Sindicatos Rurais...64 A Luta dos Trabalhadores Urbanos...66 A repressão do governo Dutra ao movimento sindical...66 O Populismo de Vargas e a Reação dos Trabalhadores...67 A retomada do Nacionalismo com Juscelino...68 As Greves Políticas...68 O CGT e a Reação de Direita a partir de Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 3 -

4 Principais Greves de O Golpe de 1964 e o Fim do CGT...72 O Populismo...73 Nacionalismo: Campanha do Petróleo...74 Da Renúncia de Jânio ao golpe de Campanha pelas Reformas de Base...77 Campanha pelo Plebiscito...78 O Plano Trienal e a Polarização Política...79 Agravamento da Crise...80 O Golpe Militar...81 Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 4 -

5 APRESENTAÇÃO Esta apostila é uma introdução ao estudo da História do Brasil. Tendo em vista a importância do período da ditadura militar, deixamos seu tratamento para uma segunda apostila, que deverá ser publicada durante o ano de Temos consciência de que este texto possui diversas falhas, que pretendemos corrigir nas próximas edições. Para isto contamos com as críticas e sugestões dos leitores. A primeira versão deste texto - bem como a revisão final - é de autoria de Ivan Antonio de Almeida, Hélio Costa e Paulo Fontes, membros da equipe de monitores do Instituto Cajamar. Participaram da discussão do texto, bem como do trabalho de edição, Rui Falcão e Valter Pomar. Setor de Publicações do Instituto Cajamar Abril de Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 5 -

6 CAPÍTULO I - O PERÍODO ESCRAVISTA (1530/1888) A Descoberta do Brasil A Europa vivia por volta de 1500 importantes transformações. A intensificação do comércio estimulava a produção artesanal e manufatureira, fazendo crescer as cidades e provocando modificações no campo. O mundo medieval, dividido entre senhores feudais e servos, se dilui. Com a intensificação das atividades produtivas, comerciantes, artesãos, manufatureiros (mais tarde industriais) e assalariados vão alterar as relações sociais. Em Portugal e Espanha, as lutas para a expulsão dos Árabes da Península Ibérica facilitam a união entre comerciantes e nobreza na formação de Estados Nacionais. Comerciantes e Nobreza, associados, patrocinam a formação de companhias de comércio marítimos. Partiram a procura de mercadorias que, vendida na Europa, possam lhes trazer um alto lucro. Serão responsáveis pela descoberta da América (1492) e por um novo caminho para as Índias, pela costa atlântica da África ( 1498). Em 1494, Portugal e Espanha, com a aprovação do Papa, fizeram um acordo dividindo o mundo a ser descoberto pelas potências européias em duas partes, através de uma linha imaginária que passava a 370 léguas a leste de Cabo Verde. As terras que ficassem à direita da linha seriam portuguesas; as da esquerda, espanholas. Dessa forma, as terras descobertas pelos portugueses seriam cortadas à altura da atual cidade de Belém do Pará, ao norte, e Santa Catarina, ao Sul. SÓ o conhecimento ou a suposição da existência de terras explica a insistência dos portugueses neste tratado, que altera outro do ano anterior, cuja linha divisória, 100 léguas a leste das ilhas de Cabo Verde, deixaria o futuro Brasil de fora. Isto é uma das evidências de que o Brasil não foi descoberto casualmente, como consta da versão oficial (carta de Pero Vaz de Caminha). Por outro lado, os portugueses tinham estado, antes de 1500, nas costas americanas, ao norte do Brasil, pelo menos uma vez (viagem de Duarte Pacheco em 1496). Durante os trinta primeiros anos da descoberta, Portugal não se interessa pelo Brasil. Os habitantes do Brasil vivem num estágio de comunismo primitivo no qual a produção agrícola (quando há) é apenas para o consumo. A baixa densidade demográfica não exige maior divisão do trabalho. Não havia qualquer mercadoria de grande valor que pudesse ser comercializada na Europa. Portugal prioriza o comércio com as Índias: as primeiras viagens Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 6 -

7 chegaram a dar lucro de 4000%. O governo português manda ao futuro Brasil apenas algumas expedições de caráter explorador (havia expectativa de se encontrar ouro no interior) e punitivo (para combater outros países europeus que por aqui andavam com a mesma curiosidade). Para pagar os custos da viagem fazia se o escambo, troca de produto por produto sem a intermediação de dinheiro. Em troca do trabalho de derrubar o pau-brasil (cuja madeira tervida resulta numa tinta vermelha usada para tingir panos) e embarcá-lo, os indígenas recebiam bugigangas, espelhos, colares de contas, favas, tesouras, panos de baixo valor etc. A ocupação Portuguesa A concorrência de outros países europeus (Holanda, França e Inglaterra) que seguiram os portugueses na rota do comércio Com o Oriente, o custo de manutenção das feitorias (depósitos fortificados de mercadorias) na África e nas Índias, e o temor de perder o território, cada vez mais frequentado por outros europeus (franceses, principalmente) fizeram com que Portugal decidisse ocupar o Brasil. À falta de produtos que tornassem economicamente viável a ocupação, decidiu-se instalar aqui uma unidade produtora de uma mercadoria, o açúcar, que, exportada, desse lucro na Europa. A experiência nas ilhas atlânticas seria aproveitada e reproduzida em larga escala. A ocupação iniciou-se com a expedição de Martim Afonso de Souza, em A costa brasileira foi dividida em doze partes, as Capitanias Hereditárias, começadas a distribuir a partir de Para recebê-las bastava fazer um requerimento e ter os meios para ocupálas. Recursos para o transporte de equipamentos técnicos, animais, escravos, enfim, tudo aquilo que era necessário para a instalação de um engenho de açúcar. O capitão donatário teria o direito de exercer a legislação civil e criminal sobre a Capitania. Poderia ainda doar sesmarias para quem quisesse nelas se instalar. A maioria dos donatários e beneficiários de sesmarias pertencia à pequena nobreza, geralmente funcionários do Estado português. Para se instalarem, dependiam de créditos holandeses ou de cristãos novos (judeus convertidos ao cristianismo para escaparem das perseguições). O latifúndio escravista se concentra na zona da mata no nordeste, região apropriada para a produção açucareira, graças à qualidade de terra, ao clima e a maior proximidade da Europa. Este tipo de unidade de produção, baseada numa única mercadoria destinada à Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 7 -

