A socialização do conhecimento científico pelos repositórios institucionais no ensino da Biblioteconomia

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1 FACULDADE ALVORADA/INEFE ALVORADA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR MICHELLI PEREIRA DA COSTA A socialização do conhecimento científico pelos repositórios institucionais no ensino da Biblioteconomia Brasília, 2011

2 MICHELLI PEREIRA DA COSTA A socialização do conhecimento científico pelos repositórios institucionais no ensino da Biblioteconomia Monografia apresentada à banca de avaliação como requisito parcial à obtenção do título de Especialista do Curso Docência no Ensino Superior da Pós-Graduação Latu Sensu da Faculdade Alvorada/ INEFE, sob orientação da Profª. Ms. Relcy Caribé Brasília, 2011

3 RESUMO Aborda o uso dos repositórios institucionais como instrumento de socialização do conhecimento científico na acadêmica pelas(os) docentes do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal da Bahia. Discute como a socialização e a produção do conhecimento científico relaciona-se no ensino superior com a prática do ensino e pesquisa. A socialização do conhecimento é tratada dentro do macro processo de comunicação científica, suas novas dinâmicas e tendências. A Ciência da Informação é a área que se dedica ao estudo dos processos de criação, socialização e apropriação do conhecimento. A pesquisa apresentada neste trabalho analisa como que as(os) docentes da área da Ciência da Informação entendem e utilizam os repositórios. Os resultados apontam para um entendimento comum de que este instrumento é eficiente para a divulgação do conhecimento científico e para a guarda da memória intelectual da instituição. No entanto foi detectada uma baixa utilização do instrumento por parte das(os) docentes, apesar de afirmarem recomendar freqüentemente para suas(seus) alunas(os). O trabalho também levanta as fontes de informação que podem ser utilizadas para pesquisa e como isto é tratada e percebido pelas(os) docentes. Palavras-chave: Socialização do conhecimento científico; Ensino superior; Repositórios institucionais.

4 ABSTRACT This dissertation discusses the use of institutional repositories as a tool for socialization of scientific knowledge in the academic environment by Library Science teachers from the Federal University of Bahia, Brazil. It also discusses how the socialization and the production of scientific knowledge relates to the practice of teaching and research in higher education. The socialization of knowledge is thought within the macro process of scientific communication, its new dynamics and trends. The Science Information is the area devoted to the study of processes creation, socialization and appropriation of knowledge. The research presented in this paper analyzes how that the teachers in the area of Information Science understand and use the repositories. The results point to a common understanding that this instrument is effective for the dissemination of scientific knowledge and to the keeping of the intellectual memory of the institution. It was detected a low utilization of the instrument by the teachers, despite the fact that they frequently recommend the students to use it. The work also raises the sources of information that can be used for research and how they are treated and perceived by the teachers. Key-words: Socialization of scientific knowledge; High Education; Institutional Repositories

5 LISTA DE SIGLAS ABEBD CI IBICT CAPES ICI ICI-UFBA RI UFBA Associação Brasileira de Ensino em Biblioteconomia e Documentação Ciência da Informação Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Instituto de Ciência da Informação Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia Repositório Institucional Universidade Federal da Bahia

6 SUMÁRIO CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO Introdução Justificativa Objetivos Geral Específicos... 8 CAPÍTULO 2: CONHECIMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO SUPERIOR Universidade e o conhecimento científico Ensino e pesquisa na educação superior Socialização do conhecimento científico Comunicação científica Acesso Aberto à informação científica Estratégias para o Acesso Aberto CAPÍTULO 3: REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS Características dos RI Direitos autorais RI e a comunicação científica CAPÍTULO 4: CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA História da Biblioteconomia no Brasil Ensino da Biblioteconomia no Brasil Escola de Biblioteconomia e Documentação da UFBA CAPÍTULO 5: METODOLOGIA Etapa Etapa Etapa CAPÍTULO 6: ANÁLISE DOS RESULTADOS: USO DOS RI NA SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO DA BIBLIOTECONOMIA Perfil das(os) docentes Conhecimento e uso do RI Fontes de informação científica CAPÍTULO 7: CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE ANEXO... 57

7 6 CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO 1.1. Introdução A universidade é, por excelência, um espaço de ensino, pesquisa e socialização de conhecimento científico, onde a ideia de produção de conhecimento colaborativo, compartilhado e o acesso livre à informação fazem parte desse universo, permeando as práticas docentes de ensino, o que estimula a pesquisa e a construção do saber crítico e autônomo (LEITE, 2006). Este trabalho tratará da socialização do conhecimento científico, pela academia, no contexto do acesso livre, a qual tem encontrado, no uso dos repositórios institucionais (RI), uma forma de ampliar a polinização da informação científica e a preservação da memória institucional. O trabalho passa pelo diagnóstico do sistema de comunicação científica, que tem como função o compartilhamento da produção científica e a base nas interações das comunidades científicas e acadêmicas, passando pelas comunicações formais e informais. Nesse sentido, é pensado como as tecnologias da informação e as novas dinâmicas de comunicação contribuíram para intensificar a crise do modelo tradicional de comunicação científica e para o fortalecimento de novas alternativas. Iniciativas pelo Acesso Aberto ao conhecimento científico aparecem, nesse contexto, como ferramentas que aumentam a visibilidade de trabalhos acadêmicos e seus resultados, potencializando os retornos (MUELLER, 2006). Os RI se colocam como um importante instrumento para auxiliar e influenciar nesse processo, pois são bases de dados acompanhadas de serviços de que se dedicam à preservação e transferência da produção científica de uma instituição. Ganharam força nas articulações pelo acesso livre ao conhecimento científico que entende que esse tipo de conhecimento é um bem social e deve ser público (MUELLER, 2006; KURAMOTO, 2006). Além dos RI servirem como um meio de preservação e centralização do capital intelectual da instituição, eles são uma ferramenta de disseminação e socialização do conhecimento científico. No ambiente acadêmico, a informação é trabalhada para promover a geração de conhecimento científico e tecnológico, produtores de mudanças sociais, e deve ser pensada de forma a ter seu acesso democratizado e expandido. Fortalecendo essa

8 7 ideia, o uso dos RI em universidades tem sido apontado como elemento facilitador para disponibilizar a produção intelectual das universidades e, dessa forma, contribuir para o avanço das ciências (KURAMOTO, 2006). Esta investigação pretende analisar o uso desse instrumento dentro do ensino da Ciência da Informação, no campo da Biblioteconomia. A Ciência da Informação (CI) se dedica ao estudo da produção, tratamento e transmissão da informação para a produção de conhecimento. É uma ciência interdisciplinar que trabalha para que a aplicação de seus resultados torne o processo de tratamento e disseminação da informação cada vez mais eficiente (SOUZA, 2010). Nesse sentido, a análise do uso dos RI para a socialização do conhecimento científico, no ensino da Biblioteconomia, tem potencial para contribuir no aprimoramento das práticas de ensino, a partir da socialização do conhecimento já produzido e registrado dentro de uma universidade Justificativa Os RI têm sido apontados, pela literatura científica da CI, como instrumentos de divulgação da comunicação científica formal capaz de proporcionar maior visibilidade para o conhecimento científico registrado, do que os tradicionais meios de comunicação, ainda muito presentes na cultura científica de comunidades acadêmicas (LEITE, 2006). A CI é a área do conhecimento que se dedica ao estudo das práticas e técnicas para a transferência da informação da forma mais eficiente possível e também estuda as dinâmicas de interação da comunicação científica de forma a contribuir com os processos (OLIVEIRA, 2005). Estudos sobre a disponibilidade de material de didático no ensino da Biblioteconomia, uma das áreas da CI, apontam para a necessidade de atualização do material (DIAS; PITELLA; PONTELLO, 1996; SOUZA, 2010). Sendo os RI um instrumento de socialização com conhecimento científico reconhecido pela própria área, torna-se necessário um estudo da relação entre os dois processos. A análise do uso desse instrumento, pelas professoras(es) de Biblioteconomia, dará condições para que se compreenda a relação da socialização do conhecimento científico na academia, no seu primeiro nível, na relação entre alunas(os) e professoras(es) e possíveis contribuições para o aprimoramento desse processo de socialização do conhecimento.

