Aula Demonstrativa. Súmulas e OJs do TST para Concursos Conforme Novo CPC (Teoria e Exercícios)

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1 Aula Demonstrativa Direito Processual do Trabalho Súmulas e OJs do TST para Concursos Conforme Novo CPC Professora: Chris Bruno 1

2 Aula 00 Aula Demonstrativa Olá! Sinta-se bem-vindo (a)! Sou a Professora Chris Bruno, advogada e especialista em Direito Material e Processual do Trabalho, militante na região metropolitana de Belo Horizonte MG, doutoranda em Ciências Sociais, docente em universidades, em diversos preparatórios para concursos públicos e para o Exame de Ordem. No PONTO, leciono Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, ora através de aulas teóricas e de exercícios, ora com trabalhos no PONTO RECURSOS, PONTO WEBINÁRIO e PONTO DISCURSIVAS. E, para enriquecer ainda mais os nossos encontros, aproveite para ficar por dentro das novidades e dicas do universo trabalhista: você, facilmente, encontra-me nas mais variadas redes sociais

3 Pois bem. Já se prolonga, e a considerável tempo, minha experiência no treinamento de candidatos a diversas seleções, ora de nível médio ora de nível superior, que avaliam conhecimento e domínio da matéria trabalhista... Daí, não tenho dúvidas de que a aprovação hoje está com o (a) candidato (a) que bem conhece a teoria de Direito do Trabalho e/ou de Processo do Trabalho, que também se dedica a ilimitada solução de exercícios, mas que, além disso, está antenado ao entendimento jurisprudencial pacificado pelo Tribunal Superior do Trabalho TST a respeito da matéria. Assim, o simples correr de olhos pelas últimas provas aplicadas em concursos e exames trabalhistas comprova o quão indispensável compreender Súmulas e Orientações Jurisprudenciais da Corte Trabalhista. Nesse contexto, veja questão aplicada pela Fundação Carlos Chagas FCC i no concurso de 2014 para o cargo de Analista Judiciário Área Judiciária do TRT da 19ª Região (Alagoas): A reclamação trabalhista X tramita na 5ª Vara do Trabalho de Maceió, tendo sido expedida carta precatória para penhora de imóvel situado na cidade de São Paulo, Capital. Foi penhorado o referido imóvel, sendo que Ana, que não é parte na reclamação trabalhista, está sofrendo esbulho na posse de seu bem. Ana pretende opor embargos de terceiro. Neste caso, os referidos embargos, em regra, deverão ser propostos em: a) Maceió, obrigatoriamente, juízo este também competente para julgá-lo. b) São Paulo, obrigatoriamente, juízo este também competente para julgá-lo. c) São Paulo ou em Maceió, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de Maceió. d) São Paulo ou em Maceió, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de São Paulo. e) São Paulo, obrigatoriamente, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de Maceió. 3

4 O Processo do Trabalho não disciplina os Embargos de Terceiro, motivo pelo qual admitida a aplicação subsidiária da legislação processual civil ii (CLT, art. 769 c/c art. 889). A respeito, o Novo Código de Processo Civil NCPC (art. 674) determina que quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requere seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. É, portanto, ação autônoma de conhecimento, acessória e incidental, distribuída por dependência, sendo apreciada pelo juiz que determinou a respectiva apreensão de bens, regra já prevista no CPC/73 (art. 1049) e, agora, reiterada no CPC/15 (art. 676, caput). Todavia, é possível que o juiz determine a apreensão de bens que estejam em localidade diferente daquela onde tenha competência... Nesse caso, entre doutrinadores e juristas surgiram diversos debates sobre onde deveriam ser interpostos e julgados os Embargos de Terceiros, ou seja, na hipótese de carta precatória expedida para apreensão de bens, deverá o terceiro interpor os Embargos no juízo deprecante ou no juízo deprecado? E quem seria competente para julgá-los? Restou ao TST consolidar entendimento a respeito do tema: Súmula 419. Na Execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação de bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. Diante da questão proposta, qual seria, então, a resposta correta? 4

5 A reclamação trabalhista X tramita na 5ª Vara do Trabalho de Maceió, tendo sido expedida carta precatória para penhora de imóvel situado na cidade de São Paulo, Capital. Foi penhorado o referido imóvel, sendo que Ana, que não é parte na reclamação trabalhista, está sofrendo esbulho na posse de seu bem. Ana pretende opor embargos de terceiro. Neste caso, os referidos embargos, em regra, deverão ser propostos em: a) Maceió, obrigatoriamente, juízo este também competente para julgá-lo. b) São Paulo, obrigatoriamente, juízo este também competente para julgá-lo. c) São Paulo ou em Maceió, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de Maceió. d) São Paulo ou em Maceió, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de São Paulo. e) São Paulo, obrigatoriamente, mas a competência para julgá-lo é da Vara Trabalhista de Maceió. A considerar que a Vara do Trabalho de Maceió é o juízo deprecante, aquele que expediu a carta precatória para penhora de imóvel estabelecido em São Paulo, localidade diversa daquela em que competente para o ato processual; A considerar que a Vara do Trabalho de São Paulo é o juízo deprecado, aquele que recebeu a carta precatória para penhora do imóvel sito em território de sua competência; A considerar, conforme entendimento consolidado pelo TST, que os Embargos não versam sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pela Vara do Trabalho de São Paulo, isto é, pelo juízo deprecado (única exceção sumulada); PODERÃO OS EMBARGOS DE TERCEIRO SEREM OFERECIDOS NO JUÍZO DEPRECANTE (MACEIÓ) OU NO JUÍZO DEPRECADO (SÃO PAULO), MAS A COMPETÊNCIA PARA JULGÁ-LOS É DO JUÍZO DEPRECANTE (MACEIÓ). Exatamente o que previsto na letra c da questão. 5