8 exportação, na utilização do trabalho escravo e no aproveitamento de uma grande extensão de terra, ficou conhecida como ''plantação. A região de São Vicente (onde aportou a primeira expedição colonizadora em 1534) não oferecia maiores condições para a instalação de engenhos devido a estreiteza da faixa litorânea entre o mar e a serra. Não teria maior importância econômica até a expansão cafeeira no século XIX. São Vicente, por sua atividade de exportador de indígena para o Rio e o Nordeste, ficou conhecido durante muito tempo como "ponto dos escravos. A presença de "criminosos" como marca do início da ocupação do Brasil pelos portugueses não têm a mínima importância. Tais degredados de fato existiram, mas, em número reduzido. Adotaram os costumes indígenas, casando-se com diversas mulheres (para o espanto e inveja dos europeus que por aqui passavam) e fizeram vasta descendência. O caráter de "criminosos" também é muito discutível. A legislação portuguesa (Ordenações Manuelinas) relacionava cerca de 200 infrações punidas com o degredo. Era uma forma compulsória de encontrar homens que preenchessem as funções necessárias à expansão marítima. O Trabalho Escravo Os motivos da utilização do trabalho escravo nas plantações vêm do isto de que nenhum homem livre iria querer trabalhar para outro com as possibilidades de acesso à terra que o Brasil possibilitava. As tribos indígenas, além de não ocuparem densamente o território, tinham o ''direito', de serem exploradas exclusivamente pela Igreja. A Igreja, que aprovava a escravidão do africano, conseguira a proibição da escravização dos povos americanos por parte do Estado português e espanhol. Ainda assim, em caso de ''guerra justa'' (isto é, se tomassem a iniciativa do conflito) poderiam ser escravizados. No Brasil, há notícias de "guerras justas até Até 1630, a maioria dos escravos dos engenhos eram indígenas. A Igreja procurava destribuibalizá-los, através da cristianização e de sua concentração em ''reduções'' ou "missões". Ali os índios eram organizados para o trabalho. Estas missões, organizadas a partir do século XVII exclusivamente pelos jesuítas, distribuibuíam-se por toda a América Latina e constituíam importantes unidades, isoladas do contato com as áreas de plantação. Na Amazônia, por exemplo, exportavam as "drogas do sertão'', cravo, canela, anil, guaraná, cacau, urucum etc. No sul, criavam gado. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 8 -

9 Treze dessas missões, situadas ao longo do rio Paranapanema (atual Estado do Paraná), reuniam em 1628 mais de 100 mil índios. Em época de crise de abastecimento de mão-de-obra africana, Como durante a ocupação das costas da África pelos holandeses (em 1641 por exemplo, ocuparam São Paulo de Luanda, Angola e São Tomé), o preço dos escravos subia a ponto de tornar lucrativo o negócio de apresamento de índios, particularmente os aldeados pelos padres. A concentração de índios facilitava a sua captura. Entre 1614 e 1639 estimavam-se em 300 mil os índios escravizados. Nestas incursões, os bandeirantes não deixariam de sofrer uma grave derrota, em Bororé, quando os jesuítas resolveram armar os indíge e contrata instru militaem O contato dos índios com os europeus, a princípio pacífico (marcado pelo escambo), alterase quando estes passam a se instalar no território, expropriando as terras dos índios e tentando utilizá-los como mão-de-obra escrava ou semi-escrava. A resistência chega, algumas vezes, à formação de grandes confederações indígenas (pouco conhecidas ou divulgadas, assim como todos os conflitos na história do Brasil, já que prejudica a versão oficial de uma história, pacífica e ordeira"), como a chamada Guerra dos Bárbaros, quando índios do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco resistem organizadamente durante 41 anos (1683 a 1724), nos sertões do Nordeste. Mas era mesmo de origem africana a massa dos escravos que constituiu a base do trabalho no Brasil durante quatro séculos. A valorização do escravo como principal mercadoria para os europeus, estimulou a luta entre os reinos africanos que, para sobreviverem, necessitavam de armas e munições, conseguidas em troca de escravos. Capturados no interior da África, os escravos eram "estocados" nas feitorias, à espera dos barcos dos traficantes. Os traficantes, a princípio portugueses, dividiram com os comerciantes ingleses (até o século XVIII) o rendoso negócio. Nestas feitorias era feito o controle do pagamento dos 10% de impostos para a Coroa e de 5% para a Igreja. Havia portanto interesses concretos para que o escravo africano fosse preferido. A Resistência do Escravo Começava já na África a tentativa de impedir (ou pelo menos dificultar) a revolta dos escravos negros. Cristianizados, ou melhor, batizados (para não chegarem pagãos à nova terra), recebiam nomes portugueses, numa tentativa de tirar-lhes a identidade. Aqui, ao Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar - 9 -