9 Objetivos Geral Compreender como ocorre o uso dos RI, pelas(os) docentes do curso de Biblioteconomia da UFBA, na socialização do conhecimento Específicos 1. Explorar a abordagens sobre construção e socialização do conhecimento científico no ensino superior e conceitos relativos a repositórios institucionais. 2. Identificar os processos de socialização do conhecimento científico no curso de Biblioteconomia 3. Verificar o uso dos RI pelas(os) professoras(es) do curso de Biblioteconomia da UFBA.

10 9 CAPÍTULO 2: CONHECIMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO SUPERIOR O conhecimento científico é o conhecimento legitimado e aceito por uma comunidade científica, que se organiza em comunidades acadêmicas. Este conhecimento não é estanque nem perpétuo, na verdade, nesses espaços ele é colocado para reflexões que visam aprimorá-lo ou tencioná-lo, para que sejam percebidas suas limitações (MUELLER, 2006). Werneck (2006) define este tipo de conhecimento como saberes universalmente aceitos em determinado tempo histórico. Esta conceituação destaca a característica de que apesar de ser um conhecimento construído sobre o rigor e metodologias científicas, ele é questionável e não é eterno. Este tipo de conhecimento, por necessitar da legitimação de seus pares é primordialmente construído em comunidades científicas, tais como associações científicas, conselhos e grupos de pesquisa; e comunidades acadêmicas, como as universidades (LEITE, 2007). O processo de construção do conhecimento científico passa pelo acúmulo dos saberes científicos históricos e a pesquisa. Segundo Werneck (2006) esta construção de conhecimento aplicada à educação, pode ser entendida sob dois pontos: 1. Como a constituição de saber resultada de uma reflexão de pesquisa científica feita por pesquisadores da área, que gera novos conhecimentos. 2. Como a forma que é dada a apropriação de um conhecimento já estabelecido, isto é, o modo que cada indivíduo aprende a informação e seu conteúdo. Assim sendo, para a autora, a construção do conhecimento científico é resultado da investigação filosófico-científica e causa e conseqüência do ensino. Para Werneck (2006), o ensino é o processo de formação de referenciais que leva ao desenvolvimento da capacidade de observação e reflexão crítica. Por tanto, segundo a autora, as práticas de ensino, desde a escola buscam preparar a(o) estudante para produzir e socializar conhecimento científico. A escola de ensino fundamental e médio vai apoiar-se do conhecimento cientifico atualizado para disponibilizá-lo ao aluno. Deste modo propicia seu contato com os conhecimentos relativos à natureza, à vida social e como toda a produção científica, ao mesmo tempo que a inicia na metodologia da ciência, despertando a capacidade crítica e preparando o futuro pesquisador. Talvez esta seja uma das principais metas da escola: instrumentalização para a produção e o consumo da ciência (WERNECK, 2006, p.189).

11 10 Segundo esta perspectiva a escola no ensino fundamental e médio tem como um de seus objetivos preparar a(o) estudante para as práticas de produção e socialização de conhecimento científico no ensino superior, espaço onde estes processos fluem de forma dinâmica, como é o caso das universidades Universidade e o conhecimento científico A universidade é entendida como parte do sistema de educação que tem como base o ensino, a pesquisa e a extensão. É um espaço privilegiado pela produção e transferência do conhecimento científico, onde todas as funções da universidade estão voltadas para esse fim. Na universidade tem-se um solo fértil para a criação e articulação desse conhecimento que influência e organiza direta e indiretamente o modo de produção, o desenvolvimento de tecnologias e a organização da sociedade (Leite, 2006). [ ] as atividades da universidade estão diretamente relacionadas com a produção e a comunicação do conhecimento científico, seja por meio da pesquisa científica, seja por meio do processo de ensino-aprendizagem. A universidade preza e privilegia o compartilhamento do conhecimento que é constantemente produzido (LEITE, 2007c, p.140). Segundo o autor, são nas universidades que estão boa parte dos recursos humanos para pesquisa científica de alto nível. São nesses espaços que se concentram a maior parte de investimentos e financiamentos para o ensino e a pesquisa. Para Scwartzman (apud LEITE; COSTA, 2006, p. 207) a concepção de que a pesquisa científica e o sistema universitário estão necessariamente ligados é uma suposição difundida e adotada como princípio básico das políticas educacionais em muitos países. Neste sentido, Werneck (2006) afirma que as universidades têm duas funções em relação ao conhecimento científico, uma delas é a produção do conhecimento científico propriamente dito, embora a autora considere que grandes avanços da ciência também foram promovidos por academias de ciências e ou por interesse de determinadas empresas. A outra função é considerada pela autora como a principal por cumprir com o objetivo primeiro das universidades que é a de socialização do conhecimento por meio do ensino e sua aplicação prática pela extensão (p.190).

12 11 Como defendido pelos autores citados anteriormente, as universidades são espaços privilegiados para a produção do conhecimento científico por conta da disponibilidade de recursos presentes nestes espaços, recursos tanto materiais quanto humanos. Desta forma a universidade se constitui de um espaço onde a prática da pesquisa é uma de suas fortes características e tem como função essencial a prática do ensino, por meio da socialização dos conhecimentos científicos construídos ao longo do tempo Ensino e pesquisa na educação superior O ensino por meio da socialização de saberes certificados por comunidades científicas se faz necessário porque o conhecimento científico não pode ser construído partindo do zero, ele deve fazer referências a discussões já estabelecidas e se utilizar de métodos já aceitos. Assim sendo o ensino na educação superior se relaciona intimamente com a pesquisa, podendo favorecer ambas as partes. Sobre esta relação entre o ensino e a pesquisa Werneck (2006) pondera que considerando os objetivos primordiais da universidade do desenvolvimento do sujeito, da divulgação do conhecimento cientifico, a pesquisa se justifica como um meio de ensino da ciência, como técnica didática (p. 191). Fortalecendo esta perspectiva Franco (2000, p. 70) afirma que a pesquisa é importante via para o aprimoramento do professor de ensino superior, porque além de estabelecer a(o) docente enquanto membro de uma comunidade científica pode melhorar suas práticas de ensino. Para discutir a questão, a autora entendendo a(o) docente como parte de uma comunidade que produz e reflete sobre o conhecimento, se baseia no trinômio formação do professor de ensino superior, pesquisa e comunidade de conhecimento. Estas categorias são utilizadas em seu trabalho para demonstrar a associação entre ensino, pesquisa e a natureza do ensino superior. Cunha (2000) colabora com esta abordagem ao localizar a pedagogia universitária como um espaço de conexão de conhecimento, subjetividades e cultura, que demanda conteúdo específico e contempla a formação profissional. O que a autora chama de conexão de conhecimento é chamado pelas(os) autoras(es) citados anteriormente de socialização do conhecimento.

