Coordenadora: Célia Regina Pierantoni Profª Adjunta DPAS/IMS. Junho 2008

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1 ,,, Alunos de Graduação em Enfermagem - Perfil, Expectativas e Perspectivas Profissionais Relatório Coordenadora: Célia Regina Pierantoni Profª Adjunta DPAS/IMS Junho

2 EQUIPE DE PESQUISA IMS / UERJ Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde Coordenação Geral Celia Regina Pierantoni Pesquisador responsável Thereza Varella Auxiliares de pesquisa Valéria Dias Mattos Sonia Cunha Estagiárias Karen dos Santos Matsumoto Ravini dos Santos Fernandes 2

3 SUMÁRIO 1 SUMÁRIO EXECUTIVO APRESENTAÇÃO... 3 INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA DO ESTUDO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICES APÊNDICE A: Tabelas APÊNDICE B: Instrumento de Coleta de Dados ICD APÊNDICE C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ANEXO: Parecer do Comitê de Ética

4 1 SUMARIO EXECUTIVO 4

5 1 SUMÁRIO EXECUTIVO Nas últimas décadas tem-se observado um crescente aumento das Escolas de Enfermagem no país e do interesse cada vez maior pela graduação em Enfermagem. Assim, este estudo buscou identificar o perfil do aluno que está cursando a graduação, os motivos que o levaram a escolher a profissão, e quais eram as expectativas e perspectivas profissionais e de inserção no mercado de trabalho. O aumento observado levanta uma série de indagações que nortearam o estudo: O que vem motivando a procura desta graduação? O mercado de trabalho favorável tem influenciado a procura por esta graduação? A ascensão social de técnicos e auxiliares via acesso à educação superior justifica a expansão de cursos de graduação para enfermeiros? Até que ponto as políticas de expansão da rede básica por meio do Programa Saúde da Família podem, também, estar no conjunto destas explicações? A pesquisa ora apresentada justifica-se então para responder a estas e a outras questões que poderão orientar políticas no campo da educação, tecer perspectivas sobre mercado de trabalho da enfermagem e propor medidas no campo da regulação da educação e do trabalho em saúde. Selecionou-se como objetivo geral: Delinear o perfil dos alunos de graduação de enfermagem e analisar a motivação dos mesmos para a procura desta graduação bem como suas perspectivas presumidas para a inserção no mundo do trabalho. E como objetivos específicos: Estabelecer a diferença entre o perfil de alunos de instituições de ensino de natureza pública e privada. Qualificar o tipo de emprego a que estão submetidos os estudantes de enfermagem Qualificar o que motiva a escolha por esta graduação. Investigar a perspectiva presumida de inserção profissional dos alunos da graduação de enfermagem 5

6 A proposta metodológica deste estudo está apoiada em uma abordagem quantitativa de natureza exploratória - descritiva. Os cenários da pesquisa foram o 58º Congresso Brasileiro de Enfermagem realizado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) na cidade de Salvador BA e o 9º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem realizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) na cidade de Porto Seguro BA, no mês de novembro de Os sujeitos desta pesquisa foram os alunos de graduação de enfermagem presentes nos referidos Congressos e que aceitaram participar da pesquisa. Utilizamos como instrumento de coleta de dados, um survey aplicado por meio de questionário a estes alunos, tendo sido preenchidos O questionário é composto por 66 questões objetivas e estruturadas, contendo perguntas informativas e opinativas, agrupadas em cinco blocos. Bloco 1 Identificação Sexo, idade, nacionalidade, naturalidade, estado civil, município em que reside e estuda. Bloco 2 Perfil Sócio-Econômico Com quem reside, renda familiar, nível de escolaridade dos pais, inserção no mercado de trabalho, tipo de trabalho que atua, situação de trabalho dos pais. Bloco 3 Situação e Atividade acadêmica Escola em que cursou ensino médio, fez curso profissionalizante e em que área, curso de inglês, faculdade ou escola de enfermagem em que está cursando a graduação, ano de ingresso, atividades extra-curriculares, participação em Congressos. Bloco 4 - Motivações e expectativas profissionais A enfermagem como primeira opção no vestibular, motivação na enfermagem, expectativas em relação ao mercado de trabalho. Bloco 5 - A Enfermagem e sua participação Sócio-Política - Opinativas Satisfação com as condições oferecidas pela faculdade que cursa, problemas mais importantes que afetam a enfermagem no Brasil, o reconhecimento social do enfermeiro na atualidade, autonomia profissional, legislação do exercício profissional. O cálculo amostral foi realizado a partir do universo de estudantes de enfermagem matriculados em 2005 no país (INEP, 2005). Obteve-se uma amostra simples de 1087 estudantes, considerando-se um intervalo de confiança de 95% e 6

7 margem de erro de 3%. Portanto, o número de respondentes foi superior ao mínimo estabelecido pelo cálculo amostral. Foi desenvolvida uma base de dados no programa Access, interfaciada por formulário eletrônico padronizado para digitação. Após a digitação, os dados foram processados e tabulados através dos softwares Sphinx. O primeiro programa foi operado pelas autoras, que não necessitaram de treinamento por ser de fácil manuseio. Enquanto o segundo foi operado por um estatístico contratado para este fim. Foram analisados todos os Blocos do questionário e os resultados organizados em tabelas, gráficos e figura, que retratam achados obtidos tanto da tabulação das questões, quanto pelo cruzamento a partir de variáveis selecionadas. Resultados Verificou-se que apesar de haver uma maior participação de alunos do sexo masculino, há ainda uma predominância do sexo feminino (90%). A população do estudo é predominante jovem, estando na faixa etária de 23 a 28 anos, tanto em instituições públicas quanto privadas, representando 54,9% e 41,5%, respectivamente, dos alunos participantes do estudo. O estudo abrangeu alunos de graduação em enfermagem de todo o Brasil, observando-se uma maior concentração de residentes (60%) e estudantes (24,2%) na Região Nordeste, fato que deve ser explicado pela localização dos eventos, os quais se realizaram nas cidades de Salvador-BA e Porto Seguro-BA. No que se refere à escola em que cursou o ensino médio, observou-se que 69,3% dos alunos de instituições públicas e 59% dos alunos de instituições privadas cursaram o ensino médio em escolas privadas. Verificou-se que 70,2% dos alunos não fizeram curso profissionalizante. Dentre os que realizaram, comparando novamente as instituições públicas e privadas, constatou-se que os alunos das instituições privadas fizeram mais curso profissionalizante do que os alunos das públicas (35,3% e 14,5%, respectivamente). Verificou-se que 54,9% dos alunos das instituições públicas realizaram curso em outra área e 23,5%, o curso técnico de enfermagem. O inverso ocorre com os alunos de instituições privadas, onde 54,8% realizaram curso técnico de enfermagem e 8,4%, outro de outra área. 7