10 venderem a mercadoria", procurava-se separar as famílias e misturar as etnias para que, falando línguas diferentes (só os da nação bantu falavam 182 dialetos) tivessem dificuldades de se comunicar. Ou ainda reunir nos diferentes ''lotes'' vendidos escravos de tribos inimigas. Mas a resistência à escravidão também começava na África. Uma vez capturados, tentavam a fuga ou buscavam se libertar através do suicídio. Os navios negreiros eram verdadeiras tumbas, devido ao alto índice de mortalidade de negros durante as viagens. Do século XVI ao século XIX, estes índices oscilaram entre 20 a 10%. Os ''tumbeiros'' ingleses registram centenas de motins. No Brasil, a resistência ia desde o assassinato do senhor, ou de feitores, até fugas e rebeliões. Desde os primeiros anos da escravidão até 1888, há notícias de formação de quilombos (concentração de escravos fugidos), o mais conhecido pela sua duração e resistência foi o de Palmares. O Quilombo de Palmares No início do século XVII escravos fugidos dos engenhos já procuravam refúgio na serra da Barriga (atual Estado de Alagoas). Em 1671, diversas aldeias (mocambos) reuniam cerca de 30 mil habitantes. Produziam cana, milho, banana, dedicavam-se à caça e pesca, ao artesanato e criavam pequenos animais. Entre eles também viviam mestiços e indígenas. Chegaram a estabelecer relações comerciais com brancos vizinhos, dos quais obtinham sal e algumas armas e ferramentas. Sua organização política seguia o modelo dos Estados africanos do século XVII, sendo os chefes eleitos. Além da massa de homens livres, havia escravos negros raptados aos brancos. Estes quilombos representavam séria ameaça à ordem escravocrata, não porque pudessem (ou quisessem) destruí-la, mas pelo exemplo da possibilidade de um outro modo de vida, pela alternativa de liberdade aos negros da região. Por isso, desde o início os escravocratas tentaram destruí-los. Os holandeses (que ocuparam o Nordeste de 1630 a 1654) organizaram duas expedições, em 1644 e 1645, sem sucesso (os palmarinos se retiraram sem oferecer combate, tática que usariam com frequência). Em 1667, outra expedição é organizada com o mesmo resultado. Entre 1671 e 1678 foram organizadas 25 expedições! Em 1675, Fernão Carrilho impõe pesadas baixas aos palmarinos, aprisionando dois filhos do rei Ganga Zumba e lhes oferece uma trégua em troca da deposição das armas. Nem todos a aceitam. Com a morte do Ganga Zumba (envenenado), Zumbi, chefe do macambo de Cacau e desde o início contra a trégua, assume a liderança total dos palmarinos. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

11 Diante das dificuldades em submeter Palmares às autoridades, contrataram um bandeirante paulista, Domingos Jorge Velho, especialista no massacre e submissão de grupos indígenas. O caráter do bandeirante, responsável pelo assassinato não só de índios como de brancos, pode ser ilustrado por uma de suas proezas. Mandou degolar 200 índios pelo simples fato de se recusarem a acompanhá-lo na luta contra Palmares. Seu prêmio seria a venda dos negros capturados, sesmarias na região conquistada e o perdão pelos seus crimes. A primeira expedição, de cerca de 1000 homens (800 dos quais índios), foi destroçada no ataque ao mocambo do Macaco. No ano seguinte, 1693, nova tentativa, também fracassada. Em 1694, nova expedição, desta vez com 9 mil homens e artilharia (4 canhões). Foi o maior exército do período colonial. Para se ter uma idéia do que significava, os holandeses conquistaram o Nordeste com7 mil homens. Foram necessários vários ataques e um cerco de 22 dias para quebrar a resistência palmarina. No dia 16 de fevereiro de 1695, o principal reduto, o dos Macacos, está destruído. Poucos foram os prisioneiros. Os homens foram degolados. Muitas mulheres preferiram morrer pela fome e matar seus filhos a serem reduzidas a escravidão. Zumbi, no entanto, conseguira escapar. Emboscado, será morto a 20 de novembro de As Formas de Exploração da Colônia pela Metrópole Portugal ocupou o Brasil através da implantação de uma unidade produtora de uma mercadoria que dava lucro na Europa, para enriquecer a metrópole, enriquecer Portugal. A transferência da riqueza não se dava apenas através dos impostos. Toda relação entre colônia e metrópole exigia que a colônia comercializasse apenas com sua metrópole. Os latifundiários escravistas podiam vender suas mercadorias apenas para Portugal. Como único comprador, Portugal poderia impor um preço baixo. As colônias eram proibidas de produzir manufaturas (a não ser pano grosso para os escravos). As classes dominantes da colônia tinham assim que gastar o que ganhavam com exportação, importando manufaturados (panos e ferramentas) e escravos. Pagavam altos preços, pois só tinham um vendedor, os comerciantes da metrópole. Este monopólio do comércio associado à proibição da produção dos manufaturados é o pacto colonial que garante a transferência para a metrópole da riqueza aqui produzida pelos escravos. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

12 Até o século XVII, Portugal era um simples intermediário da Holanda, que financiava, refinava e distribuía o açúcar pela Europa. Mais tarde, da Inglaterra, que, em troca de suas manufaturas, recebe de Portugal ouro, algodão e outras mercadorias. A riqueza que vai parar nos países europeus produtores de manufaturados, principalmente a Inglaterra, contribuiu para o acúmulo de capital que resultará na Revolução Industrial inglesa nos fins do século XVIII. Apesar de pioneiros na constituição do Estado Nacional e nas navegações, sua condição de intermediários explica o atraso do desenvolvimento do capitalismo em Portugal e Espanha. A Estrutura de Classes na Colônia Nos dois primeiros séculos da colônia temos já esboçada a estrutura de classe que vai marcar a história do Brasil até a Abolição. Da Bahia a Pernambuco concentraram-se os engenhos. Os senhores de escravos de maiores posses os instalam nas melhores terras da costa. Os demais, sem recursos para a instalação de engenhos, mas proprietários de escravos, utilizam os engenhos em troca de parte do açúcar produzido. Agregada ao latifúndio, uma classe de homens livres pobres produz bens de consumo, permitindo aos escravos se concentrarem na atividade mercantil. Ela vai se tornando cada vez mais numerosa e vai substituindo o escravo com a decadência da produção canavieira. Apesar de uma certa hostilidade aos proprietários escravistas, pela exploração a que são submetidos, é entre estes agregados que os latifundiários vão recrutar os elementos encarregados de reprimir os escravos ou para servir de jagunços nos conflitos entre setores da classe dominante. O sertão nordestino, imprestável para a produção açucareira, vai ser refúgio de escravos, mestiços e homens livres pobres. Alguns chegam a tornar-se proprietários de enormes latifúndios de criação extensiva de gado. Outros tornam-se vaqueiros. A maioria transformase em sitiantes produtores de bens de consumo, farinha, milho, fava, feijão, contribuindo com os agregados da Zona da Mata para o abastecimento de gêneros alimentícios do engenho. Até então, as relações entre moradores e proprietários não passavam pelo assalariamento. Eram relações pré-capitalistas. A existência de certas relações como o cambão (pagamento da renda da terra em dias de trabalho), por exemplo, levou alguns historiadores a confundilas com relações feudais. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