13 Socialização do conhecimento científico A prática de socialização do conhecimento científico se mostra de fundamental importância tanto para a formação da(o) docente, para o desenvolvimento de suas atividades; quanto para a pesquisa científica. Neste sentido Franco (2000, p. 71) contribui com esta abordagem afirmando que ao se falar sobre a formação do professor de ensino superior está se adentrando a questão do acesso ao conhecimento de uma dada área e a socialização deste conhecimento. Segundo Demo (2004, p. 58) não há dicotomia entre socializar e construir conhecimento, o distanciamento percebido é por conta da instrumentação eletrônica nesses dois processos. Uma deve se preocupar com a outra, pois conhecemos a partir do conhecido. Assim, a socialização do conhecimento é conseqüência da própria produção de conhecimento e vice versa, já que a produção do conhecimento científico precisa referenciar discussões anteriores e ela mesma precisa fazer parte do fluxo da comunicação de determinada área para ter significância científica. Dentro da perspectiva apresentada anteriormente o autor ainda defende que como estes dois processos estão intimamente relacionados no ambiente acadêmico, quem ministrar cursos deve dispor de conhecimento construído e este deve estar pronto para ser socializado. Desta forma, o autor entende a aula (ou curso) como espaço primeiro de socialização do conhecimento científico na academia e que outros espaços que permeiam este ambiente seria conferências, simpósios, congressos e eventos desta natureza. Por tanto, o conhecimento produzido dentro das academias deve estar disponível, tanto para a comunidade acadêmica (universidade) quanto para as comunidades científicas. Nas universidades este conhecimento tem o potencial de contribuir com as práticas de ensino e fomentar a pesquisa como estratégia didática do ensino superior, além de ser uma um retorno à sociedade como um todo. Para as comunidades científicas a comunicação deste conhecimento pode representar avanço da discussão da área que se propõem, contribuindo para o avanço da ciência. Toda universidade assuma a respectiva socialização do conhecimento, sendo na prática sua forma mais convincente de extensão [...]. Entretanto a socialização feita em aula é inexpressiva, não só porque atinge público muito restrito, mas sobre tudo porque é eivado de mediocridades. A socialização relevante é aquela que realmente democratiza o acesso de todos ao conhecimento, e isto não pode mais ser feito sem o auxílio eletrônico (DEMO, 2004, p. 62).

14 13 Neste fragmento de texto o autor parte da ideia de que a pesquisa como princípio científico e educativo é função primeira da universidade e que isto tem como causa e conseqüência a produção de conhecimento científico. Assim sendo, Demo (2004) defende o acesso ao que foi produzido neste contexto é e será cada vez mais demandado pela própria sociedade e que a utilização de ambientes eletrônicos como meio de socialização apresenta grande potencial para o cumprimento deste objetivo. A sociedade organizará dois sistemas conjugados em torno do conhecimento: um de produção, que é lugar próprio da universidade; outro de socialização, dominado pela instrumentação eletrônica (DEMO, 2004, p. 68). Buscando uma investigação sobre esta perspectiva de que o conhecimento científico deve ser eficientemente socializado para contribuir para o avanço da ciência e o desenvolvimento social, Michinel e Burnham (2007) realizaram um estudo sobre a aprendizagem de Física e a partir da pesquisa e concluíram que: Pensar a socialização do conhecimento científico como uma condição de produção nos permitiu pensar não só na informação científica que se busca divulgar junto a comunidade ampliada, mas também nos processos envolvidos nesta passagem e nas mediações e meios necessários para que os indivíduos sociais da sociedade ampliada se apropriem e traduzam interpretem, compreendam, (re)construam e usam esse conhecimento para sua (in)formação (p. 379). Partindo desta necessidade de se conhecer e aprimorar formas de socialização de conhecimento científico na academia, os próximos capítulos tratarão de temas que dizem respeito ao processo (comunicação científica), as movimentações que geram novas tendências neste processo (Acesso Aberto) e o instrumento de socialização do conhecimento científico proposto pelo Movimento de Acesso Aberto (Repositórios Institucionais). Esta revisão de literatura tem como objetivo fundamentar a investigação da eficiência deste instrumento segundo a perspectiva das(os) docentes do curso de Biblioteconomia da UFBA Comunicação científica A comunicação científica são ações de socialização do conhecimento científico. Segundo Garvey e Griffith (apud LEITE; COSTA, 2007, p. 94) a comunicação do conhecimento científico pode ser definida como o conjunto de esforços, facilidades, processos dinâmicos e complexos, consensual e socialmente

15 14 compartilhados, por meio dos quais o conhecimento científico é criado, compartilhado e utilizado. Ela compreende a fase inicial da pesquisa científica, vai desde a identificação do problema a ser estudado até a fase em que o conhecimento produzido é internalizado por outras pessoas. Leite (2007, p. 146) conceitua a comunicação científica como um fenômeno social segundo a atividade intelectual e criativa é passada dentro de uma comunidade. O autor ainda traz a perspectiva de Kaplan e Storer (p. 146) que entende que a comunicação cientifica relaciona-se com o compartilhamento de conhecimentos de cientistas em suas competências. Assim sendo, a comunicação científica oferece meios para a interação social de uma comunidade científica e contribui para a produção, disseminação e uso do conhecimento, o que é fundamental para o avanço da ciência (KURAMOTO, 2006). Esse processo explicita a forte relação entre a produção do conhecimento cientifico e o processo de comunicação. A comunicação científica tem como função a promoção de melhores resultados a questões específicas, estimulo à busca por novos conhecimentos, divulgação de novos resultados e tendências, avaliação da confiabilidade de novas ideias com a possibilidade de verificação, fornecimento de feedback para as produções, o registro da autoria e a preservação do registro do conhecimento científico (BAPTISTA et al, 2007). A forma mais tradicional e amplamente difundida de comunicação cientifica reconhecida atualmente é a comunicação por meio dos periódicos científicos. Nesse modelo o processo de comunicação se dá da seguinte forma: um(a) pesquisador(a) escreve um artigo relatando os principais resultados de seu estudo e discutindo o tema com outras(os) autoras(es) de sua área de conhecimento, este artigo é submetido para uma comissão editorial de uma determinada revista que avaliará o conteúdo e a forma do documento, quando o artigo é aceito pela comissão ele é publicado em um periódico científico e este, por sua vez, deve estar acessível para a sua comunidade científica. Esse meio de comunicação que em outros tempos representou grande avanço, principalmente por tornar dinâmico o processo de socialização do conhecimento entre pesquisadoras(es), atualmente tem sido questionado quanto a eficiência na rapidez da comunicação e nos resultados da visibilidade das informações que publica (LEITE, 2006; MUELLER, 2006; KURAMOTO, 2006;

16 15 COSTA, 2008). Segundo Baptista et al (2007), eles tem deixado a desejar em sua função primordial que é disseminação da pesquisa, principalmente nos países periféricos. Isto tem acontecido porque segundo Mueller (2006), as bibliotecas universitárias não tem conseguido arcar com os custos das assinaturas dos períodos de maior prestígio internacional. Essa questão foi amplamente verificada no final da década de 90 quando esse modelo de publicação entrou em crise. Kuramoto (2006) faz uma análise de como essas publicações foram encarecendo e tornando-se de difícil acesso por conta do preço das assinaturas. Os editores ou publishers dessas revistas, ao perceberem a valorização/reconhecimento de suas publicações, promoveram exagerada alta no preço das assinaturas de suas revistas. Em conseqüência, as bibliotecas de todo o mundo, assim como os próprios pesquisadores, vêm encontrando dificuldades na manutenção de suas coleções de periódicos científicos, e os pesquisadores, conseqüentemente, têm menos acesso a esse insumo para o desenvolvimento de suas pesquisas (p. 92). Segundo o autor, o aumento nos preços das assinaturas chegou a mais de mil por cento entre 1989 e O que resultou em menores lucros para as editoras e em maiores custos para as bibliotecas. O início dessa crise ainda é discutida pelas(os) estudiosas(os) da área, para Mueller (2006) a crise desse sistema vinha sendo anunciada desde a década de 70 e estoura, com o cancelamento das bibliotecas das assinaturas dos periódicos, em meados da década de As conseqüências dessa crise implicam diretamente nos processos de comunicação cientifica e na produção de conhecimento, uma vez que coloca barreias de preço e acesso muitas vezes intransponíveis pelas(os) pesquisadoras(es), principalmente dos países do sul. Embora este seja um fato facilmente observável e consensualizado na literatura que trata do assunto, a produção do conhecimento científico e comunicação científica ainda está fortemente ligada à forma tradicional de comunicação formal exercida através dos periódicos científicos, pois eles foram legitimados pela própria comunidade científica com o status de canais preferenciais para a certificação do conhecimento científico e para a comunicação autorizada da ciência e [ ] a atribuição de confirmar a autoria da descoberta científica (MUELLER, 2006, p. 27). No entanto, a partir desse período ganha destaque outras formas de comunicação científica que vem sendo discutida como formas alternativas ao modelo

