O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SETOR TERCIÂRIO UM INSTRUMENTO PARA ANALISE SCCIO-ECONOMICO E ESTUDOS DE MERCADO LAMOUNIER ERTHAL VILLELA
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- Sebastião Palmeira Santiago
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1 O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SETOR TERCIÂRIO UM INSTRUMENTO PARA ANALISE SCCIO-ECONOMICO E ESTUDOS DE MERCADO 9411 LAMOUNIER ERTHAL VILLELA TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRA - MAS DE PÕS-GRADUÇAO EM ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PA RA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA NUCLEAR E PLANEJAMENTO ENERGÉTICO. APROVADA POR: Prof. Mauricio Cardoso Arouca, D.Sc. / (Presidente)-^ Prçjfr Luiz Pinguelli Rosa, D.Sc. / ^ Prof. Ruderico Ferraz Pimentel, D.Sc. RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL ABRIL/1991
2 VILLELA, Laaouníer Erthal Consumo de energia elétrica no setor terciário - Um instrumento para análise sócio-econômica e estudos de mercado (Rio de Janeiro), XII,156 p. 29,7 cm (COPPE-UFRJr M.Sc Planejamento Energético, 1991). Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. 1. Cescimento Econômico 2. Consumo de Energia 3. Setor Terciário I. COPPE/UFRJ II. Título (série) II
3 Dedico este trabalho a meus país, e a Minha afilhada Laís. III
4 AGRADECIMENTOS Ao Or. Frederico Birchal M. Go«es, que mm su9criu o tma Tese, indicando-me a necessidade de estudos sobre o assunto, para alei» de»e incentivar e Me apoiar, ao longo de sua elaboração. Ao Dr. Antonio Carlos Ferreira de Queiroz, por ne incentivar a cursar o nestrado em Planejamento Energético, onde encontrei tanta identidade. Ao Prof. Maurício Cardoso Arouça, pela orientação no trabalho de Tese, pela sua amizade, incentivo e paciência. Ao Dr. Carlos Alberto de Carvalho Affonso, que como Chefe do DEME, me deu todo apoio a elaboração da Tese. Ao Dr. Sergio Nilo Gomes de Faria, que COMO Chefe da Divisão de Estudos do DEME, me despertou tantas curiosidades sobre o assunto, me incentivando e auxiliando na elaboração da Tese. Ao Prof. Luis Pingueili Rosa pelo seu brilhantismo e irradiação de energia possitiva, desde quando meu professor até a sua participação na banca de defesa da Tese.
5 Ao Or. Ruderico Ferraz Pimentel, por Me incentivar a elaborar este trabalho, COMO tanbém COMO participante da banca da Tese. Aos Professores do Programa de Energia, em especial a Profâ. Carmem Alval Contreiros, Prof. Adriano José Pires Rodrigues, Prof. Danilo de Souza Dias, e ao Prof. JoSo Lizardo de Araújo. Aos meus amigos de trabalho que inúmeras vezes, tanto me ajudaram sob os mais diferentes aspectos, dedicando parte de seu precioso tempo colaborando COM esta pesquisa, meu muito obrigado especialmente a: Magali de Lima; Helenice Silveira; Fernando José Pereira da Costa; Tereza Franco Ribeiro; Sergio Luiz Gaio; Jorge Camargo; Rosimere Manuei da Silva; Alfredo Maciel; Josef Perecroanis; José M.M.S. David; Neuza Salles; Net de Oliveira Costa; Roberto Brochado; Sandra Mendes Bento; Wilson Garcia; Lídia Pessoa; Maria Elena Ribeiro de Mello e Fernanüo Tourinho. Aos meus amigos de Curso de Mestrado: MarcelIo Mendes, Romulo Cravo, Fátima Boucinhas, Eduardo Cunha, Márcio Araújo, Eloina Fernandes, Álvaro e Moacyr. A minha amiga Louise Land Bittencourt Leonardo, pelo seu carinho e atenção e tantas dicas sobre o trabalho.
6 A Lilit Da»sc, Barbara» Siaone e Veloni pela amizade e atenção. Aos Técnicos do IB6E, principal«ente na pessoa da DrS. Haria Alice Velloso por todo auxilio e atenção. A Car«em Valéria Fonseca, pela dedicação na mi cragem desta t ese. ' Aos amigos Eduardo, Osmério, Paulo Márcio, Alexandre, Fátima, Cacati e Lenize, Lauro, ttarcello, HelMet, Ana Luiza que tanto me ajudaram de forma indireta na elaboração deste trabalho. A lição de vida que tive ao longo deste trabalho onde aprendi qut sem o auxílio mútuo e amizade não se consegue chegar a lugar algum.
7 Resumo da Tese apresentada a COPPE/UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências (H.Sc). CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SETOR TERCX4RI0 - UM INSTRUMENTO PARA ANrfLISE SóCIO-ECONdHICA E ESTUDOS DE MERCADO. LAMOUNIER ERTHAL VILLELA ABRIL DE 1991 Orientador: MAURÍCIO CARDOSO AROUCA Programa : Planejamento Energético Esta Tese tem o objetivo de analisar as implicações do crescimento do setor terciário sobre a demanda de energia elétr ica. Para tanto, é feita uma análise sócio-econômica do setor terciárior identificando a sua dinâmica, suas relações com os demais setores da economia, e descrevendo as metodologias de mensurações do produto. Posteriormente é feita uma análise sobre a evolução do consumo de energia elétrica no setor terciário, identificando-o por regiões do pais, por consumidores e por subsetores. Analisa-se também a intensidade de energia no produto e por último descreve-se o sistema tarifário vigente. Apôs constatar-se que o crescimento do consumo de energia elétrica no setor terciário se deu essencialmente pela participação de grandes consumidores, passou-se a identificá-los enquanto subsetores tercíáríos, para em seguida diagnosticar o potencial de conservação que cada um deles apresenta, VII
8 Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partial fulfillment of the requeri«ents for the degree of Master of Science (H.Sc). THE CONSUMPTION OF ELETRIC POWER ON THE TERTIARY SECTOR-AM INSTRUMENT FOR ECONOMICAL AND SOCIAL ANALISIS ANO MARKET STUDIES. LANOUNIER ERTHAL VILUELA APRIL, 1991 ChairMan: MAURÍCIO CARDOSO PXOUCA Department: Energetic Planning The main subjective of this thesis is to analyse the effects of the growth of the tertiary sector on the electric power demand. In order to accomplish this goal an economical and social, analisis of the tertiary sector is made to identify its dinamic, its relations with the other sectors of the economy and to describe the methodologies for measuring the overall tertiary production. Afferwards it is made an analysis of the evolution of the electric power consumption in the tertiary sector, in order to identify the consumption per region of the country per consumers and tertiary subsectors. It is also analysed the product power intensify and» finally its described the present tariff shsten». Finally, realsing the consuption increase of eletric energy in the tertiary sector is essencialy explained by the participation of huge consumers, they mere identified as sul o sectors. In addition it was elaborated a diagnosis to measure the potential of energy savings in each one.