13 Quando surgem as usinas (fábricas rurais movidas por máquinas a vapor que vão substituir o engenho no fabrico do açúcar) depois de 1880, os proprietários estendem seus canaviais pelos antigos sítios de moradores, tirando-lhes as terras para produzir. Começa a se impor o trabalho assalariado. No sertão, ainda hoje, a pequena propriedade camponesa constitui-se em importante fornecedora de mão-de-obra assalariada para as cidades. As relações capitalistas custam a penetrar nesta região. As cidades, pequenas e litorâneas até o século XVIIl (quando a exploração aurífera estende a urbanização para o interior), surgem em torno das atividades de importação e exportação e como centros administrativos. O comércio externo e interno é dominado por comerciantes portugueses. Mesmo nas cidades, os escravos são a base do trabalho. O trabalho, aviltado pela escravidão, é mal visto pelo homem livre. O número de escravos continua a medir a riqueza do seu proprietário. O dinamismo da vida urbana, no entanto, cria uma ampla camada intermediária constituída por funcionários da Coroa, militares, artesãos (escravos, exescravos e homens livres) e uma massa de homens livres pobres. Em 1580, Portugal, por um problema na sucessão do trono (o parente mais próximo do soberano falecido era espanhol) e com a conivência da nobreza portuguesa, passa para o domínio espanhol (até 1640). A Holanda, em luta com a Espanha, viu ameaçados seus interesses nos negócios do açúcar brasileiro. Tratados de paz adiaram o conflito inevitável. A partir de 1630, o comércio, a finança, a manufatura e a aristocracia holandesa associados, através da Companhia das Índias Ocidentais, iniciam a ocupação das fontes produtoras de açúcar no Brasil e dos territórios fornecedores de escravos na África. A região ocupada, de Sergipe ao Rio Grande do Norte, respondia por metade da produção da colônia. Após curta resistência, a presença holandesa no Nordeste brasileiro ( ) foi aceita pelos latifundiários escravistas, até que deixou de atender as suas necessidades: um bom preço pelo açúcar, financiamento para a importação de manufaturados e escravos. O processo de expulsão dos holandeses, em dificuldades na Europa (onde estavam em guerra com a lnglaterra), começou quando eles resolveram executar as dívidas contraídas pelos latifundiários (o que significava perderem as propriedades). Terminada a guerra, a economia da região entrou em crise. Muitos engenhos estavam destruídos. Centenas ou milhares de escravos tinham aproveitado para fugir (Palmares cresce neste período). Os holandeses, agora instalados nas Antilhas (região próxima do Golfo do México), vão fazer concorrência ao açúcar nordestino. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

14 A Idade do Ouro As expedições organizadas pelos paulistas para o interior da colônia visavam, além da captura de índios, a descoberta de minas de ouro e pedras preciosas (obsessão perseguida desde a descoberta). Só serão bem sucedidos por volta de 1693 ou É neste final do século XVII que se inicia uma corrida para a região das minas. A descoberta de ouro na região das Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás altera a geografia da colônia. A ocupação se dera até então apenas no litoral. Nos primeiros anos do século XVIII, esta corrida do ouro provoca crises de fome na região. Uma galinha chega a valer, em 1710, 3 ou 4 oitavas de ouro (uma oitava de ouro equivalia a 3,586 gramas); cinco quilos de açúcar custavam mais de uma oitava de ouro. A circulação de ouro ampliou o mercado consumidor. A região, além de ter os escravos ocupados na produção aurífera, não contava com boas terras. Rotas terrestres serão abertas para abastecer a região das minas. Tropas de burros e mulas chegam do Rio Grande do Sul para facilitar o transporte. Sorocaba será um importante entroncamento deste comércio. Outros caminhos trazem mercadorias e aventureiros do litoral da Bahia e do Rio de Janeiro. Mudanças administrativas seguem-se a essas alterações econômicas. A capital, Salvador, escolhida devido a sua posição central em relação a litoral, vai ser transferida para o Rio de Janeiro (1763), mais bem situada para fiscalizar a saída do ouro de Minas Gerais. As necessidades da produção aurífera (e de diamantes) provocam um aumento de preços do escravo, que chegam aos milhares da África e mesmo do Nordeste, onde a crise estimula os latifundiários a vendê-los. O século XVIII vai ser o apogeu do tráfico de escravos. Forma-se no interior da colônia uma sociedade urbana. Enquanto cidades como Salvador não passavam de 20 mil habitantes no século XVIII, Vila Rica, em Minas, alcança mais de 30 mil na mesma época. A urbanização promove a instalação de inúmeros serviços urbanos, lojas, bodegas, armazéns, hospedarias, depósitos etc. Em numerosas oficinas trabalham artesãos de todo tipo, a maioria negros e mulatos, escravos e libertos. As características da produção aurífera levam alguns senhores de escravos a permitir que estes acumulassem alguns recursos (além da coerção, prêmios podiam estimular o escravo Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