17 16 tradicional. Em concomitância com o uso dos periódicos tradicionais, surgem, a partir da década de 90, as publicações científicas eletrônicas, como apresenta Mueller (2006, p. 32): Os periódicos eletrônicos de acesso livre começaram a aparecer no início da década de 90. São, em sua maior parte e assim como a grande maioria dos periódicos eletrônicos por assinatura, muito semelhantes, em aparência, ao modelo tradicional de periódico, com a importante diferença de serem acessíveis sem pagamento. Significam um ganho para o pesquisador em termos de acesso, conforto e presteza, mas não tanto em inovação, quando se considera a potencialidade do meio. Alguns títulos mantêm apenas a versão eletrônica para minimizar custos, e outros oferecem também uma versão impressa, paga. Esta crise demonstra a necessidade por um novo modelo de comunicação científica que garanta de fato a possibilidade de troca e a rápida transferência de informação para quem precisa. Partindo destes princípios o Movimento pelo Acesso Aberto a informação científica traça estratégias e iniciativas para este novo modelo Acesso Aberto à informação científica Os periódicos eletrônicos ganharam força com a popularização da internet, Sena (2007) considera que esse fenômeno incrementou a comunicação na ciência, trazendo mais rapidez e visibilidade nas trocas de informações. A esse processo ainda acrescenta que: Essa agilidade fez contrastar o tempo de produção e distribuição de revistas científicas impressas com a instantaneidade das publicações eletrônicas. No contexto atual, tornou-se evidente a morosidade do processo da comunicação científica tradicional em face da rapidez com que algumas áreas do conhecimento se desenvolvem e promovem a divulgação dos seus trabalhos. Soma-se a isso a questão da transferência dos direitos autorais para os editores, o que nem sempre corresponde aos interesses dos autores. A importância do processo de revisão feita pelos pares (peer review) e o tempo que isso requer algo muitas vezes limitador do processo de disseminação de novas idéias, favorecendo a formação de um círculo restrito de editores e autores também figura entre os fatores apontados por Sompel & Lagoze como elementos preconizadores de uma mudança de paradigma para a comunicação científica, em que os arquivos abertos e automatizados de e- prints aparecem como um modelo mais eqüitativo e eficiente para a disseminação dos resultados de pesquisa. (SENA, 2000, p. 72) O que a autora chama de mudanças de paradigmas para a comunicação científica é toda a movimentação, que se destaca a partir desse período, pelo acesso

18 17 aberto ao conhecimento científico. Essas movimentações se inserem no contexto das Iniciativas pelo Acesso Aberto, que surgem da reação da comunidade científica à privação de acesso aos insumos de seus trabalhos, ou seja, informação científica (KURAMOTO, 2006). Acesso aberto à literatura científica tem sido entendido como a possibilidade de uso de materiais em formato digital, sem que esse o acesso apresente custos, ou seja, limitado por permissões. Bapstista et al (2007, p. 5) define como acessibilidade ampla e irrestrita a conteúdos disponíveis em formato digital, no sentido em que remove barreiras de preço e de permissão, tornando a literatura científica disponível com o mínimo de restrições de uso. Stevan Harnad (apud Costa, 2008, p. 220) ressalta a noção de que acesso livre é o acesso completo ao documento e gratuitamente: [...] acesso livre (free) para o documento digital completo (não apenas partes ou metadados); não há graus de acesso livre (acesso a preços mais baixos não é acesso quase livre ), é imediato, é permanente e contínuo, é para qualquer usuário em toda web, não apenas para certos sites, domínios ou regiões; é a um click e não com limites manipuláveis. As articulações pelo acesso aberto além de trazer uma premissa básica para a comunicação científica, que é tornar acessível para os pares os resultados de pesquisas que possa ajudar no desenvolvimento de novas pesquisas, essas discussões são acompanhadas de estudos que provam que as informações em acesso livre estão consideravelmente mais visíveis do que as que têm seu acesso restrito. Nesse sentido, a visibilidade dos estudos são relacionados, segundo Baptista (2007), à aceleração do impacto que podem causar aumento da produtividade, progresso e recompensas. Além das questões práticas que aparecem nessa discussão, que é tornar mais efetivo o processo de comunicação formal da ciência, ampliar a visibilidade e retornos, potencializando assim o desenvolvimento de novos conhecimentos, surgem questões de gestão dos recursos públicos. Para autoras(es) como Fachin (2009), Mueller (2006) e Kuramoto (2006) a informação científica e técnica é um bem público, que influencia os processos de desenvolvimento social e tecnológicos, que incide na diminuição ou aumento das desigualdades sociais. A informação científica é um resultado dos processos de ensino e pesquisa, que em muitos lugares, como no Brasil, são majoritariamente financiadas com recursos públicos. Como destaca Mueller (2006), no Brasil todo o processo de

19 18 educação formal pode ser financiado pelo Estado, da educação infantil até a educação superior e que são as universidades públicas os grandes pólos pesquisa do país. Segundo a autora, essas pesquisas são, via de regra, financiadas por agencias de fomento federais ou estaduais, que podem subsidiar recursos até para os custos de publicação, caso haja. No entanto, quando um trabalho é submetido a uma revista é comum que os direitos de exploração da obra passem a ser da revista, que por sua vez irão comercializar aquele trabalho por meio de assinaturas de revistas impressas ou eletrônicas para as bibliotecas das universidades, onde é necessária a destinação de mais recursos públicos para manutenção das assinaturas. Por tanto, essa discussão também passa pela gestão dos recursos públicos na produção de conhecimento científico. Assim sendo, o mote do movimento mundial em favor do Acesso Livre a resultados de pesquisa, [...] é a disseminação ampla e irrestrita dos resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos (BAPTISTA et al, 2007, p. 2). Contudo, apesar das ações pelo acesso aberto ao conhecimento científico desenhar alternativas para esse modelo tradicional de comunicação, elas encontraram e ainda encontram barreiras para serem reconhecidas como legítimas. Como aponta Mueller (2006, p. 33) legitimidade foi negada às publicações eletrônicas porque prevalecia a crença de que apenas à publicação nos moldes tradicionais poderia ser atribuída autoridade para validação do conhecimento científico. No centro da questão, está o sistema de avaliação pelos pares. O sistema de avaliação pelos pares foi uma questão amplamente discutida nesse contexto porque tinha a expectativa que as ações pelo acesso aberto fosse capaz de estabelecer novas formas para a certificação do conhecimento científico. Era esperado que o fortalecimento das dinâmicas de comunicação, de forma democrática e direta entre as(os) pesquisadoras(es) fosse capaz de substituir a avaliação feita por um único grupo (MUELLER, 2006). A ideia era que os trabalhos, mesmo ainda em fases inicias e/ou ainda não publicados (pré-prints) fossem disponibilizados para a comunidade científica na qual o tema se insere e que esta comunidade traçasse comentários, avaliações e contribuições sobre o trabalho. Uma das formas de avaliação pensada para esse contexto foi por meio da análise de citação que o trabalho recebesse. No entanto esse sistema não recebeu a adesão das comunidades científicas da forma esperada.