9 Í N D I C E INTRODUCSO i CAPÍTULO I - ANÁLISE SÓCIO-ECONÔMICO DO SETOR TERCIÀRIO Histórico do Setor Terciário Conceituarão e Metodologia de hensuração Comércio Transportes Comunicações A Instituições Financeiras Aluguéis Outros Serviços Dinâmica, Participação e Inter-relacao com Outros Setores da Economia Informalidade e Mao-de-Obra no Setor Tendências no Uso de Tecnologias no Setor IX
10 CAPÍTULO II - CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO SETOR TERCIáRIO 57 II.Í Introdução 57 XI.2 Uso de Energia no Setor Terciário, conforme os dados do Balanço Energético Análise dos Dados Disponíveis sobre o Consumo de Energia Elétrica no Setor Consumo de Energia Elétrica por Região e Número de Consumidores Análise do Consumo de Energia Elétrica por Consumidores do Setor Terciário Intensidade de Energia Elétrica no Produto do Setor Terciário ; S i st ema Tar i f ár io Vi gent e 83-0 Valor Real das. Tarifas. 83
11 CAPÍTULO III - DIAGNÓSTICO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NOS PRINCIPAIS SEGMENTOS DO SETOR TERCI4RI i Introdução Comércio Tradicional Shopping-Centers Características Consumo de Energia Elétrica Resultados da Pesquisa de Campo Supermercados Características Consumo de Energia Elétrica Conclusões da Pesquisa de Campo - Possibilidades de Conservação Instituições Bancárias Características Consumo de Energia Elétrica 113 XI
12 Consumo de Energia Elétrica nas Agências Bancárias Consumo de Energia Elétrica nos Bancos Eletrônicos Consumo de Energia Elétrica nos Prédios Administrativos 118 III.5.3 Resultados da Pesquisa de Campo ~ Possibilidades de Conservação Prédios de Escritórios i Consumo de Energia Elétrica Possibilidades de Conservação Setor Hoteleiro Características Consumo de E-nerg i». Elétrica Possibilidades de Conservação Metr5~Rio 140 II Características II1.8.2 Consumo de Energia Elétrica III. 8.3 Possibilidades cie Conservação CAPÍTULO IV - CONCLUSÕES 150 BIBLIOPRAFIA 160 XII
13 INTRODUÇSO Dado os elevados custos de expansão do sistema elétrico, e as prementes necessidades de melhor conhecer o seu mercado, identificou-se a necessidade de se analisar as relações entre o nível de atividades econômicas e o consumo de energia elétrica requerido pelas diversas atividades. Dentro desta perspectiva este trabalho teve como objetivo analisar a dinâmica do setor terciário avaliando as implicações de suas mudanças estruturais sobre o mercado de energia elétrica buscando delinear suas tendências futuras, visando com isso fornecer subsídios para estudos de mercados O setor terciário é caracterizado pela sua complexidade e heterogeneidade de atividades, possuindo segmentos bastantes diferenciados, que vão desde os mais tradicionais aos mais modernos. 0 setor representa uma crescente importância para a economia brasileira e uma dinâmica muito influente nos outros setores, cabendo destacar que o setor é responsável por aproximadamente 60% do PIB. Nos países do primeiro mundo o processo de terei arizaçso pode ser explicado pela dinâmica de um desenvolvimento econsmico equilibrado e auto-sustentado que tende a expandir a producso para o setor tercíirio, fruto de um crescimento do i
14 padrso de vida dessas sociedades ou d» "Modernidade". Nesta fase do desenvolviaento, grande parte do excedente econômico é direcionado à produção de serviços, bea COMO a preservado da qualidade de*vida. 0 processo de tereiarizaçio brasileira divergiu fundamentalmente das tendências observadas no priaeiro»undo r aqui a expansão deste setor foi na rs intensa quando a produção industrial apresentava baixo crescimento ou Mesmo estagnada. De acordo com a literatura disponível o Mundo atual vive o denominado "tertiary stage". 0 processo de modernização do terciário brasileiro, seguindo padrões de estilos arquitetônicos dos países desenvolvidos significou uma demanda crescente de energia elétrica, que de certa forma foi fomentado pelas baixas tarifas do setor praticadas nos últimos anos, incentivando desperdícios e uso irracional deste insumo, o que por outro lado também significou um atraso na buscai de soluções alternativas, e uma opção pelo uso de tecnologias antiquadas. 0 trabalho terá como objetivo analisar o processo de evolução do consumo de energia no setor, onde se constata a intensificação no uso de energia no setor, e am crescimento do setor via grandes consumidores. Na elaboração da pesquisa confrontou-se com uma grande dificuldade na obtenção de dados sobre o setor, sendo necessário unir peças como um grande quebra-cabeça, pode-se
15 dizer que a literatura sobre o assunto no Brasil é extremamente escassa. A Metodologia adotada para a elaboração do trabalho, seguiu basicamente a seguinte linha: No primeiro Capítulo foi elaborada uma análise sócio-econsnica do setor sendo esta composta de UM histórico; descrição conceituai e metodologias de mensuração do produto conforme a contabilidade nacional; análise da dinâmica» participação e inter-relação do setor con os outros setores da economia; analisa também a questão da informalidade no setor no sentido de avaliar os impactos que esta causa no consumo de eletricidade; e finaliza a análise com a avaliação das implicações das tendências tecnológicas influindo tanto na questão da energia como no "Modus Operande" do setor. No segundo Capítulo são analisados os dados do Balanço Energético Nacional r onde foi possível visualisar a existência de um processo de substituição de energéticos no setor T e o grau de utilização de energia elétrica para o suprimento da<r> necessidades setoriais. Em seguida analisou-se as estatísticas de consumo de energia elétrica elaboradas pela ELETROBR4S r onde foi possível identificar o consumo de energia por região do Brasil r o número de consumidores, o consumo por subset ores e a intensidade- de energia elétrica no produto; faz-se também uwa descrição do sistema tarifário vigente. 3
16 O terceiro Capítulo se ocupa en diagnosticar alguns segmentos setoriais por onde foi possível avaliar as diferenças no consumo entre os estabelecimentos tradicionais e os mais modernos do setor, para tal utilizou-se de alguns parâmetros que captassem estas diferenças. Os diagnósticos também se preocuparam em caracterizar os estabelecimentos, indicando em alguns casos que estas características implicam em consumos específicos de energia elétrica. Através dos diagnósticos foi possível também identificar, de uma maneira geral, os potenciais de conservação de cada segmento através dos dados da pesquisa de campo. Para compreensão das especificidades do setor foram analisados os seguintes segmentos: Comércio Tradicional, Shopping Centers, Supermercados, Instituições Bancárias, Prédios de Escritórios, Hotéis e Metro-Rio. Devido as particularidades quanto ao uso da energia e a disronibi1 idade de dados a linha metodológica utilizada para a elaboração dos diagnósticos foi destinta para cada segmento. A dificuldade na obtenção de dados específico» referentes ao uso da energia reflete a falta de uma cultura na sociedade em relação à racionalidade no uso da energia, que reflete também uma cultura institucional onde a relação Empresa/Usuário de energia não foi previlegiada.
