Argumentar é fundamentar, justificar, validar nossas opiniões. Uma resposta argumentativa é uma minidissertação: na introdução,

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1 PAS 1ª ETAPA- - Processo de Avaliação Seriada PAS Profª Sônia Targa Redação A Prova de Redação exigirá do candidato a produção de dois a quatro textos em determinados gêneros textuais. A lista dos gêneros textuais é divulgada com antecedência e, periodicamente, sofre mudança,antendo parte dos gêneros textuais solicitados. A Prova de Redação é o principal instrumento de avaliação da capacidade de pensar, compreender e de expressar-se por escrito sobre um determinado assunto, além de oferecer elementos que permitam avaliar o domínio e o conhecimento dos mecanismos da norma padrão culto da língua escrita. A seguir, a lista dos gêneros textuais para a produção da redação nesta primeira edição do PAS-UEM. Prova da 1.ª SÉRIE 1. Resposta de questão interpretativa-argumentativa. 2. Relato. 3. Resumo. 4. Bilhete. 5. Carta pessoal. 01- Resposta de questão interpretativa/ argumentativa RESPOSTA ARGUMENTATIVA Argumentar é fundamentar, justificar, validar nossas opiniões. Uma resposta argumentativa é uma minidissertação: na introdução, sua tese ou opinião; no desenvolvimento, seus argumentos e na conclusão, a reafirmação de sua tese e sua proposta de intervenção e/ou uma observação final. A coletânea de recortes de textos abaixo, retirados de fontes variadas, aborda a temática Brincadeiras de criança. Tendo-a como apoio, redija os gêneros textuais solicitados. Brincadeira é Coisa Séria! As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também são uma forma de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas. Brincar (...) para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados.essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das idéias, de uma realidade anteriormente vivenciada. (...)Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. (BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, p )

2 O valor de uma brincadeira Brincar é uma das atividades mais importantes para o desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças. O faz-de-conta permite que os pequenos experimentem viver como diferentes personagens pai, mãe, filho, avô. A fantasia e a imaginação são essenciais para aprender mais sobre o relacionamento entre as pessoas. Preocupação demais, brincadeira de menos Cerca de 70% das brasileiras ouvidas consideram que se sujar e entrar em contato com vermes é uma experiência valiosa para os pequenos. Ainda assim, elas evitam os espaços públicos. Brincar com terra, areia e água, ao contrário do que muitas mães imaginam, torna o sistema imunológico das crianças mais resistente. Além disso, como bem reconhecem as mães entrevistadas nesta pesquisa, brincar em parques e praças é a atividade que melhor proporciona a formação de vínculos com o filho. (Veja, edição 2020, 8 de agosto de 2008.) Brincadeira de criança Autora: Claudia Liz Hoje fui brincar de roda / Na calçada pula corda / E também amarelinha / Eu a Paula e a Julinha. / Lá no muro contei dez / Todo mundo se escondeu / Corre aqui corre acolá / E o João Pedro se perdeu / Na ciranda cirandinha / Nossa roda bem grandinha / Pras meninas passa anel / Pros meninos figurinha / Todas essas brincadeiras / As crianças sempre gostam / Com carinho e alegria / No sorriso sempre mostram. Estatuto da Criança e do Adolescente Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: (...) IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; (...) GÊNERO TEXTUAL A partir das informações da coletânea de textos, redija, em até 10 linhas, uma resposta argumentativa à pergunta Por que brincar é um direito da criança?. Sua resposta não deve apresentar cópias de partes dos textos.. RESPOSTA INTERPRETATIVA - Interpretar é reproduzir o conteúdo de um texto, de maneira resumida, parafraseando-o. Vejamos um exemplo de questão interpretativa: Em posição proeminente encontramos a Europa (...) Está retratada com vestes de soberana, com co roa e cetro, e segura um globo imperial (...) À esquerda uma princesa oriental ornada de jóias (...) personifica a Ásia das especiarias; em frente, do outro lado, a

3 África tem o aspecto de uma negra po bremente vestida (...) A América reconhece-se na mulher impudicamente nua (...) com a cabeça de um homem sentado na mão (...) a indicar que se alimenta de carne humana (...) na ignorância de qual quer forma de organização civil e política. Ao lado está uma cabeça feminina que se ergue sobre um pedestal, a Oceania, Justamente privada de corpo porque o continente austral era então quase completamente 'terra incógnita'. Questão: Interprete, do ponto de vista da cultura europeia, as imagens dos continentes que compõem o Atlas. Aqui, o enunciado pede uma interpretação, do ponto de vista da cultura europeia, da des crição que o historiador Jacques Lê Goff faz de um Atlas de Lendo tal descrição e relacionando-a com o momento histórico a que se refere o século XVI podemos interpretar as "imagens" dos continentes como as "imagens" do mundo mercantilista, mas também do mundo renascentista de valorização do homem perante o domínio da Igreja. Repare que interpretar se parece com comentar: em ambos os casos, é necessário discutir o que foi lido, a partir de um determinado contexto, dado pelo enunciado. Quando se comenta, entretanto, opina-se a respeito do lido, faz-se considerações pessoais mesmo que direcionadas, enquanto quando se interpreta, procura-se reproduzir o conteúdo do texto, procura-se entendêlo resumindo-o, parafraseando-o ou associando-o ao contexto dado pelo enunciado. Novíssimo curso vestibular. Interpretação de texto. Literatura. Emílio Amaral e Severino Antônio. A seguir, apresentaremos uma prova em que a UEM solicitou a redação de uma resposta interpretativa. Se julgar conveniente, desenvolva-a. EXEMPLO DE EXERCÍCIO- A coletânea de textos abaixo, retirados de fontes variadas, aborda a temática As funções dos sonhos. Tendo-a como apoio, redija os gêneros textuais solicitados. Mundos dos sonhos O que é o sonho, como se manifesta e qual a sua função? Por que sonhamos e o que acontece enquanto sonhamos? Essas questões suscitam debates e pesquisas há milhares de anos. Desde o Egito antigo, no tempo dos faraós, o sonho já era objeto de estudos. Na Grécia, os famosos templos de Asclépios (deus da medicina) recebiam pessoas em busca de conselho e cura, muitas vezes atribuída à ajuda dos sonhos. Estado de Minas, 11/4/2005. Sonhar é preciso Mais de 100 anos depois da psicanálise de Freud, pesquisadores afirmam que sonhar é uma necessidade biológica, capaz de indicar também como funciona a memória humana. Sonhar é essencial à vida. Sem o sonho, morreríamos. A frase poderia ser creditada a um poeta ou a um escritor, mas é do pesquisador Sérgio Tufik, diretor do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). (...) Os motivos que levam o ser humano a sonhar e qual a função dos sonhos na nossa vida, no entanto, ainda não foram desvendados. Mas o estudo dos sonhos revelou, por exemplo, o fato de que temos uma consciência, quando estamos acordados, e outra, que parte dos especialistas prefere chamar de não-consciência, quando dormimos. É nessa hora que a nossa memória entra em prática, colocando em seqüência uma série de situações que vivemos durante o dia. ( O que dizem os sonhos