20 19 Quanto a esse aspecto, da frustração quanto ao resultado obtido, é importante considerar que foram poucas e curtas as experiências analisadas. Atualmente, consideram-se ações que dialoguem com os tradicionais mecanismos de validação do conhecimento e ao mesmo tempo amplie a visibilidade da informação científica. O aumento da visibilidade dos trabalhos que estão em acesso aberto é analisado pelos trabalhos de Laurence e Antelman, ambos citados por Costa e Leite (2006). Segundo os resultados dessas pesquisas as citações a artigos onlines e abertos tiveram aumento de mais de 300% em relação a artigos publicados offline. Os aspectos informacionais do acesso aberto ao conhecimento científico referem-se aos aspectos formais da comunicação científica, com a publicação de resultados de pesquisas informação e aspectos informais do processo de comunicação conhecimento. Nos dois aspectos do acesso aberto, da informação ou do conhecimento, a promoção do acesso se dá de forma mais ampla e irrestrita, comparada ao sistema tradicional de comunicação científica (COSTA, 2008) Estratégias para o Acesso Aberto A primeira reunião internacional para a promoção do acesso aberto, Budapest Open Access Initiative, realizada em 2001, definiu dois caminhos para alcançar o acesso aberto a literatura científica, a via dourada e a via verde. A via dourada representa o acesso, sem restrições de uso, disponibilizado pelas próprias revistas científicas, ou seja, revistas científicas de acesso aberto. Já a via verde acontece pelo acesso aos artigos científicos por meio de repositórios institucionais de acesso aberto. Os repositórios institucionais (RI) é um dos objetos de estudo desse trabalho e será melhor abordado no próximo capítulo.

21 20 CAPÍTULO 3: REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS RI é uma base de dados de informações de conteúdo científico, apresentado de modo organizado e em linha, acompanhado de serviços de preservação da memória da instituição que o mantém e de ações para a ampliação da transferência do conhecimento científico. Leite define RI como (2009, p. 19) vários tipos de aplicações de provedores de dados que são destinados ao gerenciamento de informação científica, necessariamente, em vias alternativas de comunicação científica. Ele é dotado de funções e aplicações específicas a cada ambiente que o utilize. Outras definições de RI levantam a questão do armazenamento, preservação e disseminação da produção intelectual de uma instituição, como a apresentada por FACHIN (2009, p. 226) onde repositórios institucionais são sistemas de informação que armazenam, preservam, divulgam e dão acesso à produção intelectual de uma comunidade universitária e/ou de um grupo específico de instituição ou pessoas. A questão da preservação também é discutida pela autora por meio da citação de Drake (apud FACHIN, 2009, p. 228), a qual afirma que os repositórios institucionais estão sendo criados para controlar, preservar e manter os recursos digitais permitindo uma recuperação eficaz; da mesma forma que serve de arquivo para a história das instituições. Como já apresentada no capítulo anterior, os RI surgiram como um sistema alternativo à forma tradicional de comunicação científica e foram fortalecidos pelo Movimento pelo acesso aberto a informação científica que se baseia no princípio de que todos os resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos devem ser de livre acesso (KURAMOTO, 2006, p. 95). Esse novo modelo tinha propostas de se diferenciar do antigo pela formar de captura, administração, armazenamento e disponibilização da informação. Sua primeira representação concreta foi com a constituição de repositórios temáticos ou disciplinares. (BLATMMANN; WEBER, 2008, p. 324). Esse tipo de repositório é voltado para comunidades científicas específicas. Referem-se a determinadas áreas do conhecimento, de acordo com a comunidade que o mantém. Já os RI lidam com a produção científica de uma comunidade acadêmica. Eles são planejados e moldados dentro de uma constituição, devem ser flexíveis as peculiaridades das comunidades; armazenam conteúdos científicos ou acadêmicos

22 21 em texto completo e em formato digital, de forma acumulativa e permanente, o que lhes confere condições para preservar a memória institucional e disseminar livremente o conhecimento científico Características dos RI Os RI são bases de dados destinadas à organização da produção científica de determinada instituição. Existem diversas plataformas e metodologias para a criação destas bases de dados, no entanto existe uma tendência internacional para o uso do software Dspace e Eprints (VIANA; MÁRDERO ARELLANO, 2006). Independentemente da plataforma ou metodologia utilizada para a criação do RI eles deverão apresentar algumas características em comum, segundo Leite e Costa (2009) estas características são: Aberto e interoperável demanda padrões tecnológicos que garanta a interoperabilidade dos metadados. Possibilidade para o autoarquivamento de documentos. Cumulativo e perpétuo preservar a memória intelectual de uma instituição para garantir-lhe acesso amplo e irrestrito. Conteúdo cientificamente ou academicamente orientado necessariamente para publicações científicas. Do ponto de vista tecnológico a interoperabilidade, entendida aqui como a possibilidade de comunicação de dados entre máquinas, é uma das palavras-chave do acesso aberto e RI garantidos pela adoção do modelo arquivos abertos. A esta funcionalidade também é atribuída a possibilidade da ampla visibilidade dos conteúdos em ambiente de acesso aberto, já que a interoperabilidade de dados permite que outros sistemas de informação colete e distribua os dados nestas condições. Para Sena (2000) passa pela interoperabilidade entre os arquivos abertos a construção de um arquivo global para o acesso on-line. Segundo a autora (p. 75),

23 22 parte do futuro dos open archives depende dos avanços das tecnologias de informação e comunicação, especialmente da indústria de software, que hoje busca implementações que tentam aliar performance e interoperabilidade em diferentes ambientes. O autoarquivamento, por outro lado, consiste em a própria pessoa que produziu determinado material depositá-lo e realizar algumas etapas de identificação do conteúdo. Esse processo demanda a supervisão de uma equipe especializada, que além de orientar deve fazer o controle e integrá-lo de modo coerente no sistema. Para Mueller (2006) cabe aos repositórios a tarefa de gerenciar essas coleções e evitar que o material irrelevante seja depositado. No entanto, isso não significa que essas atividades substituirão as práticas de publicação tradicionais. Nesse sentido, Blattamann e Weber (2008) se posicionam, chamando a atenção para esse processo e afirmam que ele não representa ou substitui a publicação tradicional. Essa ideia também é sustentada por outros autores, que afirmam: [...] não se considera que a prática de publicar deva ser mudada, mas que a prática de arquivamento deva ser um suplemento à prática de publicação existente. Cada área do conhecimento deve ter uma prática de arquivamento diferente, por esta razão, a adoção dos periódicos de acesso livre e repositórios institucionais/temáticos devem ser adequados às práticas de cada comunidade científica. Adotando-se esse novo modelo de publicação, o trabalho que envolve a criação, manutenção e publicação de sistemas de arquivamento on-line é reduzido (LEITE; ARELLANO; MORENO, 2006, p. 91). Mesmo com toda a discussão que se tem sobre o autoarquivamento, esta ainda não é uma realidade para os RI brasileiros. O modelo de depósito que vigora nos RI são por meio de processos das próprias bibliotecas e quando muito pela secretaria dos departamentos das universidades. A biblioteca ou os departamentos se encarregam de selecionar as publicações científicas das(os) pesquisadoras(es) da instituição e armazenar o conteúdo na base de dado destinada. Contudo, apesar do autoarquivamento ainda não ser realidade no Brasil é importante que os sistemas de desenvolvimento de RI prevejam esta ação, já que é desejável que este sistema de informação caminhe para o autoarquivamento pelas(os) próprias(os) autoras(es). A preservação dos recursos digitais da instituição assim como o armazenamento através do arquivamento dá suporte aos repositórios para que estes cumpram seus objetivos de promover o acesso aberto ao conhecimento científico. Ao assumirem a responsabilidade de preservar a produção científica/intelectual de uma instituição criam condições para cumprir sua função principal que é o de estimular o