17 CAPITULO X ANÁLISE SóCIO-ECONôMXCA DO SETOR TERCX4RIO I.i Histérico do Setor Terciário A evolução cio setor serviços está intimamente relacionada com a história da nossa época, ou seja, da evolução do sistema capitalista. Co» o dec1 mio do sistema Feudal e o surgimento do per Todo Renascentista, o comércio torna-se a atividade econômica central. A acumulação de capital foi fomentada pela prática de políticas mereanti1istas operadas pelas nacoes preponderantes da época, e desta acumulação advieram as grandes transformações ocorridas nos períodos subsequentes. Nesse período de transição sócio-econômica r ocorrido na Europa Ocidental nos séculos XVII e XVIII, é que surgem os primeiros pensadores a formularem os circuitos econômicos, ou seja, os Fisiocratas. Para eles as atividades comerciais e financeiras eram consideradas como atividades não-produtivas r pelo fato de não agregarem valor às matérias-primas. Sendo assim, por atividades produtivas os Fisiocratas só consideravam a Agricultura e a Pecuária, cabendo ressaltar que as atividades manufature iras tinham pouca representabí1 idade no período.
18 Esta noção de Atividades Produtivas e N5o-Produtivas passou a ser utilizada pelos economistas clássicos. Estes, porém, incluiria» a manufatura no setor produtivo. Ainda assim, os serviços ainda não eram consideradas como atividades produtivas. Este tipo de análise pode ser detectado em Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx e John Stuart Mill. No último quartel do século XVIII (1), Adam Smith descrevia que o cenário empresarial inglês era dominado pelo empresario-capitalista, este contratava mão-de-obra e negociava através de sociedades comerciais. A agricultura no entanto, continuava a ser a atividade mais importante, porém, já se davam grandes passos ao nível do progresso técnico, particularroente nas indústrias text is e metalúrgicas, o que assinalaria o prelúdio da Revolução Industrial. Nesse período de mudanças e de acumulação de excedentes (2). A divisão do trabalho já começa a ser notada em alguns países pela especialização na produção manufature ira, sendo este fato fruto do processo industrializante, que traz consigo grandes mudanças sociais, que vão desde aos modos de vida, forma de alocação da mão-de-obra, a formação dos excedentes, e etc. No século XIX, Friedrích List (3>, passa a considerar, a educação, a administração e a comunicação como fatores produtivos importantes. Elaborou também um esquema descritivo para o processo de desenvolvimento por estágios econômicos que 6
19 ocorreria da seguinte for«a* 19 Estágio = Agricultura 22 Estágio = Agricultura - Manufatura 32 Estágio = Agricultura - Manufatura - Comércio Apesar dessa teoria do? estágios de desenvolvimento ser u«a questão bastante questionável foi um grande avanço na época. Podenos notar que de fato estes estágios são complementares e entre eles existe uma grande inter-relação. Exemplo disso é que: com a industrialização aumenta-se o fluxo do comércio internacional, que passa a ser respaldado pelo padrão-ouro, facilitando as transações internacionais e fundamentando o sistema financeiro, logo um aumento das atividades terei ar ias. Chega-se r então, a um novo período histórico onde a indústria ocupa posição principal no cenário econômico internacional. Formam-se os estados fortes e surgem novas poténc i as. Contudo, é a partir da 23 Grande Guerra Mundial que o setor serviços se desenvolve, passando a ser a atividade Preponderante e complementar aos demais setores. Neste período cabe destacar que o governo passa a atuar de forma mais enérgica na economia, ou seja, utiliza de políticas keynesianas. As estruturas de emprego se transformam rapidamente e nos países mais desenvolvidos, migra a mão-de-obra da Agropecuária e Indústria para o setor serviços.