15 a achar mais ouro), para comprar a própria liberdade. Em 1735, negros e mulatos forros representam 1,4% da população; em 1786, 35%. A Crise do Sistema Colonial O esgotamento das minas, em fins do século XVIII, coincide com importantes modificações na conjuntura mundial. Na Inglaterra ocorre o apogeu da produção manufatureira e o início da Revolução Industrial. Resulta de um longo processo de "acumulação primitiva" do capital (acumulação que não tem origem na exploração da mais valia do assalariado), para a qual contribuíam os povos americanos como vítimas do saque ou da espoliação através do Pacto Colonial. A produção em larga escala coloca em primeiro plano a necessidade da venda das mercadorias produzidas. A Inglaterra, que fora grande traficante de escravos, a riqueza de Manchester, uma das primeiras cidades inglesas a se industrializar, provém justamente do tráfico), passa a liderar a luta contra o tráfico e pela abolição da escravidão. É que os capitais gastos com a compra de escravos por parte dos proprietários poderiam ser transferidos para a compra de mercadorias inglesas. O fim do trabalho escravo exigiria a importação de força de trabalho européia, contribuindo para atenuar o problema social na Europa (onde o avanço do capitalismo proletarizava milhares de camponeses e artesãos) e para ampliar, através desses trabalhadores assalariados, o mercado consumidor na América, em particular no Brasil, o maior mercado para os produtos ingleses na América. O comércio indireto (ou através do contrabando) com as colônias alheias já não era suficiente. É preciso quebrar o Pacto Colonial. A Inglaterra é pioneira na pregação do ''livre comércio'', que preconizava a abolição de todas as práticas comerciais protecionistas. Estas idéias serviam à indústria inglesa que, graças a sua maior produtividade, competia em vantagem com outros países. Nesse mesmo período, na França, as idéias iluministas - que negam os privilégios da nobreza e afirmam a legitimidade popular das leis e instituições - se constróem na luta contra o Estado absolutista feudal e preparam a Revolução Francesa (1789). Apesar das proibições, as notícias sobre as transformações mundiais e as subversivas idéias francesas penetram na América Latina e encontram receptividade nas camadas médias e mesmo em setores da classe dominante (muitas das classes dominantes latinoamericanas vão estudar na Europa e se entusiasmam com as mudanças provocadas pela Revolução Industrial na Inglaterra e pelas idéias iluministas). Os proprietários de terras e Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

16 gado (e de escravos, no caso brasileiro) estavam insatisfeitos com O Pacto Colonial, especialmente agora quando o livre comércio lhes abria possibilidades de comprarem manufaturados a preços mais baixos e de conseguirem melhores condições para a venda de seus produtos. As metrópoles, através de políticas fiscais mais opressivas e de reformas administrativas que excluíam a classe dominante nativa da participação da administração colonial, tentaram aumentar a arrecadação, contribuindo para criar as bases materiais da receptividade às novas idéias. Para as camadas médias (homens livres pobres das cidades), a crise econômica era uma limitação a suas possibilidades de ascensão. Já as mudanças poderiam representar uma melhoria na sua condição. O sucesso da Revolução Norte-americana (que se inicia em 1776) reforça o ânimo dos simpatizantes de mudanças. Era a primeira vez que uma colônia se tornava independente. Foi dentro deste contexto que ocorreram as lutas de independência na América Latina. O Renascimento Agrícola As necessidades da Revolução Industrial mais o corte no fornecimento do algodão norteamericano (com a guerra de Independência) e a crise da produção açucareira no Haiti e São Domingos (a produção chegou ao colapso total com a luta de independência em 1792) fizeram aumentar o preço dessas mercadorias, estimulando a intensificação de sua produção no Brasil. Assim, à exceção da região de Minas Gerais (e da produção dela dependente), a produção está em pleno crescimento no Brasil quando da crise do sistema colonial. O açúcar se desenvolve na região de Campos (e o Rio chega a produzir em 1807 um terço do açúcar exportado). Em São Paulo, esta produção se firma no interior (região de Itu, por exemplo), criando uma nova elite agrária e comercial. A partir de 1760, o algodão se expande. Com ele, intensifica-se o uso do trabalho do escravo africano (até então praticamente inexistente na região). Por volta de 1830, a maioria da população do Maranhão é formada de escravos. É neste período de renascimento agrícola'' que se introduz o café. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

17 As Lutas pela Independência A Inconfidência Mineira Nas Minas Gerais, a decadência econômica, com o esgotamento da produção e os impostos extorsivos, cria um clima de revolta entre os homens livres e empurra os senhores de escravos para posições radicais. A Inconfidência Mineira (1789) é o retrat desta situação. A maioria dos conspiradores pertencem às "boas famílias". Proprietários de escravos ligados à extração mineral, à produção agrícola ou à administração colonial e à milícia. Também os clérigos envolvidos são proprietários. O penúltimo governador antes da tentativa de insurreição, Cunha Menezes, conseguira desagradar a todos. Indispôs-se com a classe dominante local ao afastá-la da administração, ao extorquir-lhe dinheiro e ao lançar mão da violência contra ela. As camadas médias sentem especialmente o rigor com que é imposto o cumprimento do Alvará de 1785 (que proíbe as manufaturas). Além da repressão à população, esta é forçada a comprar manufaturados importados da metrópole, bem mais caros que os que já eram produzidos no local (tecidos, sapatos etc). A política de ''arrocho colonial" não admitia que a queda na arrecadação de impostos fosse decorrente do esgotamento da minas. Desde 1763 instituíra um sistema que impunha a contribuição forçada de todos os habitantes para cobrir a diferença entre o arrecadado e a taxa cobrada pela metrópole: 1500 quilos anuais de ouro. Essa cobrança forçada era a ''derrama''. Em 1788, chega o novo governador com a missão de realizá-la. O déficit acumulado já chegava à 5760 quilos. Os conspiradores aproveitaram a "derrama" para fazê-la coincidir com a data da revolta. Seu projeto era tornar o Brasil independente de Portugal, com um regime republicano. Joaquim José da Silva Xavier, alferes do Regimento dos Dragões, chamado "Tiradentes'', é um dos mais ativos propagandistas da causa. Filho de pequeno proprietário rural, alfabetizado, era o único que tinha penetração nas camadas médias da população (o povo da época, se descartarmos a classe dominante e os escravos). Tentou a mineração, foi tropeiro, dentista (daí o apelido) e finalmente tentou a carreira militar. Dizem que andava com a constituição norte-americana no bolso. É o único abolicionista. Descoberta a conspiração através da delação, 34 são condenados num processo que dura dois anos. Apenas Tiradentes será condenado à morte, enforcado e esquartejado no Rio de Janeiro, em 21 de abril de Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