24 23 acesso ao que foi produzido dentro de determinado contexto para dessa forma aumentar a visibilidade e o reconhecimento da instituição Direitos autorais Outra questão muito discutida acerca do desenvolvimento de RI é a questão dos direitos autorais. Existem alguns temores de que com a ampla divulgação dos trabalhos acadêmicos se perca o controle quanto a garantia desses direitos. Para Costa (2008) o depósito não põe em risco o direito autoral já que é respeitada a propriedade sobre as licenças ou permissões de acesso e uso e o acesso amplo irrestrito só é permitido quando for devidamente autorizado. Visando resoluções para essa questão, Kuramoto (2006) discute modelos de autorizações que podem ser utilizados no momento do depósito, dessa forma, o material armazenado será apresentado junto com sua autorização. O autor ainda destaca duas condições que os repositórios precisam estabelecer para conseguir disponibilizar livremente o que lá foi depositado. São elas: 1. autores e detentores dos direitos de tais contribuições concedem a todos os usuários o seguinte: direito gratuito, irrevogável e irrestrito de acessá-las; licença para copiá-las, usá-las, distribuí-las, transmiti-las e exibi-las publicamente; licença para realizar e distribuir obras derivadas, em qualquer suporte digital e para qualquer propósito responsável, em obediência à correta atribuição da autoria (as regras da comunidade continuarão a fornecer mecanismos para impor a atribuição e uso responsável dos trabalhos publicados, como acontece no presente) e com a garantia de fazer cópias; 2. uma versão completa da obra e todos os materiais suplementares, incluindo uma cópia da licença, nos termos acima definidos, são depositados e, portanto, distribuídos em formato eletrônico normalizado e apropriado, em pelo menos um repositório que utilize normas técnicas adequadas (como as definições estabelecidas pelo modelo Open Archives) e que seja mantido por instituição acadêmica, sociedade científica, organismo governamental, ou outra organização estabelecida que pretenda promover o acesso aberto, a distribuição irrestrita, a interoperabilidade e o arquivamento a longo prazo (KURAMOTO, 2006, p. 19). Ciente de que a questão dos direitos autorais nos RI pode ser um grande entrave para o seu desenvolvimento, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) mantém um serviço para a gestão de direitos autorais nos RI

25 24 chamado Diadorim 1. Este serviço consiste em um diretório onde os Editores das Revistas Científicas brasileiras informam sua permissão ou não para o depósito de seus artigos em RI e suas condições de uso. No Diadorim as(os) gestoras(es) de RI têm acesso, de forma fácil, às informações sobre permissões estabelecidas pelos Editores. Já para a questão do plágio, decorrente do não respeito à propriedade intelectual, parece haver consenso entre estudiosas(os) da área que a disseminação ampla do material pode ajudar no combate a cópia de ideias indevidas. Isso porque com o amplo acesso texto original, este terá mais possibilidade de ser conhecido, o que pode dificultar o uso de ideias sem a citação da fonte. Ou seja, os RI à medida que promovem a visibilidade dos conteúdos, reafirmam sua autoria (COSTA, 2008) RI e a comunicação científica Os RI são reconhecidos como instrumentos confiáveis e eficazes para a implantação de gestão do conhecimento e da comunicação científica, principalmente com o uso de tecnologias de informação e comunicação (FACHIN, 2009) e estão no centro das discussões que buscam novas alternativas para a comunicação científica. No contexto das universidades, eles têm potencial para retomar para estas o controle da produção do conhecimento e ameaçam a hegemonia das editoras comerciais de periódicos científicos. Segundo Crow (apud LEITE; COSTA, 2006, p. 213) cabe aos RI a centralização, preservação a disseminação do capital intelectual da instituição, ao mesmo tempo em que compõem um sistema mundial de repositórios que são interoperáveis e fundamentam um novo modelo de publicação científica. Os repositórios ainda suportam uma diversidade de tipologia de materiais muito ampla, a depender dos objetivos traçados pela instituição. 1 diadorim.ibict.br

26 25 No entanto, ainda existem diversos desafios que se colocam para o amplo desenvolvimento dos RI, como os apresentados anteriormente. Diante desse contexto, os repositórios enfrentam muita resistência por parte da comunidade acadêmica, como foi discutido anteriormente, devido ao receio do plágio, do não respeito aos direitos autorais e da falta de certificação do material disponível. Contudo, segundo Mueller (2006) é primordialmente uma questão cultural, o apego às centralizadoras formas de comunicação científica e a falta de estímulos para o uso dos repositórios que tem restringido seu uso e desenvolvimento. Nesse sentido, se faz necessário uma postura organizacional de incentivo a transferência de conhecimento entre pessoas de uma instituição, principalmente no caso das universidades, conforme apontaram Leite e Costa (2006, p.) é necessária a explicitação de políticas e diretrizes institucionais que fundamentem uma orientação e cultura direcionada para a transferência do conhecimento científico. O apoio institucional declarado por meio de políticas institucionais e investimentos é fator fundamental para o sucesso de um RI. Além de possibilitar condições materiais para o desenvolvimento desse serviço, será uma referência para a caracterização do sistema e suas adaptações ao ambiente. Tradicionalmente a área do conhecimento que estuda os processos de transferência da informação e comunicação científica é a Ciência da Informação (LE COADIC, 1996), assim sendo, os novos cenários da comunicação científica levaram a Ciência da Informação estudar seus novos processos e instrumentos. Nesse sentido, a área apresenta uma ampla literatura científica sobre os RI como instrumento de armazenamento e disseminação da informação científica e gestão do conhecimento.

27 26 CAPÍTULO 4: CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA Segundo Souza e Stumpf (2009) a Ciência da Informação (CI) é uma área interdisciplinar por natureza que trata de questões voltadas para a geração, comunicação e apropriação de conhecimento. Por abranger processos de várias áreas do conhecimento a CI possui diversas metodologias e técnicas para a coleta, tratamento e recuperação da informação. Por este motivo e por ser uma ciência relativamente nova, segundo as autoras, a CI apresenta certa dificuldade em se enquadrar enquanto área do conhecimento. Segundo Oliveira (2005) o documento de avaliação e perspectiva das áreas do conhecimento do CNPq de 1983 definiu a CI como o campo mais amplo de propósitos investigativos e analíticos, interdisciplinar por natureza, que tem por objetivo o estudo dos fenômenos ligados à produção, organização, difusão e utilização de informações em todos campos do saber (p. 17). Neste universo a Biblioteconomia mostra-se como uma disciplina voltada para a aplicação das técnicas. A autora sintetiza esta relação apresentando a CI como um conjunto de teorias e práticas e, como campo científico, produz intercâmbio com outras disciplinas. Uma delas é a Biblioteconomia, área com a qual ela tem falado mais de perto, pelo menos na realidade brasileira (p.21) História da Biblioteconomia no Brasil Esta perspectiva representa a forma como a Ciência da Informação e a Biblioteconomia vem sendo conduzida em vários países, inclusive no Brasil. A Biblioteconomia teve seu desenvolvimento diretamente relacionado com o surgimento e aperfeiçoamento de bibliotecas, enquanto que a CI esteve mais ligada ao desenvolvimento de comunidades científicas e produção científica na academia. De acordo com Castro (2000), o primeiro curso de Biblioteconomia no Brasil foi criado em 1911 pela Biblioteca Nacional (BN) e tinha como objetivo sanar as dificuldades existentes na biblioteca quanto a qualificação de pessoal. No entanto