20 Esse novo período histórico recebe diversas denominações COMO a de "tertiary stage" con-f. A. Fisher (4), ou MCSMO conforme citado pela ONU (5) de acordo C M a literatura existente no assunto cpmo: "The new service economy", "de industrialization" e de "post industrial stage". 0 nais importante é citar que nesse novo período, subentende-se a econoaia já ter superado os problemas conuns da produção Manufature ira. Sendo assim, possível destinar Maiores recursos para a produção de novos produtos industrializados e principalmente para serviços. Estes novos bens não estaria» incluídos no rol daqueles oferecidos nos estágios anteriores <ó), constituindo-se desde viagens, diversões variadas, serviços pessoais e culturais entre outros. Nessa fase, então, os serviços improdutivos conforme descrito pelos economistas clássicos, absorveriam uma parcela de tempo cada vez maior da comunidade. No século XX, então, a importância do setor Terciário no desenvolvimento econômico é comparável com a produção industrial para os dois últimos séculos. (1) - Ver, RIM I.H. História do Prnsaarnto Ecooitico - ed. Atlas S.P (2) - Ver, IttaiUc, tarar - A Parte Maldita <3> - Enciclopédia Britânica (4) - Ver, Allan 6.B. Fitóer - " Capital and Growth of Knovlcdge" The Econoaic Jornal - set (5) - Ver, United Nacions - Trade and Development Report, 1988, (ó) - Dinâmica do setor serviços no irasil Ewrcio e Produto Wander leu J. H. Alarida e Maria da Conceição Silva. 8
21 1.2 Conceituaçfio e Hctodolo9ia d* Hcnsvracio Para a conceituação do setor serviços utilizaremos o N.S.C. N. (1) - NOVO SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS - elaborado pelo IBGE que segue as recomendações internacionais das Organizações das Nações Unidas - ONU. é através da Contabilidade Nacional que a economia de UM país é representada e quantificada, sendo tradicionalmente subdividida em três setores: - Agropecuária ou setor Primário - Indústria ou setor Secundário - Serviços ou setor Terciário Pelo somatório do valor adicionado <*> de cada setor, chega-se ao PIBcf (Produto Interno Bruto a custo de fatores), conforme mostra o esquema abaixo: - Agropecuária - Indústria. E>:tr ativa mineral. Transformação. Construção - Serviços industriais de utilidade pública ( ) Valor Miciorado c o saldo entre o valor tft produção t o CMMM ccmmica. interiediãvio ei cate atividade
22 Serviços. CoMércio. Transportes. Aéreo. Ferroviário. H i drov i ár i o. Rodoviário. Dut ov i ár i o. Coaunicações. Instituições financeiras. Administrações Públicas. Aluguéis. Outros serviços Subtotal Menos: I«putação dos serviços de intern, financeira PRODUTO INTERNO BRUTO A CUSTO DE FATORES. Extraído do S.C.N - Sistema de Contas Nacionais - I Mo). Este tipo de contabilização é denominado de ótica do Produto; onde: PIB= Onde: VBP-CI 1.0
23 PIB = Produto Interno Bruto VBP = Valor Bruto da Produção Cl = ConsuMO Internediário Também pode se utilizar a ótica da Renda, onde o PIB é a soma dos rendimentos gerados na produção e os impostos indiretos líquidos. E ainda pela ótica da Despesa que é igual ao valor dos bens e serviços resultantes da produção das unidades residentes para o uso final. A mensuracão do setor serviços é a que apresenta maiores dificuldades pelo fato deste não ter um produto final de fácil contabilização como ocorre nos outros dois setores, (Primário e Secundário). Outra característica é a heterogeniedade das atividades, como exemplo, observe o quadro a seguir: MAMAS ATIVIDADES E PRODUTOS DO SETOR TERCÜRIO Atividade Coacrcio Produto Intertediiçio (facilitacio dc consuio e produção) Rcprcsentacio et teral Interned iuio c divulgação Bancos et feral Intermediação Corretores dc câtbio e valores Iitteraediacio Corretores dc iiíveit Intcraediacão Atentes de turitm e viam Intentediacão c lazer Coawibias dc sesvros Garantia Outros atentes financeiros (diverso») Hotelaria (e Restaurantes) Produção de terçado e fácilitacio de consuio Transportes Comicacies Rádio c Televisão (difusão) Lazer e fácil itacio de consmo c produção Lazer e facilitacio de consuto e produção Lazer e foriacão cultural (nis facilitacio dc consuto e produção) li
24 ALBUMS ATIVIOMIES E HNMTOS DO SOM TOCIfllO Atividade Produto Serviços técnko-trofissioaais InstituicSes de miao fa tirai Instituicies de pesquisa et feral Institui cies filantrópicas e religiosas Instituiçtes recreativas e culturais Administração govcrnatmtal Defesa e policiaueato Saúde pública - Governo Educaçío-Govtrno Conservaçio-6overno Pronocâo econnica-governo Prosocâo social-6overno Serv i cos dowst i cos-fune i onaaento Serviços donésticos-nanutencâo (diversos) Fortacao cultural (laztr) Fortação cultural (lazer) Satisfação skio-cultural-reliiiosa Later e foraacão cultural Garantia de interesses gerais da coletividade 6arantia de interesses gerais da coletividade Garantia de interesses gerais da coletividade Foraacio cultural e garantia de interesses gerais da coletividade üarantia de interesses gerais da coletividade 6arantia de interesses gerais da coletividade Garantia de interesses gerais da coletividade Produção de terçado e facilitacio do consuto e produção Produção de terçado e facilitacio do consuto e produção FONTE: Dinúica do setor serviços no Brasil - etprego e produto - Autores: Alteida, H.J.N e Silva, H.C. - IPEA - INPES O fato da dificuldade na mensuraçao e corteei tuacao do produto do setor é função deste produzir fatores ná'o-mater iais, ou seja, Serviços- Veja por exemplo a preocupação destes autores em exemplificar esta problemática: texto extraído do papers
25 »" The Heasurement of Service". - Internacional Association for Rcseard in income and Health - August autor * R. Gajecki and S. Kasiewicz; tradução prép- ia. " O caaceito de ameia e distriaaicâa ia reaja aacieaal, «asaria visto ria esfera ria coataailizacao rias serviços aprestata alfaaaa serias dificalriaan. Ea priaeiro las*, a de def iair s neap» das service* aia-aateriais afiliadas aa esfera at prodatio aafterial. Desse aada, iapacta fa nftra ax tarvicaa aaa aatariai» aa anavelvinate aa praanâo aaterial é taabéa «a difícil acertacia, aa aaaa» ivaaaivel *t attutvs» Ea scfaado laiar, ao caapo ia coataailiacaa áas smricas aia wttriait, a istratara isttraa tea anptsai yeraeas a prawisiaaaia» wa scvicaa aia aattriait aia é iantif icaia. Ea caasavmacia, aia r passível astaaclccar aa flaxo aas scrvicas iataraas sn a esftra aio-aatirial. Ea tercerro l«far, es esforços para acasarar a valaac ax serviços terarios aa esfera aso-aaterial sitaa-se aaito aais aa esfera acaléaica, ao «ae aos ceatras oficiais at contaailiriaat. 0 fato *f «So se poier estiaar o volaar êo proaato irraáo aa esfera aio-atterial tea COM coasevnacia a iarossibilidade de se adotar «al«kr foraa de aeasaracao «st avalie, de fato, a diaâaica rio setor. Ea particahr, é coaaa aio se considerar o deseavolviaeato das atividades aâo-aateriais, coao «a fator «ie colakore para o deseapeaao iloaal da ecoaoaia". ú lógico que quanto mais detalhado pudesse ser a mensurarão do setor mais fácil se tornaria sua análise, sua dinâmica e sua repercussão na economia. Conforme a metodologia adotada no S.C.N-IBGE entende-se ' por setor serviços o somatório das atividades de Comércio, Transportes, Comunicações, Instituições Financeiras, Administrações Públicas, Aluguéis e Outros Serviços. O cálculo do produto real de cada segmento do setor adota um método diferente de contabilização, conforme pode ser observado no resumo da metodologia para cada subsetors 13
26 1.2.1 Cooércio Compreende a venda de produtos novos e usados adquiridos de outros agentes econômicos e pode ser dividido e» atacadista e varej ista. A estimativa do valor da produção c obtido pela diferença entre as compras e as vendas dos produtos i. serem comercializados, isto é, a Margem Comercial. Fontes de dados: - Censos Comerciais - IBGE - Censos Demográficos - IBGE ~ Pesquisa Industrial Anual <PIA) - IBGE - Coordenação do Sistema de Informações Econômico Fiscais - CIEF - Ministério da Fazenda - Centro da Estatística de Preços - IBRE/FGV 0 Cálculo do índice de Produto Reais 0 manual de metodologia do S.C.N. destaca os problemas de mensuraçao desta atividade, que apesar de operar com bens físicos, em realidade seu produto é um serviço, ou seja, um bem intangível, é considerado então para o cálculo do produto real a variação do volume das mercadoria?» vendidas.