4 Claudia Jordão e Jonas Furtado Nós nos iludimos no dia-a-dia, trabalhamos com o que e com quem não gostamos, temos que nos enquadrar nos padrões da sociedade. Os sonhos ajudam a mostrar quem somos na essência, são um caminho para o autoconhecimento, para a nossa verdade mais profunda, afirma Kwasisnki, psicólogo e professor de mitologia. (...) O sonho é uma simulação do futuro possível com base no passado conhecido, resume Sidarta Ribeiro, o neurocientista e diretor científico do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra, em Natal, Rio Grande do Norte. (...) De importância comprovada para o fortalecimento da memória, os sonhos começam a ter seu papel reconhecido também na reestruturação dela, de forma a gerar novos comportamentos. Ou seja: sonhar estimula a criatividade. Durante o sono de ondas lentas, não há sonhos, apenas pensamento no escuro. Quando aumenta a atividade neural e as memórias começam a interagir, é como se acendesse a luz do projetor e começasse a sessão cinema, compara Ribeiro.(ISTOÉ, n.º 2011, 21 de maio de 2008) Sonhos Por Isaac Ismar. 16/8/2007 A psicóloga Tatiana Vasconcelos Cordeiro explica que, para a psicanálise, o sonho é um meio pelo qual o inconsciente procura alertar a consciência para o que ela não percebe ou não quer aceitar, e tenta, por compensação, equilibrar a psique, a totalidade de fenômenos psíquicos. Os sonhos trazem à tona os complexos e sugerem alternativas para a consciência, cujo centro é o ego, realizar o que a pessoa é potencialmente. Ou seja, os sonhos são avisos, afirma a psicóloga. ( Sonhar Sonhar é transportar-se em asas de ouro e aço / Aos páramos azuis da luz e da harmonia; / É ambicionar o céu; é dominar o espaço, / Num vôo poderoso e audaz da fantasia. / Fugir ao mundo vil, tão vil que, sem cansaço, / Engana, e menospreza, e zomba, e calunia; / Encastelar-se, enfim, no deslumbrante paço / De um sonho puro e bom, de paz e de alegria. / É ver no lago um mar, nas nuvens um castelo, / Na luz de um pirilampo um sol pequeno e belo; / É alçar, constantemente, o olhar ao céu profundo. / Sonhar é ter um grande ideal na inglória lida: / Tão grande que não cabe inteiro nesta vida, / Tão puro que não vive em plagas desse mundo. (KOLODY, Helena. Viagem no espelho e vinte e um poemas inéditos. Curitiba-PR: Criar Edições, 2001) GÊNERO TEXTUAL O poema de Helena Kolody apresenta algumas funções dos sonhos mostradas nos fragmentos da coletânea. Redija, em até 15 linhas, uma resposta interpretativa, que indique quais são as funções dos sonhos presentes no poema e relacione,pelos menos, duas delas com os fragmentos dos textos da coletânea. 02-Relato O que é relatar? Sabe-se que o termo relatar pode assumir várias acepções, mas em geral entende-se que o relato, na realidade, está ligado ao domínio social da comunicação, voltado à documentação e memorização das ações humanas, exigindo uma representação do discurso de experiências vividas situadas no tempo (relatos de experiências: diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, biografias, relatos históricos, testemunhos etc.). Os textos aqui enquadrados são aqueles que documentam fatos e memorizam ações humanas. Os textos da ordem do relatar e do narrar, tipologicamente falando são narrativos e se diferem pela presença ou ausência do clímax. Também se pode depreender que relatar é: Apresentar as informações básicas de um evento específico, expor fatos, narrar, contar um ocorrido de forma que o leitor ouvinte possa reconstruir o fenômeno sem se desviar da verdade.

5 No relato exploram-se os 6 elementos narrativos: Quem? Onde? Quando? Como? O quê? Por quê? Linguagem: o foco está na ação ocorrida, logo cuide para que os verbos estejam no passado. LEIA QUE É IMPORTANTE RELATO - Relatar é representar pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. Exemplo de relato de experiência Como fazer um pequeno filme em inglês Autor: André da Silva Ramos Disciplina: Língua Inglesa Série: Ensino Fundamental Tive a oportunidade de desenvolver um trabalho em outra escola antes de trabalhar no Educacional Compact. Levei um filme para os alunos assistirem com a finalidade de passar a história relatada para a vida real. De certa forma, fiquei um pouco preocupado no início, pois vi que seria um desafio enorme fazer com que todos eles falassem em uma encenação contendo o texto inteiro em inglês. Primeiramente, assistimos ao filme. Depois, selecionei cenas fundamentais dele que, após serem unidas, formariam uma espécie de curta do original. Dividi a turma em grupos, de acordo com o número de personagens de cada cena. Feito isso em sala, pedi aos grupos que se reunissem durante a semana com o intuito de rever o filme, dando ênfase à cena selecionada para eles (é interessante escolher cenas que não ultrapassem três minutos e que todos tenham pelo menos uma participação oral). Uma semana depois, os alunos transcreveram a fala de cada um em inglês e português (com ajuda do DVD). Em sala, fizemos algumas adaptações nos textos, e eles aproveitaram para ensaiar e esclarecer dúvidas com relação à pronúncia. Pedi que assistissem ao filme novamente, dessa vez dando ênfase à pronúncia, entonação e expressão corporal. Depois de duas semanas, os alunos trouxeram tudo pronto. Fiz um pré-ensaio em sala e, na aula seguinte, apresentamos o trabalho. Um dia antes da apresentação, convidei um grupo de estudantes a me ajudar na montagem de um pequeno palco. Os alunos vieram vestidos com roupas características de seus personagens, e fizemos uma filmagem. Muitos ficaram nervosos diante da câmera. Já que se tratava de um pequeno filme, não poderia haver erros grosseiros. Mas tudo deu certo. Fizemos a edição do filme e assistimos a ele juntos. Para mim, foi uma atividade de grande proveito. Envolvemos de uma vez só fundamentos da Língua Inglesa como speaking, writing e listening. Para realizar essa atividade, são necessárias paciência, calma e muita dedicação para com os alunos que têm dificuldade de assimilação de uma segunda língua, mas ela traz uma grande recompensa a um profissional. O filme selecionado foi Patch Adams: O Amor é Contagioso, e o trabalho durou um mês. "Roteiro de perguntas para escrever seu relato Quando estamos conversando vamos fazendo diversos de relatos naturalmente, sem nos darmos conta. Mas quando vamos escrever, muitas vezes sentimos dificuldade. Qual a melhor forma de escrever? Será que precisa ter algum formato? Será que estou escrevendo tudo certo?. Nesse espaço não temos um formato definido. A intenção é que vocês sintam-se livres para relatar as experiências da maneira que acharem mais apropriada. Mas uma coisa é muito importante: que os/as outros/as que forem ler, entendam o que vocês está contando. Abaixo, criamos um roteiro de perguntas para ajudar a contar essas experiências. Esse roteiro é apenas uma sugestão. Qual título você daria a sua experiência? Porque é importante compartilhar essa experiência? O que motivou essa experiência? O que aconteceu? Quais os problemas encontrados? Quais as oportunidades? O que aconteceu de diferente do esperado? Por que? Como vocês lidaram com isso?