18 A Inconfidência Baiana Em 1798, em Salvador, é sufocada a primeira revolução social brasileira. Formada por escravos, ex-escravos, artesãos (a maioria alfaiates), padres, soldados e até alguns oficiais, tinha como objetivo, não só a independência, mas mudanças de caráter social: igualdade de raça e de cor, o fim da escravidão, a abolição de todos os privilégios. Foi chamada de ''Conjuração dos Alfaiates'' ou ''Inconfidência Baiana. O renascimento agrícola, o crescimento das lavouras de cana, no Rio de Janeiro e São Paulo e mesmo na Bahia e do algodão no Maranhão, no início do século XlX, beneficiou os grandes proprietários e os comerciantes de Salvador, mas ao expandir as áreas de cultura de cana sobre a produção destinada ao consumo interno agrava o crônico problema da escassez de alimentos para a população pobre (já que o consumo dos senhores de escravos era todo importado). Eram frequentes os saques de carne e farinha por parte de negros e mulatos nos anos que antecederam a revolta. Essa agitação facilitou a difusão das idéias revolucionárias francesas entre esta camada, particularmente aqueles aspectos referentes à igualdade de direitos, e ao fim da escravidão. A difusão de panfletos levou à prisão de suspeitos, o que precipitou o levante. Os seis condenados à morte (além das dezenas de mortos e feridos durante a repressão) atestam o caráter popular da luta. Ao condicionar a solução da questão nacional (a independência) à questão social (o fim da escravidão e a igualdade jurídica entre os homens e o fim dos privilégios), a Inconfidência Baiana é a primeira experiência revolucionária da história brasileira. Esta participação popular de caráter democrático e igualitário, que caracterizou a Inconfidência Baiana, estará presente em diversos momentos do processo de Independência (1808 a 1831) e da regência ( ) e será violentamente reprimido pela aliança entre as classes dominantes nativas e os antigos representantes do poder colonial português no Brasil, grandes comerciantes, burocracia e militares portugueses. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

19 O Processo de Independência As lutas que se sucedem à Revolução Francesa ( ) na Europa, envolvendo a burguesia francesa de um lado e a burguesia inglesa aliada à aristocracia européia de outro, facilitam a luta de independência das colônias latino-americanas. Tradicionalmente ligada à Inglaterra, Portugal tenta ficar neutro no conflito europeu e termina invadido pela França. Escoltada pela Marinha inglesa, a família real portuguesa foge para o Brasil. Entre as exigências feitas pela Inglaterra em troca do seu apoio está a abertura dos portos para todas as nações amigas (que no momento se reduzem à própria Inglaterra). Isto significa a quebra do Pacto Colonial (daí 1808 ser considerado a independência econômica do Brasil). A quebra do Pacto Colonial (a proibição da instalação de manufaturas também é revogada) satisfaz temporariamente a oligarquia escravista nativa. Aquilo que na América Espanhola vai ser conquistado através de um longo e sangrento conflito, no Brasil vai ser uma espécie de transição pelo alto. A partir daí o Brasil deixa de ser colônia, mas também não é nação independente. A Política de Colonização A transferência para o Brasil das instituições do estado Português inaugurou um período de modernização da economia e da vida cultural, especialmente no Rio de Janeiro. A cidade viu crescer sua população de 50 mil para 110 mil habitantes em apenas 10 anos. Os senhores de engenho da Baixada Fluminense procuram se instalar na Corte e imitar seus hábitos. Os impostos se elevam para manter o aparelho de Estado que consome dois terços da arrecadação. Os problemas de abastecimento se agravam. Só a Corte consumia, em dias normais, 620 aves em apenas duas refeições diárias. O início da política de imigração de europeus para o Brasil (possível a partir de um decreto de 1808 que permite o acesso de estrangeiros à propriedade fundiária) está ligado à questão do abastecimento interno. A idéia é trazer imigrantes europeus que, ao se tixarem em pequenas propriedades familiares e sem concorrerem com o latifúndio escravista, abasteçam o Rio de Janeiro e criem uma camada intermediária entre escravos e senhores (além de contribuir para o branqueamento da raça"). Com esta intenção foram trazidos imigrantes suíços para Nova Friburgo (RJ) em Os interesses expansionistas da Coroa no Brasil levaram-na a invadir a Guiana Francesa (1809) e a Banda Oriental do Uruguai (incorporada ao império em 1820 como Província Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