27 1.2.2 Transportes Abrange os serviços de transportes Hidroviário, Aéreo, Rodoviário e Dutoviário realizado pelas empresas transportadoras, pelos departamentos de transporte de empresas que atuam preponderantemente em outras atividades e pelos transportadores autônomos. Fontes de dados: - Superintendência Nacional da Marinha Mercante (SUNAMAM) - Petrobrás - Cia. Siderúrgica Nacional - Cia. de Navegação do Estado do Rio de Janeiro - CONERJ - Departamento de Aviação Civil (DAC). Ministério da Aeronaut ica - Rede Ferroviário Federal S.A. (RFFSA) - Cia. Vale do Rio Doce - Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA) - Cia. Metropolitana do Rio de Janeiro (METRÔ) - RIO) - Cia. Metropolitana de Sao Paulo (METRÔ - S»0 PAULO) - Pesquisa Anual das Empresas de Transporte Rodoviário IBGE - Censos Demográficos - IBGE - Inquéritos Especiais sobre Transportes - IBGE 0 Cálculo do Produto Reais A metodologia útil irada par o valor da Produção das ÍS
28 empresas que presta» serviços nas diversas Modalidades de transporte é a seguintes somando-se as receitas do transporte, dedus-se o consumo intermediário e chega-se assi» ao valor adicionado e a este resultado soma-se o rendimento dos autônomos. O cálculo da receita é feito por modalidade de transporte respect ivãmente! - Hidroviário - o cálculo é feito em função dos fretes das importações e exportações por principais portos, para cada modalidade de navegação: longo cursor cabotagem e interior. - Aéreo - o cálculo é obtido agregando-se as variações quantitativas do número de passageiros/km e mala postal, t/km ponderados pelos seus respect ivos preços. - Ferroviário - o índice do produto real é obtido agregando-se as quantidades transportadas de passageiros/km e de mercadoria em t/km-ütil, ponderadas pelos respectivos preços desses serviços prestados pelas estradas de ferro. - Rodoviário - o cálculo é estimado pela variação do consumo efetivo de óleo diesel. (Fontes PETROBR4S) - Dutoviário - pela falta de um indicador que espelhe sua produção física, o cálculo do produto real dessa atividade corrersponde a média das atividades de transporte.
29 1.2*3 CcMMinícaçii Esta atividade compreende os Serviços Postais e Telegráficos e os Serviços de Telecomunicações. Fonte de dados: - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (E.C.T) - TELEBRdS 0 cálculo do índice do Produto Real é feito do seguinte i modo, agregando~se: - Os Serviços Postais e Telegráficos - sao medidos através de dados de produção física do Tráfego Postal. - Os Serviços da Telefonia evoluem por um índice formado pelo número de pulsos das ligações locais, interurbanos e internac ionais Instituições Financeiras Este setor agrega as unidades institucionais residentes cuja função principal é coletar, transformar e repartir os meios de financiamento. 17
30 Fonte de dados: - Banco Central * Banco do Brasil S.A. - Banco Nacional de Desenvolviwento Econômico e Social (BNDS) - Banco Nacional da Habitação (BNH><«> - Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC><*> - Caixa Econômica Federal (CEF) - Caixas Econômicas Estaduais - Associação Nacional de Bancos de Desenvolvimento (ABDE) - Associação Nacional de Bancos de Investimentos <ANBID) - Eletrobrás <**) - Instituto de Resseguros do Brasil - Inquéritos Especiais do IBGE sobre Instituições de Crédito -- Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito (CONTEC) - Ministério do Trabalho. 0 Cálculo do índice do Produto Real: 0 IBGE ressalta as sérias dificuldades para mensurar em termos reais o produto desta atividade, observando ainda que existe uma diversidade nos métodos de avaliação adotados por diversos países» Diz ainda, se fosse utilizado o mesmo procedimento das demais atividades par., o cálculo do valor de Produção poderia se chegar a um Valor Adicionado perto de zero ou negativo. <«> Já extintos. (»»> Nova Ktodolosia 1W» sai de Inct. Financeiras e pasta para Serv.Industriais íe utilidade pública. 18
31 Geralmente, os serviços prestados pelas Instituições Financeiras ou são gratuitos ou sio cobrados a preços muito baixos» e ao se ret irar neste valor gastos COM O consumo intermediário chegaríamos a um valor adicionado de difícil interpretação. As Instituições Financeiras obtém a maior parte de seus recursos através da diferença entre os juros recebidos e pagos, porém em Contábil idade Nacional, os juros nao são tratados como remuneração por serviços prestados mas como una operação de repartição da renda. Na versão atual das Contas Nacionais é utilizada como indicador de crescimento real desta atividade (excluindo a Imputaçâo de Serviços de Intermediação Financeira) a evolução do número de pessoas ocupadas em Instituições Financeiras e Seguradoras. Essa metodologia pressupõe constante, através do tempo, a relação produto/homem ocupado e r em conseqüência, nao leva em consideração os efeitos ocasionados por mudanças tecnológ icas Aluguéis Inclue o Aluguel de bens imóveis (edificações residenciais e não residenciais), equipamentos, maquinarias e outros bens, exceto de terrenos e ativos não físicos (intangíveis) tais como direitos autorais, patentes, marcas, etc). inclue também o aluguel imputado dos domicílios ocupados Í9