6 Mas, idêntico raciocínio poderia o (a) candidato (a) desenvolver caso, HOJE, aplicada a prova em determinado concurso da área trabalhista? Não estaria comprometido o entendimento do TST no tocante à matéria, dada a vigência do NCPC? Não. Não mais possível idêntico raciocínio. Sim. Estaria comprometido o entendimento do TST, não obstante ainda válida a jurisprudência em apreço. Aliás, por se tratar de regra que fixa competência de natureza funcional, vale dizer, regra que fixa competência de natureza absoluta, bem provável e não tarda a inaplicabilidade e o cancelamento da Súmula 419 pela Corte Trabalhista. Cumpre registrar que, na hipótese de carta precatória para apreensão de bens, o Superior Tribunal de Justiça STJ, num primeiro momento, foi que buscou afastar os conflitos existentes sobre a interposição e o julgamento dos Embargos de Terceiro iii, regra que, posteriormente, foi adotada pelo legislador de 1973 iv. O NCPC mantém, EM REGRA, a mesma sistemática... Art (...) 2º. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado. Porém, ao estabelecer as novas regras sobre EMBARGOS DE TERCEIROS, o legislador determina que nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou seja devolvida a carta v. 6

7 DEFINIU-SE, PORTANTO, QUE A REGRA É A INTERPOSIÇÃO E O JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE TERCEIRO NO JUÍZO DEPRECADO, ADMITINDO A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DEPRECANTE EM APENAS DUAS HIPÓTESES: SE FOI ELE QUEM INDICOU O BEM CONSTRITO; ou QUANDO A CARTA PRECATÓRIA JÁ TIVER SIDO DEVOLVIDA. Parece ter no NCPC como finalidade definir a competência pelo juízo responsável pela individualização do bem apreendido. Então, caso seja o juízo deprecante o qual determina, mesmo que por carta precatória, a penhora de determinado bem, os Embargos de Terceiros devem ser interpostos e julgados pelo próprio juízo deprecante. Noutra via, caso seja o juízo deprecante o qual determina a penhora de tantos bens quantos necessários para garantir a execução, deixando sob o crivo do juízo deprecado a individualização da coisa, este é que será competente para o recebimento e julgamento dos Embargos. Enfim, havendo nova norma específica para os Embargos de Terceiros (NCPC, art. 616), prudente não aplicar a norma geral (NCPC, art. 914, 2º), pugnando-se pelo cancelamento da Súmula 419 do TST. Ora, a questão citada a título de exemplo, deve atentar o (a) candidato (a) para o fato de que a Banca não esperava domínio da teoria, melhor dizer, da doutrina sobre os Embargos de Terceiro. Tampouco pretendia conhecimento legal da matéria, já que inexistente, a princípio, na norma processual trabalhista, qualquer regra específica a respeito. Contava o Examinador, na verdade, com a compreensão da jurisprudência consolidada pelo TST acerca da matéria: o (a) candidato (a) tinha que bem conhecer a citada Súmula 419 vi. O que você acha, então, de comigo estudar, de maneira dirigida e organizada por assunto, as principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do 7

8 TST que têm sido objeto de prova de concursos, tudo em conformidade com o Novo Código de Processo Civil? Podemos, juntos, atualizar nosso conhecimento sobre os principais temas de Direito Processual do Trabalho, através de teoria e de exercícios, com a nova roupagem trazida pelo Código de Processo Civil de Você contará com 14 (catorze) aulas, semanais, com início previsto para 05/10/2016 e término em 06/01/2017, distribuído o conteúdo programático nos termos a seguir: Aula Conteúdo Programático Data 01 07/10 PRINCÍPIOS E COMPETÊNCIA 02 14/10 03 PARTES E PROCURADORES 21/10 04 CONDIÇÕES DA AÇÃO. PETIÇÃO INICIAL 28/10 05 ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 04/11 06 AUDIÊNCIA E RESPOSTA DO RÉU 11/11 07 PROVAS 18/11 08 SENTENÇA E COISA JULGADA 25/11 09 RECURSOS : TEORIA GERAL DOS RECURSOS 02/ /12 RECURSOS : RECURSOS EM ESPÉCIE 11 16/ /12 EXECUÇÃO TRABALHISTA 13 30/12 14 DISSÍDIO COLETIVO 06/01 Não perca tempo e faça logo a sua matrícula! E eu? Já espero por você

9 i A Fundação Carlos Chagas FCC tem sido a responsável por expressivo número de concursos da área trabalhista, a destacar seleções para o ocupar dos mais variados cargos públicos perante Tribunais, perante os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) em especial. ii CLT, Art Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. CLT, Art Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. iii STJ, Súmula 46. NA EXECUÇÃO POR CARTA, OS EMBARGOS DO DEVEDOR SERÃO DECIDIDOS NO JUIZO DEPRECANTE, SALVO SE VERSAREM UNICAMENTE VICIOS OU DEFEITOS DA PENHORA, AVALIAÇÃO OU ALIENAÇÃO DOS BENS. iv CPC/73, Art Na execução por carta, os embargos do devedor serão oferecidos, impugnados e decididos no juízo requerido (art. 658). v CPC/15, Art. 616, único. vi Não se esqueça de que a questão de concurso data de 2014, data anterior ao início da vigência do NCPC. 9