20 Cisplatina). No Sul, os conflitos com as colônias espanholas já eram tradicionais. Com a intenção de assegurar o comércio terrestre de muares e gado, de manter aberta a rota de tropas (para garantir as fronteiras com as colônias espanholas) e de desalojar os índios que habitavam aquela região, o governo português iniciara desde 1747 a fixação de famílias portuguesas nos Açores, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 1824, imigrantes alemães, dando continuidade a esta política, fundam São Leopoldo no Rio Grande do Sul. É um marco na formação da pequena propriedade no sul do país. Até a década de 1840, a política imigracionista desta região estará voltada para a ocupação estratégica de áreas montanhosas, que não concorrem com as fazendas de criação de gado. O Tratado de Comércio com a Inglaterra Em 1810 a Corte no Brasil consagra, através de dois tratados de "Comércio e Amizade'', a hegemonia econômica da Inglaterra sobre o Brasil. Entre outras concessões e privilégios, as mercadorias vindas de Portugal passam a ser taxadas com impostos superiores às mercadorias vindas da Inglaterra, 16% e 15%, respectivamente. As demais serão taxadas em 24%. Nestes tratados registra-se o compromisso da Coroa portuguesa de abolir o tráfico de escravos da África para o Brasil, atendendo aos interesses da revolução Industrial inglesa. Os tratados serão renovados após a Independência e, como condição para reconhecê-la, em 1827, fica estabelecido que o tráfico será abolido até A Revolução do Porto Depois de um período de ocupação francesa e inglesa, Portugal readiquire em 1820 a soberania através de uma revolução liderada pelos comerciantes portugueses ligados ao antigo monopólio comercial. No princípio, ela tem o apoio dos ''brasileiros'', à exceção dos escravos, para os quais pouco importavam mudanças políticas que excluíssem a liberdade. Favorável a uma monarquia constitucional, a Revolução convoca uma Constituinte, da qual participam deputados brasileiros - 70 numa assembléia de 200. O voto é censitário, ou seja, limitado aos proprietários de uma certa renda. Ao exigirem a volta do rei, porém, os revolucionários portugueses deixam claro seu interesse de recolonizar o Brasil. A massa de homens livres pobres, nas cidades brasileiras, agita-se ao perceber o caráter da Revolução do Porto. O anti-lusitanismo passa a ser a palavra de ordem e as idéias de independência são vistas como perspectivas de mudanças. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

21 A Revolução Pernambucana de 1817 No Nordeste, essa mesma massa, associada ao latifúndio, já tentara a independência em Mas a manutenção do trabalho escravo limitaria esta iniciativa também em 1824 e1848. As taxações impostas pela Corte no Rio sobre as exportações nordestinas de açúcar e de algodão (agora principal produto de exportação) atingiam especialmente Pernambuco, que sofrera uma seca intensa em 1816 e A queda dos preços destes produtos nas bolsas de Londres e Amsterdã deixara os proprietários escravistas em situação delicada. Dependente de empréstimos dos comerciantes por portugueses (que apesar do fim do monopólio comercial mantinham a exclusividade do comércio internacional), a classe dominante pernambucana tem suas dívidas insuportavelmente majoradas. Nestas circunstâncias, não foi difícil a associação de interesses dos senhores de escravos locais aos poucos comerciantes brasileiros que concorriam com os lusitanos. É também ao clero (o Seminário de Olinda era conhecido pela sua receptividade às idéias liberais) que, sendo proprietário de engenhos e plantações, também sofria o efeito do monopólio português e da política extorsiva da Corte. Finalmente, havia a massa de homens livres não proprietários, cujas oportunidades de sobrevivência ou ascensão viam-se ainda mais restritas na crise. No Recife, os conflitos entre "patriotas" e portugueses são freqüentes. Os brasileiros estão unidos pela ''lusofobia'' (ódio a tudo que fosse português). As reuniões e encontros secretos não passam despercebidos ao governador português. As lideranças mais conhecidas são presas. Militares brasileiros envolvidos na conspiração reagem à ordem de prisão e precipitam a revolução. A 7 de março de 1817 forma-se o primeiro governo nacional brasileiro. Uma república escravista. Seu programa: liberdade de consciência, de imprensa e de religião (embora o catolicismo apostólico romano continue sendo a religião oficial do Estado). Previa-se a eleição de uma Constituinte. As divergências políticas entre os revolucionários iriam comprometer a resistência às tropas enviadas do Rio. Enquanto alguns elementos ligados às camadas médias (como os comerciantes brasileiros) eram abolicionistas e favoráveis à utilização dos escravos na defesa, os proprietários rurais eram radicalmente contra. A vioienta repressão (mais de 20 enforcamentos ou fuzilamentos e cerca de 117 condenações à prisão) tal como em 1789 ou em 1798 não abateria o ânimo dos revolucionários, que voitariam à Iuta em 1824 e Embora Iimitado, o posicionamento da ciasse dominante nordestina de 1817 prórepubiicano é favorávei ao rompimento do domínio português, representava sua tendência Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