28 27 Barreto e Souza (2008) lembram que a trajetória da Biblioteconomia no Brasil se constituiu a partir da vinda forçada da Corte Portuguesa, em 1808 e que é a partir da instalação da Biblioteca Real Portuguesa que é criada a BN. As aulas de Biblioteconomia na BN só iniciaram-se de fato em 1915 e funcionaram regulamente até 1922, quando tentaram, sem sucesso, substituir este curso por um Curso Techico 2, com o objetivo de profissionais para trabalharem em bibliotecas, arquivos e museus (CASTRO, 2000). Esse curso não aconteceu em razão da recusa dos docentes do antigo curso da BN e da lei dos adidos, que determinava o aproveitamento de funcionários em disponibilidade, para assumir as funções desses profissionais da informação [...] foi restabelecido o antigo curso da BN com as mesmas diretrizes curriculares do anterior (BARRETO; SOUZA, 2008, p. 47) As diretrizes curriculares do curso abrangiam disciplinas teóricas-práticas, com a intenção de formar profissionais que dominassem conhecimentos sobre cultura geral, saberes universais de diversos campos do conhecimento, diversos idiomas, principalmente inglês, francês e latim (BARRETO; SOUZA, 2008). Para as autoras, é notável a influência da cultura erudita européia no inicio do processo da formação profissional em CI. No decorrer do processo estas orientações sofrem influência pela trajetória do ensino em São Paulo com a construção da biblioteca do Mackenzie College, em Neste ambiente influenciado ela moderna pedagogia americana, é implantado, pela primeira vez no Brasil, o modelo pragmático de ensino de Biblioteconomia e de organização de biblioteca, que vinha em consonância com a modernidade de ensino adotado pelo Mackenzie. (CASTRO, 2000, p. 65) Segundo Russo (2010) já a primeira Escola de Biblioteconomia brasileira, criada em 1930 por Rubens Borba de Moraes, em São Paulo, trazia forte orientações americanas. As Escolas de Biblioteconomia relacionadas diretamente à uma biblioteca duram até a década de 60, quando os cursos de graduação em Biblioteconomia são incorporados nas universidades. Para Mueller (1988), com a criação de cursos de graduação desta área em universidades, a profissão foi elevada à condição de nível superior. De acordo com autora, nesta época teve que ser estabelecido um currículo 2 Nome dado ao curso em 1921.

29 28 mínimo para os cursos, definindo assim a identidade inicial da Biblioteconomia brasileira Ensino da Biblioteconomia no Brasil Assim o ensino da Biblioteconomia foi sendo desenhado de forma a partir da experiências concretas para por meio da investigação científica aprimorar suas técnicas e práticas. Sobre este processo Souza (2010) conclui que: a educação bibliotecária, feita através da educação universitária, lida com o conhecimento que torna possível: a) a comunicação pedagógica do conhecimento atual, em dado momento históricosocial, e as experiências próprias da profissão de bibliotecário em dado contexto de ação, e b) a produção de conhecimento novo pela construção de questões que, submetidas aos critérios de elaboração científica, possam levar ao processo de compreensão e explicação da realidade existente e possa atribuir novos significados e, portanto, outras possibilidades de progresso futuro para o conjunto das atividades profissionais. (p. ) Assim surgem e são definidos os curso de graduação em Biblioteconomia, a única forma legal para obtenção do diploma que habilita para a profissão de bibliotecária(o). No entanto, Mueller (1988) chama a atenção para o fato de que este não o único curso para a formação de profissionais na área, já que existem os cursos técnicos, onde só é necessário o ensino médio e os cursos de pós-graduação, que podem ser feitos por pessoas graduadas em outras áreas. Ainda sobre os rumos do ensino da Biblioteconomia no Brasil, Souza apresentou em 2010 os resultados de sua investigação sobre o ensino da área e sua dimensão curricular a partir dos documentos da Associação Brasileira de Ensino em Biblioteconomia e Documentação (ABEBD). Neste estudo o autor reconhece a área como um espaço de interdisciplinaridade com necessidade de delimitações. A representação do Ensino, obtida nos discursos analisados, exibe um segmento de ação dotado de complexidade, sendo, de um lado, um espaço de interdisciplinaridade e, de outro lado, uma atividade que necessitava de que se levasse em conta as diferentes realidades institucionais e regionais, com que operava. [...] Os documentos da ABEBD entendem, conscientemente ou não, o ensino como um processo integrador de múltiplos conhecimentos e, portanto, de conhecimentos concebidos em lugares e momentos distintos. (SOUZA, 2010, p. 251)

30 29 Outra pesquisa nesse sentido foi publicada por Dias, Pitella e Pontello em 1996 sobre a avaliação e importância da literatura didática no ensino da Biblioteconomia. Neste trabalho os autores constataram a carência de textos de natureza didática em língua portuguesa e que por isso a qualidade do ensino é de alguma forma comprometida, se aceita a premissa de que o texto didático é instrumento importante no processo de ensino (p.159). Também foi constatado que muito dos documentos utilizados para fins didáticos no ensino de graduação da Biblioteconomia estavam ultrapassados e necessitavam serem revistos. Como resultado desse trabalho foi apresentada a Tabela 1 que indica a predominância da literatura didática no ensino da biblioteconomia. Tabela 1: Formato da bibliografia utilizada nos cursos de Biblioteconomia Fonte: DIAS; PITELLA; PONTELLO, 1996, p.165 Como pode ser observado nos dados da tabela o artigo de periódico, seguido do livro representa quase que 90% das fontes dos materiais didáticos no ensino da Biblioteconomia. No estudo de Dias, Pintella e Pontello concluiu-se que quase não existe material produzido especificamente para uso no ensino e que, portanto o material utilizado para esta finalidade são os produtos primários da comunicação científica já estabelecida nas comunidades científicas e acadêmicas. Os artigos ainda possuem a vantagem, em relação aos livros, por representar uma comunicação mais dinâmica e rápida, apresentando maiores possibilidades de atualização das discussões e conseqüentemente do material usado para fins didáticos. Considerando as discussões da literatura científica da área sobre materiais para uso didático no ensino da Biblioteconomia, mostra-se necessário estudos que

31 30 visem aperfeiçoar este processo. Neste sentido, existe a expectativa de que a socialização de livros, trabalhos apresentados em eventos, teses, dissertações e principalmente artigos de periódicos seja realizada de maneira satisfatória pelos RI. Para investigar como tem sido o uso desta ferramenta na socialização do conhecimento científico, este trabalho realizou uma pesquisa com as(os) docentes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Escola de Biblioteconomia e Documentação da UFBA A Biblioteconomia na Bahia tem seu surgimento relacionado à Bernadette Sinay Neves, que em 1939 foi nomeada para o cargo de bibliotecária da Escola Politécnica. Como a recém bibliotecária não havia tido formação técnica nesta área ela foi encaminhada para o Rio de Janeiro para qualificar-se na BN. Bernadette voltou à Bahia, em 1942 e iniciou o curso de Biblioteconomia na Bahia. Em 1948 é criada a Escola de Biblioteconomia baiana, com fortes tendências da Biblioteconomia carioca e paulista (BARRETO; SOUZA, 2008). A partir de então a Escola vai se aproximando da Universidade da Bahia (UFBA), criada em 1946, até que em 1954 a Escola de Biblioteconomia integrou-se à UFBA. Quando a Escola federaliza-se na UFBA ela abrange sua área de investigação e cobertura temática, tornando-se a Escola de Biblioteconomia e Documentação (BARRETO; SOUZA, 2008). Para as autoras, este fato trouxe novas perspectivas para a área, conferindo maio visibilidade na sociedade baiana. O currículo do curso de Biblioteconomia e Documentação foi reformulado em 1996 e fora criado o Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação em 1997, dando início ao Mestrado em Ciência da Informação, e, em 1998, foi criado o Curso de Graduação em Arquivologia. Todos estes eventos permitiram que a então Escola de Biblioteconomia e Documentação fosse promovida à Instituto de Ciência da Informação (ICI) (TOUTAIN, 2007). Para Toutain (2007), professora e diretora do ICI, o curso de Biblioteconomia na UFBA foi criado objetivando atender à demanda da sociedade pela formação de profissionais alinhados com a visão, os conceitos e o papel proeminente que a

32 31 informação alcançou como elemento agregador de valor econômico e fator de desenvolvimento organizacional e social (p.1). Atualmente, o ICI oferece cursos de graduação em Biblioteconomia e em Arquivologia e curso de pós-graduação de mestrado e doutorado em CI. Os cursos de graduação têm duração média de oito semestres e apresentam em sua matriz curricular tantos as disciplinas mais tradicionais do curso quanto às novas abordagens e técnicas. O ICI-UFBA além de ter reconhecimento nacional pelo curso de graduação em Biblioteconomia e pós-graduação em CI, recentemente a UFBA recebeu o Prêmio IBICT de Repositórios 3 por ter alcançado o maior número de depósitos de artigos científicos em seu repositório institucional no período de maio a outubro de Para a realização desta premiação foram analisados os repositórios institucionais de mais de trinta instituições de ensino superior e centros de pesquisa. No RI da UFBA 4 além de estar disponível um grande acervo de artigos científicos produzidos pelas(os) pesquisadoras(es) da instituição, também estão disponíveis alguns livros editados pela Editora da UFBA e produzidos pelas(os) docentes da instituição. Pelos motivos apresentados acima a UFBA foi selecionada para ser o ambiente de pesquisa deste estudo. Como já discutido o objetivo do trabalho é analisar em que medida os repositórios institucionais tem sido usados pelas(os) docentes do curso de Biblioteconomia, como ferramenta para a socialização do conhecimento. Assim sendo, no cenário atual a UFBA apresenta as melhores condições para tal investigação

33 32 CAPÍTULO 5: METODOLOGIA O trabalho proposto é uma pesquisa descritiva que busca analisar o uso dos RI, pelas(os) docentes do curso de Biblioteconomia da UFBA, como um instrumento para a socialização do conhecimento científico formal. A pesquisa descritiva, segundo Cervo (1996) corresponde ao conjunto de processos de observação, registro, análise e correlacionamento de fatos ou fenômenos sem manipulá-los, para a realização deste tipo de pesquisa é necessário o levantamento de dados sobre o ambiente a ser analisado (chamado pelo autor de habitat natural). Para tanto, Cervo (1996) afirma que a pesquisa descritiva pode assumir a forma de: estudo exploratório, estudo descritivo, pesquisa de opinião, pesquisa de motivação, estudo de caso e pesquisa documental; se valendo de instrumentos de coleta de dados que podem ser entrevista e questionário. Neste estudo a pesquisa descritiva sobre o problema foi analisado acompanhado de uma pesquisa bibliográfica sobre as perspectivas de conhecimento científico e seu processo de comunicação, assim como o uso dos RI para esse fim. Segundo Cervo (1996) a pesquisa bibliográfica tenta explicar um problema a partir de referenciais teóricos que já foram publicados e legitimados, desta forma, este tipo de pesquisa busca analisar as contribuições científicas do passado para entender e otimizar as práticas do presente. Para a análise da situação apresentada neste trabalho foi realizado um levantamento de dados com as(os) docentes do curso de Biblioteconomia da UFBA por meio de um questionário. Foi utilizada uma abordagem qualitativa para a análise dos dados, de forma a permitir que as informações sejam interpretadas considerando suas especificidades. A abordagem qualitativa, segundo Minayo e Sanches (1993) é a forma de analisar determinada situação de modo a tratar com intimidade o sujeito e o objeto, uma vez que ambos sejam da mesma natureza. No caso deste estudo, o sujeito são as(os) docentes do curso de Biblioteconomia da UFBA, o objeto de análise são os RI e a relação de proximidade entre estes dois elementos foi discutida nos capítulos anteriores. Os procedimentos metodológicos podem ser estabelecidos como os que se seguem abaixo:

34 33 Etapa 1 Revisão de literatura sobre os tópicos fundamentais ao tema: Conhecimento científico e ensino superior. Este tópico é fundamental e inicial à discussão porque relaciona as abordagens de produção e consumo de conhecimento científico com o universo do ensino superior. Comunicação científica e acesso aberto à informação científica. A comunicação científica é entendida como o processo que engloba as dinâmicas de socialização do conhecimento científico. Este processo é analisado por este trabalho considerando as novas discussões e tendências sobre o assunto acerca do acesso aberto. Repositórios institucionais. Este é o objeto de análise deste trabalho, pois é apontado pela literatura científica como um dos possíveis instrumentos para a socialização do conhecimento científico e está no centro das discussões sobre o acesso aberto à informação científica. Ciência da Informação e Biblioteconomia. O tópico é necessária à esta abordagem porque é a área de análise da investigação e é a área do conhecimento que tem participado das discussões sobre os RI como instrumento de socialização do conhecimento científico. Socialização do conhecimento científico na academia pelo uso dos RI. Para a discussão deste tópico são apresentados os dados resultantes da investigação. Etapa 2 Coleta de dados. O levantamento de dados acontecerá por meio da aplicação de questionário às(aos) professoras(es) do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal da Bahia.

35 34 Etapa 3 Análise dos dados e resultados. Mediante a análise dos dados pretende-se sistematizar um diagnóstico da situação do uso dos RI como instrumento de socialização do conhecimento científico no curso de Biblioteconomia.

36 35 CAPÍTULO 6: ANÁLISE DOS RESULTADOS: USO DOS RI NA SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO NO ENSINO DA BIBLIOTECONOMIA Para avaliar o uso dos RI na socialização do conhecimento científico no ensino da Biblioteconomia foi realizada uma investigação sobre como as(os) docentes do curso entendem e usam este instrumento. As(os) docentes selecionadas(os) para a pesquisa foram as(os) vinculadas a UFBA foram pelos motivos expostos no capítulo seis. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário eletrônico 5, enviado para o endereço eletrônico das(os) todas(os) docentes que constavam na lista do ICI-UFBA disponível na página web do instituto. A referida lista é composta por 22 docentes, cada nome é seguido de um texto de apresentação acadêmica e informações para contato. O questionário eletrônico foi elaborado com o auxílio da ferramenta Google Docs para formulário, desta forma, o documento gerado é para o preenchimento online e as respostas alimentam automaticamente uma planilha. O questionário enviados está anexado à este documento (APÊNDICE 1) e seu endereço eletrônico é o apresentado na nota de roda pé desta página. O envio deste questionário foi acompanhado pela carta de encaminhamento do Núcleo de Pós-Graduação da Faculdade Alvorada, de um texto de apresentação da pesquisa e justificativa do estudo e uma versão do questionário para o preenchimento offline (APÊNDICE 2). A opção para o preenchimento de um documento de texto offline foi dada para o caso de haver algum problema no acesso ao questionário eletrônico, no texto havia instruções para a escolha de uma das opções. O questionário da pesquisa é composto por onze questões sobre a formação da(o) docente, seu conhecimento e freqüência de uso do RI e opiniões sobre a ferramenta, cada questão será melhor abordada no decorrer deste capítulo. Todas as questões foram elaboradas como perguntas duplas, ou seja, perguntas que apresentam características de perguntas fechadas, com pelo menos duas opções de respostas com texto já estipulado pela pesquisa e perguntas abertas, por umas das opções de resposta ser aberta. Apesar de ter sido dada esta opção de resposta 5 =0

37 36 aberta, nenhuma das respostas, por nenhum(a) participante desta pesquisa utilizou a opção de resposta aberta. No período de cerca de um mês, prazo estipulado para a resposta à pesquisa, sete docentes atenderam a solicitação e contribuíram com a investigação. Seis docentes responderam via questionário eletrônico e uma docente preencheu o formulário offline e o encaminhou por . O software utilizado para a aplicação dos questionários online disponibiliza um relatório com o resumo dos dados obtidos, estes relatórios estão disponível no final deste documento (ANEXO 1). As respostas serão analisadas a seguir Perfil das(os) docentes Para ser docente no curso de Biblioteconomia no ICI-UFBA é estipulado como requisito mínimo o título de mestre em Ciência da Informação. Do grupo que respondeu à pesquisa, mais de 70% possuíam apenas o mestrado (Gráfico 1) e ministram aula a menos de seis anos na área (Gráfico 2). Estes resultados permitem inferir que a maior parte das(os) docentes são relativamente novas(os) na área se comparadas(os) ao grupo com título de doutorado e cerca de 20 anos de experiência na docência da CI. Gráfico 1: Grau de formação Fonte: Elaboração própria

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