6 O que mudou depois da implantação desse projeto/plano etc.?" Relatórios ou relatos: quais as diferenças? As marcas de autoria fazem a diferença entre relatórios profissionais e relatos de experiência vivida. As marcas de autoria são reveladas quando o autor se coloca como sujeito de uma experiência que mobilizou sentimentos. Marcas de autoria. Exemplos de expressões que revelam sentimentos pessoais:...senti-me confusa..., Essa tarefa constitui um desafio..., senti a insegurança..., sinalizam-me limitações..... Verbos na primeira pessoa: (no nosso caso será em terceira pessoa, pois estamos falando de uma experiência coletiva da escola). Apresento, senti-me, venho, minhas atitudes, sinalizam-me, senti, sou, apodera-se de mim, vejo-me, foi-me, vai me, minha, gosto, estou.... O autor se revela no relato sua experiência vivida pelo uso de: pronomes pessoais e de tratamento que o autor usa como se dialogasse com o leitor; adjetivos que aproximam o leitor dos sentimentos vividos por ele; formas de expressão pessoais, às vezes inusitadas; expressões típicas de sua região.. Exemplos de expressões que identificam os autores: Desde que me /nos senti(mos) responsável por... Dou-me (nos damos conta) conta de meus sentimentos de uma dúvida acompanhando os meus (nossos) passos. Foi o que me (nos) trouxe esta experiência. Alguns adjetivos usados junto aos pronomes e verbos que expressam sentimentos da autora: (senti-me) desafiada, (sinalizam-me)contraditórias, (sou a) única. 03- RESUMO Como resumir texto Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as idéias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse. Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações: 1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata. 2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar. 3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias principais. 4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes idéias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma". 5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma idéia diferente.

7 6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo. 7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que". 8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original. 9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados 04- Como elaborar CARTAS SOBRE O GÊNERO CARTA - IMPORTANTE 1. Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é claro que há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação. Vamos ver as mais importantes: a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo: Londrina, 15 de março de b) Vocativo inicial: na linha de baixo, também na margem do parágrafo, há o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc. c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de determinada cidade. Esse senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser mais simples do que a utilizada numa carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser mais simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos e informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade dele. Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor não pode ser superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom senso e equilíbrio para selecionar os argumentos e/ou informações que não sejam óbvios ou incompreensíveis àquele que lerá a carta. d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional, recomenda-se que você evite dirigir-se diretamente ao leitor por meio de verbos no imperativo ( pense, veja, imagine, etc.). Ao escrever uma carta, essa prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o leitor aparecer nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo que fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha comum entre os alunos-escritores disfarçar uma dissertação tradicional de carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto que não evoca em momento algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome

8 cuidado! Na carta, vale reforçar, o leitor aparece. e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que precede a assinatura do autor. A mais comum é Atenciosamente, mas, dependendo da sua criatividade e das suas intenções para com o interlocutor, será possível gerar várias outras expressões, como De um amigo, De um cidadão que votou no senhor, De alguém que deseja ser atendido, etc. f) Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado pelo autor. Nos vestibulares, porém, costuma-se solicitar ao aluno que não escreva o próprio nome por extenso. Na Unicamp, por exemplo, ele deve escrever a inicial do nome e dos sobrenomes (J. A. P. para João Alves Pereira, por exemplo). Na UEL, somente a inicial do prenome deve aparecer (J. para o nome supracitado). Essa postura adotada pelas universidades é importante para que se garanta a imparcialidade dos corretores na avaliação das redações. 2. Uso de máscara: máscara, um recurso que pode ser utilizado em uma carta, significa o fingimento, por parte do autor da carta, de falar como se fosse qualquer outra pessoa (uma dona de casa, por exemplo), que não o candidato a uma vaga no vestibular. Esse recurso só deve ser usado desde que o uso da máscara tenha uma função no texto, desde que esteja a serviço de um objetivo fixado anteriormente. Exercícios sobre carta pessoal Meu caro amigo Meu caro amigo me perdoe, por favor Se eu não lhe faço uma visita Mas como agora apareceu um portador Mando notícias nessa fita Aqui na terra tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock n roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta Muita mutreta pra levar a situação Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça E a gente vai tomado, que também, sem cachaça Ninguém segura esse rojão Meu acaro amigo eu não pretendo provocar Nem atiçar suas saudades Mas acontece que não posso me furtar A lhe contar as novidades

9 Aqui na terra tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock n roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta É pirueta pra cavar o ganha-pão Que agente vai cavando só de birra, só de sarro E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro Ninguém segura esse rojão Meu caro amigo eu quis até telefonar Mas a tarifa não tem graça Eu ando aflito pra fazer você ficar A par de tudo que se passa Aqui na terra tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock n roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta Muita careta pra engolir a transação E a gente tá engolindo cada sapo no caminho E a gente vai se amando que, também, sem um carinho Ninguém segura esse rojão Meu caro amigo eu bem que queria lhe escrever Mas o correio andou arisco Se permitem, vou tentar lhe remeter Noticias frescas nesse disco Aqui na terra tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock n roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta A Marieta manda um beijo para os seus Um beijo na família, na Cecília e nas crianças O Francis aproveita pra também mandar lembranças A todo pessoal Adeus