22 mais revolucionária. A outra tendência era aquela que temia qualquer revolução como uma ameaça ao seu domínio escravista (tendência majoritária no Rio). Prefere as transições pelo alto", os acordos a nível do Estado. Durante todo o processo de independência (1808 a 1831) e durante as regências (até 1840), estas duas tendências disputarão a hegemonia. A primeira, compondo com setores médios urbanos, pequenos comerciantes, funcionários, artesãos, e homens livres pobres. O segundo grupo se compõe dos representantes do grande comércio e finanças (formado por portugueses) e funcionários do aparelho burocrático do Estado. Na Iuta das Regências, representarão a tendência centralizadora e a tendência de maior autonomia para as províncias. Os dois grupos têm em comum o interesse na manutenção da escravidão e da estrutura de propriedade de terra, o que lhes possibilita depois de Iongo período de conflitos chegarem a uma conciliação que dará estabilidade política ao Segundo Império ( ). Na monarquia parlamentar irão se revezar nos ministérios, ora representados peio Partido Liberal ora pelo Partido Conservador. A diferença entre os dois foi bem expressa por um contemporâneo: nada mais parecido a um conservador que um liberal no poder''. A Independência Política A RevoIução do Porto criara uma certa expectativa positiva, Iogo desfeita ao reveiar sua intenção de fazer voitar o monopólio comercial. No Nordeste, inclusive. a formação de juntas governativas (que reúnem num primeiro momento brasileiros e portugueses no juramento de fidelidade à Revolução Constitucionalista, substituindo os governadores portugueses) foi responsável pela libertação dos revoiucionários de As agitações urbanas já tinham chegado na Bahia à guerra aberta. Em fevereiro de 1822, a junta governativa que reunia brasileiros e portugueses se desfaz e a população ur bana inicia a luta contra as tropas portuguesas estacionadas em Salvador. Diante das pressões recoionizadoras das Cortes portuguesas e antes que a guerra se generalizasse (gerando lideranças populares e forçando as partes em conflito a libertarem os escravos (condição para seu apoio) ou forçando a oligarquia escravista a concessões para os setores mais radicais), as classes dominantes nacionais e os interesses portugueses no Brasil fizeram um acordo. Os latifundiários escravocratas (que formariam o partido brasileiro ) aceitaram incorporar a burocracia portuguesa no Brasil e as forças militares fiéis ao príncipe D. Pedro e não mexer com os comerciantes portugueses (o partido português"), unidos pelo interesse na exclusão dos escravos e da massa de homens livres urbanos não proprietários (cujo setor mais radical era inclusive republicano). Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

23 A preservação da monarquia, através do príncipe português (que continuava herdeiro da Coroa Portuguesa), viabilizou esta transição pelo alto". Resolvia-se o problema nacional sem tocar nas relações sociais. Os patriotas'', que não participaram do acordo, foram excluídos do novo governo ou afastados, pela prisão, exílio ou mesmo morte. É o caso do Pará, onde as forças que tinham se adiantado na expulsão das tropas portuguesas, mas que não eram de confiança do governo do Rio, foram presas pelo mercenário ingiês GrenfeIl (a serviço do governo imperial) e assassinados (cerca de 300 encarcerados no porão de um navio foram mortos jogan do-se cal sobre eies). Na América espanhoia, as lutas de independência se proiongam por mais de dez anos (de 1810 à década de vinte). A Iuta força os exércitos em conflito a concederem liberdade aos escravos em troca do seu apoio. Consolidada a independência, a escravidão sobrevive apenas no Brasil e EUA, onde a abolição só virá peia Guerra da Secessão, de 186O/1865. Tais atitudes ampliam as cisões na classe dominante, sempre temerosa do exemplo do Haiti (onde em 1791 negros e pardos fizeram a independência com a abolição da escravidão e a eliminação dos brancos). O papel dos ingleses foi novamente significativo na repressão. Lord Cochrane, que já participara da expulsão das tropas portuguesas da Bahia, faz o bloqueio naval de Recife. Convinha aos ingleses preservar a unidade do Império, economicamente subordinado a seus interesses. A Deposição de D. Pedro Com a vitória sobre o movimento republicano do Nordeste consolida-se a hegemonia do partido português". O restante do Primeiro Império será marcado pelo distanciamento progressivo entre este grupo e o "partido brasileiro", mesmo os seus setores mais moderados. Contribuíram para o afastamento a crise econômica mundial, a concorrência estrangeira aos principais produtos de exportação (açúcar, charque, arroz, algodão) que baixam os preços destes produtos; e a crise financeira, causada pelos contínuos déficits na balança comercial e pelos gastos com a tentativa do governo imperial de manter o domínio sobre a Província Cisplatina (que conquistara a independência em 1828). A gota d'água é o envolvimento do imperador com a sucessão do trono português, a partir de 1826, e o assassinato de um jornalista de oposição, Líbero Badaró. Os conflitos que se Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

24 sucedem resultam na deposição do imperador pelo "partido brasileiro", moderados e radicais novamente unidos. No dia 7 de abril de 1831 o imperador renuncia em nome de seu filho de 5 anos. Mais uma "transição pelo alto" articulada pela classe dominante escravista e em nome da exclusão dos escravos e da massa de homens livres não proprietários. As Regências Consolidado o domínio das oligarquias agrárias escravistas, pela liquidação dos setores radicais, cada uma delas vai tentar afirmar sua autonomia. O período regencial será marcado por estas lutas. Da Amazônia ao Rio Grande do Sul, os homens livres pobres, brancos, mestiços, pardos, negros forros (ocupados nas mais diversas atividades urbanas), camponeses agregados ou independentes vão participar ao lado dos grupos oligárquicos que se apressam em oferecer-lhes possibilidades de mudança. A liberdade de imprensa, a descentralização, a República, o antilusitanismo são as idéias que os unem. Em dois momentos destas lutas, na Cabanagem e na Balaiada, estas camadas médias rompem sua subordinação às oligarquias e ameaçam os pilares da ordem social: o latifúndio e a escravidão. A heterogeneidade e a posição dentro da estrutura de classes (marcada pela dicotomia senhor versus escravo) impedem, no entanto, que estas massas tenham um claro programa de lutas e reivindicações. Destas lutas cabe destacar a Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador em Formada por escravos e negros forros, é uma luta sem relação com as camadas médias pobres. A notícia da deposição de D. Pedro trouxe novo ânimo aos pernambucanos que, apesar da intensa repressão ao movimento de 1824, mantinham o espírito de luta. Esta insatisfação se expressa em dois levantes, rapidamente sufocados, de caráter antilusitano e liberal: a Setembrizada e a Novembrada, ambas em Em setembro de 1832, os ''restauradores" desencadeiam um movimento, chamado de Abrilada, para trazer de volta o imperador. Derrotados em Recife, conseguem mobilizar camponeses do vale do Jacuípe numa guerra messiânica: a Guerra dos Cabanos (nada a ver com a Cabanagem do Pará) que se prolonga por três anos. Introdução à História do Brasil - Instituto Cajamar

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