32 por seus proprietários. Sua Mensurarão procura quantificar os serviços prestado por esses bens de capital. Fontes de Dados: - Censos Demográficos - IBGE - Censos Econômicos e Inquéritos Especiais - IBGE - Coordenação do Sistema de Informações Econômico-Ftscaíf (CIEF) - Ministério da Fazenda - Centro de Estatística de Preços - IBRE/TGV Cálculo do índice de Produto Real: Não existe indicadores de evolução física para Aluguéis. 0 cálculo para esta atividade acompanha a média da economia Outros Serviços Define-se como um conjunto de atividades que de acordo com as recomendações internacionais deveriam ser mensurados.-separadamente, contudo, a heterogeneidade dos segmentos que integram esse grupo, não permitem tal desagregação, visto as disponibilidades estatísticas atuais. Com a finalidade de facilitar a contabilização, estas 20
33 atividades fora» reunidas «a dois grupo*t 1 - Atividades Sociais (inclusive Instituições Privadas sea Fins Lucrativos). ensino particular. assistência Nedico-hospitalar privada. cultos e atividades auxiliares. instituições culturais 2 - Prestação de Serviços. serviços de alojaaento e alinentação. serviços de higiene pessoal. serviços de confecção, conservação e reparação de artigos de vestuário. serviços de conservação, reparação e instalações de máquinas e veículos. serviços domésticos remunerados. conservação de edifícios. outras atividades (incluindo os serviços auxiliares e de apoio prestados a empresa). Fontes de Dados: - Censos de Serviços - IBGE - Censos Demográficos - IBGE Cálculo do índice de Produto Real: A estimativa do produto real de Outros Serviços é feita pela taxa de variação anual do pessoal ocupado nestas atividades, calculada a partir de dados fornecidos pelo 2i
34 Ministério do Trabalho. Esta estatística só está disponível a partir do ano de Nos demais anos» por falta de indicadores específicos, a estimativa da evolução destas atividades acompanhou, implicitamente, a da média da economia. 1.3 Dinâmica, ParticipaçSo e Inter-relação com outros Setores da Eci 0 setor serviços passou a ter uma participação mais atuante no período pós 23 Grande Guerra Mundial. Conforme já citado no subcapítulo I.i, o que não significa dizer que o setor não tinha una participação iaportante antes deste período, «as sim que a partir de então ocorrera o que podemos denominar de uma revolução do setor serviços. Sua elevada participação,, já era observada nos países de economia mais avançada, conforme é mostrado no quadro a seguir, extraído do livro: Dinâmica do Setor Serviços no Brasil: Emprego e Produto; autores: Wander ley J.M. de Almeida e Maria da Conceição Silva - IPEA «MMO PAtTICIPAflO DO SETOR TERCI4SIO NO P100UTO IMTEINO NOTO, A CUSTO DE FATORES - PAÍSES SELECIONADOS Participação Percentual País/Período (PIL) Preços Correntes Preços Constantes IWi/íBil 43,8* 43,8* IWi/itti"" 44,2* 44,r ÍW7 54,r 54,3" 22 (Continual
35 PMMITO IRIEMIHTIt A OBTO K FAWES - PAÍSES SLECMMC Participação Ptrcutol Nis/Ptrífl* Preços Carrot cs Pretos Coftstaatts 6ri4rttaaha (PB) 19t leiao Ihido (PD) /19*7 Fraaça (PII) Norteia (PII) IMS Svfeia (PII) 1861/187» 1951/ / /1967 Estados Unidos <W) /1899 (PM)- 1889/ / /1967 Canadá (PIB) 951/ / ,7 42,6 41,6 38,5 42,«- - 34,3 39,1 31,9 32,7 39,1 31,6 38, ,3 53,2 38, ,8 41,6 43,8 33,9 39,9 39,5 31,2 31,4 36,5 47,5 45,7 5f,4 52,4 37,5 35,7 FONTE DOS MOOS: S. Kuznct», op.cit., PP. 144/151. NOTAS A definição do setor tcrciario corresponde i it S. Kuznets. 23
36 Vários fatores influenciar»* esta dita revolução, COMO exeaplo* a urbanização, a Modernização da sociedade, uma Maior ingerência do estado na economia, etc. Conforme Paul Singer (Ver CEBRAP): "... 0 prictuo MT «rtaizicát te ucicmts mitmi truta CMtiM) a fome» it caytoms strvicos. Este* st sit «* «klta» to ciiafc». Um CMfiynÕB ttoca it w ctotro sttrawlitaw t HTMMI HT «oajwt» it KTVÍCM it cortrolt - itivimts Mlítios ItiantiM, Itfislalm, jmliciárii), rtlifiosas, finktirw, siaiictis, M? iftfarsttica, fiscais t ttc. to rtmw it «ai tt ormiizm Ntm strvicw tw ittsin Rtctstiiaits i i KP«lad» («colts, hmpitait, CÍMHS, cotros êt Iam). As iiüstrias st local izariw aos wrvlmvi Ats ctntros ConforMe este autor a existência e a organização das cidades e principalmente das "megalapolis", que se Multiplicam tanto nos países desenvolvidos COMO ainda nos nâo-desenvolvidos, isto é, de certo modo fruto de um processo de "tereiarização" da economia. Ressalta também que o processo de terciarizaçâo é comum a quase todos os países o que irá resultar em sociedades fortemente urbanizadas com características de grandes concentrações. Existindo então uma tendência a um elevado crescimento da produção n8o-material. Vários fatores explicariam essa dinâmicas entre elas destacam-se as inovações tecnológicas, como a automatização e mecanização, que liberam mão-de-obra de outros setores, migrando estes trabalhadores para o setor serviços. Vale dizer, que nos 24
37 países nso-descnvolvidos, a parte " estagnada " do exército industrial de reserva, se auto-sustenta mediante a uma variedade de atividades consideradas como Marginais, tais COMO: vendedores ambulantes, engraxates, lavadores de carros, carregadores etc. Considero válido acrescentar a esta análise feita por Paul Singer outros fatores que também influenciam o setors - Nível de Emprego da Economia; - Nivel de Produção Industrial; - Grau de Informabilidade; - Nível tecnológico, etc. No trabalho: 0 Departamento de Comércio e Serviços e a I I I Conferência Nacional de Estatística, IBGE comentas *... A estrutura de distribuição e concentração da renda pessoal determinantes do padrão de distribuição c diversificação do COBSUM influei diretaiente no aoviiento daqueles serviços destinados ao consuto pessoal. A participação desses serviços no total de atividade liga-se, também, ao grau de urbanização, diversificação e especialização industrial e nível de qualificação da mão-de-obra. Os serviços tue se destinai predominantemente ao consuno intermediário são influenciados, naturalmente, pelo crescimento dos outros setores de atividade. A participação relativa da prestação de serviços na geração da renda nacional c determinada fundamentalmente por escolhas entre * comprar " t" fazer \ ou * comprar * e" alugar *. De acordo com as normas internacionais, a apreensão dos fennenos CCMMÍCOS passa pelo fato de serei transacionados no nercado ou serem produzidos a partir de fatores de produção comercializados no mercado. Portanto, quando um indivíduo decide utilizar serviços como lavanderias, restaurantes ou cabelereiros cm lugar de executá-los por conta prépria estará influindo no nível da produção. Da mesma forma, uma empresa ao decidir contratar de terceiros, serviços de auditoria, consultoria, vigilância, etc. em lugar de executá-los com MUS préprios recursos, estará estimulando o crescimento dos chamados serviços auxiliares. 0 processo de dcsverticalizacão de estrutura produtiva, ou aprofundamento da divisão do trabalho, deve ser considerado atentamente na avaliação da atividade de serviços. Estreitamente ligada à questão anterior aparece a da autonomia. Até que ponto esses serviços são produzidos por rapresas essencialmente prestadoras de serviços? A investigação da independência e autonwia destes serviços ainda não foi analisada e para 25
38 isso dever iaa ser pesquisados aspectos relativos a» relacioaaotftto prestadoras de serviços e avarias «je os coasoaeo. te A yaode sofisticação e diversificacs» te pratacia iadtstrial é aotro fator iapvtaate para análise to aoviacato e diretia do cresciaeato do setor. A itspoaisilidade de aovos produtos aomfatvados, coao por exeaplo, caapatadorts M aparellms de vídtemssetc, iatlica ao soriiaeato de aovos seaontos da atividade cooo serviços de reparado» serviços de locacio (de ewipaontot M de fitas), serviços de proaraaatso, assistéacia técnica etc, ". Observamos então que o setor Terciário funciona COMO complementar e compulsor das demais atividades, cumprindo um papel importante na manutenção do nível das atividades. Sua dinâmica pode estar ligada a períodos de crise onde o governo pode passar a atuar de forma mais marcante e ou, em outro caso, como uma queda na produção industrial por outros motivos, os trabalhadores do setor secundário transferem-se para o Terciário. Esta transferência fomenta atividades cornos do tipo o pequeno comércio, camelos, confecções, táxis, etc. Por outro lado, o bom desempenho da economia também favorece o setor serviços, como é o caso da produção de novos equipamentos pela indústria, que aumentam as atividades terciárias, como exemplos podemos citar: computadores, novas instalações, video-cassete, edifícios inteligentes etc. Chega-se a conclusão que a terciarísacão da economia é quase que inevitável. Em outras análises como a de W.W.Rostow (*), que no caso, poderia até mesmo ser comparado o esquema simplificado de List que foi citado (*) Ver Oioáaica do Setor Serviços no B r u i l,
39 no histórico, o esquema de Rostov faz uma descrição para as fases do processo de desenvolvimento, subdividindo estas fases em: " a sociedade tradicional "," precondiçoes para o take-off ", " take-off, " transição para a maturidade " c a " idade do elevado consumo em massa " e a ultima fase denominada de " pós-consumo". Podemos melhor compreender estas fases sobre a ót ica do processo de desenvolvimento: - " Sociedade tradicional " - Entende-se que as atividades primárias como as principais na economia. - " Precondições para o take-off " = Ocorre formação de nova infra-estrutura econômica e por lenta transformação sóc io-política-inst ituc ional. - " Take-off " - A economia já é formada por infra-estrutura essencial moderna, acentuando-se o setor industrial moderno. - " Transição para a maturidade " = Novo estágio de crescimento econômico, o processo produtivo se torna mais complexo e as inter-relacoes industriais aumentam. 27
40 " Elevado consumo en Massa " * A ênfase do processo produtivo deve deslocar-se para as indústrias de bens de consumo duráveis e para atividades terei árias, nesse momento a renda "pmr capita'' do país teria atingido a um nível onde as necessidades básicas já teriam sido alcançadas. " Pós-consumo " = Compreende-se que o bem-estar da coletividade è uma realidade alcançada, necessitando assim a sociedade de mais serviços, que se evoluem em cadeia. Podemos observar nos quadro í.3.2, a seguir, a existência de uma forte inter-relacao entre o grau de desenvolvimento de cada país analisado com as suas principais atividades econômicas, fort ificando-se, assim, a análise dos estágios de desenvolvimento.
41 ESTRUTURA DE PMMIOO (n ilhm 19*5 ECONOMIAS DE BAIXA KENDA PIB C0MPMAC8ES IHTHHACI0ÍMI5 dt «ilaret) 1967 Pvticincio Rtht i vi no PIB (Z) AfltOPECUftIA IMMSTtlA B7 SERVIÇOS CHW» ÍMIA ETIÓPIA INDONÉSIA 6539» SB ECONOMIAS DE RENDA NÉDIA BAIXA IOLÍVIA EGITO COLÜIIA TAIUNDIA t* ECONOMIAS DE RENDA NÉDIA ALTA BRASIL AR6ENTINA PORTUBAL GRÉCIA VENEZUELA B nwtww 49élO * ECONOMIAS DE RENDA ALTA E.Ü.A ITrfLIA REP.FED.ALEMANHA JAPSO FONTE! Eliboricio Prípria BANCO MUNDIAL -TRADE M d Develwacnt Report,1988. Assim sendo, notamos que os países denominados de Renda Baixa, têm suas atividades econômicas centradas no setor primário; o segundo grupo, de Renda Média Baixa já apresentam uma distribuição Mais homogênea inter-setorial, mesmo assim, nota-se que o setor serviços já concentra aproximadamente metade do Produto Interno Bruto, caracterizando um inchamento setorial. 29 Este inchamento que