8 Constatou-se que 67,4% estão cursando a graduação em instituições privadas, enquanto 32,1% em públicas. Para 58,9% dos graduandos a enfermagem foi a primeira opção no vestibular Dentre estes, 26,3% eram de instituições públicas e 73,7% de instituições privadas. Dos que optaram pela enfermagem como 1ª opção, 67% a escolheram por vocação; 15,8% pela perspectiva de conseguir emprego e 11,9% pela possibilidade de ascender profissionalmente, pois já trabalhavam na enfermagem. Os alunos afirmam também que a motivação na enfermagem é trabalhar cuidando de pessoas enquanto para 23,1% é o mercado de trabalho favorável. Em relação à expectativa dos graduandos sobre sua inserção no mercado de trabalho, observou-se que a aspiração profissional de 47,5% é conseguir um emprego público com vínculo estável. Somando-se a isto, 29,2% que desejam trabalhar em PSF, o qual essencialmente representa também o setor público, configura-se o percentual de 86,7% de graduandos que almejam este sub-setor. Verificou-se que 42,9% dos graduandos apresentam-se seguros para conseguir um emprego após a conclusão do curso. Os problemas considerados mais importantes que afetavam a enfermagem no Brasil, foram em ordem de freqüência citada: conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de saúde (56,9%); baixo reconhecimento social (52,3%); conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de enfermagem (44,6%); e condições de trabalho desfavoráveis ao exercício da profissão (43,9%). Os alunos consideram que o enfermeiro vem aumentando seu grau de autonomia tendo, na atualidade, possibilidade de se estabelecer como profissão liberal (45,3%). Entretanto, 30%, dos respondentes apontam que esta autonomia refere-se à execução das atividades de enfermagem, sendo baixo poder decisório perante a equipe de saúde. Discussão Estudo realizado em 2005 pela Estação de Trabalho IMS/UERJ sobre mercado de trabalho do enfermeiro no Brasil apontou boa empregabilidade, baixo desemprego e predomínio de emprego formal para esta categoria. 8

9 Com base nesses resultados, buscamos aprofundar a motivação dos graduandos de enfermagem na escolha da profissão. Pode-se perceber que o grupo estudado afirma que trabalhar cuidando de pessoas e o mercado de trabalho favorável são as principais motivações para a escolha da enfermagem. Em relação as suas expectativas, os graduandos sentem-se seguros para a inserção no mercado de trabalho. Uma das questões norteadoras foi a de que a graduação de enfermagem poderia ser uma forma de ascensão profissional e social para egressos de cursos técnicos e de auxiliares de enfermagem. Não foi possível observar este movimento uma vez que os alunos egressos de cursos técnicos e auxiliares de enfermagem representam uma pequena parcela dos graduandos respondentes (28,4%). A visualização desta graduação como forma de ascensão social não é a principal motivação para a escolha da graduação, tendo em vista que apenas 9% mencionam esta opção. Cabe ressaltar que este pode ser um viés da pesquisa que teve como cenário os congressos da categoria. Vale a reflexão que alunos de graduação de enfermagem que exerçam a profissão de técnico ou auxiliar devem ter mais dificuldade de participar de eventos pela sua condição de trabalhador da saúde, bem como a situação socioeconômica supostamente como elemento limitador para a inserção nessas reuniões. Entretanto, o estudo demonstrou que, neste pequeno segmento do universo estudado, os auxiliares/técnicos de enfermagem estão cursando a graduação em enfermagem como forma de progressão social e de alcançar melhores condições de trabalho. Mesmos conscientes da limitação da pesquisa em oferecer extensas generalizações, os resultados, quando articulados, podem oferecer subsídios para opiniões mais conclusivas sobre o propósito a que se dedica. O SUS e as políticas de expansão da rede básica via estratégia de Saúde da Família foram indutores da procura pela graduação em enfermagem e consequentemente pela expansão deste curso. Tal afirmação pode ser confirmada pelo fato de 47,5% dos graduandos pretenderem trabalhar no setor público e 29,2% no PSF. O trabalho em Saúde da família parece ser uma boa expectativa profissional para a enfermagem. Apesar do mercado de trabalho favorável ser a segunda opção que motiva a escolha pela profissão, este parece ser um fator relevante para a procura por esta graduação. Isto pode ser corroborado pelo fato de 42,9% dos graduandos sentirem-se seguros quanto à inserção no mercado de trabalho. Os achados mostram que a maioria dos graduandos (69,3%) de instituições públicas cursou o ensino médio em escolas privadas. Políticas de ações afirmativas, que já vem 9

10 sendo implementadas para egressos de escolas públicas, poderão no futuro modificar este quadro. Observou-se ainda que os graduandos de instituições públicas parecem apresentar condições mais favoráveis para a formação. Os achados demonstram que tais alunos realizam mais estágios extracurriculares, submetem trabalhos científicos em congressos, estudam outro idioma, de forma diferenciada dos que cursam a graduação em instituições privadas. Tal fato pode ser ainda reforçado pelo desenvolvimento dos currículos em tempo integral em instituições públicas e, em tempo parcial em instituições privadas. Ao lado desta discussão suscitada pelo estudo está uma nova proposta para a Enfermagem posta atualmente na arena de discussão: a de carreira única na Enfermagem. O Projeto de Lei prevê a extinção das profissões de auxiliar e técnico de enfermagem, passando a existir apenas enfermeiros para prestarem os cuidados necessários aos pacientes. Um movimento semelhante já foi feito anteriormente, quando se aboliu o atendente de enfermagem e aqueles que desejavam continuar nesta área foram capacitados e passaram a exercer a ocupação de auxiliares de enfermagem. Neste contexto se insere a questão da formação profissional e do mercado de trabalho do enfermeiro. Assim, é preciso que se façam alguns questionamentos: o sistema educacional superior está preparado para receber um contingente tão grande de profissionais? E se recebê-los, estaria apto a capacitá-los de maneira adequada? E aqueles que escolhem a graduação em enfermagem como primeira opção, estariam sendo formados com qualidade? O mercado de trabalho para o enfermeiro suportaria um número tão grande de profissionais? Vale refletir também que a expansão desordenada de cursos de graduação, expressivamente verificada no setor privado, impõe medidas regulatórias, tanto por parte das autoridades educacionais quanto por representações da comunidade profissional, para que sejam detectados abusos e desmandos com potencialidade indutiva de comprometer a qualidade da formação e, por conseqüência, colocar em risco a assistência prestada a população. Apesar de não ser possível fazer grandes afirmações, o estudo oferece subsídios para o desenvolvimento de políticas na área da educação que fortaleçam a formação de recursos humanos para atuar no SUS, importante cenário tanto para a atuação profissional quanto para as atividades formativas. Por ser um tema extenso e complexo, tal pesquisa não tem a intenção de esgotar o assunto e sim possibilitar novas discussões e incentivar a realização de novos estudos. 10

11 Embora a pesquisa aponte uma sensibilização vocacional para a profissão de enfermagem e a perspectiva de inserção no mercado de trabalho, diversas questões permanecem não respondidas. Discute-se por um lado, o redirecionamento de atividades para o trabalho em equipe, a incorporação tecnológica e a evolução da sociedade envelhecimento- que demandam novas habilidades, por outro como garantir acesso, formação e trabalho em um país desigual e de dimensões continentais, por exemplo. O debate ainda é um processo em curso e está aberto para novas análises e considerações 11

12 2 - APRESENTAÇÃO 12

13 2 APRESENTAÇÃO Este relatório apresenta os resultados do estudo sobre Alunos de Graduação em Enfermagem Perfil, Expectativas e Perspectivas Profissionais, que compõem o conjunto de estudos sobre mercado de trabalho do enfermeiro no Brasil, sob a coordenação da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (RORHS/MS). Diante do crescente aumento das Escolas de Enfermagem no país e do interesse cada vez maior pela graduação em Enfermagem, realizou-se um estudo que buscou identificar o perfil deste aluno que está cursando esta graduação, os motivos que o levaram a escolher esta profissão, e quais eram as expectativas e perspectivas profissionais e de inserção no mercado de trabalho. O estudo apontou alguns sinais, porém por ser um tema muito extenso, não se tem a intenção de esgotar o assunto, mas suscitar discussões e incentivar que novos estudos sejam realizados, de maneira a ampliar o conhecimento e a análise desta problemática, bem como buscar soluções e alternativas aos problemas que se apresentam nesta conjuntura. 13

14 3 - INTRODUÇÃO 14

15 3 - INTRODUÇÃO A formação de Enfermeiros teve início com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é de fato a primeira escola de enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO. Reformado pelo decreto de 23 de maio de 1930, o curso passou a ter três anos de duração e era dirigido por enfermeiras diplomadas. Em 1922, é criada junto ao Hospital Geral de Assistência do Departamento Nacional de Saúde Pública, a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública, a atual Escola de Enfermagem Anna Nery, com padrão de ensino no modelo Nightingale (CARVALHO, 1976). Em 1937, foi incluída na Universidade do Brasil como Instituto de Ensino Complementar, passando, em 1946, a ser igualada às demais unidades acadêmicas. A Escola de Enfermagem Anna Nery foi a primeira escola do Brasil integrada à Universidade. A lei 775 de 6 de agosto de 1949 (regulamentada pelo decreto de novembro de 1949) dispõe sobre o ensino de enfermagem no país com a distinção de dois cursos ordinários: o curso de enfermagem (com duração de 36 meses e como prérequisito o ensino secundário) e o curso de auxiliar de enfermagem (18 meses e o como pré-requisito o ensino primário) (PAIXÃO, 1969). A primeira iniciativa de que se tem registro, sobre o dados de nível nacional da enfermagem, deve-se à ABEn, que realizou entre 1956 e 1958 um levantamento de Recursos e Necessidades de Enfermagem no Brasil, para atender a uma demanda da Fundação Kellogg, que solicitava informações das escolas de enfermagem do país, bem como de alunos matriculados e diplomados, dentre outras questões (VIEIRA & SILVA, 1994; FERRAZ, 2003) 1. O resultado deste levantamento apontou que, já naquela época, havia uma proliferação desordenada de escolas, sem considerar as necessidades regionais, além de ausência de um órgão controlador e fiscalizador das escolas, de um número reduzido de 1 Tem-se registro de estudo publicado pela ABEn em 1969 sobre a formação de Pessoal de Enfermagem no Brasil. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) divulgou um trabalho intitulado Desenvolvimento do Ensino Superior de Enfermagem. Na década de 80, o COFEN e a ABEn realizaram uma pesquisa de campo, publicada em 1985, retratando o Perfil da Força de Trabalho de Enfermagem. 15

16 candidatos para os cursos existentes, de um corpo docente deficiente em quantidade e em qualidade e, por fim, de grande diversidade de currículos de um curso para outro. (CARVALHO, 1976). A tendência expansionista de cursos e instituições do ensino de enfermagem é percebida a partir da década de 70. O crescimento de escolas era a solução, apontada pelas entidades de enfermagem, para suprir o déficit de enfermeiros no país. Somado a isso havia uma política governamental de expansão de vagas e de acesso da classe média ao ensino superior. Entre 1970 e 1985 houve um crescimento de 210% no quantitativo de instituições de graduação de enfermagem. Em 1990, o número de escolas era de 102, alcançando 181 em 2000 (Observarh/IMS/UERJ) Observa-se, entretanto, que o crescimento de instituições de graduação de enfermagem, além de não se manter constante, não teve correspondência na procura por vagas nos cursos, no número de egressos no decorrer da década de 70 e 80, nem tampouco na configuração da estrutura ocupacional da enfermagem. A década de 70, onde se alavanca o desenvolvimento do setor médico assistencial privado, deixa como herança para a área de enfermagem uma polarização na assistência entre médicos e atendentes, e um déficit de enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Se, em 1956, os enfermeiros representam 11,3% da força de trabalho em enfermagem, no início da década de 80 este percentual decresce para 8,5%. (VARELLA, 2006) O acesso de estudantes à universidade, nos anos 80, comporta-se com um afunilamento crescente, mostrado pelo aumento da relação candidato/vaga em carreiras como medicina e odontologia. Na enfermagem, ao contrário, essa relação sofre uma redução e estabilização de candidatos para os cursos da área. Algumas análises pouco otimistas apontavam para o risco de extinção da profissão, explicado, por um lado, pela pouca procura e, por outro, pela expressiva evasão (DAL POZ & VARELLA, 1994). A situação de baixa procura pelos cursos de enfermagem, embora se observasse uma grande empregabilidade nas instituições/serviços de saúde, pode ser vista por situações exemplares: a Escola Paulista de Medicina (hoje denominada Universidade Federal de São Paulo UNIFESP), em 1988 reduziu suas vagas de 120 para 80; a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, também em 1988, preencheu apenas 33 vagas das 80 oferecidas, da mesma forma que a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da mesma Universidade, teve apenas 12 vagas preenchidas em 1986 e 33 em A Universidade do Oeste Paulista (UNIOESTE) não realizou o concurso vestibular para enfermagem em 1988 por falta de candidatos. Ainda no mesmo ano, a Escola de 16

17 Enfermagem Anna Nery, no primeiro semestre, preencheu apenas 6 vagas das 60 oferecidas. (MISHIMA, 1998). Por outra via, o número de egressos de graduação de enfermagem em 1980 era de 3.139, e em 83 chega a 4.934, quando se inicia um declínio acentuado, alcançando em 1990 um quantitativo de diplomados. A década de 90 registrou um aquecimento no sistema educativo da enfermagem, com uma expressiva expansão de cursos 2 e de vagas para a graduação em enfermagem. Note-se que, na primeira metade dessa década, predominavam cursos de instituições públicas, sendo este percentual em 1991 de 57,5%. Este quadro começa a se inverter em 2000, onde 59,01% dos cursos são oferecidos em instituições de natureza privada (VARELLA, 2006). O crescimento da oferta de cursos e vagas de graduação para enfermeiros acentuou-se a partir de 1997 chegando em 2004 com 50 mil novos ingressantes nesta graduação. Assim, a presente pesquisa pretende investigar a motivação dos alunos para procurarem esta modalidade de curso, delinear o perfil deste aluno, bem como apontar suas expectativas e perspectivas presumidas em relação a sua inserção no mundo do trabalho. 2 Cabe lembrar aqui que existe diferença entre o número de cursos e o de instituições, uma vez que a mesma instituição pode oferecer mais de um curso. 17

18 4 - JUSTIFICATIVA 18

19 4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO O aumento do número de vagas registrado na década de 90 foi atrelado à expansão do setor privado. Em 1991, 51,4% das vagas ofertadas estavam no setor público de ensino. Já em 1994, o setor público, apesar de deter o maior número de escolas, oferece 41,9% das vagas. Em 1999, 68,8% das vagas oferecidas são de instituições privadas. Ressaltese ainda que este crescimento não foi eqüitativamente distribuído pelas regiões do país. A concentração da oferta de vagas se deu nas regiões sudeste (62,4%) e sul 3 (16,9%) 4. A expansão da oferta de vagas foi acompanhada do aumento da relação candidato/vaga, que na década de 80 era em média de 3,5 por vaga e em 1999 chega a 5,7. Cabe ressaltar que o crescimento da rede educacional privada não se refletiu, na década de 90, de forma equivalente, no número de egressos. Neste período, o setor público é o que mais diploma enfermeiros (60,2% em 1995 e 55,7% em 1999). O reflexo da expansão do número de vagas, especialmente do setor privado, será observado na década seguinte. O cenário de crescimento do sistema educativo, com expressiva participação do setor privado e concentrado nas regiões sul e sudeste, pode estar atrelado à implementação do SUS, com expansão de postos de trabalho, principalmente na esfera municipal, e à implantação do PSF, que se tornou uma perspectiva atraente no mercado de trabalho dos enfermeiros. De forma geral, houve um aumento de postos de trabalho em todo o setor saúde na década de 90, na qual o patamar de empregabilidade dos enfermeiros atingiu 92,4% de absorção em (VIEIRA, 2002). A tendência observada na década de noventa se intensifica nos anos Se, ao final da década de noventa, o crescimento de vagas no setor privado foi bastante expressivo, toma proporções muito maiores a partir do ano O percentual de crescimento de vagas de enfermagem, entre o último ano da década passada e o primeiro desta, foi de 48,2%. Tal crescimento foi de inteira responsabilidade do setor privado de ensino, que teve uma variação percentual de 69,6%. O número de vagas que, em 2000, girava em torno de 20 mil, chega a 2004 com vagas para a graduação de enfermagem. Deste conjunto 92,04% estão em cursos do setor privado de ensino, e 67,2% na região Sudeste. Entre o início dos anos 90 e 2004 o crescimento acumulado de vagas de enfermagem foi de 843,7%. O aumento das vagas foi, obviamente, conseqüência da criação de novos cursos que, em 3 A concentração regional observada na oferta se repete na distribuição de profissionais registrados nos seus respectivos Conselhos nas regiões do País. Em 2001 a região Sudeste detinha 49,3% dos enfermeiros registrados no Brasil. 4 Os percentuais regionais apresentados referem-se ao ano de

20 2004, somam 415 (77,6% de natureza privada) contra 106 em O número de cursos da rede pública cresce 4,5% em 13 anos, e o de número de vagas cresce na ordem de 28,1% neste período. Observa-se que, em termos proporcionais, as vagas públicas crescem mais nas regiões Norte (de 190 vagas em 1995 para 536 em 2004) e Nordeste (de 1205 vagas em 1995 para 1925 em 2004). Apesar do intenso crescimento do número de vagas, é interessante analisar, também, o quantitativo de ingressantes e o percentual de ocupação destas vagas. Pode-se observar que o percentual de ocupação das vagas se mantém constante por quase todo o período analisado, apresentando uma queda a partir de Entretanto, comparado ao crescimento do número de vagas, esta queda não é expressiva e mostra que as vagas para a graduação estão sendo preenchidas, de 70% a 90%, nos quatro últimos anos. Se analisarmos as vagas em relação ao tipo de unidade acadêmica, temos que 51,5% são oferecidas por Universidades, e 28,9% por Centros Universitários. As demais são por faculdades integradas ou faculdades isoladas 5. A mudança observada está na inversão privado/público do quantitativo de diplomados. Enquanto nos anos 90 a rede pública detinha o maior quantitativo de egressos, a partir de 2000 a situação se inverte; a rede privada passa a ostentar o maior o número de egressos. Tal fato já é reflexo da expansão mais acentuada da rede privada a partir de Observa-se que, em 2004, o percentual de egressos da rede privada chega a 72,1%. A tendência ao crescimento de egressos da rede privada provavelmente será mais 5 O INEP faz a seguinte classificação para tipos de Unidades acadêmicas: Universidades - São instituições pluridisciplinares, públicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão. Universidades Especializadas - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, especializadas em um campo do saber como, por exemplo, Ciências da Saúde ou Ciências Sociais, nas quais são desenvolvidas atividades de ensino e pesquisa e extensão, em áreas básicas e/ou aplicadas. Centros Universitários - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, pluricurriculares, que devem oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar. Centros Universitários Especializados - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, que atuam numa área de conhecimento específica ou de formação profissional, devendo oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar. Faculdades Integradas e Faculdades - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, com propostas curriculares em mais de uma área do conhecimento, organizadas sob o mesmo comando e regimento comum, com a finalidade de formar profissionais de nível superior, podendo ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão) e modalidades do ensino. Institutos Superiores ou Escolas Superiores - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, com finalidade de ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão). Centros de Educação Tecnológica - São instituições especializadas de educação profissional, públicas ou privadas, com a finalidade de qualificar profissionais em cursos superiores de educação tecnológica para os diversos setores da economia e realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo, inclusive, mecanismos para a educação continuada. 20

21 expressiva, nos anos subseqüentes, em função do boom no número de vagas deste setor. Considerando que o percentual de evasão vem se mantendo entre 23,7% e 34,5% 6, nos próximos dois anos, adotando-se uma taxa de evasão de 30% e calculando os ingressos a partir de 2001, o país contará com cerca de 99 mil enfermeiros a mais disponíveis no mercado de trabalho. (VARELLA, 2006) Pode-se pensar em algumas tendências para o futuro do mercado de trabalho do enfermeiro. Em primeiro lugar, aumentando a oferta poderá ocorrer uma redução do preço do trabalho no mercado. A competitividade aponta para a necessidade de elevar a qualificação da força de trabalho, via alternativas de pós-graduação. O aumento da oferta de enfermeiros poderá diminuir as oportunidades no mercado de trabalho para técnicos e auxiliares. A graduação de enfermagem parece ser uma alternativa de ascensão social e profissional para os componentes da equipe de enfermagem. Estudos mais específicos sobre o perfil dos graduandos de enfermagem poderão oferecer instrumentos para elucidar questões que ainda estão em aberto. Os dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, uma das modalidades de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da educação superior, apontam características do perfil sócio econômico dos graduandos de Enfermagem. Participaram do exame estudantes dos quais 76,1% eram ingressantes e 23,9% concluintes. Foram selecionados 18 indicadores sobre o perfil sócio econômico familiar e acadêmico dos estudantes desta graduação (MEC/MS). O estudo observou que os graduandos são predominantemente do sexo feminino, declaram ser de cor branca, com renda familiar entre 3 e 10 salários mínimos e cursaram o ensino médio em escolas públicas. Em relação a escolaridade dos pais os dados mostraram que o pai tem em geral até a 4ª série e a mãe o ensino médio. Interessante ressaltar que os estudantes de enfermagem são trabalhadores sem financiamento para o custeio de seus estudos. Além disso, não possuem conhecimento de língua inglesa, estudam em média de 1 a 2 horas por semana e utilizam a TV, predominantemente, e a internet para se atualizarem (MEC/MS, 2006). Nesse sentido, ainda precisa ser investigado se atualmente os alunos de graduação da enfermagem são egressos de cursos técnicos e de auxiliares de enfermagem, e se estão exercendo esta atividade profissional. Outra questão a ser pesquisada é se os que estão nesta condição cursam a graduação em instituições públicas ou privadas. O aumento da procura de cursos de graduação de enfermagem necessita ser explicada. 6 O percentual de evasão foi calculado comparado os concluintes e os ingressos de 4 anos anterior. 21

22 O que vem motivando a procura desta graduação? Algumas hipóteses necessitam ser confirmadas: o mercado de trabalho favorável, a ascensão social de técnicos e auxiliares via acesso a educação superior, entre outras. Até que ponto as políticas de expansão da rede básica por meio do Programa Saúde da Família pode, também, estar no conjunto destas explicações? A pesquisa ora apresentada justifica-se para responder a estas e a outras questões que poderão orientar políticas no campo da educação, tecer perspectivas sobre mercado de trabalho da enfermagem e propor medidas no campo da regulação da educação e do trabalho em saúde. Cabe ressaltar ainda que este estudo integra a linha de pesquisa sobre mercado de trabalho e empregabilidade do enfermeiro no Brasil, com pesquisa já concluída. 22

23 5 - OBJETIVOS 23

24 5 - OBJETIVOS Objetivo Geral: O estudo pretende delinear o perfil dos alunos de graduação de enfermagem e analisar a motivação dos mesmos para a procura desta graduação bem como suas perspectivas presumidas para a inserção no mundo do trabalho. Objetivos Específicos: Estabelecer a diferença entre o perfil de alunos de instituições de ensino de natureza pública e privada. Qualificar o tipo de emprego a que estão submetidos os estudantes de enfermagem Qualificar o que motiva a escolha por esta graduação. Investigar a perspectiva presumida de inserção profissional dos alunos da graduação de enfermagem 24

25 6 METODOLOGIA 25

26 6 METODOLOGIA A proposta metodológica deste estudo está apoiada em uma abordagem quantitativa de natureza exploratória - descritiva. Gauthier et al (1998) dizem que a pesquisa quantitativa é a de escolha para quando se quer pesquisar de forma exploratória o objeto ou problema em estudo, de maneira a aumentar seus conhecimentos sobre os mesmos. A principal finalidade da pesquisa exploratória é esclarecer, desenvolver e modificar idéias e conceitos para formulação de problemas mais precisos ou hipóteses de interesse para pesquisas posteriores, além de dar, sobre determinado fato, uma visão aproximada da realidade, sendo também utilizada em temas pouco explorados (GIL, 1999). Este tipo de pesquisa exige mais rigidez no planejamento. Normalmente engloba o levantamento de materiais bibliográficos e documentais, entrevistas sem padronização e estudo de caso. Não costuma ser utilizada com amostragens e técnicas qualitativas de coleta de dados. (op.cit, 1999). Um estudo exploratório-descritivo tem por objetivo descrever completamente determinado fenômeno, como o estudo de um caso para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto a acumulação de informações detalhadas como as obtidas por intermédio da observação participante. Além disso, utiliza-se o caráter representativo sistemático e os procedimentos de amostragem são flexíveis (LAKATOS; MARCONI, 1991). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Instituto de Medicina Social/UERJ. Foram respeitados os critérios do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, a partir da Resolução 196/96, que normaliza as pesquisas envolvendo seres humanos. O teste piloto foi realizado na Faculdade de Enfermagem da UERJ, no mês de setembro de 2006, com 37 alunos do 1º e 8º períodos, e após algumas alterações no instrumento, este foi validado pelas autoras da pesquisa. Todos os alunos que aceitaram participar do teste assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os cenários da pesquisa foram o 58º Congresso Brasileiro de Enfermagem realizado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) na cidade de Salvador BA e o 9º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem realizado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) na cidade de Porto Seguro BA, no mês de novembro de

27 A experiência de realização do inquérito utilizando como cenários os Congressos da categoria mostrou-se factível e viável como estratégia para a coleta de dados da tese de doutorado de Varella (2006). Tal recurso trouxe agilidade e otimização no índice de resposta, além disso, participam graduandos de enfermagem de diversos estados e universidades do Brasil. Observa-se uma grande participação de alunos nos dois Congressos, com inserção diferenciada: o do COFEN concentra um grande número de estudantes de instituições privadas e o da ABEn os estudantes de faculdades públicas. Além das etapas metodológicas, o trabalho exigiu procedimentos operacionais prévios, com vistas à viabilidade do processo. Para a realização da pesquisa foram feitas articulações com os dirigentes das instituições responsáveis pelos eventos (Presidente do COFEN, Presidente da ABEn Nacional e a Presidente do 58º Brasileiro de Enfermagem- ABEn Bahia). A solicitação foi oficializada pela Coordenação da Estação de Trabalho do IMS/UERJ, da Rede Observatório de Recursos Humanos, acompanhada de cópia do projeto de pesquisa e do instrumento de coleta de dados. O foco desta pesquisa está apontado para um inquérito dirigido a alunos de graduação de enfermagem e investiga a situação atual destes graduandos. Utilizamos como instrumento de coleta de dados, um survey aplicado por meio de questionário aos alunos de graduação de enfermagem que participaram dos referidos Congressos. Nos dois eventos os graduandos foram convidados aleatoriamente a participar da pesquisa, sendo, no momento da abordagem, explicitados os objetivos do estudo e identificada a instituição responsável pela pesquisa. Os que aceitaram em participar receberam o questionário, sendo solicitada a devolução do mesmo, devidamente preenchido, até a finalização do evento, tendo sido devolvidos 1097 questionários. Os graduandos que não desejaram participar foram excluídos da pesquisa. O questionário é composto por 66 questões objetivas e estruturadas, contendo perguntas informativas e opinativas, agrupadas em cinco blocos. Bloco 1 Identificação Sexo, idade, nacionalidade, naturalidade, estado civil, município em que reside e estuda. Bloco 2 Perfil Sócio-Econômico Com quem reside, renda familiar, nível de escolaridade dos pais, inserção no mercado de trabalho, tipo de trabalho que atua, situação de trabalho dos pais. 27

28 Bloco 3 Situação e Atividade acadêmica Escola em que cursou ensino médio, fez curso profissionalizante e em que área, curso de inglês, faculdade ou escola de enfermagem em que está cursando a graduação, ano de ingresso, atividades extra-curriculares, participação em Congressos. Bloco 4 - Motivações e expectativas profissionais A enfermagem como primeira opção no vestibular, motivação na enfermagem, expectativas em relação ao mercado de trabalho. Bloco 5 - A Enfermagem e sua participação Sócio-Política - Opinativas Satisfação com as condições oferecidas pela faculdade que cursa, problemas mais importantes que afetam a enfermagem no Brasil, o reconhecimento social do enfermeiro na atualidade, autonomia profissional, legislação do exercício profissional. O cálculo amostral foi realizado a partir do universo de estudantes de enfermagem matriculados em 2005 no país (INEP, 2005). Obteve-se uma amostra simples de 1087 estudantes, considerando-se um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3%. Portanto, o número de respondentes foi superior ao mínimo estabelecido pelo cálculo amostral. Foi desenvolvida uma base de dados no programa Access, interfaciada por formulário eletrônico padronizado para digitação. Após a digitação, os dados foram processados e tabulados através dos softwares Sphinx. O primeiro programa foi operado pelas autoras, que não necessitaram de treinamento por ser de fácil manuseio. Enquanto o segundo foi operado por um estatístico contratado para este fim. O Access é um banco de dados para Windows, que tem como principal característica tornar fácil o uso de recursos, permitindo que se trabalhe virtualmente em qualquer formato de banco de dados. Fornece um conjunto de ferramentas, permitindo rastrear, relatar e compartilhar informações rapidamente em um ambiente gerenciável (MICROSOFT, 2007). Já os softwares Sphinx são ferramentas para apoiar o processo de pesquisa e para análise de dados gerenciais e acadêmicos. Permite a realização de análises quanti e qualitativas e possibilita a publicação de questionários (coleta) e relatórios (análise) na web. Na área de educação possibilita realizar pesquisa de avaliação institucional, avaliação de cursos de formação continuada, procedimentos de recrutamento universitário, enquetes sobre futuro e inserção profissional, pesquisas acadêmicas (graduação, mestrado e doutorado), dentre outras. Podem-se citar algumas das suas funcionalidades: diferentes interfaces para coleta/inserção de dados, controle de 28

29 integridade dos dados, criação de perfis dinâmicos para análise de segmentos da amostra, criação de tabelas simples, cruzadas, de médias e de grupos e consulta individual das respostas (SPHINX BRASIL, 2007). Foram construídos gráficos e tabelas apresentando freqüências simples e percentuais, as quais são exemplos de estatística descritiva, utilizadas para descrever, sintetizar e analisar os dados (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). 29

30 7 - RESULTADOS 30

31 7 - RESULTADOS Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa a partir de freqüências simples e percentuais. Foram analisados todos os Blocos e os resultados organizados em tabelas, gráficos e figura, que retratam achados obtidos tanto da tabulação das questões, quanto pelo cruzamento a partir de variáveis selecionadas. BLOCO 1: Identificação Neste bloco será apresentada a identificação dos alunos de graduação em Enfermagem que participaram da pesquisa. Observou-se que apesar de haver uma maior participação de alunos do sexo masculino, há ainda uma predominância do sexo feminino (90%) (Tabela 1). Tabela 1: Alunos de graduação em enfermagem segundo gênero. Brasil, N=1097 Sexo n % Masculino 105 9,6 Feminino ,0 Não sabe/não respondeu 5 0,5 Total ,0 A população do estudo é predominante jovem, estando na faixa etária de 23 a 28 anos, tanto em instituições públicas quanto privadas, representando 54,9% e 41,5%, respectivamente, dos alunos participantes do estudo (Tabela 2). Investigou-se também a nacionalidade dos alunos e verificou-se que 99,4% são de nacionalidade brasileira (Tabela 3). 31

32 Tabela 2: Alunos de graduação em enfermagem segundo ano de nascimento de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Ano de Nascimento Pública Privada Total n % n % n % Menos de ,3 40 5,4 41 3,8 De 1967 a ,3 58 7,8 59 5,4 De 1973 a , , ,6 De 1979 a , , , e mais , , ,1 Não resposta 1 0,3 8 1,1 9 0,8 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Tabela 3: Alunos de graduação em enfermagem segundo nacionalidade. Brasil, N=1097 Nacionalidade n % Brasileira ,4 Estrangeira 4 0,4 Não sabe/não respondeu 3 0,3 Total ,0 Observou-se que os participantes da pesquisa são predominantemente naturais da Bahia (41,2%), seguido do Rio de Janeiro (10,8%) (Apêndice A, Tabela 1). Verificou-se também que os alunos participantes do estudo são majoritariamente solteiros (81,1%) e não possuem filhos (83,1%) (Tabela 4 e Gráfico 1). Tabela 4: Alunos de graduação em enfermagem segundo estado civil. Brasil, N=1097 Estado Civil n % Solteiro ,1 Casado 0 0,0 Separado 0 0,0 Viúvo 3 0,3 Não sabe/não respondeu ,6 Total ,0 32

33 Gráfico 1: Alunos de graduação em enfermagem segundo a referência de filhos. Brasil, Dentre aqueles que têm filhos (16%), possuem, predominantemente, apenas um (54,9%) (Tabela 5). Tabela 5: Alunos de graduação em enfermagem segundo número de filhos que possuem. Brasil, N=175 Nº. de filhos n % 1 filho 96 54,9 2 filhos 56 32,0 3 filhos 15 8,6 4 filhos 4 2,3 Não sabe/não respondeu 4 2,3 Total ,0 O estudo abrangeu alunos de graduação em enfermagem de todo o Brasil, observandose uma maior concentração de residentes (60%) e estudantes (24,2%) na Região Nordeste, fato que deve ser explicado pela localização dos eventos, os quais se realizaram nas cidades de Salvador-BA e Porto Seguro-BA (Figura 1 e Apêndice A, Tabela 2). 33

34 Figura 1: Alunos de graduação em enfermagem residentes por região. Brasil, BLOCO 2: Perfil Sócio Econômico Neste bloco buscou-se analisar o perfil sócio-econômico dos participantes do estudo, através das seguintes variáveis selecionadas: residência com os pais, tipo de moradia, total de residentes na casa, contribuição com a manutenção da casa, renda familiar, profissão e grau de escolaridade dos pais, outra graduação antes da enfermagem, se possuem computador em casa e acesso a internet. Observou-se que 52% dos alunos residem com os pais e em moradia própria (79,6%) (Gráfico 2 e Tabela 6). Gráfico 2: Alunos de graduação em enfermagem segundo residência com os pais. Brasil,

35 Tabela 6: Alunos de graduação em enfermagem segundo tipo de moradia de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* A Moradia dos Pais/ou a sua é: Pública Privada Total n % n % n % Própria , , ,7 Alugada 61 17, , ,9 Cedida 13 3,7 30 4,1 43 3,9 Não sabe/não respondeu 1 0,3 4 0,5 5 0,5 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. O estudou investigou também a moradia dos alunos que estavam estudando fora da cidade de origem e verificou-se que 46,3% residem em moradia alugada (Tabela 7). Tabela 7: Alunos de graduação em enfermagem segundo tipo de moradia que residem temporariamente. Brasil, N= 337 Reside Temporariamente em Moradia: n % Própria 92 27,3 Alugada ,3 Cedida 13 3,9 Vaga/república 28 8,3 Parentes/amigos 48 14,2 Total ,0 Ao analisarmos o total de residentes na casa em que moram os participantes da pesquisa, constatou-se que 4 era o total mais freqüente (25%) (Tabela 8). TABELA 8: Alunos de graduação em enfermagem segundo total de residentes na casa em que mora. Brasil, N=1097 Total dos residentes na casa em que mora n % , , , , ,4 6 e mais ,9 Não resposta 88 8,0 Total ,0 35

36 O estudo procurou investigar também se os alunos contribuíam para a manutenção da casa, e observou-se que esta contribuição é num percentual baixo, tanto para os alunos de instituições privadas quanto para os das públicas. Apenas 36,3% e 21,9%, respectivamente, contribuem para a manutenção da casa (Tabela 9). Tabela 9: Alunos de graduação em enfermagem segundo contribuição para a manutenção da casa de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Você contribui com a manutenção da casa? Pública Privada Total n % n % n % Sim 77 21, , ,6 Não , , ,4 Não sabe/não respondeu 9 2,6 23 3,1 32 2,9 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Dentre aqueles que contribuem com a manutenção da casa, buscou verificar de que maneira e observou-se que entre os alunos das instituições públicas, esta contribuição se faz principalmente através de bolsas de estudo (53,2%), enquanto os das privadas contribuem trabalhando (74,3%) (Gráfico 3). Gráfico 3: Alunos de graduação em enfermagem segundo a forma como contribuem para a manutenção da casa de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, Entre aqueles que trabalham na área da saúde, buscou-se saber em que atividade. Entre os alunos das instituições públicas, 50% trabalham em outra atividade não relacionada na 36

37 questão, enquanto 40,2% dos alunos das instituições privadas trabalham como técnicos de enfermagem (Tabela 10). Tabela 10: Alunos de graduação em enfermagem segundo a atividade que exercem na área da saúde de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=227 Se trabalhar na saúde, assinale em que atividade: Pública Privada Total n % n % n % Técnico de enfermagem 6 21, , ,9 Auxiliar de enfermagem 1 3, ,1 21 9,3 Laboratório 0 0,0 6 3,0 6 2,6 Imagens (RX e outros) 0 0,0 2 1,0 2 0,9 Administrativa 4 14,3 15 7,5 19 8,4 Outra 14 50, , ,9 Não sabe/não respondeu 3 10,7 13 6,5 16 7,0 Total , , ,0 Indagou-se também a renda pessoal com o trabalho e observou-se que 50% dos alunos de instituições públicas possuem uma renda menor que R$ 500,00, enquanto para 47,2% dos alunos das instituições privadas a renda está entre R$ 500,00 e R$ 900,00 (Tabela 11). Tabela 11: Alunos de graduação em enfermagem segundo a renda pessoal com o trabalho de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=227 Qual a sua renda com o trabalho? Pública Privada Total n % n % n % Menos de R$ , , ,6 De R$500,00 a R$999, , , ,1 De R$1000,00 a R$1999, , , ,2 De R$2000,00 a R$3999,00 0 0,0 18 9,0 18 7,9 De R$4000,00 a R$5999,00 2 7,1 1 0,5 3 1,3 Não sabe/não respondeu 0 0,0 2 1,0 2 0,9 Total , , ,0 Investigou-se também a renda familiar dos alunos de graduação em enfermagem e observou-se que a renda prevalente estava entre R$ 2000,00 e R$ 3999,00 (32,5%) para famílias de ambas as instituições, o que demonstra que os alunos participantes do estudo pertencem à classe média (Tabela 12). Este pode ser um viés do estudo, tendo em vista que a participação nos Congressos requer uma série de investimentos, o que poderia inviabilizar a participação daquelas cuja renda é menor. 37

38 Tabela 12: Alunos de graduação em enfermagem segundo a renda familiar de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Qual é a renda total da sua família? Pública Privada Total n % n % n % Menos de R$ ,7 7 0,9 13 1,2 De R$500,00 a R$999, , , ,1 De R$1000,00 a R$1999, , , ,2 De R$2000,00 a R$3999, , , ,5 De R$4000,00 a R$5999, , , ,8 Acima de R$6000, , , ,2 Não sabe/não respondeu 7 2,0 25 3,4 32 2,9 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Em relação às profissões dos pais, verificou-se que predominantemente (25,3%), a profissão do pai não se aplicava em nenhuma das profissões listadas no questionário, de acordo com o Código Brasileiro de Ocupações. Foram expressivas também as profissões/ocupações de Vendedores e prestadores de serviço do comércio (12,3%) e de Trabalhadores de serviços (6,0%) (Gráficos 4 e 5). Gráfico 4: Alunos de graduação em enfermagem segundo a profissão/ocupação do pai. Brasil,

39 Gráfico 5: Alunos de graduação em enfermagem segundo a profissão/ocupação da mãe. Brasil, Ao analisarmos a situação de trabalho dos pais dos participantes da pesquisa, verificouse que tanto os pais quanto as mães estão em situação de trabalho ativo (56,2% e 54,1% respectivamente) (Tabelas 13 e 14). Tabela 13: Alunos de graduação em enfermagem segundo a situação de trabalho do pai. Brasil, N=1097 Situação de trabalho do Pai n % Ativo ,2 Aposentado ,4 Afastado 25 2,3 Desempregado 35 3,2 Falecido 4 0,4 Não se aplica/não resposta ,5 Total ,0 Tabela 14: Alunos de graduação em enfermagem segundo a situação de trabalho da mãe. Brasil, N=1097 Situação de trabalho da Mãe n % Ativo ,1 Aposentado ,9 Afastado 29 2,6 Desempregado ,6 Falecida 3 0,3 Não se aplica/não resposta ,5 Total ,0 39

40 O estudo procurou investigar também o grau de escolaridade dos pais e constatou-se que 33% dos pais e 36,6% das mães possuem o ensino médio completo. É importante chamar a atenção também que 23% das mães e 18,2% dos pais possuem o ensino superior completo. Embora estejam muito próximos, o percentual das mães que cursaram uma graduação é superior ao dos pais, e isto pode ser observado em quase todos os graus de escolaridade, demonstrando uma maior qualificação das mães (Tabelas 15 e 16). Tabela 15: Alunos de graduação em enfermagem segundo o grau de escolaridade do pai. Brasil, N=1097 Grau de escolaridade do Pai n % Sem escolaridade 32 2,9 Fundamental Incompleto ,8 Fundamental Completo 94 8,6 Médio Incompleto 78 7,1 Médio Completo ,0 Superior incompleto 66 6,0 Superior completo ,2 Mestrado concluído 12 1,1 Doutorado concluído 6 0,5 Não resposta 63 5,7 Total ,0 Tabela 16: Alunos de graduação em enfermagem segundo o grau de escolaridade da mãe. Brasil, N=1097 Grau de escolaridade da mãe n % Sem escolaridade 26 2,4 Fundamental Incompleto ,6 Fundamental Completo 78 7,1 Médio Incompleto 74 6,7 Médio Completo ,6 Superior incompleto 68 6,2 Superior completo ,0 Mestrado concluído 20 1,8 Doutorado concluído 5 0,5 Não resposta 34 3,1 Total ,0 Questionou-se também sobre a realização de outra graduação antes da Enfermagem e separou-se de acordo com a natureza jurídica da instituição de ensino. Verificou-se que em ambas as instituições, mais de 90% dos alunos não cursaram outra graduação antes da enfermagem. Dentre aqueles que cursaram, o percentual é maior entre os alunos das instituições privadas (8,4%) e os cursos que aparecem com maior freqüência são outros 40

41 cursos de outras áreas (29%) e outros cursos da área da saúde (17,7%) (Tabelas 17 e 18). Tabela 17: Alunos de graduação em enfermagem segundo a realização de outra graduação antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Fez outra graduação antes da enfermagem? Pública Privada Total n % n % n % Sim 16 4,5 62 8,4 78 7,1 Não , , ,6 Não sabe/não respondeu 3 0,9 11 1,5 14 1,3 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Tabela 18: Alunos de graduação em enfermagem segundo a graduação cursada antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=78 Qual a graduação? Pública Privada Total n % n % n % Pedagogia 2 12,5 9 14, ,1 Biologia 4 25,0 4 6,5 8 10,3 Administração 1 6,3 6 9,7 7 9,0 Economia 1 6,3 3 4,8 4 5,1 Ciências Contábeis 0 0,0 4 6,5 4 5,1 Educação Física 1 6,3 3 4,8 4 5,1 História 0 0,0 3 4,8 3 3,8 Outros Cursos da Área de Saúde 1 6, , ,4 Outros Cursos de Outras Áreas 6 37, , ,8 Não resposta 0 0,0 1 1,6 1 1,3 Total , , ,0 Perguntou-se também o ano de conclusão da graduação anterior à enfermagem e observou-se que 28,2% não concluíram o curso (Gráfico 6). 41

42 Gráfico 6: Alunos de graduação em enfermagem segundo o ano de conclusão da graduação anterior à enfermagem. Brasil, Foi observado também que 85% dos alunos possuem computador em casa e 88,3% com acesso à internet (Tabelas 19 e 20). Tabela 19: Alunos de graduação em enfermagem segundo possuírem computador em casa. Brasil, N=1097 Possui computador em casa? n % Sim ,0 Não ,3 Não sabe/não respondeu 8 0,7 Total ,0 Tabela 20: Alunos de graduação em enfermagem segundo acesso à internet. Brasil, N=1097 Tem acesso a internet? n % Sim ,3 Não 60 5,5 Não sabe/não respondeu 68 6,2 Total ,0 42

43 BLOCO 3: Situação e Atividade Acadêmica Neste bloco será apresentada a situação e a atividade acadêmica dos participantes do estudo, através de algumas variáveis selecionadas, como: escola em que cursou o ensino médio, realização de curso profissionalizante e em que área, natureza jurídica da instituição de ensino que está cursando, ano de ingresso, atividades extracurriculares, dentre outras. Ensino médio: No que se refere à escola em que cursou o ensino médio, observou-se que 69,3% dos alunos de instituições públicas e 59% dos alunos de instituições privadas cursaram o ensino médio em escolas privadas (Tabela 21). Se considerarmos que o ensino das escolas privadas é superior ao das escolas públicas, este percentual demonstra que os alunos mais bem preparados estão nas instituições superiores públicas. Tabela 21: Alunos de graduação em enfermagem segundo a graduação cursada antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Escola em que cursou o ensino médio Pública Privada Total n % n % n % Pública , , ,6 Privada , , ,3 Não resposta 0 0,0 1 0,1 1 0,1 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Quanto à realização de curso profissionalizante, verificou-se que 70,2% dos alunos não fizeram curso profissionalizante. Dentre os que realizaram, comparando novamente as instituições públicas e privadas, constatou-se que os alunos das instituições privadas fizeram mais curso profissionalizante do que os alunos das públicas (35,3% e 14,5%, respectivamente) (Tabela 22). 43

44 Tabela 22: Alunos de graduação em enfermagem segundo a realização de curso profissionalizante de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Fez curso profissionalizante Pública Privada Total n % n % n % Sim 51 14, , ,6 Não , , ,2 Não sabe/não respondeu 4 1,1 9 1,2 13 1,2 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Em relação ao curso profissionalizante concluído, verificou-se que 54,9% dos alunos das instituições públicas realizaram curso em outra área e 23,5%, o curso técnico de enfermagem. O inverso ocorre com os alunos de instituições privadas, onde 54,8% realizaram curso técnico de enfermagem e 8,4%, outro de outra área (Tabela 23). Tabela 23: Alunos de graduação em enfermagem segundo o curso profissionalizante que concluíram de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, N=1091* Que curso concluiu? Pública Privada Total n % N % n % Auxiliar de enfermagem 4 7, , ,1 Técnico de enfermagem 12 23, , ,7 Outro da área de saúde 6 11,8 22 8,4 28 9,0 Outro de outra área 28 54, , ,3 Não sabe/não respondeu 1 2,0 5 1,9 6 1,9 Total , , ,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que pertenciam. Em relação aos cursos de auxiliares e técnicos de enfermagem, averiguou-se se foram promovidos pelo PROFAE Ministério da Saúde e constatou-se que 76% dos cursos não foram (Gráfico 7). 44

45 Gráfico 7: Alunos de graduação em enfermagem segundo curso profissionalizante que foi promovido pelo PROFAE. Brasil, Entre os alunos que realizaram curso profissionalizante na área de enfermagem, indagou-se sobre o exercício da ocupação de técnico ou auxiliar de enfermagem e 77% dos alunos responderam afirmativamente (Gráfico 8). Gráfico 8: Alunos de graduação em enfermagem segundo o exercício da ocupação de técnico ou auxiliar de enfermagem. Brasil,

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