10 Francis Hime / Chico Buarque Exercícios: 1. Considerando as três modalidades de redação estudadas nesta duas últimas aulas, em qual delas o texto de Chico Buarque e Francis Hime se enquadra? Justifique sua resposta. 2. Qual é o canal, o meio utilizado pelo emissor para fazer sua mensagem chagar até o receptor (destinatário). 3. Qual é o motivo que levou o emissor a comunicar-se com o receptor? 4. O autor da carta fala muito das dificuldades vividas, mas em alguns versos ele cita algumas praticas que aliviam a luta pela vida ou que servem de compensação. Identifique esses versos. 5. a) Com suas palavras, interprete o significado do termo mutreta, de acordo com o sentido do verso 9, no qual se encontra essa palavra. b) Faça o mesmo, relativamente ao termo rojão que está no verso Interprete o seguinte verso: É pirueta pra cavar o ganha-pão (verso 21) 7. Copie abaixo, ao menos dois exemplos de palavras ou expressões da linguagem coloquial. A carta é, fundamentalmente, uma forma de comunicação interpessoal: uma mensagem manuscrita ou impressa enviada pelo autor (remetente) ao receptor (destinatário). Tratase, em sua versão literária, de um gênero muito antigo a epistolografia -, cultivado por grandes escritores, seja para comunicação interpessoal (cartas propriamente ditas), seja como trabalho propriamente literário (cartas fictícias por exemplo, Horácio, séc. I a. C., e muitos poetas do século XVIII escreveram CARTAS OU EPÍSTOLAS- EM VERSOS,TRATANDO DOS MAIS VARIADOS ASSUNTOS, DESDE EVENTOS COTIDIANOS ATÁ A ARTE POÉTICA. HÁ VÁRIOS TIPOS DE CARTAS NÃO LITERÁRIAS, ÍNTIMA, COMERCIAL,DE RECLAMAÇÃO, DE APRESENTAÇÃO ETC... SÃO ELEMENTOS TÍPICOS DA CARTA FORMAL OU NÃO FORMAL LOCAL E DATA ACOMPANHADOS OU NÇAO DE TERMOS DE CORTESIA PARA COM O DESTINATÁRIO, MENSAGEM QUE PODE ESTAR DISTRIBUÍDA EM PARÁGRAFOS DE INTRODUÇÃO. DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO- DESPEDIDA, NOME DO REMETENTE OU ASSINATURA, 05-BILHETE

11 Como diferenciar bilhete de carta Por exemplo: Pessoal, hoje a merenda vai ser café com biscoito. Turma, hoje vamos assistir a um vídeo. É importante que os bilhetes sejam realmente uma comunicação entre você e sua turma. Tente ler com o grupo o que está escrito, deixando espaço para comentários. Depois, compare o bilhete com a carta. O bilhete é uma comunicação rápida, um recado, um lembrete, um aviso informal, entre pessoas que se conhecem e convivem, que geralmente é deixada em lugares da casa, da escola, ou onde as pessoas vejam com facilidade. Alguns são dobrados e entregues em mãos. Pergunte ao grupo: Quem escreve e quem recebe bilhetes? Para quem são dirigidos? Onde são colocados? Você pode ainda escrever vários bilhetes e passar para os alunos (Exemplos: Pedro, diga para o José o que você vai fazer domingo. Josefa, pergunte à Ana como se faz aquele doce gostoso). Os alunos também devem escrever bilhetes uns para os outros, respondendo os que forem recebidos. Depois, pode ser feita uma leitura do que foi trocado. Bilhete- Bilhete é uma carta simples e breve, sem as fórmulas das cartas ordinárias. É um aviso escrito em que se anota algum fato para ser levado ao conhecimento de outra pessoa, mas de modo apressado. Há ainda outras modalidades, como:- Bilhete de visita: cartão com nome impresso e com a indicação da profissão e residência respectivas; - Bilhete à ordem: nota promissória, usada no comércio; - Bilhete postal: cartão selado para a correspondência postal sobre assuntos que não exigem segredos.o bilhete verbal caracterizase pela linguagem em terceira pessoa. Para esse tipo de correspondência, usa-se o papel do tamanho 16,5 x 22cm. Em sentido jurídico, significa o papel escrito que contém a obrigação de pagar ou entregar algo a quem o mesmo é dirigido, dentro de determinado tempo.em linguagem comercial (empresarial), o bilhete tem função idêntica ao título de crédito, desde que se revista das formalidades legais. Recebe diversas designações: bilhete a domicílio, bilhete ao portador, bilhete à ordem, bilhete de banco, bilhete de câmbio, bilhete de carga, bilhete de crédito, bilhete de desembarque, bilhete de entrada, bilhete de loteria,bilhete de mercadorias, bilhete de passagem, bilhete em branco e outros. Olá! Vou pôr um modelinho aqui pra te ajudar Senhores Pais, Convidamos V.Sa. para reunião que acontecerá no dia 17 de fevereiro, às 14:00h, nas dependências da escola. Sua presença é fundamental! Atenciosamente, A direção Grande abraço, e boa sorte!!! Literaturas em Língua Portuguesa As obras que constam deste programa deverão ser lidas integralmente. Essas leituras, juntamente com o conhecimento técnico pedido a seguir, serão avaliadas nas questões de Literatura em Língua Portuguesa. Observe-se que a indicação de uma lista de obras específicas não impede que outros autores e/ou obras importantes da Literatura em Língua Portuguesa sejam solicitados na prova. O candidato deverá conhecer algumas noções fundamentais como: - o que é e quais são os gêneros literários; - reconhecer: a. nos gêneros em geral: figuras de linguagem (especialmente metáfora), simbologia, tensão, criação de expectativa e ironia; b. na narrativa: elementos como o tempo, espaço, narrador, foco narrativo, intriga, clímax, desfecho,caracterização; c. na poesia: versificação, metrificação, rima, ritmo, sonoridade; - periodização literária: principais autores e características de cada escola e/ou período na Literatura Brasileira;

12 - Literatura como manifestação da Cultura brasileira. As questões de Literatura em Língua Portuguesa buscam avaliar conhecimentos adquiridos no Ensino Médio,no que se refere à capacidade de identificar e de interpretar um texto literário, relacionando-o com o contexto histórico-social em que se insere; identificar, por meio de autores e de obras reconhecidos, as principais características dos períodos literários, desde o Barroco à época atual; relacionar os diversos períodos da Literatura em Língua Portuguesa, observando as semelhanças entre eles. Prova da 1.ª SÉRIE 1. Pero Vaz de Caminha: A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Moderna, Gregório de Matos: Antologia. Porto Alegre: L&PM Pocket, Padre Antônio Vieira: Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, Tomás Antônio Gonzaga: Marília de Dirceu. São Paulo: Ediouro, COMENTÁRIOS DAS OBRAS LITERÁRIAS 1-A Carta de Caminha, de Pero Vaz de Caminha Análise da obra A carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei d. Manuel é considerada o primeiro documento da nossa história, e também como o primeiro texto literário do Brasil e é o mais minucioso e importante documento relacionado à viagem da esquadra de Cabral ao Brasil e foi publicada pela primeira vez apenas em 1817, mais de trezentos anos após haver sido redigida, como parte do livro Corografia Brasílica..., de autoria de Manuel Aires do Casal. Isto significa que, até essa época, a história contada sobre a viagem de 1500 foi substancialmente diferente da narrada depois. O texto de Pero Vaz de Caminha tem a preocupação básica de informar, procurando transmitir o máximo possível de dados a respeito do que ocorria e do que o escrivão via, ouvia e sentia. O fato de ser um texto informativo alia-se a outras importantes dimensões do documento, pois insere-se no esforço conjunto dos europeus, concretizado nos textos de viagem da época (especialmente nos escritos por integrantes das expedições), no sentido de construir alteridades, à medida mesmo que os navegantes entravam em contato com diversas terras e povos alguns, como os índios e o futuro Brasil, totalmente desconhecidos deles, com os quais seria preciso conviver dali em diante e, para conseguir dominar, sobretudo conhecer. O escrivão português foi minucioso na elaboração do seu inventário de diferenças, incluindo não somente pessoas, mas animais, plantas, relevo, vegetação, clima, solo, produtos da terra, etc. O texto do escrivão foi além. Reunindo o que viu às categorias que construiu, Caminha completou o ciclo: propôs ao rei, no final de seu texto, caminhos concretos para o aproveitamento do território e de seus habitantes, a saber: o desenvolvimento da agricultura e a cristianização dos índios. O escrivão viu o diferente, apreendeu-o segundo a sua própria mentalidade e, porque fez isso, foi capaz de dar o terceiro passo: sugerir ao monarca os caminhos do futuro, que eram os caminhos da desigualdade entre visitantes e habitantes, os caminhos da dominação portuguesa. Os acontecimentos descritos na carta o tempo presente da chegada à terra podiam incluir como efetivamente incluíram congraçamentos e danças coletivas entre navegadores portugueses e índios, além de atitudes legítimas de curiosidade, espanto e tolerância, profundamente humanas, por parte do escrivão ou de outros tripulantes, frente à terra bela e à sua gente agreste. "De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito fremosa. (...) Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muitos bons ares assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar~ dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar" Assim o escrivão da Armada de Cabral conclui sua carta-relatório ao Rei D. Manuel, informando sobre o descobrimento do Brasil. Observe a convivência, no mesmo parágrafo, do propósito mercantilista da viagem (a preocupação com o ouro e a prata) com o espírito missionário (a salvação do índio), que oferecia uma justificativa para a exploração econômica. A Carta de Pero Vaz de Caminha marca, também, o início de uma longa tradição, o ufanismo ou nativismo, que consiste na exaltação (geralmente exagerada) das virtudes da terra e da gente, e que se irá desdobrar em todos os períodos subseqüentes. Com relação ao índio, a atitude de Caminha foi de certa simpatia:

13 "Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm de mostrar no rosto. (...) Eles porém contudo andam muito bem curados e muito limpos e naquilo me parece ainda mais que são como as aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que as mansas, porque os corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão fremosos que não pode mais ser." Alude também, maliciosamente, à nudez das índias: "(...) Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis, com cabelo mui pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de as nós muito bem olharmos não tínhamos nenhuma vergonha." A Carta de Caminha é o relato mais rico e confiável da primeira semana após o Descobrimento. É um diário atípico, ou uma crônica de viagem, revestida das características estilísticas da literatura de viagem do Quinhentismo: a linguagem clássica, simplificada pela necessidade de tratamento objetivo da matéria; clareza; simplicidade; realismo nas observações; crítica equilibrada e, dentro do espírito humanista, uma constante curiosidade e uma persistente capacidade de maravilhar-se. Como documento é muito mais revelador e muito mais bem escrito do que a carta de Américo Vespúcio, que logrou o tamanho sucesso na Europa renascentista, a ponto de fazer do nome de seu autor o nome do novo continente. 02-Antologia Poética - Gregório de Matos ( ) Biografia Foi tão tumultuada a vida do poeta baiano que um biógrafo chamou-a de vida espantosa. Como filho de senhor de engenho, Gregório pôde estudar em Portugal,para onde se mudou aos 14 anos de idade. Lá passou 32 anos, prósperos e tranqüilos. Retornou ao Brasil, em 1682, nomeado para funções na burocracia eclesiástica da Sé da Bahia. Durou pouco no cargo, do qual foi destituído em Iniciou-se, então, a última fase de sua vida. O casamento com Maria dos Povos, a quem dedicou belíssimos sonetos, não impediu a decadência, social e profissional, do Dr. Gregório. Ficou famoso em suas andanças e pândegas pelos engenhos do Recôncavo. Mais famosas ainda eram suas sátiras. Talvez por causa delas, foi deportado para Angola, em Pôde retornar ao Brasil, no ano seguinte, mas para o Recife, onde morreu aos 59 anos de idade. Gregório de Matos Guerra ficou conhecido na história da literatura como o Boca do Inferno, por causa de suas sátiras e de sua poesia. Mas sendo um autor barroco e, portanto surpreendente e contraditório, esse mesmo Boca do Inferno também disse coisas belíssimas sobre o amor, como nesse soneto que você acabou de ler. Comentário Podemos incluir o soneto de Gregório de Matos na tendência conceptista do Barroco, graças ao engenhoso desenvolvimento de uma única imagem, a da mariposa atraída pela chama que deverá matá-la. O sujeito lírico desdobra a comparação entre a sua situação e a da mariposa, explorando as semelhanças, para, na última estrofe, ponto culminante do soneto, estabelecer a grande diferença: seu sacrifício é mais terrível do que o dela, por que inútil. Nosso poeta baiano merece que lhe dediquemos uma atenção especial. Para muitos historiadores, ele é o iniciador da literatura brasileira. Mas é interessante observar ar que permaneceu inédito até meados do século XIX. Sua produção poética sobreviveu, até então, em livros manuscritos, colecionada por admiradores. As duas tentativas de publicação completa - por sinal, muito insatisfatórias - ocorreram já no nosso século XX: a edição da Academia Brasileira de Letras, em 6 volumes ( ), e a edição de James Amado, em 7 volumes (1968). Gregório recebeu influências tanto do Cultismo de Góngora quanto do Conceptismo de Quevedo. Seu espírito profundamente barroco pode ser percebido na contraditória diversidade dos temas que desenvolveu em sua obra: a. poesia sacra (temática religiosa) b. lírica amorosa c. poesia satírica d. poesia burlesca I. Poesia sacra Como autor barroco, não poderia faltar a poesia, religiosa em sua obra. Essa temática abrange um amplo conjunto, desde os poemas circunstanciais em comemoração a festas de santos até os poemas de contrição e de reflexão moral. Texto Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido, Porque quanto mais tenho delinqüido,

14 Vós tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido, Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada Gloria tal, e prazer tão repentino vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória Vocabulário despido: despeço forma regular de despedir-se. delinqüir: pecar, cometer delito. sobejar: ser mais que suficiene. cobrada: recobrada, recuperada Esse soneto de contrição é um dos mais conhecidos poemas de Gregório e segue o modelo conceptista de Quevedo. Nas questões abaixo procuraremos acompanhar os meandros do raciocínio engenhoso de um pecador que advoga sua causa, procurando convencer a Deus de que merece o seu perdão. II- Lírica amorosa A lírica amorosa na obra de Gregório de Matos abrange um amplo leque temático. Às vezes é a mais pura idealização do amor: Quem a primeira vez chegou a ver-vos, Nise, e logo se pôs a contemplar-vos, Bem merece morrer por conversar-vos E não poder viver sem merecer-vos. Outras, uma requintada exploração da psicologia amorosa, como, por exemplo, na expressão da timidez do amante, temeroso do desprezo da amada: Largo em sentir, em respirar sucinto, Peno, e calo, tão fino, e tão atento, Que fazendo disfarce do tormento, Mostro que o não padeço, e sei que o sinto. Chega também, freqüentemente, a um realismo irônico, quase cínico, como nos seguintes versos em que busca definir o amor: Isto, que o Amor se chama, este, que vidas enterra, este, que alvedrios prostra, este, que em palácios entra: [...] este, que o ouro despreza, faz liberal o avarento, é assunto dos poetas: [...] Arre lá com tal amor! isto é amor? é quimera, que faz de um homem prudente converter-se logo em besta. De acordo com Manuel Pereira Rebelo, seu primeiro biógrafo (início do século XVIII), o poeta teve uma paixão não correspondida pela filha de um senhor engenhoso, D. Ângela de Sousa Paredes Rabelo organizou um ciclo dos poemas que seriam expressão desse caso amoroso. Entre eles estão alguns dos mais belos da obra de Gregório de Matos. O soneto que você vai ler agora é o sétimo poema do ciclo Ângela, na edição de James Amado. Texto Anjo no nome, Angélica na cara. Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser Angélica flor, e Anjo florente, em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus, o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares,

15 Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. Vocabulário florente: brilhante por seu Deus: como seu Deus. custódio: aquele que guarda, o anjo da guarda. galharda: elegante, gentil Observe que o nome da amada sugere as duas imagens em torno das quais se organiza toda a expressão poética. III- Poesia satírica O Boca do Inferno não perdoava ninguém: ricos e pobres, negros, brancos e mulatos, padres, freiras, autoridades civis e religiosas, amigos e inimigos, todos, enfim, eram objeto de sua lira maldizente. O governador Câmara Coutinho, por exemplo, foi assim retratado: Nariz de embono com tal sacada, que entra na escada duas horas primeiro que seu dono. Contudo, o melhor de sua sátira não é esse tipo de zombaria, engraçada e maldosa, mas a crítica de cunho geral aos vícios da sociedade. Sua vasta galeria de tipos humanos contribui para construir sua maior e principal personagem - a cidade da Bahia: Senhora Dona Bahia, nobre e opulenta cidade, madrasta dos naturais, e dos estrangeiros madre. A cidade é assim descrita num poema: Terra que não aparece neste mapa universal com outra; ou são ruins todas, ou ela somente é má. Mas nem sempre o poeta é rancoroso com sua cidade. No famoso soneto Triste Bahia, já musicado por Caetano Veloso, Gregório identifica-se com ela, ao comparar a situação de decadência em que ambos vivem. O poema abandona o tom de zombaria das sátiras para tornar-se um quase lamento: Triste Bahia! ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado, Rica te vi eu já, tu a mim abundante. Depreende-se desse texto que as sátiras de Gregório de Matos esagradavam a muita gente. Por isso ele defende seu direito de escrevê-las. Aos vícios Eu sou aquele, que os passados anos cantei na minha lira maldizente torpezas do Brasil, vícios e enganos. [...] De que pode servir, calar, quem cala, Nunca se há de falar, o que se sente? Sempre se há de sentir, o que se fala? Qual homem pode haver tão paciente, Que vendo o triste estado da Bahia, Não chore, não suspire, e não lamente? [...] Se souberas falar, também falaras, Também satirizaras, se souberas, E se foras Poeta, poetizaras. A ignorância dos homens destas eras Sisudos faz ser uns, outros prudentes, Que a mudez canoniza bestas feras. Há bons, por não poder ser insolente, Outros há comedidos de medrosos, Não mordem outros não, por não ter dentes. Quantos há que os telhados têm vidrosos, E deixam de atirar sua pedrada De sua mesma telha receosos. Uma só natureza nos foi dada:

16 Não criou Deus os naturais diversos, Um só Adão formou, e esse de nada. Todos somos ruins, todos perversos, Só nos distingue o vício, e a virtude, De que uns são comensais outros adversos. Quem maior a tiver, do que eu ter pude, Esse só me censure, esse me note, calem-se os mais, chitom, e haja saúde. Vocabulário canonizar: considerar santo, incluir no rol dos santos; quem maior a tiver: quem tiver virtude maior; chitom: silêncio (do francês chut donc ) Poesia burlesca É a poesia mais circunstancial de Gregório de Matos. De modo sempre galhofeiro, o poeta registra em versos sempre pequenos acontecimentos da vida cotidiana da cidade e dos engenhos. Segundo James amado, a poesia burlesca é a crônica do viver baiano seiscentista. A maior parte foi escrita na última fase da vida do poeta, período de decadência pessoal e profisional. O doutor deixara de advogar e perambulava pelos engenhos do Recôncavo, levando sua viola de cabaça, freqüentando festas de amigos e namorando as mulatas, muitas delas prostitutas, com tom brincalhão podem freqüentemente tornar-se obscenos. Daí, o populismo chulo que irrompe às vezes e, longe de significar uma atitude aristocrática, nada mais é que válvula de escape para velhas obsessões sexuais ou arma para ferir os poderosos invejados (Alfredo Bosi) Texto: Décimas Gregório de Matos Quita, como vos achais com esta troca tão rica? eu vos troco por Anica, vós por Nico me deixais: vós de mim não vos queixais, eu, Quita, de vós me queixo, e pondo a cousa em seu eixo, a mim com razão me tem, pois me deixais por ninguém, e eu por Arnica vos deixo. Vós por um Dom Patarata trocais um Doutor em Leis, e eu troco, como sabeis, uma por outra Mulata: vós fostes comigo ingrata com a grosseira ingratidão, eu não fui ingrato não, e quem troca odre por odre, um deles há de ser podre, e eu sou na troca odre são. Eu com Anica querida me remexo como posso, vós co Patarata vosso estarei bem remexida: nesta desigual partida leve o diabo o enganado, porque eu acho no trocado, que me vim a melhorar mas na Moça por soldar, que vós no Moço soldado Se bem vos não vai na troca pela antiga benquerença, que farei logo a destroca: porém se Amor vos provoca a dar-me outros novos zelos, hemos de lançar os pêlos ao ar por seguridade, e eu sei, que a vossa amizade há de custar-me os cabelos. Vocabulário Patarata: ostentação ridícula, patacoada, mentira jactanciosa, pedante; soldar: pagar (Anica é uma prostituta) avença: (homem de boa avença) - fácil de contentar

17 hemos: havemos lançar os pêlos ao ar: desnudar-se. Soneto bem conhecido de Gregório de Matos A cada canto um grande conselheiro Que nos quer governar cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha, Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha Para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia VEJA QUE É IMPORTANTE BREVE RESUMO DA LITERATURA BRASILEIRA I Introdução: II O Barroco no Brasil O Barroco brasileiro eclodiu quando despontaram os primeiros escritores nascidos na colônia e com os quais surgiram as primeiras manifestações do sentimento nativista, de valorização da terra onde haviam nascido e foi neste contexto que surgiu o Barroco brasileiro e com a chegada dos modelos literários portugueses no Brasil e as origens do Barroco e da nossa própria literatura, que dava os primeiros passos. 1- Gregório de Matos Gregório de Matos- ( ) é o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia l rica e satírica em nosso país. Estudou Direito em Coimbra, tornou-se juiz e ensaiou seus primeiros poemas satíricos. De volta ao Brasil, exerceu os cargos de vigário-geral e tesoureiro-mor. Devido às suas sátiras, foi perseguido pelo governador baiano, Antônio de Souza Menezes, o Braço de Prata. Depois de casar-se com Maria dos Povos e exercer a função de advogado, abandonou tudo e saiu como cantador itinerante, dedicando-se às sátiras e aos poemas erótico-irônicos, que lhe custou alguns anos de exílio em Angola.Voltou ao Brasil doente e impedido de entrar na Bahia e acabou falecendo no Recife. Gregório de Matos foi irreverente como pessoa ao chocar os valores e a falsa moral da sociedade baiana de seu tempo com seus comportamentos considerados indecorosos; irreverente como poeta lírico, porque seguia e ao mesmo tempo, quebrava os modelos barrocos europeus e como poeta satírico,por empregar um vocabulário de baixo calão, ignorando o poder das autoridades políticas e religiosas. Somente no século XX a obra de Gregório de Matos foi reconhecida como um projeto literário, que não só abriu uma tradição entre nós, mas também superou os limites do movimento a que estava filiado o Barroco - o poeta chegou a ser, em pleno século XVII, um dos precursores da poesia moderna brasileira do século XX. Gregório de Matos cultivou a poesia lírica, religiosa, amorosa e filosófica. Também conhecido como O Boca do Inferno devido às suas sátiras, Gregório de Matos representa uma das veias mais ricas e ferinas de toda a literatura satírica em língua portuguesa, não poupando palavrões em sua linguagem nem críticas a todas as classes da sociedade baiana de seu tempo. Sua sátira constitui a parte mais original de sua poesia ao fugir dos padrões preestabelecidos pelo Barroco vigente e se volta para a realidade baiana do século XVII Gregório de Matos Poesia Sacra

18 A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR Pequei,Senhor;não porque hei pecado Da vossa alta clemência me despido Porque quanto mais tenho delinqüido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vós irar tanto pecado, Ao abrandar-vos sobeja um só gemido Que a mesma culpa, que vos há ofendido Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e um prazer tão repentino Vos deu, como afirmai na sacra história. Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queiras, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória Gregório de Matos - Poesia Satírica Que falta nesta cidade?... Verdade Que mais por sua desonra?... Honra Que mais que se lhe ponha?... Vergonha O demo a viver se exponha, por mais que a fama a exalta numa cidade onde falta Verdade, Honra,Vergonha. Que vai pela clerezia?... Simonia E pelos membros da Igreja?... Inveja Cuidei, que mais se lhe punha... Unha. Sazonada caramunha! Enfim que na Santa Sé O que se pratica, é Simonia, Inveja, Unha 03-PADRE ANTONIO VIEIRA ( ) SERMÕES ESCOLHIDOS Vida: Nasceu em Lisboa e veio menino (seis anos) para a Bahia com seu pai, alto funcionário da Coroa. Estudou no colégio dos jesuítas, onde brotaria sua vocação sacerdotal, ordenando-se aos 26 anos. Em 1640, prega o seu audacioso sermão Contra as armas de Holanda. No ano seguinte, já reconhecido, volta para Lisboa, tornando-se o grande pregador da Corte. Entre os seus aficionados, encontrava-se o jovem rei D. João IV. A pedido dele, executou várias funções políticas e diplomáticas. Sentindo-se fortalecido, Vieira passou a defender abertamente o retorno dos judeus ("gentes de nação", como eram chamados) para que injetassem capitais na economia portuguesa. Embora apoiado por D. João IV e tendo a confiança dos cristãos-novos, foi duramente combatido pela Inquisição que terminou por indispô-lo com a autoridade real. Assim a revolução capitalista que ele propunha para o seu país também naufragou. Voltando ao Brasil, em 1652, numa espécie de exílio involuntário, fixou-se no Maranhão, onde despertaria o ódio dos colonos por sua encarniçada defesa dos índios. Por nove anos enfrentou os escravistas, terminando por ser expulso do Maranhão e recambiado para Lisboa, juntamente com outros missionários.

19 Após a morte de D. João IV, ocorrida em 1656, Vieira começara a forjar a utopia do Quinto Império, ("O verdadeiro Império de Cristo"), a ser comandado pelo próprio D. João IV, que ressuscitaria para levar Portugal a seu grande destino religioso e político. Em Lisboa, a Inquisição usaria essas profecias para persegui-lo. Em sua segunda estada no continente europeu ( ), Vieira passou vários anos se defendendo de seus inquisidores, mas sem renunciar à visão messiânica sobre o futuro de Portugal. Condenado pela Inquisição, viajou para Roma, em 1669, conseguindo absolvição e prestígio. Cardeais e membros da realeza deslumbravam-se com os seus sermões. Porém, a glória em Roma não lhe bastava. Disposto a retomar a luta a favor dos cristãosnovos, regressou a território português. Mais uma vez fracassaria em seus intentos. Amargurado, decidiu voltar em 1681 para o Brasil, estabelecendo residência definitiva na Bahia, onde morreria com oitenta e nove anos. Obra principal: Os sermões ( ); História do Futuro (1854). Apesar de pertencer à tradição do pensamento português, e portanto mais próximo da literatura lusa que da brasileira, o padre Antônio Vieira é um caso singular da época barroca com sua curiosa mistura de idéias avançadíssimas, religiosidade medieval e messianismo*. Os sermões, notável conjunto de obras-primas da oratória ocidental, constituem um mundo rico e contraditório, a revelar uma inteligência voltada para as coisas sacras e, simultaneamente, para a vida social portuguesa e brasileira de então. Neles encontramos uma grande crônica da história imediata, (Vieira jamais se absteve das grandes questões cotidianas e políticas do seu século), mas nos deparamos também com uma atormentada ânsia da eternidade, que só a religião parece atender A Lógica Bíblica de Os Sermões Eloqüente e apaixonado, elabora os sermões dentro da técnica medieval, deslindando as metáforas da linguagem bíblica e as "aparências enganosas" do universo através de interpretações pessoalíssimas. Ele vai buscar no passado o comentário alusivo ao tempo presente. Sempre há um episódio ou uma citação da Bíblia em suas pregações, e por meio dessas referências, ele penetra no turbilhão do cotidiano. Assim, uma passagem do Livro Sagrado funciona como espelho de uma situação atual. Tudo na Bíblia têm um sentido oculto. E o objetivo do padre é fornecer a tradução da cifrada linguagem divina para o seu momento histórico. Temas religiosos O interesse pela existência cotidiana da Colônia e pelo futuro histórico de Portugal não impedem Vieira de desenvolver uma oratória estritamente religiosa, onde as questões da morte e da eternidade avultam a todo momento. O fragmento abaixo pertence ao Sermão de Quarta-feira de Cinzas, pregado em Roma, no ano de Acompanhe o engenho e o brilho desse texto: Duas coisas a Igreja prega hoje a todos os mortais: ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa, e evidente, que não é necessário entendimento para a crer; outra de tal maneira certa, e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura. (...) E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es et in pulverem reverteris. Sois pó e em pó vos haveis de converter. Sois pó é a presente. Em pó vos haveis de converter é a futura. (...) Ora suposto que já somos pó e não pode deixar de ser, pois Deus o disse; perguntar-me-eis, e com muita razão, em que nos distinguimos os vivos dos mortos? Os mortos são pó, nós também somos pó. Distinguimo-nos, os vivos dos mortos, assim como se distingue o pó do pó. Os vivos são pó levantado, os mortos são pó caído; os vivos são pó que anda, os mortos são pó que jaz. A mim não me faz medo o que há de ser o pó. Eu não temo na morte a morte, temo a imortalidade. Eu não temo hoje o dia de Cinza, temo hoje o dia da Páscoa, porque sei que hei de ressuscitar, porque sei que hei de viver para sempre, porque sei que me espera uma eternidade ou no Céu ou no Inferno. (...) Este homem, este corpo, estes ossos, esta carne, esta pele, estes olhos, este eu, e não outro, é o que há de morrer? Sim. Mas reviver e ressuscitar à imortalidade. Mortal até ao pó, mas depois do pó, imortal. Quando considero na vida que se usa, acho que nem vivemos como mortais, nem vivemos como imortais. Não vivemos como mortais, porque tratamos das coisas desta vida, como se esta vida fora eterna. Não vivemos como imortais, porque nos esquecemos tanto da vida eterna, como se não houvera tal vida. Ora senhores, já que somos cristãos, já que sabemos que havemos de morrer e que somos imortais, saibamos usar da morte e da imortalidade. Tratemos desta vida como mortais, e da outra como imortais. Pode haver loucura mais rematada, pode haver cegueira mais cega do que empregar-me todo na vida que há de acabar, e não tratar da vida que há de durar para sempre? Cansar-me, afligir-me, matar-me pelo que forçosamente hei de deixar, e do que hei de lograr ou perder para sempre, não fazer nenhum caso? Tantas diligências para esta vida, nenhuma diligência para a outra vida? Tanto medo, tanto receio da morte

20 temporal, e da eterna nenhum temor? Mortos, mortos, desenganai estes vivos. Dizei-nos que pensamentos e que sentimentos foram os vossos, quando entrastes e saístes pelas portas da morte. A morte tem duas portas. Uma porta de vidro por onde se sai da vida; outra porta de diamante, por onde se entra à eternidade O Olhar sobre a Vida Concreta Inúmeros outros sermões desse padre jesuíta partem de alusões religiosas para comentar criticamente aspectos da sociedade brasileira ou portuguesa, mostrando sua profunda relação com a vida pública. Implacável inimigo dos corruptos, fulminou-os no Sermão do bom ladrão, apresentado diante de D. João IV, em 1655 e do qual esta passagem é bastante conhecida: Não são só ladrões - diz o Santo - os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas (juízes) e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões e começou a bradar: "Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos." Ditosa Grécia que tinha tal pregador! Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul ou ditador por ter roubado uma província. A Questão do Escravismo A ambigüidade de Vieira é visível no problema da escravatura. Como intelectual e homem de ação envolve-se na luta em defesa dos índios contra os colonos que desejavam aprisioná-los. É odiado pelos grandes proprietários que o tem como o maior inimigo. Contraditoriamente, não manifesta o mesmo ardor contra a escravidão de africanos, chegando a requerer a substituição dos escravos índios por negros. No entanto, ao ver as torturas e humilhações aplicadas aos últimos no Brasil, é tomado de ira santa, atacando os senhores rurais e comparando os sofrimentos dos cativos ao sofrimento de Cristo. Embora isso hoje pareça hipocrisia ou ideologia justificatória do escravismo, na época tal pregação tinha um fundo sentido subversivo porque conferia aos escravos uma condição humana (em oposição á desumanidade dos senhores) e oferecia-lhes um passaporte para a eternidade, negada aos que os brutalizavam. Tomemos como exemplo: Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagens valíssimas da servidão e espetáculos de extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à Fé que nos destes, porque só ela cativa o entendimento para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo vossa justiça e providência! Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem com os nossos? Não respiram o mesmo ar? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina tão triste, tão inimiga, tão cruel? O Líder Utópico e o Líder Pragmático Atormentado, como aponta Antônio José Saraiva, pelos "caminhos arbitrários de uma fantasia prodigiosa", Vieira cria o mito do "Quinto Império português", a ser localizado no Brasil, Terra Prometida. Nele se daria o advento final de Cristo, com a derrota de todas as heresias e rebeliões protestantes. Trata-se do mais delirante messianismo, tão ao gosto dos portugueses, que esperam até hoje pelo retorno de D. Sebastião, morto em Surpreendentemente, ao lado dessa visão utópica e irracional, o padre jesuíta estuda a história de seu país e descobre que a decadência lusa decorrera da expulsão da burguesia judaica pelo clero e pela nobreza feudal, no século XVI. Percebe também que esses homens de negócios, migrando para os Países-Baixos, levaram consigo a audácia, a iniciativa e a capacidade de criar riquezas. Agora, quer trazê-los de volta, na condição de cristãos-novos. Sabe que o reerguimento econômico de Portugal passa pela existência de uma burguesia próspera e criativa. Sob este ângulo, suas idéias econômicas são revolucionárias para a época. Um Homem Barroco Orador sacro fascinado pelos dramas humanos, mestre das palavras, profeta enlouquecido, inimigo da Inquisição, defensor dos judeus e dos escravos, combatente religioso, indivíduo ao mesmo tempo místico e realista, o padre Antônio Vieira representa as contradições, os extremos e os excessos do espírito barroco. Espírito que, como nenhum outro escritor do século XVII, ele sintetiza genialmente. COMENTÁRIO DE SERMÕES ESCOLHIDOS

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