42 ainda pode ser «elhor observado pelos Países de Renda Média Alt» ou países de economia transitória, onde as atividades esta centradas nos setores secundário e terei ária. Observando aind que o terciárior em algumas vezes, já assume uma posição superio ao somatório do produto agregado dos setores primários e secundários» As Economias de Renda Alta, ou Desenvolvidas, concentram aproximadamente 60% de seu produto nas atividades terei árias. Agora, analisaremos o perfil das estatísticas do Brasil, frente a um quadro comparativo com países desenvolvidos. Para se tornar as nossas estatísticas compatíveis, foram necessárias algumas aproximações, que podem jer vistas nas r.otas do rodapé do quadro 1.3.3, a seguir. «JADRO PARTICIPADO RELATIVA DOS SETORES NA ECONOMIA, PAÍSES DA OCOE E BRASIL * (Porcentasra) jlconllou*) Estados Muitas JiEM Etna fosil ExtratJvi * Manufatura » Serviços » 59.3» Construção Transporte Cominicacio Atacado » » » í«.7»
43 1.3.3 KLATWn DBS SETHES» ECMNUA, PUSES M OOE E SUSS. " (rorcentam) Varejo Finanças leikios S » 6.: - IB.7» Doaéstico «.1 « * 12.3* Outros scrv. eu. Social 6owerM Mutueis im * 2.5» * 2.3» Total 1M.I itt.t itm 1#M itf.t IBM itm IBM 1BB.0 i*m FORTE: Elaboração Prépria Países OCOE : Banco Mondial - Trade and Development Report, IB6E-0EOM. " - Coaparativaaente ao Brasil a estrutura setorial difere bastante dos deiais países. Por exeaplo, na indústria estio incluídos Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública, Não existe a abertura para o couêvcio atacado e varejista. Não existe o iten Neiicios, nen Serviços Doaésticos e Outros Serviços Pessoais, o que estaria» incluídos?» outros serviços. Tentamos tornar os dados coupativeis apenas para una análise cooparativa. * - Excluindo Construção Civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública. * * Incluindo Construe» Civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública. * - Hão existe na contabilidade nacional a abertura entre Coaércio Atacado e Varejo. 4 - Considerando o dooestico, e outros serviços pessoais, coto itens de Outros serviços. * - Considera-se COM social, os serviços industriais de Utilidade Pública. 31
44 O Quadro 1.3.4» a seguir, Mostra a participação percentual dos setores na economia Brasileira, os valores não são compatíveis COM O quadro anterior, devido a compatibi1izaçso necessária à comparação. MK: nume SECUMIO PHcMit.FiK btiri.fii mm mm tm c.t. vm m 44,1 913,4 m ,3 8,5 83, , tttnarm mum tz> N 21,7 25,2 24,3 24,1 54,1 SM m m 2.9 3, f,l IN 2,9 I I4.4 ESTinSTIttS M14N4N ,1 28,7 38,4 55,1 «3 $ w m 174,4 235, ,3 U,2 15,8 2f ,3 11,9 35, , ,4 51,8 ~ m 4,4 IN 4,7 m 4,3 m 5,é m 1175 \w> vm um 79,5 M ,1 3H,7 2li,3 4«,2 41M fu; 333,? 4«,2 743, T ,7 1552,1 2377,4 42,9 44, , ,1 IN 4, ,7 lf,9 12,7 41,4 39,9 3M 41,9 49,2 41,7 IN 4,7 IN 7,2 IN 7,5 (CHtitM) : U7.8: c t! : S8.2 IN ! : 9,9i # 4 5M: IN! í 8,1: FüF/PII 14, , ,9 21, ,3 22,4 21,3 22,2 234: TAXAS DE asscderw - VriKM» w a i s MO»: muno seomiie TOCWIW Fllc.f » 1971 tm icwhfe 12 MR ,7 12,4 31,5 19, ,1 ifo 11, , ,9 12,'i 11, , ,4 2,2 M 4,9 11,7 11,9 4,8 11,3 13,9 84 5,1 18,1-24 4, , ,4 44,3 31,8 48,8 5 4, i 4,71 44: 7,7: 4,7: i 1979! 77,2» ( FMEl I 6E - KM, ElBwxMt Mor tfi ikr (H) \tktmt\*h FiMKcin - rccck tr^mnto nrcciil M CiwtMiliMf Jteim). filo Itttkmm nrceli n n Mu»itiviMn, MTMTitü wíkiwltnrtf HUI inuitiitíes fimceirn, nrh i Main do flkt, cvitir N»h contam.
45 I! 25» : MbttrJi» t PDt.f. Im: : PttttM : 1BCHU8! PDcf-M^iK : btirajimc.! mam PB8MI8IIIBB8NIRlcf. tem ) MB8 EfMMfc au m 111N «Mm b KIAV fmiumwt m 184 Sá IN 74 22,9 MU ism laws ION 2S HBAi MH 94 39,1 514 IN i TMKK KSCIin»-VtriKMi mi» : «NI : PIIÜIO i fflmnn : TQCMKO i PBc.f. t vmx ,2 DfUC» , ,2-4,4 tn» ,2 MB 285Ü 58E4 4f ,7 # IN 9.7 2M 1982 n84 MlHtl12 M» 19C 99,7 190 u w Mar 128N3 138N lltnf ,8 534 IN , H -3, MM 429M m 18,7 14, , U i! 524 IN ,9 4, ,1 25ÍN MM 39, IN 74 19,2 19ft 8 7, (tacl«b) 159M IN 12, ,2 3, ' ' "! MM 1885 MM 1987 MMi i 13BMI 32B8U 1414M r_ GUI MR MMtO % MM t 145» 355HN í : 12258» t 837V8M*: t S 1988: 37,9: 544 í IN: 124J X 214: 1 19N: M: -24* 24f 1988: 994; mu Einiradst /Mgr n Tm. (H) luimriiicio Fímccin - ritile tnmnto «wcíil m CoitéílíMt Ibciml. Pile Mo * m m nrccli amida tt ttfts M itiviaáb, wrcwiai frikinlmti Kl» lktitiicin fi«kcim, fvàtktaiü w PBcf, nra «vít» "" 33
46 As observações já elaboradas, serve* para a análise do setor Serviços no Brasil. Pode-se notar pelas estatísticas que, quando a economia entra em períodos recessivos a participacso*dos serviços se eleva e quando a economia cresce a pequenas taxas» este segmento obtém as maiores taxas setoriais. A participação relativa do setor Serviços na formação do Produto Interno Bruto, apresenta una fase descendente na década de 70. Movimento contrário ocorre com o setor secundário, que aumenta a participação no período. A indústria nos anos 70 toma lugar principalmente das atividades primárias. é a partir de 1980 que o setor serviços aumenta sua participação. A década é marcada pelo medíocre crescimento industrial, no mesmo período, então, o setor serviços incha pelo êxodo da mão-de-obra dos setores primário e secundário. Deve-se observar em conjunto a este movimento a elevação da participação das intermediações financeiras e uma queda da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB. Intimamente ligado a estes fatos, está a questão das elevadas taxas de juros majoradas no período, que muda o perfil do tipo de investimentos, na década de 80. Pode-se notar que caiu a participação de máquinas e equipamentos e aumenta a participação do item construções que parece estar mais ligada ao setor serviços. As estatísticas do período podem ser observadas a seguir, no